Livro Diferenças Étnico Gráfica PDF
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Diferenças étnico-raciais
e formação docente:
um diálogo necessário
1ª Edição
Direção editorial
Hamilton Santos
Revisão
Cecília Mattos Setúbal
Crédito da capa
Lilian do Carmo e Roma Gonçalves
Imagens de capa
Diego Felipe, Luiz Fernandes de Oliveira e Kelly Madaleny
PREFÁCIO..................................................................................................................7
INTRODUÇÃO..........................................................................................................15
PREFÁCIO
DO SILENCIAMENTO À “DESOBEDIÊNCIA
EPISTÊMICA”: REFLEXÕES SOBRE
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E EDUCAÇÃO
Rosana Heringer1
Boa leitura!
14
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
INTRODUÇÃO
28
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
I - INTRODUÇÃO 29
II – ESPAÇOS DE SILENCIAMENTO E
SURGIMENTO DA MILITÂNCIA PARA AS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
8. A questão de classe social concede alguns benefícios como boa escola, boa alimentação,
viver em um lugar com condições sanitárias favoráveis, dentre outros. Isso não significa
que não vivenciará momentos em que sofrerá racismo, mas pode ter benefícios parecidos
com os de pessoas brancas. Isso desperta o debate raça/classe, referente às questões raciais,
mas esta é uma questão que não será aprofundada neste trabalho.
9. Org.: […] [R]acial exclusion speaks in two voices: it values whiteness and says that
color is not important”.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
53
15. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públi-
cos e privados, torna-se obrigatório o estudo de história e cultura afro-brasileira e indí-
gena. Parágrafo 1º. O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a
partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africa-
nos, a luta dos negros e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como Dia Nacional da
Consciência Negra.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
16. Divindade de origem bantu, de acordo com Cossard (2008, p. 65), simboliza todas
as flutuações de que dependem as manifestações climáticas, as estações, a temperatura,
os ventos etc.
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17. A perspectiva da práxis é a de uma ação que cria novos sentidos. Para tanto, há que
se partir do pressuposto de que a busca de novos sentidos, a pretensão de autonomia, é
própria do ser humano como um sujeito que se incomoda com seu inacabamento, con-
forme Paulo Freire e Charlot. A práxis como exercício pedagógico permite ao sujeito,
como sujeito histórico e coletivo, acessar os caminhos de sua autonomia. (FRANCO,
2008, p. 115-116)
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
A escola do colonizado
A LITERATURA CONTEMPORÂNEA
DE AUTORIA INDÍGENA
19. Hall argumenta que o estereótipo reduz, essencializa, naturaliza e estabelece a dife-
rença. Bhabha (2005) afirma que o estereótipo não é uma simplificação porque é uma
falsa representação de uma dada realidade. É uma simplificação porque é uma forma
presa, fixa de representação.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
AMARRANDO OS FIOS...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
81
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
DIFERENÇAS CULTURAIS
E FORMAÇÃO DOCENTE
NA BAIXADA FLUMINENSE
20. Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Pro-
fessora da rede pública municipal de São João de Meriti, RJ. Membro do Grupo de
Pesquisa em Políticas Públicas e Movimentos Sociais (GPMC).
21. Doutor em Educação Brasileira pela PUC-Rio. Professor adjunto III do Departamento
de Educação do Campo, Movimentos Sociais e Diversidade do Curso de Licenciatura em
Educação do Campo do Instituto de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educa-
ção, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEDUC/UFRRJ). Membro do
Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturas (GPMC).
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
INTRODUÇÃO
Comentários
GÊNERO E SEXUALIDADE
Comentários
23. Abayomi – boneca confeccionada com retalhos de tecido; utilizam-se apenas nós
para sua montagem, dispensando o uso de apetrechos de costura. Rege a lenda que as
bonecas Abayomi eram confeccionadas pelas africanas escravizadas a bordo dos navios
negreiros a partir de retalhos das barras de suas saias. As bonecas eram confeccionadas
para acalentar as crianças a bordo do navio, trazendo um alento em meio à dor e os
horrores vividos por seus semelhantes.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
Comentários
101
Este último relato nos remete a uma questão que vem se
evidenciando a cada vez que refletimos sobre a implementa-
ção das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações
Étnico-Raciais, que é o fato de que esta discussão só penetra
nos espaços escolares, de forma intensa, por meio de certa
militância antirracista.
