Jerusalém Celeste - Fabio Thaines

Universi Terrarum Orbis Architectonis ad Gloriam Ingentis
Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocs Antigo e Aceito

da Maonaria Para a Repblica Federativa do Brasil
Fundado em 12 de maro de 1829
AC.01 - Inspetoria Litrgica do Acre
JERUSALM CELESTE
Autoria: FBIO THAINES 19

Cadastro N.: 79.261
Agosto/2016
CONSELHO DE CAVALEIROS KADOSCH

Loja ANTONIO FIRMINO DE OLIVEIRA - Fundada em 13/05/1977
Presidente: Marco Antonio Rodrigues
Gesto: LUIZ SARAIVA CORREIA - Grande Inspetor Litrgico
Rua EDUCANDOS, 21 Vila Ivonete Rio Branco/AC Brasil, Caixa Postal N 56 CEP 69.914-440
Tel./Fax: (68) 3224-3422 / 3223-7819 E mail: inspetoria.ac@gmail.com

JERUSALM CELESTE
A Jerusalm Celeste ou Nova Jerusalm serve de base para o Grau 19 Grande
Pontfice ou Sublime Escocs do R.E.A.A, como afirma Da Camino (1999):
A origem do Grau 19 encontrada em certos mistrios do Livro do
Apocalipse, que tambm conhecido como Revelao de So Joo e
fixa os acontecimentos em torno da Nova Jerusalm (DA CAMINO,
1999).
A descrio da Jerusalm Celeste est na Bblia no Livro Apocalipse Cap. 21,

V. 9 a 27, Cap. 22, V. 1 a 5. Apesar de fazer referncia de uma cidade situada em
quadrado, pode-se afirmar que a cidade cbica, pois tanto sua largura quanto
comprimento e altura so de 12.000 estdios. Essas dimenses so grandiosas e
inimaginveis nossa compreenso, em primeiro momento. Segundo Caramaschi
(2008), 12.000 estdios equivaleriam ao permetro da cidade e em medidas
mtricas 2.223.000 metros ou 2.223 km, visto que cada estdio possui 185,22
metros. Cada aresta equivaleria a 555,75 km, logo presume-se que cidade
representasse rea de 308.858 km. Para poder imaginar o tamanho dessa rea,
Caramaschi (2008) compara:
Pondo-se essa Jerusalm Celeste sobre a terrestre, ela cobriria toda a
Jordnia, parte da Arbia Saudita, todo a Lbano, parte da Sria,
avanar pelo Mediterrneo cobrindo Chipre, o Delta do Nilo, indo
ainda sobrepor-se a toda pennsula do Sinai. Jamais se imaginou
cidade tamanha (CARAMASCHI, 2008).
Continuando a descrio, emoldurando a cidade ergue-se muralha de 95

metros de altura com 12 portas, 3 para cada lado, que coincidem com as 12 portas
da cidade, sendo que cada porta talhada em material de perola ou margarita. A
muralha feita de 12 pedras preciosas, de modo que o primeiro alicerce de jaspe;
o segundo, safira; o terceiro, calcednia; o quarto, esmeralda; o quinto, sardnio; o
sexto, sardio; o stimo, crislito; o oitavo, berilo; o nono, topzio; o dcimo,
crispraso; o undcimo, jacinto; e o duodcimo, ametista (CARAMASCHI, 2008). Em
complementao descrio da cidade, Neves (2008) diz que Ela no necessita de

sol e tampouco lua, pois resplandece a glria do Grande Arquiteto do Universo (luz
da razo, luz divina).
De acordo com Anatalino (2010), a Jerusalm Celeste a cidade que parece
baixar do cu, mostrada no painel do Grau 19. Caragua (2011) complementa que a
cidade desce para esmagar a serpente de trs cabeas, espcie de hidra de Lema que
dominaria o Velho Universo. Anatalino (2010) ainda afirma que Ela tambm o
Templo da Verdade ou o Templo da Razo. Dessa maneira a sabedoria buscada neste
grau o apostolado da razo. Por isso, a pergunta bsica do grau: Que seria dele (do
homem), apesar da conscincia e da inteligncia, sem a Razo? Viveria
perpetuamente no erro e s a casualidade lhe proporcionaria algum progresso
(Ritual do Grau 19).
Baroni (2009) em seu ensaio sobre o progresso moral e intelectual e o templo
da razo, comenta que todo maom deve saber materializar-se dentro de sua
Jerusalm Celeste onde o Grande Arquiteto o Alfa e o mega de tudo que existe e
. O autor ainda faz uma referncia sobre doze filtros que o maom deve usar ao
passar pelas doze portas do cidade.
Nesta Jerusalm Celeste que o maom encontra semeado em seu
esprito, o Templo da Razo cuja chave a sabedoria obtida atravs
do uso dos doze filtros, ao passar pelas doze portas: 1 Conscincia;
2 Associao como oficina e produo; 3 Religio sem
obscurantismo; 4 metafsica e psicologia; 5 literatura auxiliando
educao e sabedoria; 6 conduta moral e intelectual a caminho do
progresso; 7 opinies e instituies da Sementeira e do Fruto; 8
governo reto; 9 progresso reunindo leis fsicas e intelectuais; 10
razo para compreender e dominar; 11 conhecimentos cientficos
sem corrupo dos costumes; e 12 saber cumprir os deveres e
garantir dos direitos. (BARONI, 2009).
Neves (2008) enaltece que estas verdades (filtros) que, se bem entendidas e
observadas, levaro a civilizao ao apogeu, contudo, pontua que contra elas lutam
a INTOLERNCIA, a SUPERSTIO e o FANATISMO.

