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FICHA PORTUGUS
GRUPO I
Os gloriosos anos 80
Que posso dizer? ramos felizes. Pode-se argumentar que ramos felizes porque ramos jovens, ou que
ramos felizes porque ramos inconscientes. Eu acho que ramos felizes porque ramos livres. Esta liberdade era
como sal marinho que fica no corpo depois do mar, uma coisa que faz bem sade.
Os anos 80 foram anos de libertao cultural. Era pecado ser-se inculto e este ser-se inculto no
significava digerir cultura como quem pratica boas aes antes da confisso, significava que tudo era cultura e
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tudo era interessante. Lisboa era a capital e fervilhava de cultura. Os ciclos de cinema estavam pinha e
mendigavam-se bilhetes, os espetculos e as exposies tinham gente a deitar por fora. As livrarias eram palco de
um teatro pessoal e eram lugar de encontros, com os livreiros nossos amigos dispondo Tennessee Williams ou e.e.
cummings, Whitman ou Pessoa, Herberto ou Cesariny, Saramago ou Cardoso Pires, Maria Velho da Costa ou
Ruben A., como chocolates suos. A cultura era, como se diz hoje, um grande mercado. As pessoas falavam em
pessoa e no tinham telemvel nem 493 amigos no Facebook. Havia a poesia e havia a noite e as duas
encontravam-se no Bairro Alto. Ainda havia cafs e tertlias 1.
De dia, alguns de ns trabalhavam. Toda a gente ganhava pouco dinheiro mas nunca se falava em dinheiro.
Eu comecei no Expresso no comeo dos 80, vinda do JL [Jornal de Letras], com um texto de Garca Mrquez. A
Revista do Expresso comeou nos anos 80 e era, claro, um projeto cultural, editado pelo Vicente Jorge Silva e um
grupo de mafiosos culturais no qual eu me inclua. O grupo foi-se alargando, alguns foram embora para outras
paragens mas creio que todos concordariam que os anos 80 foram os melhores anos das nossas vidas.
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Clara Ferreira Alves, in Revista Expresso, 16 de junho de 2012, p. 6 (texto adaptado).

1. As afirmaes apresentadas de (A) a (G) correspondem s ideias- -chave do texto de Clara Ferreira
Alves. Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas ideias aparecem no texto.
Comea a sequncia pela letra (D).
(A) Os intervenientes do projeto cultural da Revista Expresso diriam que os anos 80 foram os melhores.
(B) Nos anos 80, tudo era cultura e ser-se inculto era pecado.
(C) Ciclos de cinema, espetculos, exposies, livros tudo fascinava os jovens.
(D) A liberdade nos anos 80 a razo da felicidade sentida.
(E) As pessoas comunicavam em presena.
(F) A capital de Portugal era um centro cultural.
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(G) Nos anos 80, ganhava-se pouco dinheiro mas no se falava nisso.
2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a nica opo que permite obter uma afirmao
adequada ao sentido do texto.
2.1 A palavra ou (l. 2), que liga oraes, indica uma ideia de
(A) confirmao
(C) explicao.
(B) alternativa.
(D) consequncia.
2.2 A expresso pinha, em Os ciclos de cinema estavam pinha (l. 10) significa
(A) venda.
(C) a comear.
(B) sobredotados.
(D) sobrelotados.
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2.3 Com a comparao como chocolates suos (ll. 15-16), ilustra-se

(A) a forma como os livreiros incentivavam leitura de autores nacionais e estrangeiros.
(B) a forma como os autores nacionais e estrangeiros circulavam pelas livrarias.
(C) a quantidade de livros vendidos pelos livreiros.
(D) a qualidade dos livros vendidos pelos livreiros.
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2.4 A expresso no qual (l. 25) refere-se ao

(A) Jornal Expresso.
(B) projeto cultural.
(C) grupo de mafiosos culturais.
(D) Jornal de Letras.
3. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do texto. Escreve o
nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida.
(A) tudo (l. 8) um pronome indefinido.
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(B) nossos (l. 13) um determinante possessivo.

(C) Ainda (l. 19) um advrbio de incluso.
(D) nunca (l. 21) um advrbio de afirmao
GRUPO II
1. Seleciona, para responderes a cada item (1.1 e 1.2), a nica opo que permite obter uma afirmao correta.
1.1 Na frase Embora os alunos tivessem ido ao cinema, precisaram de ler a obra na ntegra, a forma verbal
sublinhada est no:
(A) pretrito mais-que-perfeito composto do indicativo.
(B) pretrito perfeito composto do conjuntivo.
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(C) pretrito mais-que-perfeito composto do conjuntivo.