Essa militância não se caracteriza por se integrar necessaria-
mente em movimentos sociais organizados, apesar de isto ser
fundamental. Essa militância se caracteriza pelo fato de os do-
centes envolvidos nesta reflexão e ação pedagógica terem que
se posicionar diante de muitas demandas conflituais que, por
sua vez, têm aspectos políticos, identitários e epistemológicos.
Essas demandas existem em nível nacional, em todos os
sistemas de ensino, em milhares de escolas. As respostas são
amplas, complexas e com variadas conexões com temas, as-
pectos e setores na área do conhecimento pedagógico.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
105
A cidade de Angra dos Reis é muito conhecida pelas bele-
zas naturais, suas praias e ilhas. Quem não a conhece imagina
um paraíso, contudo a realidade da população local é bem
diferente do que nos mostra a grande mídia. Podemos dizer
que em Angra há ilhas de riqueza e mares de pobreza, pois
ao mesmo tempo que existem condomínios luxuosos, onde
grandes empresários e a grande burguesia possuem imóveis
e vão desfrutar das praias e ilhas, também temos um grande
contingente de pessoas que vivem ao redor desses condomí-
nios e por outras áreas da cidade, recebendo baixos salários e
“Vou fazer uma pós sobre esse assunto ano que vem.”
Professor C
À GUISA DE CONCLUSÕES…
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
137
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar
(Gonzaguinha)
1 - UM POUCO DE HISTÓRIA
29. O Núcleo de Ações e Políticas Interculturais foi organizado no ano de 2013 e está
inserido no âmbito da Gerência de Educação Comunitária da Secretaria Municipal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Angra dos Reis.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
152
30. Bessa Freire (2005) em seu artigo “cinco ideias equivocadas sobre as culturas indí-
genas”, reúne alguns dos estereótipos mais comuns em relação a estes povos. Em cinco
ideias ou equívocos principais: o primeiro é que os povos indígenas possuem uma única
cultura, genérica. O segundo é que são culturas atrasadas, o terceiro é que são culturas
“congeladas”, o quarto é que fazem parte do passado e o quito é que o brasileiro não
é índio.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
163
INTRODUÇÃO
35. Em seu artigo “Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre as relações
raciais no Brasil: uma breve discussão” (2005), Nilma Lino Gomes descreve e diferencia
preconceito, racismo e discriminação.
36. O termo étnico-racial utilizado tem como referência as Diretrizes Curriculares Na-
cionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cul-
tura Afro-Brasileira e Africana, em que o termo “raça”, ressignificado pelo Movimento
Negro, possui um sentido político e de valorização do legado deixado pelos africanos; já
o termo “étnico”, na expressão étnico-racial, serve para marcar que essas relações tensas
devidas a diferenças na cor da pele e traços fisionômicos o são também devido à raiz
cultural plantada na ancestralidade africana, que difere em visão de mundo, valores e
princípios das de origem indígena, europeia e asiática (Brasil, 2004, p. 13).
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37. Conferência realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de
2001, em Durban – África do Sul. Ficou popularmente conhecida como Conferência
de Durban.
38. Aqui, entendemos como educação das relações étnico-raciais as relações entre ne-
gros e brancos, como descrito nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
uma história que até então não vinha sendo contada no espa-
ço escolar, considerando este como um importante espaço de
promoção da cidadania.
Chega, então, na escola não “de cima para baixo”, mas
através da luta de um movimento social, uma importante po-
lítica pública de ação afirmativa que exige toda uma mudança
cultural, epistemológica e, sobretudo, política. Mas estariam
os professores preparados para essa mudança? As licenciaturas
instrumentalizaram seus futuros docentes para esta modifi-
cação epistêmica? Os “principais responsáveis” por concreti-
zar as ações afirmativas como práticas pedagógicas sentem-se
seguros com esta temática? Buscando responder a estas per-
guntas e realizar não somente uma análise, mas uma reflexão
166 de como se dão as políticas de ação afirmativa no contexto
escolar no tocante a uma efetiva implementação destas, escre-
vemos o presente artigo.
