Nutrição e Deficiências
Nutrição e Deficiências
Nutrição e Deficiências
Maro de 2015
Autores
Rita Sousa
Design
Editores
Cludio Correia
Pedro Graa
ISBN
978-972-675-220-2
Agradecimentos
Um agradecimento especial ao Instituto Nacional para a Reabilitao IP. pelo estmulo neste
objetivo comum de garantir a igualdade de oportunidades, o combate discriminao e a
valorizao das pessoas com deficincia.
1. Introduo. Pg.4
2. Conceitos de alimentao saudvel e sua aplicao populao portadora de
deficincia. Pg.5
3. Princpios de uma alimentao saudvel... Pg.6
4. Alimentao na(s) deficincia(s) e dificuldades alimentares. Pg.8
4.1 Baixo peso
4.2 Excesso ponderal/obesidade
4.4 Obstipao
4.4 Dificuldades alimentares
5. Interaes medicamentos/alimentos. Pg.13
5.1 Medicamentos para o tratamento de dfice de ateno e hiperatividade
5.2 Diurticos
5.3 Corticoesterides
5.4 Antidepressivos
5.5 Antibiticos
5.6 Medicamentos anti-refluxo gastroesofgico
5.7 Antiespasmdicos
5.8 Medicamentos anti-inflamatrios
5.9 Anticonvulsionantes
6. Nutrio, deficincia e ambiente Pg.17
7. Dispositivos de compensao na alimentao (talheres, copos, pratos) Pg.19
8. Concluso Pg.22
9. Referncias bibliogrficas Pg.23
O consumo de sal dever ser reduzido para menos de 5g por dia. Evite adicionar
muito sal aos seus cozinhados, levar o saleiro para a mesa durante as refeies e ingerir
alimentos pr-confecionados ou muito salgados (por exemplo, produtos de salsicharia e
charcutaria). Prefira as ervas aromticas e especiarias para temperar.
Adote o azeite em detrimento de outras gorduras quer para temperar quer para
cozinhar. Evite tambm a utilizao de gorduras que foram sobreaquecidas ou de leos
queimados; as altas temperaturas conduzem degradao da gordura, dando origem a
reaes que formam substncias cancergenas.
Os problemas alimentares mais comuns que surgem nas pessoas com deficincia so:
baixo peso, excesso ponderal/obesidade, obstipao, problemas de deglutio/disfagia,
interaes medicamento/alimento. A seriedade dessas condies dependem de vrios fatores
individuais (idade, nvel de disfuno motora, gravidade da deficincia, sade em geral),
ambientais, literacia e condies socioeconmicas.
A baixa ingesto energtica a causa primria para o baixo peso em indivduos com
dfices cognitivos. Tal resulta de diversos fatores, entre eles: a incapacidade para comunicar a
sensao de fome e saciedade e as preferncias alimentares, o que leva os cuidadores a no
terem a real perceo das necessidades dos indivduos. A baixa ingesto energtica pode, por
outro lado, conduzir a deficincias em certos nutrientes. A m coordenao motora e/ou m
postura presente em certos tipos de deficincia, tanto ao nvel dos membros superiores como
ao nvel da deglutio, leva a uma diminuio da ingesto alimentar com consequente perda
de nutrientes. O refluxo gastroesofgico, bastante recorrente, e o atraso do esvaziamento
gstrico contribuem tambm para a diminuio da absoro de nutrientes. Por outro lado, a
dor pode levar a uma diminuio do apetite e h tambm certas patologias que desencadeiam
seletividade alimentar com diminuio da ingesto energtica. Os gastos energticos podero
estar aumentados em algumas situaes. So exemplo os indivduos com deficincia fsica que
recorrem a meios auxiliares de locomoo ou que tm aumento dos gastos energticos,
resultante da leso neurolgica (exemplo: paralisia cerebral na forma clinica atetide ou
distnica). Algumas crianas com deficincias podero ter necessidades nutricionais
aumentadas (por exemplo: infees frequentes e presena de lceras de presso em crianas
acamadas ou com muito baixa mobilidade podem levar a que estas tenham necessidades
nutricionais acrescidas de forma a manter a sua sade)(9-11).
Pessoas com disfunes motoras que limitam permanentemente a sua atividade fsica
precisam de um menor aporte calrico para suprimento das suas necessidades energticas(13).
O ganho de peso pode estar relacionado com diversos fatores: atividade fsica limitada,
gastos energticos diminudos, baixa estatura devido a crescimento atpico, baixa tonicidade
muscular, problemas em comunicar a sensao de saciedade e situaes de compensao.
Recomendaes:
4.3 Obstipao
A obstipao surge quando os movimentos peristlticos esto diminudos em relao
ao habitual, havendo uma maior dificuldade no seu funcionamento ou uma alterao na
frequncia habitual da defecao. Alguns sintomas passam por dor e distenso abdominal,
diminuio da ingesto alimentar e irritabilidade. Esta condio bastante comum na
deficincia fsica e na deficincia intelectual.
Recomendaes
Ingerir todas as manhs em jejum, lquidos (ch, gua) a uma temperatura tpida;
A dieta deve ser equilibrada, com alto teor de fibras, rica em hortofrutcolas e cereais.
O sumo de ameixa poder ser uma boa ajuda;
Devero ser evitados alimentos ricos em celuloses duras, j que este tipo de fibras
pode causar microferimentos a nvel da mucosa intestinal desencadeando
espasticidade;
A ingesto de lquidos dever ser elevada para hidratao das fezes;
Devero ser feitas tentativas no sentido de ajustar a rotina para defecar; estipular um
horrio, numa altura calma do dia, sem qualquer tipo de pressa, stress ou
constrangimento. Tambm o posicionamento dever ser corrigido, sendo, por vezes,
necessrio adaptar a casa de banho, atravs de equipamentos como a cadeira
sanitria e barras laterais;
Quando possvel, a atividade fsica dever ser aumentada, tendo em conta as
capacidades do indivduo. Massajar a zona abdominal com regularidade pode tambm
trazer efeitos positivos.
Recomendaes
Quando a alimentao por via oral constitui um risco grave para a sade do indivduo e
insuficiente para manter uma alimentao adequada s suas necessidades, frequente a
utilizao de sonda para alimentao: as mais comuns so as nasogstricas ou gastrostomias
endoscpicas percutneas (PEG). Para estas situaes existem frmulas que substituem a
alimentao artesanal; no entanto, os custos que este tipo de alimentao acarreta so muito
elevados pelo que, geralmente, se mantm a alimentao artesanal com uma textura lquida.
5. INTERAO MEDICAMENTO/ALIMENTO:
5.2 Diurticos
5.4 Antidepressivos
5.5 Antibiticos
5.7 Antiespasmdicos
5.9 Anticonvulsionantes