Empreendendorismo
Empreendendorismo
Empreendendorismo
Graduao
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pr-Reitor de Administrao
Wilson de Matos Silva Filho
Pr-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cludio Ferdinandi
Empreendedorismo
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo.
A partir da anlise dos autores que discorrem sobre o tema, possvel compreender
a importncia de aproveitar os funcionrios com caractersticas empreendedoras no
processo de inovao, tanto de produtos e servios como de processos, possibilitan-
do a construo de uma vantagem competitiva. E ainda, verifica-se a possibilidade
de estimular a formao empreendedora dentro das organizaes com essa viso.
Outro aspecto importante levantado com o estudo do intraempreendedorismo o
domnio empreendedor, que auxilia muito quanto a estratgias arrojadas, assuno
de riscos e o reconhecimento de oportunidades para a organizao. Para tanto,
preciso construir um processo de gesto empreendedora que valorize e estimule o
intraempreendedorismo por meio do gerenciamento da cultura empreendedora e
do marketing empreendedor.
Na unidade IV, so apresentadas as bases para a elaborao de um plano de neg-
cios. Considerando que no planejamento que se sustentam as histrias de maiores
sucessos de empreendedorismo, por meio do plano de negcios que se verifica
a viabilidade do empreendimento, contribuindo tambm para a anlise dos riscos
assumidos pelo empreendedor.
Nessa unidade, possvel identificar cada uma das partes que compem um plano
de negcio, bem como a dinmica de sua elaborao. Tambm possvel compre-
ender a importncia do plano de negcios para oferecer credibilidade ao empre-
endimento, facilitando desde a busca por financiamento, at a busca por parcerias
interessantes.
Na unidade V, elaboramos um texto com o objetivo de evidenciar as prticas em-
preendedoras, por isso as estratgias empreendedoras foram discutidas a partir dos
casos prticos apresentados.
Assim, nessa unidade possvel compreender o conceito e o contexto de uma ges-
to estratgica, para ento conhecer alguns casos de estratgias empreendedoras
bem-sucedidas e tambm de fracasso. O que possibilita uma reflexo sobre as prin-
cipais causas de fracasso e de sucesso nos empreendimentos.
8-9
Dessa forma, buscamos passar pelos principais aspectos que compem o empreen-
dedorismo, oferecendo uma viso abrangente quanto ao todo e especfica quanto
s especificidades de cada situao. Isso tudo com o intuito de fornecer informaes
que funcionam como suporte na formao empreendedora de nossos alunos.
Esperamos assim, contribuir para possibilitar a transformao das ideias geradas
durante a vida acadmica, pessoal e profissional em oportunidades de sucesso e
realizao, como verdadeiros empreendedores que vamos nos tornando a cada dia
mais.
Bom estudo a todos!
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sumrio
UNIDADE I
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
17 Introduo
23 Tipos de Empreendedorismo
31 Consideraes Finais
UNIDADE II
O EMPREENDEDOR
37 Introduo
47 O Processo Empreendedor
54 A Formao do Empreendedor
56 Consideraes Finais
sumrio
UNIDADE III
63 Introduo
63 Intraempreendedorismo
68 Cultura Organizacional
72 Gesto Empreendedora
74 Marketing Empreendedor
76 Consideraes Finais
UNIDADE IV
81 Introduo
135 Introduo
159 Concluso
163 Referncias
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
INTRODUO AO
I
UNIDADE
EMPREENDEDORISMO
Objetivos de Aprendizagem
Conceituar e contextualizar o empreendedorismo.
Compreender os tipos de empreendedorismo.
Conhecer o Franchising como forma de empreender.
Estabelecer a importncia socioeconmica do empreendedorismo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Definio e histria do empreendedorismo
Tipos de empreendedorismo
Franchising como forma de empreendedorismo
O papel social e econmico do empreendedorismo
16 - 17
Introduo
Introduo
I
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Movimento de racionalizao
do trabalho: foco na gerncia
administrativa.
Movimento das
relaes humanas:
foco nos processos.
Movimento dos
sistemas abertos:
foco no planejamento
estratgico.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Movimento das
contingncias
ambientais: foco
na competitividade
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
18 - 19
como aquele que destri a ordem econmica existente pela introduo de novos
produtos e servios, pela criao de novas formas de organizao ou pela explo-
rao de novos recursos e materiais. Esse conceito est diretamente ligado ao
empreendedorismo interno s organizaes.
Para Robbins (2005, p.10), empreendedorismo uma caracterstica que
envolve iniciar um negcio, organizar os recursos necessrios e assumir seus
respectivos riscos e recompensas.
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Idade Richard Cantillon - pessoa que assume riscos diferente da que fornece o capital.
Mdia
Sculo Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuzo) em um contrato de valor fixo com o
XVII governo.
1725 Richard Cantillon - pessoa que assume riscos diferente da que fornece o capital.
Francis Walker - distinguiu entre os que forneciam fundos e aqueles que obtinham lucros
1876 com atividades administrativas.
1934
Joseph Schumpeter - o empreendedor inovador e desenvolve tecnologia que ainda no
foi testada.
1961 David McClelland - o empreendedor algum dinmico que corre riscos moderados.
1975 Albert Shapero - o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos sociais e
econmicos e aceita riscos de fracassos.
1980 Karl Vesper - o empreendedor visto de modo diferente por economistas, psiclogos,
negociantes e polticos.
1983
Gifford Pinchot - o intra-empreendedor um empreendedor que atua dentro de uma
organizao j estabelecida.
1985 Robert Hisrich - o empreendedorismo o processo de criar algo diferente e com valor,
dedicando o tempo e o esforo necessrios, assumindo riscos financeiros, psicolgicos e
sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfao
econmica e pessoal.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
20 - 21
De acordo com Shapero (1975, apud HISRISH; PETERS, 2004, p. 29), apesar das
diferentes definies sobre o empreendedorismo, quase todas elas incluem: (1)
Tomar iniciativa; (2) Organizar e reorganizar mecanismos sociais e econmi-
cos a fim de transformar recursos e situaes para proveito prtico; (3) Aceitar
o risco ou o fracasso.
No Brasil, o movimento do empreendedorismo comeou a tomar forma em
1990, quando foram criadas entidades como o SEBRAE (Servio Brasileiro de
Apoio Micro e Pequenas Empresas), e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para
Exportao de Softwares). Antes desse perodo no havia condies polticas e
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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
RELATRIO GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR - GEM 2010
Disponvel em: <www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas/
temas-estrategicos/empreendedorismo/relatorio_executivo.pdf>. Acesso
em: 20 abr. 2012.
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dirigido a mais de 6 milhes de empreendedores, e destinando recursos
financeiros e operaes de crditos para estmulo ao empreendedorismo.
P
rogramas do Sebrae: EMPRETEC e Jovem Empreendedor, voltados
capacitao do empreendedor.
C
riao de vrios cursos e programas universitrios para o ensino do
empreendedorismo.
1 999 a 2000 houve o movimento de criao das empresas ponto com do
pas que, apesar de ter sido pontual, trouxe grande contribuio para dis-
seminao do empreendedorismo local.
C
rescimento das incubadoras de empresas no pas. Em 2004, a Anprotec
(Associao Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
de Tecnologia Avanadas) j apontava a existncia de 280 incubadoras,
com mais de 1700 empresas incubadas, gerando mais 28 mil postos de
trabalho.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
22 - 23
Tipos de Empreendedorismo
Tipos de Empreendedorismo
I
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em novos negcios. Sua maior habilidade de identificar oportunidades
e no descansar enquanto no conseguir viabilizar sua implementao.
O
empreendedor corporativo so geralmente grandes executivos, assu-
mem riscos e possuem grande habilidade de comunicao e negociao,
j que quase sempre no possuem 100% de autonomia para a ao.
O
empreendedor social tem como misso de vida a construo de um
mundo melhor para as pessoas. um empreendedor como os outros, com
a diferena que no busca construir um patrimnio prprio, mas prefere
compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento humano.
O
empreendedor por necessidade cria seu prprio negcio porque
no tem outra alternativa, est fora do mercado de trabalho e no resta
outra opo a no ser trabalhar por conta prpria. So vtimas do modelo
capitalista atual e no tem acesso formao, recursos e a uma maneira
estruturada de empreender, por isso normalmente trabalha na informa-
lidade e de maneira pouco planejada, o que favorece o no sucesso do
empreendimento.
O
empreendedor por herdeiro (sucesso familiar) herdam o negcio da
famlia e normalmente aprendem cedo a ter responsabilidades e como o
negcio funciona. Atualmente a famlia tem se preocupado com a pre-
parao do sucessor familiar e com a profissionalizao da gesto.
O
empreendedor normal (planejado) esse o empreendedor que faz
a lio de casa buscando minimizar os riscos do negcio por meio do
planejamento de suas aes. Como o planejamento tem sido um pr-re-
quisito para os empreendedores com histria de sucesso, acredita-se ser
normal a sua utilizao, embora no seja o caso da maioria.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
24 - 25
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cidade e outras formas de assistncia tcnica e de marketing.
Apresentar um negcio baseado
Realizar o investimento necessrio.
em um know-how distintivo com uma
vantagem competitiva diante da
Fazer os pagamentos acordados.
concorrncia.
Transmitir o know-how aos
Cumprir as regras da rede sobre
franqueados por meio de manuais e a forma de operao e garantir
programas de formao. a uniformidade do servio.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
26 - 27
PORTAL DO FRANCHISING
A PLATAFORMA OFICIAL DA ASSOCIAO NACIONAL DE FRANCHISING
NO BRASIL
Disponvel em: <www.portaldofranchising.com.br/site/content/home>.
Acesso em: 20 abr. 2012.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vantagens Desvantagens
Gerar rendimento dos royalties e das taxas Potenciais atritos com os franqueados, em
de franquia sem investir em novas particular quando violam termos do contrato.
instalaes.
Acesso a ideias e sugestes
Vantagens Desvantagens
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territoriais exclusivos.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
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caractersticas:
O
objetivo de difundir as polticas de desenvolvimento local por meio do
empreendedorismo.
O
foco no maior desenvolvimento econmico e social em nvel local cujo
lcus so as agncias e fruns de desenvolvimento local.
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de sucesso de cada empreendimento. Assim, possvel gerar trabalho e renda e
atuar por meio de uma conduta sustentavelmente comprometida.
<http://www.josedornelas.com.br/artigos/video-inspirador-para-quem
-pensa-em-empreender/> .
<http://www.josedornelas.com.br/artigos/empreendedorismo-na-pratica
-em-araxa/>.
<http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/289/276>.
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
30 - 31
Consideraes Finais
Consideraes Finais
1. P
ara Hisrich e Peters (2004, p. 26), na traduo literal, a palavra fran-
cesa entrepreuneur significa aquele que est entre ou intermedirio.
A partir das demais definies apresentadas, elabore com suas pala-
vras uma definio para o empreendedorismo.
2. As franquias tm se apresentado como uma importante forma de
empreendedorismo, uma vez que significam uma reduo nos ris-
cos assumidos por parte daquele que resolve empreender o negcio.
Relacione os principais motivos pelos quais os riscos do empreende-
dor podem ser diminudos quando o novo negcio for uma franquia.
3. V
rios autores apontam o empreendedorismo como movimento
propulsor do desenvolvimento de uma nao. Elabore uma anlise
relacionando as principais contribuies do empreendedorismo quanto
aos aspectos econmicos, sociais e ambientais do desenvolvimento.
32 - 33
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
I
INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
II
UNIDADE
O EMPREENDEDOR
Objetivos de Aprendizagem
Identificar as principais caractersticas que compem o perfil
empreendedor.
Conhecer os mitos sobre o empreendedorismo.
Conhecer o Processo empreendedor.
Analisar o processo de gerao de ideias e de identificao de
oportunidades.
Discutir a formao do empreendedor..
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Caractersticas e perfil empreendedor
Mitos sobre o empreendedorismo
O processo empreendedor
Gerao de ideia e identificao de oportunidades
A formao do empreendedor
36 - 37
Introduo
Caro aluno, nesta unidade voc estudar a figura do empreendedor. Nela discuto
as principais caractersticas que compem o perfil empreendedor na viso dos
autores estudados. Por meio dessa discusso conseguiremos entender o empre-
endedor como um ser integrador e realizador.
