O Método Materialista Histórico Dialético
O Método Materialista Histórico Dialético
O Método Materialista Histórico Dialético
INTRODUÇÃO
A crescente sofisticação do conhecimento levou o homem a duvidar da milenar
explicação mágica do mundo e a tentar compreendê-lo com teorias que, baseadas na
experiência objetiva, abrangessem desde a natureza e a origem da vida e do universo até a
relação do próprio ser humano com essa realidade. Essas teorias dividiram-se de modo
esquemático em duas grandes tendências: materialismo e idealismo.
Materialismo é toda concepção filosófica que aponta a matéria como substância
primeira e última de qualquer ser, coisa ou fenômeno do universo. Para os materialistas, a
única realidade é a matéria em movimento, que, por sua riqueza e complexidade, pode
compor tanto a pedra quanto os extremamente variados reinos animal e vegetal, e produzir
efeitos surpreendentes como a luz, o som, a emoção e a consciência. O materialismo
contrapõe-se ao idealismo, cujo elemento primordial é a idéia, o pensamento ou o espírito.
A concepção marxista é uma ciência à qual o pensador alemão Karl Marx deu o nome
de materialismo histórico e cujo objeto são as transformações econômicas e sociais,
determinadas pela evolução dos meios de produção. Marx constrói uma dialética (do grego
dois logos) materialista, em oposição à dialética idealista hegeliana. O materialismo dialético
pode ser definido como a filosofia do materialismo histórico, ou o corpo teórico que pensa a
ciência da história. Os princípios fundamentais do materialismo dialético são quatro: (1) a
história da filosofia, que aparece como uma sucessão de doutrinas filosóficas contraditórias,
dissimula um processo em que se enfrentam o princípio idealista e o princípio materialista; (2)
o ser determina a consciência e não inversamente; (3) toda a matéria é essencialmente
dialética, e o contrário da dialética é a metafísica, que entende a matéria como estática e
anistórica; (4) a dialética é o estudo da contradição na essência mesma das coisas.
Baseado na dialética de Hegel, segundo a qual o progresso das idéias se dá pela
sucessão de três momentos -- tese, antítese e síntese --, o materialismo dialético pretende ser,
ao mesmo tempo, o fim da filosofia e o início de uma nova filosofia, que não se limita a
pensar o mundo, mas pretende transformá-lo.
insistiam no caráter concreto dos fatos básicos da produção e reprodução das formas materiais
de existência social. Concebiam o modo de produção capitalista como uma categoria histórica
e opunham-se também à redução abstrata das relações econômicas a um tipo ideal e à
pulverização dos eventos e processos históricos entre várias ciências históricas especiais,
porém nunca abandonaram o recurso à filosofia (Fernandes, 1984).
Marx subverteu a concepção vigente de ciência, introduzindo na investigação cientifica
o materialismo consistente, a análise dialética e a perspectiva social da classe revolucionária,
o que lhe permitiu criar um modelo próprio de explicação cientifica da história. Ele e Engels
aplicaram esse modelo de explicação ao estudo de situações históricas concretas, à crítica da
economia política e do socialismo utópico-reformista e à elaboração de uma teoria geral da
formação, desenvolvimento e dissolução da sociedade capitalista (Fernandes, 1984).
A construção do materialismo histórico dialético acontece na segunda fase do
desenvolvimento intelectual de Marx, marcada pelo rompimento com Feuerbach em 1845 e
vai até 1857, onde as premissas gerais de sua abordagem da sociedade e da história são
desenvolvidas e a tendência feuerbachiana da primeira fase (primeiros escritos até 1844) é
definitivamente abandonada. A terceira fase começa com a redação dos Grundrisse em 1858 –
caracterizando-se pela análise concreta das relações sociais capitalistas adiantadas que
culmina em O Capital (Bottomore, 1988, p.184).
