Cartaolimpica PDF
Cartaolimpica PDF
Cartaolimpica PDF
Autor
Comit Olmpico Internacional
Traduo
Alexandre Miguel Mestre
Filipa Saldanha Lopes
Ttulo
Carta Olmpica
Direo da edio
Mrio Teixeira
Coordenao de edio
Joo Veiga
Design e Produo
Bruno Bate-DesignStudio
Simbologia da capa
ColorADD (consultar pgina 111)
Tiragem
21.000 exemplares
ISBN
978-989-8330-04-8
Depsito legal
340537/12
Nota dos tradutores
O presente trabalho, a publicar por ocasio do lanamento, pelo XIX Governo Constitu-
cional, do Plano Nacional de tica no Desporto, consiste numa traduo livre, oficiosa e graciosa
da Carta Olmpica efetuada pelos signatrios, isto , no se trata de uma traduo oficial do
Comit Olmpico Internacional.
A traduo ora publicada corresponde a uma atualizao da que fora efetuada tambm pelos
signatrios em junho de 2010, que veio a ser publicada no stio Internet do Comit Olmpico de
Portugal. Tiveram-se em conta as diversas alteraes entretanto introduzidas na Carta Olmpica
e procurou-se uniformizar e aperfeioar certas normas, traduzindo-as o mais possvel de forma
fiel terminologia e ao estilo empregues nas verses oficiais da Carta Olmpica, publicadas pelo
Comit Olmpico Internacional nas Lnguas Francesa, Inglesa e Espanhola.
A traduo da Carta Olmpica para a lngua portuguesa, exemplarmente efetuada pelo Secret-
rio de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Miguel Mestre, um marco desportivo e
cultural que me apraz saudar.
O Plano Nacional para a tica no Desporto j um pilar essencial da poltica desportiva do Go-
verno de Portugal. Queremos premiar e valorizar, mais do que os vencedores, o extraordinrio 5
Com efeito, j na Grcia Antiga os Jogos Olmpicos eram preparados, organizados e realizados no
quadro de um escrupuloso cumprimento de regras, circunstncia que porventura se pode explicar
pelo facto de, poca, a unidade cultural da civilizao grega se ancorar no grande significado
conferido a princpios morais e sociais e a regras, escritas ou no escritas, universalmente aceites.
Ora essa mesma ncora civilizacional era a ncora dos Jogos Olmpicos: o respeito pelo indivduo,
pela sua individualidade, mas tambm pela sua insero num contexto coletivo e societrio; a pro-
clamao e defesa de valores como a virtude, a tolerncia, a honestidade, a justia, a equidade. A
Ademais, os polticos e os legisladores gregos estavam bem cientes dos valores e das bases do desporto: as
competies entre atletas e as discusses em torno de diferentes concees filosficas tinham um deno-
minador comum: vencer o oponente de forma honesta, dominando-o sempre por meios justos e corretos.
No admira, pois, que Plato e Aristteles tenham sido grandes atletas, como tambm no surpreende que
as teorias e convices do primeiro tenham influenciado a definio dos critrios de elegibilidade para a par-
ticipao nos Jogos Olmpicos. Por outro lado, a conceo do segundo quanto ao carter, assente num justo
equilbrio entre a audcia e a prudncia (primado aristotlico) disciplinou claramente os atletas.
durante os Jogos Olmpicos da Era Antiga era, designadamente, proibido: (i) Matar o adversrio,
nomeadamente nas provas de luta ou no boxe, fosse de forma voluntria ou negligente, sob pena
de expulso dos Jogos Olmpicos, perda do prmio e o no reconhecimento da vitria, que seria
atribuda ao cadver da vtima; (ii) Empurrar o adversrio ou utilizar algum procedimento desleal;
(iii) Recorrer corrupo e intimidao a adversrios e juzes, sob pena de ser violentado com
chicotes de cordas ou de correias; (iv) Manifestar-se em pblico, contra o veredito dos juzes.
VOC UM DESPORTISTA?
Como jogador.
PENSE:
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
Como espectador.
8 1. Voc repudia a alegria de jogar bem por parte dos seus oponentes?
2. Voc vaia o rbitro quando este toma uma deciso que no do seu agrado?
3. Voc quer ver o seu lado a ganhar mesmo quando o no merece?
4. Voc discute com os espectadores que apoiam o outro lado?
Face ao exposto, sendo 2012 um ano em que Londres acolhe simultaneamente Jogos Olmpicos
e Jogos Paraolmpicos, e tendo o Governo Portugus designado 2012 como o Ano Nacional
da tica no Desporto ponto de partida do Plano Nacional de tica no Desporto (PNED), para
decorrer durante todo o mandato - faz todo o sentido que a primeira das publicaes do PNED
seja a Carta Olmpica, em Lngua Portuguesa. Mais se justifica porquanto tambm em 2012, em
Ainda que no oficial, esta publicao conta com a autorizao e participao quer do Comit
Olmpico Internacional quer do Comit Olmpico de Portugal, circunstncia que merece o tribu-
to e o profundo agradecimento da parte do Governo Portugus.
Esperamos que a atenta leitura da presente publicao permita melhor apreender, interiorizar e
vivenciar as regras, os valores e os princpios ticos fundamentais que devem nortear todos os
cidados, no Desporto, como na Vida. Esse desiderato visa em particular os Jovens, porquanto
nessa fase que a educao pelo desporto mais se revela fundamental no processo de formao
integral da pessoa humana. 9
O COI regozija-se pelo facto de o Secretrio de Estado do Desporto e da Juventude, que ante-
riormente foi membro da Academia Olmpica de Portugal, tenha, com o apoio do Comit Olm-
pico de Portugal, tomado a iniciativa de traduzir a Carta Olmpica para Portugus e public-la
enquanto parte das iniciativas do Ano Nacional da tica no Desporto 2012.
Esta iniciativa ir ajudar a reforar e promover os valores do Olimpismo no mbito dos Pases de
Lngua Portuguesa.
11
So estes textos, em permanente atualizao, que nos permitem uma panormica dos Jogos Olmpicos
e do fenmeno do Olimpismo moderno, patrimnio civilizacional que tanto deve inspirao e ousadia
de Pierre de Coubertin.
Muito nos anima o facto de a Carta Olmpica poder estar novamente acessvel ao pblico em lngua por-
tuguesa, ficando este documento essencial disponvel no vasto espectro da Lusofonia.
Nesta poca de crise de valores, justifica-se reconhecer este patrimnio, apreender os ensinamentos e os
Princpios Fundamentais intrnsecos ao Movimento Olmpico, ressaltando o seu inestimvel contributo
Mais do que apreender disposies, aqui se proporciona a difuso dos princpios ticos fundamentais
universais que devem acompanhar a organizao e a gesto do Desporto.
Portugal, desde 1909, data em que aderiu ao Movimento Olmpico, tem procurado contribuir para a cons-
truo de um mundo melhor, educando a juventude atravs do Desporto e defendendo a prtica despor-
tiva como direito fundamental.
Muito nos satisfaz, por isso, colaborar nesta importante iniciativa estatal de publicar a Carta Olmpica em
lngua portuguesa, por ocasio e assinalando o lanamento do Plano Nacional para a tica no Desporto.
13
Colmatando o interregno de uma dcada, sada-se esta oportuna edio e a excelente traduo
efetuada pelo Secretrio de Estado do Desporto e da Juventude do XIX Governo Constitucional,
Alexandre Miguel Mestre.
Muito nos apraz registar que este destacado jurista entenda o Olimpismo como uma componente essen-
cial do desenvolvimento integral do cidado e se assuma publicamente, sem reservas, aliado e defensor
das nobres causas deste Movimento escala global que, em primeira linha, nos cabe difundir e proteger.
