Rendimento em Madeira Serrada
Rendimento em Madeira Serrada
Rendimento em Madeira Serrada
Resumo
Rendimento em madeira serrada de Pinus taeda para duas metodologias de desdobro. Este trabalho
teve o objetivo de avaliar o rendimento em madeira serrada de Pinus taeda com duas diferentes
metodologias de desdobro, denominadas de sistema convencional e sistema otimizado, utilizando 100
toras com dimetros entre 18 e 44 cm. As 100 toras foram agrupadas em cinco classes diamtricas
com 20 toras, sendo essas divididas em igual nmero para cada sistema de desdobro No desdobro
convencional, o rendimento variou de 35,24% a 43,92%, e no desdobro otimizado, de 41,65% a
63,04%. O rendimento foi afetado pelo sistema de desdobro utilizado. No desdobro convencional, no
houve tendncia de aumento do rendimento com o aumento do dimetro das toras. No desdobro
otimizado o rendimento foi maior em todas as classes e apresentou a tendncia de aumentar com o
aumento do dimetro das toras. A classificao de toras e modelos de corte para cada classe
diamtrica (desdobro otimizado) foi uma forma eficiente para aumentar o rendimento em madeira
serrada de pinus.
Palavras-chave: Pinus; classificao de toras; modelos de corte; otimizao.
Abstract
Sawnwoodyield of Pinus taeda for two log sawing methodologies. This work was developed to
evaluate the sawnwoodyield of Pinus taeda with two differents methodologies of log sawing called
conventional and optimized systems, for a hundred logs with diameters between 18 and 44 cm. The
logs were grouped in five diameter classes with twenty logs by class. The half of them were divided
in the same number for each sawing system. In the conventional sawing the yield ranged from
35,24% to 43,92%, while in optimized sawing the variation was from 41,65% to 63,04%. The yield
was affected by the sawing system used. In conventional sawing, do not have on increase tendency of
yield with the logs diameter raise. In optimized sawing system the yield was greater in all classes and
showed the tendency of increasing with logs diameter raise. The logs selection and sawing models
used to each diameter class (optimized sawing) were efficient methods to increase the yield in
sawnwood of pine.
Keywords: Pine; logs classification; sawn models; optimization.
INTRODUO
Ao longo das ltimas dcadas, o perfil de consumo de madeiras oriundas de reflorestamento
mudou substancialmente em funo das restries de explorao e da disponibilidade de espcies
florestais nativas. A cadeia produtiva estendeu-se para as essncias de rpido crescimento, plantadas e
manejadas. A grande concentrao de plantios de pinus a regio Sul do Brasil, especificamente os
estados do Paran e Santa Catarina, onde as espcies mais plantadas so Pinus elliottii e Pinus taeda.
A madeira de pinus exerce importante papel no fornecimento de matria-prima para indstrias de
papel e papelo, laminados, compensados e indstria moveleira. Devido ao elevado consumo que tem
ocorrido na regio Sul do Brasil nos ltimos anos, a procura pela matria-prima pinus aumentou,
conseqentemente diminuindo sua oferta no mercado. Dessa forma, surgiu a necessidade de se otimizar o
473
processo de desdobro das toras quando o produto final tem finalidade para a indstria de serrados e
moveleira.
O rendimento em madeira serrada influenciado por diversos fatores, tais como caractersticas
da espcie, produtos, maquinrio, mo de obra e, principalmente, pelo dimetro das toras. Alm desses
fatores, o tratamento que dado s toras ainda no ptio da serraria e outras decises de como desdobr-las
so fatores fundamentais para que se atinjam bons nveis de rendimento.
O volume de resduos gerados pode-se expressar como a diferena entre o volume de madeira
em toras que entra na serraria e o volume de madeira serrada produzida. A maior quantidade de resduos
gerados por ocasio do desdobro primrio e secundrio das toras. Considerando-se os resduos gerados
pelo processo produtivo, como cascas, costaneiras, refilos, aparas e serragem, seria irracional no
promover o aproveitamento mximo desses subprodutos do beneficiamento primrio da madeira. Tais
resduos, em um primeiro momento, so tidos como rejeitos no processo, mas seguramente podem sair da
serraria como matria-prima para produo de pasta e celulose e chapas de composio, bem como
promover a auto-suficincia energtica da prpria indstria (Fontes, 1994).
