Imobilizações
Imobilizações
Imobilizações
Convencional/Clssica
em
Ortotraumatologia
Paulo Homem
A Imobilizao Gessada
Convencional/Clssica
em
Ortotraumatologia
2013
FICHa TCNICa
TTulo
Paulo Homem
pauloduartehomem@gmail.com
o autor agradece todos os contributos tendentes a melhorar este modesto trabalho,
assim como se prope a responder, dentro da sua capacidade tcnica, a qualquer esclarecimento
1 eDIo (2009)
Paulo Homem
pauloduartehomem@gmail.com
FoToGRaFIaS
978-989-8269-05-8
INDCE
PREFCIO ................................................................................................................................................................................................. 9
EvOluO hIstRICA............................................................................................................................................ 11
INtRODuO ............................................................................................................................................................................. 13
alguns exemplos e efeitos de Conformao................................................................................ 17
No Membro Superior.................................................................................................................................................. 17
No Membro Inferior..................................................................................................................................................... 17
Na Zona Ilaca..................................................................................................................................................................... 18
Captulo 1
GENERAlIDADEs ................................................................................................................................................................. 19
materiais mais utilizados na execuo da imobilizao gessada................... 19
Cremes de proteco/hidratao drmicos ........................................................................................ 20
Manga de malha tipo Jersei ................................................................................................................................ 20
Algodo natural prensado .................................................................................................................................... 20
Algodo sinttico prensado ................................................................................................................................. 21
Feltros auto aderentes ................................................................................................................................................ 21
material Gessado ..................................................................................................................................................................... 21
Ligadura gessada.............................................................................................................................................................. 22
material sinttico na imobilizao................................................................................................................. 22
Ligadura Gessada sua hidratao .......................................................................................................... 23
Ligadura Gessada sua aplicao .............................................................................................................. 24
Presa no Material Gessado .................................................................................................................................. 25
Imobilizao Gessada Secagem ................................................................................................................. 25
materiais termo-moldveis ...................................................................................................................................... 26
...................................................................................................... 27
Regularizao das extremidades ................................................................................................................... 27
ndice
ndice
Captulo 3
IMOBIlIZAEs GEssADAs DO MEMBRO INFERIOR................................ 47
algumas particularidades ......................................................................................................................................... 47
Trs pontos de apoio estabilizadores ........................................................................................................ 47
Realizao de apoio isquitico na imobilizao squio-podlica ................... 48
Proteco ao tendo de aquiles ........................................................................................................................ 48
Carga simulada do p....................................................................................................................................................... 48
Janela na imobilizao .............................................................................................................................................. 49
Gipsotomia em imobilizao gessada...................................................................................................... 50
Gipsotomia de adio .................................................................................................................................................. 50
Gipsotomia de subtraco ..................................................................................................................................... 51
Cuidados ps Gipsotomia...................................................................................................................................... 51
Imobilizao gessada pelvi-cruro-podlica..................................................................................... 52
Imobilizao gessada isquio-podlica
(por fractura distal do fmur ou proximal da tbia) ........................................................... 53
Conjunto de Imagens elementares para execuo
de imobilizao do membro inferior ......................................................................................................... 54
Bota Gessada Tipo Sarmiento ......................................................................................................................... 55
Bota gessada clssica.......................................................................................................................................................... 56
Cilindro gessado ............................................................................................................................................................ 56
Captulo 4
IMOBIlIZAO DA COluNA vERtEBRAl ......................................................................... 57
Imobilizaes segmentares da coluna vertebral ...................................................................... 61
Imobilizao gessada da coluna lombar em colete gessado........................... 62
Captulo 4
CuIDADOs EM FAsE AGuDA DE tRAuMAtIsMO
COM IMOBIlIZAO GEssADA ............................................................................................................. 63
Cuidados ao Traumatizado (das partes livres e disponveis).............................. 64
A pele .............................................................................................................................................................................................. 65
1. Aparelho respiratrio........................................................................................................................................... 65
2. Aparelho gnito-urinrio................................................................................................................................ 66
3. Aparelho digestivo .................................................................................................................................................. 66
4. Sistema cardiovascular ..................................................................................................................................... 66
5. Sistema articular ...................................................................................................................................................... 67
6. Sistema muscular .................................................................................................................................................... 67
Alimentao ........................................................................................................................................................................... 68
Cuidados de ordem Psico-emocional e Scio-econmica ......................................... 69
Bibliografia ............................................................................................................................................................................................ 70
PREFCIO
EvOluO hIstRICA
INtRODuO
14
Introduo
Introduo
15
16
Introduo
Introduo
17
No Membro Inferior
Conformao do tero proximal da perna, especialmente sobre a raiz dos gmeos, observando-se a sua
forma triangular.
