Decreto 1777 (Ano 2007)
Decreto 1777 (Ano 2007)
Decreto 1777 (Ano 2007)
08/01/2007
DECRETA:
CAPITULO I
Art. 2º. Para efeito deste Decreto são adotadas as seguintes definições:
VII – Licença Ambiental Única (L.U.): ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
emite uma única licença estabelecendo as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor para empreendimentos
e/ou atividades potencialmente impactantes ou utilizadoras de recursos ambientais,
independentemente do grau de impacto, mas que, por sua natureza, constituem-se,
tão somente, na fase de operação e que não se enquadram nas hipóteses de Licença
Simplificada nem de Autorização Ambiental.
XVI – Termo de Referência (T.R.): ato administrativo utilizado para fixar diretrizes e
conteúdo às avaliações ambientais desenvolvidas pelos empreendimentos ou
atividades utilizadoras de recursos ambientais.
VI – consulta pública ou consulta técnica, na forma prevista neste Decreto e por meio
de instruções normativas do IEMA ou deliberações do CONSEMA;
VII – audiência pública, quando couber, de acordo com a lei e com este Decreto;
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS
III – O prazo de validade da Licença Única (LU) será, no mínimo, de 4 (quatro) anos,
não podendo ultrapassar 06 (seis) anos, neste último caso, quando comprovada a
implementação do programa de gestão ambiental voluntário e cuja eficiência tenha
sido atestada pelo órgão ambiental, conforme disposto no § 2º, do artigo 7º, deste
Decreto.
§ 1º. A licença ambiental não exime o seu titular da apresentação, aos órgãos
competentes, de outros documentos legalmente exigíveis.
§ 2º. Findo o prazo de validade da licença, a mesma será extinta, não cabendo sua
renovação, passando a atividade à condição de irregular e obrigando o seu titular a
firmar termo de compromisso ambiental e/ou a requerer licença de regularização, sob
pena de aplicação das sanções previstas em lei.
§ 3°. A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter seus prazos e
validade prorrogados, mediante requerimento do empreendedor, por, no máximo, duas
vezes. A decisão do órgão, em qualquer das hipóteses, será devidamente motivada e
obedecerá aos limites estabelecidos nos itens I e II, ficando a renovação condicionada
à manutenção das mesmas condições ambientais existentes quando de sua
concessão.
§ 4º. A LP poderá ser requerida em conjunto com a LI nas hipóteses nas quais a
viabilidade ambiental tenha sido previamente verificada pelo órgão ambiental.
Art. 13. A Consulta Prévia Ambiental será submetida ao órgão ambiental, pelo
interessado, para obter informações sobre a necessidade e/ou viabilidade de
licenciamento de sua atividade.
§2º. A Consulta Prévia ambiental não substitui qualquer etapa dos procedimentos de
regularização ambiental, seja licenciamento ou autorização, quando for verificada sua
necessidade e assim indicados.
Art. 15. A Licença de Instalação (LI) é expedida com base na aprovação das
Avaliações Ambientais, conforme enunciados neste Decreto e de acordo com padrões
técnicos estabelecidos pelo órgão competente de dimensionamento do sistema de
controle ambiental e de medidas de monitoramento previstas, respeitados os limites
legais.
Art. 16. A Licença de Operação (LO) poderá ser expedida pelo prazo mínimo de 04
(quatro) anos e máximo de 06 (seis) anos, neste último caso em decisão motivada do
órgão competente, devendo em ambos os casos:
Art. 17. A Licença Simplificada (LS) das atividades enquadradas nas Classes ‘S’ está
condicionada ao preenchimento da Ficha de Caracterização do Empreendimento -
FCE, sendo expedida pelo órgão ambiental mediante declaração do interessado e de
seu responsável técnico, acompanhado de Termo de Responsabilidade Ambiental,
declarando que sua atividade é de pequeno potencial poluidor e que dispõe dos
equipamentos de controle ambiental definidos pelo órgão ambiental.
Art. 18. A Licença Única (LU) é exigível para as atividades que não se incluem nas
hipóteses de Licença Simplificada, Autorização ou procedimento a que se refere os
arts. 14 usque 16.
§ 3º. As taxas da Licença Única (LU), consoante definição do inciso VII, do artigo 2º e
em virtude dessa modalidade de licença consistir numa fase de operação, serão os
valores da Licença de Operação (LO) exigíveis para as atividades econômicas e
respectivas Classes constantes da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e
enquadradas por Instruções Normativas expedidas pelo órgão ambiental.
Art. 20. As taxas da Licença de Operação para Pesquisa (LOP), consoante definição
do inciso X, do artigo 2º e por constituir modalidade de licenciamento prévio, serão as
taxas da Licença Prévia exigíveis para as atividades econômicas e respectivas
Classes constantes da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e
enquadradas por Instruções Normativas expedidas pelo órgão ambiental.
Art. 21. Não se concederá créditos, de qualquer modalidade e por qualquer órgão de
fomento estadual, às empresas cuja atividade econômica esteja enquadrada como
potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente que não se encontre
regularmente licenciada.
CAPÍTULO V
§ 3º. Salvo nos casos previstos no § 5º deste artigo, o prazo para aprovação do Termo
de Referência pelo órgão ambiental será, no prazo máximo, de 30 (trinta) dias
contados de sua protocolização.
