Fruticultura Fruticultura 8 Manga
Fruticultura Fruticultura 8 Manga
Fruticultura Fruticultura 8 Manga
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretria da Educao
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretrio Adjunto
Maurcio Holanda Maia
Secretrio Executivo
Antnio Idilvan de Lima Alencar
SUMRIO
01. Introduo 02
05. Ecologia 18
06. Adubao 21
07. Propagao 24
9. Irrigao do Pomar 32
10. Poda 33
11. Florao 38
12. Doenas 41
13. Pragas 45
14. Colheita e Ps-colheita 47
15. Transporte e Armazenamento 52
CULTURA DA MANGUEIRA
01. INTRODUO.
Em 1998, a manga foi a fruta que mais contribuiu com as exportaes brasileiras
de frutas frescas, e vem mantendo-se nesta posio ficando atrs apenas da ma
(Anurio 2005). O espao conquistado pelo Brasil no mercado internacional de manga
nessa dcada evidencia o potencial da fruticultura tropical como geradora de divisas.
Essa oportunidade fica ainda mais presente se considerarmos o recente crescimento da
demanda mundial de frutas tropicais e suco de frutas (ALMEIDA et al., 2000). Dada a
sua importncia econmica, promovida pelo excelente sabor e valor nutricional, a
manga o stimo produto agrcola mais plantado no mundo e o terceiro mais cultivado
nas regies tropicais, em aproximadamente 94 pases.
Tabela 1. Evoluo da rea plantada de manga no Brasil, por regio, perodo 1990-2000
Regio/An 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
o
Norte 1785 1803 1902 2065 1968 2004 2027 1464 1505 1437 1572
Nordeste 17122 17261 19590 21339 25252 24776 26960 29980 32366 33049 35186
Sudeste 23024 25335 26485 28044 28280 28302 31098 31298 31191 26409 28893
Sul 412 420 445 441 525 519 531 500 564 634 770
Cento- 3202 2442 893 2377 2039 1559 1810 1890 2046 2055 1686
Oeste
Brasil 45545 47261 49315 54266 58064 57160 62426 65130 67672 63584 68107
quase sempre pautados em relaes contratuais bem definidas, entre esses distintos
agentes das cadeias produtivas.
Tabela 2. Nmero de produtores por estrato de rea cultivada com manga no Nordeste, ano 2001.
Estados 0 a 3 H 3 a 10 Ha 10 a 50 Ha 50 a 100 Ha Mais de 100 Ha
Produtor rea Produtor rea Produtor rea Produtor rea Produtor rea
Alagoas 2614 1607,1 21 116 6 148 1 110
Maranho 33 37 1 8 3 100
Fig. 1. Mangueira adulta em fase de florao. Foto: Francisco Pinheiro Lima Neto.
Propriedades Nutricionais
Propriedades Medicinais
Valor Calrico
Maturao
A manga boa para consumo deve estar macia quando apertada com os dedos,
mas sem que a casca se rompa pela presso. No deve apresentar machucados,
rachaduras ou estar melada.
DOS FRUTOS
Forma Varivel: geralmente redondos Sempre algo achatado, mais
no corte transversal, podendo longo que largo.
ser alongados.
Cor Geralmente amarelados, com
Geralmente amarelo-
uma placa vermelha quandoesverdeados quando
maduros ou totalmente
maduros e, raramente de cor
avermelhados. vermelha.
Fibra Podem ter ou no. Geralmente no apresentam
fibras.
