Psicologia Social - Carla Pousada PDF
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Psicologia Social I
Alcanar realidades.
Teoria O porqu?
Ajuda a descobrir Acontecimentos
Provar
Todas as teorias contm aspectos que no podem ser provador como verdadeiros
em sentido absoluto, na medida em que so abstractos.
No entanto, todas as teorias apresentam objectivos comuns.
TEORIA
O termo TEORIA designa para os cientistas uma descrio de relaes entre
smbolos que representam a realidade.
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OBJECTIVOS CIENTFICOS DA PSICOLOGIA SOCIAL
- Descrio
- Explicao
- Predio
- Controlo
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A investigao psico-social ocorre geralmente um de dois contextos: o laboratrio,
um meio controlado e no campo, um contexto natural.
A maior parte da investigao de laboratrio recorre ao mtodo experimental
Ao passo que a maior parte da investigao de campo correlacional .
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CAVERNA DOS LABRES - SHERIF
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CAVERNA DOS LADRES
Ilustra como se pode combinar as vantagens das duas psicologias sociais.
Observao
Tcnicas Sociologia usual
Entrevistas
MUDANAS ENDOGRUPO
ESTUDO SUJEITO .ATITUDES E OBSERVAR
COMPORTAMEN-
TOS SUJEITO EXOGRUPO
OBSERVAR
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Integrao das Psicologia Social Psicolgica e Psicologia Social Sociolgica
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A Psicologia Social simultaneamente uma cincia comportamental e social. H
trs orientaes tericas na psicologia social so:
- Teoria da Aprendizagem
- Teoria cognitivas
- Teoria do papel
TEORIA DA APRENDIZAGEM
Durante muitos anos estas teorias foram a orientao dominante em psicologia.
As teorias da aprendizagem tm as suas origens nos princpios bsicos
behaviorismo que salientou o condicionamento clssico e a aprendizagem atravs
do reforo ou recompensa.
Baseia-se na ideia que o comportamento de uma pessoa determinando pela
aprendizagem anterior.
Exemplo: co Palvov
TEORIAS COGNITIVAS
Tm a sua origem na psicologia da gestalt, focalizam-se nos processos cognitivos
que esto subjacentes s nossas percepes e julgamentos acerca de ns
prprios e dos outros em situaes sociais.
As principais preocupaes das Teorias Cognitivas so as emoes e cognies,
por exemplo nas Teorias de Aprendizagem entra na caixa um estmulo e o que
sai da caixa resposta, mas prestada pouca ateno ao que se passa dentro da
caixa.
A ideia principal das Teorias Cognitivas para a Psicologia Social que o
comportamento de uma pessoa depende do modo como percepciona a situao
social.
Os princpios cognitivos estudam como que as pessoas processam a informao.
No domnio da Psicologia Social a investigao sobre cognio social aborda o
modo como processamos a informao social de pessoas, de situaes sociais e
de grupos.
A investigao sobre a cognio social tem sido efectuada em trs reas:
- Percepo social
- Memria social
- Julgamentos sociais.
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TEORIA DOS PAPIS (Abordagem sociolgica)
Esta teoria pe em evidncia a ideia de que os pensamentos e os comportamentos
dos indivduos so resultado da interaco que tm como outras pessoas e do
significado que elas do s interaces e papeis.
Esta teoria presta pouca ateno aos determinantes individuais do comportamento,
raramente recorre a conceitos de personalidade, atitudes e motivaes. O
indivduo visto como um produto da sociedade em que vive e como um indivduo
que contribui para essa sociedade.
PAPEL central para esta abordagem, pode-se definir como a posio ou funo
que uma pessoa ocupa no seio de um determinado contexto social. Uma pessoa
pode desempenhar vrios papeis simultaneamente.
Exemplo: estudante filha, namorada, nadadora, etc.
Estes vrios papeis so guiados por determinadas expectativas que os outros tm
acerca do comportamento.
Muito embora haja algum grau de coincidncia, as trs teorias diferem em relao
aos comportamentos explicados. As teorias da aprendizagem focalizam-se na
aquisio de novos padres de resposta e no impacto das recompensas e dos
castigos na interaco social. As teorias cognitivas abordam os efeitos das
cognies sobre a resposta da pessoa a estmulos sociais e tratam tambm das
mudanas nas crenas e nas atitudes. A Teoria do Papel sublinha o papel do
comportamento e a mudana de atitude que resulta dos papeis que se tm.