18
Introduo
Na Zona Ilaca
No podemos deixar de referir a zona ilaca como
de grande importncia para a realizao desta manobra
tcnica nos gessados que a partir dali se desenvolvem:
por leses do 1/3 proximal do fmur (pelvi-podlico);
para a maioria das imobilizaes da coluna vertebral;
ou mesmo por leses proximais do mero (toraco-braquial).
Captulo 1
GENERAlIDADEs
Materiais de Proteco/Almofadamento
So materiais destinados a proteger a integridade da zona a submeter
ImoBIlIZao sem, contudo, retirar a eficcia que da mesma se espera.
Vo longe os tempos em que, para o efeito, eram utilizadas espessas pastas
de algodo. mas sabe-se que quanto maior for o espao, entre as paredes
da imobilizao e a regio, ocupado por estes materiais, maiores sero
as dificuldades encontradas em controlar os j referidos e inquietantes
movimentos. Nesta conformidade, teremos de utilizar materiais prensados
a baixo volume e que no se decomponham ou se desloquem facilmente.
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Captulo 1
Generalidades
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Material Gessado
o material gessado destinado imobilizao em orto-traumatologia
poder apresentar-se em forma de placas, talas, e ligaduras, sendo esta a
forma usual da sua aplicao.
apesar do aparecimento de resinas sintticas, tambm em forma de
ligaduras, e de materiais termo-moldveis, ainda a ligadura gessada que,
no s pelo seu preo, mas tambm pelo tipo de manobras que permite
executar, mais se utiliza, tornando-a imprescindvel na imobilizao de
certas fracturas em fase aguda de traumatismo. com ela que fazemos as
nossas dissertaes.
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Captulo 1
Ligadura gessada
a ligadura gessada tal como a conhecemos hoje , normalmente,
constituda pelos seguintes elementos:
Pasta Gessada: composta por gesso propriamente
dito (sulfato de clcio semi-hidratado ).
Gaze: como material de suporte da pasta gessada,
tendo no seu fabrico, preferencialmente, a
fibra de linho, em trama larga.
Tutor: elemento situado no interior da ligadura
destinado a manter a sua forma, a facilitar
a hidratao e a sua aplicao.
Invlucro: proteco externa de forma hermtica,
destinada a manter as caractersticas
originais da ligadura gessada.
Hoje, com processos de fabrico altamente criteriosos, podemos
encontrar no mercado ligaduras gessadas que satisfazem vrias exigncias
tcnicas, sendo muito relevante o tempo de chegada da tomada de presa*
estado que poder levar desde alguns segundos a minutos, permitindo
realizar tranquilamente algumas das manobras durante a execuo da
imobilizao.
Generalidades
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Captulo 1
gua, das extremidades para o centro, para que no seja expelida grande
quantidade de massa gessada.
a temperatura da gua poder influenciar o
comportamento da massa gessada, verificando-se que
quando acima da recomendada acelerar a tomada
de presa, enquanto o inverso a mesma ser retardada.
Tambm o grau de hidratao poder intervir
no tempo e na forma de tomada de presa, sabendose que quando excessivamente molhada o seu
endurecimento retardar, enquanto o inverso, por
escassez de gua, poder pr em causa a indispensvel
cristalizao uniforme e completa da massa gessada.
Na realidade, a ligadura gessada deve ser submetida a um grau de
hidratao tal que s a experincia costuma dar.
Boa hidratao, boa qualidade dos materiais e uma escrupulosa
aplicao, respeitando a tcnica, e estaro reunidas condies para
resultar numa imobilizao gessada forte, leve, eficiente, de paredes finas
e regulares.
a fim de preservar as caractersticas originais do material gessado no se
deve retirar o seu invlucro com demasiada antecedncia de utilizao.
25
Generalidades
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Captulo 1
Generalidades
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Captulo 1
Remoo da Imobilizao
executar bem uma imobilizao muito
importante. Porm, para retir-la tambm no
deixa de ser necessrio obedecer a princpios
e a recomendaes que no podero ser,
de forma alguma, menosprezados.