Segundo Fernandes (1984) o materialismo histórico dialético designa um conjunto de
doutrinas filosóficas que, ao rejeitar a existência de um princípio espiritual, liga toda a
realidade à matéria e às suas modificações. É uma tese do marxismo, segundo a qual o modo
de produção da vida material condiciona o conjunto da vida social, política e espiritual. É um
método de compreensão e análise da história, das lutas e das evoluções econômicas e
políticas. Marx parte da idéia de que em toda a história o homem não é uma imanência única:
na idade antiga ou ele era escravo ou cidadão; na idade média era servo ou senhor; na idade
moderna é proletário ou patrão, ou seja, ou ele detém os meios de produção ou vende sua
força de trabalho.
As principais conotações de significação filosófica da “concepção materialista da
história” de Marx são:
1) a negação da autonomia e, portanto, do primado das idéias na vida social;
2) o compromisso metodológico com a pesquisa historiográfica concreta, em oposição à
reflexão filosófica abstrata;
3) a concepção da centralidade da práxis humana na produção e a reprodução da vida
social, em conseqüência disso;
4) a ênfase na significação do trabalho enquanto transformação da natureza e mediação
das relações sociais, na história humana;
5) a ênfase na significação da natureza para o homem, que evolui de uma concepção
presente nas obras iniciais de Marx que concebe o homem como essencialmente unido à
natureza para uma concepção de homem essencialmente oposto à natureza, e dominando-a;
6) a preferência pelo simples realismo cotidiano e o compromisso, que se desenvolve
gradativamente, com o realismo científico, através do qual Marx vê a relação homem-
natureza como internamente assimétrica, em que o homem é essencialmente dependente da
natureza enquanto esta, no essencial, independe do homem (Bottomore, 1988, p.254).
Dois temas epistemológicos predominam em Marx:
do real, real que seria apenas o instrumento para a sua manifestação exterior. Para mim, ao
contrário, o ideal nada mais é do que o material transposto para a cabeça do ser humano. Em
Hegel a dialética está de cabeça para baixo. Para que se descubra o núcleo racional no interior
do invólucro místico, é necessário coloca-la de cabeça para cima (Marx, 1984, p. 15).
Em seu método, Marx fala de homens em relação na sua forma de produção da vida.
Com isso rompe com a antologia de que o ponto de partida para a transformação da sociedade
é a mudança do indivíduo. Para ele não há mudança sem mudar as relações sociais. Para Marx
as categorias econômicas são apenas abstrações das relações reais e perduram enquanto
perdurarem tais relações. Os homens produzem mercadorias, daí produzem idéias
(categorias), ou seja, expressão abstrata das relações materiais, ou melhor: os homens
produzem mercadorias, daí produzem idéias que são as categorias abstratas das relações
sociais. As categorias são produtos históricos e transitórios.
Algumas categorias de análise
a) O trabalho como categoria universal: A adesão teórico-metodológica ao materialismo
histórico dialético exige a compreensão do historicismo concreto presente na obra de Marx e
Engels, para os quais a produção material da vida engendra todas as formas de relações
humanas e assim sendo, a categoria ontológica do trabalho torna-se imprescindível em
qualquer estudo que se anuncie na perspectiva da totalidade histórica.
O que os homens são coincide, portanto, com a sua produção, tanto com o que
produzem quanto também com o como produzem.
b) Trabalho concreto e trabalho abstrato: Segundo Marx (1989), de um lado, todo
trabalho é um dispêndio de força de trabalho humana, no sentido fisiológico, e é nessa
qualidade, de trabalho humano igual, ou abstrato, que ele constitui o valor das mercadorias.
Por outro lado, todo trabalho é dispêndio de força de trabalho humana de uma determinada
forma e com um objetivo definido e é nessa qualidade de trabalho concreto útil que produz
valores de uso. O trabalho concreto produz valor de uso e o trabalho abstrato produz valor
(entendi como valor de troca – mercadoria).