Um sistema de desdobro convencional consiste em se desdobrar toras sem classificao e sem
uma definio exata de um modelo de corte para cada classe diamtrica. Tal condio, na maioria das
vezes, induz a um baixo aproveitamento da tora, propiciando uma maior gerao de subprodutos, muitas
vezes considerados resduos do processo (Rocha, 2002). O Brasil ainda possui um grande nmero de
serrarias que utilizam o sistema convencional de desdobro, em que as toras so desdobradas de acordo
com critrios escolhidos pelo operador da mquina principal, ou seja, ele quem define a melhor maneira
de se desdobrar uma tora. Dessa maneira, podem ocorrer elevadas perdas de matria-prima, devido
ausncia de tecnologias apropriadas para o desdobro das toras, encarecendo o processo, em funo de que
h a necessidade de se consumir maior volume de matria-prima para produzir a mesma quantidade de
produto serrado.
A escolha dos operadores da serra principal, resserradeiras, canteadeiras e destopadeiras assume
verdadeira importncia, tendo em vista que esses operadores esto continuamente tomando decises que
dizem respeito a fatores que dependem do bom funcionamento das mquinas, que, por sua vez, afetam o
desempenho da indstria: produtividade, qualidade do produto e o elevado ndice de retrabalho para
recuperao da matria-prima. A deciso pessoal de um operador de como secionar um tronco ou mesmo
desdobrar dificilmente obter um nvel timo, isso porque ele raramente conseguir obter a melhor
visualizao de todas as alternativas no pouco tempo que tem para tomada de decises (Leite, 1994).
Assim, indicado o emprego de modelos de pesquisa operacional. Em geral, os erros mais comuns
observados so os excessos de espessura das costaneiras, incorreta seleo do corte radial e
subdimensionamento na largura e comprimento das peas.
Quando se trata de madeira reflorestada, como o caso do pinus, os dimetros das toras diminuem
e se homogeneizam, o que facilita a utilizao de tcnicas de otimizao no desdobro. Dessa forma, uma
classificao eficiente e o estabelecimento de modelos de corte apropriados iro proporcionar bons
resultados na serraria. Trata-se de uma maneira de se conduzir o desdobro de toras atravs da sua
otimizao. Nesse caso, as toras so classificadas e, muitas vezes, descascadas e desdobradas dentro de
um modelo de corte pr-definido para cada classe diamtrica, caracterizando-se um processo de
otimizao das toras. Um sistema de desdobro otimizado constitui em utilizar um sistema de corte
anteriormente estudado, objetivando a mxima utilizao da tora (Leite, 1994).
As perspectivas de crescimento no consumo de toras de pinus no Brasil para uso industrial tm
se mostrado em plena ascenso. Dessa forma, h necessidade urgente de se implantarem aes
estratgicas fundamentais, para que no ocorra a estagnao da indstria madeireira (SBS, 2003).
Portanto, a necessidade de seleo de toras por classes diamtricas e o estabelecimento de
diagramas de corte de importncia primria para que se consiga atingir nveis de rendimentos elevados
para aquele determinado tipo de material que est sendo utilizado. Dessa maneira, possvel melhorar o
rendimento em madeira serrada proporcionado por cada classe utilizada.
O objetivo desta pesquisa foi de avaliar o rendimento em madeira serrada para a melhoria do
aproveitamento de Pinus taeda, atravs da classificao das toras e da utilizao de diagramas de corte
especficos para cada classe diamtrica.
474
MATERIAL E MTODOS
Local do experimento e descrio da serraria
Este estudo foi realizado em uma serraria localizada na cidade So Bento do Sul (SC). uma
serraria de pequeno porte, com uma capacidade produtiva mdia em madeira serrada de 900 m3/ms.
