A Assim Chamada Acumulação Primitiva
A Assim Chamada Acumulação Primitiva
A Assim Chamada Acumulação Primitiva
XXIV de O CAPITAL de
Karl Marx.
08:48:00 Serto Potiguar , 1 Comment
ESTRUTURA:
Seo 1: O segredo da acumulao primitiva
Seo 2: expropriao do povo do campo de sua base fundiria
Seo 3: Legislao sanguinria contra os expropriados desde o final do
sculo XV. Leis para o rebaixamento dos salrios
Seo 4: Gnese dos arrendatrios capitalistas
Seo 5: Repercusso da revoluo agrcola sobre a indstria. Criao do
mercado interno para o capital industrial
Seo 6: Gnese do capitalista industrial
Seo 7: Tendncia histrica da acumulao capitalista
O autor enftico:
A assim chamada acumulao primitiva , portanto, nada mais que o
processo histrico de separao entre produtor (trabalhador) e meio de
produo. Ele aparece como primitivo porque constitui a pr-histria do
capital e do modo de produo que lhe corresponde (capitalista). (Marx,
p.340)
Esta separao um processo histrico: o trabalhador afastado da
propriedade das condies de seu trabalho (meios de produo) impelido
a vender a nica mercadoria que lhes resta para sobreviver: a fora de
trabalho.
Essa expropriao se faz por meio do jogo das leis imanentes da prpria
produo capitalista, por meio da centralizao dos capitais. Cada
capitalista mata muitos outros. Paralelamente a essa centralizao ou
expropriao de muitos outros capitalistas por poucos desenvolve-se a
forma cooperativa do processo de trabalho em escala sempre crescente, a
aplicao tcnica consciente da cincia, a explorao planejada da terra, a
transformao dos meios de trabalho em meios de trabalho utilizveis
apenas coletivamente, a economia de todos os meios de produo mediante
uso como meios de produo de um trabalho social combinado, o
entrelaamento de todos os povos na rede do mercado mundial e, com isso,
o carter internacional do regime capitalista. Com a diminuio constante
do nmero dos magnatas do capital, os quais usurpam e monopolizam
todas as vantagens desse processo de transformao, aumenta a extenso
da misria, da opresso, da servido, da degenerao, da explorao, mas
tambm a revolta da classe trabalhadora, sempre numerosa, educada,
unida e organizada pelo prprio mecanismo do processo de produo
capitalista. O monoplio do capital torna-se um entrave para o modo de
produo que floresceu com ele e sob ele. A centralizao dos meios de
produo e a socializao do trabalho atingem um ponto em que se tornam
incompatveis com seu invlucro capitalista. Ele arrebentado. Soa a hora
final da propriedade privada capitalista. Os expropriadores so
expropriados. (Marx, p.380-1)
Marx v na classe trabalhadora o instrumento histrico - universal para
alcanar o objetivo da revoluo social, que consiste na expropriao dos
capitalistas por meio da extino da propriedade privada capitalista e,
posteriormente, a socializao dos meios de produo.
CONSIDERAES FINAIS
Karl Marx foi um dos primeiros intelectuais a estudar com afinco o modo
capitalista de produo, de forma minuciosa, conseguindo em sua anlise
decifrar os pontos fundamentais de seu funcionamento, compreendendo
como ponto chave da transio do modo de produo feudal para o modo
de produo capitalista, A Chamada acumulao primitiva.
O autor desenvolve uma viso crtica da sociedade vendo-a como um
sistema antagnico no qual h uma luta de classes incessante: A sociedade
burguesa moderna, que brotou das runas da sociedade feudal, no aboliu
os antagonismos das classes. Estabeleceu novas classes, novas condies
NOTAS
1. O conceito de acumulao primitiva formulado por Marx relativamente
claro, mas discute-se se ele constitui o quadro adequado para a anlise da
transio para o capitalismo. Mesmo que se considere correta a anlise que
Marx fez do caso da Gr Bretanha, no se pode admitir que ela d conta do
estabelecimento do capitalismo em outras partes. (BOTTOMORE, 1983, p.2)
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BOTTOMORE, Tom (Org.). Acumulao primitiva. In: Dicionrio do
Pensamento Marxista. Rio de Janeiro, 1983. p. 2-3.