PNL - PROGRAMACAO NEUROLINGUISTICA Portugues
PNL - PROGRAMACAO NEUROLINGUISTICA Portugues
PNL - PROGRAMACAO NEUROLINGUISTICA Portugues
Neurolongüística e o
Sucesso nos Negócios
Sue Knight
Tradução
Ediouro
O que é PNL?
O mundo dos negócios está mudando com tamanha rapidez que a necessidade de
expertise em habilidades específicas foi substituída pela necessidade de aprender e
diferenciar. Um número cada vez maior de empresas busca criar uma organização voltada
para o aprendizado: uma organização na qual os indivíduos administrem seu próprio
desenvolvimento e aprendam a utilizar suas capacidades e concretizar seu potencial. Isso não
se consegue, entretanto, usando-se métodos do passado. Faça o que sempre fez e você
continuará conseguindo o que sempre conseguiu! A chave para o futuro está dentro dos
indivíduos. E a capacidade de administrar seus pensamentos, seus conflitos e sua experiência
que fará a diferença entre os indivíduos e organizações que abrirão caminho para um futuro
novo, interessante e cooperativo e aqueles que ficarão rapidamente à margem, tentando seguir
os líderes.
• Acelerar sua capacidade de aprendizado para que você não só gerencie a mudança
como também a inicie, tornando-lhe possível abrir caminho em seus interesses e em sua área
de trabalho específicos;
• Definir resultados atraentes para si mesmo, resultados que, por sua natureza,
assumam ímpeto próprio e maximizem as chances de se conseguir o que se quer, tanto no
âmbito pessoal quanto nos negócios;
A magia da PNL
Há coisas que você faz e que (ainda) não entende. Você sabe, por exemplo:
O NOME
PNL significa Programação Neurolingüística.
Neuro: Refere-se ao seu sistema neurológico, à forma como você usa os sentidos -
visão, audição, tato, paladar e olfato — para traduzir sua experiência em padrões de
pensamento, tanto conscientes quanto inconscientes. Está relacionado tanto à sua fisiologia
quanto à sua mente, e a seu funcionamento como um único sistema. Grande parte da PNL
tenta aumentar sua consciência em relação ao seu sistema neurológico e ensinar a administrá-
lo.
Lingüística: Refere-se à forma como você usa a linguagem para entender sua
experiência e como comunica essa experiência a si mesmo e aos outros. Seus padrões de
linguagem são uma expressão de quem você é e de como pensa.
Há quem diga que John Grinder e Richard Bandler, fundadores da PNL, isolaram-se em
uma cabana nas montanhas da Califórnia e fizeram-se a seguinte pergunta: "Como devemos
chamar esse trabalho?" John Grinder é lingüista. Richard Bandler, na época, era programador
e matemático. Os dois vinham estudando o funcionamento da mente. Conseqüentemente,
pensaram no nome Programação Neurolingüística, uma integração de todos esses elementos.
Grande parte da PNL não é novidade. Muitas das idéias já existiam antes de John e
Richard as reunirem sob o nome PNL. Eles usaram seus conhecimentos sobre a seqüência do
pensamento e os padrões da linguagem para codificar a excelência. Deram a esse conjunto de
conhecimentos um novo propósito e, no processo de codificação da excelência, fizeram suas
próprias descobertas. Nasceu então a PNL, que continua a crescer.
O JARGÃO
Com um nome como Programação Neurolingüística, não é surpresa constatar que a
PNL está repleta de jargões. Sistemas representacionais, submodalidades, metaprogramas,
pressuposições, posições perceptivas! E o metamodelo, um modelo sobre a linguagem, inclui
ainda outros termos _ quantificadores universais, operadores modais da necessidade,
equivalência complexa...
Optei por evitar o jargão sempre que possível, já que a minha meta é escrever este livro
como uma forma de oferecer um guia simples e útil para a PNL no trabalho.
PRINCÍPIOS DA PNL
A PNL desenvolveu uma cultura própria. Tal cultura inclui princípios relacionados à
forma como a PNL é ensinada e usada. São eles:
• A harmonia pessoal, com o que você acredita, diz e faz, é a receita para o sucesso pessoal.
Você certamente se sentirá confiante na presença de um profissional de PNL competente, pois
os sinais que ele lhe dará são uma verdadeira representação de quem é e quais são suas
crenças.
Código de conduta
A PNL é uma forma de pensar e de se comportar. Pode se tornar um código de conduta.
Não duvido que a PNL, se aplicada com elegância e respeito, possa melhorar a qualidade de
tudo que você fizer.
A PNL parte da premissa de que você já tem dentro de si todos os recursos necessários
e, portanto, concentra-se em colocar tais capacidades e habilidades para fora. Aprender a PNL
é um processo de crescimento e desenvolvimento pessoal.
HISTÓRIA DA PNL
Richard Bandler e John Grinder começaram optando por estudar as pessoas que
consideravam excelentes, particularmente nas áreas de comunicação e gerenciamento da
mudança. Estudaram:
• Terapeutas, como Fritz Perls, Virginia Satir e Milton Erickson, e descobriram como
eles usavam associação positiva, metáforas e formas de desenvolver comunicação por meio
do comportamento e da linguagem;
Você pode estar se perguntando qual a relação de todas essas pessoas com o mundo dos
negócios. Como o trabalho de terapeutas e antropólogos pode ser relevante para nosso
ambiente de alta tecnologia, onde as mudanças são contínuas? A ligação está na palavra
"contínuas". Todos esses modelos iniciais diziam respeito à mudança. Fritz Perls, Virginia
Satir e Milton Erickson eram mestres da mudança. Os processos que utilizavam encontram
paralelos absolutos na mudança que tentamos gerenciar nos negócios, tanto para os indivíduos
quanto para as organizações.
Melhoria contínua
O atual trabalho da PNL beneficia-se de tudo que a precedeu. As técnicas que
aprendemos são técnicas que usamos à medida que continuamos a aprender. Ê um processo de
melhoria contínua. Um de meus representantes disse-me certa vez: "O que vou fazer quando
não houver mais nada a aprender em PNL?" Acredito que esse dia nunca chegará enquanto
permanecermos na estrada da descoberta.
REUNINDO OS ELEMENTOS
Estudei e experimentei o treinamento em PNL durante mais de um ano antes das peças
começarem a se encaixar em seus lugares. Eu usava partes delas, mas na realidade não tinha
noção do todo. Foi então que, num belo dia, no coração da Cumbria...
Eu havia trabalhado com grupos dessa empresa junto com um colega, Charles, durante
vários anos. A reputação de Charles com esses engenheiros era insuperável Gostavam dele e
admiravam-no. Naquele momento, optei por ser Charles. Adotei o tipo de postura que ele
adotaria. Em geral, Charles se sentava calmamente no início desse tipo de sessão e não
tentava impressionar ninguém. Fiz o mesmo. Ele sempre enfatizava que todos mereciam
respeito e que cada pessoa tinha uma riqueza e experiências a oferecer. Imaginei como seria
acreditar nisso com relação a esse grupo. Charles usava e abusava das metáforas. Na
maioria das vezes, as metáforas com um grupo como esse tinham a ver com esportes,
principalmente com sinuca. Felizmente, eu tinha captado algumas dicas ao longo do
caminho, por isso tinha essa opção. Assumi cada vez mais o que conhecia do estilo,
pensamento, crenças e valores de Charles. Comecei a ficar mais à vontade, mais confiante.
