COESÃO E COERÊNCIA - Ambiguidade PDF
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AULA 00
Leitura, compreenso e anlise de textos contemporneos.
Inferncia (informaes explcitas e implcitas).
Tipologia textual: narrao, injuno, descrio e dissertao.
SUMRIO
APRESENTAO......................................................................................2
CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO.......................................................2
1. INTELECO (INTERPRETAO) TEXTUAL...............................................5
2. TEXTOS LITERRIOS E NO LITERRIOS...............................................09
3. COESO E COERNCIA TEXTUAIS.........................................................12
3.1 A REMISSO....................................................................................16
3.2 AMBIGUIDADE.................................................................................18
4. TIPOS E GNEROIS TEXTUAIS..............................................................20
4.1 TIPO ARGUMENTATIVO.....................................................................25
4.2 TIPO NARRATIVO.............................................................................33
4.3 A DESCRIO..................................................................................38
4.4 TIPO INJUNTIVO..............................................................................41
QUESTES COMENTADAS ......................................................................45
LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA......................................66
GABARITO............................................................................................81
APRESENTAO
Este curso tem por objetivo trazer para os alunos contedo terico de
Lngua Portuguesa e auxili-los na resoluo do maior nmero de questes
possvel da banca examinadora Fundao Getlio Vargas (FGV),
CRONOGRAMA
Coeso e Coerncia.
1 03/03/2016
Discurso direto e indireto.
2 11/03/2016
Processos de formao de palavras.
Significao de Palavras.
3 Variabilidade da lngua e adequao ao contexto 21/03/2016
de uso.
Evidentemente, tudo pode ser visto nos textos, l que todo tipo de
fenmeno acontece. (ANTUNES, 2007, p. 139)
Ler o mundo atravs dos mais diversos textos com os quais nos deparamos
em nosso cotidiano uma tarefa, no mnimo, reveladora!
O que um texto?
A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido. Podemos dizer
que ele uma unidade bsica de organizao e transmisso de ideias, conceitos
e informaes de modo geral. Pensando assim e mais amplamente, uma pintura,
uma escultura, um smbolo, um sinal de trnsito, uma foto, uma propaganda,
um filme, uma novela de televiso tambm so formas textuais.
TEXTO I
Descuidar do lixo sujeira
TEXTO II
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundcie do ptio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
No examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho no era um co,
No era um gato,
No era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971,
p.145)
O que para voc algo incoerente? Imagine uma pessoa que se diz contra
o uso de bebidas alcolicas, mas vista bebendo todas em um bar? Atitude
incoerente no ? Agora imagine quem diz gostar muito de animais e visto
batendo em um cachorro... incoerente!! Podemos levar esse raciocnio para o
estudo da linguagem, um texto incoerente aquele que no faz sentido, que
perdeu o nexo por algum problema interno de remisso, uso dos conectivos ou
at mesmo semntico.
Vejam:
Os menino chegou, vamo comear!
Essa uma fala comum na variante social da lngua. Tenho certeza de que,
em algum momento, voc j ouviu algo parecido. O fato que essa fala est
cheia de problemas de coeso (concordncia, formao de palavra), mas est
gramatical, est coerente, mesmo fora do padro normativo da Lngua
Portuguesa.
Circuito Fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. gua. Escova, creme dental, gua,
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, gua, cortina, sabonete,
gua fria, gua quente, toalha. Creme para cabelo; pente. Cueca, camisa,
abotoaduras, cala, meias, sapatos, gravata, palet. Carteira, nqueis,
documentos, caneta, chaves, leno, relgio, maos de cigarros, caixa de
fsforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xcara e pires, prato, bule, talheres,
guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fsforo. Mesa e poltrona, cadeira,
cinzeiro, papis, telefone, agenda, copo com lpis, canetas, blocos de notas,
esptula, pastas, caixas de entrada, de sada, vaso com plantas, quadros,
papis, cigarro, fsforo. Bandeja, xcara pequena. Cigarro e fsforo. Papis,
telefone, relatrios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes,
telefone, papis.
Relgio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboos de anncios, fotos,
cigarro, fsforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xcara, cartaz, lpis,
cigarro, fsforo, quadro-negro, giz, papel. Mictrio, pia, gua. Txi. Mesa,
Menino venha pra dentro, olhe o sereno! V lavar essa mo. J escovou os
dentes? Tome a bno a seu pai. J pra cama!
Onde que aprendeu isso, menino? Coisa mais feia. Tome modos. Hoje
voc fica sem sobremesa. Onde que voc estava? Agora chega, menino, tenha
santa pacincia.
De quem voc gosta mais, do papai ou da mame? Isso, assim que eu
gosto: menino educado, obediente. Est vendo? s a gente falar. Desa da,
menino! Me prega cada susto... Pare com isso! Jogue isso fora. Uma boa surra
dava jeito nisso. Que que voc andou arranjando? Quem lhe ensinou esses
modos? Passe pra dentro. Isso no gente para ficar andando com voc.
