Instituições Da UE
Instituições Da UE
Instituições Da UE
Guia
Gu
uia das instituições
da União Europeia
d
União Europeia
A presente brochura é igualmente publicada na Internet, juntamente com outras explicações claras e sucintas
sobre a União Europeia, em ec.europa.eu/publications
Comissão Europeia
Direcção-Geral da Comunicação
Publicações
B-1049 Bruxelles
ISBN 978-92-79-03664-5
Printed in Belgium
IMPRESSO EM PAPEL BRANQUEADO SEM CLORO
Como Funciona a União Europeia
Guia das instituições
da União Europeia
Índice
Introdução à União Europeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Os tratados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
O processo de tomada de decisões da UE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
O Parlamento Europeu: a voz dos cidadãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
O Conselho da União Europeia: a voz dos Estados-Membros . . . . . . . . . . . . . . 15
A Comissão Europeia: promover o interesse comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
O Tribunal de Justiça: garantir o cumprimento da legislação . . . . . . . . . . . . . . 26
O Tribunal de Contas Europeu: valorizar o dinheiro dos cidadãos . . . . . . . . . . 29
O Comité Económico e Social Europeu: a voz da sociedade civil . . . . . . . . . . . 31
O Comité das Regiões: a voz do poder regional e local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
O Banco Europeu de Investimento:
financiar o desenvolvimento económico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
O Banco Central Europeu: gerir o euro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
O Provedor de Justiça Europeu: investigar as queixas dos cidadãos . . . . . . . 39
A Autoridade Europeia para a Protecção de Dados:
salvaguardar a privacidade dos cidadãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
As agências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Introdução
© Corbis
à União Europeia
A União Europeia (UE) é uma família de países decisões sobre assuntos do interesse de todos
europeus democráticos que trabalham em con- eles possam ser tomadas democraticamente a
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COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
© Reporters
OS TRATADOS
mica Europeia (CEE), que foi assinado em conjunto nas áreas de política externa e de se-
25 de Março de 1957, em Roma, entrou em gurança, bem como da justiça e assuntos inter-
vigor em 1 de Janeiro de 1958. É frequente- nos. Ao acrescentar esta cooperação intergo-
mente designado por «Tratado de Roma»; vernamental ao sistema comunitário vigente, o
Tratado de Maastricht criou uma nova estrutura 5
Æ o Tratado que institui a Comunidade Euro-
com três «pilares», que é tanto política quanto
peia da Energia Atómica (Euratom), que foi
cidadãos e uma mais estreita interacção com votação simplificados, garantirá os direitos
as políticas social e laboral; fundamentais dos cidadãos europeus através
Æ o Tratado de Nice, que foi assinado em 26 de uma Carta e permitirá que a UE fale a
de Fevereiro de 2001 e entrou em vigor em uma só voz sobre questões de dimensão
6 1 de Fevereiro de 2003. Voltou a alterar os mundial.
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
© Picture-alliance/dpa/Zucchi
1. Proposta da Comissão
1a. Parecer do CESE, 3. Proposta alterada
parecer do CR 2. Primeira leitura pelo PE: parecer
da Comissão
O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES DA UE
10. Comunicação
7. O PE aprovou a 9. Posição comum
5. O Conselho aprova todas da Comissão relativa
proposta sem alterações do Conselho
as alterações do PE à posição comum
19. O Conselho aprova a posição comum alterada 21. O Conselho não aprova as alterações
a) por maioria qualificada se a Comissão b) por unanimidade se a Comissão à posição comum
tiver emitido um parecer favorável tiver emitido um parecer
desfavorável
20. O acto é adoptado com as alterações propostas 22. É convocado o Comité de Conciliação
24. O Comité de Conciliação chega a acordo sobre um texto comum 29. O Comité de Conciliação não chega
a acordo sobre um texto comum
25 O PE e o Conselho adoptam o acto de acordo 27. O PE e o Conselho não 30. O acto não é adoptado
com o texto comum aprovam o texto comum
© EC
Os intérpretes desempenham um papel vital para o trabalho da UE.
10
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
3. Parecer favorável
Quem trabalha nas instituições da UE?