Discutiremos ainda, alguns mitos que dificultam a atuao do empreendedor
e, a partir disso, apresentar a realidade que contesta cada um deles, contribuindo
mais uma vez para a profissionalizao do processo empreendedor.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
II
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
transform-las em negcios de sucesso. Por isso, preciso muita energia, perse-
verana e uma dose de paixo para vencer os obstculos e continuar em frente.
Sabemos que os empreendedores possuem caractersticas de comportamento
e habilidades comuns, por isso comum que os autores classifiquem algumas
caractersticas como pertinentes aos empreendedores. No entanto, importante
destacar que no existe um modelo pronto, de maneira que todo empreende-
dor tenha que, obrigatoriamente, ter todas as caractersticas classificadas como
empreendedoras.
Quando nos referimos s cincias sociais
aplicadas, que o grupo pertencente aos
estudos sobre gesto e empreendedorismo,
precisamos compreender que o contexto
social no permite uma receita ou modelo
pronto, na maioria das vezes. Por isso, pre-
cisamos reconhecer que essas caractersticas
costumam ser identificadas em pessoas com
perfil empreendedor, mas no implica que
todos os empreendedores precisem possuir
todas elas.
Para Stoner e Freeman (1999, p. 119),
algumas pesquisas tm mostrado que fato-
res psicolgicos e sociolgicos, alm de
competncias especficas, so caractersti-
shutterstock cas dos empreendedores.
O EMPREENDEDOR
38 - 39
Segundo Stoner e Freman (1999), uma pesquisa realizada por Begley e Boyd
identificou cinco dimenses psicolgicos dos empreendedores:
N
ecessidade de realizao: os empreendedores possuem um estmulo
social para se superar, que algumas vezes reforado por fatores culturais.
Localizao do controle: a ideia de estar no controle da prpria vida.
T
olerncia ao risco: os empreendedores que correm riscos moderados
aparecem no topo das listas de sucesso, mais do que os que no correm
risco ou correm riscos extravagantes.
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T
olerncia ambiguidade: em funo da busca por inovao, os empre-
endedores acabam vivendo determinadas situaes pela primeira vez, e
por isso enfrentam mais ambiguidades.
C
omportamento do tipo A: refere-se tendncia de fazer mais coisas em
menos tempo e, se necessrio, enfrente as objees alheias.
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S o determinados e dinmicos: implementam suas aes com total com-
prometimento, superando os obstculos encontrados. Costumam ser
dinmicos e mantm uma certa inconformidade com a vida.
S o dedicados: so comprometidos com o seu negcio e encontram ener-
gia para continuar mesmo quando encontram problemas.
S o otimistas e apaixonados pelo que fazem: a paixo pelo que fazem o
combustvel que os mantm animados, determinados e os melhores ven-
dedores dos seus produtos e servios, pois os conhecem melhor do que
ningum. Costumam ser otimistas e possuem foco no sucesso.
S o independentes e constroem o prprio destino: gostam de estar frente
das mudanas e de serem donos do prprio destino, por isso gostam de
criar algo novo e de traar os prprios caminhos.
F
icam ricos: esse no o objetivo essencial, pois o dinheiro acaba por ser
consequncia do sucesso que fazem.
S o lderes e formadores de equipes: normalmente possuem um bom
senso de liderana e conseguem formar e conduzir bem equipes, pois
sabem valorizar, estimular e recompensar seus colaboradores. Sabem que
o sucesso depende da formao de uma boa equipe, por isso conseguem
recrutar as melhores cabea para assessor-los.
S o bem relacionados (networking): sabem construir uma rede de conta-
tos no ambiente externo da organizao, junto a clientes, fornecedores,
entidades de classe e outros possveis parceiros.
O EMPREENDEDOR
40 - 41
A
ssumem riscos calculados: o empreendedor sabe avaliar os riscos do
seu negcio, assumindo-os e gerenciando-os, avaliando suas reais chan-
ces de sucesso.
C
riam valor para a sociedade: utilizam o capital intelectual para criar
valor sociedade por meio de gerao de empregos, da contribuio para
o crescimento econmico local e para a qualidade de vida da
populao.
C
ompetncias em relaes humanas: normalmente os empreendedores
so indivduos sociveis e capazes de desenvolver relacionamentos, at
com desconhecidos.
C
riatividade e inovao: em geral os empreendedores so criativos e ino-
vadores. Desenvolvem novas abordagens, produtos e processos.
D
edicao ao negcio: possuem paixo pelo negcio e trabalham ardu-
amente por ele.
P
ersistncia apesar do fracasso: mesmo no insucesso os empreendedores
demonstram um bom nvel de otimismo e sobreconfiana.
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I nteligncia na execuo: habilidade de tornar a ideia em um negcio
concreto.
O EMPREENDEDOR
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Falhas, erros Tentam evitar erros e surpresas. Aprendem com os erros e as
Adiam o reconhecimento do falhas.
fracasso.
O EMPREENDEDOR
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gia para gastar com disputa de poder e controle sobre os outros.
S e tiverem talento, o sucesso chega em um ou dois anos: no h medida
de tempo para o sucesso. E ainda, no apenas a falta de talento que faz
um negcio no ter sucesso, contingncias de mercado tambm podem
provocar o insucesso de um negcio.
Q
ualquer pessoa com uma boa ideia pode enriquecer: apenas uma boa
ideia no suficiente para o sucesso do negcio, pois tambm preciso que
haja uma oportunidade de mercado para que o negcio se institucionalize.
T
endo dinheiro fcil falhar: o capital no suficiente para suportar falhas
contnuas em um negcio, por isso o planejamento, mais uma vez, apa-
rece como ferramenta para evitar a falha.
O
s empreendedores sofrem de estresse: o empreendedor precisa ter cau-
tela e energia para fazer seu negcio dar certo, por isso, tambm precisa
se reequilibrar com atividades de lazer e descanso. O estresse s atrapa-
lha o negcio.
A partir das discusses apontadas pelos autores, possvel perceber que o empre-
endedor precisa se preparar para implementar seu negcio, por isso a importncia
do planejamento do processo de implementao do negcio, e da formao e
profissionalizao do empreendedor.
O EMPREENDEDOR
46 - 47
O Processo Empreendedor
O Processo Empreendedor
II
Para o autor, a deciso de empreender no pode acontecer por acaso, por isso
precisa estar organizada em um processo que se inicia com um evento gerador
que possibilita o incio de um novo negcio. A figura 2 ilustra alguns fatores que
influenciam cada fase do processo.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fatores Pessoais Sociolgicos Empreendedor
Fatores Pessoais Assumir riscos Networking Lder Equipe
Realizao pessoal Insatisfao com o Equipes Gerente Estratgia
Assumir riscos Influncia dos pais Viso Estrutura
trabalho
Valores pessoais Famlia Cultura
Ser demitido
Educao modelos (pessoas) Produtos
Educao
Experincia Idade de sucesso
O EMPREENDEDOR
48 - 49
O Processo Empreendedor
II
O PROCESSO EMPREENDEDOR
Disponvel em: <www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-pro-
cesso-empreendedor/54089>. Acesso em: 23 abr. 2012.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As novas empresas costumam ser baseadas
em uma ideia de negcio, que normalmente
surgem em funo de uma oportunidade
de mercado. Assim, podemos dizer que as
novas empresas so frutos de pessoas com
iniciativas empreendedoras que se dispem
a correr o risco de implementar uma ideia,
baseada na percepo de uma oportunidade
(FERREIRA et al. 2010).
shutterstock
O EMPREENDEDOR
50 - 51
Ser atrativa.
Durvel.
Estar disponvel no momento e local certos.
P
oder ser transformada em um produto ou servio que agregue valor ao
cliente.
Disponvel em:
<www.tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/category/83>.
Acesso em: 23 abr. 2012.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que responsvel pela criatividade. Com as atividades rotineiras estabilizadas,
tendemos a usar apenas o hemisfrio esquerdo do crebro e acabamos por boi-
cotar nossa criatividade.
Para Ferreira et al. (2010), o processo de gerao de novas ideias pode ser
explorado por meio das seguintes fontes:
I dentificao de necessidades: a razo de existir de um negcio o aten-
dimento das necessidades do consumidor, assim preciso buscar uma
necessidade ainda no atendida.
O
bservao das deficincias: procurar produtos ou servios que preci-
sem de melhorias.
O
bservao das tendncias: procurar as tendncias locais, regionais, nacio-
nais e mundiais de mercado para aproveitar oportunidades emergentes.
D
erivao da ocupao atual: ter ideias de inovaes para empreender
no ramo em que j atua como empregado.
Procura por novas aplicaes: buscar novos usos para bens j existentes.
H
obbies: buscar oportunidades de atender a necessidades ainda no satis-
feitas em atividades de lazer, esporte e entretenimento.
I mitao do sucesso do outro (benchmarking): copiar estratgias de suces-
sos em outras organizaes, do mesmo ramo ou no, adaptando-as a sua
realidade.
O
s canais de distribuio: so fontes de ideias pois conhecem bem o
mercado.
O EMPREENDEDOR
52 - 53
A
daptao a respostas de regulamentaes governamentais, por meio da
inveno de um novo produto, servio ou processo.
P
esquisa e Desenvolvimento: realizadas pelo prprio empreendedor para
desenvolver e ampliar seu negcio.
O PROCESSO DE INOVAO
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O CASO PRILLAV
Disponvel em: <www.tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/category/83>
A
nlise de inventrio de problemas: um processo de discusso parecido
com os grupos de discusso, com a diferena de que os participantes rece-
bem uma folha com uma lista de problemas que precisam de soluo.
Mtodo check list: elabora-se um conjunto de questes que se precisa
resolver para discutir em grupo um determinado assunto.
M
todo de livre associao: escrever ideias relacionadas com o problema,
sucessivamente, complementando umas as outras.
M
todo de associaes coletivas: com um bloco de notas cada partici-
pante pensa em possveis solues para a utilizao do bem ou servio
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em seu dia a dia.
A Formao do Empreendedor
O EMPREENDEDOR
54 - 55
A Formao do Empreendedor
II
possveis de mudanas.
De qualquer forma, a formao empreendedora contribui para o sucesso
dos negcios que j existem ou que ainda esto em fase de implementao. A
profissionalizao de cada um deles, bem como os benefcios que eles trazem
sociedade dependem de empreendedores bem preparados para isso.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Busca do Sucesso:
<http://www.youtube.com/watch?v=gg5JJ1sJo-4&feature=related>.
Perfi empreendedor:
<http://www.youtube.com/watch?v=QeSTz-qD4w8>.
Perfil empreendedor:
<http://www.youtube.com/watch?v=Xbdu3ndzm2A&feature=related>.
Esprito Empreendedor:
<http://www.youtube.com/watch?v=OsKOBuMk0m0&feature=related>.
Consideraes Finais
O EMPREENDEDOR
56 - 57
Consideraes Finais
1. V
rias so as caractersticas empreendedoras, que compe o perfil
empreendedor, apresentadas pelos autores estudados nesta unidade.
Considerando que no exista um modelo pr-definido e formatado de
empreendedor, elabore uma discusso sobre ao menos 5 das carac-
tersticas que voc considera essencial para um empreendedor de
sucesso.
2. A partir do modelo de processo empreendedor, apontado por Dorne-
las (2005), discuta e exemplifique cada uma de suas fases, bem como
sua contribuio para o processo todo.
3. A formao empreendedora um dos aspectos que mais contribuem
para o profissionalismo e sucesso dos negcios empreendidos. Con-
forme a discusso apresentada na unidade, elabore novas pesquisas
explicando como possvel aprender a empreender.
58 - 59
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
INTRAEMPREENDEDORISMO
III
UNIDADE
E GESTO EMPREENDEDORA
Objetivos de Aprendizagem
Apresentar os conceitos sobre o Intraempreendedorismo.
Discutir o papel da cultura organizacional sobre a formao do
intraempreendedor.
