Fisica Dos Raios X
Fisica Dos Raios X
Fisica Dos Raios X
Os raios X so sempre radiaes de que todos falam, mas que nem todos conhecem ou
seja, conhecem-nos sem os conhecerem. A radiao electromagntica ionizante do tipo
X ou simplesmente o Raio X, no foi inventada, ela foi descoberta. A referida
descoberta se deu durante realizao de observaes e levantamento de dados para uma
pesquisa que no tinha como objectivo a deteco de outro tipo de radiao.
No presente trabalho usamos como base, aprofundar o conhecimento sobre esses Raios
X e descobrir as funes, como so produzidos, sua aplicao em diversas reas, e
tambm falar das consequncias do uso dos Raios X para o corpo humano.
1. Raios X
1.1. Breve Histrico Dos Raios X
A radiao electromagntica ionizante do tipo X (os Raios X) no foi inventada, ela
foi descoberta. A referida descoberta se deu durante realizao de observaes e
levantamento de dados para uma pesquisa que no tinha como objectivo a deteco de
outro tipo de radiao. Por este fato muitos autores consideram que os Raios X foram
descobertos de forma acidental. Durante as dcadas de 1870 e 1880, os laboratrios de
Fsica de diversas universidades investigavam os fenmenos relacionados com os raios
catdicos, ou electres, atravs de grandes tubos de vidros, conhecidos como Tubos de
Crookes, onde eram confeccionados com a produo de um vcuo parcial em seu
interior.
William Crookes foi um ingls de origem bastante humilde, o qual ficou conhecido por
todos como um gnio. O tubo que leva seu nome considerado o antepassado das
lmpadas fluorescentes e dos atuais tubos de non.
Em 8 de Novembro de 1895, Wilhelm Conrad Rentgen se encontrava trabalhando em
seu laboratrio na Universidade de Wrzburg, na Alemanha. Ele optou em escurecer seu
laboratrio e tapar o tubo de Crookes com algum tipo de papel cartolina preta, com o
objectivo de visualizar melhor os efeitos dos raios catdicos no tubo. Uma placa
fluorescente (placa coberta com platinocianeto de brio) estava por acaso em sua
bancada de trabalho a vrios metros do tubo de Crookes. Com esta adaptao o tubo no
emitia nenhum raio de luz visvel devido ao papel que o cercava, porm Rntgen notou
a fluorescncia do platinocianeto de brio, apesar da distncia que o separava do tubo de
Crookes. Percebeu que a intensidade da fluorescncia aumentava medida que ele
aproximava a placa fluorescente do tubo. Rentgen comeou a investigar imediatamente
esta radiao desconhecida, colocando diversos materiais (madeira, alumnio, sua
mo, etc.) entre a placa fluorescente e o tubo. O termo radiao X foi utilizado de
maneira provisria, pois na matemtica quando no se sabe o valor normalmente utiliza-
se letra X.
Como Rentgen no sabia o que era (no conhecia aquela radiao) chamou de
Radiao X, temporariamente at identific-la.
E a energia dos Raios X ou fotes que constituem os Raios X dada pelas expresses:
h C
Eraios X =h f max Eraios X =
Ou min
Onde:
19
q- a carga do electro (q= 1,6 x 10 C );
U- a d.d.p. entre o ctodo e o nodo.
31
m- a massa do electro (m= 9,11 x 10 kg )
34
h- a constante de Planck (h= 6,62 x 10 js
f max
- a frequncia mxima dos raios X produzidos
min
- o comprimento de onda mnimo dos raios X produzidos.
A frequncia dos Raios X produzidos mxima, pois, apenas uma pequena parte
(menos de 0,05%) da energia cintica dos electres ou raios catdicos transformada
em energia dos raios X produzidos no tubo. O comprimento de onda mnimo pis este
inversamente proporcional sua frequncia.
Os electres que colidem com o nodo podem ir mais fundo no tomo, interagindo com
camadas orbitais mais internas. Se a energia transferida do valor da energia que
mantm os electres nestas camadas (energia de ligao), este ser arrancado da sua
camada orbital e esta ficar com um buraco vazio, uma vacncia.
Enquanto este electro arrancado ejectado podendo interagir com outros tomos, a
vacncia deixada preenchida por um electro de uma camada mais externa, liberando
energia neste processo em forma de raios X caracterstico.
