Método Delavier
Método Delavier
Método Delavier
DELAVIÉR DE
MUSCULAÇÃO
Resumo comentado
Fatores que estimulam o crescimento muscular
TENSÃO DE ESTIRAMENTO- Contrações excêntricas;
TENSÃO DE CONTRAÇÃO
TEMPO SOB TENSÃO- Trabalhar com cargas entre 70 e 80 % do máximo para ter combinação
de carga absoluta e tempo sob tensão
QUEIMAÇÃO MUSCULAR- O fluxo de ácido lático aos músculos é sinal de que os mesmos se
encontram no limite do que podem suportar metabolicamente. É um sinal anabólico mais
químico do que mecânico. Constitui um método um tanto traumático.
1- GENÉTICA
2- PREFERENCIA ESPORTIVA
3- DIFICULDADES DE RECRUTAMENTO MUSCULAR
Para quem nunca praticou alguma atividade física, as séries de 100 repetições compensam
a ausência deste trabalho.
ENCONTRAR O MÚSCULO
Em um treino devemos “encontrar” a contração do músculo que queremos desenvolver.
Devemos contrair o mais fortemente possível o músculo desejado. Quando encontrarmos,
manteremos a contração pelo maior tempo possível esquecendo do resto –carga,número de
séries, número de repetições.
A PRÉ- EXAUSTÃO- se bem empregada, pode sensibilizar o sistema nervoso. Para isso, deve-se
para 2 ou 3 repetições antes da falha. É mais apropriada para músculos menores como
posterior de ombros, bíceps e tríceps.
Técnicas menos traumatizantes- treinos leves de “pump” muscular e que não alonguem muito
o músculo.
MODULAR A VELOCIDADE DE EXECUÇÃO DAS
REPETIÇÕES: VIRTUDES DO SUPERLENTO:
1- Menos traumatizantes para os músculos e articulações;
2- Exigem menos influxo nervoso;
3- Aumentam os tempos sob tensão;
4- Aumentam as chances de sentir músculos menos recrutados
O superlento é uma variante boa para treinar entre 2 sessões explosivas ou para trabalhar
pontos fracos
A QUEIMAÇÃO
Além de estimular o processo anabólico, outra vantagem da queimação é a ajuda em sentir os
músculos trabalhados. Treinar com suavidade em séries longas, permitirá uma queimação
intensa.
A queimação não começa a aparecer de maneira significativa até que se façam pelo menos 12
repetições intensas. Assim, o melhor é buscar a queimação nos dias de treino leve. Melhores
métodos para queimação: drop set, tensão contínua,super set.
AS SÉRIES DE 100
Escolhe-se um peso que se consiga fazer 25 repetições sem muito esforço. Em geral se chega
bem à umas 30 á 35 repetições. Então dá uma pausa de 5 à 10 segundos e vai à 50 repetições.
Daí, pode-se reduzir um pouco a carga e ir de 10 em 10 repetições até chegar em 100.
3-AUMENTAR A RESISTÊNCIA
COMPREENDENDO AS DORES
Certos tipos de dores são mais produtivos em termos de ganho muscular, enquanto outros são
menos. Em termos gerais, quanto mais localizada no ventre muscular for a dor, maior será a
resposta hipertrófica do músculo. Ao contrário, quanto mais localizada na junção miotendínea
for a dor, menor impacto ela terá sobre a musculatura.
DORES INDUZIDAS POR EXERCÍCIO NOVO- a dor é causada pelo estiramento muscular de
forma inabitual. Tende a se localizar na junção miotendínea. Pouco produtivo em termos de
hipertrofia.
DORES INDUZIDAS PELOS PESOS LIVRES-como a resistência oferecida pelos pesos livres é
diferente das máquinas, é normal sentir dores quando começa a treinar com pesos livres.
Mesmo sendo temporárias, essa dores são suficientemente produtivas em termos de
hipertrofia.
DORES INDUZIDAS POR UM TREINO CONCÊNTRICO INTENSO- a dor é em geral bem centrada
no músculo;
ESCOLHER A VARIEDADE
Se depois de 3 à 5 séries de um mesmo exercício a força desaparece, o melhor é:
- trocar de exercício para o mesmo músculo. Se notamos que a força foi recuperada é
sinal que foi a estratégia apropriada;
-se no segundo exercício, a carga é inferior e nos cansamos igual, não deveríamos ter
trocado.
PREVENÇÃO DE LESÕES:
1-EQUILÍBRIO DE FORÇA EM TER ANTAGONISTAS;
2-INGESTÃO DE GLUCOSAMINA
3-TÉCNIVAS DE DESCOMPRESSÃO
Este segmento é muito solicitado nos exercícios de infraespinhal. Para acentuar o trabalho de
deltoides prioriza-se os picos de contração desses exercícios.
INFRAESPINHOSO
É importante fazer exercícios de fortalecimento para o infraespinhoso- rotação externa
de ombros.
