Projecto - Uso e Ocupação
Projecto - Uso e Ocupação
Projecto - Uso e Ocupação
Universidade Pedaggica
Tete
2016
Universidade Pedaggica
Tete
2016
ndice
pg.
Captulo I: 1.Introduo.............................................................................................................. 8
1.1.Tema ............................................................................................................................... 10
1.2.Justificativa ..................................................................................................................... 10
1.3. Objectivo de estudo ....................................................................................................... 11
1.3.1. Geral: ....................................................................................................................... 11
1.3.2. Especficos: ................................................................................................................. 11
1.4. Definio do problema................................................................................................... 11
1.5. Hipteses ........................................................................................................................ 11
1.6. Delimitao do estudo ................................................................................................... 12
1.7. Limitaes de estudo ..................................................................................................... 13
Captulo II: Referencial terico ................................................................................................ 14
2.1. Conceitos bsicos ........................................................................................................... 14
2.1.1. Espao urbano ......................................................................................................... 14
1.1.2. Uso e ocupao do espao ....................................................................................... 14
2.2. Planos de Ordenamento do Territrio ............................................................................ 15
2.2.1. Zonas de proteco total .......................................................................................... 15
2.2.2. Zonas de proteco parcial ...................................................................................... 15
2.3. Sistema de gesto territorial ........................................................................................... 16
2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nvel autrquico.................................. 16
2.4. reas no cobertas por planos de urbanizao .............................................................. 17
2.5. Mecanismos de ocupao do espao.............................................................................. 17
Captulo III: 3.Metodologia de pesquisa .................................................................................. 18
3.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................ 18
3.1.1. Quanto aos objectivos ............................................................................................. 18
3.1.2. Quanto a abordagem................................................................................................ 18
3.1.3. Quanto aos procedimentos tcnicos ........................................................................ 18
Captulo I:
1.Introduo
Com o acelerado crescimento das cidades que se verifica mundialmente, geralmente
no vem acompanhado pelo acto de planear sua ocupao e expanso, certos problemas
urbanos tm sido potencializados e adquirido um carcter de vulnerabilidade ambiental. A
expanso do espao urbano tem levado ao aumento da presso sobre reas e sistemas sob
ameaa ambiental, o que preocupa as autoridades internacionais (BARCELLOS &
OLIVEIRA, 2008:3).
Em Moambique, como a urbanizao decorre da transformao da sociedade, com a
concentrao populacional num espao determinado e mudanas no modo de produo, ela,
apesar de causar impactos positivos, como desenvolvimento econmico, tecnolgico e social,
gera graves problemas, a exemplo da degradao ambiental, escassez de recursos, poluio e
reduo da qualidade de vida da populao. Alm disso, provocar, nos grandes ncleos
urbanos, a desorganizao social com deficit habitacional, desemprego, desigualdades sociais
e problemas infra-estruturais (como as de saneamento do meio).
O crescente uso e ocupao desordenada do espao que se verifica na cidade de Tete
no de hoje, este advm desde os anos que outrora passaram causados pela crescente
densidade populacional, urbano, a migrao rural-urbano (xodo rural), pela emigrao e
imigrao advindo dos mega-projectos, isto , fazem com que haja uma grande procura do
espao para a construo de residncias, assim, denotando-se um mau uso e ocupao
desordenada do mesmo.
O presente projecto visa analisar as formas de uso e ocupao do espao urbano, dizer
que o planeamento urbano geralmente visa estabelecer reas residenciais; comerciais,
industriais, de lazer; institucionais e de equipamentos comunitrios com a determinao de
uso conformes, desconformes e tolerados. Delimita locais de utilizao especfica, tais como
feiras, mercados, estacionamentos e outras ocupaes permanentes ou transitrias; dispe
sobre as construes e usos permissveis; ordena a circulao urbana e o trfego no permetro
urbano e disciplina as actividades colectivas ou individuais que afectam a vida urbana.
Para GUIMARES (2007), a crescente busca por moradia e outros servios bsicos,
provenientes do grande fluxo de pessoas, incentivavam a expanso fsica das cidades. Os
indivduos abandonavam o campo em busca de novas oportunidades na cidade, fazendo com
que as taxas de crescimento da populao urbana se tornam altas, enquanto diminuam as
taxas de crescimento da populao rural na regio.
Nas ltimas dcadas, devido ao crescente xodo rural, a ocupao desordenada do solo
urbano tornou-se um problema, pois um grande nmero de pessoas saiu da zona rural em
busca de uma melhor qualidade de vida nas cidades, no havendo assim, possibilidade de
planeamento prvio, fazendo com que os rgos responsveis no dispusessem do tempo
devido para preparar a estrutura das cidades para tal quantidade de pessoas.