No desdobro principal, foi utilizada uma serra-fita com dimetro de volantes de 1,25 m e altura
de corte de 80 cm. Para resserragem das costaneiras, utilizou-se uma serra-fita horizontal de dois
cabeotes com volantes de 1,25 m de dimetro e altura de corte de 50 cm. Para refilamento das tbuas
originadas da resserragem, foram utilizadas duas serras circulares refiladeiras com altura de corte de 80
mm. Os semiblocos obtidos no desdobro principal foram direcionados para uma serra circular mltipla
com altura de corte de 110 mm (Figura 1).
SERRA-FITA
PRINCIPAL
SERRA-FITA
RESSERRAGE
MULTILMIN
REFILADEIRA
REFILADEIRA
Onde:
xD 2
x L.
40000
475
Tabela 1. Classificao de toras de Pinus taeda em cinco classes diamtricas para desdobro convencional
e otimizado.
Table 1. Classification of logs of Pinus taeda in five diametrical classes to sawing with conventional
and optimized methods.
Classe
1
2
3
4
5
TOTAL
No de toras
20
20
20
20
20
100
Dimetro (cm)
18,0-24,0
24,1-28,0
28,1-34,0
34,1-38,0
38,1-44,0
Comprimento (m)
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
Clculo do rendimento
O rendimento volumtrico, tambm chamado de coeficiente de serragem, coeficiente de
transformao ou fator de rendimento, foi a relao entre o volume produzido de madeira serrada e o
volume utilizado de madeira em forma de tora, expresso em porcentagem.
476
Figura 2. Otimizao de corte estabelecida para o sistema de desdobro otimizado de toras de Pinus taeda
distribudas em cinco classes diamtricas no sistema de desdobro otimizado.
Figure 2. Optimization sawing established to optimized saw system to logs of Pinus taeda distributed in
five diametrical classes in the optimized sawing system.
Legenda: Anel externo casca; Tbua 1 27 x 50 mm; Tbua 2 27 x 80 mm; Tbua 3 27 x 110 mm.
Aps os processos de desdobro, todas as peas obtidas por classe diamtrica que tinham seus
topos pintados com cores diferentes, para facilitar a separao dos lotes, foram medidas e agrupadas
segundo suas respectivas cores. Para mensurar o rendimento de cada lote, foi utilizada a seguinte frmula:
R% =
Vt 100
V
Anlise estatstica
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, disposto em fatorial, sendo
os fatores a classificao, com dois nveis, e as classes diamtricas, com cinco nveis (cinco classes), com
dez repeties. O efeito da classificao das toras foi considerado como qualitativo, e a classe diamtrica
como quantitativa. Foi utilizado para as anlises o centro da classe.
477
RESULTADOS E DISCUSSO
Desdobro convencional
Na tabela 2, so apresentados os resultados de rendimento mdio para as cinco classes estudadas,
quando utilizado o desdobro convencional.
A classe 1 apresentou o menor rendimento mdio (37,03%), o que era esperado, por se tratar da
classe com os menores dimetros. Segundo Rocha (2000), normal, em serrarias, as toras de menores
dimetros apresentarem menores rendimentos. Porm, ao desdobrar Eucalyptus grandis em duas classes
diamtricas (19 a 25 cm e 25 a 30 cm), o autor obteve um rendimento mdio superior para a classe de
menores dimetros. Analisando-se as classes seguintes, pode-se observar que as classes 2, 3, 4 e 5
apresentaram rendimentos mdios muito prximos, sendo que o menor foi para a classe 3 (45,31%) e o
maior para a classe 5 (46,75%). Os maiores rendimentos mdios ocorreram nas maiores classes
diamtricas, ou seja, 4 e 5.
Tabela 2. Volumes de toras e de madeira serrada de Pinus taeda com seus respectivos rendimentos
obtidos pelo mtodo de desdobro convencional.
Table 2. Logs and sawnwoods volumes of Pinus taeda with its respectives yields obtained by
conventional sawing method.