TRAPÉZIO
No trabalho de trapézio, uma pegada mais estreita permite bum melhor alongamento
mas prejudica o pico de contração. Já uma pegada mais aberta, não permite tanto
alongamento mas permite um maior pico de contração
PEITORAL
AS 5 DIFICULDADES DO PEITORAL
1- FALTA DE MASSA- Como os peitorais são músculos que podem ser pouco
utilizados diariamente, é normal ter dificuldades de recrutamento. Ter ombros
e/ou braços fortes pode dificultar ainda mais a ativação do peitoral nos
supinos. Adicionar mais peso à barra também não será a solução. Isso só irá
deteriorar o movimento atrapalhando ainda mais a ativação do peitoral. Os
exercícios de isolamento são ideais para sensibilizar os peitorais fazendo-os
serem ativados. Quando for passar para o supino, as cargas devem ser
moderadas para não se perder a tensão muscular.
É conveniente também mudar a percepção de falha. A série deve ser
interrompida quando não for mais possível sentir satisfatoriamente a contração
dois peitorais. Essa é a falha sensitiva que será usada ao invés da falha clássica.
A fadiga poder deteriorar a execução do supino fazendo com que os peitorais
participem cada vez menos do exercício, à medida que a fadiga avança. Com o
passar do tempo a falha sensitiva se aproximará cada vez mais da falha clássica.
As séries de 100 repetições podem ser muito úteis na fase de aprendizagem
motora. Para essas séries, o ideal é fazer exercícios isolados.
2- FALTA DE PEITORAL SUPERIOR- comum em atletas que têm a inserção do
tendão na parte muito superior do braço. Com a inserção do tendão muito
próxima do ombro, o peitoral superior não é suficientemente estirado, fazendo
com que os supinos recrutem prioritariamente a parte inferior do peito e os
deltoides. Para resolver o problema, deve –se priorizar exercícios unilaterais
que mantém o ombro em retração e favorece a ativação do peitoral maior.
3- FLACIDEZ DA PARTE INTERNA DOS PEITORAIS- é um problema que
frequentemente acontece. Se as teorias sobre fisiologia muscular estivessem
corretas, esse fenômeno não deveria existir. Porém constata-se que a falta de
definição no “miolo” do peito afeta muitos atletas. Isso acontece porque as
pegadas abertas no supino trabalham prioritariamente as fibras situadas na
parte externa dos peitorais.
Para trabalhar-se a parte interna dos peitorais deve-se usar halteres –pela
maior liberdade de movimento-, ou usar uma pegada mais estreita, ou então
cruzar os braços um sobre o outro nos exercícios de cross over.
Supersets para “miolo” do peito:
- pré exaustão: cross over+ supino fechado
-pós exaustão:supino fechado+cross over.
APOIO:
-quanto mais as mãos permanecerem afastadas, mais se trabalhará a parte externa do
peitoral;
-quanto mais próximas as mãos permanecerem próximas, mais se trabalhará a parte
interna do peito
BÍCEPS
OS 5 OBSTÁCULOS DO BÍCEPS
1- FALTA DE MUSCULATURA
2- BÍCEPS CURTOS: se não é possível alongar o bíceps sobre o antrebraço, pode-se
subir o antebraço em direção ao bíceps desenvolvendo o braquioradial
3- DESEQUILÍBRIO ENTRE AS CABEÇAS LONGA E CURTA: em uma pose de duplo
bíceps pode-se observar:
- visto de frente, uma falta de definição e de pico é sinal de uma deficiência de
cabeça curta
-visto de costas, uma falta de definição é sinal de uma deficiência de cabeça
longa.
4-FALTA DE BRAQUIAL
5-DORES NO BÍCEPS
CONFLITOS ANATÔMICOS
Os atletas com braços com maior valgo devem priorizar as barras “W”, pois
durante a flexão do cotovelo as mãos são naturalmente afastadas do corpo, o
que sendo feito com uma barra reta força os tecidos moles do cotovelo ou
punho. Esse fenômeno é ainda mais pronunciado nos hiperpronadores.
HIPERSUPINADORES- Conseguem girar a palmam da mão para fora em
supinação
HIPERPRONADORES-conseguem girar bem a palma da mão para fora em
pronação
Consequências:
-Os hipersupinadores têm facilidade em utilizar a barra reta, já que geralmente
têm os braços mais retos- sem valgo. Da mesma forma, toleram bem uma
pegada mais fechada nas roscas bíceps e nas puxadas supinadas.
-Os hiperpronadores têm dificuldades de usar a barra reta nas roscas. Quanto
maior for o valgo, maior será a dificuldade. Os hiperpronadores terão também
dificuldades de usar uma pegada mais fechada nas roscas bíceps e nas puxadas
supinadas. Para minimizar isso, é importante utilizar barras curvadas ou
halteres.
Os hiperpronadores terão facilidade em fazer rosca invertida na barra reta.
NOTA IMPORTANTE: se para certa pessoa o uso de barra reta causa problemas
nos exercícios de bíceps, ela irá reciprocamente , causar problemas nos
exercícios de tríceps.
