Geo História
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1.Estratigrafia
As rochas sedimentares são arquivos extraordinários onde está armazenado uma
imensidão de informação. Estas rochas são estratificadas e, frequentemente, fossilíferas.
Cada estrato (é formado segundo planos horizontais) corresponde a uma folha de um
grande livro de alguns milhares de milhões de páginas que nos contam a história da
terra e da vida.
A estratigrafia estuda a, descrição, correlação de idades e classificação das
rochas sedimentares.
Princípio da sobreposição
-Segundo este princípio, numa série de estratos na sua posição original, qualquer estrato
é mais recente do que os estratos que estão abaixo dele e mais antigo do que os estratos
que a ele se sobrepõem.
Assim, um conjunto vertical de estratos forma uma sequência estratigráfica e
representa um registo cronológico da história geológica da região. Nesta cronologia, o
geólogo pode dizer que uma camada de rocha é mais antiga do que a outra, mas não
pode dizer quantos anos é mais velha nem quantos anos tem.
A velocidade e as condições de sedimentação variam ao longo do tempo
podendo haver períodos de interrupção da sedimentação. Se as rochas afloram durante
essa interrupção, podem ser erodidas. Se, posteriormente, a sedimentação, devido a
nova imersão, prosseguir, forma-se um estrato que assenta numa superfície erodida.
Essa superfície representa uma superfície de descontinuidade.
2. Paleontologia
Nas rochas sedimentares aparecem, frequentemente, restos ou simples vestígios
de seres que viveram em tempos geológicos anteriores à época actual. Esses vestígios
são designados por fósseis e são contemporâneos da génese da rocha que os contém.
Após a morte, os seres ficam incorporados nos sedimentos. É mais frequente, esses
organismos desaparecerem ou porque são comidos por outros ou porque são destruídos
pelos decompositores. As partes duras, como osso, conchas e dentes, são resistentes e
podem ser mais facilmente preservadas. Para que um organismo seja conservado como
fóssil, tem de ser, após a morte, recoberto por uma camada que o isole.
Processo de fossilização
O conjunto de processos que leva à preservação de resto ou vestígios de
organismos nas rochas denomina-se fossilização. Existem diferentes processos de
fossilização.
Conservação, os organismos ou parte deles são preservados sem alteração ou
com pequenas modificações. Moldagem, os organismos ou parte deles imprimem um
molde em sedimentos finos que o envolvem ou preenchem. Mineralização, os
constituintes de partes duras, como ossos, conchas, etc., são substituídos por minerais
transportados em solução nas águas subterrâneas e que precipitam. Marcas fósseis, são
pegadas, marcas de reptação, fezes fossilizadas, que constituem evidências da existência
do ser vivo que deixou essa marca.
Este princípio admite que os grupos de fósseis aparecem numa ordem definida e
que se pode reconhecer determinado período do tempo geológico pelas características
dos fósseis. Só os fósseis correspondentes a seres vivos pertencentes a grupos que
sobreviveram durante intervalos de tempo curtos e tiveram grande área de dispersão é
que são importantes para estabelecer uma relação entre a idade dos terrenos em que se
encontram. Esses fosseis são designados por fósseis de idade ou fósseis estratigráficos.
Reconstituição de paleoambientes
As rochas sedimentares geram-se em ambientes muito próprios e conservam
indicadores das condições desses ambientes. Caracteres textuais, mineralógicos,
químicos, paleontológicos e estruturais permitem definir o ambiente de sedimentação e
de formação das rochas. As características consideradas constituem a fácies da rocha.
Os diferentes tipos de fácies correspondem a diferentes ambientes sedimentares, e elas
podem ser: fácies continental, marinha e de transição. As zonas de transição
correspondem a locais em que há influências continental e marinha simultaneamente.
Nestes grandes grupos devem considerar-se condições de sedimentação mais restritas
particulares.
Para além de grande número de fósseis, há outra razão para o Éon Fanerozoico ser
mais conhecido. As acções tectónicas e metamórficas deformaram e transformaram
mais intensamente as rochas do Pré-Câmbrico do que as do Fanerozoico.
Segundo uma teoria, os seres pluricelulares podem não ter evoluídos mais cedo
devido ao facto de a concentração de oxigénio ser demasiado baixa para poderem
sobreviver. A atmosfera primitiva teria uma composição venenosa para a maioria dos
seres vivos.