A fim de atendermos às questões aqui colocadas, aborda-
remos o que se entende como ação afirmativa, como estas
se refletem na sala de aula e de que maneira os docentes li-
dam com “as lacunas” conceituais e limitações pessoais para o
cumprimento das mesmas.
39. Esta frase aparece entre aspas por fazer referência à fala de uma professora.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
40. Nome fictício, pois a mesma não autorizou o uso do seu nome.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
À GUISA DE CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
INVISIBILIDADE E SILENCIAMENTO
INTRODUÇÃO
185
1 - DESENVOLVIMENTO
2 - METODOLOGIA
201
Pode-se dizer que no ensino superior é relevante oferecer
“espaços e tempos de ensino e aprendizagem significativos
e desafiantes aos contextos sociopolíticos e culturais atuais”,
cujo atendimento aos requisitos legais tende a abordagem
das Relações Étnico-Raciais elencadas, aos direitos humanos
(CANDAU, 2008, p. 13).
Para contemplar a nossa pesquisa, buscamos captar as im-
pressões dos alunos de pedagogia em relação às práticas edu-
cativas que são adotadas na formação de professores quanto à
Educação das Relações Étnico-Raciais, e eles narraram:
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
211
48. Os aparatos legislativos aos quais nos referimos são: Lei 9.394, de 9 de dezembro
de 1996, relacionada às alterações recentes: Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003; Di-
retrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação, 2004;
Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais, emitidas pelo Mi-
nistério da Educação, em 2006; Lei 11.645, de 10 de março de 2008; Plano Nacional
de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, formu-
lado pelo Ministério da Educação, em 2009.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
50. Em 2012, o periódico obteve, de acordo com o sistema Quali Capes, a classificação
(B5) na área de Letras e Linguística. A revista África e Africanidades não possui vínculo
com instituições formais de ensino ou organizações não governamentais que recebem
apoio de alguma esfera pública do governo. Nágila Oliveira dos Santos, coautora deste
artigo, é criadora e editora do periódico em questão.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
51. www.africaeafricanidades.com.br/literatura
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
52. A seção Plano de Aula reúne os trabalhos finais na área de Literatura do I e II Curso
Mitologias Africanas e Afro-Brasileiras na Sala de Aula, organizado pela revista África e
Africanidades, nas cidades do Rio de Janeiro e Belford Roxo.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
• Literatura Malinesa
A produção literária do Mali está presente em artigo dire-
cionado aos estudos sobre o escritor Amadou Hampaté Bâ,
no qual se destaca a valorização da sabedoria dos anciãos ma-
lineses.
3) Estudos Comparados
Na subseção Estudos Comparados, os romances de Paulina
Chiziane (Moçambique) e de Alice Walker (EUA), Niketche:
uma história de poligamia e A cor púrpura, respectivamente,
abrem espaço para discussão sobre a sexualidade feminina e
suas representações. Neste sentido, os docentes podem entrar
em contato com o universo de escritas femininas distintas
que, através de narrativas sobre cotidianos locais, explicitam
questões universais e contemporâneas do universo feminino,
tais como a homoafetividade, a tradição do dote, a repressão
sexual, a poligamia, o machismo, a desigualdade de gênero, a
traição, a exploração e violência sexual. Por outro lado, estes
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
• Cabo Verde
Cabe destacar que a revista, neste encontro com a literatura
cabo-verdiana, que em sua maioria traz um intercambiamen-
226 to com a história e a cultura locais, a partir do que podemos
denominar de memória poética, há grande preocupação em
dar voz a figuras femininas dentro de um território literário
marcado pelo gênero masculino. Sendo assim, estudos sobre
as escritoras Vera Duarte, Dina Salústio, Carlota de Barros,
Margarida Fontes, Maria Helena Sato e Paula Vasconcelos
introduzem uma série de inquietações sobre as condições hu-
manas, em especial as femininas, trazendo novos olhares a
partir da abordagem sobre questões sociais, cujos agentes são
femininos.