O procedimento de parecer favorável implica
que o Conselho tem de obter um parecer favo- Os funcionários que trabalham nas institui-
rável do Parlamento Europeu antes de poder ções da UE provêm de todos os Estados-
adoptar certos tipos de decisões importantes. -Membros da UE. Abrangem um amplo le-
Este procedimento é idêntico ao de consulta, que de actividades e competências, poden-
exceptuando o facto de o Parlamento não poder do desempenhar funções que vão desde
introduzir alterações: tem de aceitar ou rejeitar o a de responsáveis por decisões políticas
texto tal como este lhe é apresentado. A aceita- ou a de gestores, até às de economistas,
ção («parecer favorável») requer uma aprovação juristas, linguistas, secretários e pessoal
no Parlamento por maioria absoluta dos votos de assistência técnica. Devem ser capazes
expressos. e ter vontade de trabalhar num contexto
multicultural e multilingue, normalmente
O procedimento de parecer favorável é bastante longe do seu país de origem.
utilizado sobretudo para acordos com ou-
tros países, incluindo os acordos que Para ser funcionário da UE, é necessário
passar concursos de selecção rigorosos. As
autorizam novos países a aderir à UE.
provas dos referidos concursos são organi-
zadas centralmente pelo Serviço Europeu
de Selecção de Pessoal (EPSO).
Para mais informações, consulte
europa.eu/epso
O Parlamento Europeu:
a voz dos cidadãos
11
Independência/
O PARLAMENTO EUROPEU: A VOZ DOS CIDADÃOS
Grupo Socialista
(PES) 216
Alemanha 99 Irlanda 13
Áustria 18 Itália 78
Bélgica 24 Letónia 9
Bulgária 18 Lituânia 13
Chipre 6 Luxemburgo 6
Dinamarca 14 Malta 5
Eslováquia 14 Países Baixos 27
Eslovénia 7 Polónia 54
Espanha 54 Portugal 24
Estónia 6 Reino Unido 78
Finlândia 14 República Checa 24
França 78 Roménia 35
Grécia 24 Suécia 19
Hungria 24 Total 785
1. Adopção da legislação europeia
O procedimento mais usual para a aprovação
da legislação da UE é a «co-decisão» (ver acima:
«O processo de tomada de decisões da UE»).
© European Communities
ções apresentadas por cidadãos e da instituição
de comissões de inquérito.
Por último, o Parlamento contribui sempre para
as cimeiras da UE (as reuniões do Conselho Eu-
ropeu). No início de cada cimeira, o presidente
do Parlamento é convidado a exprimir os pontos
de vista e as preocupações do Parlamento so-
bre assuntos importantes e sobre as questões
que figuram na ordem de trabalhos do Conselho
Europeu.
14
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
3. O poder orçamental
O orçamento anual da UE é decidido conjunta-
Um cartaz que convidava os cidadãos luxemburgueses a
mente pelo Parlamento e pelo Conselho. O de- votar nas primeiras eleições directas para o Parlamento
bate no Parlamento realiza-se em duas leituras Europeu, em 1979.
sucessivas. O orçamento só entra em vigor após
ser assinado pelo presidente do Parlamento. apresenta o contexto, assim como os prós
e os contras da proposta. As questões a
A Comissão do Controlo Orçamental do Par-
debater são também discutidas nos grupos
lamento controla a execução do orçamento.
políticos.
Além disso, todos os anos, o Parlamento decide
se aprova a execução do orçamento por parte Æ A sessão plenária. Todos os anos se
da Comissão. Este processo de aprovação tem realizam 12 sessões plenárias de quatro dias
a designação técnica de «quitação». em Estrasburgo e seis sessões plenárias de
dois dias em Bruxelas. Nessas sessões,
Como está organizado o Parlamento examina as propostas de
legislação e vota as alterações que pretende
o trabalho do Parlamento? introduzir antes de decidir sobre a totalidade
O trabalho do Parlamento está repartido em do acto jurídico.
duas fases principais:
Na ordem de trabalhos podem estar incluídos
Æ A preparação da sessão plenária. Os outros pontos, como por exemplo «comunica-
deputados do PE debatem as propostas ções» da Comissão declarando as suas inten-
da Comissão em comissões parlamentares ções numa área específica ou questões dirigidas
especializadas nas diversas áreas de à Comissão ou ao Conselho sobre temas de
actividade da UE e com base num relatório actualidade na UE ou no mundo.
preparado por um dos membros da comissão
em causa, o chamado «relator». O relatório
O Conselho da União
15
assegura a legitimidade democrática das deci- com domínios de actuação em que os Estados-
sões do Conselho -Membros da UE não delegaram os seus pode-
res, limitando-se a cooperar uns com os outros.