§ 1º. A contagem dos prazos previstos no caput será suspensa durante a elaboração
de estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo
interessado, podendo ser alterados desde que justificados e com a concordância do
empreendedor e do órgão ambiental.
Art. 24. As Avaliações Ambientais deverão ser realizadas por profissionais legalmente
habilitados, às expensas do empreendedor, vedada a participação de servidores
públicos estaduais dos órgãos da administração direta ou indireta na sua elaboração,
na forma da lei.
TÍTULO I
Art. 25. O Estudo de Impacto Ambiental - EIA será exigido para avaliação ambiental
de empreendimento/atividades com potencialidade de significativos impactos
ambientais, pelo órgão ambiental competente, em conformidade com a legislação
ambiental.
Art. 26. A União e os Municípios, por meio de seus órgãos ambientais, receberão
cópia do respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA quando tiverem relação
direta com o projeto ou quando o empreendimento se situar em sua área de influência.
À União e aos Municípios será encaminhada cópia do Estudo de Impacto Ambiental -
EIA, mediante requerimento.
§ 2º. Os órgãos públicos que manifestarem interesse, ou tiverem relação direta com o
projeto, receberão cópia do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, para
conhecimento e respectiva manifestação no prazo de 15 (quinze) dias contados da
data do seu recebimento, podendo ser prorrogado uma vez por igual período.
TÍTULO II
CAPÍTULO VI
DA PARTICIPAÇÃO PÚBLICA
I – Consulta Técnica;
II – Consulta Pública;
TÍTULO I
Art. 32. A Consulta Técnica destina-se a colher opinião de órgão técnico, público ou
privado, bem como de profissional de comprovada experiência e conhecimento, sobre
ponto específico tratado na avaliação ambiental em questão.
Art. 34. A critério do órgão ambiental, para elaboração dos termos de referência,
poderão ser convocadas consulta pública e técnica.
§ 2º. Quando adotado o procedimento previsto neste artigo, não serão aceitas
manifestações fora do prazo estabelecido no § 1º.
TÍTULO II
DA AUDIÊNCIA PÚBLICA
Art. 35. Recebido o RIMA, o órgão ambiental fará publicar, em jornal oficial e outro de
expressiva circulação na área de influência do empreendimento a abertura de prazo
mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias para conhecimento e eventual requerimento, por
terceiros legalmente habilitados, de audiência pública.
Art. 36. O órgão ambiental, caso julgue necessário, poderá convocar reuniões
preparatórias das audiências públicas com objetivo de apresentar e discutir com a
sociedade o relatório de impacto ambiental.
Art. 37. A Audiência Pública, sob a presidência do órgão ambiental, tem por finalidade
expor aos interessados o resultado do Relatório de Impacto Ambiental, prestando
informações e colhendo subsídios dos interessados no processo de licenciamento.
Art. 41. As audiências públicas serão realizadas em locais de fácil acesso e próximos
às comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento.
Art. 44. As manifestações por escrito deverão ser encaminhadas ao órgão ambiental
em até 10 (dez) dias úteis, contados da realização da audiência pública, sendo que
não serão consideradas aquelas recebidas intempestivamente.
Art. 47. Nos casos de omissão deste Decreto, serão feitas as exigências previstas na
Resolução CONAMA vigente à época e aplicável ao caso.
CAPÍTULO VII
Art. 48. Os interessados serão notificados de todos os atos dos quais resultem
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades
e os atos de outra natureza, de seu interesse, bem como o estabelecimento de
diretrizes e exigências adicionais, julgadas necessárias à elaboração do Relatório de
Controle Ambiental, com base em norma legal ou em parecer técnico fundamentado.
Art. 49. O órgão perante o qual tramita o licenciamento notificará o interessado para a
apresentação de documentos, efetivação de diligências ou ciência de decisão.
II – finalidade da notificação;
§ 3º. A notificação far-se-á por ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado.
§ 6º. Serão nulas as notificações feitas sem observância das normas estabelecidas
neste decreto, mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou
irregularidade, permanecendo o procedimento no estado em que se encontrar quando
do seu ingresso.
Art. 54. Ordinariamente, a impugnação, bem como o recurso, não tem efeito
suspensivo.
Art. 55. Poderão ser recebidos, com efeito suspensivo, a impugnação e o recurso
contra medida punitiva que implique em:
I – embargo de obra;
II – interdição de atividade;
IV – demolição de obra;
VII – outros casos em que se comprove justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução da medida punitiva.
§ 2º. O efeito suspensivo somente será concedido pela autoridade recorrida, seu
superior hierárquico ou pela de primeira instância, após avaliação de pareceres
técnico e jurídico fundamentados que embasaram a decisão.
§ 4º. Findo o prazo do parágrafo 3º, silente o órgão recorrido, a pedido do impugnante
ou do recorrente, o processo será remetido à segunda instância, a qual terá 30 (trinta)
dias para apreciação, unicamente, do pedido de suspensão dos efeitos da medida
punitiva.
DO ENQUADRAMENTO AMBIENTAL
ENQUADRAMENTO/CLASSIFICAÇÃO
PORTE
POTENCIAL POLUIDOR
MICRO
PEQUENO
MÉDIO
GRANDE
MICRO
S
S
I
II
PEQUENO
S
I
II
III
MÉDIO
I
II
III
IV
GRANDE
II
III
IV
IV
Art. 63. Nos termos da lei, o órgão competente poderá cobrar custos adicionais ao
empreendedor pela análise do EIA/RIMA.