Resumo:
TEORIA
Teorias
Dimenso Aprendizagem
Teorias Cognitivas Teorias papel
Conceitos centrais Estmulo - resposta
Cognies Papel
reforo Estrutura cognitiva
Comportamentos Aprendizagem de Formao e Comportamento no
primrios novas respostas. mudana de papel
explicados Processos de troca
crenas e de
atitudes
Suposies acerca As pessoas so As pessoas so As pessoas so
da natureza hedonistas, os seres cognitivos conformistas e
humana seus actos so que agem com comportam-se de
determinantes por base nas suas acordo com as
padres de reforo. cognies expectativas de
pepeis.
Factores que Mudana na Estado de Mudana na
produzem quantidade, tipo ou inconsistncia expectativa dos
mudana no frequncia de cognitiva papeis.
comportamento reforo.
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SELF AUTOCONCEITO
Auto Esquemas
Auto-representaes no so s as descries de superfcie que usamos quando
nos perguntam quem somos.
Para alm disso as crenas sobre o self podem afectar a maneira como vemos o
mundo e como retemos informao acerca de experincias e acontecimentos.
Ao contrario quando tem uma representao mais complexa do self pode estar
mais protegida contra acontecimentos negativos que envolvam somente um ou
dois dos vrios papeis.
Segundo Greenwald props que o self actua como um ego totalitrio que
processa a informao de modo enviesado.
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A egocentrao manifesta-se em :
Para alm das tendencias egocntricas h a crena que as pessoas tm de
controlar acontecimentos que ocorrem meramente por acaso Iluso de
controlo.
A pessoa que ganha mais qualquer actividade pensa que fara melhor no futuro,
enquanto que os que ganham menos eram menos optimistas em relao aos
ganhos futuros.
ORIGENS DO SELF
ORIGENS DO SELF
Factores que podem contribuir para o desenvolvimento do self.
AVALIAO DA AUTO-ESTIMA
A nossa auto-estima global depende do modo como avaliamos as nossa
identidades de papeis especficos, isto , conceitos do self em que papeis
especficos (estudante, amiga) e as qualidades pessoais. Avaliamos cada uma
delas como sendo relativamente positivas ou negativas.
Se pesamos as identidades avaliadas positivamente como mais importantes
podemos manter um elevado nvel global de auto-estima, ainda admitindo uma
certa fraqueza. Se damos um grande peso as identidades avaliadas
negativamente, teremos baixa auto-estima global mesmo se temos muitas
qualidades de valor.
Diversas medidas de auto-estima, mas a mais popular seja a escala elaborada por
Rosenberg.
DESENVOLVIMENTO DE AUTO-ESTIMA
Como se desenvolve a auto-estima. As razes da auto-estima mergulham na
infncia, segundo Alport.
Quando os pais do liberdade s crianas ou quando lhes explicam as razes que
esto por trs das restries, a auto-estima desenvolve-se.
As crianas com maior auto-estima provm de famlias com estilos educativos
indulgentes ou autoritrios (democrticos). Os pais indulgentes envolvem-se
com dificuldades com os seus filhos, mas permitem-lhes fazer as suas prprias
escolhas. Os pais autoritrios tambm se envolvem com os seus filhos, mas
mantm regras e do mais assistncia. Os pais autoritrios explicam as razes das
suas regras e permitem s crianas questionam as suas restries.
Por outro lado as crianas com auto-estima mais baixa so originrias de famlias
autoritrias ou negligentes. Os pais autoritrios exigem submisso
inquestionvel e no se envolvem com os seus filhos. Os pais negligentes no
exigem uma disciplina estrita nem se envolvem com os seus filhos.
Por exemplo uma baixa auto-estima na idade adulta pode desenvolver-se a partir
de experincias infantis desagradveis, tais como medo de castigo, preocupaes
como notas escolares, ou percepo de que uma pessoa feia.
AUTO-ESTIMA E COMPORTAMENTO
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A auto-estima tem uma grande influncia na vida quotidiana. As pessoas com
elevada auto-estima comportam-se de maneira diferente das pessoas com baixa
auto-estima.
VARIAES NA AUTO-ESTIMA
Muito embora os nveis de auto-estima sejam relativamente estveis pode no
entanto haver variaes. Muitas dessas variaes ocorrem durante alguns
minutos, outras vezes durante anos.