Classe
No Toras
1
2
3
4
5
MDIA
10
10
10
10
10
Volume (m)
Toras
1,05
1,75
2,16
3,48
6,02
2,89
Serrado
0,39
0,79
1,18
1,63
2,81
1,36
Rendimento (%)
CV (%)
37,03a
45,35b
45,31b
46,75b
46,62b
44,21
2,54
2,29
2,69
1,88
5,30
Mdias seguidas da mesma letra no diferem estatisticamente pelo teste de Tukey em nvel de 5% de probabilidade.
Em funo da grande amplitude diamtrica existente entre as classes 2 e 5, era esperado que
houvesse uma diferena entre os rendimentos das classes. Esse resultado um forte indcio de que atravs
desse procedimento de desdobro, sem classificao das toras e sem um modelo de corte especfico para
cada uma delas, o aproveitamento tornou-se inadequado, no resultando num rendimento satisfatrio.
Outro fator que deve ser levado em considerao a pequena variedade de produtos obtidos das toras, o
que pode fazer com que algumas classes diamtricas no sejam adequadas para as tbuas que se deseja
obter delas.
Comparando-se as classes 1 e 2 com pesquisa realizada por Fontes (1994), que tambm utilizou
o desdobro convencional, observa-se que ambas as classes apresentaram rendimentos mdios superiores
aos encontrados pelo autor, que, ao utilizar toras com classes diamtricas variando de 15 a 29,5 cm de
dimetro, obteve um rendimento mdio de 30,47%. Provavelmente, o autor obteve um resultado pouco
satisfatrio por estar avaliando uma classe diamtrica com uma amplitude elevada. Em contrapartida,
Ribas et al. (1989), testando classes com dimetros entre 21,1 e 24 cm, obtiveram um rendimento de
48,50%, superior ao obtido para a classe 1.
Vianna Neto (1984), estudando tcnicas de desdobro em serrarias que utilizam toras com
pequenos dimetros, concluiu que o rendimento de madeira serrada aumentou de acordo com o
incremento no dimetro das toras utilizadas, no qual a qualidade da matria-prima pode influenciar em at
70% no xito da obteno de um timo rendimento. Da mesma forma, estudando a influncia do dimetro
no rendimento em madeira serrada, o autor afirma que ele exerce uma influncia diretamente
proporcional.
Analisando-se a diferena estatstica entre as cinco classes (Tabela 2), observa-se que houve uma
diferena significativa entre a classe 1 e as classes 2, 3, 4 e 5, porm, entre estas no foi observada
nenhuma diferena significativa. Pode-se observar que, mesmo existindo uma amplitude diamtrica de 20
cm entre as classes 2 e 5, a diferena entre elas foi muito pequena, variando de 45,35% (classe 2) a
46,62% (classe 5), perfazendo uma diferena de 1,4 pontos percentuais entre elas.
478
479
No Toras
1
2
3
4
5
MDIA
10
10
10
10
10
Volume (m)
Toras
1,15
1,53
2,28
3,06
4,17
2,44
Serrado
0,52
0,73
1,21
1,78
2,65
1,38
Rendimento (%)
CV (%)
44,93a
48,02b
53,24c
58,21d
63,58e
53,60
2,67
2,55
2,30
1,45
4,30
Mdias seguidas da mesma letra no diferem estatisticamente pelo teste de Tukey em nvel de 5% de probabilidade.
A classe 1 apresentou rendimento de 44,93% (Tabela 3). J Biasi e Rocha (2003), utilizando
otimizao de corte para toras com 14 a 24 cm de dimetro, ou seja, com classe de maior amplitude e
toras de menores dimetros, obtiveram rendimento de 40,17%. Essa maior amplitude diamtrica utilizada
pelos autores possivelmente tenha provocado uma subutilizao das toras. Fontes (1994), estudando
rendimento de madeira serrada e gerao de resduos em trs diferentes serrarias, com a utilizao de
diagramas de corte, obteve para a classe entre 20 a 24,50 cm de dimetro um rendimento mdio de
30,86%. Pode-se observar que mesmo com uma classe de menor amplitude diamtrica, o rendimento
mdio foi inferior ao obtido para a classe 1 (44,93%).
