Relatório Sustentabilidade Da EPAL - 2009

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 Relatório de Sustentabilidade   

2009
A Organização das Nações Unidas declarou 2010
o Ano Internacional da Biodiversidade, com o tema “A
biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida.”

A Biodiversidade é a variabilidade entre todos os


organismos vivos de todas as origens e de qualquer
natureza. A salvaguarda da Biodiversidade pressupõe a
preservação dos habitats e das condições de vida de cada
espécie.

Consciencializar e valorizar a necessidade de salvaguarda


da variedade de genes, espécies e ecossistemas será um
paradigma de desenvolvimento que a todos enriquecerá.

A preservação da Biodiversidade é uma preocupação


planetária que necessita de acção à escala local.

A escolha da Biodiversidade como tema deste relatório


pretende constituir uma acção de divulgação e
sensibilização para a riqueza, especificidade e valor da Vida
numa das áreas geográficas de que a EPAL depende para
poder prestar o serviço público de abastecimento de água –
Bacia Hidrográfica do Rio Tejo.
EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 1
4 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
6 1. Âmbito e Limites do Relatório

8 2. Mensagem do Presidente

3. A Epal
13 Missão, Visão e Valores
13 Infra-estruturas e actividades
16 Área de intervenção e mercado
17 Orgãos Sociais
18 Estrutura Orgânica
19 Responsabilidade, Desempenho e Remunerações

4. Sustentabilidade
25 Partes interessadas
40 Princípios e Instrumentos
42 Desafios e Resultados

47 5. Indicadores Económicos

55 6. Indicadores Ambientais

83 7. Indicadores Sociais

113 8. Índice remissivo para a GRI 3

121 9. Glossário

10. Anexos
127 Código de Ética e Conduta
132 Política da Qualidade e Ambiente
133 Política de Patrocínios
134 Plano de Gestão
de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas

142 11. Declaração de Avaliação Independente

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 5


Â
1.

mbito
Âmbito do relatório
Este relatório apresenta a informação relevante da gestão sustentável da EPAL, com-
preendendo as vertentes económica, ambiental e social das actividades desenvolvidas
para cumprimento da sua missão. Apesar da reestruturação orgânica verificada em
Maio de 2009, na sequência do projecto Visão EPAL II, não houve alterações que difi-
cultem a comparação com os desempenhos de períodos anteriores. Foram mantidos
os critérios e métodos utilizados no relatório anterior.

Período de reporte
O período de reporte do relatório desenvolve-se de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de
2009.

Princípios de reporte
O Relatório de Sustentabilidade da EPAL orienta-se pela “Global Report Initiatives”
(G3).

Destinatários
Os destinatários do Relatório de Sustentabilidade da EPAL são os Clientes, Trabalha-
dores, Fornecedores, Provedores de Capital, Autoridades e Entidades Oficiais, Asso-
ciações e Organismos, Sindicatos, Organizações Não Governamentais e a Comunidade.

PÁG. DE ABERTURA  Bando flamingos Phoenicopterus ruber


ÍNDICE  Lezíria inundada com montado - entardecer

6 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


e limites do relatório
Publicação do Relatório
A EPAL publica relatórios anuais de sustentabilidade desde 2005, com o objectivo de
partilhar as suas preocupações, metas e realizações nos domínios do desenvolvimento
sustentável das suas actividades de prestação do serviço público de abastecimento de
água, com todos quantos detenham elos de relação, interesse ou influência, activa e
passiva, com a empresa.

Auto-declaração
O nível de aplicação das directrizes GRI no Relatório de Sustentabilidade 2009 corres-
ponde a A+.

Verificação do relatório
Com o objectivo de reforçar a credibilidade dos dados e informações prestadas, o pre-
sente relatório foi verificado pela SGS ICS que, na sua qualidade de entidade idónea,
especialmente habilitada e independente, elaborou a respectiva Declaração de Avalia-
ção, disponível nas páginas 142 e 143.

Informações gerais
O Relatório de Sustentabilidade 2009 pode ser consultado no website da empresa
www.epal.pt.
Quaisquer dúvidas ou esclarecimentos sobre o relatório podem ser solicitados ao
Secretário-Geral da empresa, através do e-mail: ozenha@epal.pt.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 7


A
publicação anual do Relatório de Sustentabilidade da
EPAL, sujeito a avaliação independente, representa a
consagração de um dos pilares da gestão da empresa:
o compromisso com o Ambiente e a Responsabilidade
Social, assente nos objectivos da Sustentabilidade, quer
na vertente do uso dos recursos hídricos, quer na mi-
nimização dos impactes das actividades operacionais,
quer na relação solidária com a comunidade em que
nos inserimos.
Desde logo ao definir a gestão do ciclo urbano da água como Missão da empresa, com o
objectivo de garantir a eficiência da gestão dos recursos numa área de grande densidade
populacional como é a região de Lisboa: ganhar economias de escala, melhorar a capaci-
dade técnica, aumentar a capacidade financeira, promover a segmentação de usos de um
recurso escasso como é a Água, alcançar maior coesão social.
O paradigma de gestão de uma empresa de abastecimento de água tem vindo a transfor-
mar-se e o leque de responsabilidades a alargar-se: a análise de riscos tem demonstrado as
vulnerabilidades dos sistemas, quer numa análise estática, quer numa análise dinâmica.
Depois de apresentar às entidades competentes os estudos sobre os Perímetros de Pro-
tecção das Origens de Água, a EPAL finalizou o seu Plano de Segurança de Água que veio
a aprovar formalmente já em 2010: trata-se de uma abordagem sistémica de avaliação de
riscos ao longo de todo o processo, desde as origens até à torneira do Consumidor, se-
gundo metodologias internacionais, mas inovador no nosso país.
A importância estratégica da captação do Castelo do Bode levou a empresa a desenvolver
estudos de simulação hidráulica da bacia do Zêzere bem como a desenvolver, em con-
junto com o ICNB e várias ONG’s , um projecto de defesa da Biodiversidade através de
um Plano de Conservação das Ribeiras e Zonas Húmidas da bacia drenante adjacente à
Albufeira.
A consciência dos impactos das Alterações Climáticas na Qualidade e Disponibilidade
dos Recursos Hídricos a médio e longo prazo levou a empresa a estabelecer parcerias que
lhe permitam criar planos de adaptação e mitigação: integrando um consórcio europeu
designado por Projecto Prepared- Enabling Changes e desenvolvendo o Projecto Adapta-
clima com o SIM da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
À tensão crescente no binómio Abastecimento de Água vs Consumo de Energia a EPAL
respondeu com o desenvolvimento de um programa de Energias Renováveis tendo já pos-
to em funcionamento 12 sistemas de microgeração fotovoltaica, adjudicado trabalhos de
monitorização do vento em 2 recintos para a elaboração de estudos de viabilidade técnico-
económica e decidido lançar concursos para a instalação de 2 centrais mini-hídricas.

8 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Mas a gestão sustentável encontra-se também reflectida no índice de água não facturada
sendo que na rede de distribuição de Lisboa o valor de 13,5% constitui um nível de refe-
rência e representa um decréscimo de 43% em quatro anos.
Para ter sucesso no seu desenvolvimento operacional e estratégico é fundamental a
qualidade e motivação dos recursos humanos da empresa. A adequada gestão do conhe-
cimento alcança-se pelo equilíbrio geracional do quadro de efectivos, pela melhoria dos
níveis de qualificação, pela formação contínua, pela sensibilização para os novos desa-
fios, pela melhoria da comunicação interna.
A adesão à iniciativa Novas Oportunidades com o estabelecimento de um centro de for-
mação dedicada no recinto dos Olivais e o desenvolvimento de programas de formação
específicos para quadros superiores com a Universidade Católica Portuguesa são duas
iniciativas estruturantes de uma política de Recursos Humanos virada para a melhoria
contínua, o alinhamento estratégico e a sustentabilidade.
Só assim será possível assumir com clareza e objectividade uma nova visão da gestão
da empresa e das suas responsabilidades, já não só como responsável por garantir água
em qualidade e quantidade aos seus clientes, mas fundamentalmente como gestora de
um recurso natural cuja protecção, preservação, qualidade e uso eficiente são valores
internos que determinam as relações com Consumidores, com o Meio Ambiente e com o
Futuro Sustentável

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 9


10 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Rio Tejo em Mouchão da Fonte Boa - Galeria ripícola Benfica do Ribatejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 11


A
3.

EPAL
A EPAL, Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A. com sede na Av. da Liberdade, 24,
em Lisboa, é uma sociedade anónima de capitais públicos, fundada originariamente
em 1868 como CAL - Companhia das Águas de Lisboa e detida, desde 1993, a 100% pela
AdP-Águas de Portugal, SGPS.
O objecto social da EPAL é o abastecimento de água para consumo humano.
A Missão da EPAL é a prestação de serviços de água e a gestão sustentável do ciclo
urbano da água, ao longo da sua sequência de actividades e negócios.
A Visão da empresa é a seguinte:
yy Ser empresa de referência no sector da água em Portugal
yy Orientar-se pelas melhores práticas internacionais

As actividades e as realizações, os desafios e a convivência humana na EPAL forjaram


valores que, sentidos por todos, acabam por informar as posturas e práticas do dia-a-dia.

Dos Valores vividos e cultivados na empresa destacam-se:

yy A Qualidade, em função da qual se persegue a Inovação, a Modernidade e a Excelência


yy A Responsabilidade Social na prestação dos serviços públicos essenciais
yy A Sustentabilidade e os propósitos que lhe são inerentes de Eficiência na Gestão,
de Defesa e Protecção do Ambiente, de Respeito pela Pessoa Humana e de Envolvi-
mento da Comunidade
yy A Orientação para o Cliente, razão de ser da empresa
yy A Integridade e Transparência no modo de estar e nas relações com todas as partes
interessadas
yy A Competência e Rigor na tomada de decisões e nas acções, estabelecendo a confian-
ça como princípio de relação entre a EPAL e os diferentes públicos de relacionamento
yy O Respeito e a Prática da Legalidade
yy A Melhoria Contínua da Pessoa, do Saber, dos Processos, das Práticas da Empresa
e da Sociedade

Infra-estruturas e actividades

O Sistema de abastecimento de água da EPAL compreende um conjunto variado de


infra-estruturas, das quais se realça:

yy Captações
yy Estações Elevatórias
yy Estações de Tratamento
yy Adutores
yy Rede de Distribuição
yy Postos de Cloragem
yy Reservatórios

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 13


Entre os mais de 60 recintos de que dispõe, destacam-se os seguintes recintos opera-
cionais:
yy Asseiceira, no Município de Tomar
yy Vale da Pedra, no Cartaxo
yy Olhos de Água, em Alcanena
yy Vila Franca de Xira, em V.F. de Xira
yy Sede, Olivais, Barbadinhos e Arco, no Município de Lisboa
yy Amadora, na Amadora.

Captação

1 110 000 m3
Com uma capacidade diária de captação de

a EPAL dispõe das seguintes origens:

Albufeira do Cas- Rio Tejo, com uma Captações subter- Olhos d’Água do
telo do Bode, com capacidade de râneas, localizadas Alviela, em explo-
uma capacidade 220 000 m3/dia. na Lezíria, Valada, ração desde 1880 e
de captação diária OTA e Alenquer, com uma capacidade
de 625 000 m3 com uma capacida- de 55 000 m3/dia,
de global de passou a ter, em
210 000 m3 por dia. 2009, uma utili-
zação residual.

Tratamento

ETA da Asseiceira - Geograficamente localizada no concelho de Tomar, trata a


água captada na albufeira de Castelo do Bode.
ETA de Vale da Pedra - Localizada no município do Cartaxo, trata a água captada
no rio Tejo.
A EPAL dispõe, ainda, de um conjunto de outras instalações de tratamento, na sua
maioria postos de cloragem, localizadas junto às captações subterrâneas e nas redes
de adução e distribuição.

14 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Transporte

O sistema de adução e transporte de água compreende:

705 Km de adutores

31 Estações elevatórias

28 Reservatórios

132 Pontos de entrega


Principais adutores da empresa:

Castelo do Bode

Tejo

Alviela

Vila Franca de Xira/Telheiras

Circunvalação

Costa do Sol

Em exploração desde 1993, a EPAL dispõe, ainda, do sub-sistema do Médio Tejo para o
fornecimento de água a 10 Municípios e 2 Unidades Militares daquela região.

Distribuição

Responsável pela distribuição de água à cidade de Lisboa, a EPAL dispõe de um con-


junto de infra-estruturas para esse efeito:

1 429 Km de condutas

10 Estações elevatórias

13 Reservatórios

83 250 Ramais de ligação.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 15


Área de intervenção e mercado

A área de intervenção da EPAL é a seguinte:

Concelhos abastecidos
pela EPAL
Q Lisboa } Entroncamento
W Oeiras q Alcanena
E Cascais w Porto de Mós
R Sintra e Torres Novas
T Amadora r V. N. Barquinha
Y Odivelas t Constância o
U Mafra y Tomar
I Loures u Ourém
O V. F. Xira i Batalha
u
P Cartaxo o Leiria
{ Santarém i

w
e
q r
}
{

P t
O }
{

U
I
Y

P
E R
T

W
Q
U
O Concelhos abastecidos
I pela Águas do Oeste
R
Q Arruda dos Vinhos U Bombarral
Y
W Sobral de Mte Agraço I Lourinhã
T
Q E Torres Vedras O Peniche
E R Alenquer P Óbidos
W
T Azambuja { Caldas da Rainha
Y Cadaval } Rio Maior

A EPAL abastece directa e indirectamente cerca de 2,9 milhões de consumidores.

16 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Órgãos sociais

Os órgãos sociais previstos nos estatutos da EPAL são a Assembleia-geral, o Conselho


de Administração, o Fiscal Único e o Conselho Consultivo para o Desenvolvimento
Sustentável.

Assembleia-geral

A Assembleia-geral reúne em sessão ordinária pelo menos uma vez por ano e estão-lhe
conferidas, entre outras, as seguintes atribuições:
yy Apreciar e votar o relatório e contas apresentado pelo Conselho de Administração;
yy Eleger a mesa da assembleia-geral, os administradores, o fiscal único e o conselho
consultivo para o desenvolvimento sustentável;
yy Deliberar sobre quaisquer alterações dos estatutos e aumentos de capital;
yy Deliberar sobre as remunerações dos membros dos corpos sociais.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração da EPAL reúne semanalmente e tem, entre outras, as


seguintes competências:
yy Aprovar os objectivos e as políticas de gestão da empresa;
yy Aprovar os planos de actividade financeiros anuais, bem como as alterações que se
revelem necessárias;
yy Gerir os negócios sociais e praticar todos os actos e operações relativos ao objecto
social que não caibam na competência atribuída a outros órgãos da sociedade;
yy Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade e as normas de fun-
cionamento interno, designadamente sobre pessoal e sua remuneração;
yy Constituir sociedades e subscrever, adquirir, onerar e alienar participações sociais;
yy Adquirir, vender ou por qualquer forma alienar ou onerar direitos ou bens imóveis.

Fiscal Único

Ao fiscal único e revisor oficial de contas compete a fiscalização da sociedade.

Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Sustentável

Em geral reúne-se uma vez por ano e tem a seguinte incumbência:


yy D
 ar pareceres e formular recomendações acerca da sustentabilidade das actividades
da empresa e nomeadamente sobre o impacte ambiental de novos grandes empre-
endimentos ligados ao ciclo da água, tendo especialmente em atenção as normas de
qualidade da água e segurança dos adutores.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 17


Estrutura orgânica

O desenvolvimento, em 2009, do projecto Visão EPAL II, orientado para a definição


de uma nova estrutura orgânica capaz de responder a desafios de aumento da criação
de valor, de expansão da actividade e da prestação de serviços de excelência, veio a
traduzir-se na criação dos seguintes órgãos e serviços:

DOP
B DI
LA R


PCG

LOG

SG

JU

DRC
R


CA

DSI

DS

DGO
O


D
U

GIC

H DG
DR A

DAF

CA – Conselho de Administração | SG – Secretário-Geral | PCG – Gabinete de Planeamento


e Controlo de Gestão | JUR Gabinete Jurídico | DSO – Gabinete de Desenvolvimento
Organizacional | GIC – Gabinete de Imagem e Comunicação | AUD – Gabinete de Auditoria
Interna | DPO – Direcção de Operações | DIR – Direcção de Infra-estruturas de Rede DRC –
Direcção de Relação com Clientes | DGO – Direcção de Gestão de Obras | DGA – Direcção
de Gestão de Activos | DAF – Direcção Financeira | DRH – Direcção de Recursos Humanos |
DSI – Direcção de Sistemas de Informação | LOG – Direcção de Logística | LAB – Direcção de
Laboratório Central

Na directa dependência do Conselho de Administração funciona, ainda, o Museu da


Água, que congrega quatro núcleos, o Aqueduto das Águas Livres, a Mãe d’Água das
Amoreiras, o Reservatório da Patriarcal e a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos.

18 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Responsabilidade, desempenho e remunerações
Responsabilidade

A Águas de Portugal, SGPS, SA, detém 100% do capital social da EPAL. Esta condi-
ção permite à AdP fazer recomendações e estabelecer orientações, quer através da
assembleia-geral, reunida ordinária ou extraordinariamente, quer através de reuniões
pontuais e comunicações de diferentes naturezas.
O Conselho de Administração da EPAL é composto por 5 membros, todos executivos.
Cada um dos elementos do CA é responsável pelos seguintes pelouros:

Presidente – João Manuel Lopes Fidalgo


vv Representação da Empresa
vv Coordenação de Pelouros
vv SG – Secretário-Geral
vv DSO – Gabinete de Desenvolvimento Organizacional
vv PCG – Gabinete de Planeamento e Controlo de Gestão
vv GIC – Gabinete de Imagem e Comunicação
vv AUD – Gabinete de Auditoria Interna
vv DGA – Direcção de Gestão de Activos
vv LAB – Direcção Laboratório Central
vv Arquivo Histórico
Vogal – Jorge Luís Ferrão de Mascarenhas Loureiro
vv DRH – Direcção de Recursos Humanos
vv JUR – Gabinete Jurídico
vv MDA – Museu da Água
vv Jornal “Águas Livres”
vv Órgãos Representativos dos Trabalhadores
Vogal – José Alfredo Manita Vaz
vv DRC – Direcção de Relação com Clientes
vv DAF – Direcção Financeira
vv DSI – Direcção de Sistemas de Informação
Vogal – António Bento Franco
vv DOP – Direcção de Operações
vv DIR – Direcção de Infra-estruturas de Rede
Vogal – Rui Manuel de Carvalho Godinho
vv DGO – Direcção de Gestão de Obras
vv LOG – Direcção de Logística

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 19


Os responsáveis hierárquicos da empresa são nomeados em comissão de serviço pelo
CA e são detentores de contratos individuais de trabalho, que definem as remunera-
ções, o exercício de funções em regime de dedicação exclusiva, as condições de cessa-
ção da comissão de serviço, e o local de trabalho entre outros.
Cada responsável tem um conjunto de atribuições e responsabilidades formalizadas
por ordem de serviço, coerentes com o manual de organização decorrente do processo
de reestruturação realizado em 2009.
A totalidade dos trabalhadores da empresa tem definidas as funções afectas à sua
categoria profissional no instrumento de regulamentação colectiva em vigor – Acordo
de Empresa.

Desempenho

Os membros do Conselho de Administração têm os seus objectivos empresariais anu-


ais definidos nos respectivos contratos de gestão formalizados com o accionista, nos
quais está considerado um sistema de compensação variável.
Os Quadros que desempenham cargos com responsabilidade hierárquica e funcional
têm um sistema de avaliação de desempenho centrado na gestão por objectivos e na
avaliação de competências estabelecidas para os responsáveis hierárquicos da EPAL. O

20 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


sistema pondera os resultados anuais da empresa, a execução orçamental da respecti-
va área, o grau de cumprimento dos objectivos definidos, os investimentos realizados
e factores como a liderança, a responsabilidade, a eficácia de gestão e a decisão.
Os demais trabalhadores estão inseridos num sistema de avaliação que assenta essen-
cialmente em factores de natureza comportamental relacionados com as competências
específicas do grupo profissional onde se inserem, tais como, o relacionamento, a inicia-
tiva, a produtividade, o rigor, o cumprimento de prazos, o trabalho sem supervisão, etc.

Remunerações

As remunerações dos membros do conselho de administração são fixadas por uma


comissão de vencimentos eleita em assembleia-geral.
Relativamente aos trabalhadores da empresa, as remunerações ou são determinadas
nos respectivos contratos individuais, para os detentores de comissões de serviço, ou
resultantes das tabelas em vigor constantes do Acordo de Empresa para as diferentes
categorias profissionais.
Existem, ainda, remunerações de compensação variável de acordo com os resultados
individuais obtidos no sistema de avaliação do desempenho, tanto pelos responsáveis
hierárquicos e funcionais, como pelos restantes trabalhadores..

Rio Tejo em Escaroupim - Salvaterra de Magos

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 21


22 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Fuselo (Limosa lapponica) - um visitante de Inverno muito abundante no Estuário do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 23


S
4.
usten
tabili
dade

24 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Partes Interessadas
Critério de Identificação

O conceito chave para a identificação das partes interessadas da EPAL é a Relação. A


existência e as actividades da empresa geram relações de diversas naturezas com outras
entidades, desde relações de dependência, a relações de envolvimento e de influência.

Autoridades e
Clientes Administração
Pública

Estabelecimentos
Trabalhadores de ensino e de
investigação

Fornecedores Associações e
ONGs

Provedores de Comunicação
Capital Comunidade Social

Meios de envolvimento

A EPAL está atenta e procura corresponder às expectativas, interesses e opiniões váli-


das das suas Partes Interessadas, dispondo de vários meios orientados para esse efeito.
Provedores Capital

Admin. Pública
Estab. Ensino e
Trabalhadores

Autoridades e

Comunicação
Associações e
Fornecedores

Comunidade
Investigação
Clientes

ONG’s

Social

MEIOS

Internet/Intranet         
Locais de Atendimento  
Contact Centre   
Gestão de Reclamações      
Fóruns/Comités/Grupos de Trabalho       
Campanhas       
Inquéritos  
Reuniões         
Jornal Águas Livres     
Newsletter  
Correspondência         
Órgãos de Comunicação Social         

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 25


Internet
Site: epal.pt
Nele se contém a apresentação da empresa, dados sobre o controlo trimestral da qualidade
da água, a política de gestão da qualidade, uma área destinada aos clientes onde podem
celebrar contrato, consultar a facturação, solicitar serviços de assistência, colocar dúvidas
e pedidos de esclarecimento, um simulador de consumos orientado para o consumo racio-
nal da água, uma área destinada a novos abastecimentos, uma área onde se podem encon-
trar as publicações editadas, desde os relatórios e contas aos relatórios de sustentabilidade,
passando pelos relatórios anuais da qualidade da água e o jornal Águas Livres, entre outras.
Site: museudaagua.epal.pt
Informações relativas aos 4 núcleos do museu, programa das iniciativas culturais,
página relativa ao serviço pedagógico Águas Livres.

Intranet
Disponível em toda a rede informática da empresa. Contém informações relevantes
para os trabalhadores, um portal de inovação e conhecimento, clipping, diversos ma-
nuais e várias aplicações relevantes.

Locais de Atendimento
Duas lojas no edifício Sede e uma na Loja do Cidadão, com um horário de funciona-
mento compreendido, para a Sede, entre as 08.30 e as 19.30 todos os dias úteis, e ainda
das 09.30 às 15.30 ao Sábado na Loja do Cidadão.

Contact Center
Atendimento personalizado 24 horas por dia, todos os dias da semana, com 14 postos
de atendimento com acesso em tempo real aos dados dos clientes.
Integra a gestão das Linhas Verdes de Atendimento a Clientes: Faltas de Água, Comuni-
cação de Leituras, Comunicação de Roturas na Via Pública e Adesão à e-Conta da Água.

26 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Gestão de reclamações
É efectuada por uma equipa especializada que centraliza a recepção, o tratamento e a res-
posta a reclamações escritas, tendo como objectivo a análise dos processos escritos e a res-
posta no prazo de 15 dias. Está enquadrada no Sistema de Gestão da Qualidade, certificado
de acordo com a NP EN ISO 9001:2008, e está suportado no sistema de gestão comercial que
garante a sua rastreabilidade. A metodologia utilizada inclui ainda um inquérito à satisfa-
ção do cliente reclamante e a implementação de acções correctivas sempre que necessário.

Fóruns, comités e grupos de trabalho


Constituem meios recorrente e diversificadamente usados para o envolvimento de
várias das partes interessadas. A criação de grupos de trabalho para o desenvolvimen-
to de projectos e tarefas em diferentes áreas e assuntos, a constituição de comités para
o acompanhamento de projectos e de consultores externos e a existência do Fórum de
Entidades Representativas da População e Actividades de Lisboa, constituído por re-
presentantes do Poder Local, de associações representativas de actividades de comér-
cio e de serviços da cidade de Lisboa, bem como de associações de defesa de consumi-
dores e de Organizações Não Governamentais da área do Ambiente.

Campanhas
Promovidas continuamente com o objectivo de promover serviços cómodos à dis-
posição do Cliente, divulgar procedimentos de actuação da empresa ou informação
generalista do interesse do cliente (ex. Tarifário), utilizando como meios as Lojas
EPAL, o Site EPAL, as mensagens na factura, folhetos e brochuras informativas, e a
e-newsletter destinada aos clientes com endereço de e-mail registado.

Inquéritos
Promovidos de dois em anos com o objectivo de avaliar a satisfação do cliente face ao
produto e ao serviço prestado.
Participação em estudos de satisfação promovidos pelo sector com o objectivo de
recolher indicadores de desempenho que permitam a comparação no sector da água e
noutros sectores, a nível nacional e internacional.

Reuniões
Regularmente organizadas, ora entre os diferentes órgãos sociais, ora entre o Conse-
lho de Administração e os responsáveis do primeiro nível de reporte, ou entre este e a
totalidade dos responsáveis hierárquicos e funcionais, promovidas inter e intra direc-
ções, envolvendo os diferentes níveis profissionais, as reuniões são na empresa uma
prática regular de trabalho, de partilha de informação e de envolvimento.

Jornal Águas Livres


Publicação mensal com direcção, redacção e corpo de correspon-
dentes constituídos por trabalhadores da empresa. Pela diver-
sidade de conteúdos, pela actualidade da informação veiculada,
pela colaboração de todas as áreas da EPAL, o Águas Livres cons-
titui, no conjunto das suas edições, um repositório da realidade
da empresa, das suas realizações e projectos, da sua história de
sucessos, dificuldades e preocupações, um instrumento privile-
giado de comunicação, de formação e de partilha.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 27


e-newsletter
Destinada aos clientes com endereço de e-mail registado na base de dados através da
qual é efectuada a divulgação de serviços cómodos, de procedimentos de actuação, de
informação do interesse do cliente e de convites para participar nas actividades da
empresa (ex. Maratona Fotográfica)

Correspondência
A carta escrita, enviada, recebida e respondida, continua a ser um instrumento exce-
lente de comunicação e relacionamento. A empresa mantém correspondência com
todas as suas partes interessadas.

Órgãos de Comunicação Social


Constituem meios de auscultação, de envolvimento e de comunicação com partes in-
teressadas. A atenção dispensada às notícias, comentários e artigos publicados, direc-
ta ou indirectamente relacionados com as actividades da EPAL, a disponibilidade para
responder, informar e colaborar com jornais e revistas sempre que por eles solicitada,
o recurso sistemático à publicação paga de comunicados e informações relevantes aos
clientes e à comunidade servida em situações justificadas.

Clientes
Clientes Municipais

20
A EPAL abastece directamente

municípios
Alcanena Amadora Batalha Cartaxo

Cascais Constância Entronca- Leiria


mento

Loures Mafra Odivelas Oeiras

Ourém Porto de Santarém Sintra


Mós

Tomar Torres V. Franca V. Nova da


Novas de Xira Barqui-
nha

28 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Cliente Multimunicipal

A Águas do Oeste abastece 14 municípios, dos quais 12 com água da EPAL.

Alenquer Bombarral Peniche Arruda dos Vinhos


Azambuja Cadaval Óbidos Sobral de Mte Agraço
Torres Vedras Lourinhã Rio Maior Caldas da Rainha

Clientes Directos

A distribuição directa processa-se no Município de Lisboa a

348.050 Clientes
Os clientes directos compreendem:
Habitação, Comércio e Indústria, Estado e Câmara Municipal de Lisboa, Embaixadas,
Instituições Privadas de Direito Público e Unidades Militares.

