Revisão Das Normas Contabilísticas: Graça Azevedo e Jonas Oliveira

Reviso das Normas Contabilsticas
PER 0115
Graa Azevedo e Jonas Oliveira
Outubro de 2015
Plano da Sesso
2.13 Inventrios
2.14 Contratos de Construo
2.15 Rdito
Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

Plano da Sesso
2.13 Inventrios

Plano da Sesso
2.13 Inventrios
2.13.1 SNC modelo geral: mensurao, reconhecimento e divulgao
2.13.1.1 - Mensurao
2.13.1.1.1 Custos de inventrios de um prestador de servios
2.13.1.1.2 Custos do produto agrcola colhidos provenientes de
ativos biolgicos
2.13.1.1.3 Tcnicas para a mensurao do custo
2.13.1.1.4 Frmulas de custeio
2.13.1.1.5 valor realizvel lquido
2.12.1.2 Reconhecimento
2.13.1.3 Divulgaes
2.13.2 NCRF-PE e NC-ME: mensurao, reconhecimento e divulgao
4

NCRF 18 modelo geral
2.13.1.1 Mensurao
Inventrios:
incluem
bens comprados e detidos para revenda incluindo;
bens acabados produzidos, ou trabalhos em curso que

estejam a ser produzidos pela entidade e incluem materiais e
consumveis aguardando o seu uso no processo de produo.
5

2.13.1.1 Mensurao
Objetivos da NCRF 18:
prescrever o tratamento para os inventrios. Um aspeto primordial

na contabilizao dos inventrios a quantia do custo a ser
reconhecida como um ativo e a ser escriturada at que os rditos
relacionados sejam reconhecidos;
proporcionar orientao prtica na determinao do custo e no seu
subsequente reconhecimento como gasto, incluindo qualquer
ajustamento para o valor realizvel lquido;
proporcionar orientao nas frmulas de custeio que sejam usadas
para atribuir custos aos inventrios.
6

2.13.1.1 Mensurao
Mensurao:
Custo ou valor realizvel lquido, dos dois o mais baixo
incluir todos os custos de definido como o preo de

compra, custos de converso venda estimado no decurso
e outros custos incorridos ordinrio da atividade
para colocar os inventrios empresarial menos os custos
no seu local e na sua estimados de acabamento e os
condio atual. custos estimados necessrios
para efetuar a venda.
7

2.13.1.1 Mensurao
A mensurao dos inventrios vista em dois momentos:
No momento do reconhecimento inicial: custo de aquisio ou

produo;
Nos momentos subsequentes: custo ou VRL, dos dois o mais

baixo.

2.13.1.1 Mensurao
O custo dos inventrios inclui (NCRF 18, . 10):
Todos os custos de compra;
Custos de converso; e
Outros custos incorridos para colocar os inventrios no seu

local e na sua condio atuais.

2.13.1.1 Mensurao
Os custos de compra dos inventrios incluem (NCRF 18, . 11):
o preo de compra;
direitos de importao e outros impostos;
custos de transporte, manuseamento e outros custos
diretamente atribuveis aquisio de bens acabados, de
materiais e de servios;
descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
deduzem-se na determinao dos custos de compra.
10

2.13.1.1 Mensurao
Deduzem-se na determinao dos custos de compra (. 11):
descontos comerciais;
abatimentos; e
outros itens semelhantes.
11

2.13.1.1 Mensurao
Os custos de converso dos inventrios incluem (. 12):
custos diretamente relacionados com as unidades de

produo, tais como mo de obra direta;
uma imputao sistemtica de gastos gerais de produo fixos

e variveis que sejam incorridos ao converter matrias em
bens acabados.
12

2.13.1.1 Mensurao
Os gastos gerais de produo fixos so os custos indiretos

de produo que permaneam relativamente constantes
independentemente do volume de produo
A imputao de gastos gerais de produo fixos aos custos de
converso baseada na capacidade normal das instalaes de
produo.
Custeio Racional
13

2.13.1.1 Mensurao
Os gastos gerais de produo variveis so os custos

indiretos de produo que variam diretamente, ou quase
diretamente, com o volume de produo.
O processo de imputao de gastos gerais de produo

variveis aos custos de converso desenvolve-se com recurso
utilizao do nvel real de uso dos meios de produo,
permitindo imputar o valor a cada unidade de produo.
14

Exemplo
Exemplo:
A sociedade Ps de Algodo, Lda. comercializa calado fabricado
essencialmente em cortia e s vende em exclusividade a marca
Cortiplaz. A empresa compra, exclusivamente a um nico fabricante,
duas remessas por ano, uma com calado aberto para as estaes
quentes e outra com calado fechado para as estaes frias.
Sempre que a empresa no consegue esgotar todo o seu inventrio nas

respetivas estaes, a empresa apenas pode vender as sobras em saldo,
com uma reduo de 50% sobre o preo de venda ao pblico. Sabe-se
que a empresa aplica uma margem de lucro de 30% sobre as compras.15
Exemplo
A sociedade Ps de Algodo, Lda. no ano N conseguiu vender todo o

seu stock referente ao calado aberto. Em 31 de Dezembro do ano N a
empresa apresenta as seguintes transaes referentes ao calado
fechado, sabendo que no dia 1 de Janeiro de N+1 inicia-se o perodo de
saldos:
Valor Total Saldo Mercadorias
Compra calado fechado 200.000 90.000

Vendas de calado aberto 143.000
Custo das vendas de calado aberto *110.000 55.000
*(143.000 / 1,3) = 110.000
**(110.000 * 0,5) = 55.000
16

Exemplo
Pedido:
Analise a situao da empresa relativamente aos saldos dos

ativos e, caso considere necessrio, proceda ao eventual
ajustamento.
17

Exemplo
Resoluo:
Uma vez que a empresa s pode vender aquelas mercadorias com uma
reduo de 50% sobre o preo de venda, o saldo final de inventrios
apresenta uma imparidade.
Como o saldo final de inventrios de 55.000 e que o preo de venda

correspondente seria em circunstncias normais de 71.500,00 (55.000
*1,30), e em saldos ser de 35.750,00 (71.500,00 * 0.50 relativo
reduo de 50% em saldos) as mercadorias registam uma imparidade de
19.250 (55.000 - 35.750 ).
18

Exemplo
Resoluo:
Assim, como em 31 de Dezembro o custo superior ao VRL, estamos

perante um ajustamento que dever ser registado:
Pelo ajustamento ao valor realizvel lquido

65 Perdas por imparidade
652 Em inventrios
a 32 Mercadorias
329 Perdas por imparidade acumuladas 19.250,00
19

2.13.1.1 Mensurao
Em perodos de produo anormalmente alta, a imputao a cada unidade

de produo de (12):
gastos gerais de produo fixos imputados a cada unidade de produo

diminuda a fim de que os inventrios no sejam mensurados acima
do custo.
gastos gerais de produo variveis so imputados a cada unidade de

produo na base do uso real das instalaes de produo.
20

2.13.1.1 Mensurao
Exemplos de custos excludos do custo dos inventrios e reconhecidos

como gastos do perodo em que sejam incorridos (NCRF 18, .15):
quantias anormais de materiais desperdiados, de mo de obra ou

de outros custos de produo;
custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam
necessrios ao processo de produo antes de uma nova fase de
produo;
gastos gerais administrativos que no contribuam para colocar os
inventrios no seu local e na sua condio atuais; e
custos de vender. 21

2.13.1.1 Mensurao
De acordo com o 14 da NCRF 18, em determinadas
circunstncias, os custos de emprstimos obtidos so includos
no custo dos inventrios. Estas circunstncias esto identificadas
na NCRF 10 - Custos de Emprstimos Obtidos.
22

2.13.1.1 Mensurao
Uma entidade pode comprar inventrios com condies de
liquidao diferida. Quando o acordo contenha efetivamente um
elemento de financiamento, esse elemento, por exemplo uma
diferena entre o preo de compra para condies de crdito
normais e a quantia paga, reconhecido como gasto de juros
durante o perodo do financiamento.

23

Exemplo
Exerccio:
A empresa Altopasagem, S.A. dedica-se fabricao de mquinas

fotogrficas. Sabe-se que utiliza o sistema de custeio racional e
apresentou no ms de Maro do ano N os seguintes elementos:
Produo 4.000 unidades
Matrias diretas 93,75 /Unidade
Gastos indiretos de produo varivel 37,5 /Unidade
Gastos indiretos de produo fixos 60.000
24

Exemplo
Sabe-se que a empresa tem a seguinte previso de produo:
Produo para N 50.000 unidades
Produo para N + 1 70.000 unidades
Pedido:
Pretende-se que determine o custo a imputar ao produto e o custo a

reconhecer como gasto do perodo.
25

Exemplo
Resoluo:
Custos a imputar ao produto:
573.000 (93,75 * 4.000 + 37,5 * 4.000 + 60.000 * 0,8)
Como os gastos de produo variveis so imputados a cada unidade de

produo na base do uso real das instalaes de produo,
necessrio verificarmos qual a capacidade real da empresa. Para isso
vamos proceder mdia das produes previstas, ou seja, vamos
calcular a percentagem de imputao dos custos a incluir no custo do
produto.
26

Exemplo
Assim:
(50.000 + 70.000 + 65.000 + 55.000) / 48 meses = 5.000 unidades
Como a empresa produziu 4.000 unidades e tem capacidade para produzir

5.000 unidades, vamos imputar ao custo do perodo 80% (4.000 /
5.000).
Custo a reconhecer como gasto do perodo:
12.000 (60.000 * 0,2)
Como s imputamos ao custo do produto 80% dos gastos indiretos de

produo fixos, os restantes 20% so imputados a gastos do perodo.
27

2.13.1.1.1 Custos de inventrios de um prestador de

servios
Se os prestadores de servios tiverem inventrios, estes so

mensurados pelos custos da respetiva produo (NCRF 18, . 19).
Estes custos incluem:
custos de mo de obra;
outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestao do

servio, incluindo pessoal de superviso, e os gastos gerais
28
atribuveis.
2.13.1.1.1 Custos de inventrios de um prestador de

servios
No so includos no custo de produo, mas sim reconhecidos

como gastos do perodo em que sejam incorridos:
custos relacionados com as vendas;
custos relacionados com o pessoal geral administrativo.
29