PREMBULO 23
CAPTULO 1 27
O MOVIMENTO OLMPICO 29
1. COMPOSIO E ORGANIZAO GERAL DO MOVIMENTO OLMPICO 29
2. MISSO E PAPEL DO COI* 29
Texto de Aplicao da Regra 2 31
3. RECONHECIMENTO PELO COI 31
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
4. CONGRESSO OLMPICO* 32
Texto de Aplicao da Regra 4 32
5. SOLIDARIEDADE OLMPICA* 32
Texto de Aplicao da Regra 5 32
6. JOGOS OLMPICOS* 33
Texto de Aplicao da Regra 6 33
7. DIREITOS SOBRE OS JOGOS OLMPICOS E AS PROPRIEDADES OLMPICAS* 34
8. O SMBOLO OLMPICO* 35
9. A BANDEIRA OLMPICA* 35
10. A DIVISA OLMPICA* 35
11. OS EMBLEMAS OLMPICOS* 35
14 12. O HINO OLMPICO* 35
13. A CHAMA OLMPICA E AS TOCHAS OLMPICAS* 36
14. AS DESIGNAES OLMPICAS* 36
Texto de Aplicao das Regras 7-14 36
CAPTULO 2 41
O COMIT OLMPICO INTERNACIONAL (COI) 43
15. ESTATUTO JURDICO 43
16. MEMBROS* 43
Texto de Aplicao da Regra 16 47
17. ORGANIZAO 51
18. A SESSO* 51
Texto de Aplicao da Regra 18 52
19. A COMISSO EXECUTIVA DO COI* 54
Texto de Aplicao da Regra 19 56
20. O PRESIDENTE* 57
Texto de Aplicao da Regra 20 57
21. COMISSES DO COI* 57
Texto de Aplicao da Regra 21 58
22. COMISSO DE TICA DO COI* 59
Texto de Aplicao da Regra 22 59
23. LNGUAS 60
CAPTULO 3 61
AS FEDERAES INTERNACIONAIS (FIs) 63
25. RECONHECIMENTO DAS FI 63
26. MISSO E PAPEL DAS FI NO SEIO DO MOVIMENTO OLMPICO 63
CAPTULO 4 65
OS COMITS OLMPICOS NACIONAIS (CONs) 67
27. MISSO E PAPEL DOS CONs* 67
28. COMPOSIO DOS CONs* 69
Texto de Aplicao das Regras 27 e 28 70 15
CAPTULO 5 75
OS JOGOS OLMPICOS 77
CAPTULO 6 105
MEDIDAS E SANES, PROCESSOS DISCIPLINARES E RESOLUO DE LITGIOS 107
17
20
Introduo
Carta Olmpica
A Carta Olmpica (CO) a codificao dos Princpios Fundamentais do Olimpismo, das Regras e
dos Textos de Aplicao adotados pelo Comit Olmpico Internacional (COI). Governa a organi-
zao, a ao e o funcionamento do Movimento Olmpico (MO) e fixa as condies de celebra-
o dos Jogos Olmpicos. Na sua essncia, a Carta Olmpica serve trs objetivos principais:
a) A Carta Olmpica, enquanto documento de base de natureza constitucional, fixa e apela aos
princpios fundamentais e valores essenciais do Olimpismo.
c) Adicionalmente, a Carta Olmpica define os principais direitos e obrigaes das trs princi-
pais partes constitutivas do Movimento Olmpico, nomeadamente o Comit Olmpico In-
NOTA
Na Carta Olmpica, o emprego do gnero masculino em relao a toda a pessoa individual (por
exemplo, nomes como presidente, vice-presidente, diretor, membro, lder, oficial, chefe de mis- 21
so, participante, concorrente, atleta, juiz, rbitro, membro de um jri, adido, candidato ou pes-
soal, ou pronomes tais como ele, eles, aqueles) dever, salvo disposio especfica em contrrio,
ser entendido como incluindo o gnero feminino.
Salvo disposio expressa em contrrio, para efeitos Carta Olmpica um ano significa um ano
civil, com incio no dia 1 de janeiro e fim no dia 31 de dezembro.
22
Prembulo
O Olimpismo Moderno foi concebido por Pierre de Coubertin, por cuja iniciativa se realizou o Con-
gresso Atltico Internacional em Paris em junho de 1894. Em 23 de junho de 1894 foi constitudo o
Comit Olmpico Internacional. Os primeiros Jogos Olmpicos (Jogos da Olimpada) da era moderna
foram celebrados em Atenas, Grcia, em 1896. Em 1914, foi adotada a bandeira olmpica, oferecida
por Pierre de Coubertin no Congresso de Paris. A mesma composta por cinco anis entrelaados,
que representam a unio dos cinco continentes e o encontro dos atletas do mundo inteiro nos Jogos
Olmpicos. Os primeiros Jogos Olmpicos de inverno foram celebrados em Chamonix, Frana, em
1924.
23
4. A prtica do desporto um direito do homem. Todo e qualquer indivduo deve ter a possibi-
lidade de praticar desporto, sem qualquer forma de discriminao e de acordo com o esprito
Olmpico, que requer entendimento mtuo, com esprito de amizade, solidariedade e fairplay.
6. Toda e qualquer forma de descriminao relativamente a um pas ou a uma pessoa com base na
raa, religio, poltica, sexo ou outra incompatvel com a pertena ao Movimento Olmpico.
7. Pertencer ao Movimento Olmpico exige o respeito pela Carta Olmpica e ser dotado(a) do
reconhecimento do COI.
O MOVIMENTO OLMPICO
E A SUA AO
1.
O Movimento Olmpico
3. Para alm das trs principais partes constitutivas, o Movimento Olmpico abrange igualmen-
te os Comits Organizadores dos Jogos Olmpicos COJOs, as associaes nacionais, clubes
e pessoas pertencentes s FIs e aos CONs, em particular os atletas, cujos interesses consti-
tuem um elemento fundamental da ao do Movimento Olmpico, bem como juzes, rbi-
tros, treinadores e outros oficiais e tcnicos. Inclui ainda outras organizaes e instituies
reconhecidas pelo COI.
to Olmpico est sujeita s regras da Carta Olmpica e deve obedincia s decises do COI.
1. Encorajar e apoiar a promoo da tica e da boa governana no desporto bem como a edu-
cao dos jovens pelo desporto e orientar os seus esforos para assegurar que no desporto
prevalece o esprito de fairplay e a violncia banida;
5. Agir para reforar a unidade do Movimento Olmpico, proteger a sua independncia e pre-
servar a autonomia do desporto;
11. Encorajar e apoiar os esforos das organizaes desportivas e das autoridades pblicas de
forma a assegurar o futuro social e profissional dos atletas;
30 13. Encorajar e apoiar uma preocupao responsvel com as matrias do ambiente, promover o
desenvolvimento sustentvel no desporto e exigir que os Jogos Olmpicos sejam organiza-
dos em conformidade;
14. Promover junto das cidades e pases anfitries o legado positivo dos Jogos Olmpicos;
2. O COI pode reconhecer como CONs organizaes desportivas nacionais cuja atividade es-
5. O COI pode reconhecer organizaes no governamentais conexas com o desporto, que ope-
rem a nvel internacional, e cujos estatutos e atividades sejam conformes com a Carta Olmpica. 31
4. Congresso Olmpico*
O Congresso Olmpico rene representantes das partes constitutivas do Movimento Olmpico
em intervalos de tempo fixados pelo COI; convocado pelo presidente do COI; o seu papel
consultivo.
5. Solidariedade Olmpica*
A Solidariedade Olmpica tem por fim organizar a assistncia aos CONs, em particular os que te-
nham maior necessidade. Tal assistncia assume a forma de programas elaborados em conjunto
pelo COI e pelos CONs, com a assistncia tcnica das FIs, se necessria.
32
2. Prestar assistncia aos CONs na preparao dos seus atletas e equipas em vista da sua
participao nos Jogos Olmpicos;
3. Desenvolver o conhecimento tcnico desportivo dos atletas e treinadores;
4. Melhorar o nvel tcnico dos atletas e treinadores em cooperao com os CONs e as FIs,
nomeadamente atravs de bolsas de estudo;
6. Jogos Olmpicos*
1. Os Jogos Olmpicos so competies entre atletas, em provas individuais ou por equipas, e no
entre pases. Renem os atletas selecionados pelos seus respetivos CONs cujas inscries te-
nham sido aceites pelo COI. Os atletas concorrem sob a direo tcnica das FIs em causa.
3. O COI deve determinar as condies de todo o acesso e utilizao de dados relativos aos
Jogos Olmpicos e s competies e prestaes desportivas no quadro dos Jogos Olmpicos.
O smbolo Olmpico exprime a atividade do Movimento Olmpico e representa a unio dos cinco
continentes e o encontro de atletas do mundo inteiro nos Jogos Olmpicos.
2. Uma Tocha Olmpica uma tocha porttil, ou a sua rplica, aprovada pelo COI, destinada
combusto da Chama Olmpica.
1.2 Cada CON responsvel perante o COI pela observncia no seu pas das Regras
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
7-14 e dos TAR 7-14. Deve tomar medidas para proibir qualquer uso de uma pro-
priedade Olmpica que seja contrrio s referidas Regras e Textos de Aplicao.
Deve ainda obter, em benefcio do COI, a proteo das propriedades Olmpicas do
COI.
1.3 Quando o direito nacional, o registo de uma marca ou qualquer instrumento jur-
dico conceda a um CON a proteo jurdica do Smbolo Olmpico ou de qualquer
propriedade Olmpica, esse CON apenas pode exercer os direitos que da decorrem
de acordo com a Carta Olmpica e as instrues recebidas do COI.
