Perícia Fisioterapêutica
Perícia Fisioterapêutica
Perícia Fisioterapêutica
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Sumário
Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
PALAVRA DO PRESIDENTE
DO COFFITO 3
CONVÊNIO 5
INTRODUÇÃO 7
PERÍCIA FISIOTERAPÊUTICA
E PERÍCIA MÉDICA 8
REGULAMENTAÇÃO DA ESPECIALIDADE
EM FISIOTERAPIA DO TRABALHO 11
RESOLUÇÃO SOBRE FISIOTERAPEUTA
PERITO 14
ACÓRDÃO 17
CONQUISTAS 20
ANEXOS 24
Expediente
Ano I/2016
Primeira Edição da Cartilha Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judical e
Assistência Técnica
Produção Gráfica: COFFITO/Gestão 2016-2020
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Perícia Fisioterapêutica Sistema COFFITO/CREFITOs
PALAVRA DO
PRESIDENTE
RECONHECENDO COMPETÊNCIAS E
GARANTINDO BENEFÍCIOS AO USUÁRIO
O COFFITO, em sua premissa, busca sempre proteger a sociedade e assegurar
o correto exercício das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.
Logo, seria no mínimo prejudicial se ignorássemos as enfermidades geradas
pelos novos costumes da população e o progresso dos novos tratamentos.
Essa mudança contínua é o que impulsiona o Conselho Federal a exercer outro
papel fundamental, ou seja, o de regulamentar a prática profissional para, as-
sim, novamente cumprir sua função social.
Essa é uma postura da autarquia desde a sua criação, em 1975. As profissões
cresceram, se modificaram e encontraram novas áreas que, devido sua resolu-
tividade e benefícios, foram sendo incluídas nas competências do fisioterapeu-
ta e do terapeuta ocupacional por meio de resoluções e acórdãos. Aliás, cabe
enfatizar que, antes de normatizar, o COFFITO realiza estudos, muitas vezes
junto a entidades científicas, para avaliar se os métodos, as técnicas, e as pro-
postas de novas especialidades integram os campos de atuação da Fisioterapia
e da Terapia Ocupacional.
Em 2008, reconhecemos um novo campo profissional, a Fisioterapia do Tra-
balho, com objetivos muito claros aliados à funcionalidade do indivíduo e sua
relação com o posto de trabalho. Partindo dos preceitos da ergonomia e das
necessidades do indivíduo ou, em alguns casos, levando em consideração as
lesões posturais geradas pelo ambiente, os fisioterapeutas começaram a atuar
no estudo ergonômico dos locais de trabalho para promover a saúde e evitar
prejuízos à funcionalidade do profissional. Os fisioterapeutas ainda propuse-
ram novas atividades de prevenção no campo laboral e aplicaram dentro das
empresas conhecimentos específicos da profissão relacionados à avaliação da
capacidade funcional.
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
Essa relação entre o homem e a sua atividade laboral fez com que surgisse um
novo campo para atuação profissional, o de perícia. O motivo é que o profis-
sional se aperfeiçoou nas enfermidades que poderiam ser ocasionadas pelos
fatores de risco do local de trabalho. Sem o auxílio ergonômico, a prevenção
e a promoção de saúde, muitas lesões poderiam ser originadas, muitas delas
provocando o afastamento do profissional da empresa. E foi neste momento
preciso que a Fisioterapia encontrou a Perícia, e trouxe à lei um novo cenário.
A Perícia Fisioterapêutica, dividida em Avaliação Ergonômica e Capacidade
Funcional, surge para possibilitar um parecer que explique além da doença,
mas sob o ponto de vista da funcionalidade do trabalhador, medindo, dessa
maneira, a real situação do funcionário com o seu ambiente de trabalho. Re-
sumindo, o profissional passa a avaliar os fatores de risco do local de trabalho;
os ângulos e os movimentos executados pelo trabalhador sob a perspectiva
de futuros prejuízos; verifica se a lesão apresentada corresponde às tarefas
executadas no labor; e analisa a existência de danos funcionais à saúde do
trabalhador.
O exercício da Perícia por outras profissões da Saúde já chegou aos tribunais e
está em discussão no Congresso Nacional. O reconhecimento da abrangência
de conhecimento de outras áreas sobre as enfermidades dos usuários apresen-
ta uma nova realidade à perícia, e aos direitos do trabalhador e da empresa.
