17 - Ferramentas Da Qualidade
17 - Ferramentas Da Qualidade
17 - Ferramentas Da Qualidade
Ferramentas da qualidade
Para quem uma empresa obtenha um Certificado de Qualidade, necessrio que ela
adote procedimentos baseados em Normas de qualidade como a ISO 9000.
Brainstorming
Definio
uma tcnica de estimulao da criatividade de uma equipe, para gerar e esclarecer
uma srie de idias, problemas ou questes.
Objetivo
usada para identificar possveis solues para problemas e oportunidades em
potencial para a melhoria da qualidade.
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Gesto pela qualidade
Quando usar
O brainstorming (tempestade de idias) uma tcnica muito flexvel em termos de
possibilidades de aplicao. Dentre as muitas situaes nas quais pode ser aplicada,
podemos citar:
Desenvolvimento de novos produtos
- identificao das caractersticas do produto.
Implantao de sistema da Qualidade
- listagem das atividades a serem desenvolvidas no processo de implantao;
- identificao das resistncias mudana na organizao;
- auxiliando no desenvolvimento das ferramentas da qualidade.
Solucionando problemas
- listagem das causas provveis do problema;
- listagem das possveis solues.
Como fazer
Definir o objetivo.
Definir os participantes da reunio.
Informar antecipadamente os objetivos aos participantes.
Definir o Coordenador e o Secretrio.
Definir o tempo de durao da reunio.
Iniciar o processo de gerao de idias.
Estruturada
Neste mtodo, cada membro do grupo pode contribuir com uma idia, quando chegar
a sua vez no rodzio, ou deixar passar at a prxima rodada.
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Gesto pela qualidade
No-estruturada
Neste mtodo, os membros do grupo simplesmente apresentam a idia medida que
elas ocorrem.
Fluxograma
Definio
Representao grfica das diversas etapas que constituem um determinado processo.
Objetivo
Apresentar uma viso global do processo e permitir visualizar como as vrias etapas
deste processo esto relacionadas entre si.
Quando usar
O fluxograma usado quando se deseja:
Descrever um processo existente;
Projetar um novo processo;
Ajudar a identificar desvios nos processos;
Oferecer aos membros da equipe pontos de referncia comuns, padronizando a
interpretao do processo ou projeto;
Permitir aos funcionrios, perceber melhor a importncia de seu papel,
evidenciando as relaes clientes-fornecedores e como o seu trabalho influi no
resultado final;
Mostrar todas ou a maior parte das etapas de um processo ou projeto, incluindo os
ciclos causados por retrabalho (desvios no processo);
Auxiliar no treinamento de novos funcionrios.
Como fazer
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Gesto pela qualidade
Existem vrios tipos de smbolos que podem ser adotados na construo dos
fluxogramas. Ao escolh-los devemos considerar:
A experincia dos membros da equipe;
Adequao da linguagem visual para melhor comunicao;
Facilidade de construo em funo dos recursos disponveis.
Incio/fim do processo
Operao
Inspeo
Armazenagem
Transporte
Espera
Incio/Fim do processo
Determina o ponto exato em que a descrio do processo teve incio e tambm onde
ela termina.
Operao
Indica a etapa do processo na qual h uma transformao intencional ou quando se
prepara o produto ou o servio para a operao seguinte.
Inspeo
Indica o exame de um produto ou servio para identificao, verificao de sua
qualidade, determinao da quantidade, etc.
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Gesto pela qualidade
Armazenagem
Indica a etapa em que um produto ou servio deve ser guardado e protegido contra
deslocamento no justificado.
Transporte
Indica a etapa em que um produto ou servio sai de um local para outro, como por
exemplo - enviar uma correspondncia, enviar peas para o almoxarifado, etc. .
Espera
Indica circunstncias que no permitem ou no exigem a execuo da fase seguinte
do processo; portanto, o produto ou servio aguarda processamento.
Nota
Dois smbolos podem ser combinados quando as atividades so executadas no
mesmo local de trabalho ou simultaneamente, como atividade nica.
Incio/fim do processo
Ao
Deciso
Conector
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Gesto pela qualidade
Exemplos:
Fluxograma matricial usado para caracterizar um processo que possui relao com
diversas reas, pessoas ou departamentos.