1.4 Um CON pode, a todo o tempo, requerer a assistncia do COI na obteno da pro-
36 teo jurdica de qualquer propriedade olmpica e para a resoluo de quaisquer
diferendos que possam emergir com terceiros relacionados com essas matrias.
1.5 O COI pode, a todo o tempo, chamar um CON para o assistir na obteno de prote-
o jurdica para qualquer propriedade Olmpica e para a resoluo de quaisquer
diferendos que possam emergir com terceiros relacionados com essas matrias.
2. Utilizao das propriedades olmpicas pelo COI e por terceiros autoriza-
dos ou licenciados pelo COI:
2.1 O COI pode criar um ou mais Emblemas Olmpicos, que pode utilizar na sua discri-
cionariedade.
3.2 Os CONs podem utilizar o smbolo, a bandeira, a divisa e o hino Olmpicos apenas
nas suas atividades no lucrativas, desde que a utilizao contribua para o de-
senvolvimento do Movimento Olmpico e no ponha em causa a sua dignidade, 37
4.2 O COI pode aprovar o desenho de um emblema Olmpico sempre que considere
que tal emblema se distingue dos demais emblemas Olmpicos.
4.3 A superfcie coberta pelo smbolo Olmpico no emblema Olmpico no deve exceder
um tero da superfcie total do emblema. O smbolo Olmpico contido num emble-
ma Olmpico deve aparecer na sua totalidade e em caso algum pode ser alterado.
4.5 Em complemento ao disposto nos nmeros 4.1, 4.2 e 4.3 acima, o emblema Olm-
pico de um COJO deve preencher as seguintes condies:
4.5.1 O emblema deve estar desenhado de tal forma que seja claramente identi-
ficado como estando ligado aos Jogos Olmpicos organizados pelo COJO
em questo.
4.7 Quando, e sempre que possvel, o emblema Olmpico de um CON deve ser suscetvel de
registo, i.e., de proteo jurdica pelo CON, no seu pas. O CON deve proceder ao registo
no prazo de seis meses aps a data de aprovao do emblema pelo COI, e facultar ao
COI a prova do registo. No caso de os CONs em causa no efetuarem todas as medi-
das possveis para proteger os emblemas Olmpicos e informar o COI desta proteo,
a aprovao dos emblemas Olmpicos por parte do COI pode ser retirada. Da mesma
forma, todos os COJOs devem proteger os seus emblemas Olmpicos, de acordo com
as instrues do COI. Nenhuma proteo jurdica obtida pelos CONs e pelos COJOs
pode ser invocada contra o COI.
4.9 Todo o CON ou COJO que pretenda utilizar o seu emblema Olmpico, diretamente
ou atravs de terceiros, com fins publicitrios, comerciais ou lucrativos, quaisquer
que eles sejam, deve cumprir o presente Texto de Aplicao e garantir a respectiva
4.10 Todos os contratos ou acordos, incluindo os celebrados por um COJO, devem ser
assinados ou aprovados pelo CON em questo e devem reger-se pelos seguintes
princpios:
4.10.5 A pedido do COI, todo o CON ou COJO fornece uma cpia de todo o contra-
to em que seja parte.
5. Filatelia:
O COI encoraja, em colaborao com os CONs dos pases em questo, a utilizao do
smbolo Olmpico em selos postais emitidos pela autoridade nacional competente em
ligao com o COI, sob a reserva das condies fixadas pelo COI.
6. Obras musicais:
O COJO e o CON da cidade e pas anfitries devem assegurar que o procedimento para a
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
designao do COI como titular dos direitos de autor de toda a obra musical especifica-
mente comanditada por ocasio dos Jogos Olmpicos se desenrola para satisfao do COI.
40
2
O COMIT OLMPICO
INTERNACIONAL
(COI)
2.
O Comit Olmpico
Internacional
(COI)
4. Na prossecuo da sua misso e no cumprimento do seu papel, o COI pode estabelecer, ad-
quirir, ou de alguma outra forma controlar outras entidades jurdicas, tais como fundaes
ou sociedades.
16. Membros*
1. Composio do COI Elegibilidade, recrutamento, eleio, admisso e estatuto dos mem-
bros do COI: 43
1.1.2 Atletas no ativo, tal como definidos no TAR 16.2.2.2., cujo nmero no pode exceder 15;
1.1.3 Presidentes ou pessoas que ocupem uma funo executiva ou uma posio de
dirigente ao mais alto nvel no seio de FIs, de associaes de FI ou de outras orga-
nizaes reconhecidas pelo COI, cujo nmero no pode exceder 15.
1.1.4 Os Presidentes ou pessoas que ocupem uma funo executiva ou uma posio de
dirigente ao mais alto nvel no seio de CONs ou associaes mundiais ou conti-
nentais de CONs, cujo nmero no pode exceder 15; no pode haver mais de um
membro nacional de um mesmo Pas.
1.2 O COI recruta e elege os seus membros de entre aquelas pessoas elegveis que considere
qualificadas, de acordo com o TAR 16.
1.3 O COI admite os seus novos membros numa cerimnia durante a qual aqueles se com-
prometem a cumprir as suas obrigaes, prestando o seguinte juramento:
Havendo sido distinguido(a) com a honra de fazer parte do Comit Olmpico Internacional e
declarando-me consciente das responsabilidades que me incumbem nessa qualidade, com-
prometo-me a servir o Movimento Olmpico com todas as minhas faculdades, a respeitar e
assegurar o respeito de todas as disposies da Carta Olmpica e as decises do Comit Olm-
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
pico Internacional, que considero insuscetveis de recurso; a cumprir o Cdigo de tica; a per-
manecer livre de qualquer influncia poltica ou comercial, bem como qualquer considerao
de raa ou religio; a lutar contra toda a forma de discriminao; e a promover em qualquer
circunstncia os interesses do Comit Olmpico Internacional e do Movimento Olmpico.
1.7 Sem prejuzo da regra 16.3, cada membro do COI eleito por um perodo de 8 anos e
pode ser reeleito por um ou vrios idnticos perodos. O procedimento de reeleio
estabelecido pela Comisso Executiva do COI.
2. Obrigaes:
Cada membro do COI tem as seguintes obrigaes:
2.1 Conformar-se Carta Olmpica, ao Cdigo de tica e outras regras do COI;
2.3 Participar nos trabalhos das comisses do COI para as quais tenha sido designado;
3. Sada de membro:
A qualidade de membro do COI cessa nas seguintes circunstncias:
3.1 Renncia:
Qualquer membro do COI pode a todo o tempo renunciar sua qualidade de membro,
apresentando a sua demisso por escrito ao presidente do COI. Antes de aceitar tal de-
misso, a Comisso Executiva do COI pode solicitar ouvir o membro em causa.
3.2 No reeleio:
Todo o membro do COI perde a qualidade de membro sem outra formalidade subse- 45
quente, se no for reeleito de acordo com o disposto na Regra 16.1.7, e no TAR 16.2.6, e,
se for o caso, no TAR 16.2.7.2.
3.4 Falta de comparncia nas Sesses ou no participao ativa nos trabalhos do COI:
Todo o membro do COI perde a sua qualidade de membro sem necessidade de qualquer
declarao subsequente da sua parte, se, sob reserva de um caso de fora maior, esse
membro no assistir s Sesses ou no participar ativamente nos trabalhos do COI du-
rante dois anos consecutivos. Nestes casos, a perda da qualidade de membro decidida
pela Sesso, sob proposta da Comisso Executiva do COI.
3.7 Presidentes e pessoas que ocupem uma funo executiva ou de dirigente ao mais alto
nvel no seio de CONs, associaes mundiais ou continentais de CONs, de FIs ou de asso-
ciaes de FIs ou de outras organizaes reconhecidas pelo COI:
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
Qualquer membro, tal como definido na Regra 16.1.1.3 ou Regra 16.1.1.4, perde a sua qua-
lidade de membro aps deixar de exercer as funes que exercia data da sua eleio.
3.8 Expulso:
3.8.1 Um membro do COI pode ser expulso por deciso da Sesso se tiver trado o seu
juramento ou se a Sesso considerar que negligenciou ou prejudicou dolosamen-
te os interesses do COI ou agiu de forma indigna em relao ao COI.
3.8.3 At que a Sesso tome a deciso sobre a proposta de expulso, a Comisso Exe-
cutiva do COI pode suspender provisoriamente o membro em questo e priv-lo
da totalidade ou parte dos direitos, prerrogativas e funes que derivam da sua
qualidade de membro.
3.8.4 Um membro expulso do COI no pode ser membro de um CON, de uma associa-
o de CONs ou de um COJO.
4.2 Todo o membro do COI que aps ter servido o COI no mnimo durante dez anos, e de ter
prestado servios excecionais, se tenha retirado, pode, mediante proposta da Comisso
Executiva do COI, ser eleito na Sesso como membro honorrio do COI.