(D) condicional composto.
1.2 Na frase O cinema a forma de arte mais apreciada, o adjetivo encontra-se no grau
(A) superlativo absoluto sinttico.
(B) superlativo relativo de superioridade.
(C) superlativo absoluto analtico.
(D) comparativo de superioridade.
2. L a seguinte frase.
O Manuel ganharia o concurso se tivesse escrito um conto e no um poema.
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2.1 Reescreve a frase, substituindo a expresso sublinhada pelo pronome pessoal adequado. Faz as alteraes
necessrias.
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3. De qual dos conjuntos de palavras est ausente uma relao entre hipernimo e hipnimos? Seleciona a opo
correta.
(A) Pscoa festividade Natal Carnaval
(B) Pinheiro eucalipto rvore oliveira
(C) Estrela enfeite bola fita

(D) Vermelho azul verde branco
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4. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parnteses, no tempo e modo
indicados. Escreve a letra que identifica cada espao, seguida da forma verbal correta.
a. Pretrito imperfeito simples:
H alguns sculos atrs, as populaes ________ (viver) o Natal sem a tradio do pinheiro.
b. Presente simples do conjuntivo:
H quem espere que ns ________ (organizar) as festas natalcias em torno da famlia.
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c. Futuro composto do indicativo:

Ele ________ (ter) uma infncia feliz, com prendas no sapatinho.
d. Pretrito mais-que-perfeito do conjuntivo:
Quem me dera que as luzes ________ (acender) primeira tentativa.
5. L a frase seguinte.
A crnica Natalzinho apresenta uma reflexo sobre as tradies natalcias.
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5.1 Indica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada.

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5.2 Reescreve a frase, introduzindo uma orao subordinada adjetiva relativa explicativa.
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5.3 Identifica a classe a que pertence a palavra sobre.
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6. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.3), a nica opo que per-mite obter uma afirmao correta.
Na frase Assim que comeamos a ler Os Lusadas, percebi logo o grande valor histrico que a epopeia tem.
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6.1 A primeira orao

(A) subordinada adverbial concessiva.
(B) subordinada adverbial causal.
(C) subordinada adverbial consecutiva.
(D) subordinada adverbial temporal.
6.2 O verbo auxiliar
(A) comeamos.
(B) ler.
(C) percebi.
6.3 A palavra logo pertence classe
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(A) das conjunes.

(B) dos advrbios.
(C) das preposies.
(D) dos adjetivos.
7. O conector destacado na frase Pelo caminho, ficava o Londres e o Paris lado a lado, que eram os mais caros,
como tal, proibidos para qualquer pedinchice., ll. 9-10, pode ser substitudo por trs dos quatro conectores
seguintes, exceto por um. Identifica-o.
(A) Por isso. (B) Portanto. (C) Desse modo. (D) Por esse motivo.
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8. Associa a cada funo sinttica da coluna A uma nica frase da coluna B, de modo a identificares a expresso
sublinhada que corresponde a cada funo sinttica.
Coluna A
Coluna B
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(A) Predicado
(B) Complemento oblquo
(C) Sujeito
(D) Predicativo do sujeito
(E) Modificador do nome restritivo
(1) Caiu uma ma da fruteira.

(2) A aluna que chegou ontem minha prima.
(3) A fruteira tem sempre muitas roms.
(4) Amanheceu.
(5) A polcia atuou com rapidez e levou o larpio.
(6) Jos, o rapaz que mora no 1.o andar, toca
guitarra.
(7) O professor de msica anda de c para l.
(8) Aps vrias perguntas, o Rodrigo permaneceu
calado.
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9. Reescreve a seguinte frase no discurso direto.

A Ana segredou ao Pedro, na aula de Portugus, que tinha sido selecionada para participar numa expedio que se
iria realizar em frica. Partiria no dia seguinte.
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10. Seleciona a nica frase que contm um verbo transitivo indireto.

(A) Ontem, comeou a primavera e logo chegaram andorinhas.
(B) O poeta assistiu venda do seu manuscrito.
(C) Os poemas so textos onde os poetas expem os seus sentimentos.
(D) Cames e Fernando Pessoa enalteceram os feitos dos portugueses.
11. L o excerto e responde questo.
E hoje Vejo o Porto como um enorme bazar a Avenida da Liberdade, a Mouzinho da Silveira, a Praa
do Infante, a Praa de D. Joo I, o Largo Montpellier Bombarda, Carmo, Lees, Cordoaria, So Bento, Almada,
Flores. Sempre uma descoberta com encanto, sempre a surpreender e a entreter, visitantes e amigos, num puzzle
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gigantesco um jogo enorme onde se juntam peas sem parar feito por geraes de arquitetos (e no s) a
trabalhar, a adicionar, a renovar, a substituir. ().
11.1. No excerto, o Porto apresentado atravs de dois recursos expressivos, respetivamente
(A) comparao e anttese.
(C) metfora e comparao.
(B) comparao e hiprbole.
(D) comparao e anfora.

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Clara Ferreira Alves, in Revista Expresso, 16 de junho de 2012, p. 6 (texto adaptado).

2.3 Com a comparao como chocolates suos (ll. 15-16), ilustra-se

2.4 A expresso no qual (l. 25) refere-se ao

(B) nossos (l. 13) um determinante possessivo.

(C) pretrito mais-que-perfeito composto do conjuntivo.

(C) Estrela enfeite bola fita

c. Futuro composto do indicativo:

5.1 Indica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada.

6.1 A primeira orao

(A) das conjunes.

(1) Caiu uma ma da fruteira.

9. Reescreve a seguinte frase no discurso direto.

10. Seleciona a nica frase que contm um verbo transitivo indireto.

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