Apostila Difal v2 2016 PDF
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e
Partilha do
ICMS
EC 87/2015
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ndice
1. INTRODUO ...................................................................................................................... 4
8. ALQUOTAS........................................................................................................................ 11
9. ALQUOTA INTERESTADUAL..................................................................................... 12
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1. Introduo
O ICMS parte das obrigaes tributrias de qualquer empresa do regime normal, seja ela,
pequena, mdia ou de grande porte, cuja cobrana realizada individualmente por cada estado. Devido
s caractersticas de cada lugar, as transaes interestaduais precisam ser acompanhadas,
principalmente quando h diferena entre alquotas. exatamente nesse ponto que merece destaque
o clculo do diferencial de alquota. Todos os contribuintes so obrigados a recolher o ICMS relativo
diferena existente entre a alquota praticada no estado de origem e a alquota interestadual.
comum entre as empresas adquirir bens ou mercadorias de outros estados, mas normalmente
isso gera uma diferena de tarifa cobrada no ICMS, que varia de estado para estado, j que cada um
possui suas prprias caractersticas de cobrana. O Diferencial de Alquota, popularmente conhecido
como DIFAL, nada mais do que a diferena entre a alquota interna e a alquota interestadual do ICMS.
Ou seja, um procedimento que deve ser adotado sempre que uma empresa faz uma aquisio em outro
estado para uso e consumo, ou mesmo para integrar o ativo imobilizado da empresa.
Suponha-se que uma determinada mercadoria mais barata em outro estado em comparao
com aquele que voc reside, devido ao ICMS ser menor. Nesse caso, o DIFAL teria o objetivo de equilibrar
os valores entre estados e nivelar a competitividade.
Com as novas regras, as operaes com consumidor final contribuinte ou no do imposto passam
a ter as mesmas alquotas de ICMS aplicveis nas operaes interestaduais, ou seja, no sero mais
utilizadas as alquotas internas da UF de origem nas operaes com consumidor final no contribuinte, e
sim as alquotas interestaduais como em qualquer outra operao.
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2. Legislao Nacional
Dispe sobre os procedimentos a serem observados nas operaes e prestaes que destinem
bens e servios a consumidor final no contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.
Dispe sobre a aplicao dos benefcios fiscais da iseno de ICMS e da reduo da base de
clculo de ICMS autorizados por meio de convnios ICMS s operaes e prestaes interestaduais que
destinem bens e servios a consumidor final no contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade
federada.
Altera o Ato COTEPE ICMS 09/08, que dispe sobre as especificaes tcnicas para a gerao de
arquivos da Escriturao Fiscal Digital EFD.
Cdigos GNRE
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3. Emenda Constitucional n 87 de 16/04/2015
Esta Emenda Constitucional altera o 2 do art. 155 da Constituio Federal e inclui o art. 99 no
Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, para tratar da sistemtica de cobrana do imposto
sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicao incidente sobre as operaes e prestaes que
destinem bens e servios a consumidor final, contribuinte ou no do imposto, localizado em outro
Estado.
Art. 1 Os incisos VII e VIII do 2 do art. 155 da Constituio Federal passam a vigorar
com as seguintes alteraes:
"Art. 155
VII - nas operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final,
contribuinte ou no do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se- a alquota
interestadual e caber ao Estado de localizao do destinatrio o imposto correspondente
diferena entre a alquota interna do Estado destinatrio e a alquota interestadual;
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4. Responsabilidade pelo Recolhimento do DIFAL
Art. 1 Os incisos VII e VIII do 2 do art. 155 da Constituio Federal passam a vigorar
com as seguintes alteraes:
"Art. 155
(...)
Destinatrio, quando este for contribuinte do imposto. Operao que bastante comum quando as
empresas costumam adquirir produtos pra uso e consumo ou ainda para integrar o ativo
imobilizado de outros estados. O que j ocorria at o ano de 2015 e no muda em absolutamente
nada. E aqui no h o que falar em partilha de ICMS, j que o recolhimento do DIFAL j feito
100% para o estado de destino que onde o adquirente da mercadoria se encontra.
Rementente, quando este no for contribuinte do imposto. aqui que tudo muda a partir de 2016,
pois nesta operao que dever ocorrer a partilha do ICMS referente ao DIFAL.