2.13.1.1.2 Custos do produto agrcola colhidos

provenientes de ativos biolgicos
O produto agrcola que uma entidade tenha colhido
proveniente dos seus ativos biolgicos deve ser
mensurado, no reconhecimento inicial, pelo seu justo valor
menos os custos estimados no ponto de venda na altura da
colheita. 30

2.13.1.1.3 Tcnicas para a mensurao do custo
mtodo do custo padro

considera os nveis normais dos materiais e bens de consumo, da mo-
de-obra, da eficincia e da utilizao da capacidade produtiva;
so regularmente analisados e, se necessrio, revistos luz das
condies correntes.
mtodo do retalho
aplicvel no sector de retalho para mensurar inventrios de grande
quantidade de itens com grande rotao, que tm margens semelhantes
e para os quais impraticvel utilizar outro mtodo;
o custo do inventrio determinado pela reduo do valor de venda do

inventrio na percentagem apropriada da margem bruta.
31

2.13.1.1.4 Frmulas de custeio
Sempre que no seja possvel mensurar os inventrios pelo uso da

identificao especfica dos seus custos individuais, estes devem
ser mensurados por uma das seguintes frmulas de custeio:
uso da frmula primeira entrada, primeira sada.

FIFO
uso da frmula do custeio mdio ponderado.

Custo mdio = Custo total inventrios existentes + custo total novas entradas
Quantidades existentes + Quantidade das novas entradas 32

Exemplo
Exerccio:
A empresa PlascoVaz, Lda. dedica-se comercializao de um nico
modelo de baldes de plstico devido ao sucesso e procura que este
produto teve nos ltimos anos. A informao referente ao ms de
Dezembro do ano N a seguinte:
Quantidade Valor ( em euros)

Data
Entradas Sadas Saldo Unitrio Entradas Sadas Saldo
01-Dez 2.000 30,00 30.000
06- Dez 6.000 8.000 31,20 187.200
10- Dez 1.600 6.400
12- Dez 2.800 3.600
14- Dez 3.000 6.600 32,00 96.000
18- Dez 2.600 4.000
20- Dez 2.200 1.800
26- Dez 3.000 4.800 34,00 102.000
30- Dez 2.800 2.000
33

Exemplo
Pedido:
Indique, de acordo com as seguintes informaes, o valor do
inventrio final:
a) A empresa PlascoVaz, Lda. utiliza o sistema de inventrio

intermitente e como critrio de valorimetria o FIFO;
b) Sabendo que a empresa PlascoVaz, Lda. obteve por

inventariao fsica a quantidade final de inventrio de 2.000
unidades e utiliza o sistema de inventrio intermitente e o
critrio de valorimetria o Custo Mdio Ponderado.
34

Exemplo
Resoluo:
a) Utilizao de Sistema de inventrio permanente e critrio

valorimtrico FIFO
Como os bens adquiridos em primeiro lugar so os primeiros a ser

vendidos, o custo das mercadorias vendidas e matrias consumidas
mensurado ao custo mais antigo e os inventrios finais so
mensurados ao custo mais recente.
35

Exemplo
Ficha de armazm
Entradas Sadas Saldo
Datas
Quant. C.unit C. Total Quant. C.unit C. Total Quant. C.unit C. Total
01/01 2.000 30,0 60.000
2.000 30,0 60.000
24/01
6.000 31,2 187.200 6.000 31,2 187.200
400 30,0 12.000
05/02
1.600 30,0 48.000 6.000 31,2 187.200
400 30,0 12.000
20/03
2.400 31,2 74.880 3.600 31,2 112.320
3.600 31,2 112.320
10/04
3.000 32,00 96.000 3.000 32,0 96.000
1.000 31,2 31.200
15/04
2.600 31,2 81.120 3.000 32,0 96.000
1.000 31,2 31.200
25/05
1.200 32,0 38.400 1.800 32,0 57.600
1.800 32,0 57.600
08/06
3.000 34,00 102.000 3.000 34,0 102.000
1.800 32,0 57.600
30/06
1.000 34,0 34.000 2.000 34,0 68.000
36

Exemplo
Desta forma, a empresa PlascoVaz, Lda. utilizando o sistema de

inventrio intermitente e o critrio de valorimetria FIFO, obtm o
valor do inventrio final de 68.000 .
b) Utilizao de Sistema de inventrio intermitente e critrio

valorimtrico do Custo Mdio Ponderado
C. Unitrio Mdio = ___Si + Compras (valor)___ = 60.000 + 385.200 = 31,8
Si + Compras (Quant.) 2.000 + 12.000
Compras = 187.200 + 96.000 + 102.000 = 385.200 37

Exemplo
Desta forma, se a empresa PlascoVaz, Lda. utilizar o sistema
de inventrio intermitente e o critrio de valorimetria do custo
mdio ponderado, e sabendo que detm em armazm a
quantia de 2.000 unidades, obtm o valor do inventrio final
de 63.600 (2.000 unid. * 31,8 ).
38

2.13.1.1.5 Valor Realizvel lquido
O valor realizvel lquido utilizado quando o custo dos inventrios no

for recupervel, ou seja, poder no ser recupervel se:
os inventrio estiverem danificados;
se se tornarem total ou parcialmente obsoletos;
se os seus preos de venda tiverem diminudo; ou
os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a

serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado
39

Quando os inventrios forem vendidos, a quantia escriturada

desses inventrios deve ser reconhecida
como um gasto do perodo em que o respetivo rdito seja

reconhecido
(NCRF 18, . 34)
40

Neste mbito deve-se reconhecer:
A quantia de qualquer ajustamento dos inventrios para o valor

realizvel lquido e todas as perdas de inventrios devem ser
reconhecidas como um gasto do perodo em que o ajustamento ou
perda ocorra.
A quantia de qualquer reverso do ajustamento de inventrios,

proveniente de um aumento no valor realizvel lquido, deve ser
reconhecida como uma reduo na quantia de inventrios reconhecida
como um gasto no perodo em que a reverso ocorra.
41

2.13.1.3 Divulgaes
As demonstraes financeiras devem divulgar (NCRF 18, . 36):
as polticas contabilsticas adotadas na mensurao dos inventrios,

incluindo a frmula de custeio usada;
a quantia total escriturada de inventrios e a quantia escriturada em

classificaes apropriadas para a entidade;
a quantia de inventrios escriturada pelo justo valor menos os custos

de vender (corretores/negociantes);
a quantia de inventrios reconhecida como um gasto durante o

perodo; 42

2.13.1.3 Divulgaes
a quantia de qualquer ajustamento de inventrios reconhecida como
um gasto do perodo;
a quantia de qualquer reverso de ajustamento que tenha sido

reconhecida como uma reduo na quantia de inventrios
reconhecida como gasto do perodo;
as circunstncias ou acontecimentos que conduziram reverso de

um ajustamento de inventrios; e
a quantia escriturada de inventrios dados como penhor de garantia
a passivos. 43

NCRF-PE e NC-ME
2.13.2 NCRF PE e NC-ME: mensurao, reconhecimento

e divulgao
Os inventrios encontram-se tratados no captulo 11 da NCRF-PE.

No que diz respeito mensurao, reconhecimento e divulgao de
inventrios, a NCRF-PE muito similar NCRF 18.
No que diz respeito NC-ME, esta considera que os inventrios

devem ser mensurados pelo custo ou VRL, dos dois o mais baixo.
44

NCRF-PE e NC-ME

e divulgao
Os inventrios so tratados no 11 da NC-ME, sendo reconhecidos

como tal os ativos:
detidos para venda no decurso ordinrio da atividade empresarial;
no processo de produo para tal venda;
na forma de materiais ou consumveis a serem aplicados no

processo de produo ou na prestao de servios; e
os produtos agrcolas e os ativos biolgicos consumveis. 45

NCRF-PE e NC-ME

e divulgao
Neste sentido, uma grande diferena em termos de
reconhecimento da NC-ME relativamente NCRF 18 e
NCRF-PE o facto de aquela considerar como inventrios os
ativos biolgicos consumveis e os produtos agrcolas.
46

Exemplo
Exemplo:
A Sociedade BovAv, Lda, cuja atividade consiste na produo de

vitelas para abate, adquiriu em janeiro de N, 500 vacas
reprodutoras por 400.000,00 . De acordo com a consulta das
cotaes no sistema SIMA o valor mais frequente de cada vaca
reprodutora de 930,00 .
Em Dezembro de N nasceram 450 vitelos para abate, cujo justo

valor a essa data de 450,00 . Sabe-se que o justo valor das
vacas reprodutoras mantm-se e que foram gastos e
contabilizados 330,00 de encargos necessrios ao nascimento
47
dos vitelos.
Exemplo
Pedido:
Proceda ao registo contabilstico das operaes descritas,

considerando:
a) A Sociedade BovAv, Lda, utiliza o modelo geral do SNC;
b) A Sociedade BovAv, Lda, utiliza a NCRF-ME.
48

Exemplo
Resoluo:
a) A Sociedade BovAv, Lda, utiliza o modelo geral do SNC;
Os ativos biolgicos devem ser mensurados (NCRF 17, 13):
No reconhecimento inicial ao justo valor menos o custo

estimado no ponto de venda;
Na mensurao subsequente ao justo valor menos custo

estimado no ponto de venda.
49

Exemplo
Os custos no ponto-de-venda incluem comisses a corretores
e negociadores, taxas de agncias reguladoras e de bolsas
de mercadorias e taxas de transferncia e direitos e
excluem os custos de transporte e outros necessrios para
levar os ativos para o mercado (NCRF 17, 15).
50

Exemplo
Dados importantes a reter em relao s vacas reprodutoras:

Aquisio das vacas reprodutoras - 400.000,00
Justo valor das vacas reprodutoras na data da compra -
465.000,00 (500 vacas x 925,00 ) - Ativos biolgicos de
produo.
Vitelos para abate:

Justo valor dos vitelos recm-nascidos 202.500,00 (450
vitelos x 450,00 ) - Ativos biolgicos consumveis
51

Exemplo
Reconhecimento inicial (ativos biolgicos de produo):
Pelo reconhecimento inicial custo de aquisio

37 Ativos Biolgicos
372 De produo
3721 Animais
a 11/12 Depsitos ordem 400.000
Pelo reconhecimento inicial ajustamento ao justo valor

37 Ativos Biolgicos
372 De produo
3721 Animais
a 77 Ganhos por aumento de justo valor
774 Em ativos biolgicos 65.000
52

Exemplo
Desta forma, o valor dos Ativos Biolgicos no correntes de 465.000 .
De seguida, procedemos ao reconhecimento inicial dos vitelos recm-

nascidos para abate (ativos biolgicos consumveis), ficando assim o valor
dos Ativos Biolgicos correntes de 202.500 .
Pelo reconhecimento inicial

37 Ativos Biolgicos
371 Consumveis
3711 Animais
a 73 Variao nos inventrios da produo
734 Ativos Biolgicos 202.500
53

Exemplo
b) A Sociedade BovAv, Lda, utiliza a NCRF-ME.
No que respeita s atividades agrcolas a NCRF-ME refere que os
ativos biolgicos de produo so reconhecidos como ativos fixos
tangveis. Os animais ou plantas vivos detidos pela entidade e que
no se enquadram na atividade agrcola integram a subcategoria de
equipamentos biolgicos.
54

Exemplo
Os ativos biolgicos consumveis e os produtos agrcolas so
reconhecidos como inventrios e devero obedecer ao
estabelecido no ponto 11 da NCRF-ME, pelo que na sua
mensurao aplica-se o custo ou o valor realizvel lquido
entre os dois o mais baixo.
55

Exemplo
Assim, a mensurao dos ativos biolgicos efetuada

pelo custo (sujeitos a depreciaes):
Se ativos biolgicos de produo seguem o previsto para os

ativos fixos tangveis (ponto 7 da NCRF-ME)
Se ativos biolgicos consumveis seguem os critrios

previstos para a mensurao inicial dos inventrios (ponto 11
da NCRF-ME).
56

Exemplo
Assim, na aquisio das vacas reprodutoras, por se tratar de ativos

biolgicos de produo temos:

43 Ativos Fixos Tangveis
433 Equipamento Bsico
a 11/12 Depsitos ordem 400.000
No caso dos Ativos biolgicos nascidos na explorao, temos que ter em ateno
se se destinam ao abate ou reproduo, uma vez que se forem para reproduo
so Ativos Fixos Tangveis e se forem para consumo so Inventrios.
57

Exemplo
Reconhecimento de ativos biolgicos de produo nascidos

para abate:
Pelo reconhecimento inicial

34 Produtos acabados e intermdios
a 73 Variao nos inventrios da produo
734 Ativos Biolgicos *330.000
*registados pelo somatrio de todos os custos necessrios ao seu

nascimento e que j foram registados em contas da classe 6.
58

NCRF-PE e NC-ME

e divulgao
considerada relevante em termos de divulgao no anexo para as
entidades que utilizem a NC-ME:
indicao do sistema de inventrio e forma de custeio utilizados;
a quantia de qualquer ajustamento de inventrios reconhecida como

um gasto do perodo;
a quantia de qualquer reverso de ajustamento que tenha sido

reconhecida como uma reduo na quantia de inventrios
reconhecida como gasto do perodo;
a quantia escriturada de inventrios dados como penhor de garantia

a passivos e contingncias. 59

Exerccios de aplicao
Caso Prtico II
A empresa ToldoPlas, S.A. dedica-se a fabricao de coberturas de
plstico por encomenda. A produo da encomenda iniciou no incio
de julho do ano N, com a inteno de estar concluda em maro do
ano N+1, uma vez que e empresa est a trabalhar a 70% da sua
capacidade. O valor global da encomenda era de 45.000 .
60

Caso Prtico II
No final do ano N os custos incorridos na fabricao eram os

seguintes:
Os gastos imputados; e
Os dispndios a suportar para completar a encomenda, de

acordo com os oramentos disponveis
61

Gastos Dispndios a suportar para

Descrio terminar a encomenda
imputados
Matrias primas e outros materiais 4.600
9.450
consumidos
Gastos diretos de produo 12.700 4.650
Gastos indiretos de produo 3.775
8.200
variveis
Gastos indiretos de produo fixos 6.500 3.250
Encargos financeiros 650 275
Gastos administrativos 4.700 1.350
Gastos de distribuio 2.700
62

Pedido:
Determine o Valor Realizvel Lquido e verifique se os

inventrios esto em imparidade procedendo ao respetivo
ajuste contabilstico.
63

Resoluo:
So gastos gerais de produo fixos os custos indiretos de

produo que permaneam relativamente constantes
independentemente do volume de produo (NCRF 18, . 12).
So gastos gerais de produo variveis os custos indiretos de

produo que variam diretamente, ou quase diretamente, com o
volume de produo, tais como os materiais indiretos (NCRF 18,
12).
64

A imputao de gastos gerais de produo fixos aos custos de

converso baseada na capacidade normal das instalaes de
produo, sendo a capacidade normal - custeio racional (NCRF
18, . 13).
Os gastos gerais de produo variveis so imputados a cada

unidade de produo na base do uso real das instalaes de
produo.
65

No reconhecimento inicial os outros custos somente so includos

nos custos dos inventrios at ao ponto em que sejam incorridos
para os colocar no seu local e na sua condio atuais (NCRF 18, .
15).
Considera-se no clculo do valor realizvel lquido a reduo do

custo dos inventrios (write down) para o valor realizvel lquido
consistente com o ponto de vista de que os ativos no devem ser
escriturados por quantias superiores quelas que previsivelmente
resultariam da sua venda ou uso (NCRF 18, . 28).
66

Clculos preparatrios:
Gastos Custo Gastos Custo A.

Descrio previstos Custo
imputados produo Estimado
Matria prima e outros materiais
9.450 9.450 4.600 4.600 14.050
consumidos
Gastos diretos de produo 12.700 12.700 4.650 4.650 17.350
Gastos indiretos de produo variveis 8.200 8.200 3.775 3.775 11.975
Gastos indiretos de produo fixos (70%) 6.500 4.550 3.250 2.275 6.825
Encargos financeiros 650 275
Gastos administrativos 4.700 1.350
Gastos de distribuio 2.700
Total 42.200 34.900 20.600 15.300 50.200
67

Desta forma, temos:

Valor encomenda = 45.000
Custo produo = 34.900
Custo venda (gastos de distribuio) = 2.700
Custos acabamento estimado = 15.300
68

Como VRL o preo de venda estimado no decurso ordinrio da

atividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e
os custos estimados necessrios para efetuar a venda, o VRL
(NCRF 18, . 6)
VRL = V. venda Custo de Vender Custos produo para terminar
= 45.000 2.700 15.300 = 27.000
69

Com o VRL (27.000 ) inferior ao custo de produo (34.900 ),

estamos perante uma perda por imparidade no valor de 7.900
(34.900 27.000 ).

65 Perdas por imparidade
652 Em inventrios
a 36 Produtos e Trabalhos em curso
369 Perdas por imparidade acumuladas 7.900
70

Caso Prtico VI
A empresa FanysTenis, Lda. dedica-se ao comrcio de tnis.

Devido crise econmica que se instalou no ano N, a
empresa comeou a vender Tnis fabricados com material
sinttico que se popularizou com o nome Tnis Fany. A
empresa no tinha saldo inicial deste tipo de produtos, tendo
efetuado as seguintes operaes relativamente ao produto
Tnis Fany durante o ano N:
71

Operaes relativas ao Tnis Fany Unidades Preo Unitrio Valor Total

Compras 100 20 2.000
Compras 200 16 3.200
Desconto obtido (1 por Tnis) 200 1 -200
Vendas 150 25 3.750
Vendas 100 30 3.000
Pedido:
Sabendo que a empresa utiliza o sistema de custeio do custo mdio

e inventrio intermitente, proceda ao registo contabilstico das
operaes descritas. 72

Resoluo:
Uma vez que a empresa FanysTenis, Lda. utiliza o inventrio

intermitente, o valor das existncias finais apurado no final do
perodo com base na contagem fsica dos bens. Assim, as
existncias finais resultam da contagem fsica no final do ano
mensuradas de acordo com as frmulas de custeio utilizada pela
empresa.
CMVMC = Existncias inicias + Compras +/- Regularizaes Existncias Finais

73

Vamos comear por determinar o valor das existncias finais:
Saldo existncias
Unidade P.unit. Valor
Unidade P.unit. Valor
Compra 100 20 2.000 100 20,00 2.000,00
Compra 200 16 3.200 300 17,33 5.200,00
Desconto obtido 200 -1 -200 300 16,67 5.000,00
Venda 150 25 3.750 150 16,67 2.500,00
Venda 100 30 3.000 50 16,67 833,33
CMVMC = 0 + (2.000,00+3.200,00) 200,00 883,33 = 4.116,67
74

Registos Contabilsticos:
Pelo registo da 1. compra

31 Compras
311 Mercadorias
a 22 Fornecedores
221 Fornecedores C/C
2211 Fornecedores Gerais 2.000,00
Pelo registo da 2. compra

31 Compras
311 Mercadorias
a 22 Fornecedores
2211 Fornecedores Gerais 3.200,00
75

Pelo desconto obtido aps emisso da fatura da 2. compra

22 Fornecedores
2211 Fornecedores Gerais
a 31 Compras
318 Descontos e abatimentos em compras 200,00
Pelo registo da 1. venda