Avise a seu pai que o jantar est na mesa. Voc prometeu, tem de cumprir.
Que que voc vai ser quando crescer? No, chega: voc j repetiu duas vezes.
Por que voc est quieto a? Alguma voc est tramando... No ande descalo,
j disse! V calar o sapato. J tomou o remdio? Tem de comer tudo: voc
acaba virando um palito. Quantas vezes j lhe disse para no mexer aqui? Esse
barulho, menino! Seu pai est dormindo. Pare com essa correria dentro de casa,
v brincar l fora. Voc vai acabar caindo da. Pea licena a seu pai primeiro.
Isso maneira de responder a sua irm? Se no fizer, fica de castigo. Segure o
garfo direito. Ponha a camisa pra dentro da cala. Fica perguntando, tudo voc
quer saber! Isso conversa de gente grande. Depois eu dou. Depois eu deixo.
Depois eu levo. Depois eu conto.
Agora deixa seu pai descansar - ele est cansado, trabalhou o dia todo.
Voc precisa ser muito bonzinho com ele, meu filho. Ele gosta tanto de voc.
Tudo que ele faz para o seu bem. Olhe a, vestiu essa roupa agorinha mesmo,
j est toda suja. Fez seus deveres? Voc vai chegar atrasado. Chora no,
filhinho, mame est aqui com voc. Nosso Senhor no vai deixar doer mais.
Quando voc for grande, voc tambm vai poder. J disse que no, e no,
e no! Ah, assim? Pois voc vai ver s quando seu pai chegar. No fale de
boca cheia. Junte a comida no meio do prato. Por causa disso preciso gritar?
Seja homem. Voc ainda muito pequeno para saber essas coisas. Mame tem
muito orgulho de voc. Cale essa boca! Voc precisa cortar esse cabelo.
Sorvete no pode, voc est resfriado. No sei como voc tem coragem de
fazer assim com sua me. Se voc comer agora, depois no janta. Assim voc
se machuca. Deixa de fita. Um menino desse tamanho, que que os outros ho
de dizer? Voc queria que fizessem o mesmo com voc? Continua assim que eu
lhe dou umas palmadas. Pensa que a gente tem dinheiro para jogar fora? Tome
juzo, menino.
Ganhou agora mesmo e j acabou de quebrar. Que que voc vai querer
no dia de seus anos? Agora no, que eu tenho o que fazer. No fique triste no,
depois mame d outro. Voc teve saudades de mim? Vou contar s mais uma,
que est na hora de dormir. Agora dorme, filhinho. D um beijo aqui - Papai do
Cu lhe abenoe. Este menino, meu Deus...
Menino, de Fernando Sabino.
3.1 A REMISSO
Uma das modalidades de coeso, e a mais importante para desenvolver
uma prova de mltipla escolha, a remisso. Ela se d de duas maneiras:
referenciao anafrica ou catafrica, formando-se cadeias coesivas mais ou
menos longas.
pblico, enfim! Para essas e para outras tantas situaes, usamos o qu? O
texto!! O gnero textual, oral ou escrito escolhido a partir da finalidade do
texto, por isso os exemplos so ilimitados. Se eu vou convidar um amigo
prximo para uma viagem, posso fazer isso oralmente, pelo telefone ou
pessoalmente, posso escrever um bilhete ou mandar uma mensagem informal
via internet, mas no h necessidade de se fazer um ofcio, um e-mail formal!
impossvel quantificar os gneros textuais! Por que isso acontece? Pela sua
natureza, pois depende do objetivo pelo qual eles foram criados, para satisfazer a
determinadas necessidades de comunicao. Assim sendo, podem aparecer ou
desaparecer de acordo com a poca ou as necessidades dos que temos. Por isso,
podemos afirmar que gnero textual uma questo de uso.
Conto de fadas;
Fbula;
Lenda;
Romance;
Conto;
Piada
e outros.
Relato de viagem;
Dirio;
Autobiografia;
Curriculum vitae;
Relato
Notcia;
Biografia;
Relato histrico
e outros.
Texto de opinio;
Carta de leitor;
Argumentativo
Carta de solicitao;
Editorial;
Ensaio;
Resenhas crticas
e outros.
Texto expositivo;
Seminrio;
Conferncia;
Palestra;
Expositivo
Entrevista de especialista;
Texto explicativo;
Relatrio cientfico
e outros.
Receita;
Instrues de uso;
Instrucional Regulamento;
Textos prescritivos
e outros.