Conhecer o processo da gesto empreendedora.
Descrever o marketing no contexto do empreendedorismo e como
ferramenta de gesto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Intraempreendedorismo
Cultura Organizacional
Gesto empreendedora
Marketing empreendedor
62 - 63
Introduo
Caro aluno, nesta unidade voc estudar o empreendedorismo desde seu conceito
essencial at sua utilizao para a formao de uma forte vantagem competitiva
de uma organizao.
Dessa forma, tambm ser discutida a possibilidade de utilizao do intraem-
preendedorismo como uma ferramenta de gesto por meio do gerenciamento e da
formao de uma cultura intraempreendedora, tambm denominada corporativa.
Alm disso, buscaremos conhecer o processo da gesto empreendedora com
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Intraempreendedorismo
Introduo
III
que levam as organizaes ao alcance dos seus objetivos, por isso cada dia mais
busca-se compor equipes de sucesso para uma atuao organizacional mais efi-
ciente e eficaz.
EMPREENDEDORISMO E INTRAEMPREENDEDORISMO
preciso aprender a voar com os ps no cho
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Disponvel em: <www.bocc.ubi.pt/pag/dantas-edmundo-empreendedoris-
mo.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2012.
Risco de obsolescncia; Uso mnimo dos Controle dos Habilidade Poder, status e
necessidade de recursos recursos no recompensa financeira;
flexibilidade. existentes ou emprego medio da eficincia;
aluguel dos dos inrcia e alto custo das
recursos extras recursos. mudanas; estrutura da
necessrios empresa.
Intraempreendedorismo
III
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DOMNIO EMPREENDEDOR X DOMNIO GESTOR
O processo de tomada de deciso
<www.novomilenio.br/foco/2/artigo/arigo_daniele.pdf>.Acesso em: 23 abr.
2012;
N
ovo empreendimento: criao de um novo negcio dentro da organi-
zao, desenvolvimento de um novo mercado e de novos produtos ou
servios.
E
sprito de inovao: aperfeioamento dos produtos, servios ou proces-
sos atuais, ou o desenvolvimento de novos processos, produtos e servios.
A
utorrenovao: tem conotao de mudana estratgica da organizao,
mudando o enfoque na qual foi criada, adaptando-se s novas exigncias
e oportunidades.
P
roatividade: assume riscos na condio de experimentos e por isso
arrojada na busca por oportunidades.
shutterstock
Intraempreendedorismo
III
shutterstock
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Cultura Organizacional
4. P
remissas bsicas: pertencem a esse grupo premissas sobre o que se pensa
da existncia, das relaes, da atividade humana, da tica, do trabalho e
do divertimento. Esses valores j se encontram, em geral, inconsciente-
mente automatizados.
Cultura Organizacional
III
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Permitir que estas ideias sejam levadas adiante, em nveis controlados
de risco e custo, de maneira incremental;
C
onstruir uma coalizo de defensores: estimular e ratificar todos os mem-
bros da equipe, inclusive nos momentos mais difceis.
Persistir: energia para vencer as frustraes e obstculos.
Cultura Organizacional
III
shutterstock
Gesto Empreendedora
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Segundo Fumagalli et al. (2012), o empreendedorismo a competncia central
da estratgia capaz de gerar vantagem competitiva para a organizao.
Segundo os autores, por meio do empreendedorismo interno que se conse-
gue competncias organizacionais importantes como criao e desenvolvimento
de novos produtos e servios, assuno de responsabilidades e de riscos moderados
que permitem estar frente dos concorrentes e a visualizao das oportunidades.
Para isso, preciso estabelecer um processo de gesto na organizao. Hisrich
e Peters (2004) apontam nove passos para a implementao dessa estrutura de
gesto:
1. A
ssegurar o comprometimento da alta administrao para com o intra-
empreendedorismo. Nessa etapa, trabalha-se a conscientizao da alta
administrao, a identificao e formao dos lderes intraempreen-
dedores, e a transformao da cultura organizacional em uma cultura
intraempreendedora. O processo de treinamento precisa concentrar-se
em obter os recursos dentro da organizao, identificar as oportunida-
des de negcio e o desenvolvimento do plano de negcios.
D
etectar as ideias e reas gerais de interesse da alta administrao, junta-
mente como o capital de risco necessrio para o lanamento do conceito.
Estabelecer uma estrutura mentor/patrocinador para garantir a transfor-
mao da cultura empreendedora.
U
sar a tecnologia para se tornar mais flexvel e se comportar como as gran-
des corporaes, no que se refere capacidade de atuao tecnolgica.
E
stabelecer firmemente uma cultura empreendedora utilizando geren-
tes realmente interessados para treinar os funcionrios e compartilhar
experincias.
D
esenvolver maneiras de se aproximar de seus clientes. Pode ser por meio
de aquisio de banco de dados, da utilizao de estratgias de empresas
menores, e ainda fazendo parceria com fornecedores e distribuidores.
Ser mais produtiva utilizando menos recursos.
E
stabelecer uma forte estrutura de sustentao para o intraempreende-
dorismo at mesmo nas estruturas menores da organizao, que acabam,
muitas vezes, sendo esquecidas.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E
nvolver a ligao das compensa-
es de desempenho, de maneira
a valorizar e estimular as unidades
intraempreendedoras.
I mplementar um sistema de controle
de maneira que as unidades intra-
empreendedoras bem-sucedidas se
expandam e as fracassadas sejam
eliminadas.
shutterstock
GESTO EMPREENDEDORA
Perfil e Trajetria das Mulheres Gestoras de uma Instituio de Ensino Su-
perior
Disponvel em: <www.inpeau.ufsc.br/wp/wp-content/BD_documen-
tos/1877.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2012.
Gesto Empreendedora
III
independentes.
Dessa forma, parece valer a pena destinar esforos para organizar o neg-
cio corporativamente, por meio de uma gesto empreendedora e de qualidade.
Marketing Empreendedor
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A maioria dos autores aponta o Marketing
Empreendedor como aquele voltado para as
micro e pequenas empresas. Com ferramen-
tas de gesto especficas para as organizaes
menores. shutterstock
A
uxiliar seu revendedor criando programas de marketing especficos para
lojas.
E
para os pequenos profissionais de marketing superarem os grandes, os
autores orientam as seguintes estratgias de aproximao dos clientes:
D
escobrir as oportunidades, vindo muitas vezes de produtos ou merca-
dos negligenciados pelas grandes corporaes.
Dar um toque pessoal personalizando o atendimento ao cliente.
A
dotar tecnologias de banco de dados para se comunicar melhor com
seu cliente.
MARKETING EMPREENDEDOR
A percepo do Marketing Empreendedor em Micro e Pequenas Empresas
Disponvel em: <www.ead.fea.usp.br/semead/12semead/resultado/traba-
lhosPDF/819.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2012..
O que o intraempreendedorismo?
<http://www.youtube.com/watch?v=Kx3JrklyrNI>
Cultura empreendedora e o intraempreendedorismo:
<http://www.youtube.com/watch?v=nTxGEvXN9oE>
Marketing Empreendedor
III
Criar Oportunidades
<http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=5Hc6XzZY-
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
qIM&NR=1>.
Consideraes Finais
1. S
egundo Hisrich e Peters (2004), aproveitar os trabalhadores que
querem assumir responsabilidades, que tm grande necessidade de
expresso individual e de mais liberdade na estrutura organizacional
contribui para a formao do domnio empreendedor interno. Por
isso deve ser trabalhado como instrumento de gesto. Elabore uma
discusso apresentando os principais benefcios do domnio empre-
endedor interno.
2. Uma cultura empreendedora faz com que a organizao tambm
apresente traos empreendedores importantes. A partir da discusso
apresentada, relacione os principais aspectos que compem uma cul-
tura empreendedora.
3. O Marketing empreendedor conceituado como aquele que dire-
ciona suas ferramentas para as micro e pequenas empresas. Com base
nos conceitos apresentados, relacione as principais diferenas entre o
Marketing Tradicional e o Empreendedor.
MATERIAL COMPLEMENTAR
IV
UNIDADE
DE NEGCIOS
Objetivos de Aprendizagem
Conhecer o conceito e fundamentos do Plano de Negcios.
Compreender os principais interessados no Plano de Negcios.
Verificar os principais elementos de um plano de negcios.
Entender a importncia de um Plano de Negcios para um
empreendimento.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
O Plano de Negcios sua importncia para o empreendimento
Plano de Negcios principais interessados
Elaborando um Plano de Negcios
Plano de Negcios informaes importantes
80 - 81
Introduo
Meu caro aluno(a), at agora, nas trs unidades que estudamos com a Prof.
Bianca, voc teve um forte embasamento sobre o incio do empreendedorismo,
caractersticas e perfil do empreendedor e at um enfoque novo, o intraempre-
endedorismo, que vem nos ajudar a refletir sobre o papel das pessoas dentro
das organizaes.
Neste momento, voc pode estar pensando que tudo o que voc viu foi muito
importante, as consideraes foram muito claras, mas como fazer acontecer?
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como colocar em prtica tudo aquilo que voc aprendeu? Existe uma frmula,
uma receita de bolo para fazer um empreendimento dar certo?
Eu sinto inform-lo que, como quase tudo na vida, no existem frmulas
milagrosas que faam um empreendimento ter sucesso. Os grandes empreende-
dores costumam ter uma frase pronta: o segredo do sucesso 90% transpirao
e 10% inspirao, ou seja, requer muito trabalho.
No entanto, claro que o planejamento pode sim fazer a diferena entre o
sucesso e o fracasso. Os estudos do SEBRAE invariavelmente apontam como
uma das principais causas de fracasso dos novos empreendimentos a falta de
um planejamento srio, correto e, mais importante, realista.
Nesta unidade, vamos conhecer as bases para um planejamento empreende-
dor formal, o que ns chamamos de PLANO DE NEGCIOS. Voc conhecer
suas caractersticas principais e ser capaz de elaborar um plano inicial para o
empreendimento dos seus sonhos ou at de suas necessidades.
Vamos l, ento?
Introduo
IV
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
corporao embora isso possa ser alcanado mas sim, como esse empreendi-
mento vai me trazer satisfao pessoal, realizao profissional e a concretizao
de minhas metas pessoais.
Pensando nisso, muitos de ns talvez no sejamos o prximo Eike Batista,
mas conseguiremos alcanar nossos objetivos e nos sentir muito bem com isso.
Independente do tamanho do empreendimento que vamos realizar, o fato que
precisamos exercitar algo que nunca, em momento algum, pode ser despercebido:
o planejamento. Uma mxima nos meios da Qualidade Total um assunto que
tambm deve interessar ao empreendedor : quem no sabe para onde vai, qual-
quer lugar serve. H muitas variaes desse ditado, mas todas elas apontam para
a necessidade de sabermos onde estamos, quem somos e onde queremos chegar.
Isso nada mais do que saber a real situao atual e visualizar o futuro.
Somente o bom planejamento torna isso possvel. Uma analogia que podemos
fazer com uma viagem.
Imagine que voc pretenda viajar com sua famlia para um destino turs-
tico qualquer. Eu, por exemplo, gosto muito de praia. Pense que esse seria seu
destino: uma praia tranquila, para voc desfrutar de um merecido lazer com
aqueles de quem voc gosta. Sem voc perceber, seu planejamento j comeou:
a definio do destino.
Um prximo passo seria: como vamos chegar? De carro, de nibus, de avio
ou outro meio disponvel e, claro, dentro de seus recursos financeiros. Esse
segundo ponto crucial: sem recursos financeiros, no h viagem. Saber quanto
vai custar o combustvel, a alimentao, a hospedagem fundamental, afinal,
se as crianas quiserem um simples sorvete e voc no tiver dinheiro, o passeio
Muitos do muito certo, as pessoas envolvidas podem at ficar ricas com isso,
mas o risco assumido foi muito alto e as possibilidades de fracasso tambm.
Alm disso, o planejamento formal serve a tantos propsitos que no mais pos-
svel admitir que voc, como uma pessoa de viso, abra mo dessa ferramenta.