21 Clientes
211 Clientes C/C
2111 Clientes Gerais
a 71 Vendas
711 Mercadorias 3.750,00
76

Pelo registo da 2. venda

21 Clientes
211 Clientes C/C
2111 Clientes Gerais
a 71 Vendas
711 Mercadorias 3.000,00
Pela entrada em armazm no final do perodo

32 Mercadorias
a 31 Compras
311 Mercadorias 5.000,00 *
(*)Custo da compra = (2.000,00+3.200,00) 200,00 = 5.000,00
Pelo custo das mercadorias vendidas

61 Custo das Mercadorias Vendidas e Matrias Consumidas
a 32 Mercadorias 4.116,67
77

Caso Prtico VII
Devido vaga de calor que se fez sentir, a empresa

NovaGerao, Lda. produziu os novos chapus de sol com
filtro UV.
Com a grande publicidade que a empresa efetuou, a procura

foi muita, pelo que a empresa teve de produzir 1.000.000
chapus de sol. Os gastos associados quela produo foram
os que se seguem:
78

Previsto Realizado
Capacidade normal 250.000 100.000
Matria prima direta 700.000 *550.000
Mo de obra direta 600.000 600.000
Depreciaes de ativos fixos afetos 400.000 **400.000
Outros custos indiretos fixos 400.000 ***500.000
(*) Inclui 50.000 de desperdcios provocados por uma avaria da mquina
(**) Inclui 100.000 referentes a uma reparao extraordinria da mquina
(***) inclui 100.000 referentes a quantias anormais de custos de produo fixos
Pedido:
Determinar o valor de cada chapus de sol.

79

Resoluo:
Temos de determinar o custo de produo (em funo do uso real). De

acordo com o 16 da NCRF existem custos que so excludos do custo
dos inventrios e reconhecidos como gastos do perodo em que sejam
incorridos.
Custo de produo Gasto do perodo Custo de produo

incorrido (A) (B) (A) (B)
Matria prima direta 550.000 50.000 500.000
Mo de obra direta 600.000 600.000
Depreciaes de ativos fixos
afetos 400.000 100.000 300.000
Total 1.550.000 150.000 1.400.000

80

Imputao dos outros custos indiretos fixos:
Em funo da capacidade normal = 100.000 / 250.000 = 40 %
Valor a imputar ao custo da produo = 400.000 x 40 % = 160.000
Logo temos:
Custo total da produo = 1.400.000 + 160.000 = 1.560.000

Custo Unitrio = 1.560.000 / 100.000 = 15,60
81

Plano da Sesso
82

Plano da Sesso

2.14.1.1 Combinao e Segmentao de Contratos de Construo
2.14.1.2 Mensurao
2.14.1.3.1.1 Mtodo da percentagem de acabamento
2.14.1.4.1.2 Mtodo do lucro nulo
2.14.1.4 Divulgaes
83

2.14.1 SNC modelo geral: mensurao, reconhecimento

e divulgao
Objetivo:
Prescrever o tratamento contabilstico de rditos e

custos associados a contratos de construo
84


e divulgao
Um CONTRATO DE CONSTRUO um contrato

especificamente negociado para a construo de um
ativo ou de uma combinao de ativos que estejam
intimamente inter-relacionados ou interdependentes em
termos da sua conceo, tecnologia e funo ou do seu
prprio propsito ou uso final.
(3 NCRF19 )
85


e divulgao
Um CONTRATO DE CONSTRUO um contrato

especificamente negociado para a construo de um
ativo ou de uma combinao de ativos que estejam
intimamente inter-relacionados ou interdependentes em
termos da sua conceo, tecnologia e funo ou do seu
prprio propsito ou uso final.
(3 NCRF19 )
86


e divulgao
Os contratos de construo, regra geral acarretam um

conjunto de atividades de carter plurianual.
Demonstraes financeiras preparadas de acordo com o

regime contabilstico do acrscimo.
87


e divulgao
Entidade A Contrato entre as partes Entidade B
Construo:
ativo ou combinao de ativos
Construtor Adquirente
NCRF 7 Ativos Fixos Tangveis

NCRF 19 Contratos de Construo
NCRF 18 Inventrios
88


e divulgao
Por fora da natureza da atividade subjacente aos contratos de
construo, a data em que a atividade do contrato iniciada e a data em
que a atividade concluda caem geralmente em perodos contabilsticos
diferentes.
Por isso, o assunto primordial na contabilizao dos contratos de

construo a imputao do rdito do contrato e dos custos do
contrato aos perodos contabilsticos em que o trabalho de
construo seja executado. 89


e divulgao
Esta Norma usa os critrios de reconhecimento estabelecidos
na EC para determinar quando os rditos do contrato e os
custos do contrato devam ser reconhecidos como rditos e
gastos na demonstrao dos resultados.
90


e divulgao
Esta Norma usa os critrios de reconhecimento estabelecidos
na EC para determinar quando os rditos do contrato e os
custos do contrato devam ser reconhecidos como rditos e
gastos na demonstrao dos resultados.
91


e divulgao
Os contratos de construo incluem (NCRF 19, . 5):
contratos para a prestao de servios que estejam diretamente

relacionados com a construo do ativo, por exemplo, os
relativos a servios de gestores de projeto e arquitetos; e
contratos para a destruio ou restaurao de ativos e a

restaurao do ambiente aps a demolio de ativos.
92


e divulgao
Tipos de contratos de construo (3 NCRF19 ):
Contrato Contrato
de de
Preo Fixado Cost Plus
Contrato
Misto
um contrato de construo com um preo mximo acordado


e divulgao
um contrato de construo em que a entidade contratada

Contrato
concorda com um preo fixado ou com uma taxa fixada por unidade
de
de output que, nalguns casos, est sujeito a clusulas de custos
Preo Fixado
escalonados.
Contrato um contrato de construo em que a entidade contratada

de reembolsada por custos permitidos ou de outra forma definidos
Cost Plus mais uma percentagem destes custos ou uma remunerao fixa.

2.14.1.1 Combinao e Segmentos de Contratos de

Construo
Quando um contrato cobrir vrios ativos, a construo de cada ativo deve
ser tratada como um contrato de construo separado quando (. 8):
propostas separadas tenham sido submetidas para cada ativo;
cada ativo tenha sido sujeito a negociao separada e a entidade

contratada e o cliente tenham estado em condies de aceitar ou
rejeitar a parte do contrato relacionada com cada ativo; e
os custos e rditos de cada ativo possam ser identificados.

95


Construo
Quando um contrato cobrir vrios ativos, a construo de cada ativo deve
ser tratada como um contrato de construo separado quando (. 8):
propostas separadas tenham sido submetidas para cada ativo;
cada ativo tenha sido sujeito a negociao separada e a entidade

contratada e o cliente tenham estado em condies de aceitar ou
rejeitar a parte do contrato relacionada com cada ativo; e
os custos e rditos de cada ativo possam ser identificados.

96


Construo
Um grupo de contratos, quer com um nico cliente ou com vrios clientes,
deve ser tratado como um contrato de construo nico quando (. 9):
o grupo de contratos seja negociado como um pacote nico;
os contratos estejam to intimamente interrelacionados que sejam,

com efeito, parte de um projeto nico com uma margem de lucro
global; e
os contratos sejam executados simultaneamente ou numa

sequncia contnua. 97


Construo
Um contrato pode proporcionar a construo de um ativo adicional por
opo do cliente ou pode ser alterado para incluir a construo de um
ativo adicional. A construo do ativo adicional deve ser tratada como um
contrato de construo separado quando (NCRF 19, . 10):
o ativo difira significativamente na conceo, tecnologia ou funo do

ativo ou ativos cobertos pelo contrato original; ou
o preo do ativo seja negociado sem ateno ao preo original do

contrato. 98

Contrato entre duas Entidades
Construo de um activo ou de uma combinao de ativos
Contrato nico Contratos Separados
Combinao Substncia sobre a Forma Segmentao
Contrato de Construo Contrato de Construo

Moradia 12 (doze) moradias
Contrato de Construo
Jardins Identificao
---------------------------
Contrato de Construo Gastos e Rditos
Muros e/ou vedaes de cada moradia
Fonte: adaptado de Gomes e Pires (2010, p. 524)

99

2.14.1.2 Mensurao
O rdito do contrato de construo deve compreender (NCRF 19, . 11):
a quantia inicial de rdito acordada no contrato; e
variaes no trabalho, reclamaes e pagamentos de

incentivos do contrato:
at ao ponto que seja provvel que resultem em rdito; e
estejam em condies de serem fiavelmente mensurados.
100

2.14.1.2 Mensurao
Rdito
Variaes no trabalho,
Valor inicial
Reivindicaes e/ou Reclamaes
Do contrato Pagamento de incentivos
At ao ponto que seja provvel que Estejam em condies de serem

resultem em rdito fiavelmente mensurados
101

2.14.1.2 Mensurao
O rdito do contrato mensurado pelo justo valor da

retribuio recebida ou a receber.
A mensurao do rdito do contrato afetada por uma

variedade de incertezas que dependem do desfecho de
acontecimentos futuros. As estimativas necessitam muitas
vezes de ser revistas medida que os acontecimentos
ocorram e as incertezas se resolvam.
102

2.14.1.2 Mensurao
Rdito
Valor inicial Variaes no trabalho,

do Reivindicaes e/ou Reclamaes
contrato Pagamento de incentivos
Variaes no trabalho: [ 13 NCRF19 ]

Instruo dada pelo cliente para alteraes no mbito do trabalho a executar [Conceo do ativo].
Reivindicaes e/ou Reclamaes: [ 14 NCRF19 ]

Quantia que o contratador procura cobrar ( ao cliente ou terceira pessoa) como reembolso de
custos no incorridos no preo de contrato [Reviso de preos, erros de especificaes].
Incentivos: [ 15 NCRF19 ]
Quantia adicional paga se o nvel de desempenho especificados forem atingidos ou
excedidos [Concluso antecipada do contrato].
103

2.14.1.2 Mensurao
Os custos do contrato devem compreender (NCRF 19, . 16):
os custos que se relacionem diretamente com o contrato

especfico;
os custos que sejam atribuveis atividade do contrato em

geral e possam ser imputados ao contrato; e
outros custos que sejam especificamente debitveis ao cliente

nos termos do contrato.
104

2.14.1.2 Mensurao
Custos do Contrato
Directamente Atribuveis actividade em Outros especificamente

relacionados geral e debitveis aos clientes
com o contrato possibilidade de imputao nos termos do contrato
105

2.14.1.2 Mensurao
Directamente relacionados com um contrato especifico (17 )

Custos de mo-de-obra, incluindo superviso;
Custos de materiais usados na construo;
Depreciao de ativos fixos tangveis utilizados no contrato;
Custos de movimentao dos A.F.T. e os materiais;
Custos de aluguer de instalaes e equipamentos;
Custos de conceo e assistncia tcnica;
Custos estimados de retificar e garantir os trabalhos (garantias); e
Reivindicaes de terceiras partes (indemnizaes e
penalidades).
106

2.14.1.2 Mensurao
Por sua vez, compreendem-se nos custos que podem ser atribuveis
atividade do contrato em geral e que podem ser imputados a
contratos especficos (. 18):
seguros;
os custos de conceo e assistncia tcnica que no estejam

diretamente relacionados com um contrato especfico; e
gastos gerais de construo.

