Aspectos Politicos Da Europa
Aspectos Politicos Da Europa
Aspectos Politicos Da Europa
A política europeia lida com as relações sociais envolvendo política ou poder, que estão
em constante estado de evolução no Velho Continente. Trata-se de um tópico muito mais
intrincado do que em outros continentes devido a uma série de fatores, incluindo o longo
histórico dos estados-nações da região, bem como pela crescente tendência moderna de
um incremento da unidade política entre os estados europeus.
A política atual da Europa pode ser traçada em retrospecto pelos eventos
históricos ocorridos em seu interior. Da mesma forma,
a geografia, economia e cultura contribuíram para o aspecto político atual da Europa.
A política moderna da Europa é dominada pela União Europeia (UE), desde a queda
da Cortina de Ferro e o colapso do Bloco Oriental de países comunistas. Com o fim
da Guerra Fria, a UE expandiu-se para leste, tendo atualmente 25 estados-membros que
são representados no Parlamento Europeu.
Apesar das relações entre a Rússia e os estados europeus ocidentais terem melhorado
grandemente desde o fim da Guerra Fria, recentemente tensões têm emergido com a
disseminação rumo ao leste das organizações "ocidentais", particularmente a União
Europeia e a OTAN, agregando ex-satélites da URSS.
A maioria dos estados europeus ou se uniram ou declararam sua intenção de se unir à
União Europeia. Isto tem feito com que governos modernizem sistemas corruptos e
burocráticos a fim de atender aos requisitos exigidos para os estados postulantes. Por sua
vez, tal tem levado a uma melhoria das relações entre antigos inimigos, como a Grécia e
a Turquia.
No momento, existem poucos conflitos ocorrendo na Europa, embora problemas persistam
nos Balcãs e no Cáucaso.
A UE conseguiu muito desde a sua criação em 1950. Construiu um mercado único de bens e de
serviços que abrange 28 países e mais de 500 milhões de cidadãos com liberdade para circular
e se fixar onde quiserem. A UE criou a moeda única — o euro — atualmente uma das
principais moedas mundiais, o que torna o mercado único mais eficiente. A UE é também o
maior fornecedor de programas de ajuda humanitária e ao desenvolvimento no mundo. Estes
são apenas alguns dos resultados alcançados até à data. Numa perspetiva de futuro, a UE está
empenhada em libertar a Europa da atual crise económica. Está na vanguarda da luta contra as
alterações climáticas e suas consequências; como pretende continuar a crescer, apoia os
países vizinhos na preparação da sua adesão à UE; além disso, está a construir uma política
externa comum que contribuirá para tornar os valores europeus extensivos ao mundo. O êxito
destas ambições depende da capacidade para tomar atempadamente decisões eficazes e para
as aplicar corretamente.
A União Europeia baseia-se no Estado de direito. Quer isto dizer que cada medida tomada pela
UE assenta em tratados aprovados voluntária e democraticamente por todos os países da
União. Os tratados são negociados e aprovados por todos os Estados-Membros da UE e são
ratificados pelos parlamentos nacionais ou através de um referendo. Os tratados estabelecem
os objetivos da UE, as regras de funcionamento das suas instituições, o processo de tomada de
decisões e a relação entre a União e os seus Estados-Membros. Tiveram de ser alterados
sempre que se registou a adesão de novos Estados-Membros. Ocasionalmente, os tratados
foram também alterados com o objetivo de introduzir reformas nas instituições europeias e
atribuir à União Europeia novos domínios de responsabilidade.
O Conselho Europeu define a direção e as prioridades políticas gerais da UE mas não exerce
funções legislativas. Em princípio, é a Comissão Europeia que propõe nova legislação, e são o
Parlamento e o Conselho que a adotam. Seguidamente, os Estados-Membros e a Comissão
põem-na em prática.