4.3 Mediante proposta da Comisso Executiva do COI, podem ser eleitos na Sesso como
membros de honra eminentes personalidades externas ao COI que tenham prestado
servios excecionais ao mesmo.
1.3 A sua candidatura tenha sido examinada e objeto de um relatrio pela Comisso
de Nomeaes; 47
1.4 A sua eleio seja proposta Sesso pela Comisso Executiva do COI.
2.2.2 No caso de o candidato ser proposto como atleta no ativo na aceo da Re-
gra 16.1.1.2, tal candidato deve ter sido eleito ou designado pela Comisso
de Atletas do COI, no mximo at data dos Jogos da Olimpada ou dos
Jogos Olmpicos de inverno seguintes aos ltimos Jogos Olmpicos em que
o candidato tenha participado.
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
2.6.3 Todas as candidaturas para eleio como membro do COI propostas pela Co-
misso Executiva do COI so submetidas ao voto na Sesso; este voto por es-
crutnio secreto; as decises so adotadas por maioria dos votos expressos.
2.7.2 A limitao a um membro nacional de um dado pas, tal como fixado na ltima
frase da Regra 16.1.1.1, no aplicvel aos membros do COI cuja eleio tenha
ocorrido antes da data de encerramento da 110 Sesso (11 de dezembro de 1999).
50 4.2 Os membros Honorrios so convidados a assistir aos Jogos Olmpicos, aos Con-
gressos Olmpicos e s Sesses, onde so reservados lugares para cada um deles;
emitem opinies sempre que o Presidente o solicite.
18. A Sesso*
1. A Sesso a assembleia geral dos membros do COI. o rgo supremo do COI. As suas decises
so definitivas. Tem lugar uma Sesso ordinria por ano. Podem ser convocadas Sesses Extraor-
dinrias pelo Presidente ou mediante pedido escrito de pelo menos um tero dos membros.
2.5 Eleger a cidade onde tem lugar uma Sesso ordinria, tendo o Presidente a autoridade
de determinar a cidade onde tem lugar uma Sesso extraordinria.
2.8 Decidir sobre a outorga ou retirada, pelo COI, do reconhecimento definitivo dos CON,
das associaes de CONs, das FIs, das associaes de FIs e de outras organizaes. 51
2.9 Expulsar os membros do COI e retirar o estatuto ao Presidente Honorrio, aos membros
honorrios e aos membros de honra.
2.10 Resolver e decidir sobre todas as outras questes que lhe so atribudas por lei ou pela
Carta Olmpica.
3. O qurum requerido por uma Sesso igual metade do nmero total de membros do COI
mais um. As decises da Sesso so adotadas por uma maioria dos votos expressos; no en-
tanto exigida uma maioria de dois teros dos votos expressos para qualquer modificao
dos Princpios Fundamentais do Olimpismo, das Regras da Carta Olmpica, ou demais casos
previstos na Carta Olmpica.
2. A notificao das datas de uma Sesso ordinria deve ser transmitida aos membros do
COI, pelo menos seis meses antes da abertura da dita Sesso. A Sesso formalmente
convocada por ordem do Presidente e acompanhada de uma ordem de trabalhos que
enuncia os temas que sero tratados na assembleia, pelo menos trinta dias antes da
sua realizao, no caso de uma Sesso ordinria, e pelo menos dez dias se for uma
Sesso extraordinria.
4. Qualquer deciso da Sesso, incluindo decises sobre modificaes da Carta Olmpica, en-
tra em vigor imediatamente, salvo deciso em contrrio da Sesso. Podem ser discutidos
na Sesso assuntos que, no estando na Ordem de Trabalhos de uma Sesso, sejam alvo
de pedido de pelo menos um tero dos membros ou sejam autorizados pelo Presidente.
5. Um membro do COI deve abster-se de participar nas votaes nas seguintes circuns-
tncias:
5.1 Quando o voto disser respeito eleio da cidade anfitri dos Jogos Olmpicos,
em que a cidade do Pas do membro for candidata;
5.2 Quando o voto disser respeito seleo de um local para a realizao de uma
Sesso, de um Congresso Olmpico ou de qualquer outra reunio ou evento em
que seja candidata uma cidade ou qualquer outra autoridade pblica do pas do
membro em causa;
5.3 Quando o voto disser respeito eleio para membro do COI de um candidato
cidado do mesmo pas que o membro em causa.
5.4 Quando o voto disser respeito eleio para um qualquer cargo no seio da Co-
misso Executiva do COI ou qualquer outro cargo, de um candidato nacional do
mesmo Pas do membro em causa;
5.5 Quando o voto disser respeito a qualquer outro assunto relativo ao Pas ou CON
do membro em causa.
8. Em caso de urgncia, a resoluo ou deciso pode ser submetida atravs de voto por
correspondncia, incluindo fax ou correio electrnico de membros do COI, pelo Presi- 53
2.2 A durao dos mandatos dos Vice-Presidentes e dos dez outros membros da Comisso
Executiva do COI de quatro anos. Um membro pode exercer no mximo dois manda-
tos consecutivos no seio da Comisso executiva do COI, independentemente da funo
para que foi eleito.
2.3 No caso de um membro ter completado dois mandatos consecutivos nos termos da
Regra 19.2.2 acima, pode ser reeleito como membro da Comisso Executiva aps um
intervalo mnimo de dois anos. Tal no se aplica eleio para mandato de Presidente,
caso em que no existe qualquer perodo de espera.
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
2.4 Em caso de vacatura de qualquer funo, que no seja a de Presidente, a Sesso seguinte
elege o membro que ocupa a vaga para um mandato de quatro anos.
2.5 Todos os membros da Comisso Executiva do COI iniciam ou renovam o seu mandato no
final da Sesso que os elegeu. O seu mandato termina no final da Sesso ordinria que
tenha lugar no ano em que o mandato expira.
2.6 Para efeitos da presente Regra, um ano significa o perodo entre duas Sesses ordinrias
consecutivas.
3.4 Submete um relatrio Sesso sobre todas as propostas de modificaes das Regras ou
Textos de Aplicao;
3.5 Submete Sesso os nomes das pessoas que recomenda para eleio no seio do COI;
3.9 Arquiva todas as atas, relatrios e outros arquivos do COI de acordo com a lei, incluindo
as atas de todas as Sesses, da Comisso Executiva do COI e de outras comisses ou
grupos de trabalho;
3.11 Organiza reunies peridicas com as FIs e com os CONs, pelo menos uma vez de dois em
dois anos. Tais reunies so presididas pelo Presidente do COI, que estabelece o procedi-
mento e a ordem de trabalhos aps consulta dos rgos relevantes;
3.13 Exerce todos os poderes e assegura todas as funes que no sejam atribudas por lei ou
pela Carta Olmpica Sesso ou ao Presidente.
4. Delegao de poderes:
A Comisso Executiva do COI pode delegar poderes a um ou mais dos seus membros, a
comisses do COI, a membros da administrao do COI, a outras entidades ou a terceiros.
3. O Presidente ou, na sua ausncia ou incapacidade, o Vice-Presidente presente com maior an-
tiguidade na funo ou, na ausncia ou incapacidade deste, o membro da Comisso Executi-
va com maior antiguidade na sua funo, preside s reunies da Comisso Executiva do COI.
5. As decises da Comisso Executiva do COI so adotadas por maioria dos votos expressos.
decidir, ou mediante pedido de pelo menos um quarto dos membros presentes, o voto
tem lugar por escrutnio secreto. Em caso de igualdade, o Presidente deve decidir.
7. Um membro da Comisso Executiva do COI deve abster-se de tomar parte num voto
nas circunstncias enumeradas no TAR 18.5. Em caso de dvida, o Presidente deve decidir
da participao no voto do membro em causa.
9. A Comisso Executiva do COI pode ter as suas reunies sob a forma de teleconferncias
56 ou de videoconferncias.
10. Em caso de urgncia, uma resoluo ou uma deciso dos membros da Comisso Exe-
cutiva do COI podem ser submetidas ao presidente por voto por correspondncia, in-
cluindo fax ou correio electrnico.
11. As atas de todas as reunies e outros debates so estabelecidas sob a autoridade do Presidente.
20. O Presidente*
1. A Sesso elege o presidente, por escrutnio secreto, de entre os seus membros, por um per-
odo de oito anos, renovvel em cada quatro anos.
3. O Presidente pode agir ou adotar uma deciso em nome do COI sempre que circunstncias
impeam que estas sejam tomadas pela Sesso ou pela Comisso Executiva do COI. Tais
aes ou decises devem ser rapidamente submetidas a ratificao pelo rgo competente.