Primeiro, porque no deixou, ainda, de ser frequente o aparecimento
das, sempre desagradveis, leses produzidas pelos mecanismos de corte.
umas vezes por deficiente proteco da zona, outras, ainda, pela pouca
experincia dos executantes.
a improvisao de materiais de corte ainda um facto observado
em centros menos experientes e equipados, felizmente com tendncia a
desaparecerem.
muitos pacientes retm na memria a agonia de lhe ter sido retirada
uma imobilizao. a dor da fractura fora esquecida, mas permanece o
sentimento de sofrimento do cortar um gesso.
mesmo alguns profissionais dos mais experientes, mas menos atentos,
descoram algumas vezes os receios do paciente e, sem qualquer explicao
Generalidades
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Captulo 1
Generalidades
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Captulo 1
O Paciente
aps noo de Imobilizao em ortotraumatologia; determinar os seus
principais objectivos; tomar conhecimento dos materiais mais utilizveis
e respectivos comportamentos; observadas algumas manobras realizveis
durante ou aps a sua execuo, falta-nos conhecer o estado do paciente.
Paciente que, normalmente, nos aparece perturbado fsica e
psicologicamente; desconhecedor do meio que o passa a rodear; duvidoso
do grau e por quanto tempo a sua
incapacidade (cremos que apenas
se verifique temporariamente).
So, por vezes, as responsabilidades para com a famlia e/ou
para com aqueles que mantm
compromissos mais o preocupam e
fazem relegar para segundo plano
o seu sofrimento fsico.
a interveno da Segurana Social tem aqui lugar.
um paciente tranquilo entende melhor e colaborar no seu tratamento.
A informao ser a forma que mais e melhor o poder tranquilizar.
a comunicao ter de ser praticada de forma prudente, mas continuada,
procurando receber informao das suas preocupaes.
o paciente poder apresentar-se de cor plida, com suores frios; razes
para se proceder avaliao das suas tenses arteriais. a dor dever ser
controlada ou mesmo suprimida.
Tambm, regionalmente, devemos averiguar
da existncia de leses drmicas, referenciando-as e protegendo-as. a zona ser lavada, desinfectada, assim prevenindo o agravamento das
existentes e o aparecimento de outras.
Generalidades
um gessado:
CONFORMADO segundo as regras estabelecidas;
LIMITES convencionados segundo a tcnica;
EXTREMIDADES regularizadas segundo as
normas;
LEVEZA sem colocar em causa a sua eficcia;
EXECUTADO por critrio clnico;
E com uma boa poro de arte ser IMOBILIZAO EM ORTO-TRAUMATOLOGIA,
proporcionando EFICCIA e COMODIDADE,
transmitindo tranquilidade e confiana ao
paciente e a quantos o rodeiam.
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Captulo 2
IMOBIlIZAEs GEssADAs
DO MEMBRO suPERIOR
Algumas particularidades
Quando o membro fica submetido
imobilizao, por princpio, colocado
em repouso ao peito. o ombro, muitas
vezes injustificadamente, tambm sofre as
consequncias dela, podendo levar rigidez
articular, etc. Como conduta preventiva
sero realizados, em alternncia ao
repouso, todos os movimentos permitidos, preferencialmente pendulares,
aumentando-os, progressivamente, no tempo e na amplitude.
Articulao do Cotovelo e/ou do Punho
Na maioria das imobilizaes do membro
superior so as suas articulaes quase sempre
sujeitas imobilizao. mais no se poder
fazer mais do que libert-las precocemente,
recorrendo tcnica oRToPDICa/FuNCIoNal no tratamento de fracturas, se for
esta a opo clnica.
Flexura do Cotovelo
No desconhecido que, por embarao vascular de retorno, eventualmente, por aplicao menos cuidada
do material gessado sobre a flexura do
cotovelo, um membro traumatizado
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Captulo 2
Mo
Todas as suas capacidades, desde a preenso
ao tacto, fazem da mo um rgo dos mais
complexos e importante para o Homem.
mas a alterao da sua funcionalidade que
tambm muito nos preocupa.
um componente gessado que inclua a mo
ilesa, no dever ultrapassar a linha inter-metacarpo-falngica, deixando
tambm o polegar livre de forma a facilitar a prtica da oponibilidade,
essencial continuidade da preenso.
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Captulo 2
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Captulo 2
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Captulo 2
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Captulo 2
outra, partindo da zona ilaca posterior do lado so, subir, obliquamente, zona escpula-umeral lesada, seguindo pela face externa do
brao, passando no antebrao pela face posterior at ao punho, deixando-o
livre.
uma terceira, partindo da base da zona do hemitrax do lado so, subir
pela parte antero-superior do gessado, passando pela zona escpulo-umeral, prolonga-se pela face posterior do brao, terminando no tero
proximal do antebrao.
Com o propsito de bem impregnar as talas no gessado sero passadas
algumas ligaduras de acabamento.
marcar e retirar, depois da secagem, o retalho sobre a zona gstrica.
