MZRM Nova Lima Lei 2007 2007 Plano Diretor
MZRM Nova Lima Lei 2007 2007 Plano Diretor
MZRM Nova Lima Lei 2007 2007 Plano Diretor
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Art. 1º - O Plano Diretor do Município de Nova Lima é o instrumento legal de ordem global
e estratégica que visa a implementação da política municipal de desenvolvimento
econômico, social, urbano e ambiental do Município, bem como a integração do processo
de planejamento e controle da gestão municipal, sendo determinante para todos os
agentes, públicos e privados.
Art. 4º - Este Plano Diretor de Nova Lima rege-se pelos seguintes princípios:
II. inclusão social, compreendida como garantia do exercício efetivo dos direitos humanos
fundamentais, de promoção, valorização e defesa da dignidade do ser humano e de
acesso universal a bens, serviços e políticas sociais aos munícipes;
Art. 5º - As diretrizes e demais disposições deste Plano Diretor serão implantadas dentro
dos seguintes prazos:
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 6º - Para efeito de aplicação desta lei, serão adotadas as seguintes definições:
I – DIRETRIZES: são opções estratégicas de longo prazo feitas nesta lei sob a forma de
restrições, prioridades e estímulos indutores no sentido de serem alcançados os objetivos
gerais estratégicos de promoção do desenvolvimento urbano e das funções sociais da
cidade;
III – AÇÕES ESTRATÉGICAS: são os atos que criam meios ou desencadeiam processos
destinados a alcançar os objetivos estratégicos previstos nesta lei;
CAPÍTULO III
Art. 8º - A propriedade urbana deverá atender a sua função social, mediante sua
adequação às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas nesta lei,
compreendendo:
CAPÍTULO IV
VI. aumentar a eficiência econômica do Município com ampliação dos benefícios sociais e
redução dos custos para os setores público e privado;
XI. promover a recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a
valorização de imóveis urbanos;
CAPÍTULO V
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
VII. apoiar e incentivar o turismo, estimulando investimentos privados no setor, com apoio
ao COMTUR e FUNTUR, elaborando o Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico e
ações integradas na infra-estrutura urbana, na prestação de serviços especializados,
estimulando a criação do complexo turístico de Rio de Peixe, fomentando programas da
área turística e cultural e preservando bens de valor histórico, cultural e ambiental;
Seção I
Do trabalho, emprego e renda
VI. desenvolver ações e projetos de estímulo a leitura e a escrita, em parceria com órgãos
estaduais e federais, organizações da sociedade civil e do setor privado.
VI. garantir o aumento da qualidade dos serviços prestados, com melhoria na gestão e no
acesso da população a eles;
Seção IV
Da promoção e assistência social
Art. 20 - A política municipal de promoção e assistência social será executada com base
nas seguintes diretrizes:
IV. ter como diretriz a família e não somente o indivíduo, para concepção e implantação
dos benefícios, serviços, programas e projetos;
IX. propiciar aos cidadãos idosos condições para o pleno exercício da cidadania e a
melhoria da qualidade de vida, visando promover sua autonomia e convívio entre
gerações;
XI. propiciar aos portadores de deficiência sua inserção na vida social e econômica, por
meio de programas que visem o desenvolvimento de suas potencialidades em geral,
incluindo a capacitação profissional e ainda buscar condições de acessibilidade dos
portadores de deficiência à informação, aos locais públicos e de serviços;
XVII. alocar recursos financeiros próprios no Fundo Municipal de Assistência Social, como
unidade orçamentária, para ações de Proteção Social Básica e Especial e as provisões de
benefícios eventuais do Poder Público.
III. implementar campanhas de proteção e promoção dos direitos das crianças e dos
adolescentes com base em diretrizes municipais, estaduais e nacionais, priorizando
temas como violência, abuso e assédio sexual, prostituição infanto-juvenil, erradicação do
trabalho infantil, proteção do adolescente trabalhador, violência doméstica, entre outros,
integrando aos órgãos do Judiciário, Ministério Público, Segurança Pública;
Seção V
Da cultura e da preservação do patrimônio cultural
Art. 23 - A política municipal de cultura será executada com base nas seguintes diretrizes:
II. implementar uma política de ação de Cultura, regionalizada, por meio da articulação
entre os equipamentos ou espaços de cultura, esporte e lazer e os equipamentos
educacionais – escolas, bibliotecas;
VI. criar mecanismos que possibilitem, entre outras coisas, o resgate dos traços de
identidade particulares de cada comunidade, bairro ou região, de cada grupo social, assim
como o resgate da memória dos bairros, engajando os jovens em projetos específicos de
valorização da cultura local;
VIII. envolver os jovens em projetos que visem a apropriação dos espaços públicos, para
que as ruas e as praças possam ser ocupadas com programações de Cultura;
IX. elaborar estudos e fixar normas para o perímetro de entorno de bens tombados,
contribuindo para a preservação da paisagem urbana e racionalizando o processo de
aprovação de projetos e obras, fixando normas no processo jurídico-administrativo do
Município, através de lei específica;
X. para obras a serem edificadas na área de perímetro de entorno dos bens tombados,
cabe a análise do empreendimento e seus reflexos na paisagem urbana pelo Conselho
Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Nova Lima, nos termos de lei específica
sobre a matéria;
XIII. criar Núcleos de Cultura que possibilitem o resgate dos traços de identidade
particulares de cada comunidade, bairro ou região, de cada grupo social e etnias, assim
como o resgate da memória dos bairros, especialmente engajando os jovens em projetos
de criação de museus ou centros de memória locais e incentivando o intercâmbio entre as
gerações.
I. preservação e manutenção dos bens culturais apontados pelo Plano (Anexo I) e dos
que venham a ser listados posteriormente, assegurando o adequado controle da
interferência visual no perímetro de entorno de imóveis preservados;
II. utilização pública desses bens quando tal uso for conveniente para a sua preservação,
tornando pleno o seu usufruto público;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 17
III. preservação da identidade dos bairros, valorizando as características de sua história,
comunidades e cultura;
VIII. criação de um vínculo de cultura com o sistema educacional, a fim de contribuir para
a visão crítica do mundo e a ampliação das perspectivas dos cidadãos;
Seção VI
Da segurança municipal
II. estabelecer políticas públicas de segurança e vigilância de forma integrada com outros
setores da esfera municipal, inclusive prevenção da violência;
III. estimular o envolvimento das comunidades nas questões relativas à segurança pública
municipal.
III. execução de planos para controle e redução da violência local por meio de ações
múltiplas e integradas com outros setores do Executivo;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 18
IV. desenvolvimento de projetos intersecretariais voltados para adolescentes e jovens em
condições de vulnerabilidade social;
IV. estabelecer uma Ouvidoria para a Guarda Municipal, destinada a receber e analisar
queixas de cidadãos contra eventuais desmandos de Guardas Municipais;
VI. garantir a presença da Guarda Municipal no entorno das escolas municipais, com
policiamento integrado à comunidade local, de acordo com os pressupostos do
policiamento comunitário;
VIII. colaborar para a segurança dos usuários dos espaços públicos municipais;
XIII. estimular a promoção de convênios com os governos estadual e federal, assim como
com o Ministério Público, para troca de informações e ações conjuntas na área de
prevenção e repressão criminal;
Seção VII
Da Segurança Alimentar
II. articular e participar das políticas ou programas desenvolvidos pelo governo do estado
ou federal que beneficiem os municípios;
VI. orientar a população para a prática de atividades em áreas verdes, parques, praças e
áreas livres;
XVIII. promover jogos e torneios que envolvam as associações comunitárias dos bairros,
dos municípios vizinhos e de outros estados;
CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE
Seção I
Das disposições gerais
VIII. garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por meio
de um sistema de informações integrado.
II. a coibição da prática de crimes ambientais com base nas leis federal, estadual e
municipal pertinentes, tomando as providências cabíveis junto aos órgãos policiais
competentes e aplicando as penalidades administrativas aos infratores ou aos
responsáveis pela infração;
Seção II
Das Áreas de Proteção, Preservação e Reservas Ambientais
Art. 35 - O Poder Público Municipal criará e/ou poderá participar da manutenção, controle
e fiscalização das Áreas de Preservação, Proteção e Reservas Ambientais no Município,
as quais passarão a integrar o Sistema Verde Municipal.
a) Luzia da Mota;
b) Fazenda Fernão Paes;
c) Mata do Faria;
d) Mata do Espírito Santo;
e) Mata do Capão;
f) Mata do Zumbi;
g) Morro do Pires;
h) Morro da Glória;
i) Morro do Elefante;
j) Serra da Calçada;
l) Serra da Moeda.
Subseção I
Sistema Verde Municipal
Art. 40. Integram o Sistema Verde Municipal todas as áreas verdes públicas existentes e
as que forem criadas, de acordo com o nível de interesse de preservação e proteção,
compreendendo as seguintes categorias:
a) estações ecológicas;
b) reservas ambientais;
c) parques naturais municipais;
d) demais categorias de unidades de conservação previstas na Lei Federal 9.985/2000.
II. de propriedade particular, os seguintes tipos de áreas verdes reconhecidas pelo Poder
Público Municipal:
Art. 42 - As áreas incluídas no Sistema Verde Municipal não poderão ser suprimidas total
ou parcialmente, exceto mediante cumprimento das normas pré-estabelecidas pelo Poder
Público em lei específica, sob pena de imposição de penalidades aos infratores ou
responsáveis nos termos de legislação própria, os quais são obrigados a promover a
recomposição da cobertura vegetal da área verde em caso de eventual supressão.
Art. 44 - O Poder Público Municipal poderá, nos termos da legislação própria, autorizar o
proprietário de imóvel urbano, privado, com área verde integrante do Sistema Verde
Municipal a exercer em outro local ou a alienar, mediante escritura pública, o direito de
construir previsto nesta lei ou em legislação urbanística dela decorrente, quando o
referido imóvel for necessário para fins de preservação ambiental e paisagística.