4. Se o Presidente estiver incapaz de cumprir com os seus deveres, o Vice-Presidente mais anti-
go na sua funo substitui-o at que o Presidente recupere a sua capacidade, ou, no caso de
incapacidade permanente, at eleio do novo presidente na Sesso seguinte. Este novo
Presidente eleito por um mandato de oito anos, renovvel uma s vez por quatro anos.
7.1.2 Elaborar diretivas relativas aos cuidados mdicos e de sade dos atletas;
8. Procedimento:
Cada Comisso do COI presidida por um membro do COI. As comisses do COI podem
ocorrer por teleconferncias ou videoconferncias.
23. Lnguas
1. As lnguas oficiais do COI so o Francs e o Ingls.
2. Em todas as Sesses deve ser assegurada traduo simultnea para Francs, Ingls, Alemo,
Espanhol, Russo e rabe.
2. O COI pode conceder parte dos seus proveitos s FIs, aos CONs, incluindo a Solidariedade
Olmpica, e aos COJOs, com o objetivo de favorecer o desenvolvimento do Movimento Olm-
pico.
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
60
3
AS FEDERAES
INTERNACIONAIS
(FIs)
3.
As Federaes
Internacionais
(FIs)
Os estatutos, prticas e atividades das FIs no seio do Movimento Olmpico devem ser conformes
Carta Olmpica, em particular no que concerne adoo e aplicao do Cdigo Mundial Anti-
1.3 Contribuir para a realizao dos objetivos fixados na Carta Olmpica, em particular atra- 63
1.4 Exprimir as suas opinies sobre as candidaturas organizao dos Jogos Olmpicos, em
particular no que diz respeito aos aspetos tcnicos das infraestruturas para a prtica do
seu desporto;
1.6 Assumir a responsabilidade pelo controlo e direo tcnica das suas modalidades nos
Jogos Olmpicos e noutros Jogos realizados sob o patrocnio do COI;
64
4
OS COMITS NACIONAIS
OLMPICOS
(CONs)
4.
Os Comits Nacionais
Olmpicos
(CONs)
3. Os CONs tm a competncia exclusiva para a representao dos seus respetivos pases nos
Jogos Olmpicos e nas competies multidesportivas regionais, continentais ou mundiais
patrocinadas pelo COI. Adicionalmente, cada CON obrigado a participar nos Jogos da
Olimpada atravs do envio de atletas.
4. Os CON detm competncia exclusiva para selecionar e designar a cidade que pode apre-
sentar candidatura organizao dos Jogos Olmpicos nos seus respetivos pases.
5. De modo a cumprirem a sua misso, os CONs podem cooperar com organismos governa-
mentais, com os quais devem procurar manter relaes harmoniosas. No entanto, no po-
dem associar-se a qualquer atividade que esteja em contradio com a Carta Olmpica. Os
CONs podem tambm colaborar com organismos no governamentais.
6. Os CONs devem preservar a sua autonomia e resistir a todo o tipo de presses, nomeada-
mente as de natureza poltica, jurdica, religiosa ou econmica, que possam impedi-los de
atuar em conformidade com a Carta Olmpica.
7. Os CONs tm direito a:
7.1 Designar, identificar ou referir-se a si prprios como Comits Olmpicos Nacionais
(CONs), designao ou identificao que deve ser includa ou referida no seu nome;
7.2 Enviar concorrentes, oficiais de equipas e outro pessoal de equipa aos Jogos Olmpicos,
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
7.4 Utilizar certas propriedades Olmpicas, sob autorizao do COI, de acordo com as Regras
7-14 e TAR 7-14;
7.5 Fazer parte de atividades organizadas ou patrocinadas pelo COI, incluindo os Jogos re-
gionais;
7.7 Formular propostas dirigidas ao COI relativas Carta Olmpica e ao Movimento Olmpi-
co, incluindo a organizao de Jogos Olmpicos;
7.8 Expressar as suas opinies sobre as candidaturas organizao dos Jogos Olmpicos;
7.11 Exercer os outros direitos conferidos pela Carta Olmpica ou pelo COI.
8. O COI ajuda os CONs no cumprimento das suas misses atravs dos seus diversos departa-
mentos e da Solidariedade Olmpica.
9. Para alm das medidas e sanes previstas em caso de infrao da Carta Olmpica, a Comisso
Executiva do COI pode tomar as decises apropriadas para a proteo do Movimento Olmpico
no Pas de um CON, incluindo a suspenso ou perda de reconhecimento de tal CON, se a Consti-
tuio, lei ou outras regulamentaes vigentes no Pas em causa ou todo o ato de um organismo
governamental ou de qualquer outra entidade tiver por efeito entravar a atividade do CON ou a
formao ou expresso da sua vontade. A Comisso Executiva do COI oferece ao CON em ques-
to a oportunidade de ser ouvido antes de ser tomada qualquer deciso.
1.2 Todas as federaes nacionais filiadas nas FIs que regem as modalidades desportivas
includas no programa dos Jogos Olmpicos ou seus representantes;
1.3 Representantes eleitos dos atletas que tenham participado nos Jogos Olmpicos. Estes
devem retirar-se do seu lugar no mximo no final da terceira Olimpada que segue aos
ltimos Jogos Olmpicos em que tenham participado.
2.2 Grupos multidesportivos e outras organizaes com vocao desportiva, ou seus repre-
sentantes, bem como pessoas que possuam a nacionalidade do pas suscetveis de refor-
ar a eficcia do CON ou que tenham prestado servios relevantes causa do desporto
e do Olimpismo.
3. A maioria votante de um CON e do seu rgo executivo deve ser constituda por votos ex-
pressos pelas federaes nacionais referidas no nmero 1.2 acima ou pelos seus represen-
tantes. Em questes relativas aos Jogos Olmpicos, apenas so considerados os votos emi-
tidos por tais federaes nacionais e pelos membros do rgo executivo do CON. Mediante
aprovao da Comisso Executiva do COI, um CON pode igualmente incluir, na sua maioria
de votos e no voto em temas emitidos pelos membros do COI referidos no nmero 1.1 acima
e pelos antigos atletas no seu Pas a que se faz referncia no nmero 1.3 acima.
5. A jurisdio territorial de um CON deve coincidir com os limites do Pas em que este esteja
estabelecido e tenha a sua sede.
dies prescritas na Carta Olmpica, em particular pela Regra 28 e nos TAR 27 e 28.
1.2 Deve ser produzida prova de que as federaes nacionais que so membros do
CON em questo exercem uma atividade desportiva especfica real e duradoura
ao nvel nacional e internacional, em particular a organizao e participao em
competies e implementao de programas de treino para os atletas. Um CON
no pode reconhecer mais do que uma federao nacional por cada desporto re-
gido por uma FI. Estas federaes nacionais os representantes que estas tenham
escolhido devem constituir a maioria votante do CON e do seu rgo executivo.
Pelo menos cinco federaes nacionais includas num CON devem ser filiadas
numa FI que reja os desportos includos no programa dos Jogos Olmpicos.
70
1.3 A aprovao dos estatutos do candidato pela Comisso Executiva do COI uma
condio para o seu reconhecimento. A mesma condio vale para qualquer al-
terao subsequente dos estatutos de um CON. Tais estatutos devem estar, a todo
o tempo, em conformidade com a Carta Olmpica, qual devem fazer expressa-
mente referncia. No caso de existir alguma dvida relacionada com o significado
ou interpretao dos estatutos de um CON, ou de haver alguma contradio entre
os mesmos e a Carta Olmpica, esta ltima prevalece.
1.4 Cada CON deve reunir em Assembleia-Geral de membros pelo menos uma vez
por ano, de acordo com os estatutos dos CONs. Os CON devem incluir na ordem
de trabalhos das suas Assembleias-Gerais a apresentao de relatrios anuais e
relatrios da auditoria financeira e, se for o caso, a eleio dos dirigentes e dos
membros do rgo executivo.
2.4. Devem prestar assistncia ao COI, no respeito pela proteo das propriedades
Olmpicas nos seus territrios.
3. Recomendaes:
Recomenda-se aos CONs:
3.1 Organizar regularmente, se possvel todos os anos, um Dia Olmpico ou uma Se-
mana Olmpica destinados a promover o Movimento Olmpico;
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
3.2 Incluir nas suas atividades a promoo da cultura e artes nos domnios do despor-
to e do Olimpismo;
73
OS JOGOS OLMPICOS
5.
Os Jogos Olmpicos
I. CELEBRAO, ORGANIZAO
E ADMINISTRAO DOS JOGOS OLMPICOS
3. As datas dos Jogos Olmpicos so determinadas pela Comisso Executiva dos COI.
5. Todo o excedente financeiro obtido por uma cidade anfitri, por um COJO ou pelo CON do
Pas da cidade anfitri resultante da celebrao dos Jogos Olmpicos deve ser empregue no
desenvolvimento do Movimento Olmpico e do desporto. 77
3. O Governo Nacional do Pas de uma cidade requerente deve submeter ao COI um docu-
mento juridicamente vinculativo atravs do qual se compromete e garante que o pas em
questo, e as suas autoridades pblicas, agiro em conformidade com a Carta Olmpica e a
respeitaro.