107

2.14.1.2 Mensurao
Estes custos so imputados usando mtodos que sejam

sistemticos e racionais e sejam aplicados consistentemente a
todos os custos que tenham caractersticas semelhantes. A
imputao baseada no nvel normal de atividade de construo.
Os gastos gerais de construo incluem custos tais como a

preparao e processamento de salrios do pessoal de construo.
108

2.14.1.2 Mensurao
Os custos que possam ser atribuveis atividade do contrato em
geral e possam ser imputados a contratos especficos tambm
incluem os custos de emprstimos obtidos quando a entidade
contratada adote o tratamento alternativo permitido na NCRF 10
(Custos de Emprstimos Obtidos).
109

Os rditos e os gastos do contrato so reconhecidos quando o
desfecho de um contrato de construo puder ser fiavelmente
estimado, com referncia fase de acabamento da atividade do
contrato data do balano. Uma perda esperada no contrato de
construo deve ser reconhecida imediatamente como um gasto
(NCRF 19, . 22).

110

Reconhecimento: Rdito e Gasto
Desfecho de um contrato de construo
Pode ser fiavelmente estimado No pode ser fiavelmente estimado
Existem estimativas fiveis No existem estimativas fiveis

111

Reconhecimento do rdito e gasto:

Desfecho fiavelmente mensurado
Quando se considera ?
- Depende da tipologia do contrato
Contrato de Preo Fixado
Contrato de Cost Plus
112

Contrato de Preo Fixado
O rdito do contrato possa ser mensurado fiavelmente.
O que se considera que ocorre quando se estabelea:
a) os direitos a cumprir por cada parte no que respeita ao ativo a ser construdo,
b) a retribuio a ser trocada, e
c) a forma e o prazo de liquidao; e
Seja provvel que os benefcios econmicos futuros associados ao
contrato fluiro para a empresa; e
Os custos do contrato, para o acabar, e a fase do acabamento do contrato,
na data do balano possam ser mensurados fiavelmente; e
Os custos do contrato, a ele atribuveis, possam ser claramente
identificados e fiavelmente mensurados, de forma a que os custos reais
do contrato incorridos possam ser comparados com estimativas anteriores.
113

Contrato de Cost Plus
Seja provvel que os benefcios econmicos associados ao

contrato fluiro para a empresa;
e
Os custos do contrato, a ele atribuveis, sejam ou no
reembolsveis, possam ser claramente identificados e fiavelmente
mensurados.
114

Reconhecimento de rditos e gastos do contrato:
Reconhecimento de rdito e de
gastos com referncia fase de Mtodo da percentagem
acabamento de acabamento
Reconhecimento do rdito
somente at ao ponto em que seja
provvel que os custos do Lucro nulo
contrato incorrido sero
recuperveis.
115

2.14.1.3.1 Mtodo da percentagem de acabamento
O reconhecimento de rdito e de gastos, com referncia fase de

acabamento de um contrato, muitas vezes referido como ( 25 da NCRF 19)
MTODO DE PERCENTAGEM DE ACABAMENTO
116

Mtodo da Percentagem de Acabamento ( 25 da NCRF 19)
O rdito do contrato e os custos associados devem ser reconhecidos

com referncia fase de acabamento do contrato data do Balano.
O desfecho de um contrato de construo pode ser fiavelmente
estimado.
O rdito contratual balanceado com os gastos contratuais incorridos
ao atingir a fase de acabamento.
117


Como determinar a Fase de Acabamento ?
Vrios mtodos: Usar aquele que mensure com fiabilidade o trabalho executado.
Dependendo da natureza do contrato, os mtodos [critrios] podem incluir:
a) A proporo em que os custos do contrato incorridos no trabalho executado at data
estejam para os custos estimados totais do contrato, sendo apenas includos os custos
do contrato que reflictam o trabalho executado at data, pelo que so excludos:
i - Custos do contrato que se relacionem com a actividade futura do contrato (materiais
entregues num local para uso, mas ainda no instalados, usados ou aplicados durante a execuo do contrato, a
no ser que tenham sido produzidos especificamente para o contrato), e
ii - Pagamentos efectuados, a entidades subcontratadas, adiantadamente a trabalho
executado segundo o subcontrato;
b) Levantamento do trabalho executado;
c) Concluso de uma proporo fsica do trabalho contratado.
Como determinar a Percentagem de Acabamento ?

A percentagem de acabamento no final de cada perodo de tributao
corresponde proporo entre os gastos suportados at essa data e a soma
desses gastos com os gastos estimados para a concluso do contrato.
Perdas esperadas: No so dedutveis as perdas esperadas relativas a
contratos de construo correspondentes a gastos ainda no suportados.
Pode ento obter-se, a percentagem de acabamento, a partir da expresso:


Imputao anual do valor do contrato e Rdito
A imputao anual do valor do contrato depende, no s da percentagem de

acabamento no final de cada perodo de tributao, como tambm do valor estimado
do total desse mesmo contrato.
Desta forma, o valor correspondente imputao pode obter-se, pela expresso:
Pelo que, o valor do rdito, corresponder importncia obtida pela diferena:

2.14.1.3.2 Mtodo do lucro nulo
O rdito somente deve ser reconhecido at ao ponto em que seja provvel

que os custos do contrato incorrido sero recuperveis, o que muitas
vezes designado como
MTODO DO LUCRO NULO
121

Quando o desfecho de um contrato de construo no possa ser

estimado fiavelmente :
O rdito somente deve ser reconhecido at ao ponto em que
seja provvel que os custos do contrato incorridos sero
recuperveis; e
Os custos do contrato devem ser reconhecidos como um gasto
no perodo em que sejam incorridos.
Por o desfecho do contrato no poder ser fiavelmente estimado,
nenhum lucro reconhecido.
O mtodo do LUCRO NULO utiliza-se quando no se consegue estimar, de modo

fivel, o desfecho do contrato, no entanto, provvel que a entidade recupere os
custos at data.
Impossibilidade de NENHUM
estimar fiavelmente o LUCRO
desfecho do contrato RECONHECIDO
um MTODO DE EXCEPO:
O Rdito do contrato reconhecido na Demonstrao de Resultados por uma
quantia que iguala os custos do contrato.
2.14.1.4 Divulgaes
O SNC-modelo geral requer as seguintes divulgaes relativas a contratos
de construo (NCRF 19, . 39-41):
39. Uma entidade deve divulgar:
a) a quantia do rdito do contrato reconhecida como rdito do perodo;
b) os mtodos usados para determinar o rdito do contrato reconhecido no perodo; e
c) os mtodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso.
40. Uma entidade deve divulgar o que se segue para os contratos em curso data
do balano:
a) a quantia agregada de custos incorridos e lucros reconhecidos (menos perdas
reconhecidas) at data;
b) a quantia de adiantamentos recebidos; e
c) a quantia de retenes. 124

2.14.1.4 Divulgaes
41. Retenes so quantias de faturas progressivas que s so pagas

depois da satisfao das condies especificadas no contrato para o
pagamento de tais quantias ou at que os defeitos tenham sido
retificados. As faturas progressivas por autos de medio so quantias
faturadas do trabalho executado de um contrato quer tenham ou no
sido pagas pelo cliente. Adiantamentos so quantias recebidas pela
entidade contratada antes que o respetivo trabalho seja executado.
125

NCRF-PE e NC-ME
2.14.2 NCRF-PE e NC-ME: mensurao, reconhecimento

e divulgao
Tanto a NCRF-PE como a NC-ME no tratam a temtica dos
contratos de construo. Assim, as pequenas empresas de
construo devem aplicar a NCRF 19 no reconhecimento e
mensurao dos seus contratos de construo.
126

Exerccios de Aplicao
Caso Prtico I
Tendo em considerao os dados no quadro abaixo, relativos a um

qualquer contrato de construo:
Descrio Ano N Ano N+1 Total
Faturao emitida 120 120 240
Custos incorridos 50 150 200
Custos Acumulados 50 200
Custos Estimados a incorrer 150 0
% Acabamento 25 % 100 %
Rdito acumulado 60 240
Prestao Servios: Acrescer / Diferir -60 60
Pretende-se:
Registos contabilsticos e anlise dos perodos de N e N+1. 127

Resoluo:
Determinao da percentagem de acabamento do contrato de

construo no ano N:
% Acabamento = Custos incorridos________ = 50 ____ = 25%
Custos Incorridos + Custos a incorrer 50 + 150
Valor do Contrato = % Acabamento x Valor Estimado do Contrato =

= 25 % x 240 = 60
128

Registos Contabilsticos:
No registado qualquer valor nos inventrios relativos Obra em