Folha de verificao
Definio
So formulrios elaborados para facilitar o registro e anlise de dados obtidos numa
coleta. Tambm conhecidos por check-list.
Objetivo
Sistematizar a forma de fazer observaes, visando obter um quadro claro e preciso
dos fatos.
Quando usar
As folhas de verificao devem ser usadas em qualquer processo que necessite coleta
de dados.
Como fazer
1. Determinar o objetivo especfico para a coleta dos dados (as questes a serem
dirigidas).
2. Identificar os dados requeridos para atingir o objetivo (dirigir as questes).
3. Determinar como os dados sero analisados e por quem (ferramentas estatsticas).
4. Elaborar um formulrio para registrar dados. Prover espao para registrar as
informaes sobre:
Quem coletou os dados;
Onde, quando e como os dados foram coletados.
5. Testar previamente o formulrio, coletando e registrando alguns dados.
6. Analisar criticamente e corrigir o formulrio, se necessrio.
Precaues
Na elaborao da Folha de verificao devemos:
Elaborar um formulrio que alm de tudo seja claro, adequado situao e de
fcil manuseio;
Assegurar que todas as pessoas envolvidas na coleta de dados, interpretem-na da
mesma maneira, usando os critrios estabelecidos, ou seja, todos devem estar
observando a mesma coisa;
Certificar que as medidas sejam confiveis.
Exemplos:
a. Folha de verificao para coleta de dados num processo da rea de produo.
Capa OK
ndice com nmero de pginas pginas erradas
Memorial de clculo com resultados destacados OK
Todos os desenhos em anexo OK
Nmero do desenho 3a planta da estrutura
Data da elaborao do desenho OK
Assinatura no desenho 2a planta de hidrulica
Lista de material OK
Diagramas de Pareto
Definio
Forma especial do grfico de barras verticais, que dispe os itens analisados desde o
mais freqente, at o menos freqente.
Objetivo
Estabelecer prioridades na tomada de deciso, a partir de uma abordagem estatstica.
Princpio de Pareto
Analisando a distribuio da renda entre os cidados, o economista italiano V. Pareto
concluiu que a maior parte da riqueza pertence a poucas pessoas. Essa mesma
concluso foi depois constatada em outras situaes, sendo estabelecida a relao
que ficou conhecida como Princpio de Pareto ou relao 20-80. Segundo esse
princpio, 20 por cento das causas so responsveis por 80 por cento dos efeitos.
Anlise de Pareto
No campo da Qualidade, o Dr. J. M. Juran aplicou esse princpio demonstrando que
alguns poucos fatores so responsveis pela maioria dos efeitos observados.
Estabeleceu, assim, um mtodo que permite classificar os problemas da qualidade,
identificando os poucos problemas que so vitais e diferenciando-os dos muitos, que
so triviais. Esse mtodo foi por ele denominado Anlise de Pareto.
A forma grfica de apresentar os dados estudados por esse mtodo ficou conhecida
como Grfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
Quando usar
O grfico de Pareto usado sempre que for preciso ressaltar a importncia relativa
entre problemas ou condies, no sentido de:
Escolher ponto de partida para a soluo de problemas;
Avaliar o progresso de um processo;
Identificar a causa bsica de um problema.
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Gesto pela qualidade
Como fazer
1. Defina o objeto da anlise (por exemplo: ndice de rejeies).
Freqncia Classifica % %
Tipo de defeito Tabulao
do item o Individual Acumulada
Rebarba ///// / 06
Bolha / 01
Total 202
Freqncia Classifica % %
Tipo de defeito Tabulao do item o Individual Acumulada
Rebarba ///// / 06 8
Bolha / 01 9
Total 202 -
freqnca do item
% individual x 100
freqncia total
Exemplo:
No item alinhamento temos:
12
% individual = x 100 = 6%.
202
Freqncia Classifica % %
Tipo de defeito Tabulao
do item o Individual Acumulada
Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1 14%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2 07%
Bolha / 01 9 01%
Exemplo:
Para o item riscos, temos: 14% + 54% = 68%.