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5. Diferencial de Alquota a partir de 2016
Alquota
interestadual (-)
Operao Destinatrio Consumidor alquota interna
contribuinte ou final de destino =
Interestadual no do ICMS
diferencial de
alquota
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6. Partilha de ICMS
Art. 2 O Ato das Disposies Constitucionais Transitrias passa a vigorar
acrescido do seguinte art. 99:
"Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do 2 do art. 155, no caso de
operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final no
contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente
diferena entre a alquota interna e a interestadual ser partilhado entre os
Estados de origem e de destino, na seguinte proporo:
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino
e 80% (oitenta por cento) para o Estado de origem;
III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de
destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;
Em resumo:
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7. Base de Clculo nica
A base de clculo do imposto nica e corresponde ao valor da operao ou o preo do servio.
Observar que:
a) o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicao para fins de
controle;
b) o valor correspondente a:
b.1) seguro, juros e demais importncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como os
descontos concedidos sob condio;
b.2) frete, caso o transporte seja efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado.
(Lei Complementar n 87/1996, art. 9, XII, e art. 13, caput, V, 1; Convnio ICMS n
93/2015, clusula segunda, 1
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8. Alquotas
O remetente dever utilizar as seguintes alquotas:
a) interestadual prevista para a operao, para o clculo do imposto devido Unidade da Federao
de origem;
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9. Alquota Interestadual
1. Operaes interestaduais;
4. At Dez/2015, devem ser aplicadas somente quando o destinatrio for contribuinte de ICMS;
5. A partir de 2016 devem ser aplicadas quando o destinatrio for contribuinte ou no de ICMS; (EC
87/15)
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10. Alquota Interna
A alquota interna geral ou principal dos Estados do Brasil variam entre 17% a 19%, porm vale
ressaltar que a alquota a ser utilizada para o clculo do Difal dever ser a alquota interna do produto
que nem sempre a geral. Para tanto sempre haver a necessidade de consultar o regulamento o ICMS
daquele estado o qual se pretende vender.
Exemplo:
Pretendo vender feijo para o estado do Paran. E a minha empresa situa-se no estado de So
Paulo. J sabemos que a alquota interestadual do estado de So Paulo para o Paran de 12%. Agora
precisamos descobrir a alquota do feijo no estado do Paran. O mais comum irmos direto na alquota
interna principal ou geral que de 18% no Paran. Mas poderemos obsevar que a alquota interna
prevista para feijo no Paran de 12%. Neste caso no h o que falar em DIFAL. Por esse motivo muito
importante que fiquemos atentos sempre alquota do produto que me sempre a alquota geral.
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11. Fundo de Combate Pobreza:
O adicional de at 2 pontos percentuais na alquota do ICMS aplicvel s operaes e prestaes,
destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate pobreza, considerado para o
clculo do imposto relativo ao diferencial de alquotas, cujo recolhimento deve observar a legislao da
respectiva Unidade da Federao de destino.
O adicional, ora referido, dever ser recolhido integralmente para a Unidade da Federao de
destino do bem ou do servio.
(Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT, art. 82, 1; Emenda Constitucional
n 87/2015; Convnio ICMS n 93/2015, clusula segunda, 4 e clusula dcima, 2)
Aqui bastante importante salientar que em momento algum o recolhimento do FCP Fundo de
Combate Pobreza se confunde com a partilha do ICMS. Sendo assim, se por ventura o estado
destinatrio da mercadoria tiver institudo o FCP, haver a necessidade de emitir uma terceira guia de
recolhimento que poder ser a GNRE.
Exemplo:
Estou vendendo sapato do estado do Rio Grande do Sul para o Paran para consumidor final no
contribuinte. Terei que emitir e conseguentemente recolher trs GNREs conforme abaixo:
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12. Tabela do FCP por Unidade da
Federao
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13. Simples Nacional
O CONVNIO ICMS N 093/2015 dispe na sua Clusula Nona, que aplicam-se as disposies
deste convnio aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e
Contribuies, devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional institudo
pela Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, em relao ao imposto devido unidade
federada de destino.