Art. 45 - O Poder Público Municipal poderá instituir, por meio de lei municipal, incentivos
fiscais diferenciados de acordo com as características de cada área para o fim de
estimular a preservação da vegetação nativa em áreas particulares integrantes do
Sistema Verde Municipal.
IV. incentivar e estabelecer parcerias entre os setores público e privado para implantação
e manutenção de praças, áreas verdes e espaços ajardinados ou arborizados, atendendo
a critérios técnicos de uso e preservação das áreas, estabelecidos pelo Poder Executivo;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 27
V. promover e, quando for o caso, exigir a recuperação de áreas verdes degradadas de
importância paisagístico-ambiental;
VI. disciplinar o uso das praças e parques municipais para as atividades culturais e
esportivas, bem como para as atividades de interesse turístico, compatibilizando-os ao
caráter essencial desses espaços;
§ 2º - Para efeito de aplicação desta lei, consideram-se regos e banquetas de Nova Lima
as obras de engenharia, de caráter histórico, que compunham o sistema de exploração do
ouro, cuja função consistia na coleta e distribuição de água para os locais de lavagem do
ouro, margeados por passeios, conhecidos regionalmente por banquetas.
Seção III
Da preservação da paisagem natural
Art. 52 - O Sistema de Mirantes de Nova Lima poderá ser criado através de lei específica,
integrando-se pelos topos de morros considerados de importância paisagística, turística,
simbólica, histórica e ambiental para a população de Nova Lima.
Art. 56 - O Sistema de Trilhas de Nova Lima será criado por lei específica.
Seção IV
Da preservação da qualidade dos recursos hídricos
Art. 57 - A produção de água proveniente das nascentes, cursos d´água, lagos, represas,
áreas de recarga do lençol aqüífero serão protegidos pelos Poderes Públicos Federal,
Estadual e Municipal, e sendo o caso, caberá a este o controle e fiscalização, ficando
assegurada a drenagem adequada das águas pluviais no território municipal e vedada
toda poluição e qualquer ação ou intervenção, não licenciada, que implique a redução do
potencial hídrico.
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 29
Art. 58 - O Poder Público, através de lei específica, poderá ser autorizado a exigir dos
responsáveis pela degradação ambiental em decorrência de atividades de qualquer
natureza, a recuperação do meio ambiente, conforme plano de recuperação e respectivo
cronograma físico-financeiro de execução aprovado pelo Poder Executivo, e a
compensação pelos inevitáveis prejuízos à paisagem natural causados.
Art. 59 - Os resíduos sólidos, orgânicos ou inertes, terão sua destinação final submetida à
apreciação e à aprovação do órgão competente do Poder Executivo previamente à
implantação de qualquer atividade.
II. participar na gestão da Bacia Hidrográfica do Alto Rio das Velhas assegurando a
maximização econômica, social e ambiental da produção de água nos mananciais e
aqüíferos que abastecem o Município.
Art. 61 - O Poder Público Municipal aplicará as seguintes diretrizes com vistas à proteção
da qualidade e da quantidade dos recursos hídricos:
V. elaborar e aprovar lei que exija, dos responsáveis pelas edificações de grande porte e
atividades de grande consumo de água, a implantação de instalações para reuso de água
para fins não potáveis;
VII. exigir que as instalações para reuso da água componham sistema independente de
armazenamento e distribuição, atendidas as exigências técnicas e sanitárias necessárias,
podendo contemplar, inclusive, a captação de águas pluviais;
XIII. promover o controle social das condições gerais de produção de água, ampliando o
envolvimento da população na proteção das áreas produtoras de água;
XV. motivar programas educacionais visando os devidos cuidados com o lixo domiciliar, a
limpeza dos espaços públicos, o permanente saneamento dos cursos d’água e a
fiscalização desses espaços;
XIX – impedir que as galerias de águas pluviais sejam utilizadas para ligações de esgoto
clandestino.
Subseção I
Sistema de Gestão e Recuperação Ambiental de Sub-Bacias Hidrográficas de Nova
Lima - Águas de Nova Lima
§3º - A Rede Hídrica Estrutural bem como as propostas específicas de parques lineares.
I. a ampliação progressiva e contínua das áreas verdes permeáveis ao longo dos fundos
de vales do Município, de modo a diminuir os fatores causadores de enchentes e os
danos delas decorrentes, aumentando a penetração no solo das águas pluviais e
instalando dispositivos para sua retenção, quando necessário;
Art. 64 - O conjunto de ações previstas no Programa – Águas de Nova Lima poderá ser
proposto e executado, tanto pelo Poder Público quanto pela iniciativa privada, utilizando-
se para tanto dos instrumentos previstos nesta lei.
I. faixa ao longo de cada uma das margens dos cursos d’água e fundos de vale, como
área non aedificandi;
II. planície aluvial definidas com prazos de recorrência de chuvas de, pelo menos, 20
(vinte) anos;
III. vegetação significativa ao longo dos fundos de vale do Município que, juntamente com
a área non aedificandi, formarão os parques lineares.
Seção V
Da gestão ambiental das atividades de mineração
§2º - Nas áreas onde houver direito de pesquisa e lavra já outorgados até a data da
publicação desta Lei, tal atividade poderá ocorrer, independentemente da zona em que se
situe.
Art. 67 - Para fins de uso urbano, a área minerada será passível de transformação em
uma Área de Diretrizes Especiais - ADE, com parâmetros específicos de uso, ocupação e
parcelamento do solo.
Seção VI
Do saneamento ambiental
III. tratar o saneamento ambiental como política que garanta aos munícipes o direito à
salubridade ambiental, como direito à saúde e uma vida digna;
IX. reduzir a poluição afluente aos corpos d’água através do controle de cargas difusas;
IX. propugnar pela racionalização da cobrança pelo consumo da água e a redução das
perdas por meio da instalação de hidrômetros individuais ou outra tecnologia de medição
em condomínios verticais;
XVI. aumentar o número de pontos com monitoramento de vazão e níveis nas surgências
de água e nas diferentes sub-bacias hidrográficas de Nova Lima, visando melhorar o
controle e o conhecimento do regime de vazões das pequenas bacias hidrográficas da
região e subsidiar, com segurança, a quantificação das reservas renováveis, base para a
gestão dos recursos hídricos;
Seção VII
Da drenagem urbana
II. promover permanente fiscalização do uso do solo nas faixas sanitárias, várzeas e
fundos de vale e nas áreas destinadas a sistemas de captação e produção de águas;
III. instituir mecanismos de fomento para usos do solo compatíveis com áreas de
interesse para drenagem, tais como parques lineares, área de recreação e lazer, hortas
comunitárias e manutenção da vegetação nativa;
IV. desenvolver projetos de drenagem que considerem, entre outros aspectos, o fundo de
vale de forma mais natural possível, a mobilidade de pedestres e portadores de
deficiência física, a paisagem urbana e o uso para atividades de lazer;
VIII. implantar sistemas de retenção temporária das águas pluviais tais como bacias de
amortecimento de cheias no Ribeirão dos Cristais e no Ribeirão do Cardoso e em outras
regiões do Município onde o recurso se fizer necessário;
IX. estimular a pavimentação de vias locais e passeios de pedestres, com uso de pisos
drenantes e criar mecanismos legais para que as áreas descobertas sejam pavimentadas
com pisos drenantes;
Seção VIII
Dos resíduos sólidos
II. proteger a saúde humana por meio do controle de ambientes insalubres derivados de
manejo e destinação inadequados de resíduos sólidos;
III. promover um ambiente limpo e bonito por meio do gerenciamento eficaz dos resíduos
sólidos e recuperação do passivo paisagístico e ambiental;
VI. desenvolver políticas de reciclagem de resíduo gerado pela construção civil, através
da implantação de usinas de beneficiamento;
IX. preservar a qualidade dos recursos hídricos pelo controle efetivo do descarte de
resíduos em áreas de mananciais;
XV. repassar o custo das externalidades negativas aos agentes responsáveis pela
produção de resíduos que sobrecarregam as finanças públicas.
II. assegurar o direito de toda a população urbana ao acesso aos serviços regulares de
coleta de resíduos;
XIV. assegurar o direito do cidadão de ser informado, pelo produtor e pelo Poder Público,
a respeito dos custos e do potencial de degradação ambiental dos produtos e serviços
ofertados;
II. estabelecer nova base legal relativa a resíduos sólidos, disciplinando os fluxos dos
diferentes resíduos e os diferentes fatores em consonância com a Política Municipal de
Resíduos Sólidos;
IV. reservar áreas para a implantação de novos aterros sanitários e de resíduos inertes de
construção civil no Plano Diretor de Resíduos Sólidos;
X. adotar práticas que incrementem a limpeza urbana visando à diminuição do lixo difuso;
CAPÍTULO VIII
DO DESENVOLVIMENTO URBANO
Seção I
Da habitação
III. assegurar o acesso das famílias de menor renda às linhas de financiamento público de
Habitação de Interesse Social, nos aspectos social, jurídico, ambiental e urbanístico, nas
ações voltadas para a regularização fundiária e qualificação dos assentamentos
precários;
§1º- A Habitação de Interesse Social - HIS destina-se a famílias de baixa renda conforme
definido no Plano Municipal de Habitação e a Habitação de Mercado Popular – HMP
destina-se a famílias com renda média conforme definido no Plano Municipal de
Habitação;
V. setor privado.
II. articular a política de habitação de interesse social com as demais políticas sociais, em
ação intersetorial, de forma a promover a inclusão social das famílias beneficiadas;
I. articular todos os meios de transporte que operam no Município em uma rede única,
integrada física e operacionalmente;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 44
II. estudar e implantar soluções para a travessia de pedestres, com segurança, nas vias
estruturais e arteriais;
III. promover o tratamento urbanístico adequado das vias urbanas, de modo a garantir a
segurança dos cidadãos e a preservação do patrimônio histórico, ambiental, cultural,
paisagístico, urbanístico e arquitetônico;
IV. incentivar o uso de tecnologias veiculares que reduzam a poluição ambiental e elevem
as condições de conforto e segurança dos passageiros e transeuntes;
Parágrafo único – Com vistas ao disposto no inciso V deste artigo, a implantação de vias
estruturais e arteriais deverá adotar as diretrizes viárias expressas nesta Lei
Complementar.