Clientes de serviços

Para além do abastecimento de água, a empresa presta serviços complementares e


correlacionados com a sua actividade principal, nomeadamente nos domínios da
comercialização do AQUAmatrix (sistema integrado de gestão de clientes), de repa-
ração, verificação metrológica e calibração de contadores, de análises laboratoriais de
controlo da qualidade da água e de aprovação de projectos e traçados de redes privati-
vas de abastecimento, mantendo relações comerciais com numerosas entidades.
Os Clientes da EPAL ocupam, no conjunto de partes interessadas, um lugar privilegia-
do. Eles são os destinatários naturais das actividades e dos investimentos da empresa.
No âmbito dos Clientes Municipais, Multimunicipais e Concessionárias, a EPAL
mantém contactos frequentes ao longo do ano, com o objectivo de garantir as condi-
ções da melhor prestação de serviço, analisar e resolver eventuais problemas e dificul-
dades, colaborar na obtenção de soluções e melhorias no relacionamento entre partes.
Em 2009, destacam-se:
yy Realização de reuniões frequentes entre as áreas operacionais da EPAL e dos muni-
cípios abastecidos pela empresa para reflexão e troca de experiências sobre proble-
mas concretos da actividade.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 29


yyO estudo de alternativas de abastecimento ao Município de Alcanena pelo Aque-
duto do Alviela, que se encontra fortemente condicionado pelas dificuldades de
controlo e garantia da qualidade da água captada na nascente dos Olhos d’Água.
yyA renegociação entre a EPAL e o Município de Mafra dos consumos mínimos con-
tratualizados.
yy Realização de reuniões com o Município de Vila Franca de Xira, no âmbito da cons-
trução do novo hospital, a qual implica um desvio do Adutor de Circunvalação, e a
propósito da necessidade de reabilitação do Adutor Vila Franca de Xira - Telheiras.
yy Reparação de uma rotura no Adutor da Costa do Sol, no Município de Cascais, no
lugar do Alto dos Gaios.
yyColaboração com os SMAS de Oeiras/Amadora na reparação de rotura.
No que respeita aos Clientes Directos da cidade de Lisboa, merecem destaque, em
2009:
yyA simplificação de procedimentos da gestão contratual e a aposta nos meios de
atendimento informáticos - e-mail e Site EPAL – cujo volume de atendimento cres-
ceu 50,2% face ao ano anterior.
yy No âmbito da Assistência Local, a uniformização da redução do período de marca-
ção de serviços domiciliários, de 4 para 2 horas, permitindo uniformizar o calendário
de marcações e obter ganhos de satisfação por parte do Cliente.
yyA realização de campanhas informativas para a promoção do Débito Directo, do
Site EPAL e do EPALnet, para a comunicação de leituras e para a promoção da e-
conta da água e do uso eficiente da água.
A promoção da e-conta, foi implementada em 3 fases com o tema “e-Conta da Água.
Amiga do Ambiente!”, suportada em meios inovadores com resultados surpreendentes.
A 1ª fase centrou-se no telemarketing e na inserção de publicidade no Google, a 2ª
contou com um insert na Conta da Água e uma acção de promoção nas Amoreiras e a
3ª focou-se nos meios digitais, mediante convites via e-mail.
Para tentar cativar o maior número de aderentes, a EPAL lançou um concurso, tendo
sido sorteados 35 computadores Magalhães, entregues aos vencedores numa exposi-
ção na Mãe d’Água dedicada ao tema da Biodiversidade.

Terminada a campanha, e a confirmar o sucesso de todas as fases, o retorno foi muito


compensador tendo aderido mais de 12 100 clientes. Em Junho, o total de aderentes
representava já 5,6% dos clientes da EPAL.
Quanto ao tema do Uso Eficiente da Água, foi lançada em Novembro a Campanha
“Eco-gestos. Por si e pelo Ambiente!”, destinada a sensibilizar os Clientes para a impor-
tância de se usar bem a água no quotidiano.
Esta campanha foi bastante oportuna no actual contexto, pois todas as medidas que
possam contribuir para, pela redução do desperdício, se poupar no orçamento fami-
liar ganham a maior relevância. Com efeito, com pequenos gestos, é possível reduzir
milhares de litros de água desperdiçados por ano.
Foram implementadas, em 2009, novas metodologias de auscultação de clientes,
com a adesão ao ECSI – Estudo Nacional de Satisfação de Clientes, em que a empresa
obteve o primeiro lugar relativamente às outras entidades abastecedoras de água que

30 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


participaram no estudo, e com a criação do Barómetro da Qualidade da Água, no qual
se apuraram resultados bastante interessantes para a empresa.

Gestão de reclamações 2009 – Clientes Directos

Em 2009 foram apresentadas 7 885 reclamações, tendo-se verificado uma redução 6%


relativamente a 2008 (8 392 reclamações).
À semelhança do ano anterior, destacam-se as categorias relacionadas com abasteci-
mento, que representa 43,5% do total, facturação (21,3%) e serviços (17,9%).
Do total das reclamações analisadas em back office, 83,9% foram resolvidas no prazo
(15 dias), 72,9% foram consideradas deferidas e 27,1% foram indeferidas.
A diminuição das reclamações ficou a dever-se ao facto de, no ano anterior, se ter re-
gistado um elevado número devido à implementação da factura mensal.
Relativamente às reclamações escritas, a capacidade de resposta no prazo (15 dias) foi
de 84,2%, ligeiramente abaixo ao valor obtido em 2008 (84,8%). Os processos resol-
vidos fora do prazo representaram 15,8%, estando essencialmente relacionados com
facturação, reposição de pavimento/fachada, execução de obras e pressão.
Nos questionários lançados para apurar a satisfação dos clientes após resolução da
reclamação apresentada, 67,6% manifestou-se satisfeito com a resposta da empresa, o
que representa uma melhoria em relação ao ano anterior.

2007 2008 2009


Total de Reclamações Recebidas
Abastecimento 3143 44,4% 3481 41,5% 3429 43,5%
Atendimento 56 0,8% 63 0,8% 39 0,5%
Incumprimento de Prazos 618 8,7% 780 9,3% 951 12,1%
Serviços 1583 22,3% 1553 18,5% 1409 17,9%
Facturação (ACs externas) 1277 18,0% 1414 16,8% 1683 21,3%
Danos 13 0,2% 15 0,2% 24 0,3%
Diversas 394 5,6% 1086 12,9% 350 4,4%
Total 7084 100% 8392 100% 7885 100%

Para além das reclamações, em 2009, foram registadas 7 055 queixas por interrupções
no abastecimento, menos 1427 que no ano anterior, facto que tem relação com a redu-
ção das obras de renovação da rede de distribuição.
De salientar, todavia, que a EPAL mantém, para os clientes directos de Lisboa, a prática
de efectuar avisos atempados das faltas de água quando de suspensões programadas.
Nestas situações, a empresa recorre ao contacto telefónico com os clientes muito
sensíveis, com 48 h de antecedência (hospitais, hotéis, Assembleia da República, entre
outros), e à colocação de avisos porta-a-porta para a generalidade dos clientes, com 24h
de antecedência.
Quanto aos clientes municipais, são contactados directamente pelos responsáveis
técnicos com uma antecedência nunca inferior a 48 h, sendo as grandes intervenções
programadas mensalmente ou com maior antecedência quando se justifique.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 31


Merecem também relevo as medidas implementadas no âmbito dos Clientes Profis-
sionais de Serviços (projectistas) em 2009:
yyImplementação da Ficha de Abastecimento, simplificando os mecanismos de
regularização de obras de escassa relevância urbanística, e sua disponibilização no
AQUAMATRIX e no Site EPAL, onde pode ser preenchida directamente;
yy Reuniões com o consultor jurídico de Novos Abastecimentos, com vista à definição
de procedimentos no âmbito da nova legislação para licenciamentos e responsabili-
dades técnicas dos projectistas e responsáveis de obra;
yy Realização de uma Acção de Informação a Instaladores;
yyActualização do Site e do EPALnet-Profissionais, permitindo o acompanhamento
on-line dos desenvolvimentos dos processos de abastecimento, bem como a visua-
lização dos pareceres de resultados de vistoria;
yyAcompanhamento dos prestadores de serviço de análise e vistoria de processos de
abastecimento, através da monitorização e controlo da actividade técnica;

Trabalhadores

A gestão das pessoas que trabalham na empresa procura, sistematicamente, assegurar


boas condições de trabalho e de realização e valorização profissional, remunerações
atempadas e justas, motivação e reconhecimento.
Das acções desenvolvidas ao longo do ano, destacam-se:
yyEvolução da carreira de 31 Trabalhadores, na sequência do estabelecido no Anexo
III (ponto 2.2) do Acordo de Empresa, atendendo à sua classificação na avaliação do
desempenho profissional.
yy Realização de acções de formação que envolveram 490 trabalhadores, com um
custo total de 346 mil euros, merecendo especial realce o apoio intenso ao desenvol-
vimento da aprendizagem da língua inglesa e um outdoor orientado para os valores
constantes do Código de Ética e Conduta da EPAL.
yyAprovação do “Regulamento de comparticipação de custos de inscrição e frequên-
cia em cursos de Pós-Graduação e Mestrados”, tendo sido subsidiadas pela EPAL
neste ano, 7 Pós-Graduações e 1 Mestrado. (ver LA11)
yy Projecto Novas Oportunidades (ver LA11) e criação de centro de formação do pro-
jecto no recinto dos Olivais.
yyAssinatura da Revisão do Acordo de Empresa relativa ao ano 2009.
yyActualização dos complementos de reforma.
yy Celebração de protocolo com o Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP),
com vista à realização de um programa de tratamento do uso e dependência do
tabaco, destinado aos trabalhadores da EPAL.
yyActualização das convenções com clínicas de estomatologia para os centros regio-
nais da Asseiceira e de Vale da Pedra.
yy Realização de encontros e reuniões para apresentação do projecto de reestrutura-
ção orgânica da empresa “Visão EPAL 2”, do código de ética e de conduta, de temas
diversos, tais como segurança nos sistemas de abastecimento de água, informação
de gestão e gestão ambiental.

32 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


yyAquisição de cadeira de estomatologia para os serviços médicos da Sede da EPAL,
no montante de cerca de 19 500 euros.
yyInstituição de um prémio de mérito tendo em conta a avaliação de desempenho, o
enquadramento profissional e o absentismo.
yyCriação de Consultas de Nutrição e Reeducação Alimentar.
yyLançamento na Intranet do Portal de Inovação e Conhecimento, onde qualquer tra-
balhador pode consultar e conhecer as apresentações feitas por colegas em reuni-
ões e seminários nacionais e internacionais.

Fornecedores

yy Prestadores de serviços por conta da EPAL


•  Serviços de Apoio (Refeitórios, Vigilância, Espaços Verdes, Limpeza)
•  Serviços de Clientes (Contact Center, Leitura e Serviços Domiciliários)
•  Serviços de Manutenção (Rede, Instalações e Equipamentos)
yy Empreiteiros
yy Fornecedores de equipamentos e materiais
yy Outros fornecedores (consultores e auditores)

A EPAL cumpre, escrupulosamente, a legislação aplicável à contratação das aquisições


de equipamentos, materiais e serviços e assegura as condições adequadas, bem como
boas práticas no relacionamento com os seus fornecedores.
Destacam-se neste domínio, a realização de reuniões de formação e sensibilização no
início dos contratos, nomeadamente sobre os sistemas de gestão da qualidade e am-
biente e de avaliação da prestação por parte da empresa e de apresentação das tecnolo-
gias e equipamentos utilizados na execução dos serviços.
É prática corrente a realização de reuniões de acompanhamento das prestações de ser-
viços, com o objectivo de analisar os pontos fracos e oportunidades de melhoria, quer
do ponto de vista técnico, como comportamental e de gestão da obra.
Foram trabalhados os processos de comunicação de ocorrências entre a EPAL, o pres-
tador de serviços e os fiscais e inspectores.
São disponibilizados meios técnicos facilitadores das actividades a desenvolver,
nomeadamente PDAs para transmissão automática de dados relativos à assistência
domiciliária e equipamentos portáteis com instalação de cadastro digital - GIS-mobile
para as actividades de reparação de avarias e de renovação da rede, entre outros.
Em 2009, a EPAL promoveu um evento, que contou com a presença de 51 Fornecedores
e Prestadores de Serviço, para a apresentação do Plano de Contingência da Pandemia
da Gripe A da Empresa.

Provedores de capital

Os provedores de capital, em 2009, foram o accionista, a AdP - Águas de Portugal, SGPS,


SA, que detém 100% do capital social da EPAL, e o BEI – Banco Europeu de Investimento.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 33


A empresa manteve relações com todas as entidades bancárias a operar em Portugal,
pese embora, no período em apreço, não se terem registado operações de financiamento.
Foram distribuídos dividendos ao accionista no montante de 18,672 milhões de euros,
por conta dos resultados de 2008, e pagos, a título de fee’s de gestão, 2,778 milhões de
euros. Por assistência técnica prestada pela AdP – Serviços, a EPAL satisfez o valor de
1,116 milhões de euros.

A EPAL integrou grupos de trabalho constituídos pelo accionista, nomeadamente


para a conversão do plano de contas do grupo e para a elaboração do regulamento de
fardamentos.
O facto de o presidente do Conselho de Administração da empresa acumular as fun-
ções de vogal executivo do Conselho de Administração da AdP, possibilita uma parti-
lha de informação permanente sobre os objectivos e actividades das duas entidades.
Foi mantido o contrato de financiamento a longo prazo com o BEI - Banco Europeu de
Investimento, tendo sido obtida a dilatação do período de utilização até 2010.

Uma estrutura financeira equilibrada, o custo médio do capital alheio abaixo das taxas
médias interbancárias e os riscos das taxas de juro controlados, constituem factos que
evidenciam o bom relacionamento da EPAL com as entidades bancárias.

34 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Comunidade

Tradicional e culturalmente a EPAL assume-se como entidade atenta, participativa e


activa na comunidade em que está inserida. Esta postura resulta significativamente
reforçada pela consciência que tem de que todos quantos vivem, trabalham e visitam
as áreas geográficas directa ou indirectamente abastecidas pela empresa, são consu-
midores da água que produz e distribui.
Assim sendo, para além dos investimentos e esforços continuadamente dedicados à
produção e distribuição de água com qualidade e na quantidade necessária, a EPAL
desenvolve um conjunto de iniciativas abertas à comunidade nas áreas da cultura, do
desporto e lazer, do património, da saúde e social.
Na área da cultura e do património, o Museu da Água recebeu, em 2009, mais de 46
mil visitantes e promoveu exposições de arte com artistas nacionais e estrangeiros,
recriações históricas e mais de três centenas de visitas de estudo.
Foram desenvolvidas iniciativas inovadoras de animação e extensão cultural, designada-
mente com a criação de 4 novos passeios/actividades – o percurso “Amália, o Tejo e o Fado”,
em colaboração com o Museu do Fado e o Panteão Nacional, “Uma Noite no Convento dos
Barbadinhos”, “Mistério em Santa Engrácia”, com o envolvimento do Panteão Nacional, da
Junta de Freguesia de Santa Engrácia, do Mosteiro de São Vicente de Fora e das Oficinas
de Fardamento, e “O Bairro da Madragoa”, em colaboração com a Junta de Freguesia de
Santos o Velho, da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu das Comunicações.
Prosseguindo a política de edição de obras de valor técnico, científico e académico e
cultural, a EPAL editou em 2009:

yyAproveitamentos
 Hidráulicos Romanos a Sul do Tejo – Contribuição para a
sua inventariação e caracterização, de António de Carvalho Quintela (coordenação),
edição fac-similada, Lisboa, 2009.
yy A
 Villa Romana da Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira)
– Trabalhos Arqueológicos efectuados no âmbito de uma obra da EPAL, edição
coordenada por João Carlos Caninas.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 35


yyTrabalhos
 de Hidráulica Antiga em homenagem a António de Carvalho Quintela,
de António de Carvalho Quintela e outros.
yy Livro
 de Marinharia – O Manuscrito de Praga, sob a coordenação de Carla
Alferes Pinto, em edição conjunta com o CEPCEP – Centro de Estudos dos Povos e
Culturas de Expressão Portuguesa.
yyVinte
 anos de Obras de Arte, editado pela empresa para comemorar a actividade
de exposições de arte do Museu da Água.
yyÁgua – Um desafio sem Espaço nem Tempo, editado pela Universidade Católica
e patrocinado pela EPAL.
Foram ainda, reeditados o “Mundo Maravilhoso da Água” e o “Livro da Água”, publicações
destinadas ao público jovem e infantil. Ao longo de 2009 foram oferecidos 2250 exemplares do
“Livro da Água” a pedido de várias entidades – escolas, associações, municípios e empresas.
A EPAL patrocinou exposições, conferências e projectos de natureza diversa, pro-
movidos por entidades terceiras, nomeadamente a exposição sobre a participação
de Portugal na 1 Grande Guerra, iniciativa da Presidência da República, o projecto da
CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa “Construindo a Comunidade” e a
Conferência sobre Planeamento Urbano, realizada pela Lisboa-E-Nova.
No indicador EC8 são apresentadas várias acções e investimentos realizados em prol
da comunidade.
Na área do desporto e lazer destacam-se a realização da 4ª regata “Troféu EPAL” e a ce-
lebração de protocolo com a Associação Naval de Lisboa, em função do qual a EPAL se
assume como patrocinador institucional da Vela Ligeira. O protocolo será válido por
três anos (2009 a 2011) e envolve um patrocínio de 20 000 euros por ano.
Na área da saúde foram patrocinados o Congresso Ibérico de Cianotoxinas e a confe-
rência organizada pela IWA e pela Elsivier sobre “Ecologia Microbiana para a sustenta-
bilidade dos tratamentos de água e de águas residuais”.
No contexto social, foi celebrado protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa e com
os Hotéis Heritage, no qual a empresa se comprometeu a comparticipar nas obras
de requalificação do Largo da Anunciada. Continuou a apoiar-se a associação EPIS
– Empresários pela Inclusão Social, e manteve-se um programa de visitas mensais
aos serviços de pediatria do Hospital de Santa Maria e pontuais a diversos estabeleci-
mentos de ensino básico e secundário, nas quais foram desenvolvidas actividades de
animação e sensibilização ambiental e patrimonial.

Autoridades e Administração Pública

As relações da EPAL com as autoridades e serviços da Administração Pública são


numerosas e diversificadas, envolvendo as responsabilidades de prestação de infor-
mações, de cumprimento de obrigações legais e regulamentares, de colaboração em
processos, projectos e acções, de negociação, de obtenção de licenças, entre outras.
A EPAL procura responder sistemática e exemplarmente ao que lhe é pedido e espera-
do por parte das autoridades e serviços da Administração Pública.
Das situações vividas em 2009, destacam-se:
yyA negociação da convenção tarifária com a DGAE – Direcção-Geral das Actividades
Económicas.

36 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


yyA celebração com a ARH Tejo – Administração da Região Hidrográfica do Tejo, dos
contratos de concessão relativos à utilização dos recursos hídricos para captação de
águas superficiais destinadas ao abastecimento público em Valada-Tejo e na Albu-
feira de Castelo do Bode.
yyO acompanhamento pelo IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectó-
nico e Arqueológico, das intervenções de conservação e recuperação no Aqueduto
das Águas Livres e no Aqueduto do Loreto.
yyA outorga de protocolo de colaboração técnica e científica com o INAG – Instituto
da Água, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a
EDP para a realização de estudos de simulação matemática da evolução morfoló-
gica, propagação de sedimentos e qualidade da água do rio Zêzere, entre Silvares
e a albufeira do Castelo do Bode, tendo em vista a avaliação dos efeitos da eventual
contaminação proveniente das escombreiras das minas da Panasqueira.
yyAs relações e colaboração mantida com a ERSAR – Entidade Reguladora dos Servi-
ços de Águas e Resíduos.
yyA prestação atempada de informações relativas ao controlo e monitorização da
qualidade da água, bem como a colaboração desenvolvida no quadro da prevenção
contra a gripe H1N1, com a Direcção-Geral de Saúde.
yyO trabalho realizado no âmbito do Projecto Novas Oportunidades com a ANQ –
Agência Nacional para a Qualificação e o IEFP – Instituto de Emprego e Formação
Profissional.
yyA colaboração assegurada à Inspecção-Geral de Finanças na auditoria realizada na
EPAL.
yyA apresentação ao Tribunal de Contas do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e
Infracções Conexas.

Estabelecimentos de ensino e investigação

Consciente de que a escola é um espaço de excelência para a educação e sensibilização


para o ambiente e para a cultura, a EPAL aposta no relacionamento activo com os
estabelecimentos de ensino.
Foi mantido e desenvolvido, em 2009, o Serviço Pedagógico
Águas Livres, que registou a participação de 276 escolas com
11 908 alunos e 717 professores.
Realizou-se a 12ª edição do concurso “Águas Livres”, o qual foi
subordinado ao tema “O mundo é a nossa casa”.
Foi organizado um encontro de professores, com a presença de mais de 80 docentes
e de um representante do Ministério da Educação, para apresentação das iniciativas
a desenvolver no ano lectivo 2009-2010, no âmbito do Serviço Pedagógico “Águas Li-
vres”, bem como do tema principal deste ano lectivo “Água é Património”, sob a égide
do Ano Internacional da Biodiversidade.
Foram concedidos 4 estágios de integração na vida activa para áreas técnico-profissionais.
Continuou a ser assegurada a colaboração da empresa com a Universidade Católica,
nomeadamente na edição de livros e num curso de mestrado, mediante a leccionação
de aulas.
Foram concedidos 3 estágios de integração na vida activa a recém-licenciados e está a
ser apoiada uma tese de doutoramento na área da engenharia hidráulica – modelação
matemática de escoamentos bifásicos.
A EPAL colaborou activamente no projecto TECHNEAU que conta com a participação
de 30 instituições que exercem actividades de I&D no âmbito da água para consumo
humano e de 16 entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água.
A Acção COST 637 – “Metals and Related Substances in Drinking Water, criada e de-
senvolvida no âmbito da IWA – International Water Association, contou com o envol-
vimento da empresa, tendo-se realizado o estudo de caracterização das emissões de
metais para a água de consumo humano, nos pontos de utilização final na cidade de
Lisboa.
Está a ser desenvolvido na EPAL, em parceria com o IBET – Instituto de Biologia Expe-
rimental e Tecnológica, a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, os SMAS
de Almada e a Águas do Algarve, o Projecto SAFEWATER “Desenvolvimento e Valida-
ção de Processos Integrados de Tratamento de Água de Consumo”.
A EPAL aderiu, na qualidade de Associated Partner, enquanto operador qualificado, à
VEWRI , rede europeia de laboratórios de investigação, de que fazem parte o SINTEF/
NTNU – The Foundation for Scientific and Industrial Research/Norwegien University
of Science and Technology, da Noruega, o KWR – Watercycle Research Institute, da
Holanda, o IWW – Zentrum Wasser, da Alemanha, o CETaqua – Centro Tecnologico
del Agua, de Espanha e o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Portugal,
e que se propõe constituir um centro de excelência de conhecimento técnico e científi-
co e de experiência no sector do Ciclo da Água.

Associações e ONG’s

A EPAL mantém relações com numerosas associações, tanto nacionais como interna-
cionais, externas e internas.
O relacionamento mantido assume diferentes tipos e naturezas, compreendendo o
financiamento e patrocínio, a cedência de instalações, a integração dos corpos sociais
e o desenvolvimento de projectos e acções conjuntas.
Das colaborações desenvolvidas ao longo do ano, destacam-se:
yyO apoio concedido à associação de reformados da empresa – AREPAL e à Casa do
Pessoal.
yyA cedência gratuita de instalações à APCE – Associação Portuguesa de Comunica-
ção de Empresa, à APDA – Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de

38 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Águas e à TESE – Associação para o Desenvolvimento – Projecto Engenheiros sem
Fronteiras.
yyO exercício de funções nos órgãos sociais da APDA e na APRH – Associação Portu-
guesa de Recursos Hídricos.
yyA negociação da revisão do Acordo de Empresa, no que respeita à matéria salarial e
cláusulas de expressão pecuniária, com as 22 organizações sindicais representati-
vas dos trabalhadores da EPAL.
yyA contribuição para a Global Compact (Organização das Nações Unidas).
yyA apresentação de candidatura vencedora à organização e realização do Congresso
Mundial de 2014 da IWA – International Water Association e participação activa no
projecto “Bonn Network”.
yyO desenvolvimento de projecto para definição de procedimentos e planos de con-
tingência para a gestão de situações críticas nos sistemas de abastecimento de água
com a W-SMART - Water Security Management Assessement, Research & Techno-
logy
yyA realização da reunião anual do Fórum de Entidades Representativas da População
e Actividades de Lisboa, com a presença, entre outros, da ARESP – Associação da
Restauração e Similares de Portugal, ATL - Associação de Turismo de Lisboa, UACS
- União de Associações de Comércio e Serviços, da DECO – Associação Portuguesa
para a Defesa do Consumidor e da QUERCUS.

Comunicação Social

A existência na EPAL de um gabinete com atribuições específicas na área da imagem e


comunicação, garante à empresa uma relação de proximidade com os órgãos de comu-
nicação social, circunstância que lhe é benéfica.
De facto, a pronta e esclarecedora resposta às questões colocadas pelos meios de comu-
nicação, quaisquer que sejam, têm dado à EPAL a garantia de um tratamento imparcial
na publicação de notícias relacionadas, directa ou indirectamente, com a empresa.
A interacção entre a empresa e os meios de comunicação reveste-se
de extrema importância, não só pela imagem que pode
eventualmente ser transmitida da organização, 13 229
mas também quanto ao papel fundamental 223
assumido pelos órgãos de comunicação
na divulgação de notícias e infor-
mações de interesse para s, em
particular, e para a sociedade
em geral.
Em 2009, foram publicadas
465 notícias sobre a EPAL,
das quais 48% de cariz NEUTRAS
positivo, 49% neutras e
NEGATIVAS
3% negativas.
POSITIVAS
Boa parte das notí-
cias positivas resul-
tou de iniciativas

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 39


da empresa já relatadas nos capítulos das partes interessadas e indicadores de desem-
penho. Destacam-se ainda, o apoio ao restauro da custódia de Belém, a integração da
EPAL no top 25 das empresas nacionais consideradas no projecto “Prémio Desenvolvi-
mento Sustentável” e nas 500 melhores e maiores empresas segundo a revista Exame.

Princípios e Instrumentos

A experiência e a prática da EPAL ao longo de 2009 veio consolidar o interesse e a vali-


dade dos princípios definidos pela empresa para o seu desenvolvimento sustentável:
yy Produzir e fornecer água de qualidade, na quantidade necessária
−− Assegurar a produção de água potável, dando resposta às exigências das popula-
ções abastecidas
−− Garantir um ciclo eficiente de produção, transporte e distribuição, de modo a dis-
ponibilizar água ao mais baixo custo
−− Garantir que o cliente seja servido com prontidão e eficácia
yy Promover o uso eficiente da água
−− Minimizar as perdas ao longo dos processos de captação, tratamento, transporte e
distribuição
−− Sensibilizar a população para a importância do uso eficiente da água
yyInvestir em novas tecnologias na produção e no serviço ao cliente
−− Melhorar continuamente o processo de produção, seleccionando e implementan-
do, sempre que possível, as melhores tecnologias
−− Desenvolver procedimentos eficazes para a disponibilização de serviços cada vez
mais cómodos aos seus clientes
yyControlar os impactes ambientais da sua actividade
−− Implementar medidas de monitorização e controlo que permitam reduzir os im-
pactes ambientais negativos e promover os impactes positivos
yy Praticar políticas laborais justas e promotoras de eficiência
−− Respeitar os direitos humanos e rejeitar qualquer prática discriminatória
−− Reconhecer e premiar o bom desempenho dos trabalhadores
−− Desenvolver o conhecimento e potencial dos trabalhadores, disponibilizando a
formação necessária
−− Investir na dimensão social dos trabalhadores
yyGarantir a saúde e a segurança dos trabalhadores
−− Reduzir os riscos laborais a que estão sujeitos
−− Fornecer todos os equipamentos de protecção necessários
−− Disponibilizar meios de protecção da saúde dos trabalhadores
yy Respeitar os compromissos assumidos com os fornecedores
−− Aplicar critérios objectivos de selecção
−− Promover relações comerciais equilibradas
−− Cumprir os prazos de pagamentos acordados

40 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


yy Partilhar os valores e compromissos da empresa com as partes interessadas
−− Respeitar a vida
−− Promover a qualidade de vida e bem-estar
−− Assegurar e praticar a melhoria contínua na organização
−− Desenvolver acções dirigidas à participação na vida em sociedade.