O Parlamento elege o seu próprio presidente por um período de dois anos e meio. O
presidente representa o Parlamento junto das outras instituições da UE, bem como do resto
do mundo, sendo assistido por 14 vice-presidentes. Juntamente com o presidente do
Conselho, o presidente do Parlamento Europeu assina todos os atos legislativos após a sua
adoção. Os trabalhos do Parlamento estão repartidos por duas fases principais:
X A preparação da sessão plenária: esta preparação é feita pelos deputados das 20 comissões
parlamentares especializadas nas diversas áreas de atividade da UE. Por exemplo, a Comissão
ECON para os assuntos económicos e monetários, ou a Comissão INTA para o comércio
internacional. As questões a debater são também discutidas nos grupos políticos.
X A própria sessão plenária: as sessões plenárias, para todos os deputados do PE, realizam-se
normalmente em Estrasburgo (uma semana por mês) e, ocasionalmente, realizam-se sessões
adicionais em Bruxelas. Nas sessões plenárias, o Parlamento examina as propostas de
legislação e vota as alterações que pretende introduzir antes de chegar a uma decisão sobre a
totalidade do ato jurídico. Na ordem de trabalhos podem ainda estar incluídas
«comunicações» do Conselho ou da Comissão ou questões relacionadas com a atualidade na
UE e no mundo em geral.
Todos os debates e votações sobre atos legislativos realizados no Conselho são públicos. Essas
reuniões podem ser acompanhadas em direto no sítio Internet do Conselho. A coerência geral
do trabalho das diferentes configurações do Conselho é assegurada pelo Conselho dos
Assuntos Gerais, que acompanha o seguimento efetivo das reuniões do Conselho Europeu. É
apoiado pelo Comité dos Representantes Permanentes («Coreper», do francês: «Comité des
Représentants Permanents»). O Coreper é composto pelos representantes permanentes dos
governos dos Estados-Membros junto da União Europeia. Em Bruxelas, cada Estado-Membro
da UE tem uma equipa («representação permanente») que o representa e defende os seus
interesses nacionais junto da UE. O chefe da representação permanente é, de facto, o
Embaixador do seu país junto da UE. Estes embaixadores reúnem-se semanalmente no âmbito
do Coreper. O papel do Coreper consiste em preparar os trabalhos do Conselho, com exceção
das questões agrícolas, que são preparadas por um Comité Especial da Agricultura. O Coreper
é assistido por vários grupos de trabalho compostos por funcionários das administrações
nacionais.
A União Europeia tem vindo a desenvolver uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC)
que está sujeita a procedimentos diferentes quando comparada a outros domínios políticos. A
PESC é definida e executada pelo Conselho Europeu e pelo Conselho, em colaboração. Os
objetivos internacionais mais vastos da UE são promover a democracia, o Estado de direito, os
direitos humanos e a liberdade, o respeito pela dignidade humana e os princípios da igualdade
e da solidariedade. Para atingir estes objetivos, a UE desenvolve relações e parcerias com
outros países e organizações em todo o mundo.
O que é a Comissão?
O termo «Comissão» é usado em dois sentidos. Em primeiro lugar, refere-se aos «membros da
Comissão», isto é, a equipa de homens e mulheres designados pelos Estados-Membros e pelo
Parlamento para gerir a instituição e tomar as decisões da sua competência. Em segundo lugar,
diz respeito à instituição em si e aos seus funcionários. Informalmente, os membros da
Comissão são conhecidos por «comissários». Todos eles desempenharam cargos políticos, em
muitos casos a nível ministerial, embora, enquanto membros da Comissão, estejam obrigados
a velar pelos interesses da União no seu conjunto, não recebendo instruções dos governos
nacionais.
Descentralização política
A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições
próprias que não decorrem do ente central. A descentralização política decorre
diretamente da constituição (o fundamento de validade é o texto constitucional) e
independe da manifestação do ente central (União).
Descentralização Política
Politicas centralizadas