Art. 84 - O sistema viário do Município – Sistema Viário Estrutural – terá seu traçado
previsto em mapa próprio a ser elaborado pelo Executivo Municipal, no prazo de 365 dias
da vigência desta lei, a ser referendado pela Câmara Municipal e incorporado ao Plano
Diretor, no qual serão lançadas as vias projetadas, preservando-se as existentes na data
da publicação desta lei, e obedecendo à seguinte classificação e hierarquia:
I – vias de ligação regional: são rodovias federais ou estaduais que passam pelo
Município e estabelecem conexão regional com outros centros urbanos municipais:
II – vias estruturais: são vias de ligação intra-urbana cuja função é permitir a interligação
entre os núcleos urbanos geograficamente dispersos no Município:
a) via de ligação de Vale do Sol até São Sebastião de Águas Claras, contornando o
loteamento Passárgada, através de abertura de nova via;
b) via de ligação da BR040 até São Sebastião de Águas Claras;
c) via de ligação da BR040 até São Sebastião de Águas Claras, passando pela Fazenda
do Engenho;
d) via de ligação de São Sebastião de Águas Claras até Rio de Peixe;
e) via de ligação de São Sebastião de Águas Claras até MG 030.
f) via de ligação de Jardim de Petrópolis até MG030;
g) via de ligação de Jardim de Petrópolis até Honório Bicalho.
IV. vias arteriais: são as vias de circulação consolidadas dentro do perímetro urbano que,
por suas características, como largura, recuos etc, são corredores preferenciais de
circulação entre bairros;
V. vias coletoras: são as vias de circulação consolidadas dentro do perímetro urbano que
permitem o acesso às vias locais ou vias de pedestres;
VI. vias locais: são as vias de acesso direto aos lotes urbanos, permitindo o acesso às
vias coletoras;
VII. vias de pedestres: são aquelas destinadas ao uso exclusivo de pedestres cuja divisa
com lotes adjacentes não constituem alinhamento. Só poderá ser utilizada para trânsito
urgente de ambulância, viatura policial, corpo de bombeiro, veículos para mudança, com
largura máxima de cinco metros. É vedada a aprovação de parcelamentos e edificação
com acesso exclusivo para esta via, salvo situações particulares do distrito sede e
aprovadas em loteamentos antes da vigência desta lei.
VIII. travessa e becos: são vias com largura inferior ao sistema viário oficial, existentes no
centro da sede e em distritos históricos do Município.
§1º - Para efeito de parcelamento uso e ocupação, a definição de dimensões das vias de
ligação regional, incluindo suas faixas de domínio é de responsabilidade dos órgãos
federais e estaduais competentes.
§3º - As vias coletoras poderão ter, de acordo com a necessidade, sentido único de fluxo.
§4º - As vias públicas na sede municipal (centro histórico) e nos distritos de tradição
histórica podem ser enquadradas pelo Poder Executivo como locais.
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 46
§5º - É vedada via local de padrão viário inferior ao previsto nesta lei quanto ao
parcelamento;
Art. 86 - As vias públicas deverão ter pontos de parada e abrigos de ônibus com
iluminação pública, sendo que as vias coletoras, locais, deverão ter, também, havendo
possibilidade técnica e financeira, baias de parada de ônibus, tudo conforme os padrões a
serem definidos no Plano Municipal de Circulação e Transportes.
III. fomentar políticas públicas de mobilidade urbana que possibilitem a conexão entre os
sistemas de transporte;
Seção III
Das áreas públicas
Parágrafo único. O Poder Público Municipal poderá aceitar antecipação de área para uso
institucional em localidade diferente ao empreendimento aprovado, caso haja
conveniência, oportunidade e interesse público, em área de valor equivalente no mercado,
localizada no Município.
Art. 90 - As áreas públicas abrangem as áreas ocupadas ou não por prédios públicos, as
áreas verdes, as áreas destinadas a equipamentos comunitários e usos institucionais e as
áreas do sistema viário, sendo obrigatória a instalação de elementos destinados a permitir
a acessibilidade aos portadores de deficiências e necessidades especiais.
§1º – A gestão das áreas públicas poderá ser efetuada com a colaboração e mediante
parcerias com empresas e as associações de moradores.
§2º - Os equipamentos sociais serão implantados de modo a otimizar seu uso, objeto de
permanente manutenção e sua implantação e manutenção ser acompanhada pelo
Conselho Municipal de Política Urbana com vistas ao cumprimento efetivo de suas
funções sociais.
VII. a destinação prioritária dos bens públicos dominiais não utilizados para assentamento
da população de baixa renda e para áreas verdes e instalação de equipamentos coletivos;
Seção IV
Da energia elétrica e da iluminação pública
III. criar condições para que se possa captar e utilizar o biogás proveniente do tratamento
do lixo orgânico;
IV. viabilizar condições para recebimento e distribuição/venda de gás natural para uso
industrial e veicular;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 49
V. assegurar adequada iluminação noturna nas vias, calçadas e logradouros públicos;
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS LEGAIS DE GESTÃO URBANA E AMBIENTAL
Art. 93 - Para os fins de aplicação desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos:
IX. a desapropriação;
X. a servidão administrativa;
XIV. o tombamento;
Seção I
Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
Art. 95 - O Poder Executivo, por meio de lei municipal específica, exigirá do proprietário
de solo urbano não edificado, sub-utilizado, ou não utilizado delimitado nesta lei, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de parcelamento,
edificação ou utilização compulsórios; imposto predial e territorial urbano progressivo no
tempo a ser fixado em lei própria e; desapropriação com pagamento da indenização
mediante títulos da dívida pública.
§3º - A lei de que trata este artigo deverá ser encaminhada à Câmara Municipal de Nova
Lima no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do início da vigência do
presente Plano Diretor.
Art. 96 - O Poder Executivo, com base na lei municipal específica a que se refere o artigo
anterior, promoverá, nos termos deste Plano Diretor, a notificação dos proprietários dos
imóveis sujeitos ao parcelamento, à edificação ou à utilização compulsórios, intimando-os
a dar o aproveitamento adequado para os respectivos imóveis de acordo com esta lei do
Plano Diretor e a lei específica que venha determinar outras condições e prazos.
§1º - Fica facultado aos proprietários dos imóveis situados em áreas a serem abrangidas
pelo instrumento de uso compulsório do solo, propor ao Poder Executivo o consórcio
imobiliário conforme disposto neste Plano Diretor.
Art. 97 - São considerados solo urbano não edificado, os lotes, terrenos e glebas com
área igual ou superior a 360 m2 (trezentos e sessenta metros quadrados), onde não haja
edificação, sendo o coeficiente de aproveitamento utilizado igual a zero nas áreas
delimitadas por esta lei.
Art. 98 - São considerados solo urbano sub-utilizado os lotes, terrenos e as glebas com
área superior a 360 m2 (trezentos e sessenta metros quadrados), onde haja edificação
cujo coeficiente de aproveitamento seja inferior ao mínimo definido para o lote na zona
onde se situa, excetuando:
Art. 99 - É considerado solo urbano não utilizado a edificação localizada nas áreas a
serem delimitadas por Lei Complementar específica e incorporadas a este Plano Diretor,
que tenha, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua área construída desocupada há
mais de cinco anos, inclusive, e especialmente a que esteja localizada no bairro central da
Sede do Município.
§1º - Lei específica, baseada no art. 7° da Lei Federal n.º 10.257/2001 – Estatuto da
Cidade, estabelecerá a gradação anual das alíquotas progressivas.
§2° - Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no prazo de 5
(cinco) anos, o Poder Executivo manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se
cumpra a referida obrigação, sem prejuízo da desapropriação com pagamento da
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 53
indenização em títulos da dívida pública e/ou com pagamento feito com a quitação de
débito lançado na dívida ativa, relativo ao imóvel expropriado.
Art. 101 - Decorridos os cinco anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo sem que
o proprietário tenha cumprido a obrigação legal de parcelamento, edificação e utilização
do seu imóvel, o Poder Executivo procederá à desapropriação do imóvel com pagamento
da indenização em títulos da dívida pública observada a legislação nacional pertinente.
Seção II
Do direito de preempção ou preferência
Art. 102 - O Poder Executivo poderá exercer, durante o respectivo prazo legal de
vigência, o direito de preferência para aquisição de imóvel urbano localizado em área
delimitada por lei municipal, baseada nesta lei do Plano Diretor, objeto de alienação
onerosa entre particulares.
§1º - A lei municipal a que se refere o caput deste artigo fixará prazo de vigência do direito
de preferência, não superior a 5 (cinco) anos, renovável a partir de um ano após o
decurso do prazo inicial de vigência.
§2º - O projeto da lei municipal a que se refere este artigo será enviado para apreciação
da Câmara Municipal, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) contados da data de
publicação desta lei, devendo nela serem incluídos desde logo os imóveis localizados nos
perímetros das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), nas Áreas de Diretrizes
Especiais (ADEs) e outros destinados a qualquer das finalidades previstas nesta lei.
Art. 103 - O direito de preferência será exercido sempre que o Poder Executivo necessite
de áreas para:
I. regularização fundiária;
Parágrafo único – A lei municipal a que se refere o artigo anterior deverá enquadrar cada
área em que incidirá o direito de preferência em uma ou mais das finalidades deste artigo.
Art. 104 - Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do direito de preempção
deverão ser obrigatoriamente oferecidos pelo seu proprietário ao Poder Executivo.