Sabor Doces e poo cidos, com Doces e subcidos,
Grupo A:
Grupo B:
Grupo C:
Considerando-se que a
mangicultura uma
atividade perene, em
que os pomares
podero ter 20 anos ou
mais de vida til, bem
como, o grande
nmero de variedades
lanadas
periodicamente, a
escolha correta da
variedade um fator
fundamental para o
sucesso do
empreendimento. Entre
as caractersticas consideradas ideais em uma variedade de mangueira, Meio Nunes
(1995), relaciona:
Fruto
Tamanho Peso Forma Cor Sabor Fibra
Varieda (g) (1) (2)
de
Edward Grande 480 Oval-oblonga amarelo-laranja E S
+ rseo
Hadem Grande 480 Ovada- amarelo vivo + E PeT
condiforme prpura
Irwin mdio 340 Oblonga e amarelo-laranja B S
comprimida + vermelho
lateralmente
Keitt muito 600 Oval-alongado, amarelo- B P
grande gorda espessa esverdeada
Kent muito 550 Ovalada e espessa verde-amarela + E PeT
grande camensin
Palmer muito 520 Alongada e cheia laranja-amrelada M PeT
grande + vermelho
Ruby pequeno 240 Ovalada, amarelo-laranja B S
alongada e fina + vermelho
Sensati mdio 300 Oval amarelo + B P
on vermelho
Tommy muito 580 Oval-ablonga amarelo- B FeA
Atkins Grande laranjada +
vermelho
Van mdio 350 Redonda ovalada amarela + laivos B G
Dyke vermelhos
Zill mdio 340 Ovalada com bico amarelo + E S
saliente vermelho
(1) Sabor: (2) Quantidade de fibras:
E = Excelente A=Abundante
B=Bom F=Finas
M=Mdio G=grossas
T = Tenras P=Poucas
S=ausentes
2 - Pouco suscetvel.
3 - Tolerante.
05. ECOLOGIA.
5.1 Clima
5.1.2 Temperatura do ar
5.1.3 Unidade do ar
5.2 Solo
06. ADUBAO.
07. PROPAGAO.
7.9 Repicagem
A mangueira pode ser enxertada durante todo o ano, desde que se disponha de
porta enxertos aptos enxertia, garfos maduros, borbulhas intumescidas e no brotadas.
Devem-se evitar os perodos chuvosos, uma vez que essa condio reduz,
sensivelmente, a percentagem de pegamento.
Observadas as prticas culturais relacionadas com a conduo da sementeira e
do viveiro, 6 a 8 meses aps a repicagem das mudinhas para os sacos de plstico, elas
alcanam o dimetro aproximado de um lpis e adquirem condies de serem
enxertadas. Duas semanas antes da enxertia, deve se irrigar o viveiro em dias alternados,
de preferncia tarde. Com essa prtica, a seiva circular com abundncia,
possibilitando maior percentagem de pegamento. Se as plantas-matrizes estiverem
prximas ao local de enxertia, os ramos com borbulha podero ser colhidos um dia
antes. No entanto, se vierem de longe, convm fazer a imerso de suas extremidades em
parafina. Pode-se, tambm, acondicionar os ramos em recipientes contendo serragem
mida e conserv- los em local fresco e sombreado. Geralmente, colocam-se os garfos
envolvidos em folhas de jornal midas e dentro de sacos de plstico. Assim, os garfos
so conservados por volta de 5 dias.
de maneira que, no campo, o controle biolgico assuma importncia cada vez maior no
controle das pragas da cultura. Com alguns cuidados e a introduo de certas prticas,
possvel melhorar a qualidade e o rendimento, sem alterar custos.
ramificao por planta (rabo de porco). Em certos casos, torna-se necessrio at duas
linhas de gotejadores por fileira de plantas.
10. PODA.
A poda da mangueira tem como principais objetivos orientar a forma das plantas
em funo do meio, espcie, vigor da variedade e do porta-enxerto; manter um
crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes partes da planta; conservar o
equilbrio entre razes e a parte area, para regular o vigor e a produo das plantas e
facilitar a aerao e iluminao da copa.
a) Poda de limpeza - Consiste na remoo dos ramos secos e doentes da planta, como
tambm, daqueles com frutificao tardia, e dos restos de colheita. Deve ser realizada
rigorosamente uma vez ao ano e tem como objetivos, eliminar material doente ou
infectado, especialmente com Fusarium e Lasiodiploidia; obter material produtivo, ou
seja, gemas apicais, homogneas em idade e capacidade produtiva, para produo no
ano seguinte; alm de material bem localizado em relao exposio ao sol
(necessrio para o amadurecimento das gemas e para o colorido dos frutos), como
tambm, dispor de rvores mais baixas e com copa mais adequada aos diversos
manejos.