Foram concebidos, aprovados e divulgados documentos que, corporizando os princí-


pios acolhidos, constituem instrumentos de consciencialização e de orientação para a
prática da sustentabilidade.
yyO Código de Ética e Conduta
Elaborado em 2008 e distribuído em 2009, define a Missão, a Visão e os Valores da
EPAL, e estabelece os princípios de conduta a respeitar nas relações da empresa
com as partes interessadas, nas relações dos fornecedores e prestadores de serviços
e dos colaboradores com a EPAL e nas relações destes últimos entre si. (Em anexo)
yyA Política da Qualidade e Ambiente da EPAL
Definida no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental, certificado segundo a norma
NP EN ISO 14001, estabelece os compromissos publicamente assumidos pela empre-
sa nestes domínios. (Em anexo)
yyA Política de Patrocínios
Estabelecida em 2009 e divulgada em Janeiro de 2010, define os domínios e áreas
em que a EPAL pode conceder patrocínios, o procedimento de recepção, análise e
aprovação de pedidos e as condições de arquivo dos processos. (Em anexo)
yy O Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas
Elaborado em cumprimento da recomendação do CPC - Conselho de Prevenção
da Corrupção, identifica as áreas potencialmente sujeitas à ocorrência de actos de
corrupção, os riscos daí decorrentes e o controlo instituído pela empresa para a sua
mitigação. (Em anexo)

Borrelhos, pilritos e seixoeiras descansando no calmo espelho de água – Salinas de Pancas

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 41


Desafios e Resultados

A racionalização das perspectivas do desenvolvimento sustentável da EPAL permitiu a


identificação dos seguintes desafios:

Garantia da Qualidade da Água fornecida, através de:


 
Desafios Resultados
Planos de segurança da água Ver PR1 e págs. 57/86 R&C 09
Modernização das Estações de Tratamento Realizados estudos e contactos para a
elaboração dos projectos de renovação e
modernização da ETA de Vale da Pedra
Uso de novas tecnologias no tratamento e monitorização da Ver págs. 66/67 R&C 09
qualidade da água Desenvolveu-se projecto de instalação
de sondas multiparamétricas de moni-
torização on-line de qualidade da água
Construção do novo laboratório a inaugurar em 2010 Ver pág. 52 R&C 09

Optimização do sistema de abastecimento quanto à utilização do recurso Água, através de:


 
Desafios Resultados
Redução da captação ao mínimo indispensável Ver EN8
Redução das águas de processo Ver EN8
Redução da água não facturada Ver EN8 e pág. 20 R&C 09
Renovação e reabilitação da Rede de Distribuição Ver EC8 e pág. 53 R&C 09
Instalação e operacionalização de Zonas de Monitorização e Con-
Ver EN8 e pág. 21 R&C 09
trolo e Zonas de Monitorização de Transporte

Optimização do sistema de abastecimento quanto ao consumo de energia, através de:


 
Desafios Resultados
Gestão racional dos consumos energéticos Ver EN4; EN5; EN6 e pág. 22 R&C 09
Controlo dos consumos específicos Ver EN5; EN6 e pág. 23 R&C 09
Manutenção adequada dos equipamentos consumidores de Ver EN5,EN6 e pág. 23 R&C 09
energia
Substituição e modernização de equipamentos Ver EN5,EN6 e pág. 23 R&C 09
Produção de energias renováveis Ver EN4 e pág. 65 R&C 09

Consolidação da situação económica e financeira da empresa, através de:


 
Desafios Resultados
Eficaz gestão dos activos Ver págs. 57/58 R&C 09
Implementou-se o programa global de
inspecções e desenvolveu-se o Sistema
de Gestão da Manutenção – Máximo
Controlo dos custos Ver EC1 e págs. 73/74 R&C 09
Prioritização criteriosa dos investimentos Ver pág. 58 R&C 09
Sustentabilidade do Fundo de Pensões Ver EC3 e pág. 79 R&C 09

42 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Controlo e redução dos impactes ambientais das actividades da empresa, através de:
 
Desafios Resultados
Actualização do levantamento dos impactes Ver EN26
Avaliação periódica dos riscos ambientais Ver EN26
Programas anuais de gestão ambiental Ver EN26

Promoção da segurança, fiabilidade e suficiência do sistema de abastecimento, através de:


 
Desafios Resultados
Planeamento adequado e execução oportuna de investimentos Ver págs. 51/52/58 R&C 09
Identificação e cenarização dos riscos Ver PR1 e págs. 85/86/87 R&C 09
Planos de emergência, realização de simulacros e desenvolvi- Ver pág. 61 R&C 09
mento de competências de actuação

 Intervenção social nas vertentes da cultura, da educação, da preservação patrimonial, da


evolução tecnológica e científica, da história e da pessoa humana.

A realização deste desafio em 2009 tem expressão no capítulo Partes Interessadas em Clientes (págs.29-
32), Comunidade (págs.35 e 36) e Ensino e Investigação (págs. 37 e 38), bem como no Indicador EC8. Ver
ainda, página 61 do Relatório e Contas de 2009.

Montado de sobro - entardecer estuário do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 43


44 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Lezíria inundada com montado - entardecer

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 45


I ndicadores
de desempenho
Económico
5.

46 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Abordagem de Gestão - Indicadores Económicos

A EPAL dispõe de instrumentos previsionais de gestão para o longo, médio e curto pra-
zos, cuja execução é periodicamente acompanhada pelo Conselho de Administração.
A execução dos planos e orçamentos anuais é objecto de relatórios mensais, submeti-
dos à apreciação do CA.
As demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com as normas oficiais de
contabilidade, auditadas por Fiscal Único e por Auditores Externos e aprovadas em
Assembleia-geral pelo Accionista.
O desempenho económico, em 2009, deve considerar-se particularmente positi-
vo, nomeadamente pelo valor dos resultados líquidos e operacionais gerados, pela
remuneração obtida para o capital investido e pelos fluxos de capital gerados entre
stakeholders.

EC1  |  Valor económico directo gerado e distribuído

Este indicador mede o valor económico gerado e distribuído pela Empresa.

unid.: EUR

EC1 Valor económico directo 2007 2008 2009


gerado e distribuído

VALOR ECONÓMICO DIRECTO GERADO

a) Proveitos 140.400.123 145.571.484 150.060.230


Vendas Líquidas 139.968.824 143.526.457 149.068.299
Juros Obtidos 393.537 828.853 955.851
Proveitos de Venda de Activos 37.762 1.216.174 36.080

VALOR ECONÓMICO DISTRIBUÍDO

b) Custos Exploração 39.455.530 42.473.324 40.543.796


Custo de Mercadorias Vendidas e Matérias 2.684.150 2.694.207 2.753.673
Consumidas
Fornecimentos e Serviços Externos 36.771.381 39.779.117 37.790.123

c) Remunerações dos colaboradores 18.864.862 19.415.721 19.279.717


Remunerações pagas aos trabalhores 18.864.862 19.415.721 19.279.717

d) Pagamentos a provedores de capital 19.006.718 26.364.591 24.198.297


Dividendos Pagos 10.769.583 17.073.936 18.672.746
Juros Pagos 8.237.135 9.290.655 5.525.551

e) Pagamentos aos poderes públicos 7.621.517 6.092.682 7.417.549


IRC pago 7.302.885 5.777.801 7.120.424
Imposto Selo pago 132.165 133.910 133.025
IMI pago 186.467 180.971 164.099

f ) Donativos 97.500 131.251 88.682

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 47


a) Proveitos
As Vendas Líquidas registaram um incremento de 3,9% face a 2008, atingindo 149
milhões de Euros. O valor da venda de água, incluindo a quota de serviço, registou um
aumento de 3,8%, enquanto que as prestações de serviços, nomeadamente serviços de
abertura de água, leituras e processos de abastecimento cresceram 7,1%

b) Custos de Exploração
Os Custos de Exploração apresentam em 2009 uma redução de 1,9 milhões de Euros,
correspondente a 4,5%, variação decorrente da redução de 5% nos fornecimentos e
serviços externos, que se cifraram em 37,8 milhões de Euros. Para esta redução con-
tribuíram as despesas com a operação e manutenção de activos, tais como a energia e
a conservação e reparação. Registaram-se igualmente reduções significativas ao nível
dos trabalhos especializados prestados por terceiros e em diversos gastos gerais da
Empresa, tais como os gastos com combustíveis, as despesas de representação, hono-
rários e publicidade, entre outras. Contrariando a tendência global de redução estive-
ram as despesas com facturação e cobranças, decorrente da alteração em Maio de 2008,
por imperativo legal, da periodicidade da emissão das facturas, maioritariamente
bimestral, para mensal.

c) Remunerações pagas aos colaboradores


As remunerações pagas aos colaboradores registaram um valor idêntico ao do ano
anterior.

d) Pagamentos a provedores de capital


O pagamento de dividendos ao accionista em 2009 foi de 18,7 milhões de euros.
Os juros pagos a financiadores externos, ascenderam a 5,5 milhões de Euros, liqui-
dados na totalidade ao Banco Europeu de Investimentos. Registaram um decréscimo
superior a 40% face a 2008. Esta evolução resulta, na sua quase totalidade, da descida
acentuada das taxas de juro.

e) Pagamentos de impostos
No pagamento de impostos destaca-se o imposto sobre o rendimento (IRC) no valor de
7,1 milhões de Euros.

EC2  |  Implicações financeiras das alterações climáticas nas actividades da empresa

Em 2009 deram-se passos significativos no domínio da identificação dos riscos, opor-


tunidades e implicações financeiras das mudanças climáticas.
A EPAL envolveu-se no Projecto PREPARED, co-financiado pelo 7º Programa Quadro
da Comunidade Europeia, que tem como principal objectivo a criação de uma plata-
forma comum, a nível europeu, de soluções de adaptação às alterações climáticas para
as entidades gestoras do sector de abastecimento e saneamento de água.
Em simultâneo, estabeleceram-se contactos com o Grupo de Investigação em Altera-
ções Climáticas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tendo em vista
o desenvolvimento de projecto plurianual de investigação para Adaptação do Ciclo
Urbano da Água a Cenários de Alterações Climáticas.
A instalação e operacionalização de sistemas de produção de energia solar e a promo-
ção de estudos para implementação de sistemas de energia eólica e hídrica são factos

48 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


com que se pretende reduzir a pressão do consumo de energias fósseis e não renová-
veis, embora na dimensão possível face à limitada capacidade da empresa.
As preocupações relativas à evolução das captações superficiais da EPAL – albufeira do
Castelo do Bode e Valada Tejo, bem como da qualidade da água, eventualmente afecta-
da pelas alterações climáticas, continuam na ordem do dia, mantendo-se em desenvol-
vimento os projectos de modernização da Estação de Tratamento de Vale da Pedra, de
solução de captação a jusante da barragem do Castelo do Bode, entre outros.
Entretanto, foi concluído o Plano de Segurança da Água da EPAL.

EC3  |  Cobertura das obrigações decorrentes do plano de benefício definido

A EPAL tem em vigor para os seus trabalhadores, um sistema de benefícios sociais desti-
nado a complementar a pensão de reforma atribuída pela Segurança Social, que engloba
dois Planos de Pensões, mutuamente exclusivos, um de Benefício Definido e outro de
Contribuição Definida. Ambos os planos são financiados através de Fundos de Pensões.
Com referência a 31 de Dezembro de 2009, os valores dos Fundos de Pensões afectos
aos Planos de Benefício Definido e de Contribuição Definida, ascendiam a 35,0 mi-
lhões EUR e 13,6 milhões EUR, respectivamente.
No que respeita ao Plano de Benefício Definido, as responsabilidades apuradas de
acordo com a Norma n.º 21/96-R do ISP (Fundo Mínimo), encontram-se integralmente
financiadas. Trata-se de um plano não contributivo, não existindo quaisquer contri-
buições por parte dos beneficiários, constituindo o seu financiamento uma responsa-
bilidade exclusiva da empresa.
O Plano de Contribuição Definida, por seu turno, tem natureza contributiva, podendo
os seus participantes optar por realizar contribuições próprias, cumulativamente com
a contribuição da empresa, correspondendo esta a 3,5% do salário pensionável.
Em 2009 a contribuição da EPAL para ambos os fundos ascendeu, globalmente, a 1,6
milhões de euros, totalizando as contribuições, no período compreendido entre 2005
e 2009, a importância de 14,4 milhões.

EC4  |  Auxílio financeiro recebido dos poderes públicos

Não foram recebidos pela EPAL, em 2009, quaisquer subsídios, subvenções ou pré-
mios atribuídos pelo Estado, a título de ajuda financeira, e não houve benefícios
decorrentes de incentivos fiscais ou financeiros.

EC5  |  Salários pagos comparados com o salário mínimo Nacional

O valor do vencimento mais baixo remunerado pela EPAL em 2009 foi de 709,7 €, sen-
do superior em 58%, ao salário mínimo nacional, encontrando-se nas remunerações
do nível de qualificação base da tabela de vencimentos da EPAL.
Também em termos médios o salário mais baixo de 739,24 €, foi registado nesta cate-
goria, no entanto apenas 1% dos trabalhadores da EPAL se encontra integrado neste
nível de qualificação.
Todos os colaboradores da EPAL são abrangidos por uma tabela salarial que varia de

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 49


acordo com as suas habilitações e funções desempenhadas independentemente do seu
local físico de trabalho.

EC6  |  Políticas, práticas e proporção de compras a fornecedores locais

O cumprimento pela EPAL da legislação nacional relativa à contratação pública


condiciona os procedimentos de aquisição da empresa, nomeadamente nas eventuais
preferências a fornecedores locais. No entanto, tendo em consideração a dispersão
geográfica das instalações, sempre que possível, a EPAL procura apoiar as actividades
regionais nas adjudicações de bens e serviços efectuadas.
Um exemplo desta prática, é o lançamento de consultas para aquisição de prestações
de serviços, divididas por lotes, cada um correspondendo a uma área geográfica, de
modo a facilitar às empresas locais a resposta aos mesmos.

EC7  |  Quadros superiores de instalações significativas recrutados localmente

Durante o ano 2009 não foram admitidos quadros superiores para as instalações fora
de Lisboa, nomeadamente da Asseiceira, Vale da Pedra, Vila Franca de Xira e Amado-
ra. No entanto, em resultado da política seguida pela EPAL há muitos anos, a grande
maioria dos técnicos destas instalações são residentes na área onde prestam serviço.
No período em apreço, apenas foi admitido um técnico de amostragem para a Fábrica
de Água de Vale da Pedra, que é residente na região.

EC8  |  Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estruturas e


serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio do relacio-
namento comercial, em espécie ou actividades “pro bono”

O estado de conservação da abóbada da clarabóia da Pia do Peralva, Aqueduto do Lo-


reto e a sua implantação sob uma via de grande intensidade de tráfego, levou a EPAL
a promover a realização de um projecto de recuperação, tendo a obra sido realizada
com o acompanhamento de IGESPAR e do LNEC. O custo da reabilitação importou em
cerca de 160 mil euros. Trata-se de galerias subterrâneas que são parte integrante do
Aqueduto das Águas Livres, monumento nacional confiado à guarda e conservação
pela EPAL.
Em Abril, foi outorgado um protocolo entre a EPAL, o IAPMEI – Instituto de Apoio às
Pequenas e Médias Empresas e à Inovação e a LISPOLIS – Associação para o Pólo Tec-
nológico de Lisboa, pelo qual a empresa se comprometeu a construir, gerir e explorar
a rede de distribuição de água dos parques poente e nascente do PTL, assumindo 50%
dos custos respectivos.
Foi aprovado protocolo a celebrar com a Câmara Municipal de Lisboa e com os Hotéis
Heritage, com vista à reabilitação do Largo da Anunciada e sua transformação em
zona pedonal. A EPAL comprometeu-se a contribuir com uma verba de 52 000 euros.
Realizou-se uma experiência piloto de remoção de estalactites num arco monumental
da travessia de Alcântara do Aqueduto das Águas Livres, com o custo de cerca de 15
mil euros, com base na qual se perspectiva a contratação de acções da mesma natureza
para os restantes arcos.

50 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Em Dezembro de 2009 foram assinados cinco protocolos entre a Câmara Municipal de
Lisboa e a EPAL, no âmbito dos quais as duas entidades se comprometeram a colabo-
rar entre si, com vista:
yy A
 estudar soluções de viabilização do acesso público à parte disponível dos con-
juntos patrimoniais existentes nos recintos do Arco e do Pombal, propriedade da
empresa.
yy A
 promover um concurso de ideias para selecção de projecto de remodelação
do reservatório da Penha de França e sua concessão para exploração na área da
restauração e/ou da Cultura.
yy A
 estudar a melhor solução para reabilitar, dinamizar e permitir o acesso público
ao Aqueduto das Águas Livres, ao Aqueduto da Tapada das Necessidades e aos
percursos subterrâneos entre o reservatório da Patriarcal e o Chafariz da Mãe
d´Água e o Largo de São Carlos.
yy A
 projectar e executar um percurso pedonal e ciclável ao longo do Canal do Alvie-
la, entre a Av. de Berlim e a Av. Marechal Gomes da Costa.
yy À
 criação de melhores condições de acessibilidade e fruição pública do recinto
dos Barbadinhos, sede do Museu da Água, com criação de parque de estaciona-
mento autónomo e reabilitação do jardim.

EC9  |  Descrição de impactos económicos indirectos significativos

Não se registaram, em 2009, quaisquer alterações nas instalações operacionais da


empresa, tanto a nível central como regional e local, susceptíveis de gerarem impactos
económicos indirectos nas comunidades. De igual modo, não houve mudanças assina-
láveis nos impactos ambientais e sociais das actividades da EPAL ligadas ao abasteci-
mento de água. A política e prática tarifárias mantiveram o carácter social do primeiro
escalão de consumo, bem como a tarifa especial para grandes famílias.
Por outro lado, foi mantido o princípio de se consultar fornecedores locais e regionais
para a aquisição de produtos e serviços.

Pernilongo (Himantopus himantopus) vigiando nas Salinas do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 51


52 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Lezíria de Vale de Frades - entardecer estuário do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 53


I 6.
ndicadores
de desempenho
Ambiental

54 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Abordagem de Gestão

A gestão ambiental da empresa processa-se no quadro do seu Sistema de Gestão Am-


biental, organizado nos termos da NP EN ISO 14 001 e certificado pela APCER.
O SGA dispõe do levantamento e avaliação do risco dos impactes ambientais decorren-
tes das actividades desenvolvidas, de um conjunto de procedimentos que regulam as
actividades susceptíveis de impactes ambientais significativos e de programas anuais
em que são formalizados os objectivos e metas ambientais da EPAL e as acções e res-
ponsabilidades consideradas adequadas ao respectivo atingimento.
O sistema é objecto de revisão anual pela administração da empresa e de auditorias
internas e externas, também anuais.

EN1  |  Produtos e Materiais Utilizados

No âmbito da sua actividade, a EPAL utiliza produtos químicos para o tratamento da


água, produtos de manutenção eléctrica e mecânica, designadamente óleos e mas-
sas, e tubagens para a ampliação e reparação ou reabilitação das redes de adução e de
distribuição.

Produtos Químicos
Nos últimos 3 anos o
consumo de produ- 13 032 ton 13 257 ton 13 499 ton
tos químicos utiliza-
dos no tratamento,
transporte e distri-
buição de água não
tem registado altera-
ções significativas.

2007 2008 2009

No quadro seguinte detalham-se os consumos por tipo de reagente:


ton

  2007 2008 2009


Hidróxido de Cálcio 4.538 3.922 3.796
Dióxido de Carbono 2.716 3.292 3.219
Polímero 25 20 20
Hipoclorito de Sódio 39 120 124
Cloro 631 601 597
Sulfato de Alumínio Líquido Normal 2.184 2.047 2.066
Sulfato de Alumínio Líquido Ácido 2.561 2.826 3.082
Oxigénio Líquido 231 359 538
Azoto Líquido 6 8 10
Hidróxido de Sódio 30 13 10
Ácido Clorídrico 70 49 37
TOTAL 13.032 13.257 13.499

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 55


Em 2009 foram consumidos 62 g de reagentes por cada m3 de água fornecida.
kg/m3

  2007 2008 2009


kg químicos / m3 água fornecida 0,062 0,063 0,062

Produtos de manutenção e tubagens utilizadas


No âmbito das actividades de manutenção das redes e equipamentos, são utilizados
diversos produtos e materiais de onde se destacam os óleos e as massas consistentes.

 Produtos 2007 2008 2009


Óleos (l) 803 1 062 339
Massas Consistentes (kg) 88 75 58

Importa igualmente referir a quantidade de tubagem que é utilizada nas actividades


de renovação e ampliação das Redes de Adução e Distribuição.
metros

 Tubagem (metros) 2007 2008 2009


Renovação e Ampliação da Rede de Adução * 2 429 2 015 600
Renovação e Ampliação da Rede de Distribuição 20 204 46 480 34 320
* Tubagem de DN superior a 1 000 mm

EN2  |  Percentagem de materiais usados provenientes de reciclagem

Tradicionalmente, a consciência de que o produto resultante da actividade produtiva


da empresa é a água para consumo humano não favorece o recurso a materiais prove-
nientes de reciclagem. No entanto, existem práticas consistentes de, através da gestão
de materiais usados e da gestão dos resíduos produzidos, se promover a reciclagem.
Embora com expressão reduzida, mas numa perspectiva de sustentabilidade, a EPAL
utiliza a soda cáustica considerada imprestável para o funcionamento dos sistemas
de neutralização de fugas de cloro, na estação de descarbonatação de Alenquer, como
factor corrector da encrustrabilidade da água dos furos da região.
Na mesma perspectiva, foram criadas condições para a reutilização da água gasta nas
operações de tratamento das ETA’s. A recolha das águas de lavagem de filtros e dos
tanques de floculação permite o reaproveitamento de milhões de metros cúbicos por
ano.
A empresa adquiriu ferro fundido e válvulas junto de fornecedor que transforma e
recicla sucatas. Durante 2009, foram doados à Fundação Gil 370 kg de tonners usados.

EN3  |  Consumo de energia directa discriminada por fonte de energia primária

A principal fonte de energia utilizada pela EPAL é a energia eléctrica, que representou
96,8% do consumo total de energia no ano 2009. Sendo esta considerada uma fonte
intermédia, a mesma é abordada no indicador seguinte.

56 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Relativamente às fontes primárias, que representam apenas 3,2% do consumo, a em-
presa utiliza diversas formas de energia directa. Nas viaturas são utilizadas gasolina e
gasóleo, sendo este último também utilizado nos geradores de emergência. Nos refeitó-
rios e balneários são utilizados gás natural e GPL – propano (gás de petróleo liquefeito).

Em 2009, os consumos, por fonte de energia primária foram os seguintes:

Fonte Quantidade Unidade Energia (GJ)


Gasóleo 410.276 litros 14.834
Gasolina 36.962 litros 1.242
Gás Natural 39.500 m3 1.519
GPL 3.555 kg 173
Total 17.767

GPL 1%
Gasolina 7%
Gás
natural
9% 83%
Gasóleo

Relativamente aos valores dos anos anteriores, constata-se que os mesmos não apre-
sentam variações significativas:

Fonte 2007 2008 2009


Gasóleo 14.372 14.133 14.834
Gasolina 1.262 1.210 1.242
Gás Natural 2.470 1.916 1.519
GPL 233 173
Total 18.104 17.492 17.767

EN4  |  Consumo de energia indirecta discriminada por fonte primária

No caso da EPAL, os consumos de energia a considerar neste indicador são os que cor-
respondem à produção de energia intermediária, isto é, electricidade que a empresa
adquire para consumo nas suas instalações.
Assim, é necessário consultar fontes externas, publicadas pelos fornecedores de ener-
gia eléctrica, para obter estes indicadores. Contrariamente ao que sucedia em anos

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 57


anteriores, o fornecimento de energia eléctrica, durante o ano 2009, foi efectuado por
duas empresas distintas, nomeadamente a EDP e a Iberdrola. Assim, foi solicitada a
estas entidades a discriminação das fontes primárias que asseguram a produção de
energia eléctrica.
O consumo total de energia eléctrica, discriminado pelos fornecedores atrás descritos
foi o seguinte:
Distribuição por fornecedor
[%] [kWh] [GJ]
EDP 44,7% 67.278.756 242.204
Iberdrola 55,3% 83.147.679 299.332
Total 100,0% 150.426.435 541.535

Durante os últimos três anos, verificou-se a seguinte evolução nos consumos de energia:

541.535
508.328
2009
497.262 2007 2008

Energia elétrica (GJ)

Constata-se assim que, relativamente aos anos anteriores, se verificou um aumento no


consumo de energia, resultante de diversos factores, sendo os mais significativos:
yy Aumento da água fornecida em 2,7%;
yy Alteração do processo de tratamento da ETA da Asseiceira, nomeadamente ao nível
da ozonização, o que levou a um aumento na energia consumida nessa instalação;
yy Alteração do fornecimento da água ao Município de Mafra, com a entrada em explo-
ração da Estação Elevatória do Cabeço da Rosa;
yy Alteração do modelo de exploração em consequência das obras de reabilitação da
Estação Elevatória dos Olivais;
yy Alteração do modelo de exploração relativo à elevação de água para o Município de
Sintra, através do Reservatório do Alto Carenque.

A distribuição por fonte de energia, de acordo com os elementos maioritariamente


disponibilizados pelos nossos fornecedores de energia eléctrica, foi:

58 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


EDP Iberdrola Total
Contributo Consumida Contributo Consumida Contributo Consumida
(%) pela EPAL (%) pela EPAL (%) pela EPAL
(GJ) (GJ) (GJ)
Convencional 67,7% 163.923 10,0% 29.933 35,8% 193.857

Nuclear 5,8% 14.048 2,6% 14.048


Carvão 17,9% 43.354 8,0% 43.354
Gás Natural 34,2% 82.930 15,3% 82.930
Fuelóleo 1,5% 3.633 0,7% 3.633
Cogeração 8,2% 19.958 10% 29.933 9,2% 49.891
Renováveis 32,3% 78.280 90% 269.398 64,2% 347.679

Grande Hidrica 15,6% 37.832 7,0% 37.832


Hidrica 1,5% 3.633 0,7% 3.633
Eólica 13,4% 32.455 6,0% 32.455
Outras 1,8% 4.360 0,8% 4.360
Total 100% 242.204 100% 299.332 100% 541.535

Nota - Relativamente a Iberdrola, apenas foi indicado que as energias renováveis representam 90% e a
cogeração representa 10% da energia fornecida.

Fazendo o comparativo entre os últimos dois anos:

2008 2009
Contributo (%) Consumida pela Contributo (%) Consumida pela
EPAL (GJ) EPAL (GJ)
Convencional 74,2% 377.179 35,8% 193.857

Nuclear 5,3% 26.941 2,6% 14.048


Carvão 21,2% 107.766 8,0% 43.354
Gás Natural 37,2% 189.098 15,3% 82.930
Fuelóleo 2,7% 13.725 0,7% 3.633
Cogeração 7,8% 39.650 9,2% 49.891
Renováveis 25,8% 131.149 64,2% 347.679

Grande Hidrica 14,0% 71.166 7,0% 37.832


Hidrica 1,1% 5.592 0,7% 3.633
Eólica 9,7% 49.308 6,0% 32.455
Outras 1,0% 5.083 0,8% 4.360
Total 100% 508.328 100% 541.535

Este indicador passou a ser cálculado, a partir de 2008, com base nos valores forne-
cidos directamente pelos produtores de energia, não sendo apresentados valores de
2007, por não serem comparáveis.
Constata-se que o contributo das energias renováveis teve um aumento significativo,
devido à sua dominância (90%) na energia produzida e fornecida pela Iberdrola.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 59


EN5 e EN6  |  Energia economizada e iniciativas para aumentar a eficiên-
cia energética

Nos termos da legislação aplicável, a EPAL conta com nove instalações consumidoras
intensivas de energia eléctrica. Estas instalações são responsáveis por 88,1% da energia
eléctrica consumida pela empresa.

Principais consumidores [kWh] [GJ] [%]


EE Vila Franca de Xira 57.534.403 207.124 38,25%
EE dos Olivais 21.877.936 78.761 14,54%
EE Castelo de Bode 11.155.167 40.159 7,42%
EE Amadora 9.807.930 35.309 6,52%
EE Valada Tejo 8.409.873 30.276 5,59%
ETA da Asseiceira 8.258.177 29.729 5,49%
ETA Vale da Pedra 6.117.759 22.024 4,07%
EE de Telheiras 5.696.788 20.508 3,79%
EE de Barbadinhos 3.601.325 12.965 2,39%
Outros 17.967.077 64.681 11,94%
Total 150.426.435 541.535 100,00%

Energia consumida por instalação

As sete primeiras instalações dispõem de plano quinquenal de racionalização do


consumo energético para o período 2007 a 2011, no qual estão essencialmente previs-
tos trabalhos de manutenção preventiva e de monitorização de condição dos grupos
electrobomba.
Quanto às duas restantes instalações, apesar de se encontrarem ainda em curso as di-
ligências adequadas à elaboração e aprovação dos respectivos planos quinquenais, são
igualmente objecto de trabalhos de natureza semelhante aos realizados nas primeiras.
Relativamente à monitorização da condição de grupos electrobomba, a EPAL tem
instituído, desde há bastantes anos, um plano de monitorização, que consiste na
medição de parâmetros, cuja evolução poderá indiciar a necessidade de intervenção
nos equipamentos. Este programa, que abrange todos os grupos electrobomba de po-
tência superior a 75 kW e outros que pela sua importância o justifiquem, consiste na
medição de vibrações e temperaturas de rolamentos e bobinagens de motores.

