Aula 06 - Regência Verbal e Nominal. Emprego Da Crase
Aula 06 - Regência Verbal e Nominal. Emprego Da Crase
Aula 06 - Regência Verbal e Nominal. Emprego Da Crase
Portugus p/ APPGG/SP
Professor: Rafaela Freitas
Lngua Portuguesa p/ APPGG da Pref. De SP
Auditor de controle interno
Teoria e Questes Comentadas
Prof Rafaela Freitas Aula 06
Aula 06
Regncia verbal e nominal
Emprego da crase
A
Ol, alunos!!
REGNCIA VERBAL
1. ASPIRAR:
- Verbo Transitivo Direto (VTD) no sentido de inspirar:
Aspiramos o ar da manh.
VTD Objeto Direto (OD)
ATENO S SIGLAS:
2) ASSISTIR:
- VTD no sentido de ajudar, de prestar assistncia:
O mdico assiste o doente.
VTD OD
Neste caso, faltou a preposio a regida pelo verbo. Cuidado, pois, sem
a preposio, o verbo assistir tem sentido de prestar assistncia, ajudar!
O correto ento :
3. ATENDER:
4. VISAR:
5. QUERER:
6. CUSTAR:
VTD OD
8. PROCEDER:
VTI OI
9. IMPLICAR:
10. PRECISAR:
11. CHAMAR:
12. INFORMAR:
- sempre VTDI:
Informamos o prefeito do desastre.
VTDI OD OI
VTDI OD OI
15. PREFERIR:
16. SIMPATIZAR:
17. CHEGAR:
- sempre VI:
Cheguei ao colgio.
VI Adj. Adv. Lugar
18. NAMORAR:
- sempre VTD:
Namorei aquele garoto.
VTD OD
REGNCIA NOMINAL
Alguns exemplos:
Os nomes podem reger mais de uma preposio, saber qual us-las vai
depender do contexto, da clareza e da eufonia.
A lista a seguir apresenta, para consulta, alguns nomes e as preposies
que mais comumente eles exigem. A lista no para por aqui, so muitas
possiblidades!
Hbil em Posterior a
Habituado a Preferncia a ou por
Inacessvel a Prefervel a
Indeciso em Prejudicial a
Invaso de Prprio de ou para
Junto a ou de Prximo a ou de
Leal a Querido de ou por
Maior de Residente em
Morador em Respeito a ou por
Natural de Sensvel a
Necessrio a Simpatia por
Necessidade de Simptico a
Nocivo a til a ou para
dio a ou contra Versado em
Odioso a ou para
CRASE
A crase obrigatria:
Entendendo a exceo...
A regra que, antes dos indefinidos NO existe crase. Ocorre, porm, que
alguns indefinidos, no s o "outra" (tal, mesma, muitas, pouca), podem
admitir o artigo "a" antes deles, dando ensejo crase. Como saber se h o
artigo antes do indefinido? Fazendo a substituio do substantivo feminino que
os segue por outro masculino correlato, comprovaremos a ocorrncia da crase:
Exemplo:
Assistimos sempre s mesmas cenas (aos mesmos episdios). >> COM
CRASE.
Exemplo tirado do exerccio 14 desta aula:
"... passava as tardes perambulando de uma praa a outra"
(perambulando de um bosque a outro bosque). >> o indefinido "outra" no
est acompanhado de artigo para que a crase seja exigida. Caso fosse
formado: de um lugar AO outro... a sim teria crase.
Normalmente, o uso ou no da crase antes dos indefinidos est ligado
regncia do verbo da orao:
Assistimos a qu?
Perambulando de um lugar a outro.
Os verbos "assistir" e "perambular" regem o uso da preposio "a".
3. A crase facultativa:
L vai um MACETE!
Para saber se antes do topnimo (nome de um lugar) tem crase, basta
decorar o versinho:
Chego da, crase h!
Chego de, crase pra qu?
Testando o macete...
Cheguei da Bahia = fui Bahia (com crase)
Cheguei de Manaus = fui a Manaus (sem crase)
Cheguei da Alemanha = fui Alemanha (com crase)
Cheguei de Ubatuba = fui a Ubatuba (sem crase)
Fcil no ?? Teste outros topnimos...