O planejamento de um empreendimento pode se fundamentar num PLANO
DE NEGCIOS que, alm de funcionar como uma proposta inicial para quem
est com seu empreendimento na fase de gestao , pode funcionar como um
direcionador estratgico de aes para negcios j em andamento.
Uma pergunta importante: que tipo de empreendimento deve elaborar um
Plano de Negcios? A resposta : qualquer tipo de negcio, independente do
porte ou ramo de atividade. claro que, conforme veremos daqui a pouco, para
empresas de maior porte ou cujo ramo de atividades esteja sujeita a mais variveis,
esse Plano de Negcios ser mais detalhado e considerar essa particularidade.
Antes de entrarmos em mais detalhes sobre Plano de Negcios,
vou contar-lhe uma histria da vida real sobre uma grande empre-
endedora americana chamada Martha Stewart. Alis, conforme
voc viu num dos pontos abordados pela professora Bianca, as
mulheres costumam ser grandes empreendedoras, pois, na maio-
ria dos casos, tm mais foco e so mais persistentes diante de
dificuldades que qualquer empreendimento oferece.
Este caso relatado por Hisrich e Peters (2004) e nos traz a
fantstica experincia desta que uma dos cones do empreende-
dorismo americano. Martha Stewart, apesar de ser uma mulher
bonita e at certo ponto bem-sucedida como modelo, gostava
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
na TV, editava e publicava revistas, mantinha colunas em jornais e iniciava na
Internet o site de sucesso estrondoso com o endereo <www.marthastewart.com>.
Mesmo com essa grandiosidade toda, o Plano de Negcios formulado por ela
que foi utilizado para captar recursos para o lanamento de sua revista mensal
e dar maior suporte financeiro para seus novos empreendimentos baseava-
se em dois eixos: oferecer solues do tipo faa voc mesmo aos seus leitores
e, ao mesmo tempo, oferecer os materiais para que realizassem esses projetos.
Martha abriu o capital de sua empresa, mas manteve o controle acionrio. No
dia do lanamento das aes de sua empresa, a cotao de abertura das aes era
de US$ 18 e a de fechamento, no mesmo dia, foi de US$ 35. Incrvel, no acha?
Visitei o site <www.marthastewart.com> para checar como andam as ideias
de nossa empreendedora, afinal, o relato do livro de Hisrich e Peters j tem mais
de 7 anos. Fiquei surpreso ao verificar, por exemplo, que alm de manter-se envol-
vida em muitos negcios, ela possui mais de 2,5 milhes de seguidores no Twitter,
indicando seu poder de influncia sobre um contingente enorme de pessoas.
Veja que interessante. Ns imaginamos que, pelo fato de os EUA serem o
celeiro da maioria dos empreendimentos, tudo l ocorre meio que por acaso,
grandes empresas nascendo nas garagens das casas. verdade que sabemos de
grandes e histricos empreendimentos que l nasceram desta forma, como a
Apple e a Microsoft. Mas a regra no essa, e sim rarssimas excees. No Quadro
abaixo, voc vai notar uma pesquisa do SBA (Small Business Administration), que
o rgo do Governo americano de auxlio s pequenas empresas daquele pas.
Essa pesquisa apresentada por Dornelas (2001); neste quadro, voc perceber
que l, assim como aqui, as principais causas do fracasso esto relacionadas
falta de planejamento.
Causa Percentual
Inexperincia no ramo 9%
Fraudes 2%
Desastres !%
TOTAL 98%
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por exemplo) entre outros.
F
ornecedores: para concesso de crdito na venda de mercadorias, mat-
ria-prima e insumos.
A
prpria empresa: como instrumento de comunicao dos gerentes com
o conselho de administrao e com os prprios funcionrios.
O
s clientes: para comercializao dos produtos e/ou servios da empresa
e publicidade da empresa.
Scios: como instrumento de convencimento e participao na sociedade.
mente mentirosos. Como Dornelas (2001) salienta, pior do que no ter um plano
de negcios faz-lo erroneamente e de forma consciente.
No faa isso, por favor! Reconhea a importncia e as vantagens que um
plano de negcios pode proporcionar. Dornelas (2001) elenca algumas possibi-
lidades oferecidas pelo plano de negcios:
Entender e estabelecer diretrizes para seu negcio.
Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decises acertadas.
M
onitorar o dia a dia da empresa e tomar aes corretivas, caso sejam
necessrias.
O
bter financiamentos e emprstimos junto a bancos, governo, investido-
res, Sebrae entre outros.
I dentificar oportunidades de negcio para transform-las em vantagem
competitiva para a empresa.
E
stabelecer e consolidar uma comunicao interna eficiente e eficaz na
prpria empresa, alm de convencer o pblico externo, entre eles forne-
cedores, parceiros, clientes, investidores, governo entre outros.
para fazer isso e h alguns muito funcionais no mercado, sendo que voc pode
encontrar verses gratuitas para download na Internet.
Uma vantagem no uso dessas ferramentas informatizadas relaciona-se
principalmente facilidade de fazer os clculos. Muitos empreendedores tm
dificuldades em calcular fluxo de caixa, taxas de retorno do investimento, prazos
etc. Esses programas, usualmente, fazem isso por eles. Porm, como desvantagem,
podemos apontar alguma inflexibilidade nos programas, o que pode dificultar a
insero e demonstrao de algumas particularidades de determinada empresa.
Outra coisa: embora possamos encontrar uma diversidade de modelos, no
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podemos afirmar que exista uma rigidez para se escrever um plano de negcios,
no entanto, algumas etapas, a experincia mostrou, so necessrias e essenciais.
Vamos utilizar alguns exemplos para ilustrar, mas volto a frisar que voc
deve compar-lo realidade de seu empreendimento em andamento ou em fase
de idealizao.
O primeiro modelo o sugerido por Dornelas (2001), conforme voc pode
perceber abaixo:
Modelo sugerido para pequenas empresas manufatureiras em geral:
1. Capa. A capa, apesar de no parecer, uma das partes mais impor-
tantes do plano de negcios, pois a primeira parte que visualizada
por quem l o plano de negcios, devendo, portanto, ser feita de manei-
ra limpa e com as informaes necessrias e pertinentes.
vo deve ser a ltima seo a ser escrita, pois depende de todas as outras
sees do plano para ser elaborada.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gias de promoo/comunicao e publicidade, bem como projees de
vendas.
2 - Sumrio
3 - Sumrio Executivo
4 - Conceito do Negcio
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4.1 - O Negcio
5 - Equipe de Gesto
6 - Mercado e Competidores
6.2 - Mercado-alvo
6.5 - Competidores
7 - Marketing e Vendas
7.1 - Produto
7.2 - Preo
7.3 - Praa
7.4 - Promoo
8 - Estrutura e Operao
8.6 - Tecnologia
9 - Anlise Estratgica
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9.2 - Cronograma de Implantao
10.3 - Investimentos
11. Anexos
Ainda podemos utilizar outro modelo de Dornelas (2001) que trata de empresas
prestadoras de servio, um segmento muito importante para nossa economia, j
que mais de 40% do PIB brasileiro representado por servios. Veja como fica-
ria este modelo:
Modelo sugerido para empresas prestadoras de servios:
1. Capa
2. Sumrio
3. Sumrio Executivo
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4. O Negcio
4.3 Mercado
4.4 - Localizao
5. Dados Financeiros
2. Sumrio
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3.4 Estratgia de Marketing
4. Produtos e Servios
5. Anlise da Indstria
6. Plano de Marketing
7. Plano Operacional
7.5 Terceirizao
8. Estrutura da Empresa
9. Plano Financeiro
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10. Anexos
Fonte: <http://www.idort.com/a2sitebox/uploads/
images/sebrae_logo.jpg>
1. Capa
3.1 - Misso
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3.6 - Estrutura do negcio
3.7 - Investimento
4. Produto ou Servio
4.1- Caractersticas
5. Plano de Marketing
6. Plano Operacional
6.3 - Insumos
7. Plano Financeiro
8. Documentos anexos
Fonte: <www.sebrae.com.br>
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nunca demais frisar que os Planos de Negcios sero examinados por diversos
pblicos interessados. Assim, da mesma forma que voc tem um esmero quando
vai receber convidados em sua casa, faa o mesmo com o seu plano de negcios.
Afinal, ele serve como apresentao formal de sua empresa, do seu negcio. Que
impresso voc quer causar em quem for utiliz-lo?
Outra recomendao se refere ao prprio dinamismo do Plano de Negcios.
verdade que, ao elabor-lo, voc demonstrou um momento no tempo, como
numa fotografia. Porm, o mundo dos negcios e a economia so muito din-
micos. Por isso, no faz sentido voc fazer de seu Plano de Negcios uma pea
de museu a ser preservada. Pelo contrrio, ele deve acompanhar essas mudan-
as de cenrio, refletindo a realidade de sua empresa, seus nmeros atuais, seus
clientes, fornecedores, capacidade produtiva, estratgias e planos, de modo que
tambm sirva como uma bssola a gui-lo em suas decises.
Voc deve ter reparado que, independente dos modelos sugeridos, o Plano
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Modelo do Plano de Negcios
Capa - Pgina
Sumrio - Pgina
Sumrio Executivo Estendido - Pgina
nos abastada da populao. Alm disso, parte das pessoas que apresentam problemas
com acne mostra algum tipo de sensibilidade ao enxofre e/ou cidos presentes na fr-
mula. Um novo sabonete, baseado em extratos naturais poderia atender a esse pblico,
tornando-se um negcio lucrativo.
Processo de Produo
A frmula dos sabonetes QuiNatu apresentam os seguintes compostos:
Etapas de Produo:
I. Adio de Matrias-Primas
O primeiro passo na produo dos sabonetes QuiNatu a adio das matrias-primas.
Esta etapa ocorre da seguinte forma:
1. No processador (inclui etapas de extruso, mixer e prensa), adiciona-se a gua e em
seguida o lauril, a amida, a glicerina, a base perolizante, o conservante e a lanolina sob
agitao. A gua deve ser deionizada para evitar a presena de ons indesejveis.
2. Em seguida, dilui-se um pouco de cido ctrico em um pouco de gua sob agitao
at obter pH entre 6,0 e 7,0.
3. Dilui-se o corante em gua e adiciona-se, aos poucos, sob agitao at obter a cor
desejada.
4 . Adicionam-se, sob agitao, os extratos de Mirra e Bardana.
5. Acrescenta-se o extrato de mel.
6 . Dilui-se um pouco de cloreto de sdio em um pouco de gua e adiciona-se no pro-
duto, sob agitao, at atingir uma viscosidade alta em torno de 3500 a 4000 cps (bem
espesso) para que no haja precipitao do perolizante.
II. Secagem
Ao despejar a massa homognea na forma, deve-se esperar de 08 a 10 horas, tempo de
resfriamento e consolidao do sabo.
III. Corte
Ao atingir o tempo de secagem necessrio, o sabo cortado manualmente em 30 pe-
daos quadrados, de 100 gramas. Os pedaos so colocados em repouso por mais 24
horas.
IV. Embalagem
O sabo em barra ento embalado individualmente manualmente e posteriormente
colocado em caixas de papelo. O produto identificado pelo lote de fabricao como
medida de segurana. Este registro permite o controle da produo e ameniza transtor-
nos eventuais com clientes.
V. Armazenagem
O produto fica armazenado em local adequado tendo em vista sempre as condies de
armazenamento e sua data de validade.
VI. Tratamento de resduos
Os resduos produzidos durante a produo dos sabonetes QuiNatu sero tratados e
posteriormente descartados.
1.5 Equipe Gerencial
O corpo executivo da D.E.L.M Chemistry LTDA formado pelos scios da mesma. Abaixo
segue o organograma da empresa:
102 - 103
A princpio, sero contratados trs funcionrios, um para ser secretrio (a) e dois destina-
dos limpeza. Esse nmero poder crescer de acordo com os rendimentos da empresa.
Em relao operao do maquinrio, os prprios scios iro fabricar os sabonetes, em
turnos e horrios definidos pelos scios.