Fazendo uso de um comentrio em uma pea arquitetnica sobre o tema,

Romualdo Rodrigues descreve do ponto de vista espiritual o que seria a Jerusalm
Celeste:
Jerusalm Celeste o homem iluminado, que atingiu a conscincia
csmica. Sua alma j est liberta dos vcios e demais equvocos do
homem comum; Hiran (a alma) despertou; o iluminado j tem luz
prpria; s h nele a influncia do melhor da astralidade dos signos
zodiacais, dos doze anjos principais que o fizeram; os desejos dele so
os de sua alma, por isso que ornamentado pelas doze pedras
preciosas; a rvore da vida est no centro (no corao, a alma, a
mnada1) que um pedao de Deus... (RODRIGUES, 2010).
Na Loja Simblica nos despojamos de nossos adornos, sacrificamos nos

altares as ms paixes, para cavar masmorras ao vcio e levantar Templos virtude,
e uma venda, que servia de emblema da ignorncia, caiu de nossos olhos. A dvida
semeada em nosso esprito, na primeira iniciao, produz seus frutos, e por nossos
estudos incessantes haveremos de elevar nosso esprito ao trono do eterno e
poderemos receber dele sua luz divina, projetando-a como nova constelao, sobre
todos os homens, nossos semelhantes. Conhecendo os direitos e deveres da
humanidade e aprendendo como ho de se firmar no mundo, s ento, poderemos
entrar no templo da razo (Jerusalm Celeste), onde se ensina a arte esotrica, o
governo dos irmos, da Liberdade, da Igualdade, da Fraternidade e a Abnegao,
passamos, ento, a sermos o verdadeiro Aprendiz da Maonaria Escocesa, os graus
anteriores so preparatrios.
No Templo da razo no se entra apenas com a F, porque a F no
desconhecido patrimnio da ignorncia. Para ingressarmos neste Templo, temos
que possuir Sabedoria, para obt-la, temos que passar pelos filtros, pelas doze
portas, smbolo do zodaco intelectual em que estaciona o iluminar da RAZO.
fil no leibnizianismo, tomo inextenso com atividade espiritual, componente bsico de toda e
qualquer realidade fsica ou anmica, e que apresenta as caractersticas de imaterialidade,
indivisibilidade e eternidade. Em muitas tradies gnsticas, significa "Ser Supremo" e, nesta
crena, equivale ao Deus verdadeiro.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANATALINO, J. A Jerusalm celeste. Blog Joo Anatalino: 2010. Acesso em: 06 de

out.
2016.
Disponvel
em:<http://www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2187
042>
BARONI, W. M. O progresso moral e intelectual e o templo da razo. Pea
Arquitetnica Grau 22. Ponta Grossa, 2009. Acesso em 06 de out. 2016. Disponvel
em:<http://www.inspetoria.org.br/arquivos/cenal/biblioteca/grau22/cck_gps_gr
_22_walter_luiz_baroni_o_progresso_moral_e_intelectual_e_o_templo_da_razao.pdf>
CARAGUA, I. S. Grau 19: Grande Pontfice. Blog Maonaria Sociedade Secreta. 2011.
Acesso
em
06
out.
2016.
Disponvel
em:<
http://maconariasociedadesecreta.blogspot.com.br/2011/05/grau-19-grandepontifice.html>.
CARAMASCHI, L. Jerusalm Celeste: Falando do Amor. Associao Filosfica Luiz
Caramaschi, PIRAJU SP: 2008. 52p.
DA CAMINO, R. Rito Escocs Antigo e Aceito: 1 ao 33. So Paulo: Madras, 1999.
NEVES, P. A Jerusalm celeste. Maonaria arte e simbolismo: 2008. Acesso em: 06
de
out.
2016.
Disponvel
em:http://trabalhosmaconicos.blogspot.com.br/2008/06/maonaria-arte-esimbolismo-8-jerusalm.html.
SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DO REAA DA MAONARIA PARA A REPBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL. Ritual do Grau 19: GPontif ou SubEscocs. Rio de
Janeiro: SupConsdo Gr33, 2010.

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