A importância do trabalho realizado pelo profissional, assim como os benefí-
cios ofertados à sociedade estão entre as razões que nos motivaram, por meio
da Câmara Técnica Federal de Fisioterapia do Trabalho e Perícia do COFFITO, a
desenvolver o material desta cartilha. Este material nos permitirá uma maior
visibilidade do assunto e possibilitará ao usuário, ao profissional e ao Judiciário
mais clareza sobre o trabalho realizado pelo Fisioterapeuta Perito.
Fiquem certos de que, entre as missões principais do COFFITO, está a de apoiar
o desenvolvimento técnico e científico das profissões, para, assim, assegurar o
crescimento da Fisioterapia no Brasil e a qualidade do atendimento à população.
Boa leitura!
Um abraço!
Dr. Roberto Mattar Cepeda
Presidente do COFFITO - Gestão 2016-2020
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Sistema COFFITO/CREFITOs
CONVÊNIO
Em 2008, foi publicada a Resolução-COFFITO nº 360, que estabeleceu critérios
para a celebração de convênios e parcerias entre entidades associativas de
caráter nacional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. Essa foi a primeira
etapa para a criação, normatização e reconhecimento de Especialidades Pro-
fissionais e Áreas de Atuação em Fisioterapia e em Terapia Ocupacional, entre
elas, a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho, disciplinada tam-
bém em 2008, por meio da Resolução-COFFITO nº 351.
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
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Sistema COFFITO/CREFITOs
INTRODUÇÃO
Esta cartilha foi construída pelo COFFITO, advinda das demandas trazidas pela
sociedade profissional atuante na área pericial.
Este material tem como objetivo levar à sociedade em geral, e em especial ao
Judiciário, a clareza acerca da regulamentação da Perícia Fisioterapêutica, nas
mais variadas esferas de atuação, e da importante contribuição que o profis-
sional da Fisioterapia traz para a Justiça brasileira, além de esclarecer pontos
controversos da atuação médica e fisioterapêutica.
Diante do atual Código de Processo Civil, art. 156, § 1º, todo fisioterapeuta,
devidamente registrado no Conselho de Classe de sua circunscrição, é profis-
sional habilitado para atuar como perito no fomento à justiça.
As Resoluções-COFFITO nº 370, nº 424, nº 464 e nº 466, normatizam a atuação
do fisioterapeuta na seara pericial.
Você encontrará nas páginas a seguir um capítulo sobre a atuação do Perito
Fisioterapeuta e a diferença em relação à Perícia Médica, demonstrando que
atuam com conhecimentos independentes e próprios a cada formação, po-
dendo operar em conjunto. Ainda, conquistas recentes da Fisioterapia na área
de perícia e, por fim, as normativas do COFFITO que prorporcionam esclareci-
mentos sobre o trabalho desenvolvido pelo Fisioterapeuta Perito.
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
PERÍCIA FISIOTERAPÊUTICA E
PERÍCIA MÉDICA
A perícia é estabelecida no Código de Processo Civil Brasileiro – CPC, Capítulo
III “Dos Auxiliares da Justiça”, Seção II “Do Perito”, em seu art. 156:
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Sistema COFFITO/CREFITOs
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
PERÍCIA MÉDICA
CONTROVÉRSIA COMPETÊNCIA TÉCNICA
A perícia médica tem como premissa esta-
Presença ou não da doença -
belecer o diagnóstico nosológico, dizer se
Diagnóstico Médico
o requerente está ou não doente.
PERÍCIA FISIOTERAPÊUTICA
CONTROVÉRSIA COMPETÊNCIA TÉCNICA
De acordo com a CBO e as resoluções
profissionais da Fisioterapia, o estabele-
Nexo Causal/Concausa cimento ou não do nexo causal/concausa
entre a doença e a atividade necessita do conhecimento técnico cientí-
laboral fico da cinesiopatogenia (quais movimen-
tos corporais que são responsáveis por
causar a doença em questão).
De acordo com o diagnóstico do fisiote-
rapeuta (Resolução-COFFITO no 80), que
trata da funcionalidade humana, este é o
Capacidade Funcional profissional mais habilitado para tal pare-
Residual que a doença está cer! Um protocolo de avaliação da capa-
causando no requerente cidade funcional para a perícia judicial foi
validado em tese doutoral, publicada no
congresso internacional de ergonomia e
revista científica.