Investimentos e Retornos Financeiros
A D.E.L.M Chemistry LTDA investir nas reas de inovao tecnolgica, capacitao pro-
fissional e marketing. Esses investimentos resultaro em melhor qualidade de servios,
descoberta de novas tecnologias e ampliao do mercado consumidor, melhorias que
refletiram diretamente nas vendas e consequentemente nos lucros da empresa.
Produtos e Servios
Descrio dos Produtos e Servios
Os sabonetes QuiNatu so sabonetes inovadores, pois substituem o enxofre pelo mel,
principio ativo igualmente eficaz porm menos agressivo pele. Entretanto, eles no
so inditos no mercado, j existem produtos semelhantes no mercado e por isso no
h necessidade de registr-lo.
Funcionamento da empresa
LAY-OUT da Empresa
O funcionamento da D.E.L.M Chemistry LTDA bastante simples. Primeiramente, a gua
passa pelo deionizador e em seguida inicia-se o processo. Ao trmino de todas as eta-
pas, os sabonetes produzidos iro para o estoque. As matrias-primas ficam em uma
sala separada, dedicada exclusivamente ao armazenamento destas. H uma sala para a
recepo dos clientes e fornecedores e outra onde funciona o escritrio.
As matrias-primas sero entregues pelos fornecedores. Quando compradas em grande
quantidade, os fornecedores no cobram o servio de entrega. As matrias-primas so
entregues em recipientes plsticos lacrados, de fcil manuseio e reutilizveis. Apenas o
cido ctrico necessita ser entregue em recipiente especial, deve estar em uma embala-
gem trmica, pois sensvel ao calor.
O mel a ser utilizado no processo produtivo ser fornecido pela COOPERMEL - COOPE-
RATIVA DOS PRODUTORES DE MEL E DERIVADOS DE SANTA BRBARA DE MINAS GERAIS.
As demais matrias-primas sero obtidas de um nico fornecedor, a CHEMAX, localiza-
da no bairro Savani, em Belo Horizonte. Problemas como escassez de matrias-primas
sero muito improvveis de ocorrerem, pois o nosso fornecedor uma cooperativa. Em
relao CHEMAX, esta uma grande distribuidora de gneros farmacuticos e cos-
mticos presente em mais de seis estados. Alm disso, como todas as matrias-primas
(exceto o mel) sero compradas desta empresa, eles fornecero desconto nas compras.
bate da acne. No Estado de Minas Gerais, a venda de produtos deste gnero foi respon-
svel por movimentar 25 milhes de reais em 2006 segundo dados da UNILEVER. A rede
ARAJO e INDIANA vendem cerca de 6000 produtos relacionados a tratamento de cra-
vos e espinhas por semestre. A preocupao com a esttica uma das principais razes
que impulsionam os consumidores de produtos desse ramo. O crescimento das vendas
de sabonetes antiacne pode ser verificado no grfico abaixo:
Entretanto, as empresas mais importantes nesse ramo so a Loreal e a Johnson & John-
son. As duas empresas so responsveis por cerca de 78% das vendas neste mercado
(estatsticas publicadas na revista CAPRICHO, abril de 2007).
Todas essas marcas, alm de receberem grande enfoque na mdia televisiva, so de al-
cance nacional e esto presentes nos principais supermercados e farmcias nacionais,
principais locais onde os consumidores adquirem esses produtos, segundo a nossa pes-
quisa:
106 - 107
Escolha das cores: As cores escolhidas basicamente foram o preto e o verde. O preto
forte, marcante e segundo pesquisas da Universidade de Yale (EUA), o crebro humano
distingue a cor preta antes das demais, o que facilita sua memorizao. O verde est
ligado natureza, a sade. As duas cores, juntas, resumem claramente nossa marca e os
objetivos da empresa.
Preo: O preo um dos principais atrativos dos sabonetes QuiNatu. O custo abaixo da
maioria dos concorrentes de mercado ser um dos principais pilares da campanha de
marketing, para chamar ateno do consumidor ao nosso produto e aos poucos ganhar
sua confiana.
Marketing Verde: A populao est se tornando cada vez mais consciente em relao
s questes ambientais. Por este motivo, o marketing deste produto ser voltado para
questes ecolgicas, apresentado aos consumidores uma organizao com responsabi-
lidade social, de forma a estimular (onde j exista) e despertar (onde ainda no exista) o
desejo do mercado por esta categoria de produto.
Promoes: Nos primeiros meses de produo dos sabonetes QuiNatu sero criadas
campanhas promocionais para chamar a ateno do consumidor para o nosso produto.
Esttica: O sabonete QuiNatu apresenta uma embalagem verstil, criativa e dinmica,
que se assemelha com o jovem, nosso pblico alvo.
108 - 109
nmero de concorrentes.
Analisando o ambiente interno do empreendimento, foram identificados como pontos
fortes:
Alta disposio das participantes do grupo para trabalhar;
Busca constante pela melhoria da qualidade;
Reciclagem das sobras de matria-prima que ficam no processador, leo, reforan-
do o desenvolvimento sustentvel do empreendimento.
E detectados como pontos fracos:
A informalidade do negcio, visto que o fato de no possuir nota fiscal limita a atu-
ao do grupo;
Falta do certificado oficial de qualidade;
Baixa capacidade produtiva e baixa comercializao.
Matriz Anlise SWOT
OPORTUNIDADES AMEAAS
O sabo no espuma. Aumento do nmero de empresas
Venda de produtos atravs da Internet que atuam neste ramo.
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Alta disposio das participantes do grupo para Informalidade do negcio.
trabalhar. Falta do certificado oficial de
Busca constante pela melhoria da qualidade. qualidade.
Reciclagem das sobras de matria-prima Baixa capacidade produtiva e
baixa comercializao.
Estruturas organizacionais
A D.E.L.M Chemistry LTDA ser instalada em um galpo alugado, localizado no Distrito
Industrial de Coronel Fabriciano (prximo a Fbrica de Fraldas Carinho). Este local foi
escolhido por diferentes fatores:
Facilidade de Acesso;
Local apropriado para a instalao de empresas e indstrias;
Infraestrutura desenvolvida, o que facilita o transporte e escoamento de produtos;
Acessibilidade de preo.
A princpio, o galpo ser alugado e de acordo com o rendimento da empresa ele pode-
r ser comprado posteriormente. O preo do aluguel R$ 1050,00
Vista de Satlite da rea do Distrito Industrial Coronel Fabriciano/MG
Aspectos Legais
So muitas as etapas para a abertura legal de uma empresa. Os procedimentos necess-
rios para a abertura da D.E.L.M Chemistry LTDA so as seguintes:
Definir a natureza comercial: A D.E.L.M Chemistry LTDA uma Sociedade Empresarial,
constituda por cinco scios igualitrios e enquadrada como EMPRESA SIMPLES.
Verificar junto s Praas de Atendimento da Prefeitura Municipal se o imvel que
ser sede do empreendimento possui Certido de Concluso. No h registros na
Prefeitura de Coronel Fabriciano sobre restries que impeam a constituio da A
D.E.L.M Chemistry LTDA no endereo pretendido. As atividades a serem realizadas pela
empresa so compatveis com a Lei de Zoneamento de Coronel Fabriciano. Ser neces-
srio que, alm da atividade empresarial pretendida, os integrantes da D.E.L.M Chemis-
try LTDA informem a inscrio cadastral do imvel e o endereo oficial completo do
imvel onde ser instalado o empreendimento, constantes no carn do IPTU ou em
outro documento municipal, o nome do empreendimento, cpias autenticadas do RG
dos cooperados, cpias autenticadas do estatuto e da ata de constituio, a metragem
aproximada da rea a ser utilizada e a descrio detalhada do ramo de atividade.
Busca de nome empresarial idntico ou semelhante: Por lei, no pode haver duas
empresas com nomes idnticos no mesmo ramo de atividade e dentro do mesmo. No
h registros na junta comercial do Estado de Minas Gerais outra empresa no ramo de
cosmticos que atenda pelo nome D.E.L.M Chemistry LTDA.
Registro da Empresa e proteo ao nome empresarial: Com o nome da empresa e o
endereo aprovado, procede-se ao registro da empresa e proteo ao nome empresa-
rial, que decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de socieda-
112 - 113
des, tendo validade em todo o Estado que estiver estabelecido. Entretanto, caso dese-
ja-se estender a exclusividade para todo o territrio nacional, dever registrar o nome
da empresa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial/INPIA). A D.E.L.M Chemistry
LTDA no far registro no INPIA.
Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) e Inscrio na Secretaria da Fazenda
Estadual (IE): A inscrio no CNPJ ser formalizada por meio do Documento Bsico de
Entrada (DBE) do Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica, da Ficha Cadastral da Pessoa Ju-
rdica (FCPJ) e da Ficha Complementar (FC), os quais devero ser preenchidos por meio
de software fornecido pelo site Secretaria da Receita Federal e enviados Receita Fede-
ral pela internet. Neste momento ser gravado um recibo no disquete que contm um
nmero de identificao no qual o interessado dever consultar periodicamente o site
da Receita Federal at que a mesma libere (via Internet) o DBE. Os empreendimentos
como a D.E.L.M Chemistry LTDA ,que possuem atividades industriais ou comerciais, es-
to obrigados a fazer a inscrio estadual, cujo procedimento feito simultaneamente
ao CNPJ no site da SRF. Quando o DBE for disponibilizado, o mesmo deve ser assinado
pelo responsvel perante a Receita Federal, com firma reconhecida. Na seqncia, o(s)
representante(s) da empresa deve(m) juntar cpia autenticada do requerimento de em-
presrio, registrado na Junta Comercial, cpia autenticada do pedido de enquadramen-
to de ME ou EPP e envi-los juntamente com o DBE Receita Federal por SEDEX. Feito
isso, fazer consultas peridicas no site da Receita Federal para verificar o deferimento do
pedido e a emisso dos Comprovantes do CNPJ e da IE.
Inscrio Municipal (CMC): Todo empreendimento obrigado a fazer a sua inscrio
no Cadastro Municipal do Contribuinte (CMC) de Pessoas Fsicas ou Jurdicas (Empresa).
Para a abertura da D.E.L.M Chemistry LTDA, tambm ser necessrio que se obtenha o
alvar de Funcionamento.
Documentos necessrios para realizar a inscrio no Cadastro Municipal e obter o Alvar de
Funcionamento:
A inscrio realizada com os seguintes documentos:
Requerimento de inscrio (2 vias), preenchido e assinado;
RG e CPF (cpia legvel);
IPTU do local onde ser exercida a atividade;
Registro no rgo de Classe, quando for o caso.
Inscrio na Previdncia Social (INSS): Todo empreendimento deve inscrever-se no
INSS. O Departamento Nacional de Registro do Comrcio (DNRC), por meio das Jun-
tas Comerciais, prestar ao INSS, obrigatoriamente, todas as informaes referentes aos
atos constitutivos e alteraes posteriores, relativos aos empreendimentos nele regis-
trados. Sem a inscrio na previdncia social o empreendimento no poder informar
os recolhimentos dos seus colaboradores, criando, alm das penalidades legais, dificul-
dades para que os mesmos possam acessar os benefcios oferecidos pela previdncia
social, como aposentadoria, auxlio doena e salrio maternidade, bem como para obter
certido negativa de dbito junto ao INSS, quando necessrio. Porquanto, todo e qual-
quer empreendimento dever fazer a sua matrcula junto ao INSS, no prazo de 30 dias
contados do incio de suas atividades.
Como realizar a inscrio no INSS:
Para a inscrio, o(s) representante(s) da D.E.L.M Chemistry LTDA deve(m) juntar cpias
autenticadas dos RG e dos CPF bem como cpias autenticadas dos atos de constituio
do empreendimento (contrato social, estatuto, ata, CNPJ, Inscrio Estadual, etc.). Feito
isso, deve(m) dirigir-se ao posto da Previdncia Social ao qual pertence o empreendi-
mento e a inscrio ser feita na hora.