60 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


No que respeita à manutenção preventiva sistemática, durante o ano de 2009, efectua-
ram-se diversas intervenções das quais destacamos as seguintes:

Instalação Intervenções em grupos electrobomba


EE dos Olivais Estação Elevatória 1 Grupo Alta 4
Grupo Baixa 2
Estação Elevatória de Zona Alta Grupo nº 3
EE de Telheiras Grupo Sintra 1
Grupo Sintra 2
EE de Vila Franca de Xira Estação Elevatória 1 Grupo nº 4
Estação Elevatória 2 Grupo nº 3
EE da Amadora Inspecção ao interior das bombas dos grupos nº 1 e nº3

Além das actividades referidas, procedeu-se à instalação de variadores electrónicos


de velocidade nos grupos electrobomba das Zonas Superior e da Amadora, da Estação
Elevatória de Telheiras. A instalação destes equipamentos foi efectuada no âmbito do
Plano de Promoção da Eficiência no Consumo, promovido pela ERSE/ EDP Corporate.
No mesmo âmbito, está previsto para o presente ano a instalação de um equipamento
na Estação Elevatória dos Olivais.
A exploração dos grupos electrobomba referidos, utilizando a variação de velocidade,
permitirá em cada momento a adaptação das características das bombas às condições
hidráulicas da rede de distribuição, conseguindo-se desta forma uma redução do con-
sumo de energia.
No âmbito do Protocolo de cooperação entre a EPAL e a ADENE, têm vindo a ser
desenvolvidas diversas actividades visando o aumento da eficiência energética da em-
presa, quer através da melhoria de comportamentos, quer implementando sistemas
de produção de energia com recurso a fontes renováveis.
Na área comportamental, salienta-se a realização de acções de formação em Condução
Ecológica, que abrangeu 173 colaboradores. Com esta acção de formação espera-se
conseguir uma redução de cerca de 0,5 l de combustível por cada 100 km, totalizando-
se assim um valor estimado de poupança de cerca de 30.000 l de combustível por ano.
Este valor foi estimado de acordo com as indicações da empresa formadora.
Foi publicado um Guia para o Uso Eficiente da Energia, distribuído a todos os colabora-
dores da EPAL.
Diversos edifícios de serviços estão abrangidos pelo Sistema Nacional de Certificação
Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE). É o caso do Edifício-Sede,
ao qual já foi efectuada uma auditoria energética e da qualidade do ar interior, estando
em preparação os Planos de Manutenção para apresentação à DGEG e à APA, condição
necessária para emissão, pelo Perito Qualificado que procedeu à auditoria, do Certifi-
cado de Eficiência Energética e da Qualidade do Ar Interior.
Outros edifícios estão sujeitos à aplicação do Regulamento referido, nomeadamente
o edifício do Núcleo dos Barbadinhos do Museu da Água, o de Apoio à Exploração da
ETA da Asseiceira e Edifício 2 do Recinto dos Olivais. Enquanto que para o primeiro
está prevista a execução de obras de remodelação, devendo o respectivo projecto pre-
ver as necessárias condições para a obtenção da certificação pretendida, os outros dois
serão objecto de auditorias, cujos termos de referência estão em elaboração.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 61


A produção de energia eléctrica utilizando fontes renováveis tem vindo a ser objecto
de estudos e projectos visando a instalação de sistemas geradores recorrendo às tecno-
logias foto voltaica, eólica e mini-hídrica.
Energia foto voltaica – estão em funcionamento sistemas de micro geração foto voltai-
ca em 12 recintos da EPAL. Eventuais projectos de novos sistemas de maior potência
estão dependentes da publicação de legislação adequada.
Energia Eólica – foram adjudicados os trabalhos de monitorização do vento em 2 recin-
tos da EPAL. A monitorização terá lugar durante um ano e os seus resultados servirão
de base à elaboração do estudo de viabilização técnico-económica para a instalação de
2 centrais eólicas.
Mini hídricas – está em curso a elaboração dos cadernos de encargos para lançamento
do concurso para a instalação de 2 centrais mini-hídricas em derivações do Adutor de
Circunvalação e outras 2 no Troço Intermédio do Adutor de Castelo de Bode.

EN8  |  Captação, Tratamento, Adução e Distribuição de Água

Captação
No âmbito da sua actividade a EPAL procede à captação do volume de água estrita-
mente necessário à satisfação das necessidades dos seus clientes e consumidores. O
volume de água captada nos últimos 3 anos foi o seguinte:

243.192.708 m3 241.110.432 m3 242.955.512 m3

2007 2008 2009


m3

  2007 2008 2009


Castelo do Bode 163.762.580 162.465.357 165.749.660
Captações Superficiais
Valada Tejo 52.381.424 54.721.499 57.573.521
Captações Sub superficiais Olhos de Água 5.638.242 1.474.978 7.558
Valada 1 4.550 23.170 0
Lezírias 8.031.100 8.656.116 7.457.427
Captações subterrâneas
OTA 1.989.478 6.074.456 5.675.656
Alenquer 11.385.334 7.694.856 6.491.690
  Total 243.192.708 241.110.432 242.955.512

As captações dos Olhos de Água do Alviela e das Lezírias são as únicas captações da
EPAL que se encontram em áreas protegidas. A localização dos Olhos d’Água é a mais
sensível pela relação directa com o caudal do rio Alviela. Durante o ano 2009, a reduzi-
da expressão dos volumes captados nestas captações, não pôs em causa a salvaguarda
das áreas em que se compreendem. (Ver EN9)

62 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


O ano 2009 ficou marcado pela celebração entre a EPAL e a ARH Tejo dos contratos de
concessão relativos à utilização dos recursos hídricos para captação de águas superfi-
ciais destinadas ao abastecimento público e à produção de energia hidroeléctrica em
Valada-Tejo e na Albufeira de Castelo do Bode.

Tratamento
A água captada é tratada de forma a assegurar a qualidade necessária para consumo
humano.
O volume de águas de processo nas operações de tratamento, no ano de 2009, foi de 134
mil m3, representando apenas 0,06% da água captada.

Tratamento de Água (m3) 2007 2008 2009


Água Captada 243.192.708 241.110.432 242.955.512
Água de Processo 97.971 82.244 133.705
Água Produzida 242.879.655 241.027.376 242.820.859

A EPAL assegura o controlo permanente da qualidade da água fornecida, nos termos


do disposto no Decreto-lei n.º 306/2007 de 27 de Agosto. Este assunto encontra-se
abordado nos indicadores sociais relacionados com a qualidade do produto (PRs).

Adução e Distribuição
Relativamente às Redes de Adução e de Distribuição, os principais impactos ambien-
tais resultam das avarias em condutas e consequentes perdas de água.

  2008 2009
Avarias na Rede de Adução 13 10
Avarias na Rede de Distribuição 637 638
Roturas em Ramais 1.156 1.057
Nota: os valores apresentados seguem uma metodologia diferente da utilizada no Relatório do ano anterior

A informação apresentada considera as avarias registadas e não as roturas. Tal facto


resulta da adopção pela EPAL do conceito definido pela ERSAR, segundo o qual devem ser
consideradas as avarias em válvulas e acessórios e excluídas as provocadas com custos de
reparação suportados por terceiros e detectadas no âmbito do controlo activo de fugas.

Fornecimento de Água
A evolução dos volumes de água fornecida no último triénio foi a seguinte:

209.914.265 m3 211.301.754 m3 217.132.512 m3

2007 2008 2009

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 63


Em 2009 verificou-se um aumento (2,8%) no volume total de água fornecida. Este au-
mento ocorreu, fundamentalmente, na água vendida ao cliente Águas do Oeste.

  2007 2008 2009


Clientes Directos 60.301.906 60.735.610 59.283.357
Clientes Municipais 148.784.203 151.748.747 157.233.416
Água Facturada 209.086.109 212.484.357 216.516.773
Especialização 768.789 -1.227.890 568.592
Água Vendida 209.854.898 211.256.467 217.085.365
Água de Compensação (não facturada) 59.367 45.287 47.147
Água Fornecida 209.914.265 211.301.754 217.132.512

Água Facturada (m3) 2009


Clientes Directos  
Doméstico 28.517.328
Comércio e Indústria 13.453.241
Instituições 2.098.433
Embaixadas 189.510
Estado 6.377.123
Unidades Militares 319.600
C. M. L. 8.328.121
Água Facturada a Clientes Directos 59.283.357
Clientes Municipais  
Águas do Oeste (Multi-Municipal) 21.115.979
Municípios:  
Alcanena 358.922
Batalha 309.151
Cartaxo 218.653
Cascais 21.504.932
Constância 342.000
Entroncamento 1.170.830
Leiria 362.480
Loures / Odivelas 29.932.227
Mafra/Lousa 4.542.844
Oeiras 27.256.829
Ourém 1.507.210
Porto de Mós 408.330
Santarém 119.848
Sintra 32.886.710
Tomar 1.285.261
Torres Novas 1.147.920
Vila Franca de Xira 12.174.350
Vila Nova da Barquinha 588.940
Água Facturada a Clientes em Alta 157.233.416
TOTAL 216.516.773

64 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Gestão de Perdas e Fugas Perdas m3
33.235.303
São consideradas perdas de água, a água 29.451.068
perdida nos processos de tratamento 25.823.001
(ETA's), nas fugas ao longo da adução e
distribuição da água e factores geralmente
19.408.684
considerados de natureza económica, tais 16.247.274
como furtos, ausência/erro de leitura e 15.397.566
13.826.619
erros de medição. 13.203.794 10.425.435
Em 2009 e comparativamente ao ano anterior, 2007 2008 2009
houve um decréscimo do volume de água Total Perdas na Distribuição Perdas na Adução
associado às perdas de 3,6 milhões m3.
As perdas representaram 10,6 % da água captada, verificando-se uma melhoria neste
indicador face ao ano anterior, no qual as perdas se situaram nos 12,2% da água captada.
A água não facturada no Sistema de Produção e Transporte representou 4,31% do volume
captado, deduzido do volume entregue a Lisboa e do facturado aos Clientes Municipais.
A água não facturada no Sistema de Distribuição representou 13,50% do volume entra-
do em Lisboa.
A diminuição de perdas e roturas reflecte a acção desenvolvida pela empresa, desde
2002, para renovar extensivamente a rede de distribuição.
A segmentação da rede de distribuição em Zonas de Monitorização e Controlo (ZMC's)
e o desenvolvimento de sistemas de monitorização em contínuo, aliados a uma mais
eficaz selecção dos troços a intervencionar na rede, contribuíram para o aumento da
eficiência na sua gestão, produzindo resultados positivos na redução do volume de
perdas de água. Em 2009 encontravam-se implementadas 145 ZMC's, incorporando
cerca de 97% da rede, ou seja, cerca de 344 mil clientes e 1 169 km da rede.
Em 2009, foi actualizado o cálculo do Nível Económico de Perdas. O volume de água
não facturada em 2009 está compreendido entre os valores delimitadores do nível
económico de perdas.

EN9  |  Fontes hídricas significativamente afectadas pela captação de água

A EPAL dispõe de duas captações superficiais – na albufeira do Castelo do Bode, rio


Zêzere, e em Valada Tejo, rio Tejo, das captações subterrâneas de Alenquer, Lezírias e
Ota, entre outras, e de uma captação de nascente, os Olhos d’Água do rio Alviela.
Apenas relativamente às captações subterrâneas e de nascente se podem colocar pro-
blemas de afectação pela retirada de água.
Nas captações subterrâneas exploradas em 2009 – Alenquer, Lezírias e Ota – não se
registaram variações assinaláveis nos níveis de captação que se mantiveram dentro da
média histórica. Estão instalados sistemas “on line” para monitorização dos níveis dos
furos, não tendo sido assinaladas quaisquer situações críticas.
Em 2009, a captação dos Olhos d’Água passou a ter uma utilização residual no sistema
de abastecimento, tendo sido captados apenas 7 558 m3 ao longo do ano. Os danos pro-
vocados nas infra-estruturas de tratamento pelo tornado de 2008, as características da
água da nascente e as variações de caudal, justificaram a decisão de utilização residual.
Nestas condições, a água captada não pode afectar minimamente esta fonte hídrica.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 65


EN10  |  Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada

Para minimizar o impacte ambiental do consumo do recurso, a EPAL procede ao rea-


proveitamento, por reciclagem e reutilização, da água utilizada na produção e tenta
minimizar as perdas onde tal é viável.
Durante 2009 foram reaproveitados 3,7 milhões de m3, o que corresponde a 1,5% de
água reaproveitada face à água captada.
A tabela seguinte apresenta a quantidade reaproveitada de água nos últimos 3 anos
face ao volume de água captada no meio hídrico.

103 m3
Reciclagem e Reutilização de água 2007 2008 2009
ETA de Vale Lavagem de filtros da ETA de Vale da Pedra 1.368 1.611 1.541
da Pedra Perdas das cisternas 175 350 470

Lavagem dos filtros da ETA da Asseiceira 2.349 1.783 1.701


ETA da Linha 1 1.314 1.296
Asseiceira Linha 2 469 405
Água de lavagem dos Pressdegs 35 0 0

Total de Água Reciclada e Reutilizada 3.927 3.7455 3.712

Volume de água captada 243.193 241.110 242.955

% de água utilizada face à captada 1,6 1,5 1,5

EN11 e EN12  |  Localização e tamanho de área possuída dentro de Áreas


Protegidas e impacte nas mesmas

Algumas das infra-estruturas da EPAL estão localizadas em áreas protegidas, ocupan-


do cerca de 35 mil metros quadrados.
A captação dos Olhos d’Água, na nascente do rio Alviela, situa-se em pleno Parque
Natural das Serras D´Aire e Candeeiros cujas áreas estão classificadas como áreas
protegidas pelo Instituto de Conservação da Natureza, de acordo com o Decreto-Lei nº
118/79, de 4 de Maio, como Sítio de Interesse Comunitário - Rede Natura 2000 segundo
a Resolução do Conselho de Ministros nº 76/2000, de 5 de Julho e como Zona Húmida
de importância internacional (sítio RAMSAR 1616).
Algumas das instalações do Subsistema do Médio Tejo encontram-se igualmente
localizadas no referido parque natural, enquanto que parte do Aqueduto Alviela se
desenvolve nas margens dos seus limites.
As Serras D'Aire e Candeeiros são o mais importante repositório de formações calcá-
rias existentes em Portugal. A morfologia cársica, natureza do coberto vegetal, a rede
de cursos de água subterrâneos, uma fauna específica, são alguns dos aspectos rele-
vantes que levaram à classificação desta área protegida.

66 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


A captação dos Olhos d’Água, em 2009, deixou de apresentar potenciais impactes na
área protegida, uma vez que foi tomada a decisão de apenas se manter a sua explora-
ção residual. (Ver EN9).
Não se conhecem impactes consideráveis sobre as demais instalações e adutores
existentes no parque natural, uma vez que as raras intervenções, quando necessárias,
são cuidadosamente conduzidas de modo a repor as condições originais do coberto
vegetal, promovendo a rápida reposição das condições naturais indispensáveis à pre-
servação da biodiversidade.
Algumas das Captações das Lezírias e a respectiva conduta estão na fronteira com o
Estuário do Tejo.
O Estuário do Tejo encontra-se classificado como Reserva Natural, nos termos do DL
565/76, de 19 de Julho, como Zona de Protecção Especial para Aves Selvagens, inte-
grando directamente a rede Natura 2000, ao abrigo do Decreto-Lei nº 280/94, de 5 de
Novembro e como Sítio de Interesse Comunitário - SIC - Rede Natura 2000, segundo a
Resolução do Conselho de Ministros nº 142/97, de 28 de Agosto.
Internacionalmente o Estuário do Tejo está incluído na rede de reservas biogenéticas
do Conselho da Europa e na Lista de Sítios da Convenção de Ramsar (zonas húmidas
de importância internacional).
O estuário do Tejo tem um papel fundamental do ponto de vista ecológico, uma vez
que nele se concentra todo o material biológico arrastado ao longo do curso do rio, o
que transforma o estuário numa zona extremamente rica ao nível da biodiversidade,
nomeadamente no que diz respeito a aves migradoras, à cria de peixes e a uma zona de
sapal.
A existência e exploração das referidas infra-estruturas da empresa no estuário do
Tejo não tem impactes consideráveis conhecidos. A EPAL assegura a manutenção
e salvaguarda dos recintos e das faixas de protecção das condutas e intervém nos
processos de licenciamento de obras nos terrenos adjacentes, controlando assim os
impactes ambientais potenciais.

EN14  |  Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de


impactes na Biodiversidade

Prosseguiu, em 2009, o Projecto Nascentes para a Vida, cujo objectivo consiste na


realização de estudos e acções de divulgação e sensibilização para a conservação das
ribeiras e zonas húmidas da bacia drenante adjacente à Albufeira do Castelo do Bode.
O projecto resultou da adesão da EPAL à iniciativa europeia B&B - “Business & Biodiver-
sity”, com o envolvimento do ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e Biodiver-
sidade, do GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente e da
APENA – Associação Portuguesa de Engenharia Natural.
Este projecto identificou 5 Ribeiras representativas da área em estudo e um plano de
monitorização da qualidade da água da albufeira com 5 pontos de amostragem.
Neste ano procedeu-se ainda à caracterização da bacia afluente e das linhas de água,
tendo sido actualizadas as cartas de uso do solo, de vegetação, de risco de erosão, de
caracterização geológica, de fontes de poluição, de risco de incêndio, de intensidade
sísmica, entre outras.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 67


Albufeira de Castelo do Bode
Ribeiras objecto de intervenção e Pontos de Amostragem
1
A
Carta de uso do solo

Carta de unidades
de vegetação

Carta de risco de erosão C

3
D

4
Carta de fontes de
poluição 5

Ribeiras em estudo: Plano de monitorização - EPAL

1. Ribeira de Alge Pontos de amostragem:


2. Ribeira da Sertã A. Ribeira de Alge
3. Ribeira de Codes B. Ribeira da Sertã
4. Ribeira da Brunheta C. Ribeira de Codes
5. Ribeira da Aldeia do Mato D. Ribeira da Brunheta
E. Ribeira da Aldeia do Mato

Arrancaram os trabalhos de levantamento da situação geral da bacia afluente através


da acção “Watershed-watch”, em desenvolvimento pelo GEOTA.

68 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Realizou-se, em Junho, um Workshop na ETA da Asseiceira, sobre “Abordagens práticas à
gestão do Balanço Hidrológico e da Biodiversidade nas bacias de albufeiras”, que con-
tou com peritos nacionais e estrangeiros, tendo tido entre os participantes convidados
elementos de câmaras municipais, da ARH – Administração da Região Hidrográfica, da
APA – Agência Portuguesa do Ambiente e da GNR – Guarda Nacional Republicana.
A EPAL esteve presente no Fórum Biodiversidade 2009, que decorreu entre os dias 18
e 25 de Setembro no Centro de Congressos do Estoril, no âmbito do GreenFest, onde
realizou uma campanha de sensibilização, prevenção e influência para a preservação
da biodiversidade com a divulgação do projecto “Nascentes para a Vida”.
Das acções realizadas em 2009 em domínios relevantes para este indicador, destaca-se
a contribuição para a regularização do caudal ecológico do rio de Alenquer, através do
lançamento de 130.750 m3 de água da captação subterrânea (poço 4) de Alenquer, não
utilizada para o abastecimento, e a manutenção do caudal da ribeira da Ota, através do
lançamento de 1.420m3 de água.
No dia 22 de Maio – Dia Mundial da Biodiversidade, a EPAL preparou também uma
exposição denominada “EPAL e a Biodiversidade” com o propósito de divulgar as pre-
ocupações da empresa nesta matéria, reproduzindo, através de imagens e de ambien-
tes recriados com maquetas e figuras, as áreas protegidas e ecossistemas onde a EPAL
capta a água, suportando-se em imagens da fauna e flora características de cada zona.
Esta exposição teve lugar no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, com a duração
de 8 dias, tendo sido visitada por escolas e público em geral.
Como suportes foram ainda utilizados painéis temáticos com os volumes de captação,
um filme projectado na parede da Mãe d’Água, um folheto explicativo e apresentadas
algumas das metas ambientais da empresa.

EN16  |  Emissões directas e indirectas de gases causadores do efeito de estufa

Para o desenvolvimento da sua actividade, a EPAL foi responsável durante o ano 2009
pela emissão de gases com efeitos de estufa, resultantes da queima dos combustíveis
directamente utilizados pela empresa, nomeadamente, gás natural e butano, bem
como as emissões produzidas pelos motores de combustão interna, sejam os das via-
turas ou dos geradores de emergência.
Foi ainda responsável, de forma indirecta, pela emissão de gases com efeitos de estufa
resultantes da geração da electricidade adquirida.

Emissões directas
O cálculo destas emissões é efectuado com base no consumo de combustíveis, apre-
sentado no indicador EN3, contabilizado em 2009 e nos factores de emissão publica-
dos no sítio da Internet da Agência Portuguesa do Ambiente.

Fonte Energia (GJ) Factor de emissão (kgCO2/GJ) Emissões totais (t)


Gasóleo 14.834 74,1 1.099,18
Gasolina 1.242 68,6 85,20
Gás Natural 1.519 56,1 85,23
GPL 173 63,1 10,89
Total 1.280,49

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 69


Emissões Indirectas
Para cálculo destes valores recorreu-se à informação fornecida sobre a matéria pelos
fornecedores de energia, nomeadamente a EDP e a Iberdrola.

Fornecedor Emissão específica (gCO2/kWh) Consumo (kWh) Emissões (t)


EDP 340,62 67.278.756 22.916,49
Iberdrola 50 83.147.679 4.157,38
Total   150.426.435 27.073,87

Fazendo o comparativo dos últimos dois anos:

Total Emissões - histórico (Unidade: t CO2)


Tipo 2008 2009
Directas 1.267 1.280
Indirectas 54.735 27.074
Total 56.002 28.354

Também neste caso e à semelhança do referido no indicador EN4, houve uma altera-
ção na metodologia de cálculo do indicador em 2008, pelo que apenas são apresenta-
dos os dois últimos anos.
Constata-se assim uma significativa redução das emissões indirectas de CO2, estando
esta relacionada com o aumento do contributo das energias renováveis, conforme foi
já referido no indicador EN4.

EN17  |  Outras emissões indirectas relevantes de gases causadores do


efeito de estufa.

A maioria das emissões indirectas relevantes de gases de efeitos de estufa (GEE) está
reflectida no EN16 uma vez que:
- Não existem grandes emissões indirectas de GEE, em comparação com as emissões
das actividades relacionadas com os consumos de energia e incluídos no EN16;
- Não existem outras emissões indirectas que se considerem críticas para os stakeholders;
- Não existem medidas que a EPAL possa desenvolver para reduzir eventuais emissões
indirectas que não resultantes dos consumos de energia.
Não foi possível, por ausência de dados, incluir neste relatório os consumos resultan-
tes das actividades subcontratadas pela EPAL, ao nível de manutenção, obras e outras.
Relativamente ao transporte de lamas geradas nas ETA’s da Asseiceira e Vale da Pedra,
que é subcontratado pela EPAL, estima-se que, relativamente ao ano 2009, terá sido
responsável pela emissão de cerca de 30,2 toneladas equivalentes de CO2.

EN18  |  Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito


de estufa

As emissões de gases com efeito de estufa (GEE), associadas à actividade da EPAL,


resultam, essencialmente do consumo de energia eléctrica. Deste modo, as iniciativas

70 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


para a redução dos consumos de energia eléctrica, já descritas nos indicadores EN5 e
EN6, contribuem para a redução das emissões de GEE.
Importa referir, ainda, os projectos, em curso, de produção de energia a partir de fon-
tes renováveis
Durante o ano 2009 os sistemas de microgeração fotovoltaica produziram energia
eléctrica correspondente a 18,96 t de CO2, de acordo com as taxas de emissão da EDP.
Não se apresenta comparação com o ano anterior uma vez que esse valor foi estimado.
O valor estimado relativo à poupança de combustível resultante da formação em Eco
Condução, permitirá evitar a emissão de aproximadamente 80 t de CO2.
Não há ainda elementos concretos relativos ao potencial de geração de energia eólica.
Relativamente às centrais mini hídricas, a poupança prevista ascende a 3689 t de CO2
também de acordo com as taxas de emissão da EDP.
Este valor estimado é inferior ao indicado no relatório de 2008, porque as taxas de emis-
são da EDP passaram de 387,63 gCO2/kWh, em 2008, para 340,62 gCO2/kWh, em 2009.

EN19  |  Substâncias destruidoras da camada de Ozono

Apesar de no processo produtivo da EPAL não serem utilizadas substâncias destruido-


ras da camada de Ozono, algumas actividades transversais e de suporte à empresa utili-
zam equipamentos susceptíveis de contribuírem para a depleção da camada de Ozono
(como é o caso dos aparelhos de ar condicionado, chillers, frigoríficos de refeitórios e
laboratórios, sistemas fixos de extinção de incêndios e secadores de compressores).
Em 2009, procedeu-se à revisão e actualização dos mapas de equipamentos contendo
substâncias regulamentadas que empobrecem a camada de Ozono utilizados pela
EPAL, tendo sido criado um Plano único de Monitorização e Medição. Foram abati-
dos 11 equipamentos de ar condicionado, contendo um total de 5,31kg de substância
regulamentada R22, em resultado de operações de manutenção e controlo de fugas
previstas na legislação.
É importante referir que a EPAL é detentora de um total de 1219,75 kg de R22, no con-
junto dos diversos equipamentos dispersos por todas as instalações e sob responsabi-
lidade de diversas áreas funcionais.

EN20  |  NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

As emissões de NOx e de SOx provenientes de fontes fixas eventualmente significativas e


passíveis de serem monitorizadas de acordo com o Decreto-Lei 78/2004 são a caldeira e a
forja existentes no recinto dos Olivais. A caldeira trabalha a gás natural e é utilizada para
aquecimento de águas e condicionamento térmico dos edifícios. A Forja está desactivada.
Para avaliar a significância das emissões atmosféricas destes equipamentos, a EPAL
realizou duas monitorizações em 2008. Analisados os resultados verificou-se que tais
emissões não são de todo significativas, dado que os VLE estavam conformes em todos
os parâmetros, nas duas fontes. Por outro lado, os caudais mássicos de emissão de
todos os poluentes medidos foram consistentemente inferiores aos respectivos limia-
res mássicos legais, pelo que a CCDR LVT dispensou a EPAL da monitorização anual
(Ofício DAS/DLA-000101-2009). A próxima medição apenas é devida em 2011.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 71


Estimativa da Massa de poluentes emitidos para a atmosfera durante 2008
(em kg e para cada poluente legislado)

  2007 2008 2009


Caldeira Forja Caldeira Forja Caldeira Forja
Óxidos de Azoto 192,72   91,55   _  
Monoxido de carbono 43,8   132,74   _  
COVs (Carbono total) 43,8   34,79   _  
Partículas totais em suspensão   26,75   *   _
Arsénio   0,0029   *   _
Cádmio   0,01   *   _
Crómio   0,02   *   _
Cobre   0,0002   *   _
Níquel   0,021   *   _
Chumbo   0,406   *   _
* desactivada desde 2008.

EN21  |  Descarga Total de Água por qualidade e destino

As águas residuais domésticas geradas nos diversos recintos e instalações da EPAL são
encaminhadas para os esgotos municipais. Nos 3 recintos onde tal não é possível (EE
de Vila Franca de Xira, ETA da Asseiceira e ETA de Vale da Pedra), foram instaladas
ETAR's para tratamento prévio às descargas, que estão devidamente licenciadas e que
são alvo de monitorização trimestral.
Numa lógica de melhor entrosamento com as partes interessadas locais, está em estu-
do a substituição das ETAR's por ligação destas três descargas aos sistemas de trata-
mento locais, ainda que a EPAL tenha que investir na implantação das redes necessá-
rias para ligar os três recintos às redes municipais locais.

Instalações da EPAL com ETAR

Instalação Local de Descarga /Licença Sistema de Tratamento


Linha de água afluente do rio
EE de Vila Franca
Tejo / Licença nº
de Xira
ARHT/0237.08/T/L/AR.D ETAR compactada por sistema de lamas activadas
em arejamento prolongado, antecedida de um
Linha de água afluente de separador de gorduras (40hab.equiv).
ETA da Assei-
ribeira de Tancos / Licença nº
ceirax
ARHT/0275.08/T/L/AR.D
6 ETAR's compactadas por sistema de lamas activa-
das em arejamento prolongado:
ETA de Vale da Vala da Azambuja / Licença - 2 ETAR's (7 hab.equiv) uma antecedida de um sepa-
Pedra n.º ARHT/0271.08/T/L/AR.D rador de gorduras (40 hab.equiv).
- 2 ETAR's (10 hab.equiv)
- 2 ETAR's (15 hab.equiv)

Os parâmetros e VLE estipulados nas Licenças foram integralmente cumpridos em 2009.

72 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Resultados da monitorização de efluentes tratados
2007 2008 2009

Monitorização de efluentes * ETAR


VF Assei- V. VF Assei- V. VF Assei- V.
Xira ceira Pedra Xira ceira Pedra Xira ceira Pedra
Parâmetros VLE
pH (u.s.) 6_9 6,8 7,35 7,5 7,65 7,28 7,35 7,375 7,4 7,975
CQO (mg/l) 150 33,5 70 17,1 20 38,25 23,5 21,25 41,5 14,75
CBO5 (mg/l) 40 20,12 26,57 3,925 7,4 15,1 5,47 10,25 13,75 3
SST (mg/l) 60 17,25 17,25 4,62 11,63 15 6 3,5 11 2,5
Óleos e gordu-
ras (mg/l) 15 2,3 0,3 0,75 0,35 0,525 0,3 0,3 0,525 0,3

Detergentes
(mg /MBAS/I) 2 1,05 1,48 0,51 0,37 0,53 0,38 0,3475 0,2425 0,16
* valores médios resultantes das 4 medições trimestrais

Existe um único Recinto – Olivais, de cuja actividade resultam águas residuais indus-
triais. Com efeito, na Oficina de Contadores são geradas águas de pintura e de lavagem
de contadores. Também esta descarga está devidamente autorizada, por licença re-
atribuída pela CM de Lisboa, sendo monitorizada uma vez por ano. O volume de águas
residuais encaminhado para o colector municipal foi de 829 m3. Os resultados da moni-
torização demonstraram três incumprimentos (parâmetros CBO5 e CQO), para os quais
não se encontra outra explicação que não a deficiente colheita da amostra.