O trabalho concreto e o trabalho abstrato não são atividades diferentes, mas sim a
mesma atividade considerada em seus aspectos diferentes. O que Marx quer dizer é que só por
meio da troca de mercadorias, o trabalho privado que as produziu se torna social (essa é uma
das peculiaridades da forma equivalente de valor); a equalização do trabalho como trabalho
abstrato só ocorre por meio da troca dos produtos desse trabalho.
c) Trabalho alienado: a alienação pode ser identificada em várias questões:
- pelo modo que o trabalhador se relaciona com o produto do seu trabalho como um
objeto alheio, pois quanto mais o trabalhador se gasta trabalhando, tão mais poderoso se torna
o mundo objetivo alheio que ele cria frente a si, tão mais pobre se torna ele mesmo, o seu
mundo interior, tanto menos coisas lhe pertencem como suas próprias. É da mesma maneira
na religião. Quanto mais o homem põe em Deus, tanto menos retém em si mesmo. O
trabalhador coloca a sua vida no objeto; mas agora ela não pertence mais a ele, mas sim ao
objeto. Portanto, quão maior esta atividade, tanto mais o trabalhador é sem-objeto. Ele não é o
que é o produto do seu trabalho. Portanto, quão maior este produto, tanto menos ele mesmo é;
- no ato da produção, dentro da atividade produtiva mesma, pois o trabalho é exterior ao
trabalhador, não pertence à sua essência. O seu trabalho não é voluntário, mas compulsório,
trabalho forçado. Por isso, não é satisfação de uma necessidade, mas somente um meio para
satisfazer necessidades fora dele. A sua alienação emerge com pureza no fato de que, tão logo
não exista coerção física ou outra qualquer, se foge do trabalho como de uma peste. O
trabalho exterior, o trabalho no qual o homem se exterioriza, é um trabalho de auto-sacrifício,
de mortificação. Finalmente a exterioridade do trabalho aparece para o trabalhador no fato de
que o trabalho não é seu próprio, mas sim de um outro, que não lhe pertence, que nele não
pertence a si mesmo, mas a um outro. É a perda de si mesmo.
- O trabalho alienado faz do homem um ser alheio a ele, um meio da sua existência
individual. Aliena o homem do seu próprio corpo, tal como a natureza fora dele, tal como a
sua essência espiritual, a sua essência humana. E o homem fica alienado do homem. Essa
alienação vale para a relação do homem com o outro homem, assim, na relação do trabalho
alienado cada homem considera o outro segundo o critério e a relação na qual ele mesmo se
encontra como trabalhador. E a quem pertence o produto do trabalho então? Pertence a um
outro homem fora o trabalhador, portanto, pelo trabalho alienado, o trabalhador engendra a
relação de um homem alheio ao trabalho, e que está fora dele, com este trabalho. A relação do
trabalhador com o trabalho engendra a relação do capitalista com este último, ou como quer
que se queira chamar o senhor do trabalho. A propriedade privada é portanto, o produto, o
resultado, a conseqüência necessária do trabalho exteriorizado, da relação exterior do
trabalhador com a natureza e consigo mesmo.
d) Práxis: A expressão práxis em Marx (Manuscritos econômicos filosóficos e Teses
sobre Feuerbach) refere-se á atividade livre, universal, criativa e auto-criativa, por meio da
qual o homem cria (faz, produz), e transforma (conforma) seu mundo humano e histórico e a
si mesmo; atividade específica do homem que o torna basicamente diferente de todos os
outros seres. Neste sentido, o homem pode ser considerado o ser da práxis e o marxismo
como a “filosofia (ou melhor, o “pensamento”) da práxis” (Vasquez, 1988). Nas Teses sobre
Feuerbach, o conceito de práxis revolucionária é de central importância, concebida e
racionalmente entendida como a coincidência da transformação das circunstâncias e da
atividade humana ou auto-transformação. Nos Manuscritos econômicos e filosóficos Marx
opõe, geralmente, “trabalho” e “práxis” e descreve explicitamente o primeiro como “o ato de
alienação da atividade humana prática”, mas é por vezes incoerente, usando “trabalho” como
sinônimo de “práxis”. Em A Ideologia alemã, insiste com veemência na oposição entre
“trabalho” e o que havia chamado antes de práxis, e sustenta a opinião de que todo trabalho é
uma forma auto-alienada de atividade produtiva humana, e deveria ser abolido. A forma não
alienada da atividade humana, anteriormente chamada de práxis, passa a receber o nome de
“auto-atividade”, mas, apesar dessa modificação da terminologia, a idéia fundamental de
Marx permanece a mesma: “a transformação do trabalho em auto-atividade” (Grundisse e O
Capital apud Bottomore, 1988, p.293). Em última instância a PRÁXIS é a dialética entre a
produção e a prática social.