Alvars e Licenas: A abertura legal da D.E.L.M Chemistry LTDA exige que os seguintes
documentos sejam obtidos:
ALVAR DE FUNCIONAMENTO
o documento legal que autoriza o funcionamento das atividades no municpio, e
exigido em conformidade com a Lei 8.767/2005, e restries estabelecidas pela Lei de
Uso, Ocupao e Parcelamento do Solo, Lei 8.836/2006 e Plano Diretor Participativo,
Lei 8.696/2004 e as Leis 898/75, 1.172/76 e 9.866/97 Legislao Estadual de Proteo
aos Mananciais, excluindo-se sua emisso para atividades de autnomos, ambulantes e
pontos de contato.
Os Usos e Atividades no municpio so analisados em funo da potencialidade em
gerar:
I. Incomodidades Ambientais, II. Interferncia no Trfego, e III. Impacto Vizinhana.
O Alvar de Funcionamento, desde que mantidas as caractersticas do empreendimen-
to, no possui prazo de validade, com exceo das atividades de carter temporrio e
daquelas com previso em legislao especfica.
Exigncia Prvia:
J ter efetuado o cadastro do estabelecimento (CMC) Cadastro Municipal de Contribuin-
te.
Documentos Necessrios:
Requerimento especfico para Alvar de Funcionamento.
Alvar de Uso do Solo (original) ou, no caso de no ser apresentado, devero ser
anexados os seguintes documentos:
Cpia do projeto aprovado pela Prefeitura e do respectivo Certificado de Con-
cluso da Obra (Habite-se).
114 - 115
C Veculos
Capital de giro
O capital de giro o montante de recursos necessrio para o funcionamento normal da
empresa, compreendendo a compra de matrias-primas ou mercadorias, financiamento
das vendas e o pagamento das despesas. Ao estimar o capital de giro para o comeo das
atividades da empresa, apura-se o estoque inicial e o caixa mnimo necessrio.
A Estimativa do estoque inicial
O estoque inicial composto pelos materiais (matria-prima, embalagens, etc.) indis-
pensveis fabricao dos produtos ou pelas mercadorias que sero revendidas.
B Caixa Mnimo
o capital de giro prprio necessrio para movimentar o negcio. Representa o valor
em dinheiro que a empresa precisa ter disponvel para cobrir os custos at que as contas
a receber de clientes entrem no caixa. Corresponde a uma reserva inicial de caixa.
Para calcular a necessidade lquida de capital de giro, preciso conhecer os prazos m-
dios de vendas, compras e estocagem. Essas informaes foram pesquisadas junto a
concorrentes e fornecedores e sero utilizadas na apurao do caixa mnimo, isso por-
que nas vendas financiamos os clientes por meio dos prazos concedidos e somos finan-
ciados pelos fornecedores por meio dos prazos para pagamento negociados.
1 Passo: Contas a receber Clculo do prazo mdio de vendas.
a mdia do prazo de financiamento a clientes, ou seja, do prazo concedido aos clientes
para que estes efetuem o pagamento do que compraram.
O prazo de 24 dias significa que a empresa ir necessitar de caixa nesse perodo para
cobrir seus gastos e financiar clientes.
B Capital Mnimo (Continuao)
Representa a reserva em dinheiro necessria para que a empresa financie suas opera-
es iniciais. obtida ao multiplicarmos a necessidade lquida de capital de giro em dias
pelo custo total dirio da empresa.
1. Custo fixo mensal (Quadro: Estimativa dos custos fixos mensais) R$ 7.740,92
2. Custo varivel total (Subtotal 2 do quadro: Demonstrativo de resultados) R$ 2.450,00
3. Custo total da empresa (item 1+ 2) R$10.190,92
4. Custo total dirio (item 3 / 30 dias) R$ 339,69
5. Necessidade Lquida de Capital de Giro em dias (vide resultado do quadro anterior) 24 dias
TOTAL DE B CAIXA MNIMO (item 4 x 5) R$ 8.152 ,56
A partir dos dados fornecidos acima, o caixa mnimo necessrio para a cobertura dos
custos da empresa para um perodo de 24 dias de R$ 8.152,56.
Capital de giro (resumo)
Descrio R$
A Estoque inicial R$ 2.623,20
B Caixa Mnimo R$ 8.152,56
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO (A + B) R$ 10.775,76
Investimentos pr-operacionais
Compreendem os gastos realizados antes do incio das atividades da empresa, isto ,
antes que ela abra as portas e comece a vender. So exemplos de investimentos pr
-operacionais: despesas com reforma (pintura, instalao eltrica, troca de piso, etc.) ou
mesmo as taxas de registro da empresa.
Investimentos pr-operacionais R$
Despesas de legalizao R$ 200,00
Obras civis e/ou reformas -
Divulgao -
Cursos e treinamentos -
Outras despesas -
TOTAL R$ 200,00
Estimativa do custo unitrio de matria-prima, materiais diretos e terceirizaes
Aqui, ser calculado o custo com materiais (matria-prima + embalagem) para cada uni-
dade fabricada. Os gastos com matria-prima e embalagem so classificados como cus-
tos variveis numa indstria. Como o prprio nome diz, esses custos variam (aumentam
ou diminuem) de acordo com o volume produzido ou vendido.
PRODUTO: SABONETE ANTIACNE
DESCRIO R$
Aluguel R$ 1.050,00
gua R$ 500,00
Energia Eltrica R$ 2.000,00
Telefone R$ 600,00
Manuteno R$ 600,00
Salrios + encargos R$ 1.866,22
Material de Limpeza R$ 200,00
Material de escritrio R$ 100,00
Combustvel R$ 150,00
Depreciao R$ 674,70
Total R$ 7.740,92
DESCRIO R$
1. Receita total com vendas R$ 30.000,00
2. Custos variveis totais
(-) Custos com materiais diretos (-) R$ 1.185,00
(-) Impostos sobre vendas (-) R$17.575,00
(-) Gastos com vendas (-) R$ 2.450,00
Subtotal de 2 (-) R$ 21.210,00
3. Margem de contribuio (1 2) R$ 8.790,00
4. (-) Custos fixos totais (-) R$ 7.740,92
5. RESULTADO OPERACIONAL (Lucro/Prejuzo) (3-4) R$ 1.049,08
Ponto de Equilbrio
O ponto de equilbrio representa o quanto sua empresa precisa faturar para pagar todos
os seus custos em um determinado perodo.
PE = Custo Fixo Total.
ndice da Margem de Contribuio
ndice da Margem de Contribuio = Margem de Contribuio
(Receita Total Custo Varivel Total)
Receita Total
ndice da margem de contribuio = (30.000 21.210) = 0,293
30.000
PE = 7.740,92 = 26.419,52
0,293
Isso quer dizer que necessrio que nossa empresa tenha uma receita total de R$
26.419,52 ao ano para cobrir todos os seus custos.
Anlises de Investimento
Lucratividade
um indicador que mede o lucro lquido em relao s vendas. um dos principais indi-
cadores econmicos, pois est relacionado competitividade. Se a empresa possui uma
boa lucratividade, ela apresentar maior capacidade de competir, isso porque poder
investir mais em divulgao, na diversificao dos produtos e servios, na aquisio de
novos equipamentos, etc.
Lucratividade = Lucro Lquido x 100
Receita Total
Lucratividade = 1.049,08 x 100 = 3,49%
30.000
Isso quer dizer que sobre os R$ 30.000,00 de receita total sobram R$ 1.049,08 (valor
mensal) na forma de lucro, depois de pagas todas as despesas e impostos, o que indica
uma lucratividade de 3,49% ao ano.
Rentabilidade
um indicador de atratividade dos negcios, pois mede o retorno do capital investido
aos scios. A rentabilidade deve ser comparada com ndices praticados no mercado fi-
nanceiro.
Rentabilidade = Lucro Lquido x 100
Investimento Total
Rentabilidade = 1.049,08 x 100 =2,17 %
48.312,76
126 - 127
Isso significa que, a cada ano, recuperaremos 2,17% do valor investido por
meio dos lucros obtidos no negcio.
Prazo de retorno do investimento
Indica o tempo necessrio para que o empreendedor recupere o que investiu.
Prazo de Retorno do Investimento = Investimento Total
Lucro Lquido anual
Prazo do retorno do investimento =48.312,76 = 3,6
1.049,08 x 12
Isso significa que, 3,6 anos aps o incio das atividades da empresa, teremos recuperado,
sob a forma de lucro, tudo o que gastamos com a montagem.
Bibliografia
KOTLER, Philip. Administrao de Marketing: anlise, planejamento, implementao e
controle. So Paulo: Atlas, 1998
<http://www.efetividade.net/2007/10/10/modelo-de-plano-de-negocios-como-fazer
-o-seu-com-efetividade/> - Acesso em: 21/03/2009
<http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-sua-empresa/
plano-de-negocio> - Acesso em: 01/04/2009
<http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/03/26/urbana9_0.asp> - Acessado em
09/07/2009
<http://www.esteticaguia.com.br/home.asp?regid=3&mregid=&pregid=&prid=1> -
Acessado em 11/08/2009
ANEXOS
Retirei os anexos do Plano de Negcios apresentado, pois no contribuiriam para o foco
de nossos estudos. Mas, na prtica, voc anexar todos os documentos que voc citar
como acompanhantes do Plano sejam quais forem.
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAgIEAC/plano-negocio>.
Acesso em: 14 maio 2012.
IV
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O SEBRAE disponibiliza para download gratuito um software que possibilita
a elaborao de um plano de negcios. Caso desejar, o interessado pode
enviar, depois de preenchido, para anlise de especialistas daquele rgo.
Disponvel em:
<http://www.busca.sebrae.com.br/search?btnG.x=0&btnG.y=0&btnG=Pes-
quisa%2BGoogle&entqr=3&getfields=*&output=xml_no_dtd&sort=da-
te%253AD%253AL%253Ad1&entsp=0&client=web_um&ud=1&oe=U-
TF-8&ie=UTF-8&proxystylesheet=sebrae2&site=web_all&filter=0&q=pla-
no+de+neg%C3%B3cios>.
<http://www.marthastewart.com/about-martha>.
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/como-elaborar
-um-plano-de-negocios/38978>.
Consideraes Finais
Meu caro acadmico, para finalizar esta unidade, gostaria de reforar a ideia de
planejamento com voc. Por vezes, neste mundo corrido em que vivemos, fcil
indicar casos isolados de pessoas de sucesso que vieram do nada e tornaram-se
grandes empresrios bem-sucedidos os chamados self made men e apont
-los como modelos para o empreendedor.
Esta , na verdade, uma iluso que uma corrente do capitalismo prega de
forma apaixonada. Porm, pense bem: se todos podem assim alcanar o sucesso,
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Consideraes Finais
1. O
Plano de Negcios apresenta-se como ferramenta gerencial essen-
cial para a conduo da empresa, no s no seu incio, mas durante
toda sua trajetria. Baseando-se nos conceitos que vimos, relacione
quais elementos do Plano de Negcios voc considera mais impor-
tante e por qual razo.
2. O Plano de Negcios, conforme vimos, no pode ser uma ferramenta
inerte, sem vida. Pelo contrrio, deve ser dinmico e atual. Analisando
a estrutura do Plano de Negcios, mencione que aspecto(s) voc acre-
dita ser (em) mais sensvel (eis) velocidade das mudanas de cenrio
competitivo.
3. V
erificamos nesta unidade alguns Planos de Negcios destinados a
empreendimentos de naturezas diferentes. Tente listar as coincidn-
cias e diferenas entre os diversos modelos apresentados e procure
listar os motivos provveis dessas diferenas.
130 - 131
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Professor Esp. Paulo Pardo
EMPREENDEDORISMO
V
UNIDADE
ESTRATGIAS E PRTICAS
Objetivos de Aprendizagem
Conceituar e contextualizar administrao estratgica.
C
onhecer casos de sucesso e fracasso na conduo de
empreendimentos.
Refletir sobre as causas de fracasso e sucesso nos empreendimentos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Estratgia entendendo o conceito
E stratgia como prtica a realidade nos empreendimentos casos de
estratgia e prtica de empreendedorismo
134 - 135
Introduo
Muito bem, meu caro aluno. Estamos agora na unidade V e vamos falar um
pouco sobre estratgia. claro que voc sabe o que estratgia, embora talvez no
tenha enxergado a presena dela em muitos eventos que acontecem a sua volta.