Monitorização de Efluentes Industriais


Unidade de Manutenção de Medidores
Parâmetros VLA 2007 2008 2009
Água de Lavagem  
pH (u.s) 5,5_9,5 6,8 6 6,7
CQO (mg/l O2) 150 118 20 220
Detergentes (mg /MBAS/I) 50 1,62 1,8 4,9
Sulfuretos (mg/l) 2 <0,1 <0,1 <0,1
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 1000 33 15 46
Óleos e gorduras (mg/l) 150 7 <0,3 7,7
Hidrocarbonetos (mg/l) 60 1,4 <0,3 2,1
Cobre (mg/l) 5 0,34 1,7 0,92
Zinco (mg/l) 5 0.78 * *
Cabine de pintura  
pH (u.s) 5,5_9,5 7.3 7.7 7,4
CQO (mg/l O2) 150 15 2352 1400
CBO5 (mg/l O2) 40 4,9 91,8 2100
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 1000 23 20 125
Óleos e gorduras (mg/l) 150 < 0,3 15 14
Hidrocarbonetos (mg/l) 60 < 0,3 5,8 5,3
Chumbo (mg/l) 2 <0,05 < 0,2 0,04
Cobre (mg/l) 5 <0,12 0,2 0,57
Crómio (mg/l) 5 <0,05 <0,05 *
 Caudal (m3) n.a. 1377 893 829
*Parâmetro não monitorizado por lapso

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 73


EN22  |  Quantidade total de resíduos por tipo e destino

As lamas continuam a ser o mais importante resíduo da actividade da EPAL, represen-


tando 97,5% do total de resíduos produzidos. Estas são parqueadas para secagem, e
posteriormente encaminhadas para cimenteiras, onde são incorporadas como maté-
ria-prima no fabrico de cimento.
Para assegurar a correcta triagem e armazenamento de resíduos, a empresa dispõe de
4 ecocentros, nos recintos de Olivais, Vila Franca de Xira, Vale da Pedra e Asseiceira,
todos licenciados para essas funções. Os resíduos têm como destino operadores licen-
ciados, privilegiando-se as opções de valorização. Os resíduos de tonners e tinteiros
são doados à Fundação Gil, que desta forma obtém o lucro da sua valorização.

Total de resíduos produzidos

12.675,8 ton Resíduos


perigosos
Resíduos não
perigosos

8.439,5 ton 8.539,66 ton


28.4 ton 40 ton 24.4 ton

2007 2008 2009


Fonte: Guias de acompanhamento de resíduos produzidos em cada recinto, reportadas à Agência Portuguesa do
Ambiente via SIRAPA (Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente).

Relativamente a 2008, o total de resíduos produzidos teve um aumento de 1,0% (84,5


toneladas). Este facto resultou de uma acção de inventariação efectuada no parque de
materiais da Rede de Distribuição, onde foram encontradas condutas que, pelo seu
estado de conservação, foram encaminhadas para reciclagem. Este aumento reflectiu-
se na maior quantidade de resíduos valorizados em 2009.

Resíduos não perigosos produzidos

12.434 Lamas Outros resíduos não


produzidas perigosos produzidos
toneladas

8.328 8.348

240.7 110.6 191.3

2007 2008 2009


Fonte: Guias de acompanhamento de resíduos produzidos em cada recinto, reportadas à Agência Portuguesa do
Ambiente via SIRAPA (Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente).

74 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Destino final dos resíduos produzidos

12.440,5 Armazenados
na unidade de
toneladas Valorizados Eliminados produção

8.345,4 8.349,1

217,7
158,4
85,4
45,8 48,7 56,6

2007 2008 2009


Fonte: Guias de acompanhamento de resíduos produzidos em cada recinto, reportadas à Agência Portuguesa do
Ambiente via SIRAPA (Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente).

EN23  |  Número e volume total de derrames significativos

Em 2009, não foram registados derrames de volumetria significativa, ou que tenham


tido consequências financeiras.

EN24  |  Peso de resíduos transportados, importados, exportados e trata-


dos considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia - ane-
xos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transporta-
dos internacionalmente

Não houve, em 2009, resíduos perigosos nos termos da Convenção de Basileia.

EN25  |  Identificação, tamanho, status de protecção e índice de biodi-


versidade de corpos de água e habitats relacionados significativamente
afectados por descargas de água e drenagens realizadas pela organização

Durante 2009 continuaram a ser monitorizadas as três descargas de águas residuais


tratadas da EPAL para linhas de água. Estas linhas não foram afectadas na sua qualida-
de, já que os VLE legislados continuaram a ser cumpridos (ver EN21).
As imagens aéreas na página seguinte ilustram os locais de descarga em causa:
Descarga 1 - PMV - Descarga para a Vala da Azambuja , situada no local denominado
Vale da Pedra, na Concelho do Cartaxo (coordenadas militares M:142,775; P 236,600).
Descarga 2 - PMX - Descarga para a linha de água afluente do Rio Tejo , situada no
local denominado por Vila Franca de Xira, no Concelho de Vila Franca de Xira (coorde-
nadas militares M:127,300; P 224,250).
Descarga 3 - PMA - Descarga para a linha de água afluente da Ribeira de Tancos , situ-
ada no local denominado por Asseiceira, no Concelho de Tomar (coordenadas milita-
res M:175,725; P 283,500).

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 75


1

1 - Descarga 1 PMV 2 - Descarga 2 PMX 3 - Descarga PMA

EN26  |  Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e


serviços e a extensão da redução desses impactos

A identificação e avaliação dos impactos ambientais das actividades desenvolvidas


pela empresa processa-se nos termos do seu Sistema de Gestão Ambiental, o qual pre-
vê a existência de programas anuais de gestão.
O programa de gestão ambiental de 2009 considerou 10 objectivos, desmultiplicados
em 57 metas, a atingir através de 64 acções. Dos objectivos, metas e acções relevantes
ao indicador em referência há a registar o seguinte:

Objectivo 1.1 Redução de Perdas

Meta Resultado
Perdas anuais totais <12,2% 10,6%
Perdas anuais na Rede de Distribuição <16 milhões m3/ano 15,40 milhões m3/ano
Perdas anuais na rede de produção e Transporte <12,7 milhões m3/ano 10,47 milhões m3/ano
Substituição e reabilitação de condutas da Rede
de Distribuição 30 km 34,32 km
Implementação de ZMC’s 35 unidades 35 ZMC’s

Objectivo 1.2 Racionalização de Consumos de Água

Meta Resultado
Implantação do sistema de rega automática e
100% Obra em curso
arranjos exteriores na ETA da Asseiceira
Reaproveitamento das águas perdidas na ETA da
Asseiceira, com inclusão de bacia de retenção e 100% 100%
utilização destas águas na rede de rega

Objectivo 2.1 Certificação Energética de edifícios

Meta Resultado
Continuação do processo de Certificação do
Até 2010 Em curso
Edifício da Sede
Análise de edifícios da Empresa para verificação
daqueles que estarão sujeitos à obrigação da Certi- 100% 100%
ficação Energética e da Qualidade do Ar interior

76 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


2 3

Objectivo 2.2 Implementação de Sistemas para o aproveitamento do potencial


energético da EPAL e produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis:
foto voltaica, eólica e mini hídrica

Meta Resultado
Implementação de sistemas foto voltaicos ao abrigo do Programa Reno-
100% 100%
váveis na Hora

Monitorização do potencial eólico dos recintos de Alto Carenque, Alto


Até 2010 Em curso
dos Guerreiros, Alcanhões, Vila Fria e Castelo de Bode

Análise das viabilidades técnica e económica da instalação de turbinas em


100% 100%
adutores do Castelo de Bode e da Circunvalação para produção energética

Lançamento de concursos para implementação das micro hídricas em


Até 2010 Em curso
Vila Fria e Amadora

Objectivo 4.2 Recipientes sob pressão

Meta Resultado
Regularização das autorizações de funcionamento dos equipamentos sobre 16 regular-
48 ESP
pressão das instalações operacionais de Vila Franca de Xira, Lisboa e Amadora izados

Objectivo 5.1 Controlo de equipamentos com gases frigogénicos e fluorados

Meta Resultado
Assegurar a implementação do plano de abate dos equipamentos ainda
existentes na EPAL contendo R22 100% 100%

Assegurar que as intervenções efectuadas em equipamentos de refrigera-


ção, ar condicionado e bombas de calor são registadas de acordo com a 100% ap. 100%
nova legislação

Objectivo 7.1 Diminuição e Valorização dos resíduos produzidos

Meta Resultado

Valorização dos resíduos produzidos na EPAL (exceptuando as lamas). 50% 73,7%

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 77


Objectivo 7.2 Gestão de lamas geradas nas ETA's

Meta Resultado
Lançamento de concurso para instalação de sistema de secagem
Até 2010 Em curso
térmica solar de lamas na ETA da Asseiceira
Encaminhamento de lamas na Asseiceira 6000 toneladas 6306,40 ton
Encaminhamento de lamas em Vale da Pedra 3000 toneladas 3065,50 ton

EN27  |  Percentagem de produtos e embalagens recuperados em relação


ao produto vendido

No âmbito do seu processo produtivo, a EPAL não recupera o produto vendido, uma
vez que se trata de água para consumo humano.
No entanto, na prestação de serviços de calibração, verificação e reparação de conta-
dores, assegurada pela Unidade de Manutenção de Medidores existente nos Olivais, a
empresa colocou no mercado 1043 embalagens de cartão, com um peso médio de 700 gr.
cada, o que corresponde a 730 kg de embalagens.
A EPAL aderiu ao Sistema Integrado da Sociedade Ponto Verde, entregando anualmen-
te a sua declaração simplificada, uma vez que o peso colocado anualmente é inferior a
20 toneladas.

EN28  |  Valor monetário de multas significativas e número total de


sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e
regulamentos ambientais

No ano de 2009 não se verificou qualquer multa, sanção monetária ou processo movi-
do por mecanismos de arbitragem respeitantes a incumprimentos ambientais.

78 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


EN30  |  Total de investimentos e gastos em protecção ambiental

Os investimentos com impacto ambiental positivo, realizados em 2009, tiveram prin-


cipal incidência em projectos e obras para a redução das perdas de água, valorização
de lamas e optimização do consumo energético.
Relativamente aos custos correntes com o Sistema de Gestão Ambiental, salientam-se
os custos incorridos com a certificação do sistema, recolha, transporte, tratamento,
valorização e deposição de resíduos e o seguro de responsabilidade ambiental.

Tipo de investimento e custo Investimentos/ Custos


Substituição e renovação da rede de distribuição e transporte de água 8.963.925 €
Reabilitação de estações elevatórias e reservatórios 2.601.774 €
Implementação de zonas de monitorização e controlo (ZMC’s e ZMT’s) 467.224 €
Macro-medição na Adução – Segmentação e sectorização dos adutores para 111.545 €
permitir o balanço hídrico
Reabilitação de condutas e adutores 921.498 €
Projectos de optimização da eficiência energética 164.943 €
Remodelação de Postos de Cloragem 126.485 €
Protecção da Biodiversidade 126.170 €
Seguro de Responsabilidade Ambiental 13.267 €
Certificação externa do Sistema de Gestão Ambiental – APCER 4.457 €
Serviços externos - Consultoria 3.525 €
Recolha, transporte, tratamento, valorização e deposição de resíduos 215.069 €
Manutenção de Estações de Tratamento de Águas Residuais e Monitoriza- 23.213 €
ção dos efluentes

TOTAL 13.743.094 €

Montado de sobro - entardecer estuário do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 79


80 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Lontra (Lutra lutra) - discreta mas comum nos muitos recantos ribeirinhos da Lezíria do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 81


I ndicadores
de desempenho
Social
7.

82 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Abordagem de Gestão

A dimensão social do desempenho da EPAL afirma-se nas vertentes das práticas labo-
rais e no trabalho condigno, dos direitos humanos, da sociedade e da responsabilidade
pelo produto. A EPAL dispõe de meios eficazes de acompanhamento e controlo do seu
desempenho social.
Relativamente às práticas laborais e à dignidade do trabalho há a considerar e existên-
cia, entre outras realidades e meios, do Acordo de Empresa, objecto de revisões anuais
negociadas com todas as organizações sindicais representativas dos trabalhadores e
no qual se consagram os direitos e deveres das partes e se regulam os aspectos funda-
mentais das relações de trabalho.
Funciona ainda, regularmente, na empresa, a Comissão de Trabalhadores, eleita pe-
riodicamente por estes, cujos membros dispõem de um dia por semana para desen-
volvimento das suas actividades, podendo reunir com o Conselho de Administração
sempre que considerado necessário e oportuno.
No domínio dos direitos humanos, a EPAL dispõe do seu Código de Ética e de Conduta,
publicamente divulgado, onde estão consagrados os valores da empresa e os princípios
que devem nortear as relações desta com os seus stakeholders e destes com a empresa.
Existem práticas sistemáticas e consistentes, nomeadamente ao nível da contratação
de serviços, em que se exige o cumprimento da legislação aplicável e o controlo dos
aspectos fundamentais dos direitos humanos.
Quanto ao desempenho da empresa para com a sociedade, o aspecto mais relevante
é o dos serviços prestados de fornecimento de água com qualidade e na quantidade
necessária, a cerca de 2,9 milhões de pessoas.
No entanto, tanto histórica como culturalmente, a EPAL está atenta à sociedade em
que se compreende e mantém com ela espaços de diálogo e de interacção que compre-
endem iniciativas culturais e sociais de várias naturezas.
A responsabilidade pelo produto é demonstrada pela existência de exigentes planos
de monitorização e controlo da qualidade, de avançados sistemas de telegestão dos
processos e infra-estruturas, de redes de analisadores em contínuo, de equipas opera-
cionais disponíveis 24 horas por dia.
O desempenho da EPAL nas vertentes acima consideradas é acompanhado, controlado
e decidido pelo Conselho de Administração, cujos 5 membros, todos executivos, se
reúnem semanalmente para o efeito.

Práticas Laborais e Trabalho Condigno

Emprego
LA1  |  Total de Trabalhadores

Total de trabalhadores
  2007 2008 2009
Trabalhadores da EPAL 795 64% 788 66% 768 70%
Trabalhadores não pertencentes à EPAL 440 36% 406 34% 337 30%
TOTAL 1235 100% 1194 100% 1105 100%

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 83


trabalhadores da EPAL trabalhadores não pertencentes à EPAL
795 788
768

440 405 337

2007 2008 2009

A EPAL recorre à contratação de empresas para a prestação de diversos tipos de


serviços. Estes serviços encontram-se discriminados na tabela seguinte, na categoria
“Trabalhadores não pertencentes à EPAL”.

2007 2008 2009


Trabalhadores da EPAL 795 788 768
Trabalhadores não pertencentes á EPAL 440 406 337
Serviço ao cliente (contact center, leituras e serviços domiciliários) 64 59 61
Subcontratados para serviços de manutenção (manutenção da rede, novos
abastecimentos, manutenção preventiva de instalações e equipamentos,
173 129 88
operação de Vale da Pedra, manutenção de sistemas de informação e
equipamentos)
Trabalhadores avençados 16 15 11
Subcontratados para serviços de apoio (refeitórios, vigilância, espaços verdes, 187 203 168
limpeza, medicina, informática e jurídicos)
Subcontratados para apoio aos laboratórios (*) - - 9
(*) Valor contabilizado a partir de 2009

Trabalhadores
Avençados
11
1%
Trabalhad. EPAL Outros

768 337 Serviço ao Cliente


70 % 30% 61
5%

Subcontratados para
serviços de manutenção
88
8%

Subcontratados
para serviços de
apoio
Subcontratados para 168
serviços de apoio aos 15%
laboratórios
9
1%

84 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


TOTAL DE TRABALHADORES 2007 2008 2009
Trabalhadores efectivos 762 96% 756 96% 747 97%
Trabalhadores a prazo 33 4% 32 4% 21 3%
TOTAL 795 100% 788 100% 768 100%

Os contratos de trabalho existentes na EPAL são, na sua maioria, contratos de trabalho


a termo incerto. Devido à entrada no regime de reforma antecipada de vários traba-
lhadores, entraram na empresa novos colaboradores, os quais, de acordo com o prazo
permitido por lei, ainda não se encontram efectivos.

LA2  |  Número total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária


e género

Número de empregados por faixa etária e género - 2009

30 21 277 116 264 60

<30 30-50 >50

Número de empregados que deixaram a organização em 2009

0 2 0 2 31 8

<30 30-50 >50

Rotatividade Global:
  2007 2008 2009
Saídas de Trabalhadores na EPAL 36 22 43
Índice de Rotatividade 5% 3% 6%

A taxa de rotatividade é dada por:

Tr = Nº de saídas de trabalhadores x 100


Nº total de trabalhadores

Rotatividade por Faixa Etária


2007 2008 2009
<30 30-50 >50 <30 30-50 >50 <30 30-50 >50
Saídas de Trabalhadores da EPAL 2 4 30 0 2 20 2 2 39
Índice de Rotatividade 0,3% 0,5% 3,8% 0,0% 0,3% 2,5% 0,3% 0,3% 5,1%

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 85


Rotatividade por Género
2007 2008 2009
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Saídas de Trabalhadores da EPAL 28 8 15 7 31 12
Índice de Rotatividade 3,5% 1,0% 1,9% 0,9% 4,0% 1,6%

LA3  |  Benefícios dos colaboradores

Na EPAL, todos os trabalhadores usufruem dos mesmos benefícios sociais, indepen-


dentemente de se encontrarem na situação de efectivos ou de contrato a termo.
A empresa disponibiliza, para além dos previstos por lei, os seguintes benefícios:
- Seguro de saúde: Assistência Médica Ambulatória, Assistência Médica Hospitalar,
Próteses, Partos, Medicamentos, com as seguintes coberturas:

COBERTURA VALOR (EUR)


Assistência Médica Hospitalar 9000
Assistência Médica Ambulatória 1000
Medicamentos 250
Parto Cesariana 1500
Normal 750
Aborto Espontâneo 375
Estomatologia 250
Próteses e Ortóteses 1000

-  Medicina dentária: consultas gratuitas.


No final de 2009 foi adquirida uma nova cadeira de estomatologia para o Consultório
do Edifício Sede, apresentando um equipamento actualizado e ergonómico, com mais
conforto para os utentes e melhores condições de trabalho para o médico dentista,
resultando numa melhoria geral do serviço prestado.
-  Fisioterapia: recuperação física.
-  Distribuição de lucros: os estatutos da EPAL prevêem a distribuição de lucros aos
trabalhadores.
-  Prémio de desempenho: atribuído de acordo com um método de cálculo que inclui
3 factores:
yy o absentismo;
yy a avaliação de desempenho anual;
yy o enquadramento profissional.
-  Um dia de férias a mais do que o estipulado por lei.
-  5 Refeitórios localizados nos recintos da Av. da Liberdade, Olivais, Vila Franca de
Xira, Vale da Pedra e Asseiceira. Existia mais um refeitório no recinto do Arco, que foi
desactivado em meados de 2009, pelo facto de a maioria do pessoal que laborava no
recinto ter sido colocado nos Olivais.

86 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


-  Consultas de Nutrição e Reeducação Alimentar destinadas a proporcionar aos
trabalhadores acompanhamento específico relativamente à dieta alimentar e aos bons
hábitos alimentares.
-  Aconselhamento e acompanhamento de trabalhadores interessados em deixar de
fumar, nos termos de protocolo de prevenção antitabágica assinado, em Março, com o
INCP - Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva
-  Complemento de subsídio de doença, calculado da seguinte forma:

Complemento de Subsídio de Doença = Salário Líquido – Subsídio Segurança Social

-  Fundo de pensões/Complemento de reforma:


Coexistem dois planos de pensões: Benefício Definido e Contribuição Definida.
O plano de pensões de Benefício Definido é calculado de acordo com a seguinte fórmula:

CR = Remuneração mensal x 14 x n (antiguidade) x 2,6% - Pensão da Segurança Social


12

O plano de pensões de Contribuição Definida é financiado de acordo com a seguinte


fórmula:
CD = (Vencimento Total + Subsídio de férias + Subsídio de Natal) x 3.5%

-  Ocupação de Tempos Livres para os filhos dos trabalhadores com idade dos 6 aos 25
anos, com duas modalidades:
•  OTL/Infantil e Juvenil (Colónia de Férias) – dos 6 aos 17, com recurso a Campo de
Férias, em regime de internato e gerido por empresas da especialidade, por um pe-
ríodo máximo de 2 semanas. É suportado pela EPAL havendo lugar a uma pequena
comparticipação dos pais a título simbólico.
•  OTL/Empresa – dos 18 aos 25 anos, sendo proporcionada, no período de verão, a
colocação de jovens em serviços da empresa, durante duas semanas, onde desenvol-
vem actividades de apoio, com direito a refeições e ao abono diário de uma com-
pensação monetária.

LA4  |  Percentagem de empregados abrangidos por acordos de negocia-


ção colectiva

Todos os trabalhadores da EPAL estão cobertos pelo Acordo de Empresa, independen-


temente do vínculo contratual (efectivos ou a termo), ou de se encontrarem ou não
sindicalizados.

2007 2008 2009


Trabalhadores sindicalizados 495 62% 470 60% 437 57%
Trabalhadores não sindicalizados 300 38% 318 40% 331 43%
Total de trabalhadores da EPAL 795 788 768

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 87


LA5  |  Prazo mínimo para notificação com antecedência, referente
a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está
especificado em acordos de negociação colectiva.

Não tendo havido alterações ao acordo de empresa celebrado entre a EPAL e as organi-
zações sindicais representativas dos trabalhadores ao serviço da empresa, mantém-se
o estabelecido no capítulo VII do AE, que define um pré-aviso de 48 horas para mu-
danças de área ou de local de trabalho. Determina também a necessidade de acordo do
trabalhador para mudança de área geográfica, acordo não exigido para mudança de
local de trabalho dentro da mesma área.
Em Maio de 2009 foi implementada uma nova estrutura orgânica na empresa resul-
tante do Projecto Visão EPAL II. Este projecto foi amplamente comunicado nas suas
diversas fases a todos os trabalhadores, tendo sido criado um plano de comunicação
em cascata a toda a organização e efectuadas diversas reuniões de apresentação do
projecto, para além da sua divulgação através de meios internos de comunicação
escrita. A prática adoptada pela EPAL de manter os colaboradores informados da
alteração estrutural, constituiu um dos princípios basilares da sua actuação ao longo
do processo.

LA6  |  Percentagem de empregados representados em comités formais


de segurança e saúde, que ajudam na vigilância e aconselhamento sobre
programas de SST.

Na EPAL, as funções relativas a saúde e segurança no trabalho são asseguradas por


uma área especializada da Direcção de Recursos Humanos, existindo 37 trabalhadores
espalhados pela empresa com formação nos domínios da prevenção, segurança e actu-
ação em situações de sinistro ou acidente, designados prevencionistas. Para este efeito,
não estão constituídos comités formais de segurança e saúde.
Em 2009, no âmbito do plano de contingência da Gripe H1N1 e como medida preven-
tiva de combate à pandemia de Gripe A, foram designados 32 gestores de gripe para as
diversas instalações da empresa, aos quais foi ministrada formação específica nessa
área, com o objectivo de colaborarem no controlo de ocorrências e de gerir os fluxos
de informação aos restantes colaboradores.

LA7  |  Tipos de lesões, dias perdidos, índice de absentismo e número de


óbitos relacionados com o trabalho

São apresentados os valores relativos aos trabalhadores da EPAL nos anos 2007, 2008 e
2009.
Os registos e as notificações dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, são
efectuados, pelo serviço competente da empresa, de acordo com a legislação em
vigor, a qual se baseia nas recomendações da OIT – Organização Internacional do Tra-
balho. As comunicações são feitas às entidades competentes, nomeadamente a IGT
– Inspecção Geral do Trabalho, quanto aos acidentes de trabalho, e o CNPRP - Centro
Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais, no que diz respeito às doenças
profissionais.

88 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Lesões
Tipo de Lesões 2007 2008 2009
Feridas e lesões superficiais 5 5 6
Fracturas 1 2 0
Deslocações, entorses e distensões 10 16 10
Amputação 0 0 0
Concussões e lesões internas 14 3 9
Queimaduras, escaldaduras, congelação 0 0 0
Envenenamentos (Intoxicações) 0 0 0
Afogamento e Asfixia 0 0 0
Efeitos do Ruído, vibrações e pressão 0 0 0
Efeitos de temperaturas extremas e radiações 0 0 0
Choques 0 0 0
Lesões múltiplas 0 2 1
Outras lesões 3 0 0
Total 33 28 26

Taxa de Lesões
2007 2008 2009
Número de Lesões 33 28 26
Taxa de Lesões 4,8 4,2 3,9
Horas de Trabalho Prestado 1.372.740 1.348.043 1.331.880

Taxa de Lesões (TL) = Nº de lesões x 200.000 / Nº de horas trabalhadas

35 5
30
4
25
20 3

15 2
10
1 Número de lesões
5
Taxa de lesões
0 0
2007 2008 2009

Dias Perdidos
Taxa de Dias Perdidos
2007 2008 2009
Dias Perdidos* 867 516 1.199
Taxa de Dias Perdidos 122 74 173
Horas Possíveis de Trabalho 1.420.874 1.389.290 1.387.435
*Dias de Trabalho

Taxa de dias Perdidos (TDP) = Nº de dias perdidos x 200.000 / Nº de horas trabalhadas

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 89


1400 200
180
1200
160
1000 140
800 120
100
600 80
400 60
40 Dias perdidos
200
20
0 0 Taxa de dias perdidos
2007 2008 2009
Notas:
yyO factor 200.000 nas fórmulas de TL e TDP (que expressa 50 semanas de trabalho de 40 horas de 100
trabalhadores) é utilizado por se pretender que a taxa esteja relacionada com o nº de empregados e não
com o nº de horas.
yyNº de acidentes: Acidentes no local de trabalho mais acidentes in itinere.
yyNº de dias perdidos: São resultantes de acidentes de trabalho do próprio ano, acidentes de trabalho de
anos anteriores, acidentes in itinere. Os dias de incapacidade são contados a partir do 1º dia útil após o
dia do acidente, sem interrupções (de calendário).

Absentismo
Taxa de Absentismo
2007 2008 2009
Dias de Absentismo 5.814 5.021 6.317
Taxa de absentismo* 2,86% 2,53% 3,19%
Dias de Trabalho Possíveis 202.982 198.470 198.205
* Não inclui horas de absentismo por casamento, nojo, parto, aleitação, parto de esposa e trabalhador estudante

yyTaxa de Absentismo (TA) = Total de dias de absentismo x 100 / Nº de dias trabalhados


yyNota: Este indicador foi calculado, considerando 7 horas de trabalho por cada dia de trabalho.

7000 3.5
6000 3.0
5000 2.5
4000 2.0
3000 1.5
2000 1.0
1000 0.5 Dias de absentismo

0 0.0 Taxa de absentismo


2007 2008 2009

Óbitos
Nos anos 2007, 2008 e 2009, não se registaram quaisquer acidentes fatais, resultantes
de lesões ou acidentes de trabalho, com trabalhadores da EPAL, ou de outra empresa
ao serviço da EPAL. O número de óbitos é assim nulo.

90 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


LA8  |  Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e
controlo de risco de doenças graves

A EPAL dispõe de um serviço de Medicina, Higiene, Segurança e Actividades Sociais


(Unidade de MSS) integrado na Direcção de Recursos Humanos, cujas atribuições
compreendem o compromisso de realizar acções de educação e sensibilização para a
prevenção de doenças, promover aconselhamento específico e vigiar o estado geral de
saúde dos trabalhadores no activo.
Entre os temas mais usuais e que suscitam mais esclarecimentos podem destacar-se:
yy a gripe,
yy o colesterol e as doenças cardiovasculares,
yy a diabetes,
yy o cancro,
yy a toxicodependência.

Durante o ano de 2009 foi dado particular relevo ao tema da Gripe A. Considerando
que a EPAL viveu uma reestruturação em Maio, foi, desde logo, realizada uma reunião
com o Conselho de Administração, os Directores e os elementos do grupo coorde-
nador do Plano de Contingência da EPAL, com o objectivo de rever a reconstituição
do Gabinete de Crise e a equipa de Gestores de Gripe, bem como a actualização dos
Activos Prioritários.
Nesta reunião foi abordada a situação da Gripe A, a activação das medidas previstas
no Plano relacionadas com a formação e informação aos trabalhadores sobre Etiqueta
Respiratória, com o objectivo de minimizar a possibilidade de propagação dos vírus
através das vias aéreas e das mãos, e sobre Normas de Higiene, nomeadamente lava-
gem e desinfecção das mãos. Outro dos temas em debate relacionou-se com a inten-
sificação da limpeza e desinfecção de instalações e de equipamentos, dando cumpri-
mento às acções aconselhadas pela DGS para cada fase da pandemia.
Já no final do ano foram distribuídos a todos os trabalhadores do quadro de pessoal
kits de desinfecção com o propósito de reduzir a possibilidade de propagação do vírus
e relembrar que os hábitos de higiene são determinantes na minimização do contágio.