Em 2011, foi publicada Cabo Verde: antologia de poesia
contemporânea, organizada por Ricardo Riso e com ilustra-
ção dos artistas cabo-verdianos Abraão Vicente e Mito Elias,
da qual participaram treze escritores e escritoras, a saber: An-
tónio de Névada, Carlota de Barros, Danny Spínola, Dina
Salústio, Filinto Elísio, José Luís Hopffer C. Almada, Marga-
rida Fontes, Maria Helena Sato, Mario Lucio Sousa, Oswal-
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
• Guiné-Bissau
A literatura guineense é apresentada a partir de sua for-
te ligação com a oralidade presente nas figuras de narradores
griots, trazidos pelas reflexões em torno das obras Soneá: his-
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
• Moçambique
A revista África e Africanidades traz vinte e quatro con-
teúdos sobre a literatura moçambicana, dentre os quais se
destaca “Moçambique hoje: Antologia da novíssima poesia mo-
çambicana” que conta com a participação de jovens escritores
nascidos após os anos 1970 – Alex Dau, Andes Chivangue,
Chagas Levene, Domi Chirongo, Manecas Cândido, Mbate
Pedro, Rinkel, Rogério Manjate, Sangare Okapi, Tânia Tomé
– e de Armando Artur, representante da geração Charrua.
230 Este trabalho organizado por Ricardo Riso apresenta aos lei-
tores não só um pouco da literatura contemporânea angolana,
mas também de sua arte, a partir de ilustrações de João Paulo
Quehá e de fotografias de Tomas Cumbana.
As análises em torno dos romances de Mia Couto, um dos
escritores do continente africano mais conhecidos e publicados
no Brasil, destacam a presença de uma literatura com forte pre-
sença do fantástico, sendo este carregado de trocadilhos, dita-
dos populares e provérbios que expressam a oralidade, a ances-
tralidade e a cultura popular moçambicana. Os textos também
apresentam um escritor com forte renúncia ao maniqueísmo,
tão presente na visão ocidental a que estamos acostumados; e
de uma literatura que sabe jogar simultaneamente com a his-
tória e a ficção, sendo rica em metáforas, signos, significantes
e reconstruções semânticas, morfossintáticas; e históricas, prin-
cipalmente na abordagem da identidade nacional. Ao todo são
disponibilizados onze artigos sobre as obras de Mia Couto.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
5) Literatura Afro-brasileira
O encontro entre literatura, religiosidade e oralidade de
matriz africana e afro-brasileira é trazido aos leitores a partir
de estudos de Silva (2010) em torno dos contos de Mãe Be-
ata de Yemonjá, que refletem sobre valores, costumes e tra-
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
236
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
237
1. ANTES DE MAIS NADA
55. Aqui interpretamos educando, enquanto o aluno professor, no dizer de Ferraço (2003),
o professor que é um eterno aluno, aprendiz; pois (re)aprende, se (re)inventa, se (trans)
forma com a sua prática, com o cotidiano, com os alunos, com a escola, com a vida.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
São cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar devi-
damente. Quando se pede num grupo que alguém narre
alguma coisa, o embaraço se generaliza. É como se es-
tivéssemos privados de uma faculdade que nos parecia
segura e inalienável: a faculdade de intercambiar experi-
ências. (BENJAMIN, 1987, p. 198-199)
“Apareceu aí.”
Agora não havia mais tantas crianças lá. Ainda bem, pois
ela já estava com 73 anos.
Nas últimas décadas do século XX, a Bahia, assim como
a maior parte do país, registra um crescimento muito grande
das igrejas neopentecostais. Não me lembro de ter visto tan-
tos “crentes” assim, na década de 1980, em Salvador.
Sendo assim, mais cedo ou mais tarde, todos estariam su-
jeitos a “aceitar Jesus”, inclusive “dona Ester”, que há muitos
anos “bolava” no candomblé de caboclo com “Seu Obaluaê”.
Então, chegou a vez dela:
Ao tentar convertê-la, o rapaz evangélico, argumentou:
“Dona Ester, para ser salva, a senhora vai ter de aceitar
244 Jesus!”
Mais uma vez, com a maior simplicidade do mundo, ela
responde:
“Meu filho, se Deus tiver de me aceitar, vai ter de me acei-
tar do jeito que eu sou, porque eu já tenho 73 anos.”
Fiquei quinze anos sem vê-la, mas as convicções dela con-
tinuavam lá em meio a muitas mudanças que pude notar na
velha Salvador.