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REGULAMENTAÇÃO DA ESPECIALIDADE
EM FISIOTERAPIA DO TRABALHO
Em 2003, o COFFITO reconheceu a atuação do fisioterapeuta no âmbito do
trabalho. Em 2011, por meio da Resolução-COFFITO nº 403, foi disciplinada a
especialidade profissional de Fisioterapia do Trabalho. Em 2016, com a Reso-
lução-COFFITO n0 465, a regulamentação da Fisioterapia do Trabalho foi atu-
alizada.
Veja abaixo os destaques da nova Resolução, especialmente o artigo 30, que
trata sobre as Grandes Áreas de Competência para exercer a Fisioterapia do
Trabalho.
□□ Realizar avaliação e diagnóstico cinesiológico-funcional, por meio da
consulta fisioterapêutica (solicitando e realizando interconsulta e enca-
minhamento) para exames ocupacionais complementares, reabilitação
profissional, perícia judicial e extrajudicial. Na execução de suas compe-
tências o Fisioterapeuta do Trabalho ainda poderá:
a) Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes fun-
cionais;
b) Solicitar, realizar e interpretar exames complementares;
c) Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico;
d) Planejar e executar medidas de prevenção e redução de risco;
e) Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais;
f) Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e tecnolo-
gia assistiva;
g) Determinar as condições de alta fisioterapêutica;
h) Prescrever a alta fisioterapêutica;
i) Registrar, em prontuário, consulta, avaliação, diagnóstico, prog-
nóstico, tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta
fisioterapêutica;
□□ Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinesiome-
canoterapêutico, massoterapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico,
fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, aeroterapêutico
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
entre outros;
□□ Realizar Análise Ergonômica do Trabalho (AET), Laudo Ergonômico, Pa-
recer Ergonômico, Perícia Ergonômica (de acordo com as leis e normas
vigentes);
□□ Implementar cultura ergonômica e em Saúde do Trabalhador, por meio
de ações de concepção, correção, conscientização, prevenção e gestão
em todos os níveis de atenção à saúde e segurança do trabalho, ergo-
nomia, riscos ambientais, ecológicos, incluindo atividades de educação
e formação;
□□ No âmbito da gestão ergonômica, realizar a análise e adequação dos flu-
xos e processos de trabalho; das condições de trabalho; das habilidades
e características do trabalhador; dos ambientes e postos de trabalho;
das pausas, rodízios de grupamento muscular, ginástica laboral; ensinar
e corrigir modo operatório laboral; além de outras ações que promovam
melhora do desempenho morfofuncional no trabalho, podendo, ainda:
a) Atuar junto às CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Aci-
dente do Trabalho);
b) Auxiliar e participar das SIPATs (Semanas Internas de Prevenção
de Acidentes do Trabalho), SIPATRs (Semanas Internas de Preven-
ção de Acidentes no Trabalho Rural), entre outros;
c) Auxiliar e participar na elaboração e atividades do PPRA (Progra-
ma de Prevenção de Riscos Ambientais), entre outros;
d) Elaborar, auxiliar, participar, implantar e/ou coordenar progra-
mas e processos relacionados à saúde do trabalhador, acessibilida-
de e ao meio ambiente;
□□ Elaborar, implantar, coordenar e auxiliar os Comitês de Ergonomia (CO-
ERGO);
□□ Estabelecer nexo causal, tanto para diagnóstico de capacidade funcional
quanto para perícia ergonômica;
□□ Avaliar, elaborar, implantar e gerenciar a qualidade de vida no trabalho
e projetos e programas de qualidade de vida, ergonomia e saúde do
trabalhador; promovendo a saúde geral e bem-estar do trabalhador, in-
cluindo grupos específicos como: gestantes, hipertensos, sedentários,
obesos entre outros;
□□ Atuar em programas de reabilitação profissional, reintegrando o traba-
lhador à atividade laboral;
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
a) Módulo Jurídico;
b) Módulo de Procedimentos em Perícia Fisioterapêutica; e
c) Módulo na Área de Conhecimento Específica, objeto da perícia.