Curso;
Os custos so considerados em gastos e mantm-se inalterados (no

sofrem qualquer alterao).
Pela Faturao emitida

21 Clientes
a 72 Prestao de Servios 120
129

Como o valor da (% acabamento x Rditos estimados) superior

faturao emitida, temos de registar os rendimentos a reconhecer. Se pelo
contrrio, o valor da (% acabamento x Rditos estimados) fosse inferior
faturao, nesse caso haveria que registar o valor nos Devedores por
acrscimos.
Pela Periodizao dos Rendimentos

72 Prestao de Servios
a 28 Diferimentos
282 Rendimentos a Reconhecer 60
130

Analisando os dados do exemplo em termos de resultados obtidos,

teramos:
Ano N Ano N+1 Total

Resultados sem periodizao
Rditos 120 120 240
Gastos -50 -150 -200
Resultado 70 -30 40
Resultados com periodizao
Rditos 60 180 240
Gastos -50 -150 -200
Resultados 10 30 40
O valor dos resultados sem periodizao est incorreto e o valor do

resultado com periodizao, em cada perodo, equivale percentagem do
rdito. 131

Analisando agora os dados do exemplo em termos de autonomia

financeira:
Ano N Ano N+1
Balano sem periodizao
Ativo (saldo de Clientes) 120 240
Passivo (saldo de Fornecedores) 50 200
Capital (Resultado) 70 40
Autonomia Financeira (CP / Ativo) 58% 17%
Balano com periodizao
Ativo (saldo de Clientes) 120 240
Passivo (saldo de Fornecedores) 100 200
Capital (Resultado) 10 40
Autonomia Financeira (CP / Ativo) 8% 17%
Mais uma vez verifica-se que os dados obtidos sem a periodizao esto
incorretos.
132

Em N+1:
Pela faturao emitida
21 Clientes
Pela periodizao dos rendimentos

28 Diferimentos
282 Rendimentos a Reconhecer
133

Caso Prtico II
A empresa Grandobra obteve um contrato para a construo de um

troo de uma auto-estrada com uma remunerao e 950.000 .
O custo total estimado de 850.000 . No ano N os custos
incorridos ascenderam a 425.000 . No ano N+1 os custos
incorridos ascenderam a 375.000 e o custo a incorrer foi
estimado no final do ano em 250.000 .
Pedido: Efetue os lanamentos contabilsticos aplicveis.

134

Resoluo:
Ano N:
G. acabamento = _____Custos incorridos___ = 425.000 = 50%
C. Incorridos + C. a incorrer 850.000
Rdito a reconhecer: grau de acabamento x remunerao total rdito

reconhecido em anos anteriores = (50% x 950.000 ) 0 = 475.000
Pelo rdito a reconhecer

28 Diferimentos
a 72 Prestao de Servios 475.000
135

Ano N+1:
Grau de acabamento = _______Custos incorridos________ = 800.000 _ = 76,19%
C. Incorridos + C. a incorrer 1.050.000
Rdito a reconhecer: grau de acabamento x remunerao total rdito

reconhecido em anos anteriores = (76,19% x 950.000 ) 475.000 =
248.805

28 Diferimentos
136

Dezembro N+1:
Quando a % de acabamento ainda 76,19%, verifica-se que os
custos totais estimados da construo do troo de auto-estrada j
ultrapassaram o valor fixado no contrato, no sendo esse valor
suscetvel de reviso.
137

Dezembro N+1:
Nestes casos, a NCRF 19 (. 36) refere que, quando for provvel que os
custos totais do contrato excedam o rdito total do contrato, a perda
esperada deve ser reconhecida imediatamente como um gasto. E,
acrescenta, que a quantia de tal perda determinada
independentemente:
De ter ou no comeado o trabalho do contrato;

Da fase de acabamento da atividade do contrato; ou
Da quantia de lucros que se espere surjam noutros contratos que
no sejam tratados como um contrato de construo nico.
138

Excesso esperado (perda) : Custos totais do contrato - Rditos do contrato =

= 950.000 1.050.000 = 100.000
Como estamos perante uma perda esperada, podemos constituir uma

proviso.
Ano Lucro reconhecido Rdito Custos incorridos
N 50.000 475.000 - 425.000
N+1 -126.195 248.805 - 375.000
139

Lanamentos:
A diferena entre a perda total estimada e a perda j reconhecida tem de ser

reconhecida atravs de uma proviso para contratos onerosos:

67 Provises do Exerccio
676 Contratos Onerosos
a 29 Provises
296 Contratos Onerosos 23.805*
(*) 100.000 76.195 = 23.805
140

Caso Prtico III

A Sociedade SoloConstry, SA. dedica-se construo civil e obras
pblicas. Em determinada fase da sua construo adjudicou a
construo de um empreendimento do qual se conhecem os seguintes
dados: Faturao Custos
Custos a incorrer at Valor global do
ANO emitida ao incorridos no
final da construo Contrato
cliente* perodo
N 120.000 160.000 640.000 900.000
N+1 410.000 400.000 240.000 910.000
N+2 380.000 250.000 910.000
(*)O recebimento ocorre em simultneo com a faturao.
Pedido:
Efetue os registos contabilsticos dos factos descritos de acordo com141 os
mtodos previstos na NCRF 19 (Contratos de Construo).
Resoluo:
De acordo com a NCRF 19 podemos registar os factos descritos de acordo

com dois mtodos:
Mtodo da percentagem de acabamento

Mtodo do lucro nulo.
Pelo mtodo da percentagem de acabamento temos:
Ano N:
Grau de acabamento =_________Custos incorridos_ = ___160.000_____ = 20%

142
C. incorridos + C. a incorrer 160.000+ 640.000
Pelo reconhecimento dos gastos incorridos em N

6X Gastos do perodo
a 12 Depsitos Ordem 160.000
Pela faturao emitida em N

21 Clientes
211 Clientes C/C
Pelo recebimento da faturao emitida em N

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
211 Clientes C/C 120.000
143

Pelo reconhecimento do restante rdito de N

27 Outras Contas a Receber e a Pagar
272 Devedores e Credores por Acrscimos
2721 Devedores por Acrscimo de Rendimentos
a 72 Prestao de Servios 60.000 *
(*) Rdito N = (Grau acabamento x Valor global contrato) Faturao N =
= (900.000 x 20%) 120.000 =
= 180.000 120.000 = 60.000
Ano N+1:
Grau de acabamento = _____Custos incorridos__ = ____160.000 + 400.000____ = 70%
C. incorridos + C. a incorrer 160.000 + 400.000 + 240.000
144

Pelo reconhecimento dos gastos incorridos em N+1

6X Gastos do perodo
Pela faturao emitida em N+1

21 Clientes
211 Clientes C/C
Pelo recebimento da faturao emitida em N+1

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
145

Pelo reconhecimento do restante rdito de N+1

a 72 Prestao de Servios 47.000 *
(*) Rdito N+1 = (Grau acabamento x Valor global contrato Valor N) - (Valor faturado Rdito N)
= (70 % x 910.000 180.000 ) (410.000 - 60.000 ) =
= 47.000
Ano N+2:
6X Gastos do perodo
146


21 Clientes
211 Clientes C/C

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
Pela regularizao do rdito

a 27 Outras Contas a Receber e a Pagar
2721 Devedores por Acrscimo de Rendimentos 107.000
147

Pelo mtodo do lucro nulo temos:
Ano N:
Pelo reconhecimento dos gastos incorridos em N

6X Gastos do perodo
Pela faturao emitida em N

21 Clientes
211 Clientes C/C
Pelo recebimento da faturao emitida em N

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
211 Clientes C/C 120.000 148

Pelo reconhecimento do restante rdito de N

Ano N+1:
6X Gastos do perodo

21 Clientes
211 Clientes C/C
a 72 Prestao de Servios 410.000 149

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
Pela regularizao do rdito em N+1

Ano N+2:

6X Gastos do perodo
150


21 Clientes
211 Clientes C/C

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
Pelo reconhecimento do restante rdito de N+2

151

Plano da Sesso
2.15 Rdito
152

Plano da Sesso
2.15 Rdito
2.15.1.1 Mensurao
2.15.1.2.1 Venda de Bens
2.15.1.2.2 Prestao de Servios
2.15.1.2.3 Juros, Royalties e Dividendos
2.15.1.5.4 Alguns casos particulares
2.15.1.3 Divulgaes
153

2.15.1 SNC modelo geral: mensurao, reconhecimento e

divulgao
O termo rdito significa o rendimento que surge no decurso das atividades

ordinrias de uma entidade e que pode ser referido por uma variedade de
nomes diferentes incluindo vendas, honorrios, juros, dividendos e
royalties.
O conceito de rdito menos amplo que o de rendimento, na medida

em que aquele tem de ser gerado internamente, enquanto o rendimento
pode no o ser (por exemplo, subsdios ao investimento e donativos).
154

2.15.1 SNC modelo geral: mensurao, reconhecimento e

divulgao
No que respeita contabilizao do rdito, pode provir das

seguintes transaes e acontecimentos:
Venda de Bens;
Prestaes de Servios;
Uso por outros de ativos da empresa que produzam juros,
royalties e dividendos.
155

2.15.1.1 Mensurao
O rdito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuio
recebida ou a receber (NCRF 20, . 9).
Justo valor - a quantia pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transao em
que no exista relacionamento entre elas.
Mtodo do juro efetivo o mtodo de calcular o custo amortizado de um

ativo ou passivo financeiro e de imputar o rendimento ou o gasto dos juros
durante o perodo relevante
156

2.15.1.1 Mensurao
Por vezes ocorrerem transaes que implicam o calculo do justo

valor da retribuio recebida ou a receber, so exemplo disso:
A troca de bens e servios dissemelhantes;
Venda com juros;
A venda com pagamentos a longo prazo, sem juros;
A venda de um bem com a simultnea celebrao de um
contrato de servios de manuteno.
157