Quatro vezes por ano, os presidentes e/ou os
Trata-se da chamada «cooperação intergover-
primeiros-ministros dos Estados-Membros,
namental», que abrange o segundo e terceiro
bem como o presidente da Comissão Europeia,
«pilares» da União Europeia.
reúnem-se no âmbito do Conselho Europeu. Es-
tas «cimeiras» estabelecem as grandes políticas O trabalho do Conselho é a seguir descrito com
da UE e resolvem questões que não tenham mais pormenor.
podido ser decididas a um nível inferior (ou seja,
pelos ministros nas reuniões normais do Con-
selho). Dada a sua importância, os trabalhos do 1. Legislação
Conselho Europeu muitas vezes prosseguem O essencial dos trabalhos do Conselho é a apro-
até altas horas da noite, atraindo a atenção de vação de legislação em domínios em que a UE
muitos meios de comunicação social. congregou a sua soberania. O procedimento
mais comum para essa aprovação é a «co-de-
O que faz o Conselho? cisão», pela qual a legislação da UE é adoptada
O Conselho tem seis competências essen- conjuntamente pelo Conselho e pelo Parlamen-
ciais: to, com base numa proposta da Comissão. Em
1. Aprovar a legislação europeia (juntamente alguns domínios, o Conselho tem a última pala-
16 com o Parlamento Europeu, em muitos do- vra, mas sempre com base numa proposta da
mínios políticos). Comissão e sempre depois de ter tomado em
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
© Reuters
20
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
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© EC
Se considerar que um Estado-Membro não está Cabe ao presidente da Comissão decidir quais
a cumprir a legislação da UE, dá início a um pro- os pelouros a atribuir a cada comissário e, se ne-
cesso chamado «procedimento por infracção», cessário, proceder a remodelações em qualquer
cuja primeira etapa consiste em enviar ao go- momento do mandato da Comissão.
verno do país em causa um ofício explicando Em geral, a Comissão reúne uma vez por sema-
as razões por que considera que esse país está na, normalmente às quartas-feiras e normalmen-
a infringir a legislação da UE e indicando um te em Bruxelas. Cada ponto da ordem de traba-
prazo para que lhe seja enviada uma explicação lhos é apresentado pelo Comissário responsável
circunstanciada. pelo pelouro em causa e toda a equipa toma uma
Se o Estado-Membro não apresentar uma expli- decisão colectiva sobre a matéria.
cação satisfatória ou não regularizar a situação, a Os funcionários da Comissão estão repartidos
Comissão enviará nova carta a confirmar a infrac- por departamentos, denominados «direcções-
ção da legislação da UE e a fixar um prazo para -gerais» (DG) e «serviços» (como o Serviço Ju-
que a referida infracção deixe de se verificar. Se rídico). Cada DG é responsável por uma área
o Estado-Membro persistir no incumprimento, política específica, sendo chefiada por um di-
a Comissão remeterá o caso à apreciação do rector-geral que responde perante o comissário
Tribunal de Justiça. Os acórdãos do Tribunal competente. A coordenação geral é assegurada
são vinculativos para os Estados-Membros e as pelo Secretariado-Geral, que também organiza
instituições da UE. Caso os Estados-Membros as reuniões semanais da Comissão e é chefiado
se obstinem em não respeitar um acórdão, o por um secretário-geral que responde directa-
Tribunal pode impor sanções financeiras. mente perante o presidente.
A COMISSÃO EUROPEIA: PROMOVER O INTERESSE COMUM
25
© EC
O Tribunal de Justiça:
garantir o cumprimento
da legislação
FACTOS ESSENCIAIS
O Tribunal de Justiça das Comunidades Euro- Secção», composta apenas por 13 juízes, ou em
peias (muitas vezes designado simplesmente secções de três ou cinco juízes.
por «o Tribunal») remonta ao primeiro dos tra-
É assistido por oito advogados-gerais, aos quais
tados da UE, o Tratado CECA de 1952, e está
incumbe apresentar, publicamente e com impar-
sedeado no Luxemburgo.
cialidade, pareceres sobre os processos subme-
A sua missão é garantir a interpretação e a apli- tidos ao Tribunal.
