AULA 2 - Teorias de Enfermagem

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Teorias de Enfermagem

Enfª Cleyne Lima


O que são teorias de Enfermagem?

 Teoria, no grego, quer dizer “visão”. Constitui uma forma


sistemática de olhar o mundo, para descrevê-lo, explica-lo,
prevê-lo ou controla-lo.
 Teorias de enfermagem são instrumentos de trabalho que
abordam uma linha de conhecimentos científicos com visões
sobre o processo saúde doença e a experiência do cuidado
terapêutico
Teorias de enfermagem
 Descrita como um instrumento de trabalho que ressalta o
conhecimento científico, demonstrando as tendências das
visões sobre o processo saúde-doença e a experiência do
cuidado terapêutico.
 Quando a enfermagem adota uma das teorias de
enfermagem, deixa de ter uma assistência baseada em
conhecimentos empíricos para adotar uma assistência
orientada por conhecimentos científicos.
Quais são os Objetivos das Teorias de
Enfermagem?
 Direcionar o pensamento do enfermeiro, sua observação e
interpretação da realidade;
 Fornecer estrutura que atenda ás necessidades
individualizadas do cliente, família e comunidade por meio
do processo de enfermagem;
 Nortear o domínio das responsabilidades da enfermagem e;
 Permitir aos profissionais documentar serviços e resultados.
AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE
(1854)

 Para Florence, os cuidados de enfermagem não deveriam ser


fundamentados somente nos conceitos religiosos de caridade,
amor, doação e humildade, mas principalmente por preceitos
de valorização adequado do cuidado, divisão social do
trabalho de enfermagem e autoridade sobre o cuidado a ser
prestado.
 A Teoria Ambiental de Florence Nigthingale tem as seguintes
características:
 O estado de saúde do cliente está associado aos fatores ambientais,
percebidos por meio da observação e coleta de dados;
 Trabalha-se com enfoque em caracteres ambientais gerais como:
iluminação, ruído, higiene ambiental e pessoal, água pura, ambiente
externo, utensílios do paciente e aspecto nutricional e
 O profissionais de enfermagem precisam ter preparação formal para
exercer a profissão.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – Teoria De Relações
Interpessoais De Peplau (1952)

 A teoria de relações interpessoais de Peplau tem as seguintes características:

 Os cuidados de enfermagem devem estabelecer um processo interpessoal por meio do

qual, enfermeira e paciente podem obter crescimento e desenvolvimento pessoais;

 A enfermagem deve oferecer condições para existir uma relação psicossocial com o

paciente de modo a reestabelecer o potencial de seu crescimento (ex.: reparação de


feridas, reestabelecimento das funções orgânicas);

 A equipe de enfermagem tem um papel parecido com a de um psicólogo, uma vez que

para cuidar do paciente, o enfermeiro precisa ter uma intimidade interpessoal para com
o cliente capaz de conseguir mudanças psicológicas.
Teoria De Relações Interpessoais De
Peplau (1952)
 É importante observar que o objetivo da assistência de enfermagem é

ajudar os indivíduos, família e a comunidade a produzir mudanças que


influenciem de forma positiva em suas vidas. Neste sentido, vale
mencionar que, se não houver uma conexão positiva entre cliente e
enfermeiro, não haverá cuidado de enfermagem eficiente.

 Por exemplo, se uma enfermeira entra em conflito com cliente

diabético, dificilmente esse paciente irá aderir ao planos de cuidados


oferecidos pela profissional.
 Para Peplau, o processo de relação interpessoal da
enfermagem tem quatro fases:

 Orientação – Paciente tem uma necessidades e mostra


demanda de cuidados. Durante a interação com o enfermeiro, o
paciente visualiza a dificuldade e dá oportunidades ao
profissional de identificar as suas carências de informação acerca
do seu problema. Assim, o enfermeiro pode realizar as
orientações de acordo com o momento da vida em que o
paciente se encontra. Esta fase pode ser carregada de ansiedade e
tensão. Cabe a equipe de enfermagem reduzir esses sintomas de
modo de modo a permitir a realização das etapas seguintes;
Plepau
Identificação – A enfermagem consegue identificar quais são
as necessidades do paciente.
O paciente já tem um vínculo com o profissional de
enfermagem existindo uma intimidade psicossocial.
Aqui, o paciente pode assumir três comportamentos:
- ser participativo nas ações e cuidados de enfermagem;
- isolando-se e tendo atitudes de interdependência em relação
ao enfermeiro;
- ou assumindo total dependência de cuidados.
 Exploração – Exploração ao máximo da relação
enfermeiro/paciente para obtenção dos melhores benefícios
possíveis
 Resolução – É caracterizada como um ‘fenômeno
psicológico” em que o paciente desfaz o vínculo com o
enfermeiro preparando-se para o retorno para casa.
Obs:
 Vale mencionar que a Teoria de Peplau embora seja relacionada á prática da enfermagem

psiquiátrica, uma vez que as doenças psiquiátricas tendem á desvinculação psicossocial


