Lei Ordinária 4730 2006 - licenciamento ambiental

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12/12/2018 Lei Ordinária 4730 2006 de São Luís MA

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LEI Nº 4730 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006.

INSTITUI O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO


DE SÃO LUIS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DE SÃO LUÍS, Capital do Estado do Maranhão. Faço saber a todos os seus habitantes que a
Câmara Municipal de São Luís decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1ºEsta Lei ins tui o licenciamento ambiental no âmbito do Município de São Luís e as taxas rela vas
aos licenciamentos ambientais, ambientais, autorizações, cer dões, vistorias e outras de interesse
ambiental, obrigatórias para todos os estabelecimentos, empreendimentos ou a vidades descritos nos
Anexos I e II.

Parágrafo Único - O licenciamento ambiental será exigido pelo Município de São Luís como um
instrumento de gestão ambiental, necessário à construção de um cidade sustentável.

Art. 2º Para efeito desta Lei, ficam estabelecidas as seguintes definições:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administra vo pelo qual o Ins tuto Municipal de Controle
Ambiental - IMCA licencia a localização, instalação, ampliação, operação e funcionamento de
estabelecimento, empreendimentos e a vidades u lizadores de recursos ambientais, consideradas
efe va ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso;

II - Licença Ambiental: ato administra vo pelo qual IMCA estabelece as condições, restrições e medidas
de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo proprietário ou empreendedor, pessoa sica ou
jurídica, para localizar, instalar ampliar, funcionar e operar estabelecimentos, empreendimentos ou
a vidade u lizadas dos recursos ambientais consideradas efe vas ou potencialmente poluidoras ou
aqueles que, de qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

III - Estudos Ambientais: são todos e qualquer estudos rela vos aos aspectos ambientais relacionados à
localização instalação ampliação, operação e funcionamento de estabelecimentos, empreendimento ou
a vidade, apresentado como subsidio para a análise da licença requerida, tais como;

a) Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), conforme definido em
regulamento próprio e termo de referência;
b) Plano de Controle Ambiental (PCA);
c) Plano de recuperação de Área degradada (PRAD);

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d) Relatório Ambiental Preliminar (RAP);


e) Relatório Ambiental Simplificado (RAP);
f) Projeto de Monitoramento Ambiental (PMA);
g) Estudo de Risco (ER);
h) Outros existentes;

IV - Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades sicas, químicas e biológica do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das a vidades humanas e que,
direta ou indiretamente, afetam as a vidade sociais e econômicas, a saúde, a segurança ou o bem-estar
da população, assim como os recursos naturais, ar ficiais, culturais e do trabalho;

V - Termo de Referência (TR): roteiro apresentando o conteúdo e tópicos mais importantes a serem
tratados em determinado estudo ambiental;

VI - Autorização Ambiental: ato administra vo pelo qual o IMCA autoriza o funcionamento de a vidades,
a execução de obras e intervenções e a realização de eventos caracterizados por possuir potencial mínimo
de impacto, poluição ou degradação ambiental.

Art. 3º A localização, construção, instalação ampliação modificação, operação e funcionamento de


estabelecimentos, empreendimentos e a vidades, publicas ou privadas instaladas ou a se instalar no
Município de São Luís, u lizadores de recursos ambientais, consideradas efe vas ou potencialmente
poluidoras e capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento ambiental, a ser realizado pelo IMCA, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os estabelecimentos, empreendimentos e as a vidades


relacionadas no Anexo I, parte integrante desta Lei.

§ 2º Caberá ao IMCA definir os critérios de exigibilidade, os estudos ambientais necessários, o


detalhamento e a complementação do Anexo I, levando em consideração as especificidades, os fatores
culturais, os riscos ambientais, o porte, o grau de impacto e outras caracterís cas do estabelecimento,
empreendimento ou a vidade.

§ 3º O empreendedor e os profissionais que subscreve os estudos previstos no parágrafo anterior serão


responsável pelas informações apresentadas, sujeitando-se ás sanções administra vas, civis e penais.

Art. 4ºA licença ambiental para estabelecimentos, empreendimentos e a vidades consideradas efe vas
ou potencialmente causadoras de significa vo impacto ou degradação ambiental, dependerá de prévio
estudo de impacto ambiental (EIA) e o respec vo relatório de impacto ambiental (RIMA), ao qual dar-se-à
publicidade, garan da a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a
regulamentação.