Freqncia do Classifica % %
Tipo de defeito Tabulao
item o Individual Acumulada
Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1 14% 68%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2 07% 85%
9. Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma viso mais clara da relao
entre as contribuies individuais de cada um dos fatores.
Exemplos de aplicao:
1. Comparando um processo antes e depois da implantao de uma melhoria
proposta.
Nmero
Defeitos
%
Defeitos
Custo
total
Definio
Estrutura que permite de dados ou informaes possibilitando a identificao das
possveis causas de um problema ou efeito.
Objetivo
Analisar criteriosamente e expor as relaes entre um determinado efeito (como por
exemplo a variao de uma caracterstica da qualidade) e suas causas potenciais.
Quando usar
Embora possa ser utilizado individualmente, a principal qualidade do diagrama de
Ishikawa sua capacidade de focalizar a discusso em grupo, estimulando a
participao de todos e aproveitando ao mximo o conhecimento de cada pessoa.
Permite, assim, a organizao das idias e sua visualizao agrupada, destacando os
grupos de possveis causas mais significativas.
Como fazer
1. Identifique e defina o problema ou efeito, tomando cuidado para que esteja
claramente entendido por todos.
3. Construa o diagrama.
Para a construo do diagrama sugere-se a seguinte seqncia:
Escreva o problema ou efeito definido no lado direito e desenhe uma longa
flecha apontada para ele.
4. Realize um Brainstorming.
Nesta fase identifica-se as causas provveis relacionadas aos grupos bsicos (5M).
Exemplo:
Diagrama de disperso
Diagrama de disperso
Tipos de correlao
b) Por outro lado, se ao aumentar-se o valor da varivel "X" e "Y" aumentar, mas
pouco, a correlao chamada de correlao positiva fraca. Ex: ao atingir uma
idade mais elevada, a experincia cresce, mas pouco;
c) Se ao variar o valor de "X" (aumentar por exemplo), o valor de "Y" varia ao acaso, o
resultado do cruzamento das informaes uma correlao nula.
1. Coletar uma amostra entre 50 e 100 pares de dados onde se queira verificar a
correlao.
7 1,60 82 32 1,79 65
8 1,67 69 33 2,03 110
9 1,74 94 34 1,84 78
10 1,62 72 35 1,71 79
11 1,75 81 36 1,90 94
12 1,61 64 37 1,75 70
13 1,82 137 38 1,85 89
14 1,90 115 39 1,82 92
15 1,72 77 40 1,60 76
16 1,79 72 41 1,56 80
17 1,74 84 42 1,63 92
18 1,72 76 43 1,96 96
19 1,80 98 44 1,93 108
20 1,67 67 45 1,79 79
21 1,80 88 46 1,87 91
22 1,78 76 47 1,68 80
23 1,86 91 48 1,76 90
24 1,51 74 49 1,60 59
25 1,92 104 50 1,90 94
2. Traar sistema de eixos cartesianos. Se no eixo "Y" a relao for do tipo causa X
efeito, lanar as "causas" no eixo "X" e os "efeitos" "Y" e estabelecer escalas de
valores para os dois eixos.
2. Identificar os quatro setores definidos, numerando-os com l, ll, lll e lV, no sentido
anti-horrio, a partir do quadrante superior direto.
Setor Pontos
l 19
ll 5
lll 17
lV 6
Na linha 3
Total 50
n de pontos n de pontos
N limites N limites
para l + lll e ll + lV para l + lll e ll + lV
20 5 42 14
21 5 44 15
22 5 46 15
23 6 48 16
24 6 50 17
25 7 52 18
26 7 54 19
27 7 56 20
28 8 58 21
29 8 60 21
30 9 62 22
32 9 64 23
34 10 66 24
36 11 68 25
38 12 70 26
40 13
6. Interpretar os resultados:
a) Se o n de pontos em ll e lV for maior que o n de pontos limites, no existe
correlao;
b) Se e n de pontos em ll e lV for menor que o n de pontos limites, existe
correlao. Neste caso, a soma de ll e lV menor do que o n de pontos 11< 16.
Assim, pode se concluir que existe correlao e est positiva.