ANTEBRAÇO
DORES NO ANTEBRAÇO: Vários atletas sofrem de dores no antebraço ou nos
punhos. Essas dores resultam de:
1-predisposições anatômicas, fatores de risco:
- um valgo pronunciado;
-uma hiperpronação;
-antebraço longo, mas com músculos curtos
2-desrespeito a regras simples como:
-esticar os braços com as mãos em supinação nos exercícios de bíceps, costas
ou peito;
-falta de reforço nos músculos do antebraço;
-desequilíbrio de força entre os músculos extensores e flexores do antebraço;
-não aquecer suficientemente o antebraço antes de treinar.
TRÍCEPS
DORES NO TRÍCEPS
O fato de não levar em conta um valgo acentuado explica o aparecimento de
diversas patologias no cotovelo. Se o valgo afeta a trajetória do bíceps, ele vai
afetar igualmente a contração do tríceps. O uso da barra reta diminui o grau de
liberdade dos movimentos e pode colocar o cotovelo em posições delicadas.
Deve-se priorizar o trabalho com barras tortas, halteres ou trabalho unilateral
na polia.
QUADRÍCEPS
AGACHAMNETO COMPLETO:
VANTAGENS:
-trabalho muscular mais completo, maior tempo sob tensão, maior
alongamento.
DESVANTAGENS:
-as cargas terão que ser reduzidas devido à exposição do músculo à pontos de
menor força, os riscos de problemas mecânicos aumentam, inadequação entre
a carga e a força desenvolvida pelo músculo ao longo da amplitude de
movimento
AGACHAMENTO PARCIAL:
VANTAGENS:
- o quadríceps é trabalhado na sua posição mecânica mais forte, adequação
entre a carga e a força desenvolvida pelo músculo é melhor, um movimento
mais lento em tensão contínua compensa a redução do tempo sob tensão.
DESVANTAGENS:
- menor alongamento muscular.
CONCLUSÃO:
O autor aconselha agachar até o ponto em que haja mudança no ângulo entre
as costas e a coxa- quando começa a inclinar as costas à frente.
VARIANTES:
1-POSIÇÃO DOS PÉS- Quanto mais atrás ficarem os pés , mais o quadríceps será
solicitado. Em contrapartida, os joelhos fica, em uma posição vulnerável.
-Se tiver problemas de menisco, ponha os pés mais à frente na plataforma. O
menor estiramento do quadríceps transfere a tensão para os ísquiotibiais e
glúteos.
2- Em geral se desce até o fêmur ficar paralelo com a plataforma
LEG PRESS
VARIANTES:
1-Tipo de leg:
-LEG HORIZONTAL: tende à arquear a lombar;
-LEG VERTICAL: solicita mais os glúteos;
-LEG 45 GRAUS: é o melhor para trabalho de quadríceps
3-Inclinação do assento:
RETO- ênfase no glúteo;
PLANO-ênfase no quadríceps.
PASSADAS
1-Posição dos pés:
- PÉ NO SOLO: trabalho parelho entre quadríceps e ísquiotibiais;
-CALCANHAR SOBRE UMA BASE: enfatiza o quadríceps
-PONTA DO PÉ SOBRE UMA BASE: enfat6iza ísquiotibiais e glúteos.
2-Tamanho do passo:
-PASSO MANOR: ênfase no quadríceps;
-PASSO MAIOR: ênfase no glúteo.
ISQUIOTIBIAIS
DILEMA MORFOLÓGICO
O DOGMA:COMO DEVEM SER FEITAS AS FLEXÕES DE JOELHO?
-DEITADO: Não se deve arquear as costas;
-EM PÉ: Deve-se ficar bem reto.
A REALIDADE: quanto mais os pés se aproximam dos glúteos, mais se acentua a
lordose, melhorando a relação comprimento-tensão.
-Reorientar os pés:
No leg curl é possível mudar a direção dos pés:
-pés voltados para fora enfatizam o bíceps femoral- parte externa;
-pés voltados para dentro enfatizam o semitendíneo e o semimembranoso-
parte interna.
PANTURRILHA
ESTRATÉGIAS DE INTENSIFICAÇÃO
1-Trabalho no comprimento ótimo- não é necessário ficar com os joelhos
totalmente extendidos. Dobrá-los um pouco não fará o exercício tornar-se um
agachamneto;
2- Trabalho unilateral- o trabalho unilateral permite variar a orientação bem
como a distância dos pés;
3-Aumentar a faixa de repetições- deve-se alternar trabalho com mais carga
com trabalho focado no volume –não exitar em chegar à 100 repetições.
Pode-se alternar diferentes faixas de repetições na mesma sessão, mas é
preferível focar em uma delas à cada sessão.
4-Aumentar as séries- por serem músculos de maior resistência, tentar focar
em séries de 20 à 25 repetições na maior parte das sessões.
5-Aumentar a frequência de trabalho semanal;
6-Aumentar a flexibilidade.
ABDOMINAIS
A REALIDADE: Se fosse assim não haveriam tantos atletas com a prte inferior
do abdome subdesenvolvida. Os estudos médicos indicam que há uma
regionalização da contração do reto abdominal. Isso se explica por uma
inervação independente das partes superior e inferior do abdome.