A ADI 5469 pede a concesso de medida cautelar para suspender a eficcia dos dispositivos
questionados at o julgamento do mrito.
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14. Clculo do Difal e a Partilha do ICMS
Este quadro de interesse exclusivamente dos comerciantes e empresrios que neste momento
tero a oportunidade de revisar o preos de vendas dos seus produtos, mercadorias ou ainda servios. Ou
seja, no h necessidade de fazer o clculo da formao de preo para se calcular o DIFAL. Aqui apenas
uma questo de se embutir o valor do ICMS contemplando tambm o DIFAL para que o comerciante ou
ainda empresrio no tenha prejuzo, j que o recolhimento do DIFAL e o FCP podero representar uma
nova despesa.
100% igual 1.
1.000,00/0,82 = 1.219,51, ou seja neste valor estamos contemplando o 12% do ICMS prprio +
6% do Difal. Desta maneira estamos embutindo no preo do produto, o valor de todos os impostos em
questo.
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Clculo do Difal e a Partilha do ICMS com FCP
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15. Legislao Estadual
SUL
CENTRO -OESTE
NORTE
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NORDESTE
Estado Base legal
Lei 5900/96 art. 17
Alagoas
Decreto 35245/91 art. 73
Bahia Lei 7014/96 art.16
Lei 12670
Ceara
Decreto 24.569/97
Lei 7799/02 art. 23
Maranho
Decreto 19.714/03
Lei 6379/96 art. 11
Paraba
Decreto 18.930/97 art. 13
Lei 10.259/89 ART. 23
Pernambuco
Decreto 14.876/91 art. 25
Lei 4257/89
Piau
Decreto 13.500/08 art. 20
Lei 6968/96 art. 27
Rio Grande do Norte
Decreto 13.640/97 art.104
Sergipe Decreto 21.400/02
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16. Recolhimento por Operao ou por
Apurao
Os contribuintes podero optar pelo recolhimento por operao ou por apurao. Mas afinal qual
as vantagens e desvantagens dessas modalidades de recolhimento?
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16.2. Por Apurao
Nesta modalidade de recolhimento o contribuinte efetua o recolhimento por apurao, ou seja,
por perodo de apurao, que costuma ser por competncia mensal. Aparentemente apresenta algumas
vantagens que veremos a seguir. Porm, antes do contribuinte optar por essa modalidade, ele ter que
solicitar a inscrio estadual auxiliar perante aquele estado no qual deseja operar. Muito comum para
aqueles contribuintes que tem muitas operaes com o consumidor final no contribuinte. A primeira
grande vantagem o fato de no haver a necessidade do contribuinte efetuar o recolhimento do
imposto imediatamente, ou seja, por operao a cada emisso de nota fiscal. Neste caso, o contribuinte
ter um prazo maior para recolher o Difal e ainda o FCP por ms e teria que elaborar apenas duas guias
de recolhimento e no vrias como ocorre na modalidade por operao. Outra vantagem que no caso
de uma possvel devoluo ou cancelamento da venda, o contribuinte poderia ficar com um crdito a ser
abatido nas operaes futuras, j que a apurao controlada por uma inscrio estadual auxiliar
daquela unidade federada em questo. As desvantagens, so as obrigaes acessrias que sero
exigidas do contribuinte neste momento. Se por ventura o contribuinte operar com as 27 unidades da
federao, ele ter que solicitar 27 inscries estaduais auxiliares. E neste ponto ele adquire a obrigao
de enviar 27 GIAS de ICMS para cada estado o qual ele operar. Alm disso, o processo de obteno de
uma Inscrio Estadual auxiliar, em alguns estados, pode levar meses e muitos contribuintes tem se
queixado de excesso de burocracia e descaso por parte de algumas Secretarias de Fazenda.
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17. Guia de Recolhimento
O recolhimento deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos
Estaduais - GNRE ou outro documento de arrecadao, de acordo com a legislao da unidade federada
de destino, por ocasio da sada do bem ou do incio da prestao de servio, em relao a cada operao
ou prestao.
Observem que aqui o remetente da mercadoria dever ficar atento se o estado de destino acatou
a GNRE como guia de recolhimento oficial, pois apesar da maioria dos estados terem acatado, alguns
podem ter optado por outra guia de recolhimento diferente da GNRE.