Quando a poda ps-colheita/limpeza no feita, tem-se que esperar a brotao
expontnea da planta, o que pode atrasar ou inviabilizar a produo do ano seguinte.
d) Poda lateral - a poda que se efetua para manter um espaamento adequado entre
as fileiras de plantas, e que vai permitir a passagem de mquinas e veculos, e
facilitando o processo de pulverizaes, colheitas, etc. comum deixar que a rua entre
plantas corresponda a 45% do espaamento entre fileiras. Exemplo: um espaamento
de 8,0m x 5,0m deve ter uma rua com largura de 3,6m (45%) (Fig. 13c).
e) Poda de topo - a poda efetuada para manter a altura da planta num limite adequado
conduo do pomar. Normalmente, considera-se como ideal, uma altura mxima igual
a 55% do espaamento entre fileiras da planta, ou seja, num espaamento de 8,0m x
5,0m, a altura mxima da planta deve ser de 4,4m (55%) (Fig. 13d).
f) Poda de equilbrio - Esta poda se faz nas rvores que j alcanaram sua maturao
fisiolgica, com a finalidade de balancear o equilbrio entre a produo de frutos e a
folhagem da planta. Durante os primeiros anos da mangueira, existe uma estreita
relao entre o incremento da folhagem e a produo de frutos; esta relao vai se
modificando com os anos, at alcanar um ponto em que os novos incrementos da
folhagem no contribuem para aumentar a produo de frutos e sim, reduzi-la. Essas
perdas da eficincia produtiva da planta podem ser minimizadas por meio da poda da
folhagem. No primeiro ano de execuo, a poda da folhagem limita-se ao raleio de
ramos que se localizam ao redor e no centro da copa da planta, e que comprometem a
adequada aerao e iluminao. O melhor momento para executar essa prtica
imediatamente aps a colheita dos frutos. A vegetao dos ramos e os brotos de folhas
jovens, que normalmente contm de 3 a 5 folhas, tambm devem ser raleados at
ficarem com uma ou duas folhas sadias. Nos anos seguintes, a poda de equilbrio limita-
se ao raleio de folhas que se localizam nos brotos novos, entre 4 e 5 meses antes da
Curso Tcnico em Fruticultura Cultura da Mangueira Pgina 35
Escola Estadual de Educao Profissional [EEEP] Ensino Mdio Integrado Educao Profissional
10.3 Desfolha
11. FLORAO.
A possibilidade de produo durante o ano todo o que desperta o maior
interesse na explorao da mangueira, nas condies do semirido brasileiro, e a
informao de que todo fator que reduz o vigor vegetativo sem alterar a atividade
metablica, favorece a florao, o que vem orientando os trabalhos para produo de
manga, visando atender todos os mercados disponveis.
O frio e o estresse hdrico so condies naturais que induzem a paralisao do
crescimento vegetativo da mangueira, nas condies de clima subtropical e tropical,
respectivamente. A ocorrncia de temperaturas baixas, nas condies subtropicais,
define o perodo de florao e produo da mangueira.
O primeiro passo no processo de induo floral da mangueira, nas condies
tropicais semi-ridas, visa cessar o crescimento vegetativo. Nesta regio, pode-se
preparar a planta para florir atravs do manejo da irrigao. O mtodo consiste na
reduo gradual da quantidade de gua, visando uma maturao mais rpida e uniforme
dos ramos; quando bem conduzido e dependendo do estado nutricional da planta, deve
permitir o efeito desejado em 30 a 70 dias. O grande inconveniente deste mtodo que
restringe a produo a um determinado perodo do ano.
Os trabalhos testando o paclobutrazol (PBZ), como regulador do crescimento
vegetativo da mangueira, foram iniciados com o objetivo de desenvolver um manejo da
florao da cultura, que permitisse a produo de manga em qualquer poca do ano. O
PBZ regula o crescimento vegetativo da mangueira, atravs da inibio da sntese das
giberelinas e a forma de aplicao mais eficiente feita atravs da diluio do produto
em um ou dois litros de gua, que depois despejado, junto ao colo ou na projeo da
copa (Fig. 16). importante que esta rea seja irrigada normalmente, depois da
aplicao, pois a gua que leva o produto at as razes, para ser absorvido pelas
plantas. O PBZ deve ser aplicado planta, depois da emisso de, pelo menos dois
fluxos vegetativos, aps a poda ps-colheita (Fig. 17).
Fotos: Embrapa Semi-rido
pois chuvas intensas levam o produto das folhas para o solo prximo ao sistema
radicular da planta, podendo provocar uma brotao vegetativa indesejvel.