(isolamento social e apatia), ela pode ser utilizada em quaisquer situações, pois, para
realizar o cuidado de enfermagem, há a necessidade de algum tipo de interação com o
paciente.

 Na Teoria de Peplau trabalha as relações interpessoais em que os

profissionais de enfermagem precisam criar um vínculo com os seus


pacientes para que o cuidado de enfermagem seja efetivado com sucesso, se
não houver vinculação, dificilmente o enfermeiro conseguirá atuar.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – TEORIA 21 PROBLEMAS DA
ENFERMAGEM : FAYE ABDELLAH (1960)

 Abdellah enfatiza que a assistência de enfermagem deve


considerar o indivíduo como um todo nas suas necessidades
físicas, sociais, psicológicas, espirituais e familiares.
 Desenvolveu os “21 problemas de enfermagem” que tem a
finalidade de identificar as necessidades do paciente e quais são as
atividades de enfermagem perante a cada problema identificado.
Os 21 problemas descritos por Abdellah são:
 Dificuldade em promover higiene física e conforto físicos adequados;

 Dificuldade em promover atividade e repouso adequados;

 Segurança através de prevenção de acidentes, lesões do físico e de infecção;

 Dificuldade de facilitar e manter a mecânica corporal correta;

 Dificuldade de facilitar e manter a oxigenação em todos os tecidos do corpo;

 Dificuldade de facilitar e manter a nutrição em todos os tecidos do corpo;

 Dificuldade de facilitar e manter a eliminação em todos os tecidos do corpo;

 Dificuldade de facilitar e manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico em todos os tecidos do corpo;

 Dificuldade em reconhecer respostas fisiológicas, compensatórias e patológicas do corpo;

 Dificuldade de facilitar e manter os mecanismos e funções reguladoras;


 Dificuldade de facilitar e manter a função sensorial;
 Dificuldade em identificar e aceitar as expressões, sentimentos, reações
positivas e negativas;
 Dificuldade em fazer inter-relação entre emoções e doenças físicas;
 Dificuldade em facilitar e manter a comunicação verbal e não verbal eficaz;
 Dificuldade em promover o desenvolvimento de relações interpessoais
efetivas;
 Dificuldade em facilitar á obtenção de metas espirituais pessoais;
 Dificuldade em criar e/ou manter um ambiente terapêutico;
 Dificuldade em facilitar o autoconhecimento das suas necessidades físicas,
emocionais e de desenvolvimento das suas necessidades físicas, emocionais e
de desenvolvimento variáveis para o seu bem estar;
 Dificuldade em aceitar as limitações físicas e emocionais;
 Dificuldade em utilizar-se dos recursos existentes na sua comunidade para
resolver os problemas decorrentes da doença e;
 Dificuldade em compreender os problemas sociais/ambientais que
influenciam a doença.
OBS:
Para Abdellah, a saúde é um estado no qual o ser humano tem
necessidades satisfeitas, sem problemas reais ou potenciais.
O ser humano é um todo biopsicossocial.
RELAÇÃO INTERPESSOAL – Teoria das Necessidades
Fundamentais de Virginia Henderson (1964)

 Para Virgínia, a meta de enfermagem na Teoria das


necessidades fundamentais é trabalhar de forma
independente com outros profissionais de saúde, ajudando o
paciente a ganhar a independência o mais rápido possível
fazendo com que eles coloquem em prática as 14
necessidades fundamentais, a saber:
RELAÇÃO INTERPESSOAL – Teoria das Necessidades
Fundamentais de Virginia Henderson (1964)

 Respirar bem;
 Comer e beber;
 Eliminar;
 Movimentar-se e manter postura;
 Dormir e descansar;
 Vestir-se e despir-se;
 Manter a temperatura corpórea normal;
 Manter o corpo limpo e arrumado;
 Evitar perigos do ambiente;
 Comunicar-se;
 Adorar de acordo com a própria fé;
 Trabalhar com satisfação;
 Recrear-se;
 Aprender;
TEORIAS DE ENFERMAGEM –TEORIA DA RELAÇÃO
INTERPESSOAL DE JOYCE TRAVELBEE (1966)