Aos poucos, alguns membros do grupo descruzaram os braços e começaram a se aproximar.
Alguns chegaram a fazer perguntas. No decorrer do dia, as coisas continuaram a melhorar.
O verdadeiro sinal do meu sucesso ocorreu quando, ao final do segundo dia, o porta-voz do
grupo se aproximou de mim e disse: "Você é legal." Até aquele momento, ele praticamente
não dissera uma palavra. Respondi como Charles responderia, com um sorriso esperto. O
treinamento foi um sucesso. Fui convidada a realizar diversas outras sessões em outras
divisões. Isso, de forma simplificada, foi a PNL na prática.
PARTE I
ELEMENTOS DA PNL
Esses elementos podem ser usados de formas diferentes. Como técnicas independentes,
eles lhe permitirão melhorar a qualidade de seus relacionamentos e obter um maior controle e
mais opções em sua vida e nos resultados que alcança. Além disso, embora muitos desses
elementos tenham sido descobertos por meio do processo de codificação da excelência, hoje
eles também são usados para melhorar a qualidade do processo de codificação em si. Por
exemplo, sua consciência e compreensão das distinções mais sutis na linguagem e no
comportamento lhe permitirão descobrir a diferença que faz diferença nos modelos de
excelência que você escolher estudar.
Você pode se deparar com pessoas com diferentes pontos de vista e diferentes opiniões
quanto aos elementos da PNL. Tudo bem. Acredito que o importante é que cada um de nós
tome a PNL pelo que ela é, um processo de descoberta. Os elementos que incluí aqui
constituem uma introdução à PNL. Não só existem outros elementos conhecidos e ensinados
como sem dúvida outros estão sendo descobertos enquanto eu escrevo este livro. Ofereço-lhes
essas habilidades essenciais como forma de desenvolver sua consciência e sensibilidade, tanto
para si mesmo quanto para os outros. Se conseguir isso, você já terá iniciado o processo de
mudança.
Na parte sobre Neuro, tratamos da forma como usamos a mente, o corpo e os sentidos
para pensar e entender a experiência. Quanto maior a consciência em relação aos seus padrões
de Pensamento, maior a flexibilidade e, portanto, maior a influência sobre nosso destino.
Poder do pensamento
Inicio essa seção com os padrões de pensamento. A descoberta das formas peculiares
através das quais pensamos abriu as portas para muitos dos modelos para mudança descritos
na Parte II. Existem muitos livros que o estimularão a "pensar de forma positiva", "manter a
calma" ou "manter o controle". A PNL lhe ensina como fazer isso, e esta seção, em particular,
o ajudará a expandir o poder do seu pensamento. A PNL o faz não prescrevendo técnicas fixas
que funcionam para algumas pessoas, mas sim permitindo que você explore o que é "pensar
de forma positiva", "manter a calma" e "manter o controle", por exemplo. Você utiliza formas
específicas de acessar e usar esses tipos de recursos, por menor que tenha sido a freqüência e
por mais breve o tempo em que possa tê-los usado no passado. Depois que entender os
elementos de seu "programa pessoal", você pode utilizá-los quando quiser. Esta seção
despertará sua consciência para as formas como você faz o que faz — um passo para o
domínio pessoal.
Estilos únicos
Nesta seção, incluo também os filtros. A percepção que você tem a respeito das
situações e das pessoas é governada pelos filtros através dos quais vivência o mundo.
Reconhecendo esses filtros, você pode aumentar a compreensão que tem de sua capacidade de
relacionar os estilos peculiares das pessoas que o cercam. Por exemplo, já notou como
algumas pessoas, quando reunidas, conversam sobre o que faz falta e é diferente nas idéias e
propostas de que gostam? Em contrapartida, já notou que outras buscam o que gostam e como
suas idéias se comparam com outras semelhantes? Infelizmente, juntos, eles parecem falar
línguas diferentes. Muito freqüentemente, as pessoas que buscam o que falta e é diferente são
rotuladas de "difíceis".
Informações de qualidade
Sob o rótulo Lingüística, incluo padrões de linguagem, perguntas precisas e
metáforas. Os meios com que se pode usar a linguagem para facilitar a mudança formaram
uma grande parte do trabalho inicial de John Grinder e Richard Bandler. Nos negócios, a
linguagem é uma das formas mais prontamente disponíveis de influência. A seção sobre
padrões de linguagem explora como você pode usar seus sentidos para enriquecer sua
linguagem e lhe dar vida. Com as perguntas precisas, você pode aprender a gerar informações
de qualidade, a energia vital dos negócios. As perguntas precisas são, sem dúvida, uma das
ferramentas mais poderosas para se questionar as limitações que as pessoas criam para si
mesmas. Seu uso oferece uma solução para o desafio do empowerment. Enquanto as
perguntas precisas funcionam em grande parte no nível consciente, a metáfora é uma forma de
utilizar o inconsciente no processo de mudança. Aprenda a reconhecer e usar as metáforas
para envolver a mente de seus ouvintes e superar, de forma elegante, a resistência consciente.
Programação
Reproduzindo a excelência
O propósito de se modelar o talento nos negócios é reproduzir a excelência. Se você
deseja reproduzir o sucesso de um vendedor, gerente ou apresentador de destaque, a
modelagem lhe permitirá fazê-lo. Essas pessoas executam programas mentais e físicos sobre
os quais não têm consciência e que, quase com certeza, não estão em nenhum livro padrão
sobre técnicas de vendas, modelos gerenciais ou habilidades de apresentação. Os programas
executados por elas podem ser específicos ao setor, ao cliente ou até mesmo ao local e
ocasião. A excelência, como tal, e específica ao contexto. Você pode descobrir que partes de
seu programa agregam pouco ou nenhum valor e que outras podem ser desenvolvidas,
resultando na ampliação do talento sob estudo.
Aprenda a aprender
A PNL é portanto, em essência, um processo ativo. Quanto mais modelar a excelência,
mais você descobrirá. A PNL funciona em um nível acima da maior parte do treinamento
tradicional. Oferece propriedade e descoberta e lhe permite aprender a aprender.
1-1
MODELAGEM
Funcionário-modelo
A modelagem pode assumir muitas formas. Algumas das habilidades mais fundamentais
terão sido aprendidas através da modelagem de outras. Os bebês e as crianças pequenas são
especialistas em modelagem. Somente quando começam a aprender pelos métodos mais
tradicionais é que começam a perder essa habilidade.
• vender e influenciar;
• ouvir;
• ficar deprimido;
• ficar de mau humor;
• irritar-se;
• procrastinar;
• preocupar-se.
ESTRATÉGIAS
A PNL é uma forma de codificar a excelência. Alcançamos os resultados que
alcançamos através dos programas que executamos. Assim como os programas de
computador são uma seqüência de códigos, os programas pessoais são uma seqüência de
códigos mentais e comportamentais. AO caminhar, falar, dirigir, ler e rir, é pouco provável que
você pense conscientemente em como faz essas coisas. Os programas que fazem isso
acontecer são administrados em seu nome pelo seu inconsciente. Esses programas são
conhecidos como estratégias.
