MFS - Cristianismo, A Religião Do Homem - Versão 2
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CRISTIANISMO
A RELIGIO DO HOMEM
EDlfC
rio Ferreira dos Santos, filsofo humani-
zante, buscou reconciliar a Filosofia com
a religio crist, representando Cristo
como o Bem Verdadeiro.
Neste Cristianismo: a religio do homem, desen
volve uma Axioantropologia fundada na melhor
Filosofia clssica e tomista, ao descrever os ho
mens diversos das pedras, das plantas e dos ani
mais ( 10), como obras de ns mesmos ( 21),
pois temos uma orxis ( 29) que nos impele ao
Supremo Bem ( 33), orxis que um dever-ser
com direitos e obrigaes ( 50), implica em
Justia ( 54), valores humanos ( 58), tica e
Moral ( 60), fundados em virtudes cardeais ( 76),
e cultivo das virtudes como dever-ser tico do
Homem ( 80).
Destas premissas retira o saudoso Mestre as
concluses do ttulo: a partir da misria humana,
encontrar o homem sua salvao ( 97s), porque
guarda em si a trindade da Vontade, Inteligncia e
Amor ( 104), que lhe permite religar-se a Deus,
pois esta a vossa religio, porque ela est em
vs ( 120), concluindo com palavras de Cristo,
eu sou o pice da pirmide ( 135).
Dos ltimos escritos do ilustre filsofo paulis
ta, Cristianismo expressa a sntese de seu filosofar
clssico, com fortes traos teolgicos, ao estilo
tomista de apresentao de teses ou proposies
enlaando Razo e F.
CDD 261
7 Apresentaao
Captulo I
23 Cristianismo: a religio do homem
Captulo II
65 Cristianismo: a religio do homem
Apresentao
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Mrio Ferreira dos Santos
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a. Alguma coisa h
Partindo dessa proposio, desenvolveu suas teses defen
dendo e demonstrando afirmaes positivas de todas as filoso
fias, e refutando erros de outras, sem lhes destruir o positivo.
Respondendo, por exemplo, pergunta heideggeriana
Por que antes o ser do que o nada?, ensina: o por qu no
procede, pois se em vez do ser fosse o nada, no haveria por
qu, pois o nada no teria uma razo de ser em si mesmo. H
o ser e este no tem por qu. Caberia a colocao de um por
qu, de um para qu, de um qual a razo, de qual o motivo,
se houvesse um antes do ser que pudesse ser interrogado. Mas
o ser infinito eterno, e no cabe perguntar por um antes,
porque no h um antes. A pergunta descabida de positivi-
dade; uma pseudo-pergunta.
E arremata: Repetimos: ela tem o seu fundamento ape
nas na acosmia, no desejo de no ser isto que esta a, na de
cepo ante o desenvolvimento histrico que gera o esquema
de tender para o no ser. Eis o que leva alguns a exclamar per
guntando: por que no antes o nada do que o ser?12
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d. Filosofar ao
Nessa original obra, que uma sntese do seu pensamen
to, Mrio Ferreira dos Santos em sua ltima tese encerra toda
a grandiosidade de seu pensar, e revela os mais altos anseios
espirituais do filsofo: A Filosofia ao; o afanar-se para
alcanar a Mathesis suprema. Se essa ou no alcanvel
pelo homem, este, como um viandante (homo viator), deve
busc-la sempre, at quando lhe paire a dvida, de certo
modo bem fundada, de que ela no lhe est totalmente ao al
cance. Esse afanar-se acompanhar sempre o homem, e esta
belecido um ponto slido de esteio, devemos esperar por me
lhores frutos.'"
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Mrio e o Atesmo
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c. A crise moderna
Aprofundando esse assunto, Mrio Ferreira dos Santos
apontou para a perplexidade do homem moderno em todos
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Concluses
Se de um lado no deixou discpulos organizados em es
cola, a Filosofia Positiva e Concreta de Mrio Ferreira dos
Santos uma Escola Filosfica adequada ao homem dos nos
sos dias, para entendimento e soluo dos problemas que afli
gem o mundo.