e) Ideologia: A expressão ideologia não aparece nos textos da primeira fase do
desenvolvimento intelectual de Marx, sendo introduzida na segunda fase como um conceito
negativo e restrito. Negativo porque compreende uma distorção, uma representação errônea
das contradições e restrito porque não abrange todos os tipos de erros e distorções. Ideologia
como falsa consciência. A análise específica das relações sociais capitalistas leva-o à
conclusão mais avançada de que a conexão entre “consciência invertida” e “realidade
invertida” é mediada por um nível de aparências que é constitutivo da própria realidade. Após
a morte de Marx, o conceito de ideologia começou a adquirir um novo significado, mas sem
perder sua conotação crítica. Uma concepção de ideologia como a totalidade das formas de
consciência social (“superestrutura ideológica”) e uma outra concepção como as idéias
URSS realizaram este ínterim, talvez, Wallon, seu colaborador Zazzo e Lucien Sève tenham
sido as figuras mais conhecidas no ocidente. Politzer (1949) realizou mais uma crítica do que
propriamente construiu um caminho. Coube aos psicólogos soviéticos esta tentativa.
Construíram uma psicologia baseada no principio da atividade (Leontiev) que teve seguidores
no Brasil a partir do final da década de 1970 e que acabou se consolidando na criação da
Associação Brasileira de Psicologia Social, liderada por Silvia Lane. Com relação à
preocupação com a construção de conhecimentos e orientações de pesquisa nesta vertente,
temos um interessante trabalho desenvolvido pelo cubano Gonzalez Rey, que se preocupou
em desenvolver uma metodologia de cunho qualitativo, alicerçada numa Epistemologia
Qualitativa, principalmente centrada na unidade de análise, ou como ele chamou, zona de
sentido. Para exemplificar uma maneira de se pesquisar em psicologia tendo por princípio o
materialismo histórico dialético, seguiremos a proposta de Vygotsky.
Sobre a relação entre a ciência psicológica e a construção da sociedade escreve
Vygotsky:
Nossa ciência não podia nem pode desenvolver-se na velha sociedade [a sociedade
capitalista]. Ser donos da verdade sobre a pessoa e da própria pessoa é impossível enquanto a
humanidade não for dona da verdade sobre a sociedade e da própria sociedade. Pelo contrário,
na nova sociedade [a sociedade socialista], nossa ciência se encontrará no centro da vida. O
salto do reino da necessidade ao reino da liberdade formulará inevitavelmente a questão do
domínio de nosso próprio ser, de subordiná-lo a nós mesmos (Vygotsky, apud Duarte, 2000,
p. 04).
2 Pode-se argumentar que as acusações mais tarde feitas por psicólogos soviéticos, do intelectualismo de
Vygotsky reflita seu dualismo relativo a ferramenta como um objeto material e do signo como um fenômeno
ideal. Entretanto, os esforços para resolver este dualismo, adotando o conceito de atividade orientada ao objeto
levaram a outro beco sem saída, descrita por Zinchenko (1990). Isto causou um empobrecimento na
compreensão psicológica dos processos simbólicos e bloqueou a investigação empírica sobre os padrões e
transformações de ferramentas e sinais de mediação. (tradução nossa)
propriedade permite seus usuários a empregar sinais para controlar seu próprio
comportamento. Tal ponto de vista do signo parece ter sido desenvolvido pela qualificação da
analogia da ferramenta. O que é conseguido a partir da analogia é o papel de mediador dos
sinais em processos psicológicos, mas o próprio signo continua a ser um conceito não-
desenvolvido. Ainda, o signo se torna, de uma forma indireta, caracterizado na pesquisa de
Vygotsky sobre o discurso interno, no desenvolvimento do significado das palavras e
conceitos científicos.