Por exemplo, muitos de ns apreciamos futebol, talvez at tenhamos um
time de nossa preferncia. J percebeu o que acontece durante um jogo de seu
time? Se o treinador ou tcnico for realmente bom, ele estar o tempo todo
acompanhando o desenrolar da partida, verificando o posicionamento de seus
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
jogadores, cobrando (talvez at aos berros) que eles faam as jogadas que ensaia-
ram durante os treinos. O time, com certeza, ao entrar em campo, j sabia detalhes
sobre o adversrio, alguns jogadores provavelmente j teriam sido escalados para
marcar mais de perto os craques do outro time.
Veja que isso apenas um pequeno exemplo. As estratgias tambm esto pre-
sentes no mundo empresarial. O que faz uma empresa decidir ampliar o negcio
de algo que ela est confortavelmente dominando o mercado para se aventu-
rar por outros caminhos? Por exemplo, uma empresa tradicionalmente uma
fabricante de automveis de luxo, mas decide passar a fabricar tambm autom-
veis populares. Qual o motivo dessa deciso? A resposta, basicamente, ganhar
mais dinheiro, dominar uma poro maior de mercado, garantir o posiciona-
mento da marca tambm em outros mercados.
O que isso tudo tem a ver com empreendedorismo e o comportamento do
empreendedor? Na verdade, tudo. Ao estudarmos estratgia, ficar claro para
voc como esse fundamento essencial para os empreendedores. Aqui vamos
dar alguns passos adiante do Plano de Negcios que vimos na unidade IV. Vamos
verificar, alm da teoria da administrao estratgica, casos de sucesso e de fra-
casso ao implementar-se uma administrao estratgica nas empresas. Esses
fundamentos auxiliaro voc, como empreendedor, a posicionar-se e antever
movimentos que certamente exigiro sua ao e isso tambm um exemplo
de estratgia. Vamos l ento?
Introduo
V
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
muito intrigante verificar que, no texto de Sun Tzu, ao discorrer sobre o
comportamento dos generais, esse estrategista prescreve comportamentos que
podem fazer com que as foras militares comandadas tenham xito no campo
de batalha. Essas prescries tm sido utilizadas para o ensino de logstica, de
economia, de administrao e em muitas outras cincias.
Na verdade, o que faz o livro ser to popular que ele trata de situaes
extremas e a guerra seja talvez a situao mais extrema que um ser humano
pode enfrentar mas ao mesmo tempo o faz de uma maneira prescritiva, que
recomenda o momento de atacar, de conservar posies, de buscar um enten-
dimento com o inimigo e at o momento de recuar.
Num dos trechos deste livro, Sun Tzu ensina:
Poder relativo entre as foras:
como voc planeja que seus funcionrios sejam treinados? Afinal, voc consi-
dera o treinamento algo importante para seu empreendimento?
Considere essa outra prola que lemos acima, a questo de recompensas e
castigos. evidente que hoje, nas estruturas empresariais, o sistema de recom-
pensas e castigos no como no tempo de Sun Tzu, mas ele existe ou pelo
menos deveria existir. Isso fica evidente nas empresas que possuem uma poltica
clara de distribuio de lucros e resultados e que possuem manuais de compor-
tamento e tica para disciplinar as aes de seus funcionrios.
Observe tambm que apenas nesse trecho vimos que preciso avaliar, com-
parar as foras. No foras militares, claro, mas foras empresariais. Dito de
forma simples, voc conhece quem so seus adversrios seus concorrentes
no campo de batalha, ou seja, no mercado em que voc atua?
Estudando esses movimentos todos das empresas, nasceu h algum tempo
o conceito de administrao estratgica. O surgimento desse conceito com-
preensvel. Como voc deve estar cansado de saber, as empresas no competem
apenas no quintal de casa como acontecia no passado. O ambiente competitivo
se ampliou de tal forma, o poder do consumidor ganhou contornos to surpre-
endentes, que possvel que um empreendedor de uma pequena empresa tenha
que enfrentar concorrentes que ele nem sequer tinha conhecimento que existia.
Essa a realidade atual. Gostando ou no, tendo cincia deste fato ou no, essa
a regra do jogo empresarial atual.
Vamos ento conhecer um pouco mais sobre este conhecimento chamado
administrao estratgica. Hermann (2005 apud GROSSI; OLIVEIRA FILHO,
2009, p. 4) define estratgia como uma ao de planejar e executar o crescimento
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DORNELAS, 2003, p. 02).
esperado, atravs da administrao estratgica, que as empresas tenham
condies de determinar uma srie de aes inter-relacionadas e coordenadas
com o objetivo de se atingir metas, aproveitando de forma eficaz as oportuni-
dades e ligando de uma maneira mais adequada com os riscos (SOUKI, 2002,
apud SALAZAR; DORNELAS, 2003, p. 02).
Essas definies nos remetem ao dinamismo que prprio do ambiente com-
petitivo em que as empresas esto inseridas. Para aquecer ainda mais esse vulco
de mudanas das empresas, ainda temos o fato de que as empresas, como no
so entidades isoladas e sim participam de forma sistmica na sociedade, afe-
tam e so afetadas por uma srie de eventos que ocorrem sua volta os quais no
tm, num primeiro momento, aparentemente nenhuma relao com a atividade
empresarial. As decises do governo so um exemplo claro disso. Dependendo
da poltica econmica e fiscal do governo, os impactos sobre a atividade empre-
sarial so enormes. Poderamos comparar, de forma simplista, ao que acontece
no meio de uma corrida de Frmula 1 quando, de uma hora para outra, comea
a chover no circuito. As equipes tm que adaptar suas estratgias e rapidamente
para continuar em condies de competitividade.
Muito interessante isso, no ?
Essas mudanas rpidas e constantes no ambiente foram as organizaes
a se adaptarem na mesma velocidade, sob pena de, caso isso no acontea, per-
derem seu espao no mercado, acabando por sucumbir frente aos concorrentes
mais geis. Vrias teorias organizacionais tentam explicar esse fenmeno, porm,
no nosso objetivo neste trabalho.
O objetivo de analisarmos os casos a seguir nos dar uma noo clara de como os
empreendimentos iniciam-se na prtica. Pode parecer, num primeiro momento,
que as estratgias utilizadas contradizem alguns pontos que consideramos ao
longo deste livro.
No pense assim. Na verdade, os casos demonstram que a estratgia sem-
pre esteve presente, em menor ou maior grau, e que a flexibilidade, sim essa, nos
casos de sucesso, uma marca registrada desses empreendimentos.
EstratgiaComoPrticaARealidadenosEmpreendimentos:CasosdeEstratgiaePrticadeEmpreendedorismo
V
O primeiro caso que vamos analisar destacado num artigo cientfico muito
interessante de autoria de Igor Alexander Bello Tasic e Tales Andreassi. O obje-
tivo desse artigo mostrar uma abordagem que indica que os empreendedores
avaliam, no incio dos seus empreendimentos, sua prpria averso perda, ou
o quanto eles suportam perder e, em decorrncia disso, experimentam vrias
estratgias distintas e combinaes diferentes de recursos, pelo fato de os recur-
sos j estarem sob seu controle.
Tomei a liberdade de fazer pequenas adaptaes no seu texto para extrair
o caso do portal Buscap, que auxilia os compradores a encontrarem as melho-
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
res ofertas de produtos na Internet. Dessa forma, as partes neste estudo de caso
que tratam especificamente da teoria explorada pelos autores foi suprimida para
destacar alguns aspectos fundamentais na estratgia de implantao da empresa.
Segue o estudo de caso para sua anlise:
pareceu estar muito presente no comeo Por fim, fundamental ressaltar na his-
das atividades da empresa. tria do Buscap o relacionamento dos
scios com os investidores no comeo da
Comentrio dos empreendedores: empresa. patente a preocupao e o en-
Existia um sentimento de cooperao e gajamento de todos com o projeto.
colaborao no mercado de internet. Isto
porque todos sofreram juntos, tiveram Comentrio dos empreendedores:
desafios em conjunto. Todos buscavam Os scios da E-Platform chegaram para
provar que a ferramenta funcionava [...] mim e falaram: Eu tenho uma carreira no
Isto parecia que era verdade no resto do Chase, vou largar esta carreira, vou ficar
mundo tambm. Havia um grande esp- sentado ao teu lado o dia inteiro e a gente
rito de coletividade. Todo mundo estava vai fazer captao. O outro virou e falou,
construindo uma coisa nova. Era bacana, olha, eu estou virando partner da McKin-
era hype. (em funo do forte relacio- sey daqui dois anos. Estou largando a
namento na indstria) [...] eles acabam McKinsey para ficar aqui. E mais dois em-
tendo um termmetro muito bom de ven- preendedores, que j tinham comeado
das na mo. outros negcios tambm falaram, esta-
mos largando tudo para ficar aqui o dia
Neste sentido, a empresa sempre buscou inteiro [...] O trade-off deles era grande, se
estabelecer o maior nmero possvel de o negcio no fosse para frente [...] Neste
parcerias desde o comeo das operaes. sentido, houve um fit natural
Consequentemente h uma relao mui-
to prxima entre parceiros e o Buscap. A entrada da E-Platform no negcio no
Criam-se vnculos e a noo de compro- apenas trouxe mais know-how de gesto
metimento mtua. ao Buscap, mas principalmente, trouxe
novos relacionamentos. Esta rede social,
Comentrio dos empreendedores: medida que se ampliava, trazia novos
Cada varejista que apostou naquele benefcios para a empresa (ex: primeira
momento no Buscap e que aposta at rodada de investimentos) que, em ltima
hoje, contribui diretamente para o cresci- instncia, permitiram aos empreendedo-
mento do negcio, com ideia, sugestes, res cristalizar e expandir seus objetivos
melhorias. uma relao muito ntima, iniciais.
muito prxima, muito direta [...] Sem os
varejistas apostarem no canal e estarem O capital intelectual acumulado pelo
desenvolvendo, mostrando as necessida- Buscap desde seu incio sempre foi alto.
des que eles tm, o Buscap no existiria Do ponto de vista tcnico, os trs scios
[...] sem esses inputs dos varejistas, eles formados em engenharia traziam um
estariam extremamente sozinhos. grande conhecimento de novas tecnolo-
gias e aplicaes, bem como tinha acesso
Estes relacionamentos so, portanto, a mentores e laboratrios de ponta na Es-
cruciais no entendimento do sucesso do cola Politcnica da USP. Do ponto de vista
modelo de negcio. Os parceiros, estimu- gerencial, contaram com a experincia de
lados pelo Buscap, atuam diretamente gesto do scio formado em administra-
no negcio da empresa o tempo todo. o e, posteriormente, com o capital inte-
lectual oriundo da E-Platform. O relato acima feito por um dos entrevis-
tados em relao ao momento de lana-
interessante notar o foco dos scios em mento do Buscap talvez a sntese da
acumular conhecimentos complemen- lgica que foi observada pelos empre-
tares (gesto) ao know-how tcnico que endedores no incio da empresa. Pouco
possuam e/ou tinha acesso. Este foi o fa- planejamento e muita flexibilidade pare-
tor crucial na escolha do investidor, ape- ciam resumir a forma de trabalhar. A no-
sar da grande quantidade de ofertas que o de tempo de mercado e alavancagem
tinham poca. sobre as contingncias ento existentes
acerca da indstria de internet criaram o
Comentrio dos empreendedores: Im- ambiente ideal para a construo do Bus-
portante falar como a gente escolheu o cap (TASIC e ANDREASSI 2007, pp. 7-13).
investidor. A gente no escolheu nenhum
estratgico, que poderia limitar nosso Vamos colocar um pouco de sensibi-
crescimento e a gente no pegou s di- lidade em nossos casos de empreen-
nheiro. Fomos atrs de um pessoal que dedorismo. O caso a seguir demonstra
traria know-how para a gente. Foi o caso uma tenacidade extraordinria, uma
da E-Platform. persistncia exemplar de uma empre-
endedora que soube aproveitar a cria-
Com esse equilbrio entre conhecimen- tividade com oportunidades de merca-
to tcnico e de gesto ainda no comeo do. Vamos ler com ateno:
do projeto, os empreendedores sempre
gozaram de um alto grau de profissiona-
lizao e responsabilidade na empresa.