Segundo SOUZA (2010), nos anos atrs, e at nos dias de hoje, dezena de pessoas
migram dos campos para as cidades sem que os governos locais estivessem dispostos a
investir no atendimento das necessidades mnimas de saneamento e moradia para estas
populaes. Com isso o aumento de moradias irregulares gerou imensos danos ao equilbrio
ambiental e a sadia qualidade de vida da populao.
Neste projecto esto presentes seguintes captulos I, II, III, VI, capitulo I: compreende
a introduo, o tema, a justificativa, objectivos (gerais e especficos), delimitao do
problema, hipteses e delimitao do estudo e por fim as limitaes de estudo. Capitulo II:
temos o referencial terico. Capitulo III: metodologias desde os mtodos cientficos, tipos de
pesquisa: quanto aos objectivos, abordagem, procedimentos tcnicos, populao, processo de
amostragem. Capitulo IV: bibliografia.
1.1.Tema
Uso e ocupao do espao no Municpio de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga
1.2.Justificativa
O uso e ocupao do espao dentro da cidade de Tete e particularmente no bairro
Francisco Manyanga so feitos de forma desordenada, o que influncia negativamente na
qualidade de vida urbana, isto, leva-nos a dizer que o planeamento urbano um processo de
grande importncia para os espaos da urbe actualmente, auxiliando no uso e ocupao e no
equilbrio ambiental. E este no deveria ser desvinculado das polticas desenvolvimento, pois
est directamente relacionado qualidade de vida. O municpio de Tete hoje, particularmente
o bairro Francisco Manyanga tem sido vtima deste fenmeno j referido acima, o que faz
com este projecto que tem como propsito ou objectivo geral analisar as formas de uso e
ocupao do espao geogrfico, para ordenar, articular e equipar o espao, de maneira
racional, para direccionar a malha urbana, assim como suas reas ou zonas, a determinados
usos e funes.
Assim verifica-se a actualidade do tema que visar o melhoramento da qualidade de
vida dos muncipes (relaes sociais), juridicamente falando o parcelamento das reas
residenciais, de mercado, vias de comunicao, electricidade, abastecimento de gua, reas de
conservao (margens dos rios, plancies de inundao, ilhas, espaos verdes, etc), faz com
que no haja aproveitadores na ocupao desses espaos.
A diviso administrativa a chave para o desenvolvimento sustentvel, porque esta
diviso permitira a existncia de uma distribuio equitativa dos recursos disponveis dentro
do municpio, para que se faa uma interveno consciente na rea de infra-estruturas
(publicas, privadas, estatais, etc). E com a diviso administrativa possvel denotarmos que
na economia ir permitir que haja reas (zonas) econmicas especiais como as de lazer, lojas,
mercados, parques de veculos, estacionamentos, etc.
O que motivou o autor a estudar o problema do presente projecto, foi a participao na
conferncia sobre as comemoraes do dia do gegrafo organizado pelo departamento de
Cincias da Terra e Ambiente no curso de geografia da Universidade Pedaggica no ano 2015
onde foram abordados aspectos da Urbanizao e a ocupao da terra na cidade de Tete e
por diante, organizou-se no primeiro semestre do corrente ano de 2016, no curso de geografia
da Universidade Pedaggica onde abordou-se aspectos ligados a Postura urbana, tambm
organizada pelo departamento de Cincias da Terra e Ambiente da Universidade Pedaggica,
uma conferncia Luso, afro-americana sobre Geografia fsica e ambiente, onde foram
abordadas questes ligadas ao uso e ocupao do espao geogrfico.
1.5. Hipteses
A formulao de hipteses quase inevitvel, para quem estudioso da rea que
pesquisa. Geralmente, com base em anlises do conhecimento disponvel, o pesquisador
acaba apostando naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez
negocio, etc e que foi interrompida com a interveno do Conselho Municipal da Cidade de
Tete, onde algumas casas foram demolidas.
O espao urbano (the urban space) fragmentado e articulado, sendo que ao mesmo
tempo fruto de suas relaes sociais. um tecido cheio de recortes, onde cada recorte se
identifica com um tipo de uso ressaltando as funcionalidades deste espao. Sobre a
conceituao de espao urbano (CORRA, 2000:10).
Assim, o espao urbano disputado para inmeros usos e por variados atores
simultaneamente, pois tem um valor diferenciado de acordo com as vantagens e as
oportunidades que oferece (CORRA, 2000:10).
forma sinttica, a expresso uso da terra ou uso do solo pode ser entendida como sendo a
forma pela qual o espao est sendo ocupado pelo homem (ROSA, 2007).
Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra so muito prximos, por
isso, muitas vezes so usados indistintamente. Cabe ao intrprete buscar as associaes de
reflectncias, texturas, estruturas e padres de formas para derivar informaes acerca das
actividades de uso, a partir do que basicamente informaes de cobertura da terra (ARAUJO
FILHO et. al., 2007).
2.2. Planos de Ordenamento do Territrio
O presente captulo, faz uma breve reflexo sobre a situao do planeamento em
Moambique, tentando perceber o funcionamento dos instrumentos de gesto territorial em
vigor no pas, atravs de uma explorao e descrio das principais leis e decretos que
incidem sobre o ordenamento do territrio em Moambique. As leis sero em parte transcritas
para demonstrar o enquadramento geopoltico e a dimenso fsica e territorial.
2.2.1. Zonas de proteco total
O artigo 7 da lei n 19/2007 de 18 de Julho diz que so consideradas zonas de
proteco total as reas destinadas a actividade de conservao ou preservao da natureza e
de defesa e segurana do Estado.
2.2.2. Zonas de proteco parcial
De acordo artigo n 8 da lei n 19/2007 de 18 de Julho, consideram-se zonas de
proteco parcial: a) O leito das guas interiores, do mar territorial e da zona econmica
exclusiva; b) A plataforma continental; c) A faixa da orla martima e no contorno de ilhas,
baas e esturios, medida da linha das mximas preia-mares at 100 metros para o interior do
territrio; d) A faixa de terreno at 100 metros confinante com as nascentes de gua; e) A
faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras at 250 metros; f) Os terrenos ocupados
pelas linhas frreas de interesse pblico e pelas respectivas estaes, com uma faixa
confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via; g) Os terrenos ocupados pelas autoestradas e estradas de quatro faixas, instalaes e condutores areos, superficiais, subterrneos
e submarinos de electricidade, de telecomunicaes, petrleo, gs e gua, com uma faixa
confinante de 50 metros de cada lado, bem como os terrenos ocupados pelas estradas, com
uma faixa confinante de 30 metros para as estradas primrias e de 15 metros para as estradas
secundrias e tercirias; h) A faixa de dois quilmetros ao longo da fronteira terrestre; i) Os
terrenos ocupados por aeroportos e aerdromos, com uma faixa confinante de 100 metros; j)
A faixa de terreno de 100 metros confinante com instalaes militares e outras instalaes de
defesa e segurana do Estado.
nvel
autrquico,
estabelecem-se
os
programas,
planos,
projectos
de
desenvolvimento e o regime de uso do solo urbano de acordo com as leis vigentes e seus
instrumentos:
Planos de Estrutura Urbana que estabelecem a organizao espacial da totalidade do
territrio do municpio ou povoao, os parmetros e as normas para a sua utilizao, tendo
em conta a ocupao actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a
implantar e a sua integrao na estrutura espacial regional.
Os Planos Gerais e Parciais de Urbanizao que estabelecem a estrutura e qualificam
o solo urbano, tendo em considerao o equilbrio entre os diversos usos e funes urbanas,
definem as redes de transporte, comunicaes, energia e saneamento, os equipamentos
sociais, com especial ateno s zonas de ocupao espontnea como base socioespacial para
a elaborao do plano.
Os Planos de Pormenor definem com pormenor a tipologia de ocupao de qualquer
rea especfica do centro urbano, estabelecendo a concepo do espao urbano dispondo sobre
usos do solo e condies gerais de edificaes, o traado das vias de circulao, as
caractersticas das redes de infra-estruturas e servios, quer para novas reas ou para reas
existentes caracterizando as fachadas dos edifcios e arranjos dos espaos livres.
N
r.
Meses
Descrio
Mar
o
Elaborao do projecto
Reviso bibliogrfica
Entrega do projecto
Correco
do
projecto
5
Reviso do projecto
Apresentao
proj.
Cientficas)
de
(Jornadas
Ab
ril
M
aio
Ju
nho
Jul
ho
A
go.
Set
.
3.7. Oramento
N
Descritivo
r.
Quantid
ade
Preo
Total
unitrio
Resma
150.00mt
300.00mt
Impresso
75.00mt
450.00mt
Encadernao
30.00mt
120.00mt
Esferogrfica
5.00mt
20.00mt
Pasta
330.00mt
330.00mt
Alimentao
2500.00mt
2500.00mt
Total
3.780.00mt
Captulo IV.
4. Bibliografia
ARAJO FILHO, Milton da Costa; MENESES, Paulo Roberto; SANO, Edson Eyji.
Sistema de classificao de uso e cobertura da Terra na anlise de imagens de satlite.
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