Estratégias inconscientes
No entanto, se quiser modelar a excelência em si mesmo ou em outras pessoas, sua meta
é trazer à tona tanto as estratégias inconscientes quanto as estratégias conscientes que lhe
permitem fazer o que você faz. Quando conhece a estratégia segundo a qual uma pessoa
administrou sua experiência, você tem a chave para reproduzir sozinho essa experiência.
Quando um chef produz um jantar gourmet, está não apenas seguindo uma receita
contendo os ingredientes como também está seguindo uma receita contendo padrões de
pensamento e comportamento. Ele pode, por exemplo, ter uma imagem da aparência que
deseja para o prato, acompanhada do aroma da refeição final. Pode também estar preocupado
com o tempo de preparação e com a aparência e textura dos ingredientes. Tem uma forma
específica de chegar ao resultado.
Suponhamos que você identifique que seu parceiro nas negociações tem uma estratégia
de negociação que envolve:|
1. "Imagine como seria aproximar-se de seu chefe, ver-se com ele, esclarecendo seu
futuro." (visual)
É importante lembrar que se você perguntar a uma pessoa "Como se faz isso?", ou seja,
se pedir-lhe que lembre conscientemente de sua estratégia, é pouco provável que ela possa
tomá-la explícita para você. Ela pode dizer "não sei" ou lhe dirá o que acha que faz. Isso
raramente equivale ao que ela realmente faz. Para trazer a estratégia à tona, a pessoa que você
está modelando precisa estar fazendo ou revivendo a experiência que você deseja modelar.
Consulte o Capítulo 3.5 para descobrir mais sobre como modelar uma habilidade.
Consistência no desempenho
O processo de modelagem envolve observar e ouvir os modelos em ação no contexto
relevante ara identificar o que eles fazem e como fazem. Sua sensibilidade, flexibilidade e
habilidade em desenvolver comunicação são cruciais nesse processo. Ao entrevistar aquele
que você deseja modelar observe e escute com atenção, em vez de basear-se no que ele lhe
diz. O movimento de seus olhos, o uso da linguagem e mudanças sutis em seu comportamento
não-verbal transmitem uma riqueza de informações.
Refinamento da estratégia
A alegria de modelar é o fato de se poder refinar o modelo testando que elementos
devem ser acrescentados à excelência e que elementos devem ser retirados, ou que não fazem
diferença alguma. Eliminando um elemento de cada vez, você pode determinar como isso
afeta o resultado geral. Isso lhe permite gerar o modelo mais eficaz, que você pode usar para
ensinar aos outros, até mesmo aos próprios entrevistados.
Esse processo se aplica a várias modelagens, seja de um indivíduo, uma equipe ou uma
organização completa. As habilidades necessárias para se vender um carro de luxo são muito
diferentes das habilidades necessárias para se vender um programa de computador. As
habilidades necessárias para motivar um grupo de operários da linha de produção são muito
diferentes das habilidades necessárias para se motivar executivos de publicidade. A
modelagem lhe permite descobrir as peculiaridades do modelo, a qualidade do talento nato e a
habilidade natural.
UM BENCHMARK DA EXCELÊNCIA
O resultado de grande parte da modelagem que ocorreu foi a descoberta de
determinados padrões de excelência. Ofereço esse benchmark de excelência com cautela. Não
é algo fixo, continua a se desenvolver. Ofereço-o como um atalho para a excelência hoje, mas
e amanhã...?
Os elementos da excelência
Uso o termo excelência com referência a indivíduos e organizações que alcançam
consistentemente as metas que definem para si mesmos. As pessoas e organizações que
alcançam a excelência:
Sistemas
6 Prestam atenção a como se encaixam no sistema maior do qual fazem parte. Sua
missão destina-se a agregar valor ao sistema como um todo; tem natureza ecológica. Anita
Roddick, fundadora da The Body Shop, busca melhorar os países com os quais comercializa.
Cada vez mais bem-sucedidas também são as empresas aéreas que respeitam a cultura dos
países para os quais viajam. O desenvolvimento explorador de lugares como Costa Brava foi
substituído por uma gerência mais sensível em relação ao meio ambiente com o declínio do
turismo. Só agora, que as pessoas estão começando a repor o que destruíram, é que reapareceu
o interesse por essas áreas.
Missão
6 Têm uma missão ou identidade apoiada e entendida por todos. Se for uma equipe ou
uma organização, essa missão será uma expressão do que cada equipe ou membro da empresa
realmente deseja. Por isso, freqüentemente as empresas têm declarações de missão
penduradas na parede das quais os funcionários sequer se lembram.
As empresas cuja única razão de ser são os lucros têm enfrentado dificuldades cada vez
maiores e muitas desapareceram. O mesmo se aplica a indivíduos e equipes. Que valor eles ou
você agregam ao sistema do qual fazem parte? Os gerentes cuja única contribuição para o
sistema é a interferência e atrasos são tolerados cada vez menos.
Crenças
Capacidades
— sensibilidade para consigo mesmos e para com os outros. São capazes de reconhecer
mudanças em suas posturas e nas dos outros, respondendo a elas.
— flexibilidade para mudar o que fazem e como fazem, quando o que estão fazendo não
está funcionando. Como comparação, durante anos, as pessoas de alguns setores do mercado
aprenderam um procedimento de vendas específico — 10 passos para vender seguros, ou um
carro. Provavelmente, pior ainda são alguns vendedores que sequer usam passo algum. É
muito diferente lidar com alguém que empregue tanto sensibilidade quanto flexibilidade na
forma de abordar você e de lhe responder.
Comportamento
6 Agir e falar no dia-a-dia de forma a refletir sua missão, suas crenças e suas
capacidades. Observando-as e ouvindo-as, sua missão, suas crenças e suas capacidades ficam
evidentes. Seu comportamento é harmonioso, coerente, livre de mensagens confusas. Elas
agem com base em um conjunto de princípios que formam a base de tudo que fazem.
Ambiente
6 Reconhecer que seu ambiente é uma expressão do que são e do que pensam. Elas
escolhem pessoas e lugares que tenham os mesmos valores, resultados comuns e que estejam
envolvidas no processo de aprendizado.
A aplicação da PNL cresce a cada dia. A PNL foi usada para descobrir como líderes
famosos geram compromisso e paixão. Usamos a PNL para descobrir como eles pensam,
como usam a linguagem e que mudanças sutis em sua linguagem gestual influenciam a
resposta que recebem. Estudamos bons negociadores, pessoas capazes de discutir os assuntos
mais melindrosos e levar a discussão a um acordo que ganha o compromisso de todos os
envolvidos.
O mundo dos esportes deu muito o que pensar nas empresas recentemente. A
compreensão de como os principais atletas excedem nos permite entender os componentes da
automotivação, aplicando-os a nós.
Existem inúmeros outros exemplos. Vendedores capazes de verbalizar desejos que seus
clientes sequer expressaram, apresentadores que colocam informações de forma atraente e
motivadora, consultores que, com as perguntas mais elegantes, iniciam profundas mudanças.
Como o fazem? A PNL está oferecendo as respostas.
RESUMO
Melhorias contínuas
A PNL é um processo de modelagem. As habilidades e técnicas explicadas nos
capítulos que se seguirão são resultado da modelagem da excelência. Como tal, é um assunto
em constante mudança, em constante crescimento. Quando nos envolvemos com a PNL,
envolvemo-nos em um poderoso processo de aprendizado que se desenvolve constantemente.