Parágrafo Único - O IMCA, verificando que a a vidade ou empreendimento não é potencialmente


causador de significa vo impacto ou degradação ambiental, definirá os estudos ambientais per nentes
aos respec vos processos de licenciamento.

Art. 5º O IMCA, no exercício da sua competência de interesse local e daquelas que lhe forem delegadas
pelo Estado por instrumentos legal, termo de cooperação técnica ou convênio, expedirá as seguintes
licenças:

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I - Licença Prévias (LP): concedida na fase preliminar de planejamento do estabelecimento,


empreendimento ou a vidade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental
e estabelecendo os requisitos básicos, condicionantes, restrições e medidas de controle a serem
atendidas nas próximas fases se sua implantação;

II - Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do estabelecimento, empreendimento ou a vidade, de


acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas
de controle ambiental e demais condicionantes, da qual cons tuem mo vo determinante;

III - Licença de Operação (LO); autoriza a operação do estabelecimento, empreendimento ou a vidade,


após a verificação do efe vo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de
controle ambiental e condicionadores determinados para a operação;

IV - Licença Única (LU): concedida para licenciamento dos estabelecimentos, empreendimentos ou


a vidades considerados insignificantes e de pequeno grau de impacto, degradação ou poluição ambiental
ou ainda para construção de unidade residenciais, qualquer que seja o grau de impacto;

V - Licença Corre va (LC): concedida para regularizar no prazo máximo de 12 (doze) meses a par r da
publicação desta Lei, sem prejuízo das demais sanções, os estabelecimentos, empreendimentos ou
a vidades sem licenciamento ambiental já implantados ou em operação.

§ 1º As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza,
caracterís cas e fase do estabelecimento ou a vidade.

§ 2º A licença única dispensa a expedição de qualquer outra licença ambiental.

Art. 6ºO IMCA poderá criar novas modalidades de licenciamento ambiental, definir, quando necessário,
licença ambientais especificas, observadas a natureza, caracterís cas e peculiaridades da a vidade ou
empreendimento e, ainda incluir ou excluir ramos de a vidades sujeitas ao licenciamento ambiental.

Parágrafo Único - Para a realização do disposto no caput deste ar go, deverá ser observada a
compa bilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

Art. 7º O IMCA editará Instrução Norma va orientando quanto aos procedimentos básicos à correta
instrução dos pedidos de licenciamento ambiental, assim como os documentos, projetos e estudos
ambientais necessários ao inicio do processo de licenciamento ambiental.

Parágrafo Único - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a


cer dão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o po de empreendimento ou a vidade estão
em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a
autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emi das pelos órgãos
competentes.

Parágrafo Único - A contagem do prazo previsto no caput deste ar go será suspensa durante a elaboração
dos estudos ambientais, solicitação de esclarecimentos, complementações e vistorias técnicas.

Art. 14 - O IMCA, mediante requerimento da parte interessada e de forma discricionária, poderá emi r
autorizações e cer dões a estabelecimentos, empreendimentos ou a vidades caracterizadas por possuir
insignificante e pequeno grau de impacto, poluição ou degradação ambiental, sem prejuízo de outras

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licenças legalmente exigíveis

Art. 15 - O IMCA, poderá definir nas licenças e autorizações ambientais, determinadas condições,
restrições, planos de monitoramento, medidas de reparação e controle ambiental, medidas
compensatórias e mi gadores a serem cumpridas e atendidas pelo requerente.

Parágrafo Único - A renovação das licenças e autorizações ambientais fica condicionada ao cumprimento
no disposto no caput deste ar go.

Art. 16 - Os prazos de validade das licenças e autorizações ambientais serão estabelecidos da seguinte
forma:

I - os prazos de validade das Licenças Prévia (LP) e da Licença de Instalação (LI) será o estabelecidos pelo
cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos rela vos ao estabelecimento,
empreendimento ou a vidade, e não será superior a 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado, uma única
vez, por igual período, mediante solicitação de renovação por parte do empreendedor;

II - o prazo de validade da Licença de Operação (LO) e da Licença Única (LU) será de 01 (um) ano, podendo
a critério do IMCA, aumentar o prazo de validade para 02 (dois) nos, após a avaliação do desempenho
ambiental do estabelecimento, empreendimento ou a vidade;

III - o prazo de validade de Licença Corre va (LC) será de 01 (um) ano, não sendo possível renovação,
oportunidade em que deverá ser solicitada a Licença de Operação (LO) ou a Licença Única (LU);

IV - os prazos de validade das autorizações e cer dões ambientais variarão em função de sua natureza e
peculiaridade, não podendo ser superior a 01 (um) ano.