Modelo A
- duas a trs pulverizaes, com sulfato de potssio (2 a 2,5%), com intervalo de 12
dias, quando as plantas estiverem no primeiro ou segundo fluxo de brotao vegetativa,
depois da poda ps-colheita;
- uma a duas pulverizaes com ethephon (200 a 300 ppm), com intervalo de 12 dias,
devendo-se iniciar aps a ltima do sulfato de potssio;
- reduo da lmina de gua, com monitoramento para que no haja amarelecimento e
queda das folhas, at a maturao do primeiro fluxo foliar;
- pulverizaes com nitrato de potssio (3% a 4%), alternando ou no com o nitrato de
clcio (2%), para estimular a brotao das gemas.
Modelo B
- aplicao de PBZ (~0.5 g ia/ m de dimetro de copa - 1 ano de aplicao);
- duas a trs pulverizaes, com sulfato de potssio, no intervalo de 12 dias e a partir
dos 30 a 40 dias da aplicao do PBZ;
- reduo da lmina de gua, aos setenta dias da aplicao do PBZ;
- pulverizaes com nitrato de potssio (3% a 4%), alternando ou no com o nitrato de
clcio (2%).
O manejo da florao de um pomar, quando a induo (quebra de dormncia das gemas)
est programada para o perodo mais quente, onde h a ocorrncia de temperaturas
noturnas e diurnas superiores 25C/35C respectivamente, e que corresponde ao
perodo de outubro a abril, pode ser conduzido da seguinte forma:
Modelo C
- aplicao do PBZ (0.7g ia/ m de dimetro de copa - 1 ano de aplicao);
- trs pulverizaes com sulfato de potssio (intervalo de 12 dias), iniciando aos 30 dias
da aplicao do PBZ;
- reduo da lmina de gua, aos 80 dias aps a aplicao do PBZ;
- duas pulverizaes com ethephon, com intervalo de 12 dias, iniciando 12 dias aps a
ltima pulverizao com sulfato de potssio;
- pulverizaes com nitrato de potssio (3% a 4%), alternando ou no com o nitrato de
clcio (2%).
A eficincia dos modelos para o manejo da florao da mangueira, vai depender do
estado nutricional e fitossanitrio do pomar.
12. DOENAS.
Antracnose
Sintomas - nas folhas novas a doena causa pequenas manchas arredondadas, de
colorao marrom, causando deformao da folha que fica retorcida, necrosada e com
rupturas na rea lesionada. No raque da inflorescncia e suas ramificaes aparecem
manchas de colorao marrom escura, profundas e secas. Os frutos menores tornam-se
manchados e caem antes de completar a maturao fisiolgica. Nos frutos maiores as
manchas so negras, deprimidas, s vezes, com pequenas rachaduras.
Controle - Maior espaamento; podas leves; podas de limpeza; instalao de pomares
em regies com baixa umidade e induo de florao para produo em pocas
desfavorveis ao patgeno, pulverizaes quinzenais de Benomil a 0,03% e semanais
com Mancozeb a 0,16% ou Captafol a 0,25%. As pulverizaes devem ser feitas desde
o incio do florescimento at que os frutinhos estejam formados.
Seca da Mangueira
Sintomas - Secamento parcial ou total da copa da rvores; provoca a morte das plantas
em qualquer idade. Normalmente observa-se um ramo seco, como se tivesse queimado
pelo fogo.
Controle - Eliminao das plantas doentes, eliminao do galho afetado 40 cm abaixo
da regio de contraste dos tecidos sadio/doente, desinfestao da ferramenta utilizada
para as podas com uma soluo de Hipoclorito de sdio a 25, proteo das partes
cortadas com o pincelamento de uma pasta feita com fungicida base de cobre.
Odio
Sintomas - As folhas, inflorescncias e frutinhos novos ficam recobertos por um p
branco acinzentado; nas folhas novas causa deformaes, crestamento e queda e nas
folhas velhas e nos frutos desenvolvidos ocasionam manchas irregulares.
Controle - O controle qumico o mais recomendado - Tiofanato metlico, Dinocap,
Oxitroquinox e os fungicidas base de enxofre. A recomendao mais econmica e que
tem surtido bons efeitos a de trs aplicaes de enxofre em polvilhamento: antes da
abertura das flores, aps a queda das ptalas e no pegamento dos frutinhos.
Mancha angular
Sintomas - A doena causada por uma bactria. Nas folhas, causa manchas angulares
delimitadas pelas nervuras de colorao parda-escura e envoltas por um halo amarelo.