ADOLESCNCIA
Os acontecimentos da adolescncia podem abanar a auto-estima.
AUTODISCREPNCIAS
Quanto maior for a quantidade de discrepncias, mais intenso ser o desconforto
emocional, e quanto mais conscientes estamos desta discrepncia mais intenso
ser o desconforto.
AUTOCONSCINCIA
Pensar sobre ns prprios.
ESTADOS DE AUTOCONSCINCIA
Uma pessoa que est autoconscinte pode tambm tornar-se mais consciente dos
padres das outras pessoas. Estudos mostram que os sujeitos autofocalizados so
mais capazes de tomarem a perspectiva dos outros.
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DIFERENTES TIPOS DE AUTOCONSCINCIA
Ansiedade social define-se pelo mal estar em presena dos outros. Sinto-me
ansiosa quando falo perante um grupo.
Com base em vrios estudos pode-se concluir que altos nveis de autoconscincia
privada esto associados com um conhecimento dos seus estados internos
melhores, mais pormenorizado e preciso.
PROTECO DA AUTO-ESTIMA
As pessoas esto motivadas a proteger a sua auto-estima.
As pessoas utilizam vrias tcnicas para manter a sua auto-estima.
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TCNICAS PARA MANTER A SUA AUTO-ESTIMA.
MANIPULAO DE AVALIAO
Associao com pessoas que partilham a nossa perspectiva do self e evitamos
faz-lo com pessoas que as no partilham.
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RELACIONADO O SELF: AUTO-APRESENTAO
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TCTICAS DE AUTO-APRESENTAO
H vrias tcticas especficas que as pessoas podem utilizar para se apresentarem
aos outros.
AUTOVIGILNCIA
Tendncia para usar pistas de auto-apresentao das utras pessoas, para
controlar as suas prprias auto-apresentaes. As pessoas com elevada
autovigilncia esto conscientes das impresses que suscitam nas interaces
sociais e so sensveis s pistas sociais a propsito de como se deveriam
comportar em diferentes situaes.
EXEMPLIFICAES E SPLICAS
As pessoas diferem na sua motivao e habilidade em controlar a sua auto-
apresentao. As pessoas altas em autovigilncia esto conscientes das
impresses que suscitam e so sensveis as pistas sociais acerca de como as
pessoas deveriam comportar-se em diferentes situaes. As pessoas baixas em
autovigilncia falta-lhes quer a habilidade quer a motivao para regular a sua
auto-apresentao expressiva e tendem a comportar-se de modo consistente com
a sua prpria auto-imagem e no tanto com a situao.
AUTOVIGILNCIA E AUTOCONSCINCIA
Ao principio podem parecer que so semelhantes, mas no so, embora estejam
relacionadas, medem algo diferente.
- A autovigilncia focaliza-se mais nas habilidades de auto-apresentao.
- A Autoconscincia focaliza-se mais na auto-ateno.
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RESUMO
SELF AUTOCONCEITO
Cada vez mais os psiclogos tm chamado ateno para a importncia do self.
A Psicologia Social contempornea reconhece a importncia do self: o termo
autoconceito refere-se a todos os nossos pensamentos acerca de quem somos. O
autoconceito tem muitas componentes que podem ser afectadas por vrias
caractersticas ambientais. O autoconceito de trabalho inclui somente atributos que
so activados pela situao social actual. Os auto-esquemas so pois
generalizaes cognitivas acerca do self que tm influncia no modo como
organizamos e nos lembramos de acontecimentos. A memria de acontecimentos
vitais desempenha um papel relevante nas auto-representaes. Em 1 lugar a
memria autobiogrfica egocntrica. Diversas fontes podem contribuir para o self
das pessoas. A avaliao reflectida refere-se as percepes que as pessoas tm
de avaliao dos outros acerca delas prprias.
As pessoas podem tambm aprender acerca delas prprias mediante
comparaes sociais com outros semelhantes sobre atributos relacionados com a
realizao. A comparao da realizao presente de uma pessoa com a realizao
passada tambm pode ser uma fonte do autoconceito.
A Teoria da Identidade Social sugere que os grupos a que pertencemos, formam
uma fonte importante da nossa identidade. Estamos motivados para obter uma
identidade social positiva e distinta. Os grupos Culturais so uma fonte importante
de identidades sociais e podem determinar a nossa compensao do SELF.