É disso que trata melhoria contínua.
Algumas pessoas se afastaram da PNL por causa da paixão com a qual outras pessoas
proclamaram seus benefícios. No entanto, parte das preocupações sobre esse entusiasmo e
zelo tem a ver com o poder da técnica. Ela funciona. Realmente faz diferença.
PARA REFLETIR
1. De que forma peculiar você agrega valor:
• a sua família?
• a suas amizades?
• à vida?
2. Pense nos eventos que você programou para o resto da semana. Existe algum deles
sobre o qual você não se sente confiante ou feliz? Pense em alguém que conhece e que
poderia lidar com esse evento da forma que você gostaria de lidar. Fique no lugar dessa
pessoa e imagine-se lidando com esse evento como se fosse a outra pessoa.
3 Quais foram as maiores influências em sua forma de ser hoje? O que pensa sobre as
influências que você incorporou na pessoa que é?
4. Quem você mais gostaria de lembrar em termos de suas habilidades ou seu estilo?
Existe algum colega de trabalho ou amigo cujo estilo e habilidade você admire? Imagine
como seria se você se parecesse com ele.
Certo dia um homem estava cuidando do jardim que beirava um deserto no Arizona.
Anoitecia, e ele ouviu a distância o som de motocicletas. Uma gangue do Hell’s Angels se
aproximou, atacou-o, amarrou-o a uma das motos e levou-o até o deserto. Lá, ele foi deixado,
quase à morte, ao cair da noite. Ele sobreviveu à noite, e começou a recuperar consciência
quando o sol apareceu acima do horizonte.
Ele sabia que sol no deserto significa morte certa. Sem comida, água ou abrigo, ele não
tinha chance de sobrevivência. Foi então que notou ao seu lado um pequeno arbusto. Ele
engatinhou para baixo do arbusto e ficou agachado, usando a pequena sombra que havia
para se proteger dos raios do sol escaldante. Desesperou-se - ninguém sabia onde ele estava.
Justo nesse momento, avistou um falcão que aterrissava no galho do arbusto. Para a
surpresa do homem, o falcão falou, e perguntou:
— Posso ajudá-lo?
— Estou morrendo de sede, minha boca e língua estão inchadas. Preciso de água para
sobreviver.
— Olhe para trás - disse o falcão. - Há uma cobra. Siga-a, pois ela sabe onde a água
se esconde nas pedras. Lá você poderá beber água.
— Consegui beber água, mas preciso de comida para sobreviver - a água só não basta.
— Fique quieto e espere até o antílope passar. Quando ele. passar, siga-o - ele pode
lhe mostrar onde estão os cactos, cuja polpa você pode comer.
— Não tenha medo - disse o falcão. - A raposa também precisa de sal Se seguir a
raposa, você verá onde ela encontra pedras para lamber que lhe darão o sal necessário.
O homem fez o que o falcão disse e voltou, para descobrir que o arbusto embaixo do
qual se escondia havia se queimado.
Foi então que o homem percebeu que estivera no deserto todo o dia seguindo animais,
Havia aprendido a encontrar comida, água e sal. Sabia como sobreviver. Notou as ricas
cores do céu à medida que o sol afundava no horizonte, os azuis, os roxos e o dourado do
próprio sol. Ouviu canções estranhas dos pássaros na distância e sentiu uma enorme paz e
alegria internas.
— Quer que lhe mostre o caminho de casa? - perguntou o falcão. O homem pensou por
um momento e disse:
Existem pessoas, por exemplo, que só vêem os aspectos positivos dos outros. Não têm
representação para coisas negativas. Em seu mundo, o mal não existe.
E essa é apenas uma lista inicial. Você pode aprender a gerenciar sua mente de tal forma
que ela trabalhe a seu favor em qualquer coisa que faça.
1-2
PADRÕES DE PENSAMENTO
Os padrões de pensamento e a capacidade de gerenciá-los constituem uma grande parte
do que "faz diferença na PNL. Aprender a exercitar todos os diferentes componentes pode
demorar um pouco. No entanto, cada desenvolvimento em sua habilidade de fazê-lo o levará a
dominar melhor sua própria experiência. Essa habilidade, associada a outras habilidades e
técnicas da PNL, lhe permitirá reproduzir não só a experiência dos outros como também a sua
própria experiência. Sua maior consciência de como faz o que faz leva automaticamente a
maiores opções para você.
Uma imagem? Talvez você tenha imaginado xícaras de café e uma garrafa de café.
Ou talvez tenha ouvido o som do café sendo coado. Ou talvez o barulho do café sendo
colocado na xícara.
Talvez tenha sido uma combinação de todas essas formas diferentes de pensar. Essas
diferentes formas de pensar são:
Auditiva Você pensa em sons. Esses sons podem ser vozes, ruídos, por exemplo, o
som do café sendo coado.
Sentimentos Você representa pensamentos sob a forma de sentimentos, que poderiam ser
uma emoção interna ou o pensamento de um toque físico. Podemos incluir
paladar e olfato nessa categoria de sentimentos.
Reuniões de negócios
Visual Uma imagem de todas as ações sobre as quais se chegou a uma conclusão em
um quadro com nomes associados a elas.
Depois que se conscientizar dessas diferenças, você poderá começar a notá-las. A Parte
II mostra como usar essas habilidades essenciais para gerar bons efeitos nos negócios.
Seu professor já lhe disse que você não encontraria a resposta no teto? Na verdade,
provavelmente encontraria. Seus olhos indicam sua forma de pensar.
imagens lembradas
para a direita
sons imaginados
por exemplo, seu chefe falando com a voz de pato Donald, o som de um gato
latindo
para a esquerda
sons lembrados
diálogos internos
Esses são os movimentos usuais do olho para pessoas destras, mas existem exceções.
Nos canhotos, essas posições podem se inverter. E importante verificar. Ê normal ter
variações apenas na inversão dos lados. Visual é sempre para cima (ou para frente). Auditivo
é sempre para os lados (em direção aos ouvidos) e sentimentos e diálogos internos são
sempre para baixo.
Já ouvi algumas pessoas dizerem que ficam irritadas quando a pessoa com quem estão
conversando não estabelecem contato visual constante com elas. Para a maioria das pessoas,
fazer isso significaria parar de pensar!
Por exemplo:
Em seu trabalho, Jim tinha que fazer apresentações freqüentes. Embora se sentisse à
vontade em reuniões pessoais, toda vez que tinha que fazer uma apresentação para grupos
com mais de meia dúzia de pessoas ficava pouco à vontade e nervoso. Piorava se ele
soubesse da apresentação com vários dias de antecedência, pois começava a imaginar o que
poderia sair errado. Imaginava, em particular, uma sala escura e, embora houvesse pessoas
em sua imagem, seus rostos não eram nítidos. Geralmente, começava dizendo a si mesmo,
com uma voz interna ríspida e crítica, os problemas que poderia ter. Por exemplo, não
conseguiria explicar com clareza o que tinha a dizer. Quando ouvia sua própria voz, essa
parecia um suspiro. Ele podia ver as pessoas se aproximando, na tentativa de escutar, ou
sentadas com um olhar distante. Sentia um enjôo pesado no estômago, o coração se
acelerava e a boca ficava seca. Gotas de suor brotavam na testa e na mão.