4. A eleio da cidade anfitri tem lugar num Pas onde no existam cidades candidatas orga-
nizao dos Jogos Olmpicos em questo.
Jogos Olmpicos deve ser aprovado pelo CON do Pas em questo, caso em que a
cidade passa a ser considerada como cidade candidata.
1.2 Qualquer requerimento de uma cidade para organizar os Jogos Olmpicos deve
ser submetido ao COI pelas autoridades pblicas competentes da cidade reque-
rente, conjuntamente com a aprovao do Pas em questo. Tais autoridades e o
CON do Pas em questo devem garantir que os Jogos Olmpicos so organizados
em satisfao do COI e de acordo com as condies por este exigidas.
1.3 No caso de haver num Pas vrias potenciais cidades requerentes para organizar
Jogos Olmpicos, apenas uma pode depositar o seu requerimento de acordo com
78 a deciso do CON do pas em questo.
2.2 O Presidente do COI nomeia uma Comisso de Avaliao das cidades candidatas
para cada edio dos Jogos Olmpicos. Estas comisses incluem membros do COI,
representantes das FIs, dos CONs, da Comisso de Atletas e do Comit Paraolmpi-
co Internacional CPI. Cidados nacionais dos pases candidatos no podem ser
admitidos como membros da Comisso de Avaliao. A Comisso de Avaliao
pode ser assistida por peritos.
2.4 Cada cidade candidata deve fornecer as garantias financeiras, requeridas pela
Comisso Executiva do COI, que determina se essas garantias devem ser forneci-
das, pela prpria cidade, ou por outra qualquer coletividade pblica local, regio-
nal ou nacional competente, ou por quaisquer terceiros.
3.2 A eleio da cidade anfitri tem lugar aps a Sesso que teve conhecimento do
relatrio da Comisso de Avaliao.
3.3 O COI celebra com a cidade organizadora e com o CON do seu Pas um contrato
escrito. Tal contrato, comummente denominado de Contrato da Cidade Anfitri,
assinado por todas as partes, imediatamente aps a eleio da cidade anfitri.
2. Para os Jogos Olmpicos de Inverno, sempre que, por razes geogrficas ou topogrficas,
seja impossvel organizar certas provas ou disciplinas de um desporto no pas de uma cida-
de anfitri, o COI pode, a ttulo excecional, autorizar a sua realizao num pas limtrofe.
tivas numa outra cidade ou noutro local que no a cidade anfitri deve ser apresenta-
do por escrito ao COI, o mais tardar at visita da Comisso de Avaliao das cidades
candidatas.
O rgo executivo do COJO pode ainda incluir representantes das autoridades pbli-
cas e de outras personalidades lderes.
36. Responsabilidades
- Retirada de organizao dos Jogos Olmpicos
1. O CON, o COJO e a cidade anfitri so conjunta e solidariamente responsveis por todos
reparao de todo o dano causado ao COI. Nesse caso, o CON, o COJO, a cidade anfitri, o
Pas da cidade de acolhimento e todas as suas autoridades governamentais ou outras, ou
qualquer outra parte, seja ao nvel de cidade, local, Estado, provncia ou ao nvel regional ou
nacional, no tero qualquer direito para reclamar qualquer forma de compensao junto
do COI.
1.2 Rever e examinar todos os aspetos principais da organizao dos Jogos Olmpicos;
1.4 Ajudar a estabelecer a ligao entre, por um lado, o COJO, e por outro, o COI, as FIs
e os CONs;
1.5 Ajudar a resolver todo o diferendo que possa surgir entre as partes;
1.6 Assegurar que todas as FIs e CONs sejam informados, seja pelo COJO, seja pelo
82 COI, por iniciativa prpria da Comisso de Coordenao, sobre os progressos da
organizao dos Jogos Olmpicos;
1.7 Assegurar que a Comisso Executiva do COI mantida informada sobre as opini-
es expressas pelo COJO, pelas FI e pelos CON relativamente a questes de impor-
tncia relativas aos Jogos Olmpicos;
1.8 Examinar, aps consulta da Comisso Executiva do COI e do COJO, os domnios
nos quais uma cooperao benfica entre os CON possa ser instaurada, em par-
ticular no que concerne ao transporte areo, carregamentos, arrendamento de
alojamento para oficiais suplementares e procedimentos de atribuio de bilhetes
s FI, aos CON e s agncias de viagens designadas;
1.11 Assegurar que o COJO responde de forma apropriada s expectativas das FIs e dos
chefes de misso;
1.13 Efetuar, aps os Jogos Olmpicos, uma anlise sobre a organizao dos Jogos e
reportar tais matrias Comisso Executiva do COI; 83
1.14 Exercer qualquer autoridade adicional ou implementar outras instrues que lhe
tenham sido conferidas pela Comisso Executiva do COI ou executar toda outra
instruo;
2. Chefes de misso:
Durante o perodo dos Jogos Olmpicos, o chefe de misso fica instalado na Aldeia Olm-
pica e tem acesso a todas as instalaes mdicas, de treino e de competio, assim como
aos centros dos meios de comunicao e informao e aos hotis da Famlia Olmpica.
3. Adidos:
Cada CON pode nomear um adido de modo a facilitar a cooperao com o COJO. O
adido atua como um intermedirio entre o COJO e o seu CON, de modo a resolver pro-
blemas prticos como viagens e alojamento. Durante o perodo dos Jogos Olmpicos, o
adido deve ser acreditado como membro da sua delegao do seu CON.
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
2. As quotas para os oficiais e outro pessoal de equipa alojados na Aldeia Olmpica de-
vem ser estabelecidos pela Comisso Executiva do COI.
3. No caso de o COI autorizar o COJO a organizar provas em qualquer outro local que no a
cidade anfitri, o COJO deve providenciar alojamento, servios e outras instalaes apro-
priados, de acordo com os requisitos estabelecidos pela Comisso Executiva do COI.
4. O COJO deve suportar todas as despesas de alimentao e de alojamento dos concor-
rentes, oficiais ou outro pessoal de equipa, na Aldeia Olmpica e noutros locais como
requerido acima, bem como as despesas de transporte local.
trutor ou oficial que participe nos Jogos Olmpicos pode autorizar que a sua pessoa, o
seu nome, a sua imagem ou as suas performances desportivas sejam exploradas com
fins publicitrios durante os Jogos Olmpicos.
2. Um concorrente que tenha representado um pas nos Jogos Olmpicos em Jogos conti-
nentais ou regionais ou em campeonatos mundiais ou regionais reconhecidos pela FI
competente, e tenha mudado de nacionalidade ou adquirido uma nova nacionalida-
de, pode participar nos Jogos Olmpicos representando o seu novo pas, na condio
de terem passado pelo menos trs anos desde a sua ltima participao nos Jogos
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
Olmpicos pelo outro Pas. Este perodo passvel de reduo ou mesmo supresso por
parte da Comisso Executiva do COI, com o acordo dos CONs e da FI em causa, tendo
em conta as circunstncias de cada caso.
4. Ademais, em todos os casos em que um concorrente seja elegvel a participar nos Jogos
Olmpicos, seja em representao de outro Pas que no o seu ou atravs da escolha
quanto ao pas que entende representar, a Comisso Executiva do COI pode adotar
todas as decises de natureza geral ou individual no que concerne a questes de na-
cionalidade, cidadania, domiclio ou residncia de qualquer concorrente, incluindo a
durao de qualquer perodo de espera.
42. Limite de Idade
No pode existir qualquer limite de idade para os concorrentes aos Jogos Olmpicos que no aqueles
prescritos nas regras da competio de uma FI, tal como aprovados pela Comisso Executiva do COI.
2. Apenas os CON reconhecidos pelo COI podem submeter inscries para os concorrentes aos
Jogos Olmpicos.
87
3. Todas as inscries devem ser submetidas de acordo com o prescrito pelo COI.
4. Toda a participao nos Jogos Olmpicos supe que todo o concorrente se conforme
com todas as disposies da Carta Olmpica e com as regras da FI que regem a sua
modalidade. O CON que inscreve um concorrente responsvel por assegurar que o
concorrente tem plena conscincia do seu compromisso de respeitar a Carta Olmpica
e o Cdigo Mundial Antidopagem.
10. O nmero de inscries para cada uma das modalidades estabelecido pela Comisso
Executiva do COI, seguido de consulta com as competentes FIs trs anos antes dos Jo-
88 gos Olmpicos em causa.