Revendo este trabalho, Lee (apud Leiman, 1992) descreveu duas características do
signo que refletem a influência da lingüística contemporânea e lógica no pensamento de
Vygotsky. Em primeiro lugar, em sua análise genética da fala, Vygotsky distinguiu funções
comunicativas e representativas da linguagem. Em segundo lugar, ao analisar o
desenvolvimento do significado das palavras, ele destacou significado e referência como dois
aspectos estruturais dos signos linguísticos. Vygotsky ilustrou isso com duas frases que fazem
referência a Napoleão. Sempre que dizemos ‘o vencedor de Jena’ ou ‘o perdedor de Waterloo’
nos referimos a mesma pessoa, no entanto o sentido das duas frases é diferente.
Além de Vygotsky, outros autores soviéticos se preocuparam com a explicação da
constituição da subjetividade (Rubinstein, 1968; Leontiev, 1978), além de psicólogos
marxistas franceses (Wallon, 1941; Sève, 1989). Uma discussão que deve ser encarada, mas
que excede a intenção deste artigo e que pretendemos fazê-la em outro momento é a da
problematização da noção de sujeito na psicologia marxista. Tal discussão, que é inerente à
discussão da subjetividade, recebeu diferentes motivações nos debates soviéticos e marxistas
fora da URSS, como bem apontam Rey (2003), Roudinesco (2007) e Zinchenko (1999).
Considerações finais
Pensar a subjetividade enquanto intersubjetividade não é uma novidade no mundo
psicológico e tem sido realizada com freqüência no atual cenário acadêmico. Esta relação foi
tratada a partir de um diálogo freudo-marxista (Doray, 1989; Marcuse, 1966; Fromm, 1979) e
demais tradições marxistas. A necessidade de construções teóricas parciais excludentes, que
têm caracterizado o desenvolvimento do pensamento psicológico, foi uma das questões que de
forma reiterada apareceram na obra de Vygotsky. A tarefa de conceber uma nova
representação da psicologia não seria resolvida com a acumulação de dados organizados a
partir das posições dominantes do saber psicológico, mas sim, por meio de uma nova
representação teórica que atuaria como modelo para gerar novas zonas de sentido na produção
do conhecimento psicológico. Tal dimensão teórico-metodológica seria o materialismo
histórico-dialético, que na sua essência se apresenta como um método capaz de gerar núcleos
de sentido a partir da noção de contradição, que não opões indivíduo-sociedade, mas prevê
desvelar suas mediações constitutivas.
Acreditamos que a psicologia de base marxista ao partir da dimensão concreta da
existência, possa chegar às dimensões empírica e subjetiva presentes no gênero humano e que
para além da lógica formal, introduz uma lógica humanista e existencial, centrada no
compromisso ético da superação das condições de exploração, dominação e mistificação que
caracterizam as relações no modo de produção capitalista.
Alves, A. M. (2010) The historical materialist dialectical method: some issues about
subjectivity. Revista de Psicologia da UNESP, 10(1), 1-13.
Abstract: the article deals with the exposure of some aspects of the historical
materialist dialectical method and its contribution to the study of subjectivity.
Provides definitions and conceptual epistemological as treated by Marx and some
commentators. In the last part presents an outline of a Marxist psychology as
proposed by Soviet authors, especially Vygotsky and how the author incorporates the
dialectical method in the analysis of psychological phenomena.
Keywords: Marxist dialectical, psychology, subjectivity, mediation.
REFERÊNCIAS
Bottomore, T. (et. all.) (1988). Dicionário do Pensamento Marxista. 2. Ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor.
Fernandes, F. (Org.) (1984) K. Marx, F. Engels. História. 2 ed. São Paulo: Ática.
Fromm, E. Meu encontro com Freud e Marx.(1979) São Paulo: Jorge Zahar.
Leiman, M. (1992) The concept of sign in the work of Vygotsky, Winnicott, and Bakhtin:
further integration of object relations theory and activity theory. In: British Journal of
Medical Psychology, 65, 209-221
Silveira, P & Doray, B. (Orgs) (1989). Elementos para uma teoria marxista da subjetividade.
São Paulo: Vértice.