Para Joyce Travelbee, a enfermagem:


 É um processo interpessoal que envolve enfermeiro e
paciente;
 Tem o objetivo de ajudar paciente e família a enfrentar a
doença.
TEORIAS DE ENFERMAGEM –TEORIA DA RELAÇÃO
INTERPESSOAL DE JOYCE TRAVELBEE (1966)

 Para haver o cuidado de enfermagem é necessário a relação


interpessoal pessoa –a-pessoa em que o enfermeiro auxilia o
indivíduo, a família ou a comunidade através de fases, as
saber:
 Primeira Impressão – percepção da presença de ambos,
paciente e enfermeiro;
 Empatia – Compartilhamento das experiências um do outro
por já terem experiências semelhantes na vida e pela vontade
de entender o outro;
 Simpatia – Desejo do enfermeiro em resolver o problema do
paciente por meio da relação terapêutica .
“SISTEMA DE RESULTADOS” DE DOROTHY
JOHNSON (1968)

A Teoria de “Sistema de Resultados” de Dorothy Johnson diz que o ser


humano possui subsistemas inter-relacionados, controlados por fatores
biológicos e transculturais.
Esses subsistemas por sua vez são provedores e perpetuadores das
condições internas e externas. São eles:
 Associação-afiliação;
 Dependência;
 Ingestão;
 Eliminação;
 Sexual;
 Realização e;
 Agressivo/Protetor.
Dorothy Johnson considera que:
 Deve-se reduzir o estresse para que o paciente possa se
recuperar o mais rápido possível;
 O enfermeiro deve agir para atender as necessidades do
paciente;
 O enfermeiro deve perceber a incapacidade do paciente de
adaptar-se e propiciar assistência para a solução dos
problemas encontrados
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA
HUMANÍSTICA E HUMANITÁRIA ROGERS (1970)

A teoria de Martha Rogers estimula a criatividade na


enfermagem visto que, esta é uma das características cada vez
mais exigidas no perfil do enfermeiro frente ás rápidas
mudanças tecnológicas e do pensar humano que vem ocorrendo
nestes últimos anos.
 Rogers define o indivíduo como um ser holístico com as seguintes

características:

 O indivíduo é um todo unificado, indivisível e totalmente integrado ao

ambiente. Não podemos reduzi-lo a sistemas e nem a órgãos. O todo

do ser humano interage com infinitas dimensões que compõem o

Universo (Universo pandimensional);

 O indivíduo é caracterizado não somente com os limites físicas da

pele, mas sim abrange um campo energético em volta dele que tem

uma interação com este universo pandimensional;


TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA
HUMANÍSTICA E HUMANITÁRIA ROGERS (1970)

 O campo energético do ser humano é aberto e durante todo o tempo está em

constante troca de energia com o ambiente em que se encontra. As trocas de


energias são trocadas entre o ambiente e o campo energético do homem;

 Tanto o campo energético do individuo quanto o campo energético do

ambiente, ao trocarem energia, provocam alterações nos dois campos. Rogers


considera esta mudança mútua de energia no ambiente/indivíduo como sendo
de crescimento e atualização, configurando um processo criativo e contínuo.
 Rogers nomeia alguns processos que ocorrem dentro do processo de
troca de energias entre o ser humano e o ambiente, a saber:
 Integralidade – É o processo de integração constante, indivisível e
total entre os campos humanos e ambientais não importando qual seja
a atividade que o indivíduo esteja exercendo. A todo o momento
estamos em troca constante e total com o ambiente, mesmos quando
estamos dormindo;
 Ressonância – As trocas de energias entre ser humano e ambiente
ocorrem em variadas frequências de ondas, intensidade e velocidade;
 Helicidade – As respostas provocadas pelas continuas modificações
que ocorrem nos campos energéticos tem uma direção única, onde o
processo passado vai sendo incorporado ao presente num rítmico
dinâmico e não –linear de padrões de resposta.
 Rogers afirma que o enfermeiro troca energias com o ambiente,
e desta forma pode adquirir características novas tendo sempre
capacidade de criatividade e a capacidade de readaptar a cada
mudança que ocorre nos campos humano e ambiental.
 Para ela, o ser humano unitário se caracteriza ainda pelo uso da:
 Abstração;
 Sensação;
 Emoção;
 Imaginação;
 Linguagem;
 Pensamento Produtivo.
 Portanto Rogers traz uma grande contribuição para a
Enfermagem quando afirma que a sua teoria tem a finalidade de
levar á criatividade.
 O enfermeiro troca sempre de energia com o ambiente e com o
infinito, dando-lhe sempre a capacidade de adquirir novas
capacidades através da criatividade.
 Neste sentido, o enfermeiro passa a ter condições de readaptar a
cada mudança que o meio ambiente ou o meio interno exigem
em cada momento.
TEORIAS DE ENFERMAGEM -TEORIA DO
AUTOCUIDADO DE DOROTHEA OREM (1980)