Prevenção/
Informação Sensibilização/
Aconselhamento Controlo de Tratamento
(artigos,folhetos) Formação
risco
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Gripe     
Gripe A     
Doenças cardiovasculares,
    
obesidade, stress, diabetes

Outro tema com particular relevo refere-se ao protocolo de prevenção antitabágica as-
sinado em 31 de Março com o INCP, Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, com
o objectivo de disponibilizar aos trabalhadores aconselhamento e acompanhamento
neste contexto.
Também durante o ano de 2009, tiveram início as Consultas de Nutrição e Reeducação
Alimentar destinadas a proporcionar aos trabalhadores acompanhamento específico
relativamente à dieta alimentar e aos bons hábitos alimentares, uma medida funda-
mental na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 91


Refira-se igualmente a continuidade das campanhas de recolha de sangue e de vacina-
ção gratuita que fazem, desde há muito, parte do conjunto de preocupações da Unida-
de de Medicina, Higiene, Segurança e Actividades Sociais.

LA10  |  Média de horas de formação por ano, por empregado discriminados


por categoria.

Média de horas
Nº total de Nº de horas de
Nível de Qualificação Formação /Colaborador
trabalhadores formação
de cada nível
Quadros Superiores 99 5.546 56
Quadros Médios 165 7.314 44
Encarregados e Mestres 42 640 15
Profissionais Altamente
133 1.630 12
Qualificados
Profissionais Qualificados 324 2.603 8
Profissionais Semi -
5 0 0
Qualificados

Média horas Formação/Colaborador de cada nível 2009

56
44
12
15 12 0
Quadros Quadros Encarregados Prof. altamente Profissionais Prof. semi-
Superiores Médios e Mestres qualificados Qualificados Qualificados

Em termos globais as participações em acções de formação totalizaram, em 2009,


17732 horas, correspondendo a uma média de 23 horas por colaborador.

2007 2008 2009

Total de Horas de Formação (nº) 21298 16261 17732

Total de trabalhadores da EPAL (nº) 795 788 768

Média de horas de formação por trabalhador da EPAL 27 21 23

92 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


LA11  |  Programas para a gestão de competências e aprendizagem contí-
nua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e
para gerir o fim da carreira
Iniciativa Novas Oportunidades (INO)

Prosseguiu, em 2009, o desenvolvimento da Iniciativa Novas Oportunidades, à qual


havia aderido, em 2008, 21% da população alvo.
Entre os passos mais significativos dados no período de reporte, regista-se a entrega,
no início do ano, dos primeiros certificados de Reconhecimento, Validação e Certifi-
cação de Competências (RVCC) aos trabalhadores aderentes que tiveram sucesso no
percurso de aprendizagem.
Em Fevereiro, foi assinado um Protocolo de Cooperação entre a EPAL e a FDTI – Fun-
dação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, o qual tem como objectivo
a qualificação e valorização do quadro de pessoal, criando condições favoráveis à
progressão dos níveis de escolarização e de qualificação profissional. Em consequên-
cia, foi criado, no recinto dos Olivais, o Centro Novas Oportunidades, considerado
um passo fundamental para cativar mais aderentes, tendo sido lançada a primeira
turma com 11 candidatos à certificação do Ensino Básico. Porque as sessões de RVCC
para este nível de escolaridade incluíam competências de Tecnologias de Informação e
Comunicação, a sala foi equipada com meios informáticos e acesso à Internet. A FDTI
forneceu os computadores portáteis e a EPAL a sua manutenção e as infra-estruturas
associadas.
Mais tarde, no final do ano, tiveram início mais duas turmas de colaboradores da EPAL
destinadas à certificação do Ensino Básico e também do Ensino Secundário, recebendo
18 novos candidatos.

Formação Profissional

Com o propósito de dotar os colaboradores do know how e competências específicas


relativamente a novas tendências, metodologias e tecnologias utilizadas no mercado,
de fomentar a troca de experiências ou simplesmente de garantir uma reciclagem
de conhecimentos, foram proporcionadas pela EPAL, no decurso de 2009, acções de
formação sobre os mais variados temas.
Face ao ano anterior a formação foi efectivamente mais intensa e vasta, envolvendo
mais candidatos, tendo em consideração a realização de diversas acções específicas
que abrangeram grupos numerosos de participantes, cenário que caracterizou ampla-
mente a formação no decurso deste ano.
Neste contexto refira-se, nomeadamente, a acção na área Comportamental “Outdoor
100% Energia em Equipa” (212 formandos), realizada nos recintos dos Olhos d’Água
e da Asseiceira, destinada a fomentar os conhecimentos e práticas sobre a Missão da
EPAL, a Sustentabilidade e o Código de Ética, através de actividades desportivas e
lúdicas ao ar livre, reforçando o espírito de equipa, a interacção, a responsabilidade e a
assunção de desafios entre os colaboradores, num ambiente salutar e de descontracção.
No âmbito da Qualidade e Ambiente merece destaque a acção teórica e prática “Eco-
condução” (173 formandos). Realizada no âmbito do Comité de Energia, esta acção
contou, na sua sessão de abertura, com a presença do Conselho de Administração
da EPAL e do Director-geral da ADENE, tendo sido dado a conhecer um conjunto de

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 93


preocupações e objectivos referentes à necessidade de redução das emissões de CO2
produzidas pela frota da empresa, de forma a reduzir os custos com combustível e a
aumentar a sustentabilidade ambiental.
Esta iniciativa teve como propósito educar os formandos para a adopção de comporta-
mentos adequados ao volante, através de acções simples como uma maior suavidade
na condução (minorando arranques e travagens bruscas), a antecipação de obstáculos
e de sinais de trânsito, a verificação regular da pressão do ar nos pneus, o aproveita-
mento da inclinação das estradas, entre outras, tendo no final da formação sido dados
a conhecer os perfis individualizados de condução dos participantes. Esta iniciativa
foi amplamente divulgada nas notícias televisivas, tendo a EPAL sido apresentada
como um exemplo a seguir no domínio das boas práticas ambientais.
Na continuidade do ano anterior, em 2009, a EPAL voltou a proporcionar aos seus
colaboradores a formação em língua inglesa, abrangendo, desta vez, cerca de 27% dos
colaboradores, o que representa um aumento significativo de formandos face ao ano
anterior (2008:11%), salientando-se o interesse desta iniciativa uma vez que a formação
é adaptada às necessidades específicas das funções dos colaboradores.
Digna de relevo é também a realização do ENEG 2009 – Encontro Nacional de Entida-
des Gestoras de Água e Saneamento, neste ano dedicado ao tema da Sustentabilidade
na Gestão do Ciclo Urbano da Água, onde marcaram presença de 70 colaboradores da
EPAL, tanto numa óptica de participantes, como de intervenientes ou de oradores.
Este espaço de reflexão sobre os principais problemas associados à problemática da
gestão da água no plano nacional contou com a participação da Administração em
Mesas Redondas, com a apresentação de um conjunto de comunicações por parte de
quadros e técnicos da empresa, nomeadamente nos domínios do Controlo de Perdas
em Redes de Distribuição e Redes Prediais, AQUAMatrix - Soluções Comerciais de
Apoio à Gestão, Reabilitação de Sistemas e Qualidade da Água.
Incluiu igualmente a realização de uma exposição sobre os mais diversos equipamen-
tos, produtos e serviços disponibilizados no mercado. A EPAL esteve presente com um
stand dedicado à divulgação das aplicações AQUAMATRIX e iMC e, ainda, da candi-
datura portuguesa ao 9º Congresso Mundial da IWA a realizar em 2014. Este fórum
contou também com um Pipe Contest e com a atribuição dos famosos Tubos de Ouro,
onde a EPAL foi galardoada com o segundo lugar na categoria de «Melhor Informação
sobre Qualidade da Água». À semelhança do sucedido em edições anteriores, a EPAL
abriu uma vez mais as suas portas e promoveu uma visita técnica à Fábrica da Assei-
ceira aos participantes no ENEG 2009.
No âmbito da publicação do Decreto-Lei nº. 158/2009, de 13 de Julho, refira-se também
a acção “Novas Normas Financeiras - IFRS (International Financial Reporting)” des-
tinada a esclarecer os colaboradores das áreas envolvidas para as implicações, já em
2010, decorrentes da criação do novo sistema de normalização, designado por Sistema
de Normalização Contabilística (SNC), que revoga o normativo contabilístico actual-
mente em vigor, o POC. Este normativo prevê ainda que em certas circunstâncias, as
quais são preenchidas pela EPAL, as empresas possam também optar pela adopção
das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).
Outras temáticas tiverem destaque em 2009, nomeadamente, no âmbito Jurídico, o
Novo Código dos Contratos Públicos, e no âmbito Laboratorial, a Análise de Perigos
e Controlo de Pontos Críticos em Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo
Humano, o 1º Congresso Ibérico de Cianotoxinas, e QMRA - Quantitative Microbial
Risk Assessment. Registou-se ainda uma participação significativa de técnicos na

94 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


acção Segurança em Intervenções na Via Pública, e no âmbito da Informática na acção
Plataforma Electrónica.

Acções mais significativas Nº de participantes


Qualidade e Ambiente 292 participantes
Comportamental 213 participantes
Línguas (Inglês) 207 participantes
Conferências 125 participantes
Jurídica 120 participantes
Laboratorial 71 participantes
Financeira 61 participantes
Segurança 53 participantes
Informática 45 participantes

LA12  |  Percentagem de empregados abrangidos por análise de desempenho

Na EPAL todos os trabalhadores estão abrangidos pelo sistema de avaliação de desem-


penho individual, inclusivamente as chefias e quadros com contrato individual de
trabalho. O processo de avaliação é conduzido pela Direcção de Recursos Humanos, é
realizado anualmente e é iniciado, habitualmente, no primeiro trimestre do ano.
Este processo de avaliação compreende critérios de avaliação específicos para as
categorias existentes no Acordo de Empresa. Depois de avaliados pela chefia directa,
são discutidos presencialmente com o avaliado. Caso não haja aceitação da avaliação
efectuada, o avaliado pode pedir recurso, o qual é analisado pelo superior hierárquico
do avaliador, garantindo uma avaliação do desempenho individual por mais do que
um elemento da estrutura.
Posteriormente, a avaliação de desempenho é tida em conta na selecção dos trabalha-
dores a integrar a quota de promoções por mérito, nos termos do Acordo de Empresa
(Capítulo XV, Anexo III, nº 2.3).
A quota é de 40% para os trabalhadores com:
a) 4 anos de permanência efectiva no último nível salarial da Carreira Base;
b) Igual período de tempo de permanência efectiva em qualquer um dos níveis sala-
riais passíveis de evolução da Extensão de Carreira.
No decurso do ano de 2009, evoluíram 31 trabalhadores ao abrigo destas disposições,
mais que em 2008 onde evoluíram apenas 19.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 95


LA13  |  Composição da direcção e do grupo responsável pela governação
empresarial, incluindo o quadro de directores

População EPAL e nível de qualificação

Análise por género:


População EPAL

571
74%
197
26%

Nível de Qualificação (nº de Colaboradores 2009)

33 66 75 90 2 40 32 101 53 271 2 3

Quadros Quadros Encarregados Prof. altamente Profissionais Prof. semi-


superiores médios e mestres qualificados qualificados -qualificados

Análise por faixa etária:


População EPAL

<
30 anos
7%
30<=x<
50 anos

>=
47%
50 anos
46%

96 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Análise por faixa etária

<30
30<=x<50
>=50
157
41
77
40
3
97 34 1 146 2
59 34 55
27 21
Quadros Quadros Encarregados Prof. altamente Profissionais Prof. semi-
superiores médios e mestres qualificados qualificados -qualificados

Composição da direcção e grupo responsável pela governação:

Composição por género:

Directores
10

4
CA 5

LA14  |  Proporção de salário base entre homens e mulheres, por catego-


ria funcional

Salários Médios Mensais - Valores de 2009


Nível de qualificação Homens Mulheres Média
Quadros Superiores 3894 3235 3674
Quadros Médios 1862 1529 1711
Encarregados e Mestres 1112 887 1101
Profissionais Altam. Qualificados 1221 1214 1219
Profissionais Qualificados 935 975 941
Profissionais Semi - Qualificados 728 756 739

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 97


Salário médio mensal por género e categoria profissional - 2009
(valores em euros)

3.894 3.674
3.235 homens mulheres
média

1.862 1.711
1.529 1.221 1.219
1.214
1.112 1.101 935 941
887 975 728 739
756

Quadros Quadros Encarregados Prof. altamente Profissionais Prof. semi-


superiores médios e mestres qualificados qualificados -qualificados

Direitos Humanos

HR1  |  Percentagem e número total de contratos de investimento signifi-


cativo que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram
submetidos a avaliações referentes a direitos humanos

Durante 2009, foi dada prioridade aos investimentos relacionados com a garantia da
capacidade, da fiabilidade e segurança e qualidade do abastecimento, que representa-
ram cerca de 93% do investimento total.
Todos os contratos de empreitada ou de prestação de serviço que a EPAL celebrou com
qualquer fornecedor, salvaguardaram o direito ao trabalho seguro, já que integram
cláusulas específicas relativas à obrigação de cumprimento da legislação em matéria
de SHST. As práticas de controlo decorrentes dos Planos de Segurança e Saúde das
empreitadas e obras estão rotinadas.
Estas obrigações são fiscalizadas e controladas por entidades independentes ou por
fiscais da empresa e não houve conhecimento de nenhuma situação de infracção ao
nível dos direitos humanos durante 2009.
Deu-se continuidade à apresentação do Código de Ética da EPAL às partes interessa-
das:
- Assistência Local (prestadores de serviços de leituras e assistência domiciliária que
contactam diária e directamente com o cliente final, em nome da EPAL);
- Contact Center, que contacta directamente com o cliente.

98 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


HR2  |  Percentagem e número total de empresas contratadas e fornece-
dores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos
humanos

Contratos mais significativos em 2009

Tipo de Contrato Nº Contratos Nº Empresas


Grandes empreitadas – Subsistema Castelo Bode, Aqueduto Tejo, Novo 9 8
Edifício do Laboratório Central e Acessibilidades ao MDA
Renovação da Rede 12 12
Manutenção de Adutores e Equipamento Associado
(Asseiceira; Vale da Pedra; VFXira e Amadora) 4 4
Manutenção de Condutas em Lisboa 2 1
Ampliação de Rede em Lisboa 1 1
Gestão de Activos 3 4
Limpeza de Reservatórios 1 1
Assistência a Equipamentos e Estações de Tratamento da Água 2 2
Manutenção Preventiva dos Analisadores de Parâmetros de Água 1 1
Espaços verdes, vigilância e limpeza 4 4
Leitura de Contadores e Serviços Domiciliários 4 2
Contact Center 1 1
Sistemas de Informação e Equipamentos 28 15

Na região onde a EPAL actua a protecção dos direitos humanos básicos foi já interiori-
zada pela sociedade, sendo sobretudo necessário salvaguardar as condições de segu-
rança no trabalho e a ocorrência de eventual trabalho infantil ou ilegal.
As eventuais situações de não conformidade relativas a trabalho infantil, discrimina-
ção, trabalho ilegal, higiene e segurança são acauteladas recorrendo aos mecanismos
previstos nos Planos de Segurança e Saúde. Nas inspecções efectuadas às obras os
coordenadores de segurança e os fiscais da EPAL conferem, entre outros, os seguintes
documentos de cada trabalhador:
yy BI;
yy Passaporte;
yy Seguros;
yy Certidão médica.
Os contratos de empreitadas ou de prestação de serviços têm disposições de obrigato-
riedade de cumprimento da legislação portuguesa relativa ao Trabalho e à Higiene e
Segurança, cuja fiscalização cabe à EPAL e a entidades fiscalizadoras contratadas.
Nos estaleiros são analisadas as condições de segurança das instalações, podendo ser
levantadas não-conformidades sempre que se justifique.
Os leitores de contadores e os prestadores de serviços domiciliários dispõem de cartão
de identificação da EPAL para cuja elaboração é necessário apresentar BI. Este pro-
cedimento permite, desde logo, atestar a idade legal para trabalhar. Acresce que nos
contratos de prestação de serviços desta natureza existe um “Manual do Trabalhador”
que contempla os aspectos aqui referidos.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 99


O “Contact Center” está localizado nas instalações da sede da EPAL, o que permite o
controlo de eventuais situações de não conformidade, relativamente às pessoas que aí
trabalham.

HR4  |  Número de casos de discriminação e medidas tomadas

Não houve registo, nem conhecimento de algum caso de discriminação racial, sexual,
política ou religiosa.

HR5  |  Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de


associação e a negociação colectiva pode estar a correr um risco significa-
tivo e as medidas tomadas para apoiar esse direito

Não foram desenvolvidas quaisquer operações, nem tomadas quaisquer decisões sus-
ceptíveis de pôr em risco a liberdade de associação e a negociação colectiva. De salien-
tar que em 2009 ocorreu a Revisão do Acordo de Empresa no que respeita à matéria
salarial e cláusulas de expressão pecuniária, cujo acordo com todas as organizações
sindicais participantes foi objecto de publicação no Boletim de Trabalho e Emprego
de 17 de Maio de 2009.

HR6  |  Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência


de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição
do trabalho infantil

No Acordo de Empresa está consagrada, em conformidade com o disposto no Código


do Trabalho, a idade de admissão aos 16 anos. Por outro lado, as condições de forma-
ção técnica e profissional exigidas, bem como a necessidade de habilitações iguais ou
superiores ao 9º ano de escolaridade, são factores que inviabilizam o trabalho infantil.
Relativamente às forças de trabalho dos prestadores de serviços e empreiteiros, exis-
tem implementados princípios de controlo e verificação, nomeadamente mediante
observação e análise dos respectivos bilhetes de identidade ou documentos oficiais de
identificação.

HR7  |  Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência


de trabalho forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas para a sua
erradicação

Na actividade da EPAL não existem quaisquer situações susceptíveis de ser considera-


das como de risco de ocorrência de trabalho forçado ou escravo. A empresa respeita o
direito ao trabalho condigno, não forçado e não compulsório e o Acordo de Empresa
dispõe de cláusulas que salvaguardam os trabalhadores quanto ao exercício de fun-
ções não enquadradas nas suas categorias profissionais ou não adequadas ao seu grau
de habilitações e conhecimentos.

100 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Relativamente a serviços contratados não se considera que existam situações de risco
de trabalho forçado ou análogo ao escravo.

Sociedade

SO1  |  Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para


avaliar e gerir os impactos da actividade da empresa nas comunidades,
incluindo a instalação, operação e fecho

Atendendo a que a actividade da EPAL está intrinsecamente associada à gestão e


manutenção de infra-estruturas no subsolo, sejam respeitantes aos grandes adutores,
sejam referentes à rede de distribuição na cidade de Lisboa, estão, desde há muito,
implementadas pela empresa medidas de minimização dos respectivos impactos
ambientais e sociais.
Tanto nas obras de grande dimensão, como nas de pequena, é necessário dispor de um
planeamento rigoroso de execução e controlo da obra, compreendendo a identificação
dos seus limites, a sinalização, a interrupção do trânsito, a abertura de valas com a
consequente remoção dos solos e do pavimento, o policiamento quando se justifique,
entre outras medidas fundamentais à boa condução e realização dos trabalhos, de
modo a reduzir o mais possível, os seus impactes na vida quotidiana das populações
envolventes.
Com o objectivo de minimizar os incómodos, são desencadeadas acções de comunica-
ção com as populações e munícipes que visam dar a conhecer o propósito das inter-
venções, procurando a EPAL manter canais abertos de diálogo e intervir, com pronti-
dão e eficácia, na resolução de eventuais problemas relacionados, por exemplo, com
suspensões no abastecimento e roturas.
Se considerarmos que as infra-estruturas de adução se estendem por cerca de 705 km,
esta preocupação é ainda maior no contexto das grandes intervenções localizadas
fora das áreas de abastecimento directo da empresa em que o acesso, por parte das
populações, aos canais de comunicação da empresa é mais distante e difícil. Por este
motivo, são realizadas reuniões com as Câmaras Municipais e prestada informação
às populações afectadas, aos moradores e comércio local sobre o objectivo, duração e
responsáveis da obra, bem como os contactos no caso de reclamações ou pedidos de
esclarecimento.
Para além de desencadear um conjunto de medidas que visam, após as intervenções
no subsolo, a reposição integral das condições iniciais, em certas obras a EPAL ainda
tem o cuidado de efectuar pequenas beneficiações na zona envolvente, nomeadamente
arruamentos ou zonas verdes evidenciando o empenho no incremento do bem-estar
das populações afectadas pelas frentes de obra.
Em resumo, são cinco as grandes áreas de actuação no âmbito da mitigação de impac-
tos pela empresa:

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 101


Grandes Adutores Rede Lisboa

Cadernos de Inclusão de requisitos respeitantes Durante os trabalhos de renovação, são


Encargos à reposição integral ou melhorada ainda colocados em algumas obras
das condições iniciais dos locais dos com impacto significativo no comércio
trabalhos e controlo do fecho de vala, local, tapetes para minimizar poeiras
remoção de detritos e correcta reposi- e lamas, prevenindo a sujidade no aces-
ção dos pavimentos. so e dentro das lojas.

Informação às Reuniões com as Câmaras Municipais Aquando de suspensões temporárias


Populações e esclarecimento aos munícipes e programadas no abastecimento, são
comerciantes locais sobre o propósito efectuados avisos com 48h de antece-
das obras a realizar, sua duração e dência para os clientes especiais e 24h
impacto. para a generalidade dos clientes.

Acompanhamento Contratação de acompanhamento Em Lisboa são ocasionalmente encon-


Arqueológico arqueológico de todas as obras que trados achados arqueológicos. Dada a
impliquem escavação. Reporte dos rotina movimentada da cidade (fluxo
achados ao IPA e ao IPPAR a quem cabe de transeuntes, trânsito circundante à
decidir sobre as condições de preser- obra, etc.) para minimizar o tempo de
vação e salvaguarda. No âmbito das suspensão da obra, foi contratada uma
obras dos grandes adutores existe um empresa da especialidade facilitando
documento formal de entendimento a célere intervenção dos arqueólogos
com o IPA que define os procedimen- nestas situações.
tos a cumprir.

Esclarecimentos e Uma vez notificada a empresa sobre Na cidade de Lisboa são promovidas
Reclamações problemas na frente de obra, os técni- vistorias pela CML com o objectivo
cos responsáveis efectuam prontamen- de identificar irregularidades na
te uma deslocação à obra para identifi- reposição das condições iniciais dos
cação e resolução das reclamações por pavimentos, as quais são de imediato
parte da empresa ou dos empreiteiros comunicadas à EPAL para que sejam
que estão a actuar no local. tomadas as necessárias medidas
correctivas.

Gestão de Danos Embora possam ocorrer danos aquan- Aquando de grandes roturas na rede
do de obras em grandes adutores, o seu de Lisboa com danos para terceiros é,
impacto é menor uma vez que se trata de imediato, efectuada a peritagem e
de terrenos relativamente isolados das são processadas indemnizações para
populações. cobrir os estragos provocados (em
viaturas, domicílios ou lojas).

De salientar, em 2009, a realização das obras do Terreiro do Paço, sob a coordenação da


Câmara Municipal de Lisboa e do Ministério do Ambiente destinadas à requalificação
ambiental do estuário do Tejo e urbanística e paisagística da zona, cujo impacto levou
à definição de um Plano de Comunicação com o objectivo de informar os moradores e
comerciantes da zona envolvente, os munícipes e o público em geral sobre a actuação
das frentes de obra envolvidas – CML, SIMTEJO, EPAL e Frente Tejo.
Este Plano foi coordenado pela SIMTEJO e, dado o impacto no condicionamento do
trânsito, implicou um conjunto de iniciativas abrangendo não só a explicação das van-
tagens das obras mas também as alternativas de circulação rodoviária. Para o efeito,
foram utilizados meios de comunicação alargados como a rádio, a televisão e folhetos
distribuídos a todos os moradores da cidade de Lisboa e aos condutores em geral em
locais específicos da cidade de Lisboa.
As iniciativas de comunicação tiveram concretização ao longo das diversas fases da
obra e deverão prolongar-se até á sua conclusão.

102 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


SO2  |  Percentagem e número total de unidades de negócio submetidas a
avaliações de riscos relacionadas com corrupção

A EPAL aprovou, em 2009, o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções


Conexas. O Plano dá cumprimento à recomendação do CPC - Conselho de Prevenção
da Corrupção, entidade administrativa independente de âmbito nacional, criada em
2008, a funcionar junto do Tribunal de Contas, com o intuito de promover a difusão
dos valores da integridade, probidade, transparência e responsabilidade.
O Plano de combate à corrupção identifica as principais áreas que potencialmente
poderão ser sujeitas à ocorrência de actos de corrupção, os riscos daí decorrentes e
o controlo instituído pela empresa visando a sua mitigação. O documento pretende
também reforçar a cultura dos colaboradores no que se refere a comportamentos
éticos e boas práticas, designadamente na política de relacionamento com clientes,
fornecedores e outras entidades externas.
Neste contexto, foram identificadas diferentes áreas passíveis de serem sujeitas a
actos de corrupção, tais como:
yy A contratação de empreitadas
yy A aquisição de bens e serviços
yy A concessão de benefícios públicos (patrocínios e donativos)
yy Os licenciamentos de projectos e obras relativos a novos abastecimentos
Foram também identificados os principais riscos para cada área e classificados segun-
do uma escala de risco – elevado, moderado e fraco, em função do grau de probabilida-
de de ocorrência.
Com o intuito de avaliar o cumprimento do controlo instituído e de modo a despistar
eventuais fraquezas no sistema de controlo interno nas áreas de maior risco, a empre-
sa instituiu um mecanismo de monitorização do cumprimento do plano, assente na
avaliação sistemática de todas as suas áreas funcionais – direcções e gabinetes, através
da elaboração de um questionário referente às principais áreas de risco identificadas
como susceptíveis de corrupção.

SO3  |  Percentagem de empregados formados nas políticas e procedi-


mentos anti corrupção da organização

Não foi reconhecida a necessidade de realizar formação específica em políticas e pro-


cedimentos anti-corrupção. Regista-se, no entanto, a distribuição do Código de Ética
e Conduta a todos os trabalhadores da empresa no início de 2009 e a realização de
uma sessão de apresentação do mesmo ao pessoal dirigente e quadros superiores, no
Centro Cultural de Belém.

SO4  |  Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção

À semelhança do ano anterior, em 2009 não foram detectados casos de corrupção na


EPAL.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 103


SO5  |  Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração
de políticas públicas e lobbies

A empresa acompanhou, com interesse, as políticas governamentais para o desenvol-


vimento do sector em que opera, bem como as políticas ambientais e sociais.
A administração procurou, em 2009, desenvolver e consolidar o enquadramento
jurídico da EPAL, de modo a facilitar a extensão da sua actividade ao saneamento e
a alargar a sua área de intervenção no domínio da distribuição de água. Para o efeito,
apresentou ao governo propostas de diplomas legais que, no entanto, por circunstân-
cias de natureza política, não chegaram a ter seguimento.
Através da presença em congressos, conferências e seminários, nacionais e interna-
cionais, e da divulgação das performances da empresa, procurou-se reforçar o seu
modelo legal e institucional.
Não teve expressão o desenvolvimento de actividades conducentes à criação de lobbies.

SO8  |  Valor monetário de multas significativas e nº total de sanções não


monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos

Ano Valor Comentários


2007 5.911 EUR Inclui multa da DGCI referente à fiscalização do IRC 2003, bem como do Ministé-
rio do Ambiente (para mais detalhes q.v. EN28 nos Indicadores Ambientais).

2008 500 EUR


Inclui multa da DGCI referente à fiscalização interna do exercício de 2005 e da
DGV referente à falta de inspecção periódica numa viatura

2009 2.158 EUR Inclui coima da Comissão Nacional de Protecção de Dados decorrente das condi-
ções de utilização de câmaras de vigilância no recinto de Vale da Pedra, do Institu-
to da Mobilidade e dos Transportes Terrestres por excesso de peso numa viatura e
da Polícia Municipal por uso de telemóvel na condução de viatura.

Em inspecção realizada pela IGAOT à ETA da Asseiceira, foi lavrada notificação relati-
va à inexistência de certificados de aprovação e autorização de funcionamento de dois
RACs utilizados nos flotadores das linhas 1 e 2. Não foi recebida, entretanto, qualquer
notificação para pagamento de eventual coima.
Em 2009, não foram aplicadas sanções não monetárias à EPAL, nem identificadas não
conformidades com leis e regulamentos, para além das referidas acima.

Responsabilidade pelo produto

PR1  |  Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactes na


saúde e segurança são avaliados visando a melhoria, e a percentagem de
produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos

A EPAL controla através de planos anuais de monitorização, de equipamentos insta-


lados e disponíveis e de equipas técnicas especializadas, todas as etapas do processo
de produção e distribuição de água, assegurando assim a qualidade adequada desde a
captação até à entrega ao cliente.