Em junho de 2001, dona Ester faleceu. Imagino a cena de
sua chegada ao céu da mesma forma que a Irene do poema
“Irene no céu”, de Manuel Bandeira:
“Licença, São Pedro, posso entrar?”
“Venha, dona Ester, a senhora não precisa pedir licença!”
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
246
2.2. Ainda sob o mito Cam?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
261
Este artigo visa a traçar brevemente uma comparação entre
os deuses do povo iorubá (cultuados pelos praticantes do can-
domblé62 Ketu no Brasil) e os deuses gregos, a fim de mostrar
similaridades e ressignificar a presença das divindades negras
no espaço escolar.
Esta questão e tantas outras surgem a partir da percepção
de que a criança negra não tem qualquer referencial positivo
quando busca a história de seu povo. Não há por parte do
negro um sentimento de pertencimento ao povo brasileiro,
60. O vocábulo “Deus” foi escrito com letra maiúscula para se referir aos deuses afro-
-brasileiros e com letra minúscula para se referir aos deuses gregos, devido a um posi-
cionamento político e ideológico do autor.
61. Mestre em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Uni-
versidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professor no Instituto Federal
do Rio de Janeiro (IFRJ). Autor da Dissertação Exu e Hermes: Um xirê intercultural?
62. Alguns historiadores indicam que o candomblé foi trazido por escravos oriundos de
países atualmente conhecidos como Nigéria e República do Benim. Os seguidores do
candomblé prestam culto e adoram os orixás, que são Deuses ou divindades africanas
que representam as forças da Natureza.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
69. Denominação bíblica para aqueles que não conhecem o deus judaico-cristão. Esse
termo também apresenta a acepção semântica de bárbaro – ou aquele que não tem
apreço pela religião.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
283
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
DIÁLOGOS POSSÍVEIS NA
FORMAÇÃO DOCENTE: O INDÍGENA
E O NEGRO NO BRASIL
78. Projeto coordenado pelo Dr. Mauro Guimarães da Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRRJ)/ Programa de Pós-Graduação em Educação Contextos Con-
temporâneos e Demandas Populares (PPGEDUC), financiado pelo CNPq. Projeto
composto por três grupos de pesquisa: Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação
Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade (GEPEADS/UFRRJ); Geografia e Povos
Indígenas (GEOPOVOS/UFRRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Ja-
neiro (Unirio), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), o
Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur (GEASur).
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
80. Siqueira (2005) afirma que a religiosidade, quando vista como crenças, valores,
conceitos, práticas religiosas, está sendo ressignificada tanto em termos de atribuição
de sentido e, dentre outras dimensões da religião (e da religiosidade), destaca que ela
também pode funcionar como mecanismo de controle social/exploração/expropriação,
podendo, portanto, ser instrumentalizada pelas elites ou grupos dirigentes de uma so-
ciedade, em seu momento histórico.
81. No decorrer das aulas da disciplina Educação, Epistemologias e Religiosidades de
Matriz Africana, cursada por Viviane, no segundo semestre de 2013, foram estudadas
e discutidas as seguintes temáticas: as relações entre ensino religioso e educação; as
matrizes religiosas hegemônicas nos processos educacionais brasileiros; a religiosidade
de matriz africana, historicidade, relações hegemônicas/subalternas e cosmologias; as
razões epistemológicas das matrizes religiosas afro-brasileiras e as relações entre educa-
ção, sujeitos racializados e religiosidades de matriz africana.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTERVENÇÃO DO MOVIMENTO
INDÍGENA NAS ESCOLAS:
DESCONSTRUINDO O PRECONCEITO
ANTES DA LEI 11.645/08
INTRODUÇÃO
313
318
Fonte: IBGE
327
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
331
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
INTRODUÇÃO
333
O debate sobre a implantação e implementação de políti-
cas de ação afirmativa na educação superior no Brasil já não
é tão recente, pois existe há mais de 10 anos, mas mesmo
assim desafia a sociedade e o Estado a enfrentarem o proble-
ma das desigualdades raciais e sociais, principalmente aquelas
relacionadas a igualdade de oportunidades de acesso às uni-
versidades. Por muito tempo, aprendemos a conviver com um
sistema educacional altamente desigual e altamente seletivo,
organizado sob a égide do liberalismo mediante o pressuposto
da igualdade de oportunidades. Este sistema, que tem funcio-
POLÍTICAS DE DEMOCRATIZAÇÃO
DO ACESSO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO:
A LEI 12.711 OU LEI DE COTAS
Quantidade de
vagas no curso
no mínimo
50%
Alunos de Demais
escola pública vagas
50%
Quantidade de
vagas no curso
100
no mínimo 50%
Demais 341
Alunos de vagas
escola pública 50 50
no mínimo 50%
Renda < 1,5 Renda > 1,5
salário-mínimo salário-mínimo
per capita
25
Exemplo:
RJ
51,80% Pretos,
Pardos e Indígenas
Bacharelado Licenciatura
Turismo* História
Administração Matemática
Ciências Econômicas Pedagogia
* Este curso é oferecido na modalidade presencial, pois a UFRRJ também oferece o curso de
Licenciatura em Turismo na modalidade de Ensino a Distância (EaD).