A teoria do autocuidado de Orem engloba:

 O autocuidado – Práticas iniciadas e executadas pelo próprio

indivíduo com finalidade de manutenção de vida e do bem-estar;

 A atividade de autocuidado – Habilidade do individuo em se

engajar no autocuidado;

 A exigência terapêutica do autocuidado – Totalidade de ações de

autocuidado.
 Para Orem, o autocuidado é a prática de atividades que o indivíduo executa

em prol de sua vida e do seu bem estar e tem os seguintes requisitos:

 Universais – Atividades de autocuidado no sentido de manutenção da

integridade da estrutura e funcionamento humanos. Exemplo: Atividades do


cotidiano;

 Desenvolvimento – Atividades de autocuidado para lidar com mudanças.

Exemplo: Adaptação a novo trabalho ou á adaptação ao luto;

 Desvio de saúde – Atividades de autocuidado no sentido de se recuperar de

situações de adoecimento ou moléstia. Exemplo: Mudanças provocadas por


diagnóstico médico, ferimentos .
A teoria do cuidado traz dois conceitos
importantes:

 Intervenção do autocuidado – Capacidade do individuo em cuidar de si mesmo;

 Intervenção de cuidados dependentes – O individuo perdeu a capacidade de


autocuidado necessitando do outro para exercer o autocuidado.
 A grande contribuição da teoria do autocuidado de Orem é relativa ao fato de
que o enfermeiro exerce atividades que contribuem para o autocuidado do
paciente compensando as suas limitações de modo a reestabelecer o seu bem-
estar até que ele tenha condições de exercer o próprio autocuidado.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – TEORIA DO
AUTOCUIDADO DE KING (1981)

 King trabalha a teoria de alcance de metas assumindo que o ser humano tem três

estruturas básicas:

 Sistema Pessoal – Individuo inserido num ambiente. Apresenta conceitos como

percepção, ego, imagem corporal, crescimento, desenvolvimento, tempo e espaço;

 Sistema Interpessoal – formado por agrupamento de pessoas: Duas pessoas se

relacionando, há uma díade; Três pessoas, tríade e; mais de três pessoas, há uma relação
em grupo;

 Sistema Social – Reunião de grupos com interesses e necessidades especiais formando

organizações e sociedades. Os conceitos do sistema social envolvem a organização,


autoridade, poder, status, tomada de decisão e papel.
 O foco da teoria é paciente com doenças crônicas de difícil evolução e a

finalidade é estabelecer metas de modo a facilitar e encorajar ações do


paciente e dos profissionais de enfermagem para a reabilitação e redução de
danos cujo processo de enfermagem deve ter as seguintes etapas:

 Diagnóstico – Detecção das necessidades de cuidado;

 Estabelecimento de metas comuns ao enfermeiro e paciente;

 Exploração e viabilização de meios comuns a ambos, para alcançar as metas

traçadas;

 Evolução – Avaliação contínua do alcance de metas e redefinição das metas

quando necessário.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO DE SISTEMAS DE
NEUMAN (1972)

 Betty Neuman diz que o seu modelo enfatiza a reação da pessoa ao estresse e os

fatores de reconstituição ou adaptação. Ela considera que o indivíduo é


constituído por um centro cercado por uma série de círculos concêntricos, a
saber:

 Linha Normal de Defesa;

 Linha Flexível de Resistência

 Linhas de Resistência representadas por estressores, a reação aos estressores e a

reação aos estressores e a reação á unidade total, interagindo com o ambiente.


 Alguns conceitos importantes para Neuman:

 Estressores – Forças ou estímulos que atuam sobre o indivíduo

produzindo tensão. Podem estar presentes no ambiente interno e externo


do sistema impedindo a manutenção do equilíquio.