Comentrio: o erro est na regncia do verbo correr, pois ele est sendo
usado como transitivo indireto e rege o uso da preposio em. No caso, seria
correr em uma equipe.
GABARITO: E
Comentrio:
No Brasil, as discusses sobre drogas parecem limitar-se aos (quem
limita-se, limita-se a alguma coisa. No caso foi aos aspectos jurdicos.
A + AO = AOS) aspectos jurdicos ou policiais. como se suas nicas
consequncias estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatsticas
criminais. Raro ler a (o verbo ler no exige preposio, alm disso, antes
de palavra masculina, no caso respeito, no se usa crase) respeito
envolvendo questes de sade pblica como programas de esclarecimento e
preveno, de tratamento para dependentes e de reintegrao desses
(reintegrao a alguma coisa. O verbo pede o uso da preposio a.
Essa preposio aglutinou-se com o artigo a de a vida e formou-se a
crase. A + A = ) vida. Quantos de ns sabemos o nome de um mdico ou
clnica a (este a uma preposio apenas, exigida pela regncia do
verbo encaminhar, o que vem depois um pronome e os pronomes no
so precedidos de artigo que formaria a crase) quem tentar encaminhar
um drogado da nossa prpria famlia?
GABARITO: B
GABARITO: E
(A) s h s as
(B) as h as s
(C) s a as s
(D) s a s as
(E) as h s as
Comentrio
A Fria se rende s vuvuzelas. Termo regente rende exige
preposio a formando a crase (a + as = s).
Caim o ltimo livro de Jos Saramago, que morreu h uma semana.
o h (com h e acento) usado para tempo decorrido.
Sujeito s crises de humor, ele no vive em paz. - sujeito a alguma coisa,
exige preposio a formadora da crase (a + as = s).
As vizinhas do andar de cima? No as vejo faz tempo. o as o objeto
pleonstico direto do verbo ver, no tem crase.
GABARITO: A
Naturalmente ele queria dizer com isto que ele prprio no precisava de nada
daquilo.
Esta postura de Scrates foi o ponto de partida para a filosofia cnica,
fundada em Atenas por Antstenes um discpulo de Scrates, por volta de
400 a. C. Os cnicos diziam que a verdadeira felicidade no depende de fatores
externos, como o luxo, o poder poltico e a boa sade. Para eles, a verdadeira
felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efmeras.
E justamente porque a felicidade no estava nessas coisas, ela podia ser
alcanada por todos. E, uma vez alcanada, no podia mais ser perdida.
(Jostein Gaarden, O Mundo de Sofia. So Paulo, Cia. das Letras, 1995)
(www.folha.uol.com.br)
Tambm deveria ter crase em chacota, pois o verbo opor rege tambm a
preposio a.
Regra geral de uso da crase: a (preposio) + a (artigo feminino) = .
(B) O humor deve pretender crtica, no graa e deve se opor na
chacota. Como j citado o verbo opor rege a preposio a no a em
opor chacota. O verbo pretender transitivo direto, no rege preposio,
o que no justifica a crase antes de crtica e graa.
(C) O humor deve atingir crtica, no a graa e deve se opor a chacota.
Mais uma vez erro na regncia do verbo opor! O verbo atingir transitivo
direto e no rege preposio, portanto, no h crase: atingir a crtica.
(D) O humor deve alcanar crtica, no graa e deve se opor
chacota.- O verbo alcanar transitivo direto e no rege preposio,
portanto, no h crase: alcanar a crtica, no a graa.
(E) O humor deve almejar a crtica, no a graa e deve se opor chacota.
Regncia perfeita! O verbo almejar, no sentido de desejar transitivo
direto e no rege preposio que formaria a crase. O verbo opor transitivo
indireto e rege a preposio a que formou a crase.
GABARITO: E
Todos chegaro l
exigir. No quer dizer que a maioria desses macrbios seguir o padro dos
velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina,
cachecol, suter e cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no
parquinho.
Como a sociedade mudou muito, creio que os velhos de 2030 se
parecero cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vov, aqui no Leblon
uma rede de vlei frequentada diariamente por sexa ou septuagenrios, com
msculos invejveis e capazes de saques mortferos. A vida para eles nunca
parou. Para eles, o lema : se no se trabalha, diverte-se.