O rdito reconhecido quando for provvel que os benefcios

econmicos associados com a transao fluam para a entidade.
Regra geral: os critrios de reconhecimento de rditos so aplicados a

cada transao em separado.
Exceo: em certas circunstncias, para refletir a substncia da

transao, pode ser necessrio aplicar os critrios de reconhecimento:
aos componentes separadamente identificveis de uma transao
ao conjunto de duas ou mais transaes. 158

2.15.1.2 .1 Venda de Bens

Venda de bens:
1. A empresa tiver transferido para o comprador os riscos e
vantagens significativos da posse dos bens;
2. Empresa no retiver um envolvimento continuado de gesto num
grau usualmente associado com a posse nem o controlo efetivo
dos bens vendidos;
3. Quantia do rdito puder ser fiavelmente mensurado;
4. For provvel que os benefcios econmicos associados com a
transao fluam para a empresa;
5. Os custos suportados ou a suportar referentes transao
puderem ser fiavelmente mensurados.
159

2.15.1.2 .1 Venda de Bens

Exemplos:
Quando a entidade retiver uma obrigao pelo desempenho
insatisfatrio, no coberto por clausulas normais de garantias;
Quando o recebimento do rdito de uma dada venda estiver
dependente da obteno de rdito pelo comprador a partir da sua
revenda dos bens;
Quando os bens sejam expedidos sujeitos a instalao e a instalao
seja uma parte significativa do contrato que ainda no tenha sido
concludo pela entidade;
Quando o comprador tiver o direito de rescindir a compra, por uma
razo especificada no contrato de venda, e a entidade vendedora no
estiver certa quanto probabilidade de devoluo. 160


Prestao de Servios:
O rdito associado a uma transao que envolva prestao de

servios deve ser reconhecido com referncia fase de
acabamento da transao a data do balano.
No deve ser reconhecido qualquer rdito quando o desfecho da

transao que envolva a prestao de servios no possa ser
fiavelmente estimado e no seja provvel que os custos incorridos
sejam recuperveis.
161


Prestao de Servios:
O desfecho de uma transao pode ser fiavelmente estimado quando

todas as condies seguintes forem satisfeitas (NCRF 20, . 20):
a quantia de rdito possa ser fiavelmente mensurada;
seja provvel que os benefcios econmicos associados
transao fluam para a entidade;
a fase de acabamento da transao data do balano possa ser
fiavelmente mensurada; e
os custos incorridos com a transao e os custos para concluir a
transao possam ser fiavelmente mensurados.
162


Prestao de Servios:
O reconhecimento do rdito com referncia fase de acabamento de uma

transao muitas vezes referido como o mtodo da percentagem de
acabamento.
Quando o desfecho da transao que envolva a prestao de servios

no possa ser estimado com fiabilidade, o rdito somente deve ser
reconhecido na medida em que sejam recuperveis os gastos
reconhecidos (NCRF 20, . 26).
163


Prestao de Servios:
Mtodo da percentagem de acabamento
Os proveitos so reconhecidos medida que o servio contratado
progride. Atribui-se, assim, a cada perodo contabilstico um resultado
correspondente ao grau de acabamento, mediante o balanceamento dos
proveitos respetivos com os custos incorridos inerentes.
% Acabamento = Custos Incorridos/ Custo total estimado
O mtodo da percentagem de acabamento s deve ser aplicado se houver

possibilidade de estabelecer estimativas fiveis. 164

2.15.1.2.3 Juros, Royalties e Dividendos

Juros, Royalties e Dividendos
No reconhecimento devem ser utilizadas as seguintes bases:
Os juros devem ser reconhecidos utilizando o mtodo do juro

efetivo;
Os royalties devem ser reconhecidos na base do acrscimo de

acordo com a substncia do acordo relevante;
Os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido

o direito do acionista receber o pagamento.
165


Alguns casos particulares
Bens emitidos sob determinadas condies:
Vendas consignao - vendas pelas quais o recebedor (comprador)

toma a seu cargo vender as mercadorias a favor do expedidor (vendedor).
Nestes casos, o rdito reconhecido pelo expedidor quando os bens sejam
vendidos pelo recebedor a um terceiro.
Vendas cobrana - o rdito reconhecido somente quando a entrega for

feita e o dinheiro for recebido pelo vendedor ou um seu agente.
166


Alguns casos particulares
Propinas de ensino - o rdito reconhecido ao longo do perodo

de instruo.
Bilhetes de admisso - o rdito de espetculos artsticos e de

outros acontecimentos especiais reconhecido quando o evento
tiver lugar. Quando for vendida uma assinatura para um
determinado nmero de eventos o preo imputado a cada evento
numa base que reflita a extenso dos servios realizados em cada
167
evento.
2.15.1.3 Divulgaes
O SNC-modelo geral requer as seguintes divulgaes relativas ao rdito (NCRF
20, . 34-35):
34. Uma entidade deve divulgar:

a)as polticas contabilsticas adotadas para o reconhecimento do rdito incluindo
os mtodos adotados para determinar a fase de acabamento de transaes que
envolvam a prestao de servios;
b)a quantia de cada categoria significativa de rdito reconhecida durante o perodo
incluindo o rdito proveniente de:
i. venda de bens;
ii. prestao de servios;
iii. juros;
iv. royalties;
168
v. dividendos.
2.15.1.3 Divulgaes
35. Uma entidade divulgar quaisquer ativos e passivos contingentes de acordo
com a NCRF 21 - Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os
passivos contingentes e os ativos contingentes podem surgir de itens tais
como custos de garantia, reclamaes, penalidades ou perdas possveis.
169

NCRF-PE e NC-ME
2.15.1.2 NCRF PE e NC-ME: mensurao, reconhecimento e

divulgao
Tanto a NCRF-PE como a NC-ME no apresentam diferenas
significativas relativamente a NCRF 20.
170

Caso prtico I
A empresa Makimpak, S.A. comercializa toda a gama de mquinas
industriais. Devido crise instalada a nvel mundial a empresa lanou
novas condies de venda para atrair novos clientes.
Nessas condies, no incio do ano N vendeu uma grua por 100.000 com
a possibilidade do cliente pagar com um diferimento de 3 anos o valor
de 109.000 .
Pedido:
Partindo do princpio que o cliente optou pelo pagamento com um
diferimento de 3 anos, proceda ao registo contabilstico da venda. 171

Resoluo:
Venda com pagamento diferido = 109.000
Venda em condies normais = 100.000
Rdito do juro (diferena) = 9.000
Pelo reconhecimento da venda:
21 Clientes
211 Clientes C/C
a 71 Vendas 100.000
Pelo reconhecimento do rdito anual
21 Clientes
211 Clientes C/C
a 79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
791 Juros obtidos 3.000 *
(*) 9.000 / 3 = 3.000
172

Alternativamente, o registo poderia ser o que se apresenta de seguida:
Ano N:
Pelo reconhecimento da venda
21 Clientes
211 Clientes C/C
2111 Valor Nominal 109.000
a 71 Vendas 100.000
a 21 Clientes
211 Clientes C/C
2112 Juros a receber 9.000

21 Clientes
211 Clientes C/C
2112 Juros a receber
791 Juros obtidos 3.000 *
173
(*) 9.000 / 3 = 3.000
Desta forma o saldo da conta de clientes apresenta o custo amortizado no

valor de 103.000 (109.000 9.000 + 3.000 ).
Ano N+1:
21 Clientes
211 Clientes C/C
791 Juros obtidos 3.000
Assim, no ano N+1 o saldo da conta de clientes apresenta o custo amortizado

no valor de 106.000 (109.000 9.000 + 3.000 + 3.000 ).
174

Ano N+2:
21 Clientes
211 Clientes C/C
791 Juros obtidos 3.000
No final do ano N+2 o saldo da conta de clientes apresenta o custo amortizado

no valor de 109.000 (109.000 9.000 + 3.000 + 3.000 + 3.000 ).
No final pelo recebimento da dvida:

Pelo recebimento da dvida
12 Depsitos ordem
a 21 Clientes
211 Clientes C/C
2111 Valor Nominal 109.000 175

Caso Prtico II
A empresa Contaplus, Lda., no incio do ano N, contratou o

desenvolvimento de um software integrado de contabilidade, gesto e
anlise financeira empresa Desenvolvementes, S.A.. O valor global
da proposta foi de 400.000 , e no final do ano N sabe-se que:
Custos totais estimados 320.000
Valor j faturado 240.000
Custos incorridos 200.000
Pedido:
Registo contabilstico do reconhecimento do rdito, no ano N, pela empresa
Desenvolvementes, S.A..
176

Resoluo:
Dos dados do enunciado, sabe-se que:
Valor total da prestao do servio = 400.000

Custos totais estimados = 320.000
Valor j faturado = 240.000
Custos incorridos = 200.000
Ano N:
% Acabamento = custos incorridos / custos totais estimados = 200.000 / 320.000

= 62,5%
177

Rdito do Ano 1 = 400.000 x 62,5% = 250.000
Rdito j reconhecido no Ano 1 (faturao) = 240.000
Rdito a reconhecer (regularizao) = 250.000 - 240.000 = 10.000
Pelo registo da faturao

21 Clientes
211 Clientes C/C
Pela regularizao do rdito

27 Outras contas a receber e a pagar
272 Devedores e credores por acrscimos
2721 Devedores por acrscimo de rendimentos
178

Caso Prtico III
A sociedade de investimentos InvestPlus, S.A. realizou as seguintes

operaes no ano N:
a) Adquiriu 10.000 obrigaes com as seguintes caractersticas:
- Data de emisso: 01/01/N
- Nmero de obrigaes: 10.000
- Valor nominal: 50.000
- Valor de aquisio: 48.120
- Maturidade: 4 anos
- Taxa de cupo: 4 %
- Pagamento de juros: Anual
- Reembolso: ltimo ano
- Valor do reembolso: 52.000 179