III. certidão recente de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo cartório de
registro de imóveis da circunscrição imobiliária competente;
IV. declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não incidem
quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de ações judiciais de natureza
real, reipersecutória, tributária ou executiva.
Parágrafo único - O edital de aviso a que se refere este artigo será publicado, em órgão
oficial e, em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulação por duas vezes
consecutivas.
do imóvel dentro do prazo de trinta dias após sua assinatura, sob pena de pagamento de
multa diária em valor equivalente a 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) do valor
total da alienação.
Seção III
Da transferência do direito de construir
Art. 107 - Lei municipal, baseada nesta lei, poderá autorizar o proprietário de imóvel
urbano, privado ou público, a exercer em outro local passível de receber o direito de
construir previsto nesta lei ou em legislação urbanística dela decorrente, deduzida a área
construída utilizada, quando necessário, nos termos desta lei, ou aliená-lo, parcial ou
totalmente, mediante escritura pública, para fins de:
§1º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Município seu
imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos deste artigo.
§2º - A lei municipal a que se refere este artigo estabelecerá as condições relativas à
aplicação da transferência do direito de construir, tais como a fórmula de cálculo, os
limites máximos transferíveis, os imóveis suscetíveis de receber o direito de construir
transferido e outras conexas ou similares.
Seção IV
Da operação urbana consorciada
Parágrafo único – Cada operação urbana consorciada será criada por lei municipal
específica baseada nesta lei.
Art. 109 - A lei municipal específica que aprovar a operação urbana consorciada conterá
obrigatoriamente o plano da operação urbana consorciada, o qual conterá, no mínimo:
Art. 110 - Dentre outras medidas, podem ser previstas na lei de criação da operação
urbana consorciada:
Art. 112 - Os recursos obtidos pelo Município a título de contrapartida serão aplicados
exclusivamente no perímetro da própria operação urbana consorciada.
Seção V
Da concessão urbanística
Art. 113 - O Poder Executivo fica autorizado a delegar, mediante licitação, a empresa,
isoladamente ou a conjunto de empresas, em consórcio, a realização de obras de
urbanização ou de reurbanização de região da cidade, inclusive loteamento,
reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação de conjuntos de edificações para
implementação de diretrizes desta lei, especialmente para a implementação de operação
urbana consorciada.
§1º – A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante exploração, por sua
conta e risco, dos terrenos e edificações destinados a usos privados que resultarem da
obra realizada, da renda proveniente da cobrança de contribuição de melhoria, da renda
derivada da exploração de espaços públicos e de outras alternativas conexas, nos termos
que forem fixados no respectivo edital de licitação e contrato administrativo de concessão
urbanística.
recebimento de imóveis que forem doados à Municipalidade por seus proprietários para
viabilização financeira do seu aproveitamento, nos termos do art. 46 da Lei Federal n.º
10.257, de 10 de julho de 2.001, cabendo-lhe também, quando for o caso, a elaboração
dos respectivos projetos básico e executivo, o gerenciamento e a execução das obras
objeto da concessão urbanística.
§3º – A concessão urbanística a que se refere este artigo reger-se-á pelas disposições da
Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, com as modificações que lhe foram
introduzidas posteriormente.
Seção VI
Do consórcio imobiliário
Art. 114 - O Município poderá receber, por transferência, imóvel que, a requerimento dos
seus proprietários, lhe sejam oferecidos como forma de viabilização financeira do melhor
aproveitamento do imóvel.
§2º – O proprietário que transferir seu imóvel para o Município nos termos deste artigo
receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou
edificadas.
§5º - O disposto neste artigo aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal de
parcelar, edificar ou utilizar nos termos desta lei, quanto àqueles por ela não abrangidos,
mas necessários à realização de intervenções urbanísticas previstas nesta lei.
Parágrafo único – Este instrumento poderá ser utilizado onerosamente pelo Município
também em imóveis integrantes dos bens dominiais municipais, destinados à
implementação das diretrizes desta lei.
Seção VIII
Da outorga onerosa do direito de construir e da alteração de uso.
Art. 116 - Lei específica poderá autorizar o Poder Executivo a outorgar onerosamente o
direito de construir nas ZOR 2B e nas ZOCS3 acima do limite representado pelo
coeficiente de aproveitamento básico até o limite estabelecido mediante a aplicação do
coeficiente de aproveitamento máximo em troca de contrapartida financeira a ser prestada
pelo beneficiário.
§1º - O potencial construtivo adicional passível de ser obtido mediante outorga onerosa
será limitado:
I. no lote, pelo coeficiente de aproveitamento máximo definido para zona de uso na qual o
lote esteja localizado;
II. na zona pelo limite máximo representado pelo estoque de potencial construtivo
adicional da zona que for fixado na lei a que se refere este artigo.
§3º - O estoque não poderá ser alterado pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
Art. 117 - Lei específica poderá autorizar o Poder Executivo a permitir a alteração de uso
do solo mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário.
I. regularização fundiária;
IV. definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, bem como daquelas
intensificadoras dos impactos positivos.
Art. 120 - Fica instituído no Município de Nova Lima o Estudo de Impacto de Vizinhança
(EIV) e seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV), com o objetivo de
constatar previamente todos os impactos, conflitos e incômodos, de qualquer natureza,
que possam ser gerados no entorno de empreendimento ou atividade a ser implantados
I. adensamento populacional;
Art. 121 - O Poder Executivo dará publicidade na imprensa local e regional de ampla
circulação e em outros meios de comunicação de massa aos documentos integrantes dos
estudos e respectivos relatórios urbanísticos e ambientais mencionados nesta lei, os
§2° - O órgão público responsável pelo exame dos Relatórios de Impacto Ambiental –
RIMA e de Vizinhança – RIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão sobre o
projeto, devendo os moradores da região afetada serem previamente cientificados.
Seção X
Da regularização fundiária
I. criação de Zonas Especiais de Interesse Social, previstas nesta lei e na legislação dela
decorrente;
II. concessão do direito real de uso, individual ou coletiva, de acordo com o Decreto-lei
271 de 20 de fevereiro de 1967 e os arts. 4º, § 2º, e 48 do Estatuto da Cidade;
III. concessão de uso especial para fins de moradia nos termos da Medida Provisória nº
2.220 de 04 de setembro de 2001;
IV. reurbanização de área sujeita ao usucapião especial coletivo de imóvel urbano com
base no art. 10 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
V. direito de preempção;
VI. assistência técnica urbanística, jurídica e social gratuita para as comunidades e grupos
sociais menos favorecidos.
Art. 123 - O Poder Executivo Municipal deverá articular através de convênios, os diversos
agentes envolvidos no processo de reurbanização e regularização dos assentamentos
precários, como representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, dos
Tabelionatos e Cartórios de Registro de Imóveis, dos Governos Federal e Estadual, bem
como dos grupos sociais envolvidos visando equacionar e agilizar os processos de
regularização fundiária.
Art. 124 - O Poder Executivo concederá o uso especial para fins de moradia do imóvel
público utilizado, unicamente para esta finalidade e enquanto ela perdurar, àquele que,
até 30 de junho de 2001, residia em área urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, desde que não seja
I. ser área de uso comum do povo com outras destinações prioritárias de interesse
público, definidas no Plano Diretor;
II. ser área onde houver necessidade de desadensamento por motivo de projeto e obra de
urbanização com base nesta lei;
§3º – Para atendimento do direito previsto nos parágrafos anteriores, a moradia deverá
estar localizada próxima ao local que deu origem ao direito que trata este artigo, e em
casos de impossibilidade, em outro local desde que haja manifesta concordância do
beneficiário.
§4º - A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
§6º - Extinta a concessão de uso especial para fins de moradia por motivo de
descumprimento de sua finalidade, o Poder Executivo recuperará a posse e o domínio
pleno sobre o imóvel.
§7º - O Poder Executivo promoverá as obras de urbanização que forem necessárias nas
áreas objeto de concessão de uso especial para fins de moradia para assegurar moradia
digna aos respectivos concessionários.
Art. 126 - Cabe ao Poder Executivo fomentar políticas que visem garantir assessoria
técnica, urbanística, jurídica e social gratuita à população, indivíduos, entidades, grupos
comunitários e movimentos na área de Habitação de Interesse Social, buscando
promover a inclusão social, jurídica, ambiental e urbanística da população de baixa renda
à cidade, na garantia da moradia digna, particularmente nas ações visando a
regularização fundiária e qualificação dos assentamentos existentes.
Seção XI
Do Fundo Municipal de Urbanização
Art. 127 - Fica criado o Fundo Municipal de Urbanização com a finalidade de apoiar ou
realizar investimentos destinados a concretizar os objetivos, diretrizes, planos, programas
e projetos urbanísticos e ambientais integrantes ou decorrentes da lei do Plano Diretor,
em obediência às prioridades nele estabelecidas.
VIII. contribuição de melhoria decorrente de obras públicas realizadas com base na lei do
Plano Diretor;
Art. 130 - Os recursos do Fundo Municipal de Urbanização serão aplicados com base na
Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2.001, e nesta lei, em:
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO E DO PERÍMETRO URBANO
III. Orientar a atividade rural de forma a se tornar uma alternativa à propriedade extra-
urbana, que não a ocupação imobiliária ou minerária, garantindo, sobretudo, o manejo
consciente com vista à preservação dos recursos naturais;
Art. 132 - O Município de Nova Lima se divide em três macrozonas, para os efeitos desta
Lei Complementar, a saber:
a) Macrozona de Adensamento Urbano -MZAU, entendida como aquela que abrange todo
o perímetro urbano;
b) Macrozona de Expansão Urbana – MZEU, entendida como aquela que abarca a área
compreendida fora dos limites do perímetro urbano e sem relevância para as explorações
agrícola, pecuária, extrativas vegetais, florestais ou agroindustriais;
c) Macrozona de Utilidade Rural – MZUR, entendida como aquela fora dos limites do
perímetro urbano, contendo potencialidade para as explorações agrícola, pecuária,
extrativas vegetais, florestais, agroindustriais ou passível de aplicação das políticas
públicas constantes do Capítulo III do Título VII da Lei Orgânica Municipal.