Restam, ainda, dezenas de obras inditas,215 que o pblico
atual mereceria conhecer, no s para memria desse ex
traordinrio pensador brasileiro, mas tambm para o coroa-
mento de sua extensa obra, produzida em momentos de sua
maior e melhor intuio filosfica.
Relegada progressivamente a planos inferiores na cultura
nacional, urge resgatar a Filosofia Humanizante, centrada na
realidade do Ser Supremo.
E este filsofo buscou incessantemente a integrao,
abordando o ecumenismo, a busca da Unidade, procurando
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100 E como o nada nada tem para dar, quem deu devia ter
para dar. Portanto, no princpio j havia quem tudo ti
nha para dar, pois tudo quanto surgiu veio de quem ti
nha, e no do que no tinha. O primeiro de todos o
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102 E como Ele tem todo o bem, Ele todo o bem; no Ele
composto de outros, porque do contrrio no seria o
primeiro, mas os outros que o compem. Nele o seu
ser o seu bein, e o seu bem o seu ser. Nele o seu sa
ber o seu ser, o seu ser o seu saber.
E como Ele inteligente, porque tudo sabe, Ele
quer a si mesmo. Sua vontade no a nossa, porque a
dele infinita; assim a sua inteligncia e tambm o
seu amor.
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118 Para que salves a tua alma, para que a ergas cada vez
mais alto, tens de ascender tambm ao mais alto.
Eu sou o caminho. seguindo-me que te salvars.
Porque, ento, ters atingido o ponto mais elevado, e
poders receber cada vez mais o que est acima de ti e
ultrapassar os limites da tua natureza, que a bem-
aventurana. Eu te prometo a salvao. E para ela, de
incio, mister a f.
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123 Por essa razo, desde cedo, podes ser perdoado dele, j
que prometes seguir-me e buscar o teu bem verdadeiro.
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125 Esse caminho sou eu, por isso tomei a forma humana,
para que a religio fosse humana e se realizasse atravs
do homem.
No vos prometi uma salvao que fosse apenas
uma ddiva, mas um direito que adquiristes pelo cum
primento dos vossos deveres. No procurei em vs o
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100 E como o nada nada tem para dar, quem deu devia ter
para dar. Portanto, no princpio j havia quem tudo ti
nha para dar, pois tudo quanto surgiu veio de quem ti
nha, e no do que no tinha. O primeiro de todos o
supremo dadivoso, que tem tudo. No poderia ser ele
um bruto porque: como o bruto poderia dar a inteli
gncia se ele no a tem?
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102 E como Ele tem todo bem, Ele todo o bem; no Ele
composto de outros, porque do contrrio no seria o pri
meiro, mas os outros que o compem. Nele o seu ser o
seu bem, e o seu bem o seu ser. Nele o seu saber o
seu ser, o seu ser o seu saber. E como Ele inteligen
te, porque tudo sabe, quer a si mesmo. Sua vontade no
a nossa, porque a dele infinita; assim a sua inteli
gncia e tambm o seu amor.
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mais alto, tens que ascender tambm ao mais alto. Eu sou
o caminho. seguindo-me que te salvars. Porque, en
to, ters atingido o ponto mais elevado, e poders re
ceber cada vez mais o que est acima de ti e ultrapassar
os limites da tua natureza, que a bem-aventurana. Eu
te prometo a salvao. E para ela de incio, mister a f.
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123 Por essa razo, desde cedo, podes ser perdoado dele, j
que prometes seguir-me e buscar o teu bem verdadeiro.
Em tuas cerimnias, em teus rituais, buscas expressar,
por teus meios, o que compreendeste de mim. Recebe-
o, portanto, como piedosas intenes. Quero que te
lembres que no vim para separar, mas para unir. No
vim para falar a uma parte dos homens, mas a todos.
$ 125 Este caminho sou eu, por isso eu tomei a forma humana,
para que a religio fosse humana e se realizasse atravs
do homem. No vos prometi uma salvao que fosse
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