Com o tempo, as reas lesionadas caem deixando a folha com vrios orifcios. Nos
ramos causa murchas e seca. Nas inflorescncias causa grandes leses negras e
alongadas nos eixos primrios e secundrios com rachaduras dos tecidos. As leses nos
frutos racham e observa-se uma acentuada queda de frutos.
Controle - Em regies em que a bactria atua severamente, as pulverizaes devem ser
preventivas durante o fluxo de vegetao e no florescimento e intervalos quinzenais. Os
melhores produtos tem sido oxicloretos de cobre mais leo mineral, aplicados nas horas
menos quentes.
Murcha de esclercio
Sintomas - Esta doena, causada por um patgeno de solo, o corre esporadicamente em
sementeiras, causando murcha inicial, secamento e morte das plantinhas. Quando existe
excesso de umidade, a doena pode causar a perda total dos porta-enxertos de uma
sementeira. O primeiro sinal da doena um miclio cotonoso areo, bastante branco,
que recobre a rea do caule mais prximo ao solo. Posteriormente, o miclio vai se
tornando marrom e nota-se os pontos escuros redondos como sementes de couve que
permanecem aderidos ao caule ou na superfcie do solo. As plantas comeam a murchar,
os tecidos do caule tornam-se trgidos e morrem uma semana aps o incio do ataque.
Controle - suspender a gua de rega e faz-la de maneira mais racional, at deixando a
sementeira sofrer stresses da seca, prover a sementeira de sistemas de drenagem; evitar
o uso de irrigao por inundao, pois a gua carrega os esclerdios de uma rea para a
outra. O Controle qumico pode ser feito utilizando-se produtos base de Penta-
cloronitrobenzeno ou Bicloreto de mercrio (1:2.000), em rega sobre o solo da
sementeira.
13. PRAGAS.
Aspecto das lenticelas: apresentam cor branca e se tornam mais fechadas e visveis;
Forma do pice: torna-se menos agudo e mais arredondado;
Conformao do ombro: na fruta madura, a regio superior da fruta forma um ngulo
agudo com o pednculo.
Em algumas variedades, tambm possvel se verificar a formao de uma estrutura
mais pontiaguda (.bico.) no pice da fruta.
Alm das diferenas entre variedades, importante mencionar tambm que
fatores externos (clima, por exemplo) ou relativos ao manejo (arquitetura da planta,
densidade foliar, entre outros) podem interferir nestes indicadores fsicos, dificultando a
precisa definio da colheita por parte do trabalhador rural. Podem ocorrer situaes,
por exemplo, em que frutas da mesma variedade, apresentando formato e enchimento do
ombro diferentes, tenham concludo o amadurecimento (Fig. 27).
Fig. 29. Danos causados por frio (A) e pelo tratamento hidrotrmico (B) em manga
imatura.
2. SERVIOS
Kg
Adubo orgnico m3 15,00 15 225,00 15 225,00 15 225,00
(esterco)
Adubo qumico Kg 0,41 990 405,90 1.195 489,95 1.225,00 502,25
Adubo foliar L 6,96 17 118,32 27 187,92 33 229,68
Tutores Un - - - - - - -
Espalhante adesivo L 4,50 3 13,50 5 22,50 7 31,50
Fungicidas Kg 7,23 31 224,13 45 325,35 57 412,11
Inseticida L 15,50 9 139,50 12 186,00 15 232,50
Formicida Kg 1,80 - - - - - -
Cobertura morta t 20,00 8 160,00 8 160,00 8 160,00
gua Mil m3 27,88 14 390,32 16 446,08 16 446,08
Indutor floral L 250,00 2,5 625,00 4 1.000,00 5 1.250,00
(hormnio)
Indutor floral (sal) Kg 1,36 200 272,00 300 408,00 350 476,00
Escoras Un 0,25 1.500 375,00 2.000 500,00 2500 625,00
Sub Total 2.968,67 3.970,80 4.585,12
Participao 64,59% 67,14% 67,57%
Percentual
2. SERVIOS
Adubao de DH 9,72 16 155,52 16 155,52 16 155,52
cobertura
Pulverizao HM 30,00 15 450,00 20 600,00 24 720,00
mecnica
Roagem manual e DH 9,72 30 291,60 30 291,60 34 370,00
poda
Irrigao DH 9,72 12 116,64 12 116,64 12 116,64
Roagem Mec. e HM 30,00 8 240,00 9 270,00 10 300,00
Transp. Interno
Colocao de DH 9,72 12 116,64 12 116,64 12 116,64
cobertura Morta
Aplicao de indutor DH 11,66 2 223,33 2 23,33 2 23,33
floral
Escoramento DH 9,72 12 116,64 20 194,40 25 243,00
Colheita DH 9,72 12 116,64 18 174,96 20 194,40
Observao:
Espaamento: 8,0 x 5,0 metros , Sistema de irrigao localizada;
produtividade plena alcanada a partir do sexto ano e est em torno de 25 toneladas
por hectare, entretanto a partir do quarto e quinto j se registram produtividade
significativas com respectivamente 15 e 20 toneladas/ha. A data da elaborao da
planilha foi janeiro de 2002 e a unidade monetria utilizada, o real (R$). No valor da
mo-de-obra esto includos os custos sociais (encargos).