Caso Prtico III
b) Dividendos:
A sociedade detm uma participao 10% no capital da SomPlus, S.A.
cujo Resultado Lquido do ano N foi de 25.000 . Relativamente ao
Resultado Lquido do ano N, a Assembleia Geral deliberou distribuir
50% do seu resultado, cujo pagamento ocorreu em 31 de maio do ano
n+1.
Pedido:
Proceda ao reconhecimento do rdito para cada uma das operaes
descritas.
180

Resoluo:
a) Aquisio das 10.000 obrigaes Juros
O rdito dos juros das obrigaes deve ser reconhecido utilizando o

mtodo do juro efetivo.
Para o clculo do juro das obrigaes pelo mtodo do juro efetivo, temos:
Taxa de juro efetiva calculada atravs da funo TIR do Excel ou pelo
resultado da seguinte expresso:
48.120 = 2.000 + 2.000 + 2.000 + (2.000 + 52.000)

(1+i) (1+i)2 (1+i)3 (1+i)4
i = 6%
181

Assim, o juro a receber corresponde a:
Juro anual = Valor nominal x taxa do cupo = 50.000 x 4% = 2.000
Juro cupo Juro efetivo Valor

Datas Valor Obrigao
(4%) (6%) Obrigao
01/01/N 48.120
31/12/N 49.007 2.000 2.887 887
31/12/N+1 49.948 2.000 2.940 940
31/12/N+2 50.944 2.000 2.997 997
31/12/N+3 52.000 2.000 3.057 1.056
182

Contabilizao:
Pela aquisio:
41 Investimentos Financeiros
415 Outros Instrumentos Financeiros
4151 Detidos at maturidade
Pelo reconhecimento do juro no ano N:

4151 Detidos at maturidade 887
12 Depsitos Ordem 2.000
a 79 Juros, dividendos e outros rendimentos
similares
791 Juros obtidos
7918 De outros financiamentos concedidos 2.887
183

Pelo reconhecimento do juro no ano N+1:

791 Juros obtidos
similares
791 Juros obtidos
184
4151 Detidos at maturidade 1.056
similares
791 Juros obtidos
7918 De outros financiamentos concedidos 3.056 *
a 41 Investimentos Financeiros
4151 Detidos at maturidade 52.000
(*) 1.056 + 2.000 = 3.056
Assim, verifica-se que pelo mtodo do juro efetivo, o valor do investimento

financeiro na maturidade igual ao valor do reembolso, no reconhecendo
qualquer resultado na operao final de reembolso. 185

b) Dividendos
No que diz respeito aos dividendos, o rdito deve ser reconhecido

quando for estabelecido o direito do acionista a receber o pagamento.
Assim, na data da Assembleia reconhece-se o rdito, mesmo que o
recebimento seja posterior.
Pelo reconhecimento do rdito:
27 Outras contas a receber e a pagar
278 Outros Devedores e Credores
792 Dividendos obtidos
7928 Outras 12.500 *
(*) 25.000 X 50% = 12.500
Pelo recebimento do dividendo
12 Depsitos Ordem
a 27 Outras contas a receber e a pagar
278 Outros Devedores e Credores 12.500
Caso Prtico IV
A empresa MakinMax, Lda. que vende equipamentos industriais a

prestaes, celebrou em 02/01/2010 um contrato de vendas a
prestaes com a empresa MaxKing, Lda. por um perodo de 2
anos e nas condies de pagamento seguintes:
Pagamento inicial em 02/01/2010 40.000
Quatro pagamentos semestrais, a partir de 01/07/2010 inclusive

15.000 cada
187

Caso Prtico IV
O referido contrato prev o pagamento de juros taxa de 10% ao

ano sobre o valor da dvida por pagar. Sabe-se que a margem
bruta da empresa MakinMax, Lda. de 50%.
Pedidos:
Efetue os lanamentos das operaes descritas.
188

Resoluo:
Nas vendas a prestaes o rdito atribuvel ao preo das vendas,

expurgado dos juros, reconhecido data da venda. O preo da
venda o valor presente da transao, calculado pelo desconto
das prestaes a receber taxa medida que for obtido, numa
base proporcional de tempo que tome em conta a taxa de juro
imputada.
Valor Contrato = 40.000 + (15.000 * 4 prestaes) = 100.000

189
Taxa de juro (semestral) =10% / 2 = 5%
Data Capital Dvida Juro 5% Amortizao Dvida

02/01/2010 60.000 3.000 15.000
01/07/2010 45.000 2.250 15.000
01/01/2011 30.000 1.500 15.000
01/07/2011 15.000 750 15.000
Total 7.500
Margem Bruta = CMVMC / Vendas
CMVMC = Margem bruta x Vendas

= 0,5 x 100.000
= 50.000
190

Ano 2010:
Pela venda
21 Clientes
a 71 Vendas
7111 Mercadorias 100.000
a 28 Diferimentos
282 Rendimentos a reconhecer 7.500
Pelo gasto
61 CMVMC
611 Mercadorias
a 32 Mercadorias 50.000
Pelo recebimento do adiantamento
12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

Pelo recebimento da 1. Prestao

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
Pelo reconhecimento do juro da 1. Prestao

28 Diferimentos
282 Rendimentos a reconhecer
791 Juros Obtidos
7916 De Vendas 3.000

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos

Ano 2011:
12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos
Lanamentos a efetuar no final de 2011:

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos
7916 De Vendas 750
Ano 2012:

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

Caso Prtico V
A empresa INDUSTREX, Lda. vendeu um dos seus equipamentos nas

seguintes condies:
Preo de Venda: 260.000
Condies de pagamento:
30% a pronto pagamento: 78.000 ;
os restantes 70% foi celebrado um contrato de venda a
prestaes.
O contrato prev o pagamento de juros a taxa de 5% ao semestre com
atualizao de capital.
Pedido:
Proceda ao apuramento dos juros e do valor da venda e contabilize.
195

Resoluo:
Partindo do pressuposto que os juros esto includos no preo temos:
Preo de venda = 260.000
Condies de pagamento:
30% a pronto: 78.000
70% em 4 prestaes: 182.000 / 4 = 45.500
Taxa de juro = 5 % com atualizao de capital
196

Semestre Prestao Juro capital

4 45.500 0,05 45.500 / 1,05 = 43.333
3 45.500 0,05 43.333 / 1,05 = 41.270
2 45.500 0,05 41.270 / 1,05 = 39.305
1 45.500 0,05 39.305 / 1,05 = 37.333

161.341
Valor da venda = 161.341 + 78.000 = 239.431
Juros =260.000 - 239.341 = 20.659
197

Lanamentos:
Pelo registo da venda

21 Clientes
a 71 Vendas
711 Mercadorias 239.341
a 28 Diferimentos
282 Rendimentos a reconhecer 20.659
Pelo recebimento do juro

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
198

Reconhecimento do juro:
Semestre Capital Dvida Juro Amortizao Prestao

1 (1) 161.340 (2) 8.067 (3) 37.433 45.500
2 123.908 6.195 39.305 45.500
3 84.603 4.230 41.270 45.500
4 43.333 2.167 43.333 45.500
(1) 239.341 78.000 = 161.341

(2) 161.340 x 0,05 = 8.067
(3) 45.500 8.067 = 37.433
199

No final do primeiro semestre temos:
Pelo recebimento da 1. prestao

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes
Pelo reconhecimento do juro

28 Diferimentos
a 79 Juros, dividendos e Outros Rendimentos Similares
791 Juros Obtidos
200

No final do segundo semestre temos:

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos
201

No final do terceiro semestre temos:

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos
202

No final do quarto semestre temos:

12 Depsitos Ordem
a 21 Clientes

28 Diferimentos
791 Juros Obtidos
203

OBRIGADO PELA VOSSA ATENO!

Reviso das Normas Contabilsticas
PER 0115
Graa Azevedo e Jonas Oliveira
Outubro de 2015

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2.14 Contratos de Construo

Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

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bens comprados e detidos para revenda incluindo;

bens acabados produzidos, ou trabalhos em curso que

Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

Objetivos da NCRF 18:

prescrever o tratamento para os inventrios. Um aspeto primordial

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Custo ou valor realizvel lquido, dos dois o mais baixo

incluir todos os custos de definido como o preo de

Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

A mensurao dos inventrios vista em dois momentos:

No momento do reconhecimento inicial: custo de aquisio ou

Nos momentos subsequentes: custo ou VRL, dos dois o mais

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O custo dos inventrios inclui (NCRF 18, . 10):

Todos os custos de compra;

Outros custos incorridos para colocar os inventrios no seu

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Os custos de compra dos inventrios incluem (NCRF 18, . 11):

Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

Deduzem-se na determinao dos custos de compra (. 11):

outros itens semelhantes.

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Os custos de converso dos inventrios incluem (. 12):

custos diretamente relacionados com as unidades de

uma imputao sistemtica de gastos gerais de produo fixos

Reviso das Normas Contabilsticas ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, 2015

Os gastos gerais de produo fixos so os custos indiretos

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Os gastos gerais de produo variveis so os custos

O processo de imputao de gastos gerais de produo

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Sempre que a empresa no consegue esgotar todo o seu inventrio nas

A sociedade Ps de Algodo, Lda. no ano N conseguiu vender todo o

Valor Total Saldo Mercadorias

Compra calado fechado 200.000 90.000

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Analise a situao da empresa relativamente aos saldos dos

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Como o saldo final de inventrios de 55.000 e que o preo de venda

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Assim, como em 31 de Dezembro o custo superior ao VRL, estamos

Pelo ajustamento ao valor realizvel lquido

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Em perodos de produo anormalmente alta, a imputao a cada unidade

gastos gerais de produo fixos imputados a cada unidade de produo

gastos gerais de produo variveis so imputados a cada unidade de

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Exemplos de custos excludos do custo dos inventrios e reconhecidos

quantias anormais de materiais desperdiados, de mo de obra ou

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De acordo com o 14 da NCRF 18, em determinadas

circunstncias, os custos de emprstimos obtidos so includos

no custo dos inventrios. Estas circunstncias esto identificadas

C. Unitrio Mdio = _Si + Compras (valor)_ = 60.000 + 385.200 = 31,8