A auto-estima refere-se a avaliao positiva ou negativa que temos de ns
prprios. A teoria da autodiscrepncia prediz que a nossa auto-estima tambm
influenciada pelo fosso que precepcionamos existir entre o nosso self actual e as
vrias autoguias, ou padres que temos para ns prprios. Alguns destes padres
provm do que pensamos que as outras pessoas esperam de ns, alguns vm dos
nossos objectivos.
No gastamos todo o nosso tempo a pensar sobre ns prprios. Todavia h
condies que podem suscitar um estado de autoconscincia, durante o qual
focalizamos a ateno nalgum aspecto do self e comparar-nos-emos com algum
padro interno. Podemos recorrer a numerosas tcnicas para proteger a auto-
estima. As pessoas enveredam muitas vezes por estratgias de auto-apresentao
para influenciar a impresso que causam nas outras pessoas.
O embarao geralmente visto como forma de ansiedade social, tal como a
timidez, a ansiedade em pblico e a vergonha. O embarao surge quando
percepcionada. Uma divergncia enter a auto-apresentao de uma pessoa e o
seu padro para a auto-apresentao.
Tcticas especficas de auto-apresentao incluem insinuao, intimidao,
autopromoo.
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ATITUDES
O conceito de atitude tem ocupado um lugar de destaque ao longo da histria da
psicologia social.
As atitudes referem-se a estados mentais
Atitudes comportamentos em miniatura
Nesta ordem de ideias h necessidade para se prever o comportamento, tudo que
se tinha a fazer era determinar a atitude das pessoas em relao a um objecto do
comportamento. O problema tornara-se ento metodolgico, pois era necessrio
implementar utenslios adequados para medir as atitudes.
MODELOS ATITUDES
Os modelos so uma espcie de planos de arquitecto que tornam a sua
operacionalizao mais fcil.
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MODELO UNIDIMENSIONAL CLSSICO DE ATITUDES
CARACTERSTICAS DA ATITUDE
Atitude enquanto realidade psicolgica possui determinadas caractersticas,
oriundas das realidades fsicas, onde se ressaltam 4 caractersticas :
1- a direco
2- a intensidade
3- a dimenso
4- a acessibilidade
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FORMAO DE ATITUDES
As nossas atitudes resultam das diversas experincias vitais. Como tal so
influenciadas pelas pessoas significativas nas nossas vidas e pelos modos como
processamos a informao do mundo.
FONTES DE APRENDIZAGEM
Pais, companheiros, grupos ,meios de comunicao de massa.
CONDICIONAMENTO CLSSICO
Condicionamento clssico Princpio bsico quando um estmulo neutro
emparelhado com um estmulo que naturalmente provoca uma resposta particular
(estmulo incondicional), o estmulo neutro provocar uma resposta semelhante e
ento tornar-se- um estmulo condicionado.
PAVLOV. Co
CONDICIONAMENTO OPERANTE
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APRENDIZAGEM SOCIAL
Observao do comportamento
Por vezes os comportamentos podem levar a mudanas de atitudes.
- Os Psiclogos no podem ignorar a influncia gentica sobre as atitudes.
FORMAO DE ATITUDES
As nossas atitudes resultam das diversas experincias como tal so influenciadas
pelas pessoas significativas nas nossa vidas e pelo modo como processamos a
informao acerca do mundo que nos rodeia. Vrios psiclogos sociais tm
avanado com vrias teorias para a formao das atitudes que so elas atravs do
condicionamento clssico que se baseia no princpio bsico que cum estimulo
neutro emparelhado com um estmulo que naturalmente provoca uma resposta
particular por exemplo quando eu pego na trela do meu co ele automaticamente
vai para a porta, isto um estmulo neutro que vai provocar um determinado
comportamento condicionado que ir para a porta. O condicionamento operante
que outra forma de atitudes resulta do reforo ou recompensa na formao de
atitudes, por exemplo quando os indivduos vm as suas atitudes receber
aprovao social elas so reforadas , o mesmo se d com o contrrio, atitudes
desaprovadas no sero reforadas. Aprendizagem social muitas vezes
aprendemos novas atitudes por imitao de comportamento dos outros exemplos,
o caso das crianas que tentam imitar os seus pais. Aprendizagem por experincia
directa.
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MEDIDAS DE ATITUDES
As atitudes podem ser medidas directa ou indirectamente.
ESCALA DE THURSTONE
Exemplo:
Nunca casaria com um imigrante.