Por sorte, a aceitao do velho agora maior do que nunca. Bem
diferente de 1968 apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado Poder
Jovem , em que ser velho era quase uma ofensa. idade da razo, que
deveria ser a aspirao de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues
denunciava como a razo da idade a juventude justificando todas as
injustias e ignomnias (como as ocorridas na China, em que velhos eram
humilhados publicamente por serem velhos, durante a Revoluo Cultural).
Enquanto naquela mesma poca o rock era praticado por jovens esbeltos,
bonitos e de longas cabeleiras, para uma plateia de rapazes e moas idem,
hoje, como se viu no Rock in Rio, ele praticado por velhos carecas, gordos e
tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. J se pode confiar em
maiores de 60 anos e, um dia, todos chegaro l.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 04.10.2013. Adaptado)
Comentrio: essa questo traz uma pegadinha, pois espera-se que uma
orao comece com sujeito. Pensando assim, classificaramos o a logo no
incio do perodo como artigo e no usaramos a crase, mas... CUIDADO! A
frase foi invertida para induzir o candidato ao erro. Observe o perodo na
ordem direta: manifestaes seguiram-se quebra do compromisso entre
Hong Kong e China. Percebe-se que em quebra a crase exigida por que
o verbo seguir-se pede preposio a. Manifestaes o sujeito do verbo
seguiram-se. A segunda lacuna preenche-se sem crase, pois o verbo atingir
transitivo direto e no rege preposio, sendo o as de as eleies to
somente um artigo que acompanha o objeto direto. J a terceira lacuna
preenchida por crase, uma vez que o nome ameaa rege o uso da preposio
a que, aglutinada com o artigo feminino que acompanha a palavra
garantia, forma a crase.
O perodo ficaria assim: quebra do compromisso entre Hong Kong e
China, que atinge as eleies marcadas para 2017, seguiram-se
manifestaes, pois, com o controle da cidade, haveria ameaa garantia de
plenas liberdades.
GABARITO: E
Os projetos beneficentes, _____ ele tanto lutou, ______ muita gente a sair de
situaes difceis.
a) em que ajudaram
b) de que ajudou
c) a que ajudaram
d) pelos quais ajudaram
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A ptria de ponteiros
(D) As pessoas sabem que vou aderir ao futebol .../ O futebol sobrepe-se
as artes./ ... algo que me aprazer.
(E) As pessoas sabem que adiro ao futebol .../ O futebol sobrepe-se s
artes./ ... algo que me apraz.
(A) s h s as
(B) as h as s
(C) s a as s
(D) s a s as
(E) as h s as
(www.folha.uol.com.br)
no vale. Rimos, isso sim, do superior, do arrogante, daquele que rouba nosso
lugar social.
O curioso perceber como o Brasil de muito tempo atrs sabia disso, e o
ensinava por meio de uma imprensa ocupada em ferir a brutal desigualdade
entre os seres e as classes. Ao percorrer o extenso volume da Histria da
Caricatura Brasileira (Gala Edies), compreendemos que tal humor primitivo
no praticava um rosrio de ofensas pessoais. Naqueles dias, humor parecia
ser apenas, e necessariamente, a virulncia em relao aos modos opressivos
do poder.
A amplitude dessa obra indita. Saem da obscuridade os nomes que
sucederam ao mais aclamado dos artistas a produzir arte naquele Brasil,
Angelo Agostini. Corcundas magros, corcundas gordos, corcovas com cabea
de burro, todos esses seres compostos em aspecto polimrfico, com expressivo
valor grfico, eram os responsveis por ilustrar a subservincia a estender-se
pela Corte Imperial. Contra a escravido, o comodismo dos bem-postos e dos
covardes imperialistas, esses artistas operavam seu esprito crtico em jornais
de todos os cantos do Pas.
(Carta Capital.13.02.2013. Adaptado)
Todos chegaro l
A ptria de ponteiros
1) E 12) A
2) B 13) E
3) A 14) A
4) C 15) A
5) E 16) E
6) A 17) D
7) C 18) D
8) D 19) A
9) C 20) A
10) E 21) A
11) A 22) E
Para finalizar, apaixonada que sou pelo grande Fernando Pessoa, deixo
um poema lindssimo do heternimo Ricardo Reis, do genial poeta:
Rafaela Freitas.
Contato: professorarafaelafreitas@gmail.com