343
Fonte: Projeto pedagógico do curso de bacharelado em Turismo (UFRRJ,
2009, p. 7)
345
Mestrado90 – 2
Doutorado – 13
Doutorado com Pós-doutorado – 2
Total de docentes – 15
89. Este número se refere a professores específicos do curso, visto que o corpo docente
é composto também por professores de outros departamentos.
90. Entre os professores mestres, há um que está em fase de doutoramento.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
355
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
M F M F Reportagem sobre
Maio refugiados e sobre
Ano 30 134 12 Branco uma professora de
Nº 282 45 89 4 8 Angola. Não se falou
sobre o 13 de maio.
Junho/Julho Tema: “Violência:
Sem imagem
Ano 30 64 53 117 50 7 57 como escrever outra
humana
Nº 283 história”
Agosto
Professora branca Tema: “Construtivis-
Ano 30 63 140 203 3 10 13
e uma aluna negra mo na prática”
Nº 284
Setembro Branco – (Foto de
Tema: “Ela quer
Ano 30 36 125 161 9 4 13 uma menina de 1
colo...e muito mais!”
Nº 285 ano e um mês)
Outubro
Tema: “O lado bom
364 Ano 30 62 135 197 17 20 37 Branco
da rotina”
Nº 286
Tema do mês:
“Educadores que
transformam”
Novembro Nenhum professor
Sem imagem
Ano 30 72 163 235 36 26 62 citado, que teve pro-
humana
Nº 287 jeto elogiado, citou o
20 de novembro nem
trabalhou a questão
racial
Dez/15Jan/16
Tema: “Inclusão: um
Ano 30 74 154 228 29 17 46 Branco
trabalho coletivo”
Nº 288
A imagem (3x4)
de um homem
Fev./16
negro no canto Tema: “Olimpíadas
Ano 30 51 59 110 14 7 21
inferior esquerdo na sua aula”
Nº 289
reporta à gestão
escolar
Preto (Imagem
Março de 16
de uma jovem, Tema: “De olho na
Ano 31 16 33 49 6 18 24
supostamente formação”
Nº 290
professora)
Abril de 16 Há uma breve
Ano 31 16 21 37 11 12 23 Branco reportagem aos
Nº 291 quilombos
Maio de 16
Tema: “Alfabetização
Ano 31 25 52 77 3 6 9 Branco
sem guerra”
Nº 292
*De acordo com o IBGE, pretos e pardos entram em uma única categoria: “pretos”.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
dor, não vai muito além disso. Ele não participa das escolhas
das narrativas, não interfere nos objetivos do projeto e nem
avalia a complexidade e pertinência do assunto para ele e para
seus alunos.
Outra diferença é o método que eu proponho para aborda-
gem das poéticas orais tendo em vista a implementação da Lei
10.639. Aqui o professor é sujeito da sua prática pedagógi-
ca. Ele garimpa, seleciona, pesquisa, aprofunda os conceitos,
conta a história. Ele é um professor-pesquisador-narrador.
Passemos agora para a proposta de atividade utilizando as
narrativas africanas. O primeiro conto, “A lenda do tambor
africano”, remete-nos a várias questões importantes no que se
refere à discussão e reflexão sobre a questão étnico-racial. O
segundo conto, “Histórias de Orixás”, é um mito de origem, 369
e pode-se levantar, após uma pesquisa criteriosa, a discussão
sobre as religiões de matriz africana, entre outros assuntos.