Alm disso, haver a necessidade de observar se aquele estado apesar de ter acatado a GNRE,
tambm optou de usar os cdigos de recolhimentos nacionais que apresentaremos a seguir. Por exemplo
o estado de So Paulo acatou a GNRE, porm adotou outros cdigos diferentes do padro nacional.
Para esses casos, a nossa sugesto que a guia de recolhimento seja emitida no prprio site da
Sefaz daquele estado o qual deseja efetuar o recolhimento.
Para os casos em que a empresa optou em emitir a GNRE por OPERAO, nossa sugesto a guia
seja emitida atravs do Portal GNRE: http://www.gnre.pe.gov.br/gnre/portal/GNRE_Principal.jsp
desenvolvido pelo estado de Pernambuco.
Para os casos em que a empresa optou em emitir a GNRE por APURAO, nossa sugesto a
guia seja emitida atravs dos nossos sistemas: Cordilheira ou Sage Gesto Contbil.
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18. Cdigos da GNRE
SITUAO CDIGO
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19. CFOP Cdigo Fiscal de Operao e
Prestao
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20. Obrigaes Acessrias
A Nota Tcnica 2015.003 da NF-e trouxe algumas novas tags a serem informadas no arquivo
XML, alm de regras de validao.
Conforme consta na verso 1.10 da Nota Tcnica 2015.003 o ambiente de produo estar
disponvel em 01/12/2015, porm por fora da legislao maior (EC 87/2015) as informaes sero
exigidas e consistidas apenas a partir de 01/01/2016.
Observao:
O grupo <ICMSUFDest> no dever ser informado na NFC-e, uma vez que as operaes
acobertadas pela NFC-e sempre sero internas (CFOP iniciada em 5).
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21. Sped Fiscal
A nova verso do manual prev alteraes e incluso de vrios registros nos blocos C, D e E, alm
da criao de novos cdigos de ajuste.
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22. Particularidades do Estado do Paran
Simples Nacional;
Recolhimento Difal;
Inscrio Estadual Auxiliar;
Obrigaes Acessrias;
Cartilha Perguntas & Respostas:
http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/Perguntas_Respostas_EC_87_2015.pdf
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23. Simples Nacional
O contribuinte optante pelo Simples Nacional estabelecido no Estado do Paran que promover
operaes ou prestaes interestaduais destinadas a consumidores finais no contribuintes do imposto
localizados em outra unidade federada, dever, no perodo de transio (de 2016 a 2018), recolher ao
Estado do Paran parcela do imposto correspondente diferena entre a alquota interna do Estado do
Paran e a interestadual devido ao Estado de destino (60% em 2016, 40% em 2017 e 20% em 2018).
Porm, como j pudemos observar anteriormente, O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal, concedeu liminar para suspender a eficcia de clusula 9 do Convnio ICMS 93/2015.
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24. Recolhimento do Difal
III - no poder ser compensada com eventuais crditos do imposto ou saldo credor acumulado
em conta grfica.
Aqui precisamos observar que mesmo que a empresa esteja estabelecida no estado do Paran, e
portanto no haver necessidade da inscrio estadual auxiliar, uma vez que a empresa j inscrita no
estado, ainda assim, a guia de recolhimento do partilha do ICMS Origem ser a GNRE e no a GR-PR.
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25. Inscrio Estadual Auxiliar
Encontra-se disponvel no Portal Receita/PR nova modalidade de inscrio estadual que visa
atender a Emenda Constitucional 87/2015 e o Convnio ICMS 93/2015, os quais dispem sobre a
possibilidade de empresas estabelecidas em outras unidades federadas que vierem a realizar, a partir de
1 de janeiro de 2016, operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final no
contribuinte do ICMS localizado no Estado do Paran requererem inscrio especial no Cadastro de
Contribuintes do ICMS-PR.
Tendo acessado o Portal, dever buscar o menu Solicitao de Inscrio Estadual e selecionar a
opo Inscrio de estabelecimento localizado em outro Estado, exceto ST ( Operaes e Prestaes
Interestaduais a consumidor final no contribuinte do ICMS), e preencher o formulrio de cadastro
eletrnico.
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26. Obrigaes Acessrias
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