Resultado: você efetivamente arruína sua vida em sua própria mente na medida em que
influencia o resultado final. Sua vida torna-se uma profecia concretizada! Nós somos o que
pensamos.
Identifique duas pessoas que conheça, uma de quem gosta e que admira e outra de quem
não gosta. Agora pegue a pessoa de quem gosta e admira. Ao pensar sobre ela:
• Consegue visualizá-la? Caso consiga, qual a qualidade da imagem? Por exemplo, ela
brilha ou é opaca? Colorida ou em preto-e-branco, está parada ou se move?
• Quais são as qualidades dos sons? São altos ou baixos, ríspidos ou suaves?
Agora pense na pessoa de quem não gosta e considere as mesmas perguntas. Quais as
semelhanças e diferenças na qualidade do seu pensamento? O conteúdo é irrelevante. A
natureza do seu pensamento é que faz a diferença.
Distinções visuais
Colorido/
Preto-e-branco Colorido, em tons de cinza, parcialmente colorido, preto-e-branco?
Associado/
Dissociado Vê as coisas como se as visse de fora (dissociado) ou consegue se ver
na imagem (associado)?
Pense, por exemplo, no seu trajeto para o trabalho. Você pode modificar sua experiência
desse trajeto e melhorá-la ou piorá-la experimentando sua forma de pensar sobre ela. Comece
modificando algumas das distinções visuais. Por exemplo, se for escura, torne-a mais clara.
Depois, volte à situação inicial. Se for imóvel, faça-a se mover, como em um filme. Toda vez
que experimentar uma distinção, volte à forma original antes de experimentar outra. Dessa
forma, você conseguirá determinar como uma mudança específica em uma distinção afeta sua
forma de experimentar a situação, nesse caso, seu trajeto para o trabalho. Você verá que sua
forma de Pensar sobre o trajeto se tomará mais relaxada, menos estressante, mais interessante
e talvez mais estimulante.
Inicialmente, talvez você não esteja consciente de imagens no seu pensamento. Isso não
é incomum. Se acontecer com você, faça o exercício de olhos fechados e permita-se
conscientizar-se daquilo que observa.
Distinções auditivas
Experimente novamente, dessa vez com distinções auditivas. Por exemplo, se puder se
lembrar de vozes, torne-as suaves, um suspiro. Agora vista-as com novas roupagens. Torne-as
altas e retumbantes, sem se esquecer de levar a lembrança a seu estado original antes de
experimentar a próxima distinção.
Observe que esse experimento afeta a qualidade da lembrança. A lembrança que de
início é desagradável pode se tornar fantástica em função da mera natureza das vozes. Dê a
alguém a voz de um personagem dos desenhos; por exemplo, Pernalonga. Que efeito isso
tem?
Distinções de sentimento
Pressão Que tipo de pressão você sente? Você tem a sensação de ser
pressionado, uma pressão geral ou específica?
Agora pense em um momento em que você se sentia alegre. Como sente essa alegria e
onde exatamente no seu corpo você a experimenta? Experimente novamente. Dessa vez,
experimente com a intensidade do sentimento. Consegue ativá-lo e desativá-lo? Leve o
sentimento de volta ao estado original. Mude o ritmo do sentimento. Continue a experimentar
cada elemento do sentimento, levando-o de volta ao seu estado original antes de experimentar
o próximo.
Você descobrirá que, em cada caso, haverá uma ou duas distinções-chave para você.
Modificando essas distinções, você pode modificar a qualidade de sua experiência.
Jim experimentou com seu pensamento sobre as apresentações, comparando-o com seu
pensamento obre as reuniões pessoais, nas quais ele se sentia confiante e relaxado.
Descobriu que, para ele, as distinções-chave eram brilho, foco e o tom de voz que utilizava
para falar consigo mesmo. Alinhando a qualidade de seu pensamento sobre apresentações
com seu pensamento sobre reuniões pessoais, tornando a imagem mais brilhante,
focalizando-a e abrandando seu tom de voz interno, ele observou que sentia uma sensação
estável no peito. Era o mesmo sentimento que sentia nas reuniões pessoais. Essa, para ele,
era a sensação que ele associava à confiança.
• "isso está ficando claro", opondo-se a "isso não está muito claro".
Você pode ter certeza de que já usa as distinções em seus padrões de pensamento dessa
forma. Toda vez que modifica sua experiência de algo, é quase certo que você tenha
"programado sua forma de pensar nisso. Você pode não ter percebido que era isso que você
estava fazendo - mas era!
PARA REFLETIR
1. Em sua opinião, que tipo de emprego seria mais adequado às pessoas cuja
preferência de pensamento é:
4- Pense em uma parte do seu trabalho de que realmente goste. Agora pense em uma
parte de que goste menos. Como as distinções em seu pensamento variam?
5. Pense em alguém com quem você tenha um excelente relacionamento. Agora pense
em alguém com quem tenha dificuldade de se relacionar. Compare as diferenças em sua
forma de pensar sobre cada uma dessas pessoas. Quais são as principais distinções?
Certo dia, um viajante andava por uma estrada, no caminho de uma vila para outra. Ao
caminhar, observou um monge trabalhando na lavoura ao lado da estrada. O monge deu
bom dia ao viajante e este o cumprimentou com a cabeça. Em seguida, o viajante virou-se
para o monge e disse:
- Estou indo da vila nas montanhas para a vila no vale e gostaria de saber se você sabe
como é a vila no vale.
— Diga-me — disse o monge. — Qual foi a sua experiência na vila nas montanhas?
— Terrível — respondeu o viajante. — Para ser sincero, estou contente de não estar
mais lá. As pessoas não são muito amistosas. Quando cheguei, tive uma recepção muito fria.
Nunca consegui me sentir parte da vila, por mais que tentasse. Os habitantes eram muito
reservados, não são receptivos a gente de fora. Diga-me, o que posso esperar da vila no
vale?
- Sinto dizer-lhe — respondeu o monge — mas acho que sua experiência será bastante
semelhante lá. O viajante, desanimado, continuou a jornada.
Momentos depois, outro viajante andava pela mesma estrada e também se dirigiu ao
monge.
- E gostou de lá?
- Foi uma experiência maravilhosa. Poderia ter ficado, se pudesse, mas tenho que
seguir em frente. Senti-me um membro da família da vila nas montanhas. Os idosos deram-
me conselhos, as crianças riram e brincaram comigo e as pessoas em geral foram muito
agradáveis e generosas. Fiquei triste por ter que ir embora. Terei sempre boas lembranças
do lugar. E a vila no vale? - perguntou ele novamente.
- Acho que você vai achar a mesma coisa - respondeu o monge. - Tenha um ótimo dia.
Filtros diferentes
Aqui está um exemplo de uma conversa que ressalta a necessidade de entender e
referir-se a diferentes filtros.