O MÉTODO PROPOSTO
A PRÁTICA: O MÉTODO
EM FUNCIONAMENTO
TEXTO
(ASPECTOS EXPLANAÇÃO
IMPLICAÇÕES/ATIVIDADES
GERAIS DO (RECORTE)
CONTO)
Música e Arte. Especialmente Pesquisa de outros instrumentos de
o instrumento, sua função e origem desse país a que refere o conto
importância dentro da formação e de outras regiões da África. Pode-se
do povo africano, sua sonoridade. falar sobre o Agogô, o Banzá (nosso
Data provável do seu surgimento reco-reco), o Bongô e o Caxixi.
no Brasil. Principais escritores, o
Cultural mais importante poeta e/contadora Apresentar uma música em esses
de histórias. instrumentos estão sendo utilizados.
Esse instrumento em especial deu
origem a outros instrumentos? Como
era e como é a confecção desse
tamborinho especificamente? Vida
cultural etc.
Som e ritmo associados à Igrejas, escolas de samba, blocos
religiosidade. Se é utilizado, carnavalescos, grupos folclóricos
em qual ou quais rituais essa podem ser pesquisados para saber o
sonoridade é aplicada. O material valor cultural desse instrumento na
com que é confeccionado o vida daquela comunidade.
instrumento está diretamente
ligado a qual elemento do panteão Apresentação de outros instrumentos
da mitologia africana? africanos. Se possível, apresentar sua
372 sonoridade.
Religioso Outro segmento religioso
ou social se apropriou desse Para grupos de adolescentes e adultos,
instrumento e o descaracterizou recomenda-se visita a museus e
de sua religiosidade? Ou terreiros em que esses instrumentos
mantiveram sua matriz religiosa? possam ser vistos no seu contexto
Se esse instrumento faz parte do religioso.
cerimonialismo das religiões de
matriz africana, que elemento tem
a autorização para tocá-lo?
Pode-se discutir sobre a descoberta Estabelecer um quadro histórico
e colonização da Guiné; sua dos principais fatos desde seu
colonização; Independência; forma descobrimento até hoje. Como a nação
de governo; atual governante. sofreu com a exploração de africanos
para serem escravizados em outros
países. Há algum acordo diplomático
Histórico do país com Brasil?
Número de membros desta nação
que residem no Brasil. Agendar uma
entrevista com um guineano ou uma
guineana para conversar sobre sua
cultura.
Extensão territorial; número de No país dentro continente africano.
habitantes; escolaridade; poder Principais diferenças entre nação e
econômico; analfabetos; principal continente; fronteiras com outros
Geográfico riqueza do país; principais países; distância em quilômetros até
problemas sociais; expectativa de o Brasil.
vida; universidades.
DIFERENÇAS ÉTNICO-RACIAIS E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
APROFUNDANDO A DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
94. A professora Viviane também faz referência em sua fala a outro ciclo formativo
ministrado pelo professor Luiz Fernandes em 2013, quando ofertou a disciplina Edu-
cação, Epistemologias e Religiosidades de Matriz Africana.
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96. Criado em 2004, o Facebook é gratuito para os usuários e gera receita proveniente
de publicidade, incluindo banners e grupos patrocinados. Os usuários criam perfis que
contêm fotos e listas de interesses pessoais, trocando mensagens privadas e públicas
entre si e participantes de grupos de amigos. A visualização de dados detalhados dos
membros é restrita para membros de uma mesma rede ou amigos confirmados, ou pode
ser livre para qualquer um.
97. <http://bit.ly/2dx9j9W>
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98. Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003 - altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temá-
tica História e Cultura Afro-Brasileira.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PERFIL
DOS AUTORES
GUDRUN KLEIN
Doutoranda e assistente de ensino em Antropologia Social na Universida-
de de Manchester e bolsista pelo Economic and Social Research Council
(ESRC). Atualmente está no Rio de Janeiro para pesquisa de campo sobre
a implementação da Lei 10.639. Possui mestrado em Antropologia Cultu-
ral e Social pela Universität Wien (2012) com tese sobre as cotas raciais
na UFBA. Atua principalmente nos seguintes temas: Racismo, Educação,
Ações Afirmativas e Descolonização.
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