Art. 133 - Entende-se como perímetro urbano, aquele definido por lei municipal própria,
observando-se para sua fixação a existência de melhoramentos indicados em pelo menos
2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
IV. rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
§1° - A lei instituidora do perímetro urbano municipal conterá as coordenadas dos vértices
definidores dos limites dos imóveis abrangidos pelo perímetro urbano, georeferenciadas
ao Sistema Geodésico Brasileiro, de modo a abranger a sede do município, a região do
Jardim de Petrópolis, a região do Bairro Vila da Serra, a região do Vale do Mutuca, o
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 68
distrito de Honório Bicalho, o bairro de Santa Rita, a região do distrito de São Sebastião
das Águas Claras, o bairro Jardim Canadá, o bairro Vale do Sol, o bairro Lagoa do
Miguelão, a região do bairro Unidade de Vizinhança Quintas Morro do Chapéu, o bairro
Alphaville Lagoa dos Ingleses, a região da Lagoa das Codornas e Balneário Água Limpa.
§3° - A Planta Genérica de Valores Imobiliários do Município será elaborada com base na
lei definidora do perímetro urbano, no Código Tributário Municipal e nesta Lei
Complementar.
Art. 134 - Considera-se área de expansão urbana, as porções de território municipal que,
direta ou indiretamente, sofrem pressões do aglomerado urbano, podendo estar em locais
contíguos ao perímetro urbano e ainda não dispor de infra-estrutura necessária para
urbanização.
§1° - Nesta área Macrozona de Expansão Urbana – MZEU, incide zoneamento específico
denominado ZEEU - Zona Especial de Expansão Urbana.
§3° - A lei que instituir o perímetro urbano deverá, com o mesmo rigor técnico, precisar os
limites da Zona Especial de Expansão Urbana-ZEEU, nos moldes definidos e indicados
nesta Lei Complementar.
Art. 135 – A Macrozona de Utilidade Rural -MZUR poderá conviver com os zoneamentos
específicos denominados ZEUS – Zona Especial de Uso Sustentável e ZEPAM – Zona
Especial de Proteção Ambiental.
§1° - Os bens imóveis situados na Macrozona de Utilidade Rural - MZUR para os efeitos
legais serão, segundo a definição contida no inciso I do art. 4° da Lei Federal n°8.629 de
25 de fevereiro de 1993, classificados como rurais.
§2° - A lei que instituir o perímetro urbano deverá, com o mesmo rigor técnico, precisar os
limites da Macrozona de Utilidade Rural -MZUR, a Zona Especial de Uso Sustentável -
ZEUS e a Zona Especial de Proteção Ambiental – ZEPAM, nos moldes definidos e
indicados nesta Lei Complementar.
Seção I
Das Disposições Gerais
§1º - A convivência entre dois ou mais usos é permitida, porém subordinados ao uso da
categoria predominante.
Art. 138 - Nos casos de uso permitido com condicionantes, conforme previsto no ANEXO
II, Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, caberá ao Poder
Público, nos termos de lei específica, a convocação de uma reunião com moradores ou
usuários da zona, para discutir e firmar um acordo de convivência entre as partes sob a
sua arbitragem para a concretização do interesse público.
Art. 139 - A apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) deverá ser efetuada
por ocasião do licenciamento de projetos que impliquem usos ou atividades diferentes dos
predominantes da zona, que gerem incômodos conforme descrito em lei.
Seção II
Das definições
Art. 140 - Para o efeito de aplicação desta lei, são adotadas as seguintes definições:
I. gleba é o imóvel que ainda não foi objeto de parcelamento do solo para fins urbanos;
VI. áreas destinadas a uso público são aquelas referentes ao sistema viário, à
implantação de equipamentos comunitários, aos espaços livres de uso público, às áreas
verdes e a outros logradouros públicos;
VII.- equipamentos comunitários são os utilizados para prover a educação, cultura, saúde,
segurança, esporte, lazer e o convívio social;
XI. desdobro é a divisão da área do lote para a formação de novo ou de novos lotes;
XIV. fração ideal é o índice da participação abstrata e indivisa de cada condômino nas
coisas comuns do condomínio horizontal, expresso sob forma decimal, ordinária ou
percentual;
XV. áreas destinadas a uso comum dos condôminos são aquelas referentes ao sistema
viário interno e as demais áreas integrantes de condomínios horizontais que não sejam
definidas como unidades autônomas;
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 71
§2°- Para edificações:
I. área construída total (área bruta) é a soma das áreas cobertas de todos os pavimentos
de uma edificação,
II. área construída computável (área líquida) é a soma das áreas cobertas de todos os
pavimentos de uma edificação, que são consideradas para o cálculo do coeficiente de
aproveitamento;
III. área construída não computável é a soma das áreas cobertas de uma edificação não
consideradas para o cálculo do coeficiente de aproveitamento (CA), ou seja: terraços
descobertos, equipamento descoberto na cobertura de prédios, casa de máquinas e de
bombas, circulação vertical, área compulsória de estacionamento coberto, pilotis
enquadrados na regra do art. 145, §3°, III e usados como área de uso comum de prédios
V. taxa de ocupação (TO) é a relação entre a área da projeção horizontal das áreas
cobertas de uma edificação ou edificações e a área do lote;
VI. taxa de permeabilidade (TP) é a relação entre a parte permeável, que permite a
infiltração de água no solo, livre de qualquer edificação, no solo ou sob ele, e a área do
lote, computando-se, em todos os casos, como ajardinadas e arborizadas todas as áreas
com cobertura vegetal que não estejam sobre e sob lajes, além de equipamentos de lazer
e esportivos com pisos drenantes como tanques de areia, campos, quadras de terra
batida, circulação em pedriscos, dentre outros;
IX. edícula é uma pequena construção destinada a serviços e lazer com 1 pavimento,
altura máxima de 3 (três) metros e área máxima de 36 m² (trinta e seis metros
quadrados);
§3° - Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs): são porções do território de especial interesse
para o desenvolvimento urbano, a serem objeto de projetos urbanísticos específicos, em
escala adequada, nas quais poderão ser aplicados instrumentos de intervenção, previstos
nesta Lei Complementar e na legislação regulamentar municipal, para fins de
regularização fundiária, execução de programas e projetos habitacionais de interesse
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 72
social, constituição de reserva fundiária, ordenamento e direcionamento da expansão
urbana, implantação de equipamentos urbanos e comunitários, criação de espaços
públicos de lazer e áreas verdes, criação de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental;
§5° – Habitação de Interesse Social (HIS): aquela destinada a famílias com renda igual ou
inferior a 6 (seis) salários mínimos, de promoção pública ou conveniada com a iniciativa
privada, com padrão de unidade habitacional com um sanitário, até uma vaga de garagem
e área útil de, no máximo, 50m² (cinqüenta metros quadrados), com possibilidade de
ampliação quando as famílias beneficiadas estiverem envolvidas diretamente na produção
das moradias.
e) setor privado.
§6° - Habitação de Mercado Popular (HMP): aquela destinada a famílias com renda igual
ou inferior a 10 (dez) salários mínimos ou outra capacidade de pagamento a ser definida
em lei específica, de promoção pública ou privada, com padrão de unidade habitacional
com até dois sanitários, até uma vaga de garagem e área útil de, no máximo, 70m²
(setenta metros quadrados);
§8° - Quota Mínima de Terreno por Habitação: expressa em metros quadrados de terreno,
ou número máximo de habitações por área, define o número máximo de domicílios por
Seção III
Dos usos predominantes e normas afins
Art. 141 - São considerados usos predominantes, aplicáveis em diferentes zonas de uso
nos termos desta lei, os seguintes:
V. Uso minerário;
Art. 144 - Para todos os usos previstos nas zonas deverão ser consideradas as
seguintes condições:
§1º - Não são permitidas construções em terrenos cuja declividade natural exceda 45°
(quarenta e cinco graus).
§2º - Nas áreas com declividade superior a 45º (quarenta e cinco graus) aplicam-se às
normas que regulam as Áreas de Preservação Permanente (APP).
§4º - Para lotes e conjunto de lotes situados em mais de uma zona, poderão ser adotados
os parâmetros de qualquer uma das zonas, entretanto se o parâmetro eleito for o menos
restritivo, o acesso se dará, preferencialmente, pelo sistema viário da zona adotada.
§6º - Para uso misto no mesmo lote ou conjunto de lotes deverão prevalecer os
parâmetros mais restritivos dos usos adotados.
§7º - Para efeito de recuos mínimos, os lotes localizados em esquinas terão duas frentes
e duas laterais.
§1° - Para lotes com acessos por duas ou mais vias em níveis diferentes, o número
máximo de pavimentos permitidos será calculado, tomando como referência a média dos
níveis dos acessos nas vias, de menor e maior cota.
§2º - Para efeito de altura máxima da edificação, em regiões com restrição de altura em
função da preservação da paisagem natural e do patrimônio histórico edificado, o limite
será determinado em metros, conforme lei específica.
§3º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, considera-se pavimento a medida
entre os pisos de dois compartimentos superpostos, obedecendo aos valores mínimos
dos pés-direitos dos compartimentos das edificações, estabelecidos pelo Código de
Obras do Município, respeitando as condições definidas a seguir:
I. pavimentos com pé-direito acima de 5,30 (cinco vírgula trinta) metros serão computados
como dois pavimentos;
II. galeria técnica em pavimento com altura máxima de 2,10 (dois vírgula dez) metros não
será computado como pavimento da edificação;
III. o pilotis, dento das regras deste parágrafo, não será computado como pavimento da
edificação.