16.2 Rentabilidade.
A anlise da atividade econmica, atravs dos custos de produo, uma grande
contribuio para a tomada de decises na empresa agrcola. No momento econmico
em que vive o pas, com o fim do subsdio e incentivos e a globalizao da economia,
intensifica-se a necessidade de buscar informaes mais confiveis para tornar-se mais
competitivo no mercado.
De acordo com estudos realizados pela Embrapa Semirido, na caracterizao do
sistema de produo da mangueira na regio, a produtividade mdia, j estabilizada,
de 25 toneladas por hectare (dos seis aos vinte anos de cultivo). Considerando que o
preo mdio anual de comercializao da manga, do plo de produo em anlise, de
R$ 0,50/kg, pode-se considerar que o valor bruto mdio da produo em um hectare em
plena produo de R$ 12.500,00.
Em uma anlise mais precisa da rentabilidade econmica da explorao da
mangueira no semirido, pode-se adicionar o custo indireto da manuteno de um
hectare de manga, ao total dos insumos e servios de um ano em plena produo (6 ano
da tabela 11); esse custo que corresponde ao valor de 9,33% do total dos operacionais,
cobre os gastos com administrao, depreciao dos equipamentos utilizados, impostos
e outras taxas. Com a incorporao deste novo item, o custo total aproximado de um
hectare de manga, em produo plena, na regio do semirido, fica ao redor de R $
7.418,13. Considerando o valor bruto mdio da produo comercial de manga, em um
hectare (receita bruta total) e os custos totais de manuteno do mesmo, constata-se que
a explorao da manga na regio apresenta resultados economicamente satisfatrios em
diversos ndices de eficincia econmica (Tabela 12). A taxa de retorno de 0,68%,
situao que indica que para cada R$1,00 real empregado no custo total de manuteno
de um hectare de mangueira, tem-se um retorno de R$ 1,68. O ponto de nivelamento
tambm confirma o razovel desempenho econmico da cultura analisada, pois ser
necessrio uma produtividade de apenas 14.836 kg/ha para a receita se igualar aos
custos. Este mesmo desempenho pode ser observado no resultado da margem de
segurana, que corresponde a - 0,41, condio que revela que para a receita se igualar
despesa, a quantidade produzida ou o preo de venda do produto pode cair em 41%.
Notas:
(A) Produtividade media anual de um hectare de manga em plena produo
(B) Valor bruto da produo: Preo x Quantidade comercial produzida
(C) Custos totais efetuados para a obteno da produo
(P) Preo mdio anual da manga de mesa no mercado interno R$/kg (R$/kg 0,50)
3 Payback
NOTAS:
(1) Valores dos custos de cada ano
(2) Produo do ano X o preo de venda.
(3) Valores lquidos: receitas menos despesas.
(4) Valores lquidos descontados taxa de 10%, clculos utilizando o
fator FVn
(1+i)
Tabela 4. Avaliao do investimento de um hectare de manga na regio semi-rida
atravs do mtodo Payback.
Custos Receitas Fluxo de caixa Fluxo de caixa
operacionais operacionais acumulado
0 2.980,54 - (2.980,54) (2.980,54)
1 2.347,59 - (2.347,59) (5.328,13)
2 2.737,26 - (2.737,26) (8.065,39)
3 4.595,68 7.500,00 2.904,32 (5.161,07)
4 5.913,89 10.000,00 4.086,11 (1.074,96)
5 6.785,13 12.500,00 5.714,87 4.639,91
Terra adorada,
Entre outras mil,
s tu, Brasil,
Ptria amada!
Dos filhos deste solo s me gentil,
Ptria amada, Brasil!