45
Cuidados especiais
esta imobilizao requer um almofadamento generoso a fim de evitar
hiper-presso do plexo braquial. os membros, com tendncia a diminurem o grau de abduo, aumentam a presso axilar, podendo levar ao
aparecimento de transtornos neuro-vasculares perifricos na sua poro
distal.
as instrues tendentes profilaxia das eventuais alteraes consistem,
essencialmente, no alvio da respectiva presso axilar, aconselhando o
paciente a colocar as suas mos sobre os ilacos, proporcionando alguma
abduo dos braos e, por isso, descompresso.
Captulo 3
IMOBIlIZAEs GEssADAs
DO MEMBRO INFERIOR
Algumas particularidades
os membros inferiores, de caractersticas robustas
de harmonia com as suas funes, quando submetidos
Imobilizao clssica prolongada tambm eles sofrem
de considerveis perdas de massas musculares e da,
no menos arreliadora, rigidez articular.
Com o fim de prevenir parte destas complicaes ser
nosso dever ensinar e motivar o paciente realizao de
contraces isomtricas musculares, mas seria
a opo, sempre que indicada clinicamente, a
aplicao da tcnica de tratamento pelo mtodo
ortopdico/funcional, que minimizaria parte
dessas contrariedades.
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Captulo 3
Carga simulada do p
Tambm o gessado a nvel da zona mediana dos
ossos do metatarso deve ser pressionado digitalmente,
de forma controlada; essencialmente sobre o 2, 3
e 4 meta, a fim de, assim, fazer espalmar a zona,
simulando carga fisiolgica.
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Janela na imobilizao
Sempre que na zona a submeter a imobilizao exista
numa situao que exija vigilncia e/ou tratamento,
necessrio criar condies de acesso.
a zona ferida ou doente dever ser
referenciada antecipadamente com a
preciso possvel e transferida para local
simetricamente oposto. Caso no se verifique condies de
simetria sero retiradas medidas e outras referncias que
venham a facilitar a sua exacta localizao, aps executada
a imobilizao.
aps execuo da imobilizao, ser a referncia
transferida do local so para o gessado, utilizando a
mesma preocupao de exactido.
S aps a secagem ser recortado o retalho, em
toda a sua extenso e profundidade, utilizando com os
devidos cuidados a serra de gessos.
Retirado o retalho gessado, ser tambm recortado
o material de proteco, preferencialmente, em forma
de X, e o mesmo voltado sobre os bordos da abertura,
fixando-o com tiras gessadas generosamente hidratadas.
Quando nos tratamentos so utilizadas substncias
lquidas, devem os mesmos bordos ser protegidos, de
forma que os lquidos no escorram para o interior ou
exterior das paredes gessadas, tornando-as humedecidas
e frgeis, surgindo com alguma frequncia, nos tecidos
moles subjacentes, dermatoses ou dermatites.
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Captulo 3
Gipsotomia de adio
acto de tentar corrigir fracturas com
angulao inaceitvel e discreto encurtamento
por encravamento.
o corte, no gessado, de incidncia
ao vrtice do menor
ngulo, seguindo-se o afastamento dos bordos,
por presso manual exercida nas extremidades
da imobilizao, at atingir a amplitude previa-
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Cuidados ps Gipsotomia
o traumatizado ficar em vigilncia durante as primeiras horas para
deteco e avaliao de eventuais transtornos, sabendo-se que a deficiente
proteco/almofadamento da zona e/ou o exagero da manobra podero
contribuir para o seu agravamento.
Por regra, este acto no hiper-corrige.
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Captulo 3
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Captulo 3
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Captulo 3
Cilindro gessado
algumas leses a nvel do joelho, essencialmente de
ordem ligamentar, no necessitando do componente
podlico nem de descarga isquitica, o membro
submetido ao chamado (incorrectamente) de cilindro
gessado, cujas extremidades se situam sobre a zona
supra-maleolar e o 1/3 proximal da coxa.
Tambm esta imobilizao, para que no se desloque, necessita de eficaz conformao das zonas supra-condilianas do fmur, e sobre a raiz dos gmeos,
no esquecendo que o achatamento das faces laterais e posterior do gessado do
componente femoral tambm do uma boa ajuda
estabilidade.
Cilindro aquela imobilizao que se desloca,
essencialmente, no sentido distal, provocando sobre
os malolos grande presso, causando desconforto e
por vezes feridas.
Captulo 4
IMOBIlIZAEs GEssADAs
DA COluNA vERtEBRAl
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Captulo 4
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Captulo 4
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Observao importante
No deixar o maxilar inferior liberto,
como normalmente se observa, solicitar
as primeiras vrtebras cervicais sempre
que o paciente pretende realizar aces de
sobrevivncia falar, comer/mastigar, beber,
etc.; provocando a maior das angstias que j
observmos nos pacientes portadores deste
tipo de imobilizao.