Art. 146 - O Poder Executivo exigirá o cumprimento das seguintes disposições para
as áreas destinadas ao estacionamento de veículos automotores:
Art. 148 – As áreas comuns de circulação vertical, as varandas até 10% (dez por cento)
da área construída total e os pilotis, não serão consideradas na definição da área
construída para o cálculo da dimensão do estacionamento.
Art. 149 - No interior das unidades de uso residencial somente será permitido o exercício
de atividades não residenciais de prestação de serviço e que tenham área construída
menor ou igual a 50 m² (cinqüenta metros quadrados).
Art. 150 - O uso residencial unifamiliar UR1A permite apenas uma unidade habitacional
por lote, respeitando os parâmetros do ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas
Predominantes e Zonas Especiais, e demais condições abaixo:
§1º - O recuo frontal pode ser utilizado para garagem coberta, sendo a altura máxima da
cobertura de 3 metros.
§2º - Este uso possibilita a implantação de condomínios horizontais, sendo que cada
fração ideal de terreno (unidade autônoma de terreno equivalente ao lote) obedecerá aos
parâmetros da UR1A e também àqueles parâmetros fixados nesta lei.
§4º - A altura máxima das edificações na divisa não poderá exceder 7 (sete) metros,
medido a partir do nível do piso mais baixo, incluindo a espessura das lajes.
§5º - Nos lotes com frente igual ou superior a 12m (doze metros), o recuo mínimo lateral
exigido será de 1,5 m (um metro e cinqüenta centímetros).
Art. 151 - Entende-se como subsolo, o pavimento que tiver o piso abaixo do nível do
terreno natural.
Art. 152 - O uso residencial unifamiliar UR1B permite apenas uma unidade habitacional
por lote respeitando os parâmetros do ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas
Predominantes e Zonas Especiais Segundo Usos, e demais condições abaixo:
§1º - O recuo frontal pode ser utilizado para garagem coberta, sendo a altura máxima da
cobertura de 3m (três metros).
§2º - Este uso possibilita a implantação de condomínios horizontais, sendo que cada
fração ideal de terreno (unidade autônoma de terreno equivalente ao lote) respeitando os
parâmetros do uso UR1B.
§3º - Poderá ser construída edícula no fundo do terreno, ocupando a linha divisória do lote
ao fundo e uma das divisórias em até 4 metros de largura.
Art. 153 - O uso residencial unifamiliar UR4 caracteriza-se por uma unidade habitacional
unifamiliar por lote, de baixa densidade de ocupação, permitindo a implantação de
condomínios horizontais, sendo que cada fração ideal de terreno (equivalente a um lote)
§3º - Os lotes já existentes e regularizados que tiverem largura média de 14m (catorze
metros) poderão ter seus afastamentos laterais reduzidos para 1,5m (um metro e
cinqüenta centímetros).
Art. 154 - O uso Residencial UR2A define-se pelo conjunto de duas ou mais unidades
residenciais construídas em um lote ou conjunto de lotes sob a forma de condomínio,
disposta de forma isolada, geminada ou superposta, no máximo de 3 pavimentos, sendo
apenas 2 pavimentos a partir do nível de referência da rua de acesso, respeitando os
parâmetros do ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais,
e demais condições abaixo:
§2º – São admitidos conjuntos habitacionais e casas geminadas organizadas sob a forma
de vila.
§3º - Este uso permite a implantação de condomínios horizontais, sendo que cada fração
ideal de terreno (unidade autônoma de terreno equivalente ao lote incluindo áreas
comuns) obedecerá aos parâmetros da UR2A. Nesse caso o condomínio horizontal terá
área privativa máxima de 3 (três) hectares.
§5º – Quando a utilização deste uso for na zona ZOR1A e o número de unidades for
superior a 12 (doze), o Poder Executivo estabelecerá condicionantes relativos aos
parâmetros de incomodidade, que será regulada em lei específica municipal.
Art. 155 - O Uso Residencial Multifamiliar UR2B define-se pelo conjunto com mais de
duas unidades habitacionais agrupadas verticalmente (edifícios de apartamentos ou
conjuntos de edifícios de apartamentos residenciais de até 5 (cinco) pavimentos) no
mesmo lote sob a forma de condomínio, respeitando os parâmetros do ANEXO II –
§1º - Caso haja mais de um edifício por lote, os recuos entre edifícios é de no mínimo 6
(seis) metros.
II. o lote ou conjunto de lotes sejam dotados de, no mínimo, rede de água, esgotamento
sanitário, energia elétrica e drenagem pluvial;
Art. 156 - O Uso Residencial Multifamiliar UR2C define-se pelo conjunto com mais de
duas unidades habitacionais agrupadas verticalmente (edifícios de apartamentos ou
conjuntos de edifícios de apartamentos residenciais acima de 5 (cinco) pavimentos) no
mesmo lote sob a forma de condomínio, respeitando os parâmetros do ANEXO II -
Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, e demais condições
abaixo:
§1º - Caso haja mais de um edifício por lote, os recuos entre edifícios é resultante da
somatória dos recuos de cada um dos edifícios.
I. A via de acesso principal possua faixa de domínio com 9m (nove metros) de largura
mínima e seja dotada de pavimentação;
II. o lote ou conjunto de lotes sejam dotados de, no mínimo, rede de água, esgotamento
sanitário, energia elétrica e drenagem pluvial;
§4º - Para edificações compostas de blocos superpostos com projeções diferentes, serão
observados os recuos laterais e de fundos de acordo com a fórmula indicada do ANEXO
II. Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, considerando para cada
um deles a sua respectiva altura dimensionada a partir do nível da via.
§5° - As edificações podem impermeabilizar até 80% (oitenta por cento) da área do
terreno, desde que:
II. seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas
pluviais provenientes da área referida no inciso anterior.
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 79
Art. 157 - O uso residencial multifamiliar UR3 é destinado à habitação de interesse social.
Os parâmetros urbanísticos serão definidos em legislação específica e submetidas ao
Conselho de Política Urbana quando de sua criação e composição. O uso residencial
multifamiliar UR3 somente poderá ser aplicado em Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS) e Zonas de Especiais de Requalificação Urbana (ZERU).
Art. 158 - O uso predominante de comércio e de serviços UCS1A pode conter atividades
de comércio varejista e de serviços de pequeno porte com até 1.000m² (mil metros
quadrados) de área construída até 3 (três) pavimentos, respeitando os parâmetros do
ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais.
Art. 159 - O uso predominante de comércio e de serviços UCS1B pode conter atividades
de comércio varejista e de serviços de pequeno porte com até 3 (três) pavimentos a partir
do nível de referência da rua de acesso, respeitando os parâmetros do ANEXO II.
Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais.
Art. 160 - O uso predominante de comércio e de serviços UCS2A pode conter atividades
de comércio varejista e de serviços de médio porte com até 5 (cinco) pavimentos a partir
do nível de referência da rua de acesso, respeitando os parâmetros do ANEXO II -
Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais.
I. a via de acesso principal possua faixa de domínio com 9m (nove metros) de largura
mínima e seja dotada de pavimentação;
II. o lote ou conjunto de lotes sejam dotados de, no mínimo, rede de água, esgotamento
sanitário, energia elétrica e drenagem pluvial.
§3º - Para edificações compostas de blocos superpostos com projeções diferentes, serão
observados os recuos laterais e de fundos de acordo com a fórmula indicada do ANEXO II
- Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, considerando para cada
um deles a sua respectiva altura dimensionada a partir do nível da via.
I. A via de acesso principal possua faixa de domínio com 9m (nove metros) de largura
mínima e seja dotada de pavimentação;
II. o lote ou conjunto de lotes sejam dotados de, no mínimo, rede de água, esgotamento
sanitário, energia elétrica e drenagem pluvial.
§3º - Para edificações compostas de blocos superpostos com projeções diferentes, serão
observados os recuos laterais e de fundos de acordo com a fórmula indicada do ANEXO II
- Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, considerando para cada
um deles a sua respectiva altura dimensionada a partir do nível da via.
§4° - As edificações podem impermeabilizar até 80% (oitenta por cento) da área do
terreno, desde que:
II. seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas
pluviais provenientes da área referida no inciso anterior.
Art. 162 - Os afastamentos frontais exigidos para cada uso poderão sofrer alterações em
função da implantação do Plano Viário a ser regulamentado através de legislação
específica.
§1º O Poder Executivo exigirá estudo específico para determinar o número de vagas de
estacionamento suficiente, dependendo da atividade do estabelecimento.
§1º - Poderá ser construída edícula no fundo do terreno para moradia do caseiro,
ocupando a linha divisória do lote ao fundo e uma das divisórias até 4 metros.
§3 º - poderão ser nulos os recuos de fundo e lateral com altura máxima de 7m (sete
metros) na divisa, respeitando o disposto no código de obras municipal.
§1º - Poderá ser construída edícula no fundo do terreno para moradia do caseiro,
ocupando a linha divisória do lote ao fundo e uma das divisórias até 4m (quatro metros).
§1º - Poderá ser construída edícula no fundo do terreno para moradia do caseiro,
ocupando a linha divisória do lote ao fundo e uma das divisórias até 4 metros.
Art. 169 - O uso minerário (UM) permite a atividade de mineração e outras atividades
correlatas.
§1º - A empresa responsável pela atividade a que se refere este artigo fica obrigada a
elaborar Plano de Manejo, apresentando-o ao Poder Executivo.
Art. 172 - Não são permitidos os ruídos que, respectivamente, nos períodos diurno e
noturno excederem os valores constantes no Quadro 3- NÍVEIS ACEITÁVEIS DE RUÍDO,
abaixo.
QUADRO 3
Níveis aceitáveis de ruído de acordo com os usos preponderantes da área, conforme NBR
10.152 (Avaliação do ruído em áreas habitadas)
§3º - Para avaliação dos níveis de desconforto em virtude da emissão de ruídos, o Poder
Executivo adotará a norma técnica de avaliação de ruídos NBR 10.151/jun 2000 –
Acústica – Avaliação de ruídos em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), ou outra que vier a
sucedê-la.
