José Pedro Galvão de Sousa - O Brasil No Mundo Hispânico PDF
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HISPNICO
JOS PEDRO GALVO DE SOUSA
O BRASIL NO
1\
SO PAULO
1962
Para
ALEXANDRA,
PROMIO
(3) Spanien ist ein ratselhaftes Land, u11d die es kenne11, wagen kei11e
Fo rme l mehr (WERNER BEINHAUER, Der spanische Nalionalcharakter,
apud HEINRICH LUTZELER, Dle Kunst der Volker, Verlag Herder, Fri
burgo, 1950, pg. 321). Espaia, un enigma histrico o ttulo dos dois
alentados volumes de CLAUDIO SANCHEZ-ALBORNOZ, dados luz em
Buenos Aire s em 1956 (Editorial Sudamericana).
22 J. P. GALVO D SOUSA
dieval.
compreende-se, assi m , que o nome da Espanha no
possa ser pronunciado com indiferena, salvo por quem
seja de todo alheio realid ade significada. D-se o
mesmo que com Rom a, nome de mistrio, no d izer de
Louis Veuillot, jamais proferido sem dio ou amor.4
Compreende-se tambm, por essas e outras razes, a
atrao exercida pela Espanha sbre estrangeiros, como
no se verifica, talvez, com nenhum outro pais. O ame
ricano Washington Irving deixa a diplomacia e fica para
semp re em Granada, a escrever os conto s do Alhambra.
Anos m ais tarde, seu compatriota William Thom as
Walsh arrebata-se ante as figuras de Felip e II e Santa
Teresa. O ingls Windham Lewis sente como um autn
tico espanhol a personalidade e a obra de Carlos V.
Ludwig Pfandl escreve em Munich sbre o sculo de ouro
pginas que no dissimulam o seu entusiasmo pela tarefa
histrica da Espanha. O francs Maurice Legendre, aps
haver penetrado como poucos no sentido mais profundo
da histria da nipanha, engrandece-a. com f ervor, na
mesma rota dos seus patriclos Louis Bertrand e Maurlce
Barrs, para o qual, ao contrrio do Baroja enamorado
pela Frana, em nenhuma parte do mundo a vid a tem
(4) Rome! nom de mystert!. Des que ce ,iom s'est .elevl sur les nations,
nulle votx ne l'a prononcl sana halne or,i sana amour, et l'on ne salt qui l'a
emport' de l'ardeur de la halne ou de iardeur de l' amour. Quand la vanlt
de l' esprlt moderne se targue de tout conctlier, la haine et l' amour pour
suivent leur vieux combot, plus dpre que jamais. So as primeiras palavras
de LOUIS VEUILLOT em seu admirvel Le par/um de Rome. Perante
a Espanha intransigente cessam tambm tdas as transigncias e conciliaes.
Cala-se o esprito moderno, com a sua vaidade, e neste caso, no domnio
das valoraes ticas, d-se o contrrio do que diz Werner Beinhauer do
ponto de vista da anlise caracterolgica: im p e-se uma definio - pr
ou contrai
0 B ll A SI L N O M UND O H IS P N ICO 23
Podemos concluir.
Brasil, n a o da esperana !
A P N D I C E
2. A LIO DA ESPANHA
1. A POLTICA EXTERIOR DO BRASIL
II - PANAME'RICANISMO E HISPANOAMERICANIS
MO - Poltica semelhante a ser posta em prtica
nas relaes entre o Brasil e os povos hispnicos
do continente. Se em relao aos Estados Unidos
importa mantermos os nossos comp romissos inter
nacionais numa poltica de bons vizinhos e ami
gos, com os povos hispanoamericanos devemos for
talecer uma aliana fratern a! baseada nas tradi-
es comuns que nos unem. Nsse sentido , no plano
da Operao Pan - Americana, devemos formar um
bloco unido e coso, no permitindo dissenses que
favoream o comunismo sovitico, nem nos entre
gando ao capitalismo internacional , ao qual se
acham vinculados muitos polticos e homens de
influncia no mei o industrial e na vida bancria
do Brasil.
Dedicatria 5
I - Promio 7
AP:NDICE
2 - A lio da Espanha 71