14. Na ausncia de uma deciso em contrrio por parte da Comisso Executiva do COI e inscri-
ta no Contrato de Cidade Anfitri, o nmero de atletas concorrentes nos Jogos da Olimpa-
da deve limitar-se a dez mil e quinhentos (10.500) e o nmero de oficiais a cinco mil (5.000).
3. A escolha de todas as modalidades para o programa, bem como a determinao dos crit-
rios e condies de incluso de qualquer modalidade no programa da competncia da
Sesso. Apenas as modalidades que tenham adotado e aplicado o Cdigo Mundial Antido- 89
4. A deciso de incluir uma disciplina ou uma prova no programa compete Comisso Execu-
tiva do COI.
1.2 Antes de qualquer deciso da Sesso sobre o estabelecimento do programa de uma edi-
o dos Jogos Olmpicos, as FIs que gerem as modalidades propostas para incluso no
programa devem confirmar ao COI a sua participao nessa edio dos Jogos Olmpicos.
1.3 A incluso de uma modalidade no programa de uma qualquer edio dos Jogos
Olmpicos deve ser decidida no mximo na Sesso que elege a cidade anfitri
para essa mesma edio dos Jogos Olmpicos em causa.
1.5 Os prazos definidos nos TAR 45 1.3 e 1.4 podem ser derrogados, de modo a per-
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
1.6 Antes de ser tomada qualquer deciso sobre a incluso de qualquer modalidade no
programa, a Sesso pode estabelecer critrios ou condies de incluso especficos.
1.7 A Sesso est habilitada, a todo o tempo, a excluir do programa qualquer moda-
lidade se a FI em causa no se conformar com a Carta Olmpica ou com o Cdigo
Mundial Antidopagem. Alm disso, podem ser aplicadas as medidas e sanes
referidas na Regra 59.
90 1.8 Todas as alteraes aos TAR 45 2.1.2 e 3.1.2 no sentido de reduzir o nmero de FIs
listadas, s podem ser propostas Sesso e por esta decididas desde que por moti-
vos srios, em particular se a relevante FI no agir de acordo com a Carta Olmpica
ou com o Cdigo Mundial Antidopagem.
1.9 Qualquer FI objeto de uma proposta de deciso submetida Sesso nas condies des-
critas nos TAR 45.1.1.7 ou 1.1.8 tem o direito de ser ouvida antes de a deciso ser tomada.
2. Disposies aplicveis aos Jogos da Olimpada
2.1 Incluso das modalidades no programa
2.1.1 As modalidades includas no programa consistem num ncleo de despor-
tos principais (doravante o ncleo) e de modalidades adicionais.
2.1.2 O ncleo inclui pelo menos 25 modalidades escolhidas pela Sesso, por
proposta da Comisso Executiva do COI, de entre as modalidades regidas
pelas seguintes FIs:
- Associao Internacional de Federaes de Atletismo (IAAF);
- Federao Internacional de Remo (FISA);
- Federao Mundial de Badmington (BWF);
- Federao Internacional de Basebol (IBAF);
- Federao Internacional de Basquetebol (FIBA);
- Associao Internacional de Boxe (AIBA);
- Federao Internacional de Canoagem (ICF);
- Unio Internacional de Ciclismo (UCI);
- Federao Equestre Internacional (FEI);
- Federao Internacional de Esgrima (FIE);
- Federao Internacional de Associaes de Futebol (FIFA);
2.1.4 O nmero total de modalidades adicionais escolhido pela Sesso para o pro-
grama deve ser tal que o nmero total de modalidades j includas no pro-
grama, incluindo os que figuram no ncleo, no ultrapasse 28 modalidades.
2.2.2 Uma vez constitudo o ncleo de acordo com o TAR 45.2.2.1, a Comisso
Executiva do COI pode propor Sesso a incluso no programa de uma ou
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
2. O COJO deve assegurar que os vrios desportos includos no programa dos Jogos Olmpicos
so equitativamente tratados e integrados.
4. Aps consulta junto de cada FI, a Comisso Executiva do COI determina o nmero e a sele-
o de concorrentes para os testes de dopagem e todas as demais medidas antidopagem
durante o perodo dos Jogos Olmpicos.
1.2 Estabelecer os resultados finais e as classificaes finais das competies Olmpicas. Es-
tes resultados devem ser disponibilizados s FI pelo COJO, a expensas deste, em formato
electrnico, imediatamente aps cada prova, em conformidade com as diretivas esta-
belecidas pelo COI. A FI em questo tem o direito de publicar os resultados das competi-
es da sua modalidade no seu web site oficial.
1.3 Exercer, sob reserva da autoridade do COI, a jurisdio tcnica sobre os lugares de com-
petio e de treino das suas respetivas modalidades durante as competies e sesses de
treino nos Jogos Olmpicos.
1.4 Selecionar juzes, rbitros e outros oficiais tcnicos do Pas anfitrio e do estrangeiro,
dentro dos limites estabelecidos pela Comisso Executiva do COI, mediante proposta da
FI em questo. As despesas de alojamento, transporte e uniformes destes juzes, rbitros
ou outros oficiais tcnicos oriundos de Pases que no o Pas anfitrio so pagas pelo
COJO. Os oficiais tcnicos devem estar presentes no local pelo menos trs dias antes da
primeira prova da sua modalidade e pelo menos um dia aps a ltima prova.
1.5 Nomear dois delegados tcnicos durante a planificao e a construo das instalaes
para a respectiva modalidade de forma a assegurar que as suas regras so cumpridas e
rever e validar todos os elementos tcnicos das competies, nomeadamente os critrios
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
das inscries, os critrios das instalaes, o calendrio das competies, as provas pr-
-Olmpicas, assim como as condies de alojamento, alimentao e transporte previstos
para os oficiais tcnicos e os juzes:
1.5.1 Os dois delegados tcnicos de cada FI devem estar presentes no local pelo
menos cinco dias antes do incio da primeira prova da sua modalidade, de
forma a efetuar todas as disposies necessrias relativas s inscries.
1.5.3 Em casos excecionais, se, por razes tcnicas, a presena dos delegados ou
a organizao de visitas suplementares forem necessrias, o COJO deve fa-
zer as diligncias adequadas depois de informar o COI a esse respeito. Em
caso de desacordo, a Comisso Executiva do COI deve decidir.
1.6 Assegurar que todos os concorrentes cumprem as disposies das Regras 40 e 50.
1.7 Fazer aplicar, sob a autoridade do COI e dos CON, as regras do COI relativas ele-
gibilidade dos participantes antes dos Jogos Olmpicos (eliminatrias) e durante
os Jogos Olmpicos.
1.8 Preparar e rever os requisitos tcnicos das FIs para as cidades candidatas, em cola-
borao com o COI.
2.2 Itinerrios das provas que tenham lugar fora das instalaes Olmpicas (por exemplo: vela,
maratona, marcha, corridas de ciclismo de estrada e concursos equestres de trs dias).
2.3 Requisitos das instalaes para treino antes e durante os Jogos Olmpicos.
2.4 Equipamento tcnico em locais que no estejam definidos nem mencionados nas
regras tcnicas das FIs.
2.6 Uniformes dos oficiais das FI (tais como juzes e rbitros) necessrios durante os
Jogos Olmpicos.
3.3 Estabelecimento, o mais tardar dois anos antes dos Jogos Olmpicos, do sistema
de qualificao.
3.7 Produo pelas FIs, por qualquer suporte, de registos visuais ou audiovisuais das
competies Olmpicas, sendo interdita qualquer utilizao destes registos com
fins comerciais.
4.3 Nenhum oficial que tenha participado numa deciso pode ser membro de um jri
encarregue de julgar o litgio que dele tenha resultado.
4.4 As concluses dos jris devem ser comunicados Comisso Executiva do COI, o
mais cedo possvel.
96
4.5 Os jris decidem sobre todas as questes tcnicas relacionadas com as respeti-
vas modalidades, e as suas decises, incluindo todas as sanes econmicas, so
insuscetveis de recurso, sem prejuzo das medidas e sanes suplementares que
venham a ser decididas pela Comisso Executiva do COI ou pela Sesso.
4.6 O COJO deve colocar disposio infra-estruturas separadas da Aldeia Olmpica para
o alojamento de todos os oficiais tcnicos designados pelas FIs. Os oficiais tcnicos e
os membros do jri no podem ficar alojados na Aldeia Olmpica. No pertencem s
delegaes dos CONs e respondem exclusivamente perante as respetivas FIs.
7.2 As provas pr-Olmpicas devem ter lugar sob a superviso tcnica da FI competente.
2. Todas as decises relativas cobertura dos Jogos Olmpicos pelos meios de comunicao
so da exclusiva competncia da Comisso Executiva do COI.
cobertura meditica dos Jogos Olmpicos num Manual Tcnico dos Media do COI,
que constitui parte integrante do Contrato de Cidade Anfitri. O contedo do Manual
Tcnico dos Media do COI e de todas as outras instrues da Comisso Executiva do COI
so obrigatrios para todas as pessoas associadas cobertura meditica dos Jogos
Olmpicos.