VIII) A carga horária mínima dos cursos de Perícia Judicial e Assistência Técnica
para fisioterapeutas, somando-se os 3 (três) módulos, deverá ser de 180 horas
presenciais, seguindo as diretrizes do Ministério da Educação e Cultura (MEC),
para os cursos de aperfeiçoamento profissional.
IX) O Módulo Jurídico, com carga horária mínima de 20 horas presenciais, de-
verá ser ministrado por profissional do Direito, vinculado a alguma carreira
jurídica, contendo no mínimo os seguintes conteúdos: a) Conceitos jurídicos;
b) Organização do processo judicial; c) Leis, normas regulamentadoras e dire-
trizes do processo pericial; e d) Linguagem jurídica.
X) O Módulo de Procedimento em Perícia Fisioterapêutica, com carga horária
mínima de 100 horas presenciais, deverá ser ministrado por profissional fisio-
terapeuta – que comprovadamente possua experiência na área como perito
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Sistema COFFITO/CREFITOs
assegura Perícia Fisioterapêutica
nos Tribunais Brasileiros
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
ANEXOS
RESOLUÇÃO Nº 351, DE 13 DE JUNHO DE 2008
(DOU nº 114, Seção 1, página 58, em 17/06/2008)
O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso
das atribuições legais conferidas pelo inciso II do artigo 5º da Lei nº 6.316, de
17 de dezembro de 1975, em sua 170ª Reunião Extraordinária, realizada nos
dias 13 e 14 de junho de 2008, em sua sede, situada no SRTVS, Quadra 701,
Conj. L, Ed. Assis Chateaubriand, Bl. II, Salas 602/614, Brasília – DF,
CONSIDERANDO a evolução acadêmica, científica e social da Fisioterapia, o
aprofundamento de conhecimentos em áreas específicas da assistência fi-
sioterapêutica, dotando os Fisioterapeutas de especificidades acadêmicas e
científicas que os qualifiquem com maiores graus de complexidade, para assim
promover assistência às demandas da saúde funcional com maior propriedade
e resolutividade;
CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), em
seu artigo 6º, parágrafo 3º, regulamentou os dispositivos constitucionais sobre
Saúde do Trabalhador como “um conjunto de atividades que se destina, atra-
vés das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabi-
litação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos
das condições de trabalho”;
CONSIDERANDO que o Fisioterapeuta é profissional autônomo, cujas compe-
tências e habilidades abrangem a atuação no âmbito da saúde funcional do
trabalhador;
CONSIDERANDO a necessidade de normatizar a atividade dos fisioterapeutas
que atuam na área da saúde do trabalhador;
CONSIDERANDO a Resolução-COFFITO nº 259, de 18 dezembro de 2003, que
dispõe sobre a Fisioterapia do Trabalho;
CONSIDERANDO a Portaria GM/MS nº 1.125, de 6 de julho de 2005, que dispõe
sobre os propósitos da política de saúde do trabalhador para o SUS;
CONSIDERANDO o contingente de profissionais fisioterapeutas que se evidenciam
como detentores de competências específicas na área de saúde do trabalhador;
CONSIDERANDO que as LER/DORT são consideradas doenças vinculadas ao
trabalho, tendo sua etiologia na organização e nas causas biomecânicas da ati-
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Perícia Fisioterapêutica - Perícia Judicial e Assistência Técnica
RESOLVE:
Art. 1º - Os convênios e/ou parcerias institucionais celebrados entre o COFFITO
e as entidades associativas, legalmente constituídas, representativas de cada
profissão ou de ambas, terão como objetivo a fixação de critérios para a cria-
ção, normatização e reconhecimento de Especialidades Profissionais e Áreas
de Atuação em Fisioterapia e em Terapia Ocupacional e deverão obedecer aos
trâmites previstos no inciso XV do artigo 8º da Resolução-COFFITO nº 181, de
25 de novembro de 1997, submetendo ao Plenário do COFFITO para relatoria,
análise conclusiva e deliberação.
Art. 2º - Os critérios a serem estabelecidos pelos convênios, sempre firmados
após análise conclusiva e deliberativa do Plenário, terão como parâmetros os
aspectos científicos, culturais e éticos destinados a propiciar o aprimoramento
técnico-científico para o exercício profissional especializado, considerando os
avanços da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional desenvolvidos em diversas
esferas políticas, sociais e do conhecimento.