62
Captulo 4
Quando necessrio estabilizar a zona lombo-sagrada ser a imobilizao prolongada a uma das
coxas, reforando a zona articular coxo-femoral
respectiva com trs talas gessadas. uma colocada
na face anterior, outra lateral externa, e a terceira
na face posterior. Todas partem do 1/3 mdio da
coxa, prolongando-se at a zona supra-ilaca. Como
normalmente, fixadas com ligadura gessada.
Captulo 5
CuIDADOs EM FAsE AGuDA DE tRAuMAtIsMO
COM IMOBIlIZAO GEssADA
64
Captulo 5
mas quando um membro apresenta extremidades fortemente edemaciadas; cor acentuadamente ciantica; diminuio notvel da sensibilidade
e da motricidade; pulso pouco perceptvel; alteraes sensveis da temperatura comparada (da regio oposta), so
constrangimentos de tal ordem evidentes que h com a maior
urgncia utilizar meios clnicos e mecnicos que promovam a
regresso da complicao.
Tratando-se de complicaes de causa compressiva, um quadro
desta complexidade, e depois de terem sido levadas a efeito as aces j
referidas e no se observarem sinais evidentes de regresso da situao,
proceder-se- descompresso da zona, pela execuo de um corte longitudinal anterior, em toda a profundidade da parede gessada. os bordos
so afastados com material adequado, dando acesso ao material de
proteco/almofadamento que, por vezes, o suficiente para impedir a
aco de expanso e, por isso, h que cort-lo tambm.
Cuidados ao traumatizado
(das partes livres e disponveis)
Quando um traumatizado fica preso ao
leito por razes da sua leso, a dinmica dos
seus rgos, aparelhos e sistemas, embora
no comprometidos directamente pelas
leses traumticas, ficam consideravelmente
diminudos, e por esse facto podero surgir
65
A pele
Sabemos que a pele enquanto ntegra uma
porta fechada s agresses dos agentes infecciosos:
lavagem;
massagem;
hidratao;
proteco.
mudana de posio
so aces profilcticas s dermatities, feridas de
presso e infeco.
1. Aparelho respiratrio
a rvore respiratria, responsvel por uma
boa respirao/oxigenao do sangue, ao sofrer
de acentuada diminuio da sua dinmica ficar
sujeita a fenmenos de estse, podendo progredir
at pneumonia.
66
2. Aparelho gnito-urinrio
a imobilizao no leito coloca o aparelho gnito-urinrio do paciente em risco de severas complicaes,
no deixando de serem frequentes os fenmenos de
reteno urinria e as cistites.
o ensino e o treino mico no leito, a estimulao
urinria precoce, as contraces musculares abdominais,
hidratao cuidada, e rigorosos cuidados aos algaliados, so aces profilcticas a tais desagradveis
complicaes.
3. Aparelho digestivo
Tambm o aparelho digestivo sofrer de alteraes
de funcionamento:
digestes difceis;
obstipao;
flatulncia.
a alimentao rica em fibras; hidratao adequada
assim como exerccios musculares abdominais,
podero ser boas ajudas para um bom funcionamento
intestinal.
4. Sistema cardiovascular
o sistema cardiovascular perante a imobilizao
tambm no ficar isento de eventuais alteraes,
originando outras tantas complicaes, pela
diminuio acentuada do seu tnus.
as trombo-embolias e as flebites so as complicaes mais frequentes.
o exerccio possvel no leito ser uma aco
profilctica.
Captulo 5
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5. Sistema articular
as dores e a rigidez articulares
so flagelos que apoquentam o
paciente traumatizado com longo
perodo de imobilizao no leito,
sendo quase sempre de difcil
reabilitao.
6. Sistema muscular
as massas musculares, duma forma geral,
mesmo em zonas no implicadas, diminuem
consideravelmente num curto espao de tempo,
especialmente nos membros.
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Captulo 5
Alimentao
um fenmeno observado com alguma frequncia
a alterao acentuada do peso corporal.
Diminuio da actividade fsica, alteraes do
regime alimentar e questes psicolgicas, podero
contribuir, decisivamente, tanto para o emagrecimento como para o aumento do peso. o controlo
da quantidade e da qualidade alimentar. o exerccio
fsico possvel e algum desanuviamento da carga
psicolgica, podero contribuir para a estabilidade
do peso.
A certa altura preocupante o traumatizado permanecer com
os lenis esticadinhos
69
Bibliografia