1.1 A identificao do fabricante no deve aparecer mais do que uma vez em cada
pea de roupa ou equipamento.
1.3 Acessrios para a cabea (por exemplo: chapus, capacetes, culos de sol, culos
de proteo e luvas): qualquer identificao de um fabricante que ultrapasse 6
cm2 deve ser considerado como estando marcada ostensivamente.
1.4 Roupa (por exemplo: t-shirts, cales, camisolas e calas de desporto): toda a
identificao do fabricante superior a 20 cm2 considerada como estando mar-
cada ostensivamente.
1.6 No caso de disposies especiais adotadas por uma Federao Desportiva Inter-
nacional, a Comisso Executiva do COI pode permitir excees s regras acima
mencionadas.
Qualquer violao das disposies da presente clusula pode resultar na desqua-
lificao ou retirada de acreditao da pessoa em questo. No cabe recurso das
decises da Comisso Executiva do COI relativas a esta matria.
Os nmeros vestidos pelos concorrentes no podem comportar qualquer forma
de publicidade e devem mostrar o emblema olmpico do COJO.
2. Para serem vlidos, todos os contratos do COJO que contenham elementos de na-
100 tureza publicitria, incluindo o direito ou a licena de utilizao do emblema ou da
mascote dos Jogos Olmpicos, devem estar em conformidade com a Carta Olmpica e
respeitar as instrues da Comisso Executiva do COI. O mesmo se aplica aos contratos
relacionados com os aparelhos de cronometragem, e a tabelas de resultados e com a
colocao de qualquer sinal de identificao em programas de televiso. As violaes
do presente regulamento relevam da autoridade da Comisso Executiva do COI.
3. Qualquer mascote criada para os Jogos Olmpicos deve ser considerada como um em-
blema Olmpico, cujo desenho deve ser submetido pelo COJO aprovao da Comis-
so Executiva do COI. Tal mascote no pode ser utilizada com fins comerciais no pas
de um CON sem a prvia autorizao escrita deste ltimo.
9. O COJO, todos os participantes e todas as restantes pessoas acreditadas nos Jogos Olmpi-
cos, bem como outras pessoas ou partes envolvidas devem agir em conformidade com os
manuais, guias ou diretivas, tal como todas as outras instrues da Comisso Executiva do
COI, no respeito por todas as matrias sujeitas Regra 50 e respectivo Texto de Aplicao.
IV. PROTOCOLO
51. Protocolo
1. Durante o perodo dos Jogos Olmpicos, a Comisso Executiva do COI tem competncia ex-
clusiva para determinar o protocolo aplicvel a todos os locais e espaos que estejam sob a
responsabilidade do COJO.
3. Os COJOs, as FIs, os CONs e todas as outras pessoas acreditadas nos Jogos Olmpicos, inde-
pendentemente da qualidade em que o forem, devem agir em conformidade com o Guia de
Protocolo do COI, assim como com todas as outras instrues da Comisso Executiva do COI
relativas s matrias tratadas pela presente Regra.
- direitos associados
1. O carto de identidade e de acreditao Olmpico um documento que estabelece a identi-
dade do seu titular e confere ao mesmo o direito de fazer parte nos Jogos Olmpicos. Junta-
mente com o passaporte ou outros documentos oficiais do seu titular, o Carto de identida-
de e de acreditao Olmpico confere a autorizao de entrar no Pas da cidade anfitri dos
Jogos Olmpicos. Permite ao seu titular permanecer e exercer as suas funes Olmpicas no
decorrer dos Jogos Olmpicos, por um perodo no superior a um ms antes e um ms aps
os Jogos Olmpicos.
2. Aps a cerimnia de encerramento dos Jogos Olmpicos, qualquer tocha Olmpica, caldei-
ro, e outros instrumentos utilizados com o propsito de acender a Chama Olmpica, no
podem ser utilizados em qualquer cidade anfitri ou outros locais, sem a aprovao do COI.
3. Os Jogos Olmpicos so proclamados abertos pelo Chefe de Estado do Pas anfitrio, pro-
nunciando cada uma das seguintes frases, consoante o caso:
103
Durante todo o decorrer dos Jogos Olmpicos, incluindo todas as cerimnias, no so permiti-
dos discursos de qualquer natureza por parte de um representante de um governo ou de outra
autoridade pblica, nem de um poltico, dentro dos locais que estejam sob a responsabilidade
do COJO. Durante as Cerimnias de Abertura e de Encerramento, apenas o Presidente do COI e
o Presidente do COJO esto autorizados a proferir uma breve alocuo.
O COI a autoridade de ltima instncia para qualquer questo relativa aos Jogos Olmpicos.
104
6
MEDIDAS E SANES,
PROCESSOS DISCIPLINARES
E RESOLUO DE LITGIOS
6.
Medidas e Sanes,
Procedimentos Disciplinares
e Resoluo de Litgios
As sanes acima mencionadas podem ser cumuladas. Podem ser impostas a mem-
bros do COI, ao Presidente Honorrio, a membros honorrios ou membros de honra
que, pela sua conduta, prejudiquem os interesses do COI, independentemente de
uma especfica violao da Carta Olmpica ou de outra regulamentao.
107
2. No contexto dos Jogos Olmpicos, em caso de qualquer violao da Carta Olmpica, do Cdi-
108 go Mundial Antidopagem, ou de qualquer outra deciso ou regulamentao aplicvel emi-
tida pelo COI, por uma FI ou por um CON, nomeadamente o Cdigo de tica do COI, outra
legislao ou regulamentao pblica, ou em caso de uma qualquer m conduta:
2.1 Relativamente a concorrentes individuais e equipas: Inelegibilidade ou excluso dos Jo-
gos Olmpicos a ttulo temporrio ou permanente, desqualificao ou perda de acredi-
tao; no caso de desqualificao ou de excluso, as medalhas e diplomas obtidos em
transgresso da Carta Olmpica devem ser devolvidos ao COI. Alm disso, na discricio-
nariedade da Comisso Executiva do COI, um concorrente ou uma equipa pode perder
o benefcio de uma classificao obtido em relao com outras provas dos Jogos Olm-
picos durante os quais tenha sido desqualificado ou excludo; neste caso as medalhas e
diplomas ganhos so devolvidos ao COI (Comisso Executiva);
2.3 Relativamente a qualquer outra pessoa acreditada: perda da acreditao (Comisso Exe-
cutiva do COI).
2.4 A Comisso Executiva do COI pode delegar os seus poderes a uma comisso disciplinar.
3. Antes de aplicar uma medida ou sano o rgo competente do COI pode emitir uma adver-
tncia.
4. Todas as sanes e medidas so adotadas sem prejuzo de outros direitos do COI ou de qual-
quer outra entidade, nomeadamente os CONs e as FIs.
3. Qualquer indivduo, equipa ou outra pessoa individual ou coletiva tem o direito a ser ouvido
pelo rgo competente do COI responsvel pela aplicao da respectiva medida ou sano.
O direito a ser ouvido, na aceo da presente disposio, inclui o direito a ser informado da 109
4. Qualquer medida ou sano decidida pela Sesso, pela Comisso Executiva do COI ou
pela comisso disciplinar referida na Regra 59.2.4 comunicada por escrito parte em
causa.
2. Qualquer litgio emergente por ocasio ou em conexo com os Jogos Olmpicos deve ser
submetido exclusivamente ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), de acordo com o Cdigo
CARTA OLMPICA // Em vigor desde 8 de julho de 2011
110
O Projeto ColorADD foi criado pelo designer portugus Miguel Neiva. Desenvolvido com base nas
trs cores primrias, representadas atravs de smbolos grficos, o cdigo assenta num processo
de associao lgica e de fcil memorizao. O conceito de adio das cores permite ao daltnico
atrves do conhecimento adquirido, relacionar os smbolos - identificando as cores que represen-
tam, pela conjugao de formas associadas s combinaes cromticas elementares. O branco e o
preto surgem para orientar as tonalidades claras e escuras.
De uma forma simples e atravs de um jogo mental e de fcil memorizao, consegue-se a cor-
reta identificao da cor para indivduos que no a conseguem diferenciar.
Hoje, o ColorADD transmite utilidade e responsabilidade a produtos e servios enquanto facilita a
integrao social de pessoas daltnicas, incluindo e promovendo iguais acessibilidades para todos.
So diversas as reas onde o ColorADD j est implementado tal como nos Transportes, Educao,
Vesturio ou Sade. Agora a vez do Desporto Olmpico. Estima-se que existam 350 milhes de
daltnicos no Mundo.