Parágrafo único. O objeto do convênio e/ou parceria não pode, a qualquer tí-
tulo, conflitar e/ou derrogar o poder normatizador e deliberativo do COFFITO,
expressado nas ações e deliberações do seu Plenário, conforme norma do ar-
tigo 5ª da Lei 6.316/75.
Art.3º - Serão reconhecidos, para efeito de registro como especialistas no Con-
selho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, os profissionais fisiote-
rapeuta e terapeuta ocupacional que cumprirem as exigências a serem fixadas
por Resoluções editadas pelo COFFITO.
Art. 4º - Serão concedidos certificados de áreas de atuação em Fisioterapia ou
Terapia Ocupacional aos profissionais fisioterapeuta e terapeuta ocupacional
que cumprirem as exigências a serem fixadas por Resoluções editadas pelo
COFFITO.
Art. 5º - Ocorrendo inobservância ao disposto nesta Resolução ou a qualquer
ato normativo disciplinador das atividades profissionais referidas nesta norma,
o Plenário poderá rescindir o convênio celebrado.
Art. 6º - Ficam revogadas as Resoluções-COFFITO nº 207, COFFITO nº 208, am-
bas de 17 de agosto de 2000, e COFFITO nº 336, de 8 de novembro de 2007.
Art. 7º - Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO.
Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
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II - exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos pre-
ceitos da ética profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preser-
vando a honra, o prestígio e as tradições de sua profissão;
III - utilizar todos os conhecimentos técnico-científicos a seu alcance e apri-
morá-los contínua e permanentemente, para promover a saúde e prevenir
condições que impliquem em perda da qualidade da vida do ser humano;
IV - manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em ra-
zão de sua atividade profissional e exigir o mesmo comportamento do pes-
soal sob sua direção, salvo situações previstas em lei;
V - colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em caso
de guerra, catástrofe, epidemia ou crise social, sem pleitear vantagem pes-
soal incompatível com o princípio de bioética de justiça;
VI - oferecer ou divulgar seus serviços profissionais de forma compatível
com a dignidade da profissão e a leal concorrência;
VII – cumprir os Parâmetros Assistenciais e o Referencial Nacional de Proce-
dimentos Fisioterapêuticos normatizados pelo COFFITO;
VIII - cumprir e fazer cumprir os preceitos contidos neste Código, indepen-
dente da função ou cargo que ocupa, e levar ao conhecimento do Conselho
Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional o ato atentatório a qualquer
de seus dispositivos, salvo as situações previstas em legislação específica.
Art. 10 - É proibido ao fisioterapeuta:
I - negar a assistência ao ser humano ou à coletividade em caso de indubi-
tável urgência;
II - recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar, quando:
a) desnecessário;
b) proibido por lei ou pela ética profissional;
c) atentatório à moral ou à saúde do cliente/paciente/usuário;
d) praticado sem o consentimento formal do cliente/paciente/usuário
ou de seu representante legal ou responsável, quando se tratar de me-
nor ou incapaz.
III – praticar qualquer ato que não esteja regulamentado pelo Conselho Fe-
deral de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional;
IV- autorizar a utilização, ou não coibi-la, mesmo a título gratuito, de seu
nome ou de sociedade que seja sócio, para atos que impliquem na mercanti-
lização da saúde e da Fisioterapia em detrimento da responsabilidade social
e socioambiental.
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VIII – Perícias.
Art. 6º A atuação do Fisioterapeuta do Trabalho se caracteriza pelo exercício
profissional em todos os níveis de atenção à saúde, com ações de prevenção,
promoção, proteção, rastreamento, educação, intervenção, recuperação e re-
abilitação do trabalhador, nos seguintes ambientes, entre outros:
I – Hospitalar;
II – Ambulatorial;
III – Domiciliar e Home Care;
IV – Públicos;
V – Filantrópicos;
VI – Militares;
VII – Privados;
VIII – Terceiro Setor;
IX – Rede pública em saúde do trabalhador, como, por exemplo, participar da
rede pública de atenção e assistência em saúde do trabalhador como a RE-
NAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador), CEREST
(Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).
Art. 7º Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO.
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a
Resolução-COFFITO nº 403, de 18 de agosto de 2011.
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