Art. 173 - Não é permitida a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera fora dos
padrões estabelecidos em lei, sujeitando o infrator à cessação imediata,
independentemente das cominações legais.
Art. 178 - Não é permitido bloquear acessos ou o tráfego de veículos para as atividades
de carga e descarga de bens e mercadorias, sendo estas permitidas somente em vias
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 84
com área destinada a estacionamento dos veículos. O Poder Executivo definirá horários
específicos para as atividades de carga e descarga, com o objetivo de minimizar impactos
de vizinhança e na circulação de veículos.
Art. 179 - Os parâmetros de incomodidade estabelecidos nesta lei deverão ser revistos,
modificados e alterados em decorrência de inovações tecnológicas comprovadas.
§1º - Os usos permitidos com condicionantes para cada uma das zonas, obedecem aos
critérios definidos no Quadro de Zonas Predominantes constante do Anexo II -
Parâmetros de Uso, Zonas de Usos Predominantes e Zonas Especiais, devem satisfazer
às medidas mitigadoras associadas ao Anexo III - Listagem de atividades não residenciais
e suas repercussões.
Seção IV
Das zonas de uso
Art. 182 - Para os fins desta lei, fica o território Municipal subdividido em zoneamentos de
uso e ocupação do solo, e com subdivisões de zonas de uso predominante e especiais,
conforme descrição sumária do Mapa 4 – Zoneamento Municipal.
Art. 183 - Ficam consideradas como zonas de uso predominantes as porções do território
municipal destinadas a tipos específicos de uso predominante, sumariamente descritas no
ANEXO II – Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais e indicadas no
Mapa 04 – Zoneamento Municipal anexo, nas quais o parcelamento, o uso e a ocupação
do solo ficam sujeitas aos parâmetros e índices urbanísticos estabelecidos nesta lei, a
seguir nomeadas:
Art. 184 - Ficam consideradas como zonas especiais as porções do território municipal
com diferentes características ou com destinação específica e normas próprias de uso e
ocupação do solo e edilícias indicadas no Mapa 04 – Zoneamento Municipal anexo,
compreendendo:
§1º - Para as zonas especiais a que se refere o artigo anterior, o Poder Executivo deverá,
com base em lei específica, baixar condicionantes para a ocupação pretendida.
Art. 190 - ZOCS 1 são zonas que permitem o exercício de atividades não residenciais de
comércio varejista e serviços de pequeno porte e têm seus usos estabelecidos no ANEXO
II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, e conforme delimitação
no Mapa 04 – Zoneamento Municipal.
Art. 191 - ZOCS 2 são zonas que permitem o exercício de atividades não residenciais de
comércio varejista e serviços de médio e grande porte, com limite de altura de até 5
pavimentos e tem seus usos estabelecidos no ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas
Predominantes E Zonas Especiais, e conforme delimitação no Mapa 04 – Zoneamento
Municipal.
Art. 192 - ZOCS 3 são zonas que permitem o exercício de atividades não residenciais de
comércio varejista e serviços de médio e grande porte, acima de 5 pavimentos e têm seus
usos estabelecidos no ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes E Zonas
Especiais, e conforme delimitação no Mapa 04 – Zoneamento Municipal.
Art. 195 - As Zonas de Uso Predominantemente Industrial ZIND2 são porções do território
onde é permitido o uso industrial com indústrias de médio portes com até 6.000 (seis mil)
metros quadrados de área construída e tem seus usos estabelecidos no ANEXO II -
Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas Especiais, e conforme delimitação no
Mapa 04 – Zoneamento Municipal.
Art. 196 - As Zonas Especiais de Proteção Ambiental – ZEPAM são as regiões que, por
suas características e pela tipicidade da vegetação, destinam-se à preservação e à
recuperação de ecossistemas, visando:
§1º – As áreas incluídas nas Zonas Especiais de Proteção Ambiental – ZEPAM, deverão
ser demarcadas e georeferenciadas após a realização de Laudo de caracterização
ambiental envolvendo os aspectos físicos, biológicos, arqueológicos, bem como o
mapeamento dos recursos hídricos e laudos de risco geológico.
Art. 197 - As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são áreas onde há
irregularidade fundiária, urbanística e irregularidade de edificação, ocupadas por
população de baixa e média renda, onde existe, por parte do poder público, interesse em
promover investimentos para atenuar problemas habitacionais e urbanísticos
assegurando a melhoria dos indicadores de qualidade de vida local.
§4º - Nas ZEIS, serão implantados obras e serviços de infra-estrutura urbana básica,
destinados a assegurar aos moradores destas áreas o usufruto de moradia, incluindo a
recuperação de imóveis degradados, a provisão de equipamentos sociais e culturais, de
espaços públicos, de áreas verdes e de estabelecimento de serviços e comércio de
caráter local para atendimento da população moradora.
Art. 198 - O Poder Executivo adotará as seguintes diretrizes específicas para as ZEIS:
Art. 200 - Ficam definidas como ZEIS as áreas identificadas no Mapa 04 - Zoneamento
Municipal abaixo especificadas:
III - Galo;
V - Cruzeiro;
XV - Matadouro;
§1º – Cabe ao Poder Público municipal definir por lei complementar específica, as
prioridades para implantação dos projetos urbanísticos bem como definir novas áreas e
vazios urbanos, no Município, passíveis de serem enquadrados pelo zoneamento.
§2º – Os parâmetros urbanísticos a serem adotados para esta zona serão estabelecidos
por Lei Complementar específica.
I. a presença de áreas livres para implantação de projetos monitorados pelo poder público
municipal a fim de se evitar a deterioração da área;
III. a presença de áreas onde exista problemas de regularização fundiária que envolvam
edificações construídas e que, a seu tempo, se configuraram como locais preferenciais
para crescimento da irregularidade de edificação na cidade. Ainda assim, pelas
características históricas e culturais da área em questão, esta merece projetos de
requalificação;
IV. a presença de áreas onde existam sítios com interesse para preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural.
§2º – Os parâmetros urbanísticos a serem adotados para esta zona serão estabelecidos
por Lei Complementar específica.
V. Olaria;
VII. Rosário;
X. Vila Passos;
XII. Cascalho;
XIII. Centro;
Parágrafo único - Os seguintes grupos de atividades são permitidos nas Zonas Especiais
de Interesse Turístico:
Art. 205 - As Zonas Especiais de Uso Sustentável – ZEUS, são porções do território
localizadas fora do perímetro urbano na qual é permitido o uso residencial de baixíssima
densidade, os usos turístico, esportivo e ecológico desde que preservadas as
características físicas e bióticas e respectivos processos naturais e observadas as
seguintes diretrizes:
II. manter e/ou recompor a vegetação nos fundos de vales, mantendo com cobertura
florestal as Áreas de Preservação Permanente APP ao longo dos cursos d´água conforme
Seção V
Das áreas sujeitas a diretrizes especiais de intervenção urbana – ADEs
Art. 206 - Entende-se por áreas de diretrizes especiais - ADEs as porções territoriais que
exigem parâmetros e diretrizes de uso e ocupação do solo diferenciados e
preponderantes sobre os das zonas nas quais se inserem, na forma a ser prevista em Lei
Complementar, que, ao ser aprovada será incorporada a este Plano Diretor.
§1° - A Lei Complementar referida no ―caput‖ deste artigo, deverá conter também um
memorial descritivo das áreas de diretrizes especiais – ADEs, que serão definidas e
demarcadas por georeferenciamento.
§2° - Fica estabelecido o prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias após a
publicação desta Lei Complementar, para o cumprimento das disposições deste artigo,
pelo Executivo Municipal.
Seção VI
Das restrições adicionais
Art. 207 – Nas áreas de Zoneamento Especial de Revitalização Urbana, deverão ser
observadas as seguintes restrições obrigatórias:
II. A cota mínima de terreno por unidade habitacional será de 80 m²/ unidade;
III. O uso comercial somente será permitido se a via de acesso ao prédio possuir faixa de
domínio com 14m (quatorze metros) de largura mínima e seja dotada de pavimentação;
Art. 208 – Para todo o perímetro do bairro Jardim Canadá serão adotados os seguintes
parâmetros restritivos que deverão ser levados em consideração para efeito de expedição
de licenças públicas:
Art. 209 - O uso residencial unifamiliar UR1A, será aplicado somente nas áreas
consolidadas da Sede, contemplando ainda a região de Honório Bicalho e Santa Rita.
CAPÍTULO III
DO CONTROLE DA PAISAGEM DO PARCELAMENTO DO SOLO E DO MEIO
AMBIENTE CONSTRUÍDO
Seção I
Da proteção da paisagem e da insolação
Seção II
Dos condomínios horizontais
I. a área do condomínio deverá ser inferior a 200.000m² (duzentos mil metros quadrados),
sendo obrigatória a separação de condomínios próximos por vias públicas;
II. a quota mínima de terreno equivalente à fração ideal privada por unidade habitacional,
corresponderá a pelo menos a área mínima assinalada por lote no zoneamento correlato,
de acordo com o ANEXO II - Parâmetros de Uso, Zonas Predominantes e Zonas
Especiais;
IV. a área do condomínio será separada de glebas vizinhas por faixa reservada para
acesso futuro às mesmas;
VI. não haverá lotes na faixa de, pelo menos, 36 metros ao longo de vias de ligação
regional, vias estruturais e vias arteriais do Município, devendo as calçadas lindeiras a
estas vias obedecer às regras da respectiva via;
§1º - O uso do solo a ser aplicado na faixa de 36 (trinta e seis) metros a que se refere o
inciso VI deste artigo será o da zona de uso que incidir sobre ela.
§3º - Correrão por conta exclusiva dos condomínios, as operações e despesas com a
coleta de lixo, com a manutenção, extensão e modernização da infra-estrutura
condominial.
§5° - Os imóveis que possuírem acesso independente para o logradouro terão numeração
específica.