Neste caso, a soma de II e IV menor que o nmero de pontos limites, pois 11 < 16.
Assim, pode-se concluir que existe correlao e esta positiva.
Histograma
Definio
um grfico de colunas que representa a forma como se distribui um conjunto
numrico obtido numa coleta.
Objetivo
Os principais objetivos da utilizao do histograma so:
Apresentar o padro de variao do processo;
Possibilitar a visualizao do comportamento do processo;
Comparar os resultados com as especificaes ou padres;
Decidir sobre onde devem ser concentrados esforos para a melhoria.
Quando usar
Os histogramas so usados quando se deseja representar os dados coletados de
forma clara e precisa. Dentre as muitas aplicaes que possui, podemos citar:
Pesquisas sociais
Distribuio da renda da populao, evidenciando a situao da maioria das
pessoas;
Distribuio da idade da populao do pas, para direcionar decises polticas;
Determinao do padro de estatura dos habitantes de uma determinada regio do
pas.
Controle da qualidade
Determinao do nmero de produtos no-conformes produzidos por dia;
Determinao da disperso dos valores de dureza medida em peas de ao;
Controle da variao do volume final de leo lubrificante, no processo de
enchimento;
Indicao da necessidade de ao corretiva.
Como fazer
Os passos a seguir so apenas uma diretriz e no regras rgidas a serem seguidas na
construo de um histograma.
Observao
Para que o histograma represente com preciso o comportamento do processo, o
nmero de dados coletados deve ser maior ou igual a 30 (n 30).
No exemplo:
O maior valor (Xmx.) = 36,8 mm;
O menor valor (Xmn.) = 33,0 mm.
R = Xmx. - Xmn.
No exemplo:
R = 36,8 - 33,0
R = 3,8 mm.
No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo, que define o
nmero de classes (K) em funo do nmero total de elementos (n) da amostra.
No exemplo:
3,8
R = 3,8 mm ento: h = h = 0,38mm , adotar h = 0,4mm.
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Observao
O tamanho das classes (h) deve ter a mesma preciso dos dados coletados, ou
seja, o mesmo nmero de casas decimais.
Uma das formas de determinar os limites das classes iniciar pelo menor valor da
amostra (Xmn.) como limite inferior da primeira classe. A este, soma-se o
tamanho da classe (h), de forma que teremos o limite superior da primeira classe,
que tambm ser o limite inferior da segunda classe.
No exemplo:
1a classe:
Limite inferior = 33,0 mm;
Limite superior = limite inferior + h;
Limite superior = 33,0 + 0,4 => limite superior = 33,4 mm.
2a classe:
Limite inferior = limite superior da 1 classe (33,4 mm);
Limite superior = limite inferior + h;
Limite superior = 33,4 + 0,4 => limite superior = 33,8 mm.
Tabela de freqncia
Classes Limites das classes Tabulao Freqncia
01 33,0 33,4 ///// ///// / 11
02 33,4 33,8 ///// ///// /// 13
03 33,8 34,2 ///// ///// ///// 15
04 34,2 34,6 ///// ///// ///// /// 18
05 34,6 35,0 ///// ///// ///// 15
06 35,0 35,4 ///// ///// 10
07 35,4 35,8 ///// /// 08
08 35,8 36,2 ///// / 06
09 36,2 36,6 /// 03
10 36,6 37,0 / 01
Total 100
Simbologia
Intervalo
Fechado Aberto
8. Desenhe o histograma.
Tipos de histograma
c. Tipo assimtrico.
direita esquerda
d. Tipo abrupto.
esquerda direita
Esta uma forma que ocorre freqentemente quando feita uma inspeo separadora
100% por causa da baixa capacidade do processo, e tambm quando a assimetria
positiva ou negativa se torna ainda mais extrema.
e. Tipo achatado.
Esta forma ocorre com a mistura de vrias distribuies que tm diferentes mdias.
Esta forma ocorre quando duas distribuies, com mdias muito diferentes, so
misturadas.
Esta uma forma que surge quando h uma pequena incluso de dados provenientes
de uma distribuio diferente, como nos casos de anormalidade de processo, erro de
medio ou incluso de dados de um processo diferente.