104 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Instrumentos de Controlo da Qualidade da Água
PMQA O Programa de Monitorização de Qualidade da Água, estabelece o controlo legal de acordo
com Decreto-Lei nº 306/2007 de 27 de Agosto (na torneira do consumidor, nas entregas a en-
tidades gestoras e a clientes directos através do sistema de adução) e o controlo operacional
(nas origens, na adução e na rede de distribuição da cidade de Lisboa). No controlo operacio-
nal são analisados parâmetros relevantes para a operação, embora não exigidos por lei.
O programa relativo ao controlo legal, parte integrante do PMQA, é aprovado pela ERSAR.
PCOQA Os Programas de Controlo Operacional da Qualidade da Água, são estabelecidos para
cada Estação de Tratamento de Água e destinados a monitorizar a captação, parte da
adução e o tratamento.
PALR O Plano Anual de Lavagem dos Reservatórios, estabelece a calendarização das lavagens e
dispõe de um conjunto de procedimentos operacionais que garantem que são mantidas
as condições de salubridade adequadas nos reservatórios de água.
Sistema de O Sistema de Telegestão permite o controlo à distância dos órgãos principais dos sistemas de
Telegestão produção, transporte e distribuição, bem como a detecção, em tempo real, de situações de
alarme por deficiências de funcionamento ou alterações de parâmetros da qualidade, a partir
de analisadores em contínuo instalados em diversos pontos do sistema de abastecimento.
Procedi- Procedimentos operativos para lavagem e desinfecção de condutas, após a reparação de
mentos de roturas
condutas
Piquetes Piquetes de serviço 24 horas por dia

O número de amostras de água a colher, assim como os respectivos pontos de amos-


tragem e frequência das colheitas estão definidos de modo a satisfazer quer os requi-
sitos legais (Decreto –Lei nº 306/2007, de 27 de Agosto), quer o controlo operacional da
qualidade da água.
Durante o ano de 2009, no âmbito do PMQA, foram efectuadas 7 190 colheitas de
amostras de água, em 333 pontos de amostragem fixos representativos de todo o
sistema da EPAL (captação, adução, entregas a entidades gestoras e clientes directos
do sistema de adução e rede de distribuição da cidade de Lisboa) e em 1 248 pontos de
amostragem em torneiras de consumidores da cidade de Lisboa, nas quais se realiza-
ram 185 272 determinações, de acordo com o valor apurado à data da conclusão deste
relatório (2010/04/29).

Determinações realizadas no Sistema de Abastecimento da EPAL (PMQA de 2009)


N.º Determinações (espécies)
Controlo Legal
Clientes Directos através da Adução 891
Entregas a Entidades Gestoras de sistemas de distribuição de água 34 164
Rede de Distribuição de Lisboa - Torneiras de consumidores 17 892
Sub-total 52 947
Controlo Operacional/Vigilância
Captações Subterrâneas 11 713
Captações Superficiais 8 422
Saídas das ETAs 6 633
Adutores e Entregas à Rede de Lisboa 40 831
Rede de Distribuição de Lisboa - Pontos fixos 64 726
Sub-total 132 325
Total* 185 272
* Valores apurados à data de 2010/04/29

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 105


Número de Determinações
(espécies)

179.137 179.367 185.272

2007 2008 2009 *

* Valores apurados à data de 2010/04/29

Na execução do PMQA de 2009, foram pesquisados 124 parâmetros (228 espécies), ten-
do a seguinte distribuição:

yy 20 parâmetros microbiológicos (21 espécies)


yy 2 parâmetros organolépticos
yy 3 parâmetros biológicos
yy 35 parâmetros físico-químicos (36 espécies)
yy 22 parâmetros relativos a metais
yy 27 parâmetros relativos a substâncias orgânicas (129 espécies)
yy 15 parâmetros radiológicos

De acordo com as metodologias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde


(OMS) e pela International Water Association (IWA), a EPAL concluiu, em 2009, a
elaboração do Plano de Protecção da Água no seu Sistema de Abastecimento desde a
captação até ao consumidor.

PR2  |  Nº total de casos de não-conformidade com regulamentos e códi-


gos voluntários relacionados com os impactos causados por produtos e
serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida

A qualidade da água fornecida está regulamentada pelo Decreto-Lei nº 306/2007, de 27


de Agosto, devendo cumprir todos os valores paramétricos (VP) aí definidos.
Neste âmbito, as não-conformidades detectadas estão relacionadas com o incumpri-
mento dos valores paramétricos, ou seja, sempre que um parâmetro registe um valor
superior ao valor legislado.

106 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Incumprimento de valores Paramétricos
Etapa 2007 2008 2009 a)
Nº >VP % Nº >VP % Nº >VP %
Tratamento 3 0,06% 6 0,10% 7 0,11%
Adução 11 0,04% 26 0,07% 33 0,08%
Distribuição 58 0,05% 42 0,11% 72 0,11%
Consumo (Controlo Legal) 49 0,22% 32 0,06% 68 0,13%

a) Valores apurados à data de 2010/04/29


- O Consumo inclui o número e percentagem de incumprimentos de VP registados nas amostras colhidas nos pontos de
amostragem representativos das torneiras do consumidor, entregas a entidades gestoras e clientes directos da adução.

-O gráfico seguinte apresenta o número de determinações efectuadas nos últimos 3


anos à água para consumo humano, assim como a percentagem de incumprimentos
de VP (Valores Paramétricos) em relação ao número de determinações efectuadas.

Determinações e Incumprimento de valores paramétricos

180000 0.12
160000
163 607 0.10
140000 158 504
0,07%
120000 0,11% 0.08
100000
0.06
80000
154 328
60000 0,06% 0.04
40000
0.02 nº de determinações
20000
0 0.00 % de incumprimento
2007 2008 2009 a)
a) Valores apurados à data de 2010/04/29

Os incumprimentos registados no âmbito do controlo legal efectuado na rede de dis-


tribuição de Lisboa foram comunicados à Direcção Geral de Saúde e à ERSAR.

PR3  |  Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedi-


mentos de rotulagem, e a percentagem de produtos e serviços sujeitos a
tais exigências

Neste âmbito e em função da actividade da EPAL – fornecimento de água para consu-


mo humano, destaca-se a informação referente à qualidade da água fornecida (PR1 e
PR2), cuja divulgação é obrigatória.
Assim, são publicados mensalmente no site da EPAL (www.epal.pt) e trimestralmente
na imprensa nacional, os resultados das determinações efectuadas para os parâmetros
organolépticos, químicos e microbiológicos de acordo com os requisitos legais esta-
belecidos no Decreto - Lei nº 306/2007.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 107


Para além desta obrigatoriedade, é publicado anualmente um relatório da qualidade
da água fornecida que se encontra disponível no site da EPAL, e onde pode ser consul-
tada a lista exaustiva dos parâmetros e os resultados do controlo da qualidade da água
entregue aos clientes directos (clientes da cidade de Lisboa) e aos clientes municipais
e multimunicipais (entidades gestoras).

PR4  |  Nº total de casos de não-conformidade com regulamentos e códi-


gos voluntários relativos a informação e rotulagem de produtos e servi-
ços, discriminados por tipo de resultados.

Não há registo de qualquer incumprimento dos regulamentos e princípios estabeleci-


dos referentes à prestação de informação relativa à qualidade e características da água
fornecida pela EPAL.
Não foram recebidas reclamações, quer da ERSAR e das autoridades da saúde, quer de
clientes, da informação disponibilizada sobre a qualidade da água.

PR5  |  Práticas relacionadas com a satisfação do cliente, incluindo resul-


tados de pesquisas que medem essa satisfação

Em 2009, a EPAL aderiu ao ECSI – Índice Nacional de Satisfação de Clientes, uma nova
metodologia de avaliação da satisfação dos seus clientes, e implementou o Barómetro
da Qualidade da Água da EPAL. Manteve, ainda, outros instrumentos internos mais
específicos, como a análise de reclamações, a avaliação da satisfação de clientes recla-
mantes e a apreciação de sugestões de melhoria comunicadas nas frentes de atendi-
mento.
O ECSI, que resulta de uma parceria entre a APQ – Associação Portuguesa da Quali-
dade, o IPQ – Instituto Português da Qualidade e o ISEGI-UNL – Instituto Superior
de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa, visa medir a
qualidade dos bens e serviços através da aplicação de um questionário à satisfação dos
clientes. Esta metodologia abrange empresas de sectores distintos (banca, segurado-
ras, comunicação, distribuição, energia, transportes, etc.), disponibilizando à EPAL
um índice de satisfação dos seus clientes e a sua posição comparativa, não apenas no
sector em que está inserida, mas também noutros sectores.
No relatório do ECSI publicado em Julho de 2009, a EPAL obteve no índice, o primeiro
lugar na “Satisfação dos Clientes”, evidenciando uma posição de liderança no sector
da água analisado.
Uma observação atenta das principais conclusões aponta para a conveniência de se
trabalharem as variáveis da imagem e da qualidade apercebida, nos aspectos relacio-
nados com a inovação e com a preocupação com o cliente e com a qualidade da água e
a fiabilidade dos produtos e serviços. Para responder a estas necessidades, foi propos-
ta a elaboração de um Plano de Comunicação para implementação num horizonte de 3
anos.
No que respeita ao Barómetro da Qualidade da Água, trata-se de uma metodologia da
EPAL, aplicada por uma empresa de estudos de mercado a uma amostra representa-
tiva da população da cidade de Lisboa, com o objectivo de avaliar a satisfação com o
produto oferecido.

108 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Aqui as questões centram-se muito na relação qualidade/preço e pretende-se conhe-
cer a representatividade dos Clientes que bebem/não bebem água da EPAL e porque
motivos, o grau de confiança na qualidade da água e a percepção dos clientes quanto
ao preço da água.
Este estudo revelou conclusões muito positivas relativamente à avaliação da qualidade
produto pelos Clientes, merecendo, todavia, análise detalhada as questões associadas
à percepção do preço, tema este que será objecto de um plano de acções em 2010.
No âmbito dos Clientes Municipais e Multimunicipal, considerou-se, igualmente,
pertinente, reflectir sobre os métodos de recolha de opinião utilizados, perspectivan-
do-se a reformulação do actual Inquérito à Satisfação em 2010, e a criação de alternati-
vas que passem por uma relação mais personalizada e directa na auscultação das suas
necessidades e expectativas.

PR6 e PR7  |  Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários


relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade, pro-
moção e patrocínio e Nº total de casos de não conformidades nesse âmbito

As acções de marketing e de publicidade desenvolvidas pela EPAL orientam-se, siste-


maticamente, por preocupações de natureza institucional, com objectivos de comu-
nicação, informação e sensibilização dos clientes e consumidores quanto ao produto
fornecido – água para consumo humano, à sua qualidade, a eventuais perturbações na
regularidade dos serviços prestados e à promoção do uso eficiente da água.
Com uma prática reiterada e consistente de patrocínios em prol do saber, da cultura,
do ambiente, do desporto e do bem social, a EPAL viu aprovada, pela sua administra-
ção, nos primeiros dias de Janeiro de 2010, a política de patrocínios da empresa.
O cumprimento da legislação aplicável ao marketing e publicidade está patente na
inexistência de quaisquer reclamações, advertências ou processos relativos a acções
de comunicação de marketing realizadas pela EPAL.

PR8  |  Número total de reclamações comprovadas relativas a violação de


privacidade e perda de dados de clientes

Nos anos de 2007, 2008 e 2009 não ocorreram quaisquer reclamações neste âmbito.
Os dados existentes no Sistema de Informação de Gestão de Clientes (SIGC) encon-
tram-se devidamente protegidos, sendo apenas fornecidos aos próprios clientes desde
que estes se identifiquem. Por outro lado, os colaboradores da empresa têm a perfeita
noção da confidencialidade dos dados registados e com os quais trabalham.
De acordo com o estipulado pela CNPD - Comissão Nacional de Protecção de Dados, os
dados podem ser transmitidos apenas a entidades legalmente reconhecidas para esse
efeito, tais como Tribunais, Centros de Arbitragem, Autoridades Policiais, Câmara Mu-
nicipal de Lisboa, Provedoria de Justiça, Julgados de Paz, etc.
Em finais de Dezembro de 2009, o Conselho de Administração definiu orientações
para a elaboração de documentos que formalizem e enquadrem a política de privaci-
dade da empresa quanto à recolha de dados e ao “site” da EPAL, bem como de regula-
mentos com a identificação do âmbito, das responsabilidades e competências para o
cumprimento dos princípios estabelecidos.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 109


110 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Rio Tejo em Escaroupim - Colónia de garças

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 111


I ndice do
conteúdo
GRI
8.

112 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


ÍNDICE DO CONTEÚDO DAS DIRECTRIZES GRI
Págs.
Estratégia e Análise
1.1 Declaração do Conselho de Administração 8
1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 43

Perfil organizacional
2.1 Nome da organização 13
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 13/28/104/107
2.3 Estrutura operacional da organização 18
2.4 Localização da sede da organização 13
2.5 Países em que está presente -
2.6 Tipo e natureza legal de propriedade 13
2.7 Mercados servidos 16/28
2.8 Dimensão da organização 13 a 16
2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório 6
2.10 Prémios recebidos no período coberto pelo relatório -

Parâmetros para o Relatório


Perfil do Relatório
3.1 Período coberto pelo relatório 6
3.2 Data do relatório anterior 7
3.3 Ciclo de emissão de relatórios 7
3.4 Dados para contacto em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 7
3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório 6
3.6 Limite do relatório 6
3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do 6
relatório
3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, 6
instalações arrendadas, operações por terceiros e outras organizações que possam
afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos 6
3.10 Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações forneci- 6
das em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações
3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores 6
Sumário de Conteúdo
3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 113
Verificação
3.13 Política e prática actual relativa à verificação externa para o relatório 7

Governação, Compromisso e Relacionamento com as partes Interessadas


Governação
4.1 Estrutura de governação da organização 18
4.2 Indicação caso o presidente do Conselho de Administração também seja um director 19
executivo
4.3 Declaração do número de membros independentes ou não-executivos do Conselho 19
de Administração

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 113


4.4 Mecanismos para que accionistas e empregados façam recomendações ou dêem 19
orientações ao mais alto órgão de governação
4.5 Relação entre a remuneração dos executivos e o desempenho da organização 20
4.6 Processos em vigor no Conselho de Administração para assegurar que conflitos de -
interesse sejam evitados
4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do -
Conselho de Administração para definir a estratégia da organização para questões
relacionadas com os temas económicos, ambientais e sociais
4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevan- 13/40
tes para o desempenho económico, ambiental e social, bem como o estado da sua
implementação
4.9 Procedimentos do Conselho de Administração para supervisionar a identificação 17/19/40
e gestão por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social,
incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade
com as normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios
4.10 Processos para a auto avaliação do desempenho do Conselho de Administração, 20
especialmente no que respeita ao desempenho económico, ambiental e social
Compromissos com iniciativas externas
4.11 Explicação de como a organização aplica o princípio da precaução -
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter -
económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa
4.13 Participação em associações e/ou organismos nacionais / internacionais de defesa -
em que a organização participa
Relacionamento com as Partes Interessadas
4.14 Relação dos grupos de partes interessadas que se relacionam com a organização 25
4.15 Base para a identificação e selecção de partes interessadas com os quais a organiza- 25
ção se relaciona
4.16 Abordagens para a interacção com as partes interessadas 26
4.17 Principais temas e preocupações que foram levantados por meio da interacção com -
as partes interessadas e medidas que a organização tem adoptado para tratá-los

Formas de Gestão e Indicadores de Desempenho


Indicadores de Desempenho Económico
Desempenho Económico
EC1 Valor económico directo gerado e distribuido, incluindo receitas, custos operacio- 47
nais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade,
lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos
EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as actividades da orga- 48
nização devido a mudanças climáticas
EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organiza- 49
ção oferece
EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo 49
Presença no mercado
EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em 49
unidades operacionais importantes
EC6 Políticas, práticas e proporções de gastos com fornecedores locais em unidades 50
operacionais importantes
EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência 50
recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes
Impactos Económicos Directos
EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços ofereci- 50
dos, principalmente para beneficio público, por meio do relaccionamento comercial,
em espécie ou actividades pro bono

114 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


EC9 Identificação e descrição de impactes económicos indirectos significativos, incluin- 51
do a extensão dos impactos

Indicadores de Desempenho Ambiental


Materiais
EN1 Materiais usados por peso ou volume 55
EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem 56
Energia
EN3 Consumo de energia directa, segmentado por fonte de energia primária 56
EN4 Consumo de energia indirecta, segmentado por fonte de energia primária 57
EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência 60
EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que 60
usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia
resultante dessas iniciativas
Água
EN8 Total de água captada por fonte 62
EN9 Fontes hídricas significativamente afectadas pela captação de água 65
EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 66
Biodiversidade
EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada, dentro de 66
áreas protegidas, ou adjacentes a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora
das áreas protegidas
EN12 Descrição dos impactes significativos na biodiversidade, associados a actividades e/ 66
ou produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversida-
de foras das áreas protegidas
EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactes na Biodi- 67
versidade
Emissões, Efluentes e Resíduos
EN16 Total de emissões directas e indirectas de gases com efeito de estufa, por peso 69
EN17 Outras emissões indirectas relevantes de gases de efeito de estufa, por peso 70
EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e as reduções obtidas 70
EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso 71
EN20 Nox, Sox e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso 71
EN21 Descarga total de água, por qualidade e destino 72
EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 74
EN23 Número e volume total de derrames significativos 75
EN24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados e tratados considerados 75
perigosos nos termos da Convenção de Basileia – anexos I, II, III, VIII, e percentual
de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente
EN25 Identificação, tamanho, status de protecção e índice de biodiversidade de corpos 75
d’água e habitats relacionados significativamente afectados por descargas de água e
drenagens realizadas pela organização
Produtos e serviço
EN26 Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e a extensão 76
da redução desses impactes
EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produ- 78
tos vendidos, por categoria de produto
Conformidade
EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias 78
resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 115


Geral
EN30 Total de investimentos e gastos em protecção ambiental, por tipo 79

Indicadores de Desempenho Social


Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
Emprego
LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região 83
LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, género e região 85
LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a 86
empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas prin-
cipais operações
Relações entre os Trabalhadores e a Governação da Empresa
LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação colectiva 87
LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacio- 88
nais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação
colectiva
Saúde e Segurança no Trabalho
LA6 Percentual dos empregados representados em comités formais de segurança e saúde, 88
compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam na monitorização e aconse-
lhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relaciona- 88
dos ao trabalho, por região
LA8 Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controle de risco 91
em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da
comunidade com relação a doenças graves
Formação e Educação
LA10 Média de horas de formação por ano, por funcionário, discriminadas por categoria 92
funcional
LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a 93
continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerir o fim da carreira
LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de 95
desenvolvimento de carreira
Diversidade e Igualdade de Oportunidades
LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governação corporativa e discriminação 96
de empregados por categoria, de acordo com género, faixa etária, minorias e outros
indicadores de diversidade
LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional 97
Direitos Humanos
Práticas de Investimento e de Processos de Compra
HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam 98
cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações refe-
rentes a direitos humanos
HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a 99
avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas
Não-Discriminação
HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas 100
Liberdade de Associação e Negociação Colectiva
HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a 100
negociação colectiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas
para apoiar esse direito

116 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Trabalho Infantil
HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infan- 100
til e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil
Trabalho forçado ou análogo ao escravo
HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho força- 100
do ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação
do trabalho forçado ou análogo ao escravo
Sociedade
Comunidade
SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os 101
impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída
Corrupção
SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de 103
riscos relacionados a corrupção
SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da 103
Organização
SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção 103
Politicas Públicas
SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públi- 104
cas e lobbies
Conformidade
SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias 104
resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos
Responsabilidade pelo Produto
Saúde e Segurança do Cliente
PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e seguran- 104
ça são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a
esses procedimentos
PR2 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntá- 106
rios relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e seguran-
ça durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado
Rotulagem de Produtos e Serviços
PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotula- 107
gem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências
PR4 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntá- 108
rios relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados
por tipo de resultado
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que 108
medem essa satisfação
Comunicação e Marketing
PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunica- 109
ções de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio
PR7 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos volun- 109
tários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e
patrocínio, discriminados por tipo de resultado
Conformidade
PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas a violação de privacidade e 109
perda de dados de clientes

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 117


118 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Rio Tejo em Amieira - Galeria ripícola em Salvaterra de Magos

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 119


absentismo
AE
acidente de trabalho
água fornecida

G
controlo e administração da empresa

ndo de pens 9.

lossário
cloração energia directa
tratamento de água

GRI
custo de capital

ergia primá
caudalímetr
risco de taxa de juro
120 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
o   Absentismo | Quando um empregado se ausen-
ta do trabalho devido a qualquer incapacidade, não
apenas resultante de lesão ou doença relacionada
ao trabalho. Licenças temporárias permitidas tais
como feriados, estudo, maternidade, paternidade
ou por luto deverão ser excluídas.
  Água vendida | Água facturada acrescida da
especialização de consumos facturados (Janeiro a
Dezembro).

  Água produzida | Volume de água tratada que é


fornecida às condutas de adução.

  Acidente de trabalho | Todo o acontecimento   Água de processo | Volume de água utilizada no


inesperado e imprevisto, incluindo os actos de vio- processo de transformação da Água Bruta em Água
lência, derivado do trabalho ou com ele relacionado Tratada.
(ocorrido no local e no tempo de trabalho (art.º 6º
da L n.º 100/97, de 13 de Setembro), do qual resulta
uma lesão corporal ou mental ou a morte, de um   Água captada | É a água bruta retirada do meio
ou vários trabalhadores. São também considerados natural (água superficial e subterrânea).
acidentes de trabalho os acidentes de viagem, de

s
transporte ou de circulação, nos quais os trabalha-   Água elevada | Volume de água bombada em Es-
dores ficam lesionados e que ocorrem por causa, ou tações Elevatórias ou Captações.
no decurso, do trabalho, isto é, quando exercem
uma actividade económica, ou estão a trabalhar, ou   Amostragem | Análise dum subconjunto de
realizam tarefas para o empregador (Resolução so- elementos retirado dum conjunto maior designado
bre as estatísticas das lesões profissionais devidas a população ou universo – cujas propriedades se pre-
acidentes de trabalho” adoptada pela 16ª Conferên- tendem conhecer.
cia Internacional de Estaticistas do Trabalho convo-
cada pelo CA do BIT/OIT, 1998. Cfr. art.º 6º da L n.º
  Aspecto Ambiental | Elemento das actividades,
100/97 de 13-1 e art.º 6º do DL n.º 143/99, de 30-4) [“A
produtos ou serviços de uma organizaçãoque pode
Inspecção do Trabalho e os Inquéritos de Acidente
interagir com o ambiente.
de Trabalho e Doença Profissional”; Gabinete da
IGT – Setembro de 2005].
  APA [Agência Portuguesa do Ambiente] |
É um organismo do Ministério do Ambiente, do
  Acidente de trajecto | Acidente que ocorre no
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento
trajecto normalmente utilizado pelo trabalhador,
Regional. Tem por missão propor, desenvolver e
qualquer que seja a direcção na qual se desloca,
acompanhar a execução das políticas de ambien-
entre o seu local de trabalho ou de formação liga-
te, designadamente, nas áreas do combate às alte-
do à sua actividade profissional e a sua residência
rações climáticas, protecção da camada de ozono,
principal ou secundária, o local onde toma nor-
emissão de poluentes atmosféricos, ruído, con-
malmente as suas refeições ou o local onde recebe
trolo integrado da poluição, avaliação de impacte
normalmente o seu salário, do qual resulta a morte
ambiental, resíduos, prevenção de riscos graves e
ou lesões corporais. A denominação de “acidentes
educação ambiental, assegurando a participação e
in itinere” designa, normalmente, não só os “aci-
a informação do público e das organizações não go-
dentes de trajecto”, mas, também, os “acidentes de
vernamentais de ambiente (www.apambiente.pt).
viagem, de transporte ou de circulação”. [“A Ins-
pecção do Trabalho e os Inquéritos de Acidente de
Trabalho e Doença Profissional”; Gabinete da IGT –   Benchmarking | Avaliação de processos ou práticas
Setembro de 2005]. relativamente a um paradigma considerado óptimo.

á
  AE [Acordo de Empresa] | Documento que   Caudalímetro / Medidores de Caudal | Equi-
obriga a EPAL e os trabalhadores ao seu serviço a pamento usado para medir o volume de água que
um conjunto de direitos, deveres e garantias, livre- passa por uma determinada secção. Usados para
mente acordados entre as partes, que resultou da facturação e/ou ou para controlo da operação (ex.:
negociação com os sindicatos, que o subscrevem. cálculo de perdas)

  Água fornecida | Água Vendida acrescida da   CCDR LVT | Comissão de Coordenação e Desen-
Água de compensação. Corresponde aos consumos volvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
facturados e não facturados (Janeiro a Dezembro).
  Cloração | Método tradicional de tratamento da
  Água facturada | Consumo total autorizado fac- água por adição de cloro.
turado (incluindo a água exportada) durante o perí-

r
odo de referência englobando os volumes medidos e   CO2 eq. | Equivalente de dióxido de carbono:
os volumes estimados. medida usada para comparar as emissões de diver-

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 121


sos gases de efeito de estufa com base no seu poten- de seus limites ou pode ser exportada para outro
cial de aquecimento global (GWP). utilizador. Energia directa pode aparecer tanto nas
formas primária ou intermediária.
  Controlo e administração da empresa | Pro-
cesso – corporate governance em inglês – pelo qual a   Energia indirecta | energia produzida fora dos
empresa é controlada pelos accionistas e pelo órgão limites da organização relatora que é consumida
de administração. Neste processo são definidas as para suprir a necessidade da organização de ener-
regras e os procedimentos de tomada de decisões gia intermediária.
assim como a distribuição de direitos e de respon-
sabilidades entre as partes interessadas da empresa,   Energia intermediária | formas de energia pro-
especialmente entre os accionistas, o conselho de duzidas convertendo-se energia primária em outras
administração e os quadros superiores. formas de energia.

  Corrupção | abuso de uma função para obter ga-   Energia primária | forma inicial da energia con-
nhos particulares. sumida para atender à necessidade de energia da or-
ganização relatora. A energia primária inclui fontes
  Custo de capital | Média ponderada do custo do não renováveis e fontes renováveis.
capital próprio e do custo da dívida da empresa.
  ETA | Instalação com função de tratar a água
  Dia perdido | tempo (dias) que não pode ser bruta proveniente das estações de captação, de
trabalhado como consequência de um trabalhador acordo com os valores paramétricos definidos para
ou trabalhadores não terem podido executar o seu garantir a qualidade da água para abastecimento.
trabalho habitual devido a um acidente de trabalho
ou doença ocupacional. Um retorno para tarefas li-   FERPEL [Fórum de Entidades Representati-
mitadas ou trabalho alternativo para a mesma orga- vas da População e Actividades de Lisboa] | grupo
nização não conta como dias perdidos. de entidades externas, painel de Partes Interessadas,
formado a pedido e por iniciativa da EPAL, como
  Direitos Humanos | estão definidos pelas se- meio de envolvimento das entidades externas, cons-
guintes Convenções e Declarações: tituído em 2007, para o qual foram convidados a Câ-
mara Municipal de Lisboa, as Juntas de Freguesia da
- Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações
Charneca, da Sé, da Ajuda, de São José e de Benfica,
Unidas, 1948;
bem como a União de Associações de Comércio e
- Convenção das Nações Unidas: pacto internacional de Serviços, a ARESP - Associação da Restauração e Si-
direitos civis e políticos, 1996; milares de Portugal, a Associação de Turismo de Lis-
boa, a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa
- Convenção das Nações Unidas: pacto internacional dos
do Consumidor, a QUERCUS e o GEOTA – Grupo de
direitos económicos, sociais e culturais, 1966;
Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente.
- Declaração da OIT sobre os princípios e direitos funda- A presença das juntas de freguesia de Lisboa no fó-
mentais no trabalho, 1998; rum será em regime de rotatividade.
- Declaração de Viena e programa de acção, 1993.
  Fundo de pensões | Conjunto de activos, normal-
mente financeiros, agrupados numa entidade jurídi-
  Discriminação | o acto e o resultado de tratar ca independente, cujo objectivo é financiar planos
uma pessoa de forma desigual, impondo encargos de benefícios pós-emprego. O método de dotação do
desiguais ou negando-lhe benefícios, ao invés de fundo varia em função da origem e do volume dos
tratar a pessoa de maneira justa com base em seu montantes contribuídos, entre outros factores.
mérito individual. A discriminação também pode
incluir assédio, definido como uma série de comen-
tários ou acções indesejados, ou que sabe-se que   GEE | Gases de Efeito de Estufa. As principais
serão indesejados, pela pessoa a quem são direccio- emissões, associadas às actividades da EPAL, de ga-
nados. ses causadores de efeito de estufa são:
- Dióxido de carbono (CO2)
  Doença ocupacional | uma doença decorrente - Metano (CH4)
da situação ou actividade de trabalho ou de uma le- - Óxido nitroso (N2O)
são relacionada com o trabalho.
  GRI | Global Reporting Initiative.
  Energia directa | Energia em qualquer forma
que entra nos limites operacionais da organização.   ICNB | Instituto da Conservação da Natureza e
Pode ser consumida tanto pela organização dentro da Biodiversidade

122 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


  Impacte Ambiental | qualquer alteração no
ambiente, adversa ou benéfica, resultante, total ou
parcialmente, dos aspectos ambientais de uma or-
ganização.