Janet e Bill sempre saíam frustrados de suas conversas. Janet gostava de discutir os
detalhes do que era necessário, enquanto Bill preferia discutir conceitos estratégicos mais
amplos. Por exemplo, Janet dizia-"Gostaria que Peter fosse à próxima reunião." Bill
respondia: "Ainda não chegamos a uma conclusão sobre as principais áreas da fábrica que
não funcionam." A conversa de Janet se concentrava em ações futuras, enquanto a de Bill
concentrava-se mais no passado. Janet prestava atenção nas semelhanças entre uma situação
e a outra: "Essa é outra idéia que eu tenho sobre o que poderíamos fazer para melhorar o
layout do escritório." Bill se concentrava nas exceções, dizendo coisas como: "Não, isso é
diferente" ou "Não incluímos um plano geral". Era como se os dois falassem línguas
diferentes. Eles usavam filtros Diferentes através dos quais viam sua experiência. Não
achavam fácil conversar entre si!
O uso do mesmo filtro por duas pessoas em uma conversa ajuda a desenvolver a
comunicação entre elas. Se os filtros usados por você forem diferentes dos filtros usados pelo
seu parceiro, como no caso de Janet e Bill, o resultado pode ser discordância e frustração.
Usando padrões semelhantes, nesse caso padrões de linguagem, aos de seu parceiro, você está
aumentando as chances de criar um clima de comunicação e confiança.
Flexibilidade
O primeiro passo é aprender a reconhecer os filtros utilizados por você e pelas outras
pessoas. O desenvolvimento da flexibilidade em sua forma de usar os filtros lhe dá opções -
opções sobre as respostas desejadas em si mesmo e nos outros. Provavelmente existem
centenas de filtros que usamos no dia-a-dia para traduzir a experiência em perfeição. Essa
seção delineia alguns dos filtros mais valiosos em aplicações da PNL e alguns dos que têm
mais impacto no trabalho.
Em nosso exemplo, para que Bill desenvolvesse comunicação com Janet e, assim,
compreensão, ele poderia ter respondido na seguinte linha:
Janet "Gostaria que Peter fosse à próxima reunião."
Bill "E verdade, Peter poderia dar algumas contribuições positivas. Vamos nos
lembrar disso para que, depois que decidirmos que áreas do plano não funcionaram, possamos
decidir também quem mais gostaríamos de incluir."
Janet "Isso me remete a outra idéia que eu tenho sobre o que poderíamos fazer para
melhorar o layout do escritório."
Bill "Você normalmente tem muitas idéias, Janet. Vamos discuti-las e incluir
minha idéia sobre o plano geral.
ASSOCIADO/DISSOCIADO
Pense em uma conversa que você tenha tido recentemente com um de seus colegas de
trabalho. Ao analisá-la, preste atenção à sua forma de pensar sobre ela. Por exemplo, você
está vendo, ouvindo e sentindo a situação como se estivesse em seu próprio corpo, ou seja,
vendo-a com seus próprios olhos, ouvindo-a com seus próprios ouvidos e experimentando a
sensação de estar Ia? Ou está experimentando a situação como se estivesse fora do seu corpo,
ou seja, vendo-se de tora da situação, ouvindo-se como se fosse um observador? A
experiência de estar em seu próprio corpo é chamada de associada e a experiência de estar
fora de seu próprio corpo é conhecida como dissociada.
Preste atenção, por um momento, ao ambiente que o cerca. Você começará a observar
o que vê ao seu redor, a qualidade da luz, as cores e formas, as sombras e a nitidez da cena.
Ao notar a cena, você começará a ouvir um número cada vez maior de sons próximos e
distantes de si. Ao se dar conta de mais sons, direcione a eles seu consciente. Verifique de
onde vêm, se são suaves ou altos, seu tom e velocidade. Você verá que se conscientizará cada
vez mais do que sente, das texturas e pressões que sente sobre o seu corpo. Sinta as partes de
você que estão em contato com o chão ou com a cadeira. Permita-se observar cheiros e
gostos. E, ao fazê-lo, preste atenção aos seus sentimentos mais profundos, suas tensões ou
emoções internas, sua exata localização e intensidade. Essa consciência de si através de todos
os seus sentidos é um estado associado.
Agora, vá para trás da cadeira na qual estava sentado e veja-se sentado ou de pé, como
estava minutos atrás. Olhe para si mesmo, para que possa ver-se como um todo. Observe
como interage com o ambiente. Veja como é o "você" que está à sua frente. Nesse estado
dissociado, você se distanciará de seus sentimentos.
AFASTAMENTO/APROXIMAÇÃO
Pense em uma meta atual. Pode ser uma meta pessoal ou de trabalho. Pode ser de curto
ou longo prazo. Conscientize-se da forma como pensa sobre ela. Está imaginando como seria
concretizá-la, ou seja, o que está vendo, ouvindo e sentindo? Ou está consciente do que o
impede e do que não quer que aconteça? Por exemplo, se está pensando em emagrecer, você
se imagina magro ou pensa nos alimentos que gostaria de comer e no peso que deseja perder?
O que se passa em sua mente? Sua capacidade de pensar no que realmente quer é conhecida
como aproximação. Sua capacidade de pensar no que não quer é conhecida como
afastamento.
Não se preocupe!
SEMELHANÇAS/DIFERENÇAS
Observe as formas a seguir e descreva as relações entre elas.
O que você observou? Notou em que são semelhantes, ou seja, que possuem formas
ovais, ou notou que duas estão na vertical enquanto uma está na horizontal? Ou seja, observou
as semelhanças ou as diferenças?
Ao conhecer alguém, uma pessoa que observa as semelhanças busca situações similares
ou de que formas a pessoa se assemelha a ela. Uma pessoa que procura diferenças identifica o
que é diferente nessa pessoa e nessa situação, comparando-a com outras que conhece e
consigo mesma.
Perfis profissionais
- Você tem razão. Vamos analisar objetivamente o que conseguimos até agora a fim de
incorporar algumas das boas práticas em projetos futuros.
- Bem, que tal então agendarmos uma data para fazer isso daqui a algumas semanas?
Lidar com isso na conversa pode ser trabalho árduo, a não ser que você também procure
as diferenças e goste de uma boa discussão!
Esse padrão de pensamento pode ser aplicado a qualquer coisa. Por exemplo, se você
tiver definido uma meta específica para si, poderia ampliá-la, para metas mais globais, ou
desmembrá-la em marcos que definiria ao longo do caminho. Na maioria das situações de
trabalho, a aplicação desse tipo de pensamento é igualmente relevante.
Suponhamos que você esteja em uma aula de culinária e precise de uma laranja para o
prato que está preparando. Outro membro do curso também precisa de uma laranja, mas há
apenas uma. Sem flexibilidade no pensamento, a solução usual seria aceitar os fatos e dividir
a laranja pela metade. No entanto, se você "ampliar" o quadro em relação às suas
necessidades na situação, perguntando "Para que você precisa da laranja?", descobrirá
necessidades mais amplas. Por exemplo, talvez você queira a laranja para preparar um bolo e
a outra pessoa queira a laranja para preparar um suflê. Se você "reduzir" a necessidade da
laranja a um nível mais detalhado, perguntando "Do que exatamente você precisa para seu
suflê?", pode descobrir que a outra pessoa precisa apenas da polpa. Você sabe que só precisa
da casca e do caldo para o bolo. E possível que vocês duas tenham exatamente o que querem.
PASSADO/PRESENTE/FUTURO
Onde, no tempo, você concentra sua atenção? Há quem viva no passado, pensando no
que já aconteceu. Há quem viva no presente, concentrando no presente toda a sua atenção. Há
quem planeje e pense constantemente no futuro. Você já deve ter visto esses tipos de
perguntas que vislumbram o futuro:
ATIVIDADE/PESSOA/OBJETO/LUGAR/TEMPO
Pense na melhor refeição que você já fez.