Art. 17 A renovação das licenças e autorizações ambientais deverá ser requerida com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias da data da expiração de seu prazo de validades, ficando este automa camente
prorrogado até a manifestação defini va do IMCA.

§ 1º O disposto no caput deste ar go não se aplica a Licença de Operação, que deverá ser requerida com
antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias.

§ 2º Art. 11. A não renovação da Licença de Operação (LO) e da Licença Única (LU) assim como da Licença
Corre va nos termos do inc. V do art. 5º desta Lei torna o responsável pelo estabelecimento,
empreendimento ou a vidade, passível da aplicação das penalidades previstas na legislação ambiental
vigente, independente de no ficação.

Art. 18 O IMCA mediante decisão fundamentada em parecer técnico, poderá modificar as


condicionantes, as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença ou autorização
ambiental, durante seu prazo de vigência, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a emissão da licença;

III - desvirtuamento da licença, autorização, cer dão e vistoria ambiental;

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IV - superveniência de graves riscos ambientais e saúde.

Art. 19 Caberá a equipe técnica do IMCA, designadas para tal finalidade, definir o grau de impacto
ambiental dos estabelecimentos, empreendimentos ou a vidades que solicitares licença, autorização
para fins de procedimentos técnicos de análise, cobrança de taxas ou outros de interesse ambiental.

Parágrafo Único - Para efeito deste Lei, os graus de impacto, degradação e poluição dos estabelecimentos,
empreendimentos ou a vidades serão estabelecidos da seguinte forma:

I - insignificante grau (IG);

II - pequeno grau (PG);

III - baixo grau (BG); IV - médio grau (MG); V - alto grau (AG);

VI - significa vo grau (SG).

Art. 20 Os estabelecimentos, empreendimentos ou a vidades licenciados ou em fase de implantação no


Município de São Luís até a data de publicação desta Lei devem, no que couber, adequar-se ao disposto
na presente norma, sob pena de enquadramento na legislação ambiental vigente.

Art. 21 Terão validade no âmbito municipal, as licenças concedidas pelo órgão estadual de meio
ambiente antes da data de publicação desta Lei, passando as a vidades a submeterem-se ao regulamento
municipal depois de expirado o prazo de validade das mesmas ou excedidos 02 (dois) anos da concessão
da licença.

Art. 22 O descumprimento do disposto nesta Lei torna os responsáveis pelo estabelecimento,


empreendimento ou a vidade, passíveis da aplicação das penalidades previstas na legislação ambiental
Federal, Estadual e Municipal vigente.

Art. 23 Os pedidos de licenças e autorizações ambientais ficam sujeitas ao recolhimento das respec vas
taxas e outras mais que se fizerem necessárias.

Art. 24 A Taxa de Licenciamento Ambiental tem por fato gerador o exercício do poder de polícia,
conferido ao IMCA para a execução da Polí ca de Meio Ambiente no âmbito do Município de São Luis,
conforme valores estabelecidos no Anexo II desta Lei.

Art. 25 É contribuinte das taxas de licenciamento ambiental, assim como das taxas rela vas a
autorizações e outras taxas cabíveis, o proprietário ou empreendedor, público ou privado, responsável
pelo estabelecimento ou a vidade u lizadores de recursos ambientais, consideradas efe va ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
no âmbito do interesse local do Município de São Luis, considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Art. 26 Aplica-se, no que couber, à presente Lei, a legislação tributária do Município de São Luis.

Art. 27 Os valores arrecadados, provenientes do licenciamento, autorizações, cer dões e vistorias


ambientais, serão rever dos ao tesouro municipal nos termos da Lei.

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Art. 28 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 29 Revogam-se as disposições em contrário.

Mando, portanto, a todos quantos o conhecimento e execução da presente Lei pertencerem que a
cumpram e a façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.A Secretaria Municipal de Governo a
faça imprimir, publicar e correr.

PALÁCIO DE LA RAVARDIÉRE, EM SÃO LUÍS, EM 28 DE DEZEMBRO DE 2006, 185º DE INDEPENDÊNCIA E


118º DA REPÚBLICA.

TADEU PALÁCIO
PREFEITO

Download: Anexos (www.leismunicipais.com.br/MA/SAO.LUIS/A4730-2006.zip)

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/03/2010

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