cação uniformes da legislação da UE em todos
Os juízes e os advogados-gerais oferecem todas
os Estados-Membros, a fim de que a lei seja a
as garantias de imparcialidade. Dispõem das
mesma para todos. Garante, por exemplo, que
qualificações ou das competências necessárias
os tribunais nacionais não decidem de forma
para ocupar os mais altos cargos judiciais nos
diferente sobre a mesma questão.
respectivos países de origem. São nomeados
O Tribunal também assegura o cumprimento para o Tribunal de Justiça de comum acordo
da legislação por parte dos Estados-Membros pelos governos dos Estados-Membros, por um
e das instituições da UE. É competente para período de seis anos que pode ser renovado.
se pronunciar sobre os litígios entre Estados-
A fim de ajudar o Tribunal de Justiça a fazer face
-Membros, instituições da UE, bem como pes-
ao elevado número de processos que lhe são
soas singulares e colectivas.
submetidos e de proporcionar aos cidadãos uma
O Tribunal é composto por um juiz de cada protecção jurídica mais eficaz, foi criado em 1988
Estado-Membro a fim de que os 27 sistemas um Tribunal de Primeira Instância. Este tribunal
jurídicos dos Estados-Membros da UE estejam (que está associado ao Tribunal de Justiça) tem
representados. No entanto, por razões de efici- competência para proferir acórdãos em certas
ência, o Tribunal raramente se reúne em sessão categorias de processos, em especial acções
plenária. Reúne por via de regra em «Grande intentadas por particulares, empresas e algumas
EO TRIBUNAL DE JUSTIÇA: GARANTIR O CUMPRIMENTOO DA LEGISLAÇÃO
organizações, ou processos relacionados com O que faz o Tribunal?
o direito da concorrência. Este tribunal dispõe
O Tribunal pronuncia-se sobre os processos que
também de um juiz por cada Estado-Membro.
são submetidos à sua apreciação. Os cinco tipos
O Tribunal da Função Pública da União Europeia, de processos mais comuns são os seguintes:
por seu turno, delibera em litígios entre a União 1. reenvio prejudicial;
Europeia e os seus funcionários e agentes. É
2. acção por incumprimento;
composto por sete juízes e depende do Tribunal
3. recurso de anulação
de Primeira Instância.
4. acção por omissão;
Tanto o Tribunal de Justiça como o Tribunal de
5. acção de indemnização.
Primeira Instância e o Tribunal da Função Públi-
Segue-se uma descrição pormenorizada de cada
ca têm um presidente designado pelos juízes
um destes processos.
respectivos por um período de três anos que
pode ser renovado. Em 2003, Vassilios Skouris
foi eleito presidente do Tribunal de Justiça. Marc 1. Reenvio prejudicial
Jaeger é o actual presidente do Tribunal de Pri- Os tribunais nacionais são responsáveis pela
meira Instância. Paul J. Mahoney é o presidente correcta aplicação da legislação comunitária no
do Tribunal da Função Pública desde 2005. respectivo país. Existe, no entanto, um risco de
que os tribunais dos diversos países possam
interpretar o direito da UE de forma diferente.
Para que tal não aconteça, existe o «reenvio 27
prejudicial», ou seja, se um tribunal nacional tiver
© Alamy/Imageselect
29
se aprova a forma como a Comissão executou os projectos de relatórios que servirão de base
o orçamento. Quando os resultados são satis- às decisões do Tribunal de Contas.
fatórios, o Tribunal de Contas envia igualmente
Os auditores são frequentemente chamados
ao Conselho e ao Parlamento uma declaração
a realizar missões de fiscalização nas outras
de garantia de que o dinheiro dos cidadãos eu-
instituições da UE, nos Estados-Membros e em
ropeus foi bem utilizado.
qualquer país do mundo beneficiário de ajuda
Finalmente, o Tribunal de Contas informa os da UE. Efectivamente, embora o trabalho do
cidadãos sobre as conclusões do seu trabalho Tribunal de Contas diga respeito, em grande
através de relatórios sobre assuntos de especial parte, a verbas que são da responsabilidade da
interesse. Comissão, mais de 80% das despesas da UE
são geridas pelas autoridades nacionais.