  Lesão | uma lesão não fatal ou fatal decorrente


do trabalho ou ocorrida no decurso do trabalho.

  Iniciativa Novas Oportunidades | Iniciativa


governamental cujo objectivo é fazer do nível se-
cundário o patamar mínimo de qualificação para
jovens e adultos.

  Macromedição | Conjunto de medições realiza-


das no sistema de abastecimento de água.

  MLP | Médio Longo Prazo

  Óbito | A morte de um empregado ocorrida no


período coberto pelo relatório actual, decorrente
de uma lesão ou doença relacionada ao trabalho
sofrida ou contraída na condição de empregado da
organização relatora.

  ONG | Organização Não Governamental

  PEAASAR | Plano Estratégico de Abastecimento


de Água e Saneamento de Águas Residuais Rating
Classificação da probabilidade de incumprimento
das obrigações financeiras duma entidade.

  Rendimento do capital | Remuneração do ca-


pital investido na empresa; quando o rendimento
do capital é superior ao custo do capital, a empresa
cria valor.

  Risco de taxa de juro | Eventualidade de agra-


vamento das obrigações financeiras duma entidade
em consequência duma variação das taxas de juro
no mercado.

  Risco de liquidez | Eventualidade de uma enti-


dade enfrentar dificuldades em satisfazer os seus
compromissos financeiros de curto prazo.

  SMAS | Serviços Municipalizados de Água e Sa-


neamento.

  Trabalho forçado ou análogo ao escravo |


todo o trabalho ou serviço exigido de um individuo
sob ameaça de qualquer penalidade e para o qual ele
não se ofereceu de espontânea vontade.

  Tratamento de água | Processo de conversão


da água captada em água potável que consiste em
várias operações como a filtração, a desinfecção e a
correcção do pH.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 123


124 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009
Rio Tejo em Palhota - Salvaterra de Magos

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 125


A nexos
10.

126 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


ANEXO 1 Código de Ética e Conduta da EPAL

CAPÍTULO 1
Missão da EPAL

Desde 2 de Abril de 1868, o serviço público de distribuição de água à cidade de Lisboa


vem sendo assegurado por estruturas empresariais, sucessoras umas das outras, em
várias configurações jurídicas definidas ao longo de 140 anos.
A EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA tem hoje por missão a prestação
de serviços de água e a gestão sustentável do ciclo urbano da água, ao longo da sua
sequência de actividades e negócios.

CAPÍTULO 2
Objectivo e âmbito

O Código de Ética da EPAL tem por objectivo enquadrar a missão, os princípios e os


valores da empresa num conjunto de referências e linhas de orientação que deverão
mobilizar os comportamentos e atitudes de todos os colaboradores ao seu serviço nas
suas actividades de todos os dias.
As referências e linhas de orientação do Código de Ética deverão ser observadas por
todas as pessoas e entidades que trabalhem ou prestem serviços à EPAL, qualquer que
seja a natureza jurídica da sua relação.
As referências e linhas de orientação constantes do Código de Ética visam garantir
elevadas práticas de condutas profissionais e relacionais e de afirmação dos valores da
cultura da empresa.
CAPÍTULO 3
Visão e Valores da EPAL

A Visão da EPAL expressa-se em duas linhas de força:

yy Ser empresa de referência no sector da água em Portugal


yy Orientar-se pelas melhores práticas internacionais.

As actividades e as realizações, os desafios e a convivência humana na EPAL forjaram


valores que, sentidos por todos, acabam por informar as posturas e práticas do dia a dia.
Dos valores vividos e cultivados na empresa destacam-se:

yyA Qualidade, em função da qual se persegue a Inovação, a Modernidade e a Exce-


lência
yyA Responsabilidade Social na prestação dos serviços públicos essenciais
yyA Sustentabilidade e os propósitos que lhe são inerentes de Eficiência na Gestão,
de Defesa e Protecção do Ambiente, de Respeito pela Pessoa Humana e de Envolvi-
mento da Comunidade
yyA Orientação para o Cliente, razão de ser da empresa

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 127


ANEXO 1 Código de Ética e Conduta da EPAL

yyA Integridade e Transparência no modo de estar e nas relações com todas as


partes interessadas
yyA Competência e Rigor na tomada de decisões e nas acções, estabelecendo a con-
fiança como princípio de relação entre a EPAL e os diferentes públicos de relaciona-
mento
yy O Respeito e a Prática da Legalidade
yyA Melhoria Contínua da Pessoa, do Saber, dos Processos, das Práticas da Empre-
sa e da Sociedade

CAPÍTULO 4
Campo de aplicação

Os Valores existem e fazem parte da consciência colectiva da EPAL, mas só se tornam


realidade quando cultivados e postos em prática, nomeadamente na s diferentes rela-
ções entre todas as partes interessadas

Relações da EPAL com os Colaboradores

Nas relações com os seus Colaboradores, a Empresa orienta-se pelos seguintes princípios:
yy Definir e executar políticas laborais justas;
yy Remunerar adequadamente o trabalho;
yyAssegurar a igualdade de oportunidades;
yyAssegurar a formação profissional com vista ao enriquecimento de competências
e de conhecimentos;
yy Promover o desenvolvimento profissional dos colaboradores;
yy Garantir um ambiente de trabalho seguro, saudável, motivador e propício à ino-
vação;
yy Não aceitar práticas de coação física ou psicológica;
yy Reconhecer o mérito dos colaboradores com base no desempenho pessoal;
yy Promover o bem-estar dos trabalhadores;
yy Garantir o direito de livre associação.

Relações da EPAL com os Clientes

Os compromissos da EPAL para com os seus Clientes são:


yy Fornecer água de qualidade e na quantidade adequada à satisfação integral das
suas necessidades;
yyCumprir as condições contratuais da prestação dos serviços que lhe estão cometidos;
yy Investir na melhoria contínua dos níveis de qualidade do produto e do serviço.
yy Manter e desenvolver canais diversificados de comunicação;

128 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


ANEXO 1 Código de Ética e Conduta da EPAL

yy Prestar, com urbanidade e simpatia, as informações e esclarecimentos solicitados


e úteis;
yy Melhorar os níveis de garantia e qualidade dos serviços que a empresa presta ao
exterior.

Relações da EPAL com os Fornecedores e Prestadores de Serviços

Nas relações com os Fornecedores e Prestadores de Serviços, a EPAL orienta-se por:


yy Garantir as boas práticas de concorrência denegando a concessão de privilégios
ou favorecimentos;
yy Cumprir as condições contratuais;
yy Fazer cumprir os princípios constantes do Código de Ética da EPAL.

Relações da EPAL com o Accionista

Os compromissos da Empresa para com o seu Accionista são os seguintes:


yyAssegurar a adequada remuneração do capital investido;
yy Prestar informação rigorosa, oportuna e útil;
yy Manter uma comunicação leal e transparente;
yy Respeitar e cumprir as orientações estratégicas de desenvolvimento e de gestão.

Relações da EPAL com as Entidades Reguladoras

Nas relações com as Entidades Reguladoras, a Empresa promete-se a:


yyAssegurar uma comunicação leal e transparente;
yy Prestar informação rigorosa, oportuna e útil;
yy Considerar as recomendações fundadamente formuladas.

Relações da EPAL com a Comunicação Social

O compromisso da EPAL para com a comunicação social é prestar informação rigoro-


sa, oportuna e útil.

Relações da EPAL com a Comunidade

Nas relações com a Comunidade, a EPAL compromete-se a:


yy Manter uma postura ambiental sustentável, assegurando a monitorização e redu-
ção dos impactos negativos das suas actividades;
yy Promover acções de divulgação e de apoio ao ensino no âmbito da preservação
dos recursos hídricos e do uso eficiente da água;
yy Preservar e divulgar o património monumental e histórico por que é responsável.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 129


ANEXO 1 Código de Ética e Conduta da EPAL

yy Envolver-se em acções de apoio à comunidade, nas vertentes social, ambiental,


educativa, cultural e técnica, que se coadunem com os valores da empresa.

Relações dos Colaboradores com a EPAL

Nas suas relações com a EPAL, os Colaboradores comprometem-se a:


yy Cultivar os valores, respeitar os princípios e assumir os compromissos constantes
deste Código;
yyAssegurar o uso eficiente dos recursos da empresa, minimizando custos e evitan-
do o desperdício;
yy Exercer as suas funções com responsabilidade, diligência e eficiência e com o
melhor do seu saber;
yy Pautar sistemática e permanentemente o seu desempenho em função dos valores
de lealdade e honestidade;
yy Não exercer actividades externas que interfiram ou estabeleçam concorrência
com as actividades da empresa;
yyRespeitar a confidencialidade e a reserva dos assuntos e informações que o justifiquem;
yy Não adulterar ou utilizar indevidamente os documentos ou informações da empresa;
yy Recusar de terceiros qualquer tipo de benefício, vantagem ou favor que se confi-
gure como tentativa de suborno ou influência;
yy Não divulgar ou prestar informação infundada ou falsa.
yyAssegurar a transmissão do conhecimento obtido ao serviço da empresa;

Relações dos Colaboradores entre Si

Nas relações entre si, os Colaboradores comprometem-se a:


yy Promover o diálogo, a entreajuda e a partilha de informação em função dos inte-
resses da empresa e não individuais, de grupo ou de área;

130 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


ANEXO 1 Código de Ética e Conduta da EPAL

yy Fomentar a colaboração, o empreendorismo e a criatividade nas relações profis-


sionais;
yy Desenvolver e manter o diálogo na resolução de conflitos e o respeito pela diferen-
ça de opiniões;
yy Pautar as relações hierárquicas pelos valores da liderança, equidade e respeito
mútuo;
yy Cultivar a cordialidade das relações.

Relações dos Fornecedores e Prestadores de Serviços com a EPAL

yy Considerar e respeitar os Princípios, Valores e Compromissos constantes do Códi-


go de Ética da EPAL.
yy Cumprir as condições contratuais;

CAPÍTULO 5
Subscrição, cumprimento e imputabilidade

A responsabilidade pessoal pelo respeito e cumprimento do Código de Ética deve ser


assumida por todos os trabalhadores da EPAL.
O reparo, a advertência, a crítica positiva devem ser meios privilegiados de actuação
para com potenciais ou eventuais faltosos.
A sensibilização e o diálogo construtivo devem ser instrumentos permanentes da valo-
rização e do cumprimento do Código de Ética.
A violação dos valores e princípios constantes do Código de Ética pode implicar a im-
putação de responsabilidade, em função da natureza do quadro normativo violado.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 131


ANEXO 2 Política da Qualidade e Ambiente

A EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A, tem por Missão a prestação de
serviços de água e a gestão sustentável do ciclo urbano da água, ao longo da sua se-
quência de actividades e negócios.

No desenvolvimento da sua Missão, a EPAL orienta-se pelos seguintes princípios que


constituem a sua Política da Qualidade e Ambiente:

I. N
 o cumprimento da sua Missão, a EPAL compromete-se a desenvolver as suas ac-
tividades e a prestar serviços no quadro de referências do seu Sistema de Gestão da
Qualidade e Ambiente.

II. O
 Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente da EPAL tem como suporte a preo-
cupação de organização, simplificação e optimização dos processos e recursos,
enquanto factores de melhoria contínua.

III. O
 desenvolvimento do conhecimento e do pleno potencial de todos os colabora-
dores, ao nível do indivíduo e das equipas, é condição essencial para a Qualidade
da organização e para a eficácia dos processos.

IV. A
 avaliação periódica da satisfação e necessidades dos Clientes da EPAL, conju-
gada com a resposta adequada a áreas de melhoria identificadas, é um objectivo de
todos os colaboradores.

V. No desenvolvimento das suas actividades, a EPAL compromete-se a cumprir a leg-


islação aplicável e outros requisitos que venha a subscrever e a melhorar continu-
amente a eficácia do Sistema de Gestão.

VI. A EPAL promove os valores e preocupações ambientais com o objectivo de, preve-
nindo a poluição, contribuir activa e responsavelmente para um futuro ambiental-
mente sustentado.

VII. O
 s compromissos da Qualidade e Ambiente assumidos pela EPAL deverão ser
sistematicamente revistos e sucessivamente partilhados por todos os colabora-
dores, divulgados ao público e à Sociedade em geral.

132 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


ANEXO 3 Política de Patrocínios da EPAL

O Conselho de Administração, na sua reunião de 14 de Janeiro de 2010, deliberou


aprovar os princípios que definem a política de concessão de patrocínios da empresa,
consagrados na seguinte declaração:
A EPAL tem hoje por missão a prestação de serviços de água e a gestão sustentável do
ciclo urbano da água, ao longo da sua sequência de actividades e negócios.
No seu Código de Ética e Conduta está considerado um conjunto de Valores que, acei-
tes pelos seus colaboradores, orientam as actividades e práticas diárias da empresa.
Dos valores considerados no Código de Ética e Conduta da EPAL destacam-se, entre
outros, o da Responsabilidade Social, o da Sustentabilidade e o da melhoria contínua
das Pessoas, do Saber, das Práticas e da Sociedade.
É neste quadro de referências que a empresa define a sua Política de Patrocínios, cuja
aplicação prática deve processar-se com integridade e transparência.
A Política de Patrocínios da EPAL é orientada pelos seguintes princípios:
1.  Os domínios a considerar na atribuição de patrocínios são:
a. Saber, compreendendo o apoio a actividades de formação e investigação em
escolas do ensino básico e secundário, estabelecimentos de ensino superior poli-
técnico e universitário e organismos de investigação e desenvolvimento.
b. Ambiente, abrangendo o apoio a iniciativas, programas e acções orientadas
para a sensibilização, educação e preservação ambiental.
c. Cultura, nas suas componentes de preservação, conservação, restauro e divulga-
ção do património nacional e de edição de obras bibliográficas.
d. Técnica, compreendendo o apoio a congressos, seminários e conferências de
cariz técnico ou tecnológico e a iniciativas de associações e entidades do sector.
e. Social, abrangendo o apoio a instituições de solidariedade e assistência social,
incluindo a deficientes.
f. Desporto, nas modalidades ligadas ao meio aquático e para deficientes.
2.  Deverá ser previsto no orçamento anual da empresa o montante destinado a patrocínios.
3.  Todos os pedidos de patrocínios recebidos na empresa serão remetidos ao Secretá-
rio-Geral.
4.  Os pedidos de patrocínio são analisados pelo Secretário-Geral (SG), que instruirá os
respectivos processos, nomeadamente com o pedido, a proposta de decisão, respecti-
va justificação e proposta de formalização.
5.  Os patrocínios são aprovados pelo Conselho de Administração.
6.  Os processos dos patrocínios aprovados serão completados com relatório sobre o
cumprimento das condições referentes à atribuição.
7.  Os processos relativos a patrocínios, quer concedidos, quer recusados, serão manti-
dos por SG pelo prazo de dois anos, após o que deverão ser microfilmados e destruídos.

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 133


Plano de Gestão de Riscos de Corrupção
ANEXO 4
e Infracções Conexas

Enquadramento

A corrupção constitui uma ameaça para o Estado de direito, a democracia e os direitos


do homem, mina os princípios de boa administração, de equidade e de justiça social,
falseia a concorrência, dificulta o desenvolvimento económico e faz perigar a estabili-
dade das instituições democráticas e os fundamentos morais da sociedade.
Actualmente, a corrupção é uma das grandes preocupações com que as sociedades se
deparam resultante da competitividade dos mercados, bem como das potenciais viola-
ções dos códigos de conduta e ética por parte dos seus intervenientes.
Os actos de corrupção e infracções conexas exercem um efeito negativo na competi-
tividade dos agentes económicos, distorcendo a veracidade do mercado e colocando
entraves ao seu próprio desenvolvimento. A ausência de medidas fortes de combate
apropriado a estes fenómenos provoca não só o descrédito das instituições e dos paí-
ses, como coloca também em perigo a sustentabilidade do próprio mercado e das suas
empresas.
Situações como a morosidade e falta de transparência das práticas administrativas
constituem contextos favoráveis à ocorrência de práticas de corrupção e infracções
conexas.
No seguimento dos vários instrumentos jurídicos internacionais contra a corrupção
que têm surgido nos últimos anos, em 2008 foi criada uma entidade administrativa
independente de âmbito nacional a funcionar junto do Tribunal de Contas designada
por Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), com o intuito de promover a difusão
dos valores da integridade, probidade, transparência e responsabilidade.

Objectivos

O Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas identifica as princi-


pais áreas que potencialmente poderão ser sujeitas à ocorrência de actos de corrupção,
bem como os respectivos riscos daí decorrentes e os controlos instituídos pela empre-
sa visando a sua mitigação.
Pretende também reforçar a cultura do grupo e dos respectivos colaboradores no que
respeita a comportamentos éticos e boas práticas no relacionamento comercial com
clientes, fornecedores e demais entidades.

Âmbito do Plano

Este Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas dá cumprimento


à Recomendação do CPC, de 1 de Julho de 2009, abrangendo a EPAL – Empresa Portu-
guesa das Águas Livres, S A.

134 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Missão da Entidade

A Missão da EPAL, SA é a prestação de serviços de água e a gestão sustentável do ciclo


urbano da água, ao longo da sua sequência de actividades e negócios.

Áreas avaliadas, Principais Riscos e formas de mitigação

Tendo em conta a missão da EPAL, SA, foram identificadas como passíveis de ser su-
jeitas a actos de corrupção as seguintes áreas:

1. Contratação de empreitadas;
2. Aquisição de bens e serviços;
3. Concessão de benefícios públicos (Patrocínios e Donativos);
4. Licenciamentos de projectos e obras em sede de Novos Abastecimentos.

Seguidamente apresentam-se os principais riscos identificados para cada área, classi-


ficados segundo uma escala de risco – elevado, moderado e fraco – em função do grau
de probabilidade de ocorrência, bem como as medidas que foram adoptadas pelo Con-
selho de Administração para prevenir o seu acontecimento e/ou mitigar o seu impacto.

Libélula-vermelha Sympetrum fonscolombei

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 135


1.  Contratação de empreitadas

RISCOS

Planeamento das empreitadas não ser efectuado atempadamente nem devida- moderado
R1.1 mente avaliado (ambiental, técnica, social e economicamente)
Elaboração de cadernos de encargos que sejam pouco claros, incompletos ou
fraco
R1.2 discriminatórios
R1.3 Incumprimento dos procedimentos concursais previstos na lei moderado

R1.4 Incumprimento dos critérios de avaliação das propostas previamente definidos moderado
Inexistência de procedimentos formalizados para o lançamento e gestão de
moderado
R1.5 empreitadas
Inexistência de contrato formalizado para a execução da empreitada e/ou trabalhos
fraco
R1.6 a mais/menos
R1.7 Execução inadequada do contrato de empreitada moderado
Realização de trabalhos a mais sem justificação e/ou sem validação dos
moderado
R1.8 pressupostos legais aplicáveis
Realização de trabalhos a mais em percentagem superior aos limites quantitativos
fraco
R1.9 previstos na lei
R1.10 Ocorrência de desvios significativos entre o projecto e a execução física moderado
Realização de pagamentos sem que exista execução física correspondente e/ou
fraco
R1.11 aquisição de equipamentos

CONTROLOS

C1.1 Existência do Código de Conduta e Ética da EPAL

Avaliação multicritério (técnica, económica e de qualidade de serviço) prévia de todos os projec-


C1.2 tos a integrar no plano anual de investimentos, tarefa a desenvolver em sede de gestão de activos,
C1.3 Aprovação em reunião do Conselho de Administração da EPAL
Existência de procedimentos formalizados para o lançamento e gestão de empreitadas, preven-
do cumprimento da legislação aplicável em vigor, através de participação, no Juri, de elemento
C1.4 do gabinete jurídico
Composição do júri de avaliação de propostas de concursos lançados pela EPAL inclui um
colaborador qualificado da direcção técnica promotora da empreitada, da direcção utilizadora
ou utente, da direcção financeira e do gabinete jurídico (empreitadas superiores a € 400.000 e
C1.5 projectos, assessorias e fiscalizações superiores a € 200.000)
Empreitadas de valor superior a € 1.000.000 são acompanhadas, respectivamente, por um
colaborador qualificado da direcção técnica promotora da empreitada, da direcção utilizadora
C1.6 ou utente, da direcção financeira e do gabinete jurídico
Existência da função “Chefe de Projecto da Obra” que acompanha a empreitada desde o seu
lançamento até à sua conclusão física, entrada em exploração, recepção provisória e conta de
C1.7 empreitada
Projectos de empreitadas de valor superior a € 1.000.000 são geridos pela direcção técnica pro-
motora da empreitada e acompanhados pela direcção de gestão de activos e direcção utilizadora
C1.8 ou utente

Elaboração de uma ficha de encerramento para cada empreitada pela direcção técnica promotora
C1.9 da empreitada, validada pela direcção de gestão de activos e pela direcção utilizadora ou utente

136 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


CONTROLOS

Os procedimentos em vigor prevêem a existência de contrato escrito a celebrar previamente ao


C1.10 início dos trabalhos (empreitada e trabalhos a mais/menos)

Existência de Fiscalização que controla a execução física dos trabalhos e valida os autos de
C1.11 medição
C1.12 Segregação de funções no processo de aprovação, processamento e pagamento de facturas
Facturas são validadas previamente ao seu pagamento pelo chefe de projecto da obra e com-
C1.13 paradas com os autos de medição, bem como, pelo director promotor da empreitada

Reporte periódico de informação sobre a evolução das empreitadas em curso e futuras para o
C1.14 gabinete de planeamento e controlo de gestão (Controlo de Investimentos)

  C1.1 C1.2 C1.3 C1.4 C1.5 C1.6 C1.7 C1.8 C1.9 C1.10 C1.11 C1.12 C1.13 C1.14
R1.1                        

R1.2                       

R1.3                      

R1.4                        

R1.5                         

R1.6                    

R1.7                    

R1.8                   

R1.9                   

R1.10                    

R1.11                   

2.  Aquisição de Bens e Serviços

RISCOS
R2.1 Compras não serem efectuadas com procedimento de contratação adequado moderado
R2.2 Inexistência de procedimentos formalizados para a aquisição de bens e serviços fraco
R2.3 Aquisições de bens e serviços não decorrem de necessidades efectivas/reais moderado
R2.4 Pedidos de compra não serem devidamente autorizados moderado
Inexistência de contratos entre as partes detalhando as condições de fornecimento
R2.5 do bem e/ou serviço moderado
Acesso indevido aos dados mestre dos fornecedores registados no sistema in-
R2.6 formático fraco
R2.7 Pagamentos efectuados não estarem de acordo com o contrato/proposta fraco
R2.8 Pagamento de bens e serviços que não foram entregues/devidamente executados fraco

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 137


CONTROLOS
C2.1 Existência de Código de Conduta e Ética da EPAL
C2.2 Existência de um Orçamento de Exploração Anual
C2.3 Existência de delegação de competências por cada função
O sistema de aprovação de requisições e pedidos de compra está definido no sistema informáti-
C2.4 co de acordo com a delegação de competências aprovada pelo Conselho de Administração
O acesso e registo de transacções no sistema informático é restringido em função do perfil de
C2.5 cada utilizador
C2.6 Existência de procedimentos formalizados para a aquisição de bens e serviços
O Júri do procedimento para avaliação das propostas tenha, em maioria, elementos de outras
C2.7 direcções não integrando a função compras
Utilização de um sistema informático integrado para agregar informação da requisição e pe-
C2.8 dido de compra, entrada de mercadoria, autorização de pagamento, pagamento da factura
Existência de segregação de funções no processo de aquisição de bens e serviços (Requisitante –
C2.9 Comprador – Contabilidade – Tesouraria)
Existência de controlos internos de operação (análise estatística de consumos, consumos
C2.10 históricos), bem como de recepção factual pelo serviço requisitante
Construção de base de dados com o histórico de três anos das adjudicações de aquisições de
C2.11 bens e serviços, por fornecedor

Matriz de Riscos e Controlos

  C2.1 C2.2 C2.3 C2.4 C2.5 C2.6 C2.7 C2.8 C2.9 C2.10 C2.11
R2.1       

R2.2     

R2.3        

R2.4      

R2.5       

R2.6      

R2.7  

R2.8       

3. Concessão de benefícios públicos (Patrocínios e Donativos)

RISCOS
R3.1 Inexistência de critérios formalizados para a atribuição de patrocínios e donativos moderado
Processo não estar documentado e organizado (pedido, decisão, justificação,
R3.2 contrato/protocolo, etc..) fraco
R3.3 Decisão ser tomada por um órgão singular e não por um órgão colegial fraco
Condições e termos de atribuição do benefício não estarem vertidos num docu-
R3.4 mento escrito fraco
R3.5 Decisor da atribuição do benefício ter interesses com a entidade beneficiária fraco
Inexistência de verificação do cumprimento das condições acordadas para a
R3.6 atribuição do patrocínio moderado

138 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


CONTROLOS
Existência de uma política de patrocínios que regula a atribuição, organização e aprovação dos
C3.1 mesmos
Pedidos recebidos pela EPAL são analisados pelo C.A. e direccionados a JUR ou a GIC conforme
C3.2 necessário
C3.3 A decisão de atribuição do patrocínio é efectuada pelo Conselho de Administração
C3.4 Existência de um orçamento anual para patrocínios/donativos
Sistema de controlo interno que prevê a criação de uma pasta para arquivo de toda a documen-
C3.5 tação relevante
C3.6 Existência de Código de Conduta e Ética da EPAL
C3.7 Avaliação do impacto e execução dos donativos/patrocínios pelo GIC

Matriz de Riscos e Controlos

  C3.1 C3.2 C2.3 C3.4 C3.5 C3.6 C3.7


R3.1    
R3.2     
R3.3    
R3.4   
R3.5     
R3.6   

4. Licenciamentos de projectos e obras em sede de Novos Abastecimentos.

RISCOS
A actividade de fiscalização de redes prediais não se realizar com coerência
R4.1 técnica Moderado
Os processos de aprovação e fiscalização de projectos de redes prediais ser mo-
R4.2 roso Moderado
Os processos necessários ao estabelecimento de novos abastecimentos ser buro-
R4.3 crático Moderado

CONTROLOS
C4.1 Subcontratação da actividade de fiscalização de redes prediais
C4.2 Realização de auditorias (aleatórias) às entidades subcontratadas para a fiscalização
C4.3 Existência de Código de Conduta e Ética da EPAL
C4.4 Imposição de mecanismos de monitorização/ controlo da actividade técnica e subcontratada

Matriz de Riscos e Controlos


  C3.1 C3.2 C2.3 C3.4
R4.1    
R4.2    
R4.3  

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 139


Mecanismos de Controlo

A EPAL, SA instituiu um mecanismo de monitorização do cumprimento do plano de


combate à corrupção e infracções conexas, assente na avaliação sistemática, consoli-
dada anualmente de todas as suas áreas funcionais - direcções e gabinetes - através da
elaboração de um questionário relativo às principais áreas de risco identificadas como
susceptíveis de corrupção, visando avaliar o cumprimento dos controlos instituídos
e despistando eventuais fraquezas no sistema de controlo interno nas áreas de maior
risco.

Entidades envolvidas na gestão do plano

O reporte ao CPC, relativo à execução do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e In-


fracções Conexas da EPAL, SA será efectuado anualmente até 15 de Novembro de cada
ano, salvo definição de um prazo distinto pelo próprio CPC.
As entidades envolvidas nas várias fases de avaliação do cumprimento do plano são
os diversos Gabinetes e Direcções, em especial, o Gabinete de Auditoria, bem como o
Conselho de Administração.

140 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Canais de comunicação de irregularidades

Consciente da necessidade de criar canais de comunicação de irregularidades, a EPAL,


SA definiu dois canais dedicados para esse efeito consoante sejam colaboradores ou
entidades externas, sendo que todas as irregularidades/denúncias devem ser remeti-
das para a Comissão de Auditoria.
yy Colaboradores: Utilização do endereço de e-mail referente à Comissão de Auditoria.
yy Entidades Externas: As denúncias recebidas pela empresa, via e-mail ou via postal
(carta), deverão ser remetidas para a Comissão de Auditoria.

Sanções para actos de corrupção ou infracções conexas

Todas as transacções ou actos relativamente aos quais exista a suspeita de corrupção


ou actividades conexas praticadas por colaboradores da EPAL, SA serão devidamente
investigados pelo órgão interno responsável.
Na eventualidade das suspeitas serem confirmadas após investigação, os infractores
serão objecto de instauração de processo disciplinar bem como das respectivas san-
ções aplicáveis em conformidade com a política interna da EPAL, SA, sendo o proces-
so comunicado às autoridades policiais e de investigação competentes.

Lezíria da Ribeira das Enguias - entardecer estuário do Tejo

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 141


Declaração de Avaliação Independente 1

142 EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009


Declaração de Avaliação Independente 2

EPAL RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2009 143

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