Sua lembrança será determinada pelo filtro que você usar. Por exemplo, se você
classificá-la por:
atividade recordará o que você e as outras pessoas fizeram nessa refeição. Talvez
tenham tido uma conversa memorável, ou talvez o garçom tenha deixado cair
os pratos;
INTERNO/EXTERNO
Como saber se você fez um bom trabalho? Qual das respostas a seguir mais se
aplicariam a você?
As pessoas que utilizam referências internas usam seus próprios sentimentos, imagens e
vozes interiores como indício de realização. Sua preferência, nesse caso, fará grande diferença
em sua forma de trabalhar. Se suas referências forem externas, é provável que você dependa
das pessoas ao seu redor. Se, no entanto, forem internas, você é independente de pessoas e
eventos.
PADRÃO DE CONVENCIMENTO
Eu estava explicando a um cliente como de poderia reestruturar sua equipe de
gerência. Ele parecia inseguro, embora em princípio aceitasse o que eu estava dizendo.
Discutimos os planos de diversas formas diferentes. Acabei lhe apontando sua incerteza. Ele
respondeu: "Eu simplesmente não vejo isso, Sue." Nesse momento, fiz um desenho no quadro.
"Agora tenho certeza de que funcionará", disse ele.
Todos podem ser convencidos por um meio específico. No caso desse cliente, o
principal fator era que ele precisava "ver" as idéias para se convencer de que elas
funcionariam. Assim, parte do que convence uma pessoa é o canal por meio do qual ela
recebe a informação.
Outras pessoas poderiam igualmente ter sido convencidas das seguintes formas:
Tomando decisões
Outras precisam ser convencidas ao longo de um período - para elas, o tempo é o fator
decisivo. Há quem tome decisões tendo apenas uma idéia dos fatos - são pessoas que não
precisam dos detalhes para se convencerem; outras pessoas, entretanto, precisam de provas
periódicas. Ficarão convencidas, mas apenas para uma situação e um contexto de cada vez.
Se seu trabalho exigir que você convença os outros para obter os resultados desejados,
você precisa conhecer o padrão pelo qual as pessoas operam. Poderá então adequar esse
padrão à forma de apresentar suas informações.
Para conhecer mais sobre os filtros que utiliza, consulte o questionário do Capítulo 3.3,
Identifique Seus Filtros.
RESUMO
Os filtros em sua experiência determinam sua forma de interpretar a realidade. A
natureza nos mostrou que só os animais e plantas que aprenderam a cooperar uns com os
outros e com o meio ambiente sobreviveram. Aprendendo a reconhecer esses filtros em si e
nos outros, você começa a construir pontes de comunicação. Não existe certo ou errado nos
filtros, e pode haver muitos outros filtros, além dos que abordei aqui. Seus filtros podem
variar ao longo do tempo e depender do contexto, e são parte do que faz de você um ser
humano único.
PARA REFLETIR
Leia as passagens a seguir e determine que filtros estão sendo usados por cada autor.
1. Gosto de viver intensamente a vida. Jogo squash, escrevo, trabalho como vendedor em
expediente integral e tenho uma jovem família que me mantém ocupado durante todo meu
tempo livre! Estou muito satisfeito com o que faço. Defino metas para mim mesmo e sei, por
meus próprios padrões, quando as cumpri. Gosto de viajar, principalmente para a Europa, e
adoro comer em restaurantes.
2. Às vezes, sou uma pessoa difícil, pelo menos é o que os outros me dizem. Normalmente,
consigo ver um ponto de vista alternativo. Gosto de uma boa discussão, ou polêmica, como
dizem alguns. Gosto da perfeição. Irrito-me quando vejo algo que não está certo. Dedico a
maior parte do meu tempo ao trabalho e sou meticuloso quanto a isso. Sou programador e o
trabalho que faço exige atenção aos detalhes e à capacidade de identificar imediatamente uma
coisa errada.
3. Sei ouvir. As pessoas me procuram para falar de seus problemas. Sempre representei esse
papel, não apenas no trabalho como também com meus amigos. Passei a maior parte da minha
vida em algum lugar da Inglaterra. Sempre gostei das pessoas daqui. Lembro-me de ocasiões
muito especiais que passei com meus amigos no passado. Sempre fui um pouco indeciso
quanto ao que deveria fazer em seguida. Sempre; deixei outros me levarem para novas
situações e empregos e tendia a só mudar se estivesse insatisfeito com o que estava fazendo
na época.
Um dos monitores do nosso curso contou um incidente que ocorreu com a filha de três anos.
- Quantas vezes eu já lhe disse para guardar os brinquedos depois de terminar sua
brincadeira.? - perguntou ele.
O poder da linguagem
COMUNICAÇÃO ENRIQUECIDA
Uma das descobertas iniciais da PNL foi que os comunicadores hábeis usavam a
linguagem de modo a criar um clima de confiança e compreensão. A diferença que fazia
diferença era a capacidade instintiva do falante de adaptar sua linguagem à linguagem do
ouvinte. O Capítulo 1.3 explica essa forma de desenvolver a comunicação através da
linguagem.
Um estudo dos bons comunicadores também revelou que eles utilizam naturalmente
uma linguagem rica no uso de todos os sentidos. Por exemplo:
É reconfortante saber que não é preciso ser Shakespeare para escrever e falar em uma
linguagem tão bela. Conheci a PNL em um curso sobre redação criativa, há mais de nove
anos. Eu queria desenvolver meu estilo de redação e prender o interesse do leitor. O curso era
dado por duas pessoas; uma era um escritor, e a outra, um consultor que havia "codificado" as
habilidades de redação desse escritor para que nós, alunos, pudéssemos reproduzir, em parte,
seu estilo de redação. Fiquei curiosa sobre o processo de codificação do talento. Foi assim que
me interessei pela PNL.
Linguagem de negócios
Quero mostrar com isso que é possível "codificar" o estilo de redação e do discurso de
qualquer grande comunicador. Às vezes, parece-me que as qualidades da comunicação
atraente foram eliminadas, deixando em seu lugar uma linguagem crua, fria, neutra que
preenche tantas horas das apresentações de negócios e tantas páginas dos relatórios
empresariais. Estudando a diferença que faz a diferença entre as pessoas a quem você
provavelmente dedicará sua atenção e as pessoas cujos relatórios você coloca no último lugar
da pilha, você descobrirá os segredos da comunicação enriquecida.
Analisando a passagem de Shakespeare, você verá que ela contém uma linguagem
atraente para os olhos, ouvidos e sentimentos. É claro que você não vai querer se comunicar
exatamente como Shakespeare em uma de suas reuniões de análise de projeto, mas
provavelmente vai querer captar e manter a atenção do público. E provavelmente deseja falar
ou escrever de uma forma que aumente a probabilidade de compreensão do seu leitor ou
ouvinte.
Todos os sentidos
Para fazer isso, é importante ter a opção de usar todos os sentidos em sua forma de
escrever ou falar. Você descobrirá que seus ouvintes e leitores têm preferências. Por exemplo:
Parecia que Pete e Joe estavam falando línguas diferentes, o que, de certa forma, era
verdade. Pete pensava e falava principalmente em termos de sentimentos. Tomava decisões
com base em suas intuições. Joe tinha uma forma muito auditiva de se comunicar —
"conversava exaustivamente sobre suas idéias" e tinha "pontos a discutir". Estavam usando
sentidos diferentes para se comunicar, ou para tentar se comunicar.