Como está organizado o trabalho O Tribunal de Contas não dispõe de poder juris-
do Tribunal de Contas? dicional próprio. Quando os auditores detectam
fraudes ou irregularidades, informam o Orga-
O Tribunal de Contas dispõe de cerca de 800 fun- nismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF). O
cionários, incluindo tradutores, administradores OLAF é um departamento da Comissão Euro-
e auditores. Os auditores estão repartidos por peia com um estatuto especial que lhe garante
«grupos de auditoria», competindo-lhes elaborar total autonomia.
30
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
As marcas auriculares dos bovinos constituem uma ajuda para que os auditores comunitários possam saber onde
foi gasto o dinheiro da UE.
O COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU: A VOZ DA SOCIEDADE CIVIL
O Comité Económico
e Social Europeu:
a voz da sociedade civil
FACTOS ESSENCIAIS
31
cidadãos, promovendo uma sociedade mais par- nizações de agricultores, pequenas empresas,
ticipativa, mais inclusiva e, consequentemente, artesanato e profissões liberais, cooperativas e
mais democrática na Europa. associações sem fins lucrativos, organizações
de defesa do consumidor e de protecção do
ambiente, membros das comunidades científica
e académica e associações que representam a
família e as pessoas com deficiência. © Van Parys Media
As organizações que representam os interesses das famílias estão entre os muitos grupos da sociedade
cuja voz é expressa através do CESE.
O Comité das Regiões:
33
Partido Popular Europeu, o Partido dos Socia- formação profissional e a juventude, a energia,
listas Europeus, a Aliança dos Democratas e os transportes, as telecomunicações ou a saúde
Liberais pela Europa e a União para a Europa das pública.
Nações-Aliança Europeia.
Esta lista não tem um carácter exaustivo. A Co-
O presidente do CR é eleito de entre os seus missão, o Conselho e o Parlamento Europeu são
membros por um período de dois anos. Michel livres de consultar o CR sobre outras questões.
Delebarre foi eleito presidente em 2006. O Comité, por sua vez, pode adoptar pareceres
por iniciativa própria e apresentá-los à Comissão,
O que faz o Comité? ao Conselho e ao Parlamento.
© Bilderbox
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37
38
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
Países da UE que utilizam o euro a partir de 2008: Áustria, Bélgica, Chipre, Finlândia, França, Alemanha, Grécia,
Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Eslovénia e Espanha.
Países da UE que não utilizam o euro: Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia,
Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia.
O PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU: INVESTIGAR AS QUEIXAS DOS CIDADÃOS
O Provedor de Justiça
Europeu:
investigar as queixas
dos cidadãos
FACTOS ESSENCIAIS
39
necessárias.
Para mais informações práticas sobre as diligên-
cias a seguir na apresentação de uma queixa, O Provedor de Justiça apresenta anualmente
pode ser consultado o sítio Internet do Provedor ao Parlamento Europeu um relatório das suas
de Justiça Europeu: ombudsman.europa.eu. actividades.
Se o seu processo não obtiver a devida atenção, o Provedor de Justiça Europeu pode dar uma ajuda.
A Autoridade Europeia
para a Protecção de
Dados: salvaguardar
41
A AEPD colabora com os responsáveis pela pro- Se tem razões para crer que o seu direito à pri-
tecção de dados em cada instituição ou organis- vacidade foi violado por uma instituição ou um
mo da UE para garantir a aplicação das regras organismo da UE, contacte em primeiro lugar os
em matéria de privacidade. responsáveis pelo tratamento dos dados. Se não
A AEPD dá o seu parecer em todas as questões ficar satisfeito com o resultado, deverá contactar
que envolvam tratamento de dados pessoais, o encarregado da protecção de dados pertinente
quer se trate de tratamento de dados levado (os nomes podem ser encontrados no sítio web
a cabo pelas instituições ou pelos organismos da AEPD). Pode igualmente apresentar quei-
da UE quer se trate de propostas de nova le- xa à Autoridade Europeia para a Protecção de
gislação. Coopera com as autoridades nacio- Dados, que a investigará e o informará o mais
nais de protecção de dados nos países da UE, rapidamente possível das conclusões a que tiver
assim como com outros intervenientes neste chegado.
domínio. A AEPD pode, por exemplo, ordenar à instituição
Em 2004, Peter Johan Hustinx foi nomeado para ou ao organismo em causa que corrija, bloqueie,
exercer as funções de Autoridade Europeia para apague ou destrua dados pessoais que tenham
a Protecção de Dados. sido ilegalmente tratados.
de Justiça.