ESCALA DE GUTTMAN
Baseia-se no pressuposto de que as opinies podem ser ordenadas segundo a
sua FAVORILIDADE de modo que a concordncia com uma dada afirmao
implica concordncia com todos os itens que exprimem opinies mais favorveis.
A elaborao deste tipo de escala pode-se sintetizar com 3 etapas :
1-Reune-se um grande nmero de atitudes que se deseja medir.
2-Administra-se o questionrio de opinies a uma populao de sujeitos.
3-Efectua-se uma anlise das respostas para se determinar se correspondem ao
modelo ideal.
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DIFERENCIADOR SEMNTICO
Ex:
Bom /---/---/---/---/---/---/---/ Mau
Antiptico /---/---/---/---/---/---/---/Simptico
Agradvel /---/---/---/---/---/---/---/Desagradvel
MEDIDAS INDIRECTAS
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PROJECTIVAS Pede-se aos sujeitos para descreverem uma figura, contarem
uma histria, completarem uma frase ou indicarem como que algum reagiria a
essa situao, tm a vantagem de que muitas vezes as pessoas projectam as suas
prprias atitudes nos outros.
ATITUDES E COMPORTAMENTOS
RESUMO:
ATITUDE
Poucos conceitos seno mesmo nenhum foram alvo de tanta ateno em
psicologia social como o da atitude, foram feitas muitas tentativas para definir,
medir e utilizar o conceito com o intuito de melhorar a comportamento humano.
Tradicionalmente, as atitudes tm sido definidas como envolvendo crenas,
sentimentos e disposies a agir.
Foram referidas 4 caractersticas da atitude:
Direco (atitude negativa ou positiva) exprime um grau de atraco ou de repulsa
em relao objecto (intensidade), pode ser unidimensional ou multidimensional, a
acessibilidade est associada a fora de atitude, quando mais acessvel mais a
latencia da resposta breve, e mais a atitude preditora do comportamento.
As atitudes ajudam-nos a definir grupos sociais e estabelecer as nossa identidades
e guiar o nosso pensamento e comportamentos.
Pode-se distinguir as atitudes de crenas que so laos cognitivos entre um
objecto algum atributo ou caractersticas e de valores que envolvem conceitos
mais abstractos, tais como liberdade e felicidade.
A ideologia uma outra noo conexa.
As atitudes formaram-se atravs da aprendizagem e so influenciadas pelas
pessoas (grupos) significativos da vida de uma pessoa. O grupo de referncia
um grupo a que o indivduo aspira pertencer. Os meios de comunicao de massa
tambm podem contribuir para a formao das atitudes.
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O condicionamento clssico o processo que toma atitudes pelo emparelhamento
repetido de um conceito neutro com outro, com um colorido social seja ele positivo
ou negativo. As atitudes tambm so apreendidas atravs de modelagem e da
aprendizagem observacional. A teoria da autopercepo sugere que as pessoas
inferem muitas vezes as suas atitudes do comportamento.
Existem vrias tcnicas para medir atitudes. Para alm da anlise de contedo das
comunicaes, as tcnicas comuns so: auto-avaliao, tais como escalas de
distncia social, de intervalos aparentemente iguais, de classificaes somadas, do
escolograma e do diferenciador semntico.
Alguns procedimentos alternativos para medir as atitudes foram tambm
desenvolvidos, que no so tcnicas de auto-avaliao , tais como tcnicas
fisiolgicas, comportamentais e projectivas.
Prever o comportamento a partir de atitudes no to simples como se podia
pensar, muito trabalho inicial neste domnio partia da ideia de que se pudesse
conceptualizar e medir as atitudes, poderer-se-ia esperar uma predio quase
perfeita do comportamento. Contudo Vrias dcadas de investigao emprica
mostraram que a relao contigente.
As atitudes esto ligadas aos comportamentos, ,mas o estabelecimento desta
relao exige certas condies de foro metodolgico. Para dar conta das diversas
variveis, para alm da atitude, que podem influenciar, o comportamento foram
propostos modelos tericos.
Os grupos a que as pessoas procuram pertencer ou com quem se identificam
constituem um factor importante para a formao e manuteno das atitudes
sociais e polticas. Tais grupos de referncia fornecem as pessoas padres para se
julgarem a elas prprias e ao mundo e so susceptveis de influenciar decises
muitas vezes ao longo da vida.
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