Vimos que cada gnero possui sua caracterstica. Ok! Mas importante
destacar que no existe um texto que seja, por exemplo, exclusivamente
argumentativo. Ao afirmar que a carta de leitor argumentativa, as
caractersticas dominantes so levadas em considerao. A bula de um
remdio dominantemente instrucional, mas tem uma parte dela que
expositiva. Para facilitar a aprendizagem, entenda que o gnero textual a parte
concreta, prtica, enquanto a tipologia textual integra um campo mais terico,
mais formal.
Editorial
Artigo de opinio
A charge
Esta charge faz uma crtica tanto desigualdade social quanto crise na
famlia. Observe o plano no verbal e veja como as pessoas esto vestidas, onde
esto, os cartazes na parede. A figura da me est sendo comparada do Papai
Noel e Coelhinho da Pscoa como seres que no existem!
veio tirar o nosso ouro (parte amarela da bandeira) e os rios (parte azul) esto
acabando. Isso sinnimo de progresso? Tal situao atual, recente ou vem
de longa data? sobre isso que o chargista nos leva a refletir.
O leitor pode at achar, em um primeiro contato, que a charge apenas um
texto engraado e inocente, mas no bem assim! Basta uma leitura mais
cuidadosa para perceber que estamos diante de um gnero textual riqussimo,
que critica personalidades, poltica, sociedade, entre outros temas relevantes.
Seu principal objetivo estabelecer uma opinio crtica e, atravs dos elementos
visuais e verbais, persuadir o leitor, influenciando-o ideologicamente.
- Personagens
- Tempo
- Espao
- Narrador
a) Narrador observador:
b) Narrador onisciente:
c) Narrador personagem:
- Enredo
- Discurso
- Linguagem e estilo
a vestimenta com que o autor reveste seu discurso, nas falas, nas
descries, nas narraes, nos dilogos, nas dissertaes ou nos monlogos.
Nos comentrios dos exerccios, irei falar um pouco de cada gnero textual
que for aparecendo nas questes.
4.3 A DESCRIO
Podemos descrever uma pessoa, um lugar, um objeto, mas isso requer uma
cuidadosa observao a fim de tornar sua descrio o retrato fiel do elemento
descrito. No se trata de enumerar uma srie de caractersticas, mas transmitir
sensaes, sentimento, aromas.
Existem duas possibilidades de descrio:
Caractersticas da descrio:
Clarinete (fragmento)
Descrio x Narrao:
olhavam, gesticulavam, ao tempo em que ela olhava s, ora fixa, ora mbil,
levando a astcia ao ponto de olhar s vezes para dentro de si, porque deixava
cair as plpebras; mas, como as pestanas eram rtulas, o olhar continuava o
seu ofcio, remexendo a alma e a vida dos outros.
O autor parou a sua narrativa para nos dar de presente essa descrio mais
minuciosa do personagem. Como no exemplo dado, Machado nos chama a
conhecer traos psicolgicos descritos por ele sobre a baronesa.
A descrio tambm costuma aparecer em textos narrativos jornalsticos,
como em notcias.
Leia:
O AUTO-EXAME PREVINE
O CNCER DE MAMA
NO BANHO
DIANTE DO ESPELHO
DE P
O primeiro desses erros era usar gua da chuva para beber, tomar banho
e cozinhar. Segundo o aviso, A gua da chuva armazenada em casa no pode
ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contm uma alta
concentrao de poluentes atmosfricos, que podem causar mal sade. Essa
gua s indicada para consumo com tratamento qumico, feito somente por
especialistas, no bastando ferver ou filtrar. Por isso, melhor us-la apenas na
limpeza da casa.
Comentrio: ningum vai lavar mil vezes literalmente algo antes de usar,
no ? Essa expresso, mil vezes, uma forma exagerada usada para dar
expressividade e nfase ao texto. Em linguagem figurada, tal recurso chamado
de hiprbole.
GABARITO: A
essa altura, os soldados mais uma vez perderam a calma e quase caram em
desespero.
(Polbio, Histrias)
Comentrio: a nica alternativa que traz uma situao que no pode ser
vista, segundo o texto, como a causa dos problemas enfrentados pelo exrcito
de Anbal a E, pois o nervosismo e o desespero dos saudados foi o resultado
de uma sucesso de problemas, os quais esto relacionados nas alternativas A,
B, C e D.
GABARITO: E
CONSTRUIR A REALIDADE
Jos Antonio Marina
resultados sejam pequenos. Ento, por que continuam lendo? Porque a simples
ideia de que se pode mudar enche o corao de esperana.
Em muitas ocasies, nos sentimos presos realidade, sem poder agir,
limitados pelas contingncias da vida. Felizmente, a inteligncia nos diz que,
dentro de certos limites - a morte um deles -, a realidade no est totalmente
decidida; est esperando que acabemos de defini-la. A realidade no bela nem
feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente, no h
maniquesmo. A vida um conjunto de possibilidades que devem ser
construdas. Por isso, nada definitivo, tudo est por vir. As coisas adquirem
propriedades novas quando vamos em direo a elas com novos projetos.