As agências
© EC
As agências não são instituições da UE: são Agência Europeia de Defesa (AED)
organismos criados por um acto legislativo
específico da UE para realizarem uma deter- Localização: Bruxelas, Bélgica
eda.europa.eu
minada missão. Nem todas têm a designa-
ção de «agência» no nome oficial: podem, A AED ajuda a promover a coerência em lugar da
por exemplo, ser denominadas Centro, Fun- fragmentação na capacidade de defesa e segurança
dação, Instituto ou Serviço. da Europa, inclusive no que diz respeito a armamentos
e equipamento, investigação e operações.
AS AGÊNCIAS
Academia Europeia de Polícia Agência Europeia da Segurança
(AEP-CEPOL) Marítima (EMSA)
Localização: Bramshill, Reino Unido
Localização: Lisboa, Portugal
cepol.net
emsa.europa.eu 43
Esta academia forma funcionários dos serviços de
AS AGÊNCIAS
venientes de satélites de observação terrestre, em na Europa Oriental e na Rússia.
apoio das prioridades da política externa e de segu-
rança da UE e de actividades humanitárias. Fundação Europeia para a Melhoria
das Condições de Vida e de Trabalho
Centro de Tradução dos Organismos (Eurofound) 45
da União Europeia (CDT) Localização: Dublim, Irlanda
46
COMO FUNCIONA A UNIÃO EUROPEIA
A missão da Agência Europeia para a Segurança da Aviação é tornar os transportes aéreos cada vez mais seguros
e ecologicamente sustentáveis.
Comissão Europeia
ISBN 978-92-79-03664-5
A União Europeia (UE) é única. Não é uma federação como os Estados Unidos da América, porque os seus
Estados-Membros continuam a ser nações soberanas e independentes, nem é uma mera organização intergo-
vernamental como as Nações Unidas, já que os Estados-Membros congregam efectivamente as suas soberanias
nalgumas áreas, ganhando assim muito maior força e maior influência colectivas que as que poderiam obter
isoladamente.
Congregam as suas soberanias tomando decisões comuns através de instituições comuns como o Parlamento
Europeu, que é eleito pelos cidadãos da UE, e o Conselho, que representa os governos nacionais. Decidem com
base em propostas da Comissão Europeia, que, por sua vez, representa os interesses da UE como um todo. Mas
o que faz cada uma destas instituições? Como trabalham em conjunto? Quem é responsável por quê?
Este guia dá as respostas numa linguagem clara e simples. Apresenta igualmente uma panorâmica geral das agên-
cias e dos outros organismos que participam no trabalho da União Europeia. O objectivo é facultar aos cidadãos
um guia útil para a compreensão do sistema de decisão da UE.
Outras informações sobre a União Europeia
Na Internet
O sítio Europa contém informações em todas as línguas oficiais da
União Europeia: europa.eu
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toda a Europa. Pode encontrar o endereço do centro mais próximo em:
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número gratuito 00 800 6 7 8 9 10 11 [se estiver fora da UE, para o
seguinte número pago: (32-2) 299 96 96], ou por correio electrónico via
europedirect.europa.eu
NA-AK-06-482-PT-C
PT
A União Europeia (UE) é única. Não é uma federação como os Estados Unidos da América,
porque os seus Estados-Membros continuam a ser nações soberanas e independentes, nem
é uma mera organização intergovernamental como as Nações Unidas, já que os Estados-
-Membros congregam efectivamente as suas soberanias nalgumas áreas, ganhando assim
muito maior força e maior influência colectivas que as que poderiam obter isoladamente.
Congregam as suas soberanias tomando decisões comuns através de instituições comuns
como o Parlamento Europeu, que é eleito pelos cidadãos da UE, e o Conselho, que representa
os governos nacionais. Decidem com base em propostas da Comissão Europeia, que, por
sua vez, representa os interesses da UE como um todo. Mas o que faz cada uma destas
instituições? Como trabalham em conjunto? Quem é responsável por quê?
Este guia dá as respostas numa linguagem clara e simples. Apresenta igualmente uma pa-
norâmica geral das agências e dos outros organismos que participam no trabalho da União
Europeia. O objectivo é facultar aos cidadãos um guia útil para a compreensão do sistema
de decisão da UE.
ISBN 92-79-03664-5