Ante Projeto Mestrado
Ante Projeto Mestrado
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃ O EM HISTÓRIA
MESTRADO PROFISSIONAL
RECIFE/PE,
2018.
KLEITON DE ARAÚJO SANTOS
RECIFE/PE,
2018.
RESUMO
TEMA:
CHICO TRIPA, O MESTRE DA CULTURA POPULAR DA PARAÍBA:
MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
EMBASAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO
FONTES
Ao utilizarmos da história oral para fornecer fontes e novas
perspectivas para a pesquisa, sabemos que aplicada, possibilitará conhecer
diferentes versões e interpretações sobre o tema. Nesse caso, o trabalho
investigativo levará em conta as trajetórias individuais, eventos ou processos, o
testemunho vivo dos atores como fonte primária. Estes testemunhos são as fontes
orais que permitirão o resgate do indivíduo como sujeito no processo histórico e
constituirão como documentos gerados no momento da entrevista, legítimos tanto
pelo seu valor informativo quanto pelo seu valor simbólico. A história oral permite o
diálogo entre diversas áreas no campo das ciências humanas, constituindo um
esforço interdisciplinar de investigação (Camargo, 1984). É, portanto, uma técnica ou
método que permitirá acessar instâncias mais subjetivas dos informantes.
Para ampliar o campo de investigação e realizar as análises com base
em fatores históricos, utilizaremos o livro “BAYEUX: seu povo, sua história” do
historiador Ariosvaldo de Oliveira, que servirá como base para os levantamentos
históricos de manifestações realizadas no município, pois este é um dos únicos
livros atuais que faz o resgate da história de Bayeux, dando ênfase nas
personalidades locais, ligando-as a fatos, remontando a história do município.
Para compreensão das manifestações culturais produzidas por ele,
vale a explanação e o entendimento da importância das Escolas de Samba e
principalmente das Quadrilhas Juninas para nossa identidade cultural, assim
utilizaremos diversas compreensões, partindo desde a importância das festas
tradicionais, usando a ótima de Bakhtin (1987, p.70), que diz que “a festa é a
categoria primeira e indestrutível da civilização humana”, e ainda que as festas
sejam manifestações em “formas primordiais” da vida em sociedade, já que nelas
encontramos conteúdos essenciais para sempre exprimir uma determinada visão do
mundo. A perspectiva do autor evidencia a importância das festas como contexto
social e cultural da civilização humana, o que comprovamos no fato do Carnaval e as
Escolas de Samba, o São João e a Quadrilha Junina terem a força dos grandes
eventos festivos marcantes para a percepção dos valores sociais, culturais, políticos,
econômicos.
Assim, a finalidade desta pesquisa cientifica, não só se baseará na
elaboração de um relatório ou discrição de fatos, ela será fundamentalmente um
espaço para desenvolver uma interpretação crítica a partir dos dados obtidos,
optando por um corpus teórico baseado nas teorias históricas, sociológicas e
antropológicas usando como fonte de argumentação Pierre Bourdieu (1983, 2004,
2005), Victor Turner (1974), Van Gennep (2011) e Clifford Geertz (1989); Para
análise da literatura sobre festas populares, mas especificamente sobre as
quadrilhas juninas e cultura popular utilizaremos Luciana Chianca (2006, 2007,
2009), Jadir Pessoa (2005), Maria Cristina Bonetti (2012); Para análise dos produtos
gerados nas manifestações e comparações com as teorias das Performances
Culturais, utilizaremos Richard Schechner (1985, 2005, 2006, 2011), John Dawsey
(2005, 2011) e Robson Camargo (2013). A análise assim terá alicerce em leituras,
embasamento para interpretação dos significados dos dados obtidos durante os
procedimentos.
CRONOGRAMA
MESES 2018/2019
J F F
ETAPAS M A M J J A S O N D J M A M J J A S O N D
A E E
A B A U U G E U O E A A B A U U G E U O E
N V V
R R I N L O T T V Z N R R I N L O T T V Z
. . .
1. Elaboração
X
do projeto
2. Entrega do
X
projeto
3. Início da
pesquisa e X X X X X X X X
levantamentos.
4. Inicio da I
etapa de X X X X X
entrevistas.
5. Inicio da II
Etapa de X X X
entrevistas.
6. Análise e
catalogação X X
dos dados.
7. Elaboração
X X X X
da dissertação.
8. Defesa da
X
Dissertação
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KLEITON DE ARAUJO SANTOS