Observemos essa exploso do real em mltiplas possibilidades. Cada coisa
uma fonte de ocorrncias, cada ponto se converte na interseco de infinitas
retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se desfazem os limites entre o
natural e o artificial. 4
A ma no tem culpa
Comentrio: o autor comea o texto fazendo uma aluso quilo que ser
em seguida. A aluso uma figura de linguagem e faz parte da
intertextualidade. Consiste em uma comunicao sutil entre os textos, na qual
se nota apenas uma leve meno a um outro texto ou a um componente dele.
Diante disso, podemos dizer que, conforme a declarao do Papa, depreende-se
que ele apenas suscitou o tema da homossexualidade de forma discreta e no
incisiva, mas que ainda assim suscitou diversos posicionamentos que foram
explorados ao longo do texto.
GABARITO: B
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca
se fazer amanh aquilo que se pode fazer depois de amanh), no no Brasil
uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. No, mais,
bem mais forte do que qualquer princpio da vontade: um instinto inelutvel,
uma fora espontnea da estranha e surpreendente raa brasileira.
Para o brasileiro, os atos fundamentais da existncia so: nascimento,
reproduo, procrastinao e morte (esta ltima, se possvel, tambm adiada).
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitvel estmulo inibitrio, do
mesmo modo que protegemos os olhos com a mo ao surgir na nossa frente um
foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer
problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo tarde, s
noite; amanh; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que no se confundem, mas
tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoo, o
telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa sria, o pagamento do
imposto de renda, as frias, a reforma agrria, o seguro de vida, o exame
mdico, a visita de psames, o conserto do automvel, o concerto de Beethoven,
o tnel para Niteri, a festa de aniversrio da criana, as relaes com a China,
tudo. At o amor. S a morte e a promissria so mais ou menos pontuais entre
ns. Mesmo assim, h remdio para a promissria: o adiamento bi ou trimestral
da reforma, uma instituio sacrossanta no Brasil.
Quanto morte no devem ser esquecidos dois poemas tpicos do
Romantismo: na Cano do Exlio, Gonalves Dias roga a Deus no permitir que
morra sem que volte para l, isto , para c. J lvares de Azevedo tem aquele
famoso poema cujo refro sintomaticamente brasileiro: Se eu morresse
amanh!. Como se v, nem os romnticos aceitavam morrer hoje, postulando
a Deus prazos mais confortveis.
Sim, adiamos por fora dum incoercvel destino nacional, do mesmo modo
que, por obra do fado, o francs poupa dinheiro, o ingls confia no Times, o
portugus adora bacalhau, o alemo trabalha com um furor disciplinado, o
Palavras
Hier: ontem
Aujourdhui: hoje
Demain: amanh
A nica palavra importante amanh.
Ora, este francs astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a
semana que vem.
O primeiro desses erros era usar gua da chuva para beber, tomar banho
e cozinhar. Segundo o aviso, A gua da chuva armazenada em casa no pode
ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contm uma alta
concentrao de poluentes atmosfricos, que podem causar mal sade. Essa
gua s indicada para consumo com tratamento qumico, feito somente por
especialistas, no bastando ferver ou filtrar. Por isso, melhor us-la apenas na
limpeza da casa.
CONSTRUIR A REALIDADE
Jos Antonio Marina
resultados sejam pequenos. Ento, por que continuam lendo? Porque a simples
ideia de que se pode mudar enche o corao de esperana.
Em muitas ocasies, nos sentimos presos realidade, sem poder agir,
limitados pelas contingncias da vida. Felizmente, a inteligncia nos diz que,
dentro de certos limites - a morte um deles -, a realidade no est totalmente
decidida; est esperando que acabemos de defini-la. A realidade no bela nem
feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente, no h
maniquesmo. A vida um conjunto de possibilidades que devem ser
construdas. Por isso, nada definitivo, tudo est por vir. As coisas adquirem
propriedades novas quando vamos em direo a elas com novos projetos.
Observemos essa exploso do real em mltiplas possibilidades. Cada coisa
uma fonte de ocorrncias, cada ponto se converte na interseco de infinitas
retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se desfazem os limites entre o
natural e o artificial. 4
A ma no tem culpa
Palavras
Hier: ontem
Aujourdhui: hoje
Demain: amanh
A nica palavra importante amanh.
Ora, este francs astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a
semana que vem.
1) D 11) B
2) C 12) D
3) A 13) D
4) A 14) E
5) D 15) A
6) E 16) D
7) E 17) C
8) A 18) A
9) C 19) B
10) A 20) E
Muito bem, alunos, vou parando por aqui. Espero que tenham gostado da
aula e que permaneam firmes comigo nas outras!
At a prxima aula!
Bons estudos!
Abrao,
Rafaela Freitas.