Talvez at em funo da entrada de in-
vestidores capitalistas, a necessidade de
existncia de processos e transparncia
na gesto permitiu que o Buscap cres-
cesse sobre uma base de gesto profissio-
nal que tem permanecido.
produo. Atualmente a empresa conta sociedade com o Sr. Clio (seu atual s-
com onze lojas em Fortaleza, sendo trs cio), que mantinha trabalhos com as
prprias e duas na cidade de Natal-RN bandas que animavam os eventos car-
e est em um processo de abertura de navalescos da Bahia, desse casamento
duas novas lojas no interior do Estado. surgiu A Click Promoes e O Fortal, um
A produo (atualmente com 42 pro- evento de sucesso consolidado. A fora
dutos diferentes) toda centralizada na propulsora do empreendimento foi de-
fbrica situada na cidade de Caucaia e cisivamente a oportunidade percebida,
repassada, usando uma estrutura de lo- pelo empreendedor, no potencial de
gstica para as filiais e fraqueadas no Es- nossa cidade para um novo produto
tado como tambm na cidade de Natal. com caractersticas inovadoras para a
As lojas so responsveis pela fase final realidade dos eventos carnavalescos
de preparo e acabamento dos produtos no Cear. A escolha pelo ms de julho
e pelo atendimento ao cliente. (BAR- para a realizao do Fortal foi mais uma
ROS, FISA E IPIRANGA 2004) deciso visionria do empreendedor
que, veio a se configurar em um pleno
e indiscutvel sucesso. Atualmente o
principal produto da Click Promoes e
motivo de sua criao, o Fortal, j um
evento consolidado e consta do calen-
drio de eventos tursticos do estado,
divulgando o Cear no Brasil e exterior.
O trabalho em equipe uma tnica
dentro da empresa que conta com uma
estrutura diferenciada e adaptada para
os perodos de concentrao de traba-
lho e esforos como o caso da fase
shutterstock
que antecede o Fortal. Nesse perodo,
Nosso prximo caso tem a ver com a a estrutura torna-se mais grandiosa e
viso empreendedora que aproveita-se com mais pessoas engajadas nas ativi-
de vocaes locais da rea cultural para dades, muitas delas contratadas apenas
iniciar um prspero negcio. Vamos co- para esse perodo de organizao do
nhecer um pouco mais sobre Click Pro- evento, contando com vrias assesso-
moes: rias e equipes encarregadas por cada
atividade, porm sempre com a su-
A CLICK PROMOES E O EMPREEN- perviso constante do empreendedor
DIMENTO CRIATIVO que com sua presena demonstra sua
dedicao, respeito e valores pessoais.
A Click Promoes iniciou suas ativida- Aps o Fortal, a empresa retorna a uma
des em 1992 aps a experincia pionei- estrutura simplificada ficando apenas
ra e de claro xito do Bloco Araboneco aquelas pessoas necessrias para a
no pr-carnaval de Fortaleza daquele manuteno do dia a dia da empresa.
ano. Aps o sucesso do pr-carnaval de Aps cada evento, a Click promove uma
1992, decidiu-se pela a abertura de uma avaliao criteriosa dos resultados e do
desempenho dos diversos rgos en- qu voc faria de diferente nas mesmas
volvidos. Estatsticas de nmero de inci- circunstncias.
dentes, de furtos, roubos, atendimentos
mdicos, dentre outros so levantadas ENFRENTANDO O FRACASSO: O
para que se tenha uma real dimenso CASO DA EDITORA IMPERIAL LTDA
do porte do Fortal e para que sirva de
base para mudanas e correo das Perfil do empreendedor: um jovem
falhas ocorridas. Atualmente, o empre- que, aos 23 anos, recm-formado em
endimento mostra-se como sendo um uma conceituada escola de adminis-
grande organizador e congregador de trao brasileira, onde obteve prmios
empresas, pessoas e rgos para a or- de desempenho escolar, resolveu de-
ganizao de um evento j tido como mitir-se do programa de trainees de
da cidade. O Sr. Alton, como ideali- uma concorrida empresa de consultoria
zador do negcio, mostra-se com ca- internacional instalada no pas onde
ractersticas pessoais e gerenciais que fora aprovado e alar voo prprio. Entre
o tipificam como um empreendedor. A outras razes, foi motivado pelos trs
habilidade no relacionamento com as prmios que recebeu por um projeto
pessoas, a facilidade na soluo empreendedor desenvolvido nos anos
de problemas e a dinamicida- acadmicos, nas outras 26 ideias que
de no desenvolvimento das havia colecionado durante a faculda-
atividades profissionais de e no vislumbre de retorno alto. Ele
proporcionam atributos comeou a trabalhar em casa, no no
destacados e essenciais projeto vencedor dos prmios, mas em
para a prestao de servios outro. Acreditava estar diante de uma
de qualidade e com res- oportunidade com boas chances de su-
ponsabilidade perante a cesso que requeria investimento baixo
sociedade (BARROS, FISA e apresentava risco reduzido. Assim co-
E IPIRANGA 2004). meou o projeto do livro Torpeddo e da
Editora Imperial.
Oportunidade de negcio e
shutterstock fundao da empresa
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O BNDES o principal agente de fomento do Governo Federal e disponibili-
za linhas de crdito para empreendimentos novos e em andamento. Conhe-
a um pouco mais sobre as linhas do BNDES no endereo abaixo:
<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/
Apoio_Financeiro/>.
<www.faccamp.br/ojs/index.php/RMPE/article/view/237>.
Consideraes Finais
Os casos apontados nesta unidade tiveram como objetivo levar voc a refletir
em que condies os empreendimentos acontecem. Normalmente, vemos mui-
tos sonhadores empreendendo. O sonho, de fato, um elemento importante nos
empreendimentos. No entanto, sonhos sem consistncia permanecem apenas
como sonhos, uma imagem da realidade que nunca se concretiza.
Temos assim, em todas as unidades, uma linha clara de pensamento que
determina as caractersticas do empreendedor e dos seus empreendimentos: o
foco nos objetivos, a clareza das ideias, a noo de que necessrio planejamento
Consideraes Finais
1. Os casos apresentados nesta unidade so exemplos da vida real de
empreendimentos bem-sucedidos e de um caso de fracasso no ato de
empreender. Considerando os casos apresentados, elabore uma lista
de causas do sucesso e do fracasso dos empreendimentos estudados.
2. De acordo com as estatsticas do SEBRAE, um nmero significativo
de empreendimentos fracassa nos primeiros anos de vida. Pesquise
as estatsticas relacionadas a este fato e elabore uma tabela que indi-
que as causas e sua contribuio expressas em percentual para esses
eventos de fracasso.
3. Os empreendimentos locais so uma fonte interessante de informaes
para elaborao de estratgias para novos empreendedores. Afinal,
muita coisa interessante acontece em nossa regio e podemos apren-
der muito com isso. Pesquise localmente, na Associao Comercial de
seu municpio, informaes sobre nmeros de novos empreendimen-
tos nos ltimos 5 anos e seus ramos de atividade. Procure descobrir
quantos ainda esto ativos e o ndice percentual de empreendimentos
fracassados e as causas desse fracasso. Compare com os casos apre-
sentados nesta unidade.
156 - 157
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
158 - 159
Concluso
Prezado, estudante.
Foi com muita satisfao que apresentamos a voc os principais conceitos de em-
preendedorismo. um tema por demais fascinante e esperamos que voc tenha
realmente apreciado e, mais do que isso, que tenha construdo conosco uma base
conceitual importante para sua carreira.
Sim, porque mesmo que voc no pense em ser um empreendedor num novo ne-
gcio, voc pode ver que perfeitamente possvel demonstrar seu potencial dentro
da organizao da qual voc faz parte. So raros e muito valorizados os profissio-
nais que entendem que o intraempreendedorismo pode ser praticado com grande
sucesso nas organizaes para as quais trabalham e, dessa forma, diferenciar-se no
mercado profissional.
Ao longo da disciplina, foi disponibilizado o conhecimento dos principais conceitos,
das aes, das estratgias, dos instrumentos e de casos reais e simulados para que
voc pudesse ter uma viso geral sobre o assunto.
Vamos relembrar os pontos altos do que vimos durante nossa considerao?
Na unidade I, consideramos a definio e histria do empreendedorismo, os dife-
rentes tipos de empreendedorismo, uma forma comum de empreender que o
franchising, alm do papel social e econmico do empreendedorismo.
Voc percebeu que a histria do empreendedorismo remonta aos primrdios das
organizaes sociais, especialmente quando o elemento econmico ganhou im-
portncia nesses arranjos. De fato, notamos que em todos os momentos, algum
assume o risco de uma atividade, esperando ter vantagens econmicas nesse pro-
cesso. Ao fazer isso, constroem-se novas formas de fazer as coisas, novos produtos
e processos, sendo, portanto, a inovao uma marca registrada do empreendedor.
evidente que empreender no uma tarefa simples. Por essa razo, uma forma
que ganhou corpo no sculo passado e continua muito atrativa o franchising, que,
de certa forma, poupa ao empreendedor algumas etapas que marcam um empre-
endimento convencional. No que o franchising seja isento de risco, porm os ris-
cos so mitigados com a parceria com o franqueador, que j detm o know-how
da atividade, j realizou estudos de viabilidade, um planejamento consistente de
marketing e, tudo isso, contribui para que os riscos sejam menores.
Observando as estatsticas do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE e do prprio
SEBRAE constatamos que as micro e pequenas empresas, que representam a gran-
de maioria dos empreendimentos em atividade, desempenham um importante pa-
pel social por empregar a maior parte da mo de obra no Brasil.
Na unidade II, aprendemos sobre as caractersticas e perfil do empreendedor, mitos
sobre o empreendedorismo, o processo empreendedor, a gerao de ideia e identi-
ficao de oportunidades e a formao do empreendedor.
Embora muitas ideias romnticas cerquem o tema empreendedorismo, foi possvel
Concluso
Concluso
tar conformadas com sua atual situao, mas podem empreender de outras formas
no econmicas no seu meio social, na sua igreja, no seu clube. Pensamos quase
sempre em empreender como atividade econmica, mas nem sempre isso deter-
minante no perfil do empreendedor. Muitos so empreendedores sociais e fazem a
diferena na vida de muitas outras pessoas.
Cuidado com os exemplos de pessoas bem-sucedidas que surgiram do nada e hoje
so apontados como casos de sucesso. Vimos que isso so excees e no a regra.
Muitas pessoas, de fato, enriqueceram vindas do nada e sem nenhum preparo for-
mal, mas esse fato no se reproduz para todos. Se assim fosse, teramos milhes de
Silvios Santos no mercado. O que mais podemos observar, contudo, so pessoas
bem-sucedidas e satisfeitas com suas realizaes, que as alcanaram depois de um
intenso e extenuante caminho de gerao de ideias, testes e estudos de viabilidade
e muitas reerguendo-se de fracassos experimentados ao longo do caminho.
Esperamos que os conhecimentos que abordamos aqui sejam teis para voc como
foram para ns. teis no sentido de contribuir para o seu desenvolvimento pessoal,
da construo coletiva do conhecimento, de apontar novos caminhos e inspiraes
para que voc siga uma carreira de sucesso.
As fases de nossa vida so marcadas por acontecimentos singulares, como a obten-
o de uma educao superior, o casamento ou nascimento de filhos e outras oca-
sies memorveis. Esperamos que o conhecimento sobre empreendedorismo seja
ao menos uma fagulha na grande fogueira de ideias que fervilha em sua mente, que
voc se sinta, de fato, incomodado com o que aprendeu e que faa alguma coisa a
respeito, empreendendo uma ideia que pode mudar sua vida, a vida dos que voc
ama e, quem sabe, uma partezinha do mundo.
Sucesso a todos!
Professora Bianca
Professor Paulo
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Referncias