 Indivíduo/ homem/ Cliente: Referem-se ao sistema aberto. Está em

contato permanente com o ambiente e em constante troca com ele. É


composto por variáveis fisiológicas, psicológicas, socioculturais, de
desenvolvimento e espirituais;

 Ambiente: Conjunto de forças internas e externas que circundam o

indivíduo a todo o instante. Ambiente Interno é aquele que se relaciona


com o cliente e ambiente externo corresponde ao inter e extrapessoal,
relacionado com tudo o que é exterior ao cliente.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO DE
SISTEMAS DE NEUMAN (1972)

 Linhas de Resistência – Fatores internos do indivíduo que tem a função de defesa contra

os estressores. Tornam-se ativas quando a linha normal do indivíduo é invadida pelos


estressores ambientais. As linhas de resistência são formadas durante o tempo com
habilidades fisiológicas, psicológicas, socioculturais, de desenvolvimento e espirituais.

 Linha Flexível de Defesa – Esta linha de defesa é flexível e pode ser mudada facilmente.

Ela tem a função de ser amortecedor par a linha normal de defesa quando o ambiente é
estressante. Além disso, age como filtro quando o ambiente oferece apoio servindo de
força positiva que contribui para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo.
 Neste sentido, estressores podem ser:
 Estressores intrapessoais – Ocorrem dentro do indivíduo.
Exemplo: raiva, medo, ciúmes;
 Estressores interpessoais – Ocorrem entre um ou mais
indivíduos. Exemplo: Relações familiares;
 Estressores extrapessoais – Forças que ocorrem fora do sistema e
agem sobre o indivíduo. Exemplo: desemprego.
 A enfermagem tem papel primordial no atendimento ao
paciente, pois, ao reconhecer que os estressores tem variáveis
socioeconômica, psicológica, biológica, de desenvolvimento
e/ou espiritual, o enfermeiro pode fazer boa avaliação do
impacto e do significado de cada estressor no sistema e
estabelecer um plano de cuidados eficientes para minimizar
e/ou exaurir o impacto dos estressores que estão causando a
doença.
TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE LEININGER
(1978)

 A teoria transcultural tem as seguintes características:


 Foco: Estudo da análise comparativa de diferentes culturas e
subculturas no que diz respeito ao:
 Comportamento relativo ao cuidado geral;
 Cuidado de enfermagem;
 Valores;
 Crenças e;
 Padrões de comportamento relacionados a saúde e doença.
 Objetivo: Desenvolver um corpo de conhecimento científico e humanizado.

 Definição: A teoria transcultural é um conjunto inter-relacionado de

conceito e hipóteses de enfermagem fundamentados nas necessidades de


indivíduos e grupos (manifestações de comportamento relativo ao cuidado,
valores, crenças).

 Importância dos aspectos culturais e da necessidade humana nas

ações de enfermagem: Enfermeiros que não praticam a enfermagem


considerando os considerando os aspectos culturais e da necessidade humana
do paciente poderão ter ações de enfermagem ineficazes, e trazer
consequências negativas para os assistidos.
TEORIAS DE ENFERMAGEM – MODELO DA
ADAPTAÇÃO DE ROY (1979)

 Callista Roy entende que a enfermagem:


 São como uma profissão da área da saúde que centra nos
processos de vida humanos;
 Dá ênfase à promoção da saúde aos indivíduos, famílias,
grupos e a sociedade como um todo;
 Alia ciência com a prática assistencial expandindo a
capacidade de adaptação e;
 Melhora a transformação pessoal do paciente
 Para Roy, a saúde é um reflexo de adaptação da interação entre pessoa e

ambiente.

 A pessoa saudável não está livre da doença, estresse ou da morte, mas a

capacidade de lidar com estas situações deve ser a melhor possível.

 O modelo da adaptação de Roy considera como objetivos da enfermagem é a

promoção dos indivíduos e grupos aos quatros modos de adaptação:

 Físico-fisiológico;

 Identidade de autoconceito;

 Interdependência e;

 Desempenho de papel.
1 .Modo de adaptação físico-fisiológico – Está associado ao ser físico do paciente e diz como ele reage aos
estímulos do ambiente. O comportamento é a manifestação fisiológica do organismo apresentando as
seguintes necessidades básicas fisiológicas:

 Oxigenação;

 Nutrição;

 Eliminação;

 Atividade e repouso e;

 Proteção.

2 . Modo de adaptação do autoconceito – Envolve os aspectos psicológicos e espiritais do sistema humano. É


composto por:

 Ser físico, evidenciado pela Imagem Corporal;

 Ser pessoal englobando a autoconsciência, autoideal ou expectativa e;

 Ser ético marcado pelos valores morais e espirituais.

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