A classe 2 apresentou rendimento mdio de 48,02%, superior ao obtido por Fontes (1994), que,
trabalhando com toras de 25 a 29,5 cm, obteve rendimento mdio de 33,73%. Para as classes 3, 4 e 5, a
mesma tendncia foi observada, culminando no maior rendimento mdio obtido para a classe 5 (63,58%).
Comparativo entre as duas metodologias de desdobro
A tabela 4 indica que a interao foi significativa, ou seja, o efeito do tratamento de classificao
das toras e otimizao de corte se alterou quando ocorreu alterao na classe diamtrica, evidenciando
assim a dependncia entre os fatores. Ocorreu um aumento significativo de 21,24% no rendimento em
madeira serrada no desdobro otimizado em relao ao desdobro convencional.
Como a interao foi significativa, optou-se em realizar o desdobramento e avaliar o efeito entre
fatores. Aps o desdobramento, pde-se observar que o efeito do tratamento foi qualitativo (Tabela 4). O
tratamento utilizado para o desdobro das toras foi significativo e as classes diamtricas utilizadas tambm
foram significativas. Os efeitos principais e a interao foram altamente significativos. Como a interao
foi significativa, isso implica que os efeitos no so independentes.
Tabela 4. Anlise da varincia utilizando sistemas de desdobro sem classificao e com classificao
diamtrica de toras de Pinus taeda.
Table 4. Analysis of the variance using sawing systems without diametrical classification and with
diametrical classification of Pinus taeda logs.
Fonte de Variao
Classificao(C)
Classe Diamtrica(D)
CxD
Resduo
Total
CV
Mdia Geral
N observaes
G.L.
1
4
4
90
99
9,96
48,8518
100
SQ
2150,1769
2328,1312
528,7744
2131,4635
7138,5460
QM
2150,1769
582,0328
132,1936
26,6829
F
90,79**
24,576**
5,582**
480
Rendimento desdobro
convencional (%)
Rendimento desdobro
otimizado (%)
Aumento (%)
1
2
3
4
5
MDIA
37,03 a
45,35 a
45,31 a
46,75 a
46,62 a
44,21
44,93 b
48,02 a
53,24 b
58,21 b
63,58 b
53,60
21,33
5,89
17,50
24,51
36,38
21,12
Mdias seguidas de mesma letra, em cada linha, no diferem estatisticamente pelo teste de Tukey em nvel de 95% de
probabilidade.
481
madeira serrada, exceto na classe de 24,1 a 28,0 cm, onde no foi detectada diferena
significativa entre os sistemas estudados.
A maior diferena no rendimento mdio em madeira serrada entre os sistemas de desdobro
convencional e otimizado foi obtida na classe diamtrica de 38,1 a 44,0 cm.
No sistema de desdobro otimizado, observou-se um maior rendimento mdio medida que
aumentou o dimetro das toras, tendncia que no foi observada no desdobro convencional.
A classificao das toras e o estabelecimento de modelos de corte para cada classe diamtrica foi
uma forma eficiente de se aumentar o rendimento em madeira serrada de pinus.
Com base nas concluses aqui apresentadas, recomendam-se:
Implantao de sistema de classificao e seleo das toras em serrarias de pinus de acordo com
padres estabelecidos e testados neste estudo.
Utilizao do sistema de desdobro otimizado testado neste estudo, respeitando os limites das
classes diamtricas e diagramas de corte propostos.
Realizao de testes com classes diamtricas de menores amplitudes.
Testagem de outros possveis diagramas de corte com classes diamtricas de menores
amplitudes.
Realizao de estudos de eficincia da serraria, relacionando-os com os rendimentos obtidos.
Avaliao econmica comparativa dos sistemas de desdobro estudados, visando a viabilidade de
sua aplicao no processamento de madeira de pinus.
60
50
40
30
20
10
0
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5
Desdobro convencional
Desdobro otimizado
Figura 3. Comparativo entre rendimento em madeira serrada de Pinus taeda para cinco classes
diamtricas e duas metodologias de desdobro.
Figure 3. Comparison between yield in sawnwood of Pinus taeda for five diametrical classes and two
sawing methodologies.
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