Art. 216 - As edificações levadas a efeito sobre a área objeto do condomínio deverão
obedecer às mesmas normas e especificações previstas no Código de Obras do
Município.
Art. 217 - Para a aprovação das edificações serão submetidos à análise do Poder
Público, todos os dados técnicos quanto às partes em comum e privativas, os parâmetros
construtivos das edificações e os projetos de infra-estrutura.
Art. 218 – As diretrizes necessárias ao fiel cumprimento do disposto nesta lei, deverão
integrar as informações básicas fornecidas pela Prefeitura para a elaboração do projeto.
Seção III
Do parcelamento do solo para fins urbanos
Art. 219 - O Poder Executivo levará em consideração para expedição de normas relativas
ao parcelamento do solo para fins urbanos, as seguintes diretrizes:
Art. 220- O loteamento do solo para fins urbanos é permitido e pode ser incentivado nas
áreas de perímetro urbano e nas de expansão urbana, nos termos desta lei
complementar.
Art. 221 - O Parcelamento do solo nas áreas urbanas e de expansão urbana será
permitido se obedecidos todos os parâmetros e conteúdos urbanísticos e ambientais
definidos nesta lei para a zona em que esteja situada a gleba parcelável.
Art. 222 - Para implantação de loteamento do solo para fins urbanos, em área de
expansão urbana, será exigido a sua ligação com o sistema viário oficial, mantendo
condições de prolongamento das vias a outros empreendimentos futuros, inclusive
respeitando as vias projetadas e aprovadas pelo sistema viário do Município.
Art. 223 - O projeto de loteamento do solo para fins urbanos será aprovado desde que o
loteador:
III. apresente laudo ambiental detalhado da vegetação existente na gleba assinado por
profissional habilitado, juntamente, no que couber e quando for o caso, com as
autorizações específicas do órgão ambiental competente, nos termos da legislação
federal e municipal em vigor, para a supressão de vegetação e as medidas
compensatórias correspondentes;
VI. apresente, nos termos desta lei complementar, estudo geológico, geotécnico e
sondagem acompanhado de laudo devidamente registrado no respectivo órgão de
controle profissional;
VIII. Destine um percentual mínimo obrigatório de 30% (trinta por cento) da gleba total
parcelada, de áreas reservadas a uso público, sendo que, no mínimo, 60% (sessenta por
cento) da área obtida terá sua afetação como áreas verdes e 20% (vinte por cento) para
uso institucional e o restante para os demais benefícios públicos;
XI. Não parcele o solo em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição
impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.
§ 1º - As áreas reservadas para uso institucional, poderão ser implantadas em área doada
pelo empreendedor ao Município, em outra região, desde que haja interesse público,
prévia anuência do Conselho Municipal de Política Urbana e guarde simetria entre o valor
por m²(metro quadrado) do local a ser parcelado com o valor por m²(metro quadrado) do
local a ser destinado.
§2° - A área obtida por força do inciso IX poderá ser desafetada para alienação, mediante
autorização legislativa, quando o estoque de terras para a edificação de interesse social
tiver suprido a demanda, todavia a quantia apurada deverá ser revertida na sua
integralidade ao fundo Municipal de Habitação.
§3° - A execução das obras, construções, ações, medidas e providências a que se refere
este artigo são de responsabilidade exclusiva do loteador que deverá arcar com todos os
custos pertinentes.
§5º - É obrigatória a observância do tamanho mínimo do lote fixado nesta lei para a zona
em que se localize.
Art. 226 - A aprovação de projeto de loteamento de gleba com área superior a um milhão
de metros quadrados, pelo Poder Executivo, depende da apresentação de prévio Estudo
de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
CAPÍTULO IV
DA TRANSIÇÃO DOS ZONEAMENTOS E USOS
Art. 228 – Os projetos regularmente protocolizados até a data da entrada em vigor desta
lei, serão analisados de acordo com a legislação vigente à época do seu protocolo.
Parágrafo único – Os projetos de que trata este artigo poderão, a pedido do interessado,
ser examinados conforme as disposições desta lei.
Art. 229 – Os alvarás construtivos terão validade pelo prazo e condições fixados no art.
18 da Lei 1.584 de 30 de dezembro de 1998.
TÍTULO IV
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO MUNICÍPIO COMO INSTRUMENTO ORIENTADOR
DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE
CAPÍTULO I
DA ARTICULAÇÃO METROPOLITANA
Art. 232 - O Poder Público Municipal poderá promover a reforma administrativa para a
incorporação dos objetivos, diretrizes e ações previstos nesta lei às atribuições das
diversas Secretarias e demais órgãos municipais, mediante a reformulação e
aperfeiçoamento das suas competências institucionais.
VIII. manter permanente divulgação das informações relativas à gestão municipal como
meio de estimular e incrementar a participação social na gestão municipal.
Art. 235 - O Poder Público poderá criar normas administrativas regionais com
circunscrição administrativa sobre a porção do território municipal, assim denominadas:
§1º - Cada Administração Regional será instalada no perímetro sob sua jurisdição
administrativa.
Art. 239 - O Poder Executivo implantará o projeto Portal do Cidadão - POC, constituído
pela reunião de unidades dos órgãos públicos do Município e, no que couber, de órgãos
públicos estaduais e federais em um único espaço físico, destinado à prestação de
serviços e atendimento integrado ao cidadão. O programa do POC abrangerá também um
sistema de comunicação áudio-visual para divulgação de informações institucionais e de
interesse do Município.
CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NA GESTÃO DA POLÍTICA URBANA
Art. 240 - O Poder Público Municipal dará ampla publicidade a todos os documentos e
informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento e
implementação do Plano Diretor, programas e projetos setoriais, regionais, locais e
específicos, bem como no controle e fiscalização de sua implementação, a fim de
assegurar à população o conhecimento dos respectivos conteúdos, devendo ainda
disponibilizá-las a qualquer munícipe que requisitá-la por petição simples.
I. Conferências da Cidade;
Art. 246 - O Conselho Municipal de Política Urbana será criado por lei específica, o qual
deverá conter até 30 membros, sendo que o chefe do Poder Executivo indicará a
Presidência do Conselho.
III. debater propostas e emitir parecer sobre proposta de alteração da lei do Plano Diretor;
§1º – Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais como estudos,
plantas, planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para
exame e extração de cópias, inclusive por meio eletrônico, com antecedência mínima de
dez dias úteis da realização da respectiva audiência pública.
Praça Bernardino de Lima, nº 80- Centro- Nova Lima/MG 34000.000 107
§2º – As intervenções realizadas em audiência pública serão registradas por escrito e
gravadas para acesso e divulgação públicos, e deverão constar no processo.
§1º. O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser prorrogado, desde que solicitado
com a devida justificativa.
§2º. A proposta e o parecer técnico a que se refere este artigo deverão ser amplamente
divulgados para conhecimento público inclusive em meio eletrônico.
Art. 252 - A iniciativa popular de projetos de lei poderá ser apresentada com base na Lei
Orgânica Municipal e na legislação nacional aplicável, sendo os respectivos
requerimentos de aprovação dirigidos diretamente à Câmara Municipal.
CAPÍTULO IV
DA ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE NOVA LIMA
Art. 253 - A implantação do Plano Diretor será efetuada por meio da realização de ações
estratégicas dotadas do poder e da função de dar início ao processo de transformação,
com a vigência das disposições desta lei.
Art. 254 - O Poder Executivo promoverá as seguintes ações para a implementação das
diretrizes e demais conteúdos desta lei:
II. elaborar os projetos urbanísticos com o desenho urbano das Áreas de Diretrizes
Especiais ADEs de requalificação urbana, para conclusão dentro do prazo de nove
meses, a partir da vigência desta Lei Complementar, mediante trabalho interno à
Prefeitura ou através da contratação de serviços externos, em ambos os casos,
submetendo-os à aprovação do Conselho Municipal de Política Urbana;
III. elaborar os projetos urbanísticos com o desenho urbano das Áreas de Diretrizes
Especiais ADEs de projeto e de controle urbano, para conclusão dentro do prazo de
dezoito meses, mediante trabalho interno da Prefeitura junto aos empreendedores
IV. preparar plantas oficiais temáticas do Município, a partir dos desenhos apresentados
no Plano Diretor, colocando-as à disposição dos interessados;
Art. 255 - O Poder Executivo Municipal promoverá as seguintes ações para dar melhor
conhecimento aos cidadãos da política urbana local:
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 257 - O Poder Executivo, pelo seu órgão ambiental competente, fica autorizado a
celebrar com pessoas físicas ou jurídicas utilizadoras de recursos ambientais,
considerados efetiva ou potencialmente poluidores Termo de Compromisso e
Ajustamento de Conduta (TAC), com força de título executivo extrajudicial, com o objetivo
precípuo de recuperação do meio ambiente degradado mediante a fixação de
condicionantes técnicas que deverão ser rigorosamente cumpridas de modo a evitar,
reduzir os efeitos, corrigir ou compensar os efeitos negativos prejudiciais ao meio
ambiente.
Art. 258 - Os usos e atividades existentes na data inicial de vigência desta lei não
conformes às suas normas, diretrizes e demais conteúdos terão o prazo de um ano para
se adequarem aos seus termos e, se não houver esta adequação, fica vedada a
renovação de sua licença de funcionamento.
I. Como uso conforme quando se enquadrar nas categorias de uso permitidas na zona
onde o imóvel se situar;
Parágrafo único - O uso não conforme será tolerado, desde que, cumulativamente:
I. seja comprovado seu licenciamento até a data da entrada em vigor desta lei;
Art. 260 - Esta lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.
Parágrafo único - Nos termos da legislação ambiental vigente, os usos não conformes
estão sujeitos a licenciamento ambiental corretivo, ao juízo dos órgãos municipais.
Art. 261 - Casos omissos serão resolvidos pelo Poder Executivo na forma da lei.
Art. 262 – Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias após a sua
publicação oficial.
/am