O electro pode ser removido de qualquer uma das camadas orbitais, cada electro no
alvo tem uma energia de ligao que depende da camada em que reside, sendo os raios
X caractersticos produzidos com energias especficas, iguais s diferenas das energias
de ligao para as vrias transies possveis entre os electres das diversas camadas
orbitais (transies electrnicas). Os raios X caractersticos do tungstnio (geralmente o
material utilizado no nodo do tubo de raios X):
Na faixa de energia utilizada em diagnstico por imagem, a radiao caracterstica
prevalente a gerada pelo preenchimento de vacncias da camada K. As outras energias
produzidas por vacncias em outras camadas so muito baixas, e so quase inteiramente
atenuadas pela janela do tubo de raios X ou filtros adicionais
necessrio saber: Em tubos de Raios X cujo material do alvo (nodo) seja
tungstnio, s se observa o espectro continuo. Isso pode ser observado comparando dois
materiais no alvo sendo eles o tungstnio e o molibdnio.
A figura que se segue mostra o espectro de raios X do tungstnio e do molibdnio, com
a sobreposio dos raios caractersticos sobre o contnuo. Para o tungstnio s aparece o
espectro contnuo nas energias representadas. J para o molibdnio aparecem tanto
espectro contnuo como em picos de energia (espectro caractersticos).
Os espectros pticos encontram explicao da sua existncia nos nveis de energia. Por
isso com base nos nveis de energia do tomo de hidrognio pode construir-se o
espectro ptico. Para o hidrognio a energia do estado fundamental de -13,6 eV ou
18
-2,179x 10 J. A energia de todos os estados de energia do tomo de Hidrognio
pode ser calculado pela relao:
En=
13,6
=eV 2,179 x 1018
E n= =J
n2 ou n2
Onde:
Quanto mais baixo for o nvel energtico ocupado pelo electro, maior ser a
ligao deste ncleo e quanto mas alto for o nvel energtico ocupado pelo
electro, menor ser a ligao deste ncleo.
As transies que ocorrem para o nvel K (n=1) pertencem a uma srie chamada
srie de Lyman. Nestas transies, os elementos emitem radiao dentro da banda
da radiao ultravioleta.
Pelas leituras que fizemos pudemos concluir sobre o uso e perigo que os raios X so
um tipo de radiao de alta energia, com capacidade de penetrar em organismos vivos e
atravessar tecidos de menor densidade.
O raio X absorvido pelas partes mais densas do corpo, como os ossos e os dentes. Em
razo dessa caracterstica, o principal uso dos raios X em radiografias para diagnstico
mdico. Mas ele tambm usado industrialmente, para observar a estrutura interna de
objectos, procurando ver se h falhas em sua estrutura.
Essa capacidade de penetrar nos nossos tecidos faz dos raios X um perigo em potencial,
pois a exposio prolongada a eles pode levar formao de clulas cancergenas. Por
isso, pessoas que trabalham com radiografias usam aventais de chumbo (que no
permitem que essas radiaes atravessem) e se mantm longe no momento do disparo.
E tambm pudemos ver que seu funcionamento comea com o aquecimento da placa de
caties (carga negativa) e tambm com a alimentao do sistema com uma corrente
elctrica forte.
Com o aquecimento, a placa metlica de caties ser ainda mais propensa a libertar
uma corrente de electres. Essa corrente de electres ser libertada e acelerada por
bobinas internas do tubo. Essa corrente vai de encontro a outra placa metlica, dessa vez
com carga positiva, o nodo. A energia emitida so ondas electromagnticas,
denominadas Raio X.
Podemos afirmar que das aplicaes dos raios apenas conhecamos uma que era a
funo na medicina, mas agora podemos ver que o Raio X no tem apenas a funo de
detectar falhas no corpo humano, a rdio localizao uma aplicao cuja funo
detectar falhas em peas fundidas, fendas nos carris, verificao da qualidade das
costuras de soldagem, etc.
Bibliografia
Arruda, W.O. (1996). Wilhelm Conrad Rntgen: 100 anos da descoberta dos
raios X. Arq Neuropsiquiatr; 54 (3): 525-531.
https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s01.html
http://mediblog2.blogspot.com/2015/09/estructura-y-generacion-del-tubo-
de.html
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/raios-x.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABDTYAK/radiologia-raios-x
ndice Pg.
Introduo.....................................................................................1
1. Raios X.................................................................................2
1.1. Breve Histrico Dos Raios X........................................................2
1.2. Definio de Raio X...................................................................3
1.3. Produo dos Raios X................................................................3
1.4. Propriedades dos Raios X...........................................................4
1.5. Aplicaes dos Raios X...............................................................6
1.6. Consequncias no uso dos Raios X para o corpo humano......................6
2. Transformaes no tubo dos Raios X..............................................7
2.1. O Tubo de Raios X....................................................................7
2.2. Transformao de energia no tubo dos Raios X..................................7
3. Espectro dos Raios X.................................................................8
3.1. Espectro contnuo.....................................................................9
3.2. Espectro caracterstico.............................................................10
4. Nveis de energia do tomo de hidrognio.......................................11
Concluso....................................................................................14
Bibliografia..................................................................................15