Seu discurso é uma expressão de sua forma de pensar. Por exemplo, se pensar
visualmente, é mais provável que você diga:
• "Estou vendo."
• "Agora está claro."
• "Vejo o que quer dizer."
Se sua experiência for mais baseada nos sentimentos, você provavelmente dirá:
Eis aqui algumas das palavras-chave para cada um dos três sistemas:
Visual
As coisas estão um pouco confusas.
Não consigo ver isso bem.
O futuro parece luminoso.
As perspectivas são sombrias.
Ver o mundo com óculos cor-de-rosa.
Ele tem um humor negro.
Está tudo azul.
Anseio por vê-lo novamente.
As coisas parecem estar melhores.
Temos um caminho claro à nossa frente.
Esta expressão é bem colorida.
Auditiva
Digo a mim mesmo para ter cuidado.
Fico feliz em ouvir isso.
Diga-me como é.
Estou batendo os dentes.
As coisas agora se encaixaram.
Deixe-me explicar.
Estamos em harmonia.
Ouça a si mesmo.
Estamos afinados um com o outro.
Aquilo foi música para os meus ouvidos.
Fiquei feliz com o que você disse.
Sentimentos
Ships that pass in the night, and speak each other in passing;
Only a signal shown and a distant voice in the darkness;
So on the ocean of life we pass and speak one another,
Only a look and a voice; then darkness again and a silence.
"The Theologian's Tale: Elizabeth"
Henry Wadsworth Longfellow
Linguagem cativante
Esses, em minha opinião, são exemplos de falantes atraentes e inspirados.
Desenvolvendo a habilidade de usar todos os sistemas sensoriais em sua linguagem, você
estará estimulando sua capacidade de se comunicar de forma interessante e atraente.
Seguindo o corredor até o escritório central, você verá uma placa rosa na parede ao
lado da porta de saída. Não deixe de ler o que está escrito nela - são os procedimentos de
emergência que demonstramos hoje de manhã.
O primeiro exemplo tem mais probabilidade de chamar a atenção do leitor. Usa uma
linguagem específica aos sentidos e, portanto, é mais fácil de ser notada.
Linguagem neutra
As coisas têm sido difíceis para nós nos últimos tempos. Resultado: nosso objetivo para
o próximo período é introduzir um programa de qualidade que será crucial para o sucesso da
empresa no futuro. Dando atenção à qualidade, estaremos entendendo e concretizando as
exigências de nossos clientes, tanto internos quanto externos. Nunca é demais enfatizar a
importância disso.
Linguagem enriquecida
No ano passado, nossas vendas caíram, e parece que o mesmo aconteceu com o ânimo
dessa equipe. Em função do que acho ser o problema e de vocês me dizerem que nosso foco
de atenção agora precisa ser diferente, coloquei por escrito meu pensamento para nossos
resultados no ano que vem. Gostaria de explicá-los a vocês; gostaria que vocês ouvissem e se
perguntassem: "Como posso fazer isso funcionar a meu favor?" Quero ouvir as respostas a
essa pergunta. Na minha visão do futuro, as pessoas - staff e clientes - com as quais entramos
em contato verão o surgimento de uma nova imagem, uma imagem que comunica nossa
atenção, cuidado e preocupação em suprir as necessidades delas. Acredito que podemos
fazer isso garantindo nossa atenção a cada uma delas, perguntando-lhes: "De que realmente
precisamos para que vocês se sintam bem servidas?" e "O que teria que ser verdade para que
você continue nos mantendo como seu principal fornecedor nos próximos três anos?"
Saberemos quando nosso objetivo foi cumprido quando nossos clientes nos convidarem a nos
reunir com eles para discutir suas necessidades e quando eles disserem: "Vocês nos
entendem e demonstram que agirão de modo a garantir o atendimento de nossas
necessidades."
Cada estilo de comunicação tem seu lugar. Infelizmente, por hábito, e não por opção, a
linguagem neutra e abstrata é usada com freqüência nos negócios. Se você optar por aumentar
a compreensão, motivação e inspiração, a melhor forma de fazê-lo é utilizar uma linguagem
enriquecida.
RESUMO
A comunicação enriquecida é a essência da motivação e do compromisso. Apele para os
olhos, ouvidos e sentimentos de seus ouvintes e você terá sua compreensão e atenção. Os
líderes inspiradores ao longo da história tiveram instintivamente a capacidade de capturar os
corações e mentes de sua audiência. Entendendo os componentes da linguagem enriquecida,
você também pode inspirar e deleitar seus ouvintes. Dê vida às suas reuniões de negócios e às
suas apresentações usando habilidosamente a linguagem.
PARA REFLETIR
1. Como se preparar para apresentar suas idéias de modo a levar em consideração os
sistemas visual/auditivo/sentimentos para uma pessoa que não conhece?
3. Escolha uma pessoa com quem trabalhe. Preste atenção à linguagem utilizada por
ela. Identifique suas preferências pelos sistemas visual/auditivo/sentimentos.
4- Como pode garantir que abordará todos os sentidos ao fazer uma apresentação?
a. Visual.
b. Auditiva.
c. Sentimentos.
Gregory Bateson foi uma das maiores influências sobre John Grinder e Richard
Bandler. Grande parte de seu pensamento sobre mudança e aprendizado foi incorporada e
desenvolvida nos conceitos da PNL. Algumas de suas descobertas sobre o aprendizado
vieram da época em que estudou o comportamento dos golfinhos. Parte de seu trabalho
envolvia assistir a golfinhos em apresentações para o público em geral
Em geral, havia várias apresentações por dia, por isso, na apresentação seguinte, o
golfinho naturalmente entrava na piscina e começava a demonstrar o novo comportamento
que o levara a ganhar o peixe anteriormente. Obviamente, dessa vez o treinador queria
demonstrar ao público como o golfinho aprendia novos truques e, conseqüentemente, não lhe
dava peixe algum. O golfinho ficava cada vez mais frustrado e, lá pelo fim da apresentação,
fazia alguma coisa nova - pulava para fora da água, por exemplo. Assim que demonstrava
esse novo comportamento, o treinador usava seu apito e lhe dava um peixe. O golfinho
percebia rapidamente que era isso que precisava fazer e continuava a pular para fora da
água; cada vez que o fazia o treinador usava o apito e lhe dava um peixe.
O padrão se repetiu nas apresentações subseqüentes - o golfinho ficava cada vez mais
frustrado até que, desesperado, apresentava um novo comportamento por acaso; nesse
momento, o treinador imediatamente usava o apito e lhe dava um peixe. A frustração se
acumulava a tal ponto que ocasionalmente o treinador interrompia o procedimento e dava
um peixe ao golfinho, sem que ele demonstrasse um comportamento novo.
Quando lhe perguntaram sobre o peixe que o golfinho não ganhara, o treinador
respondeu: "Esses peixes servem para manter meu relacionamento com o golfinho. Só
mantendo o nosso relacionamento é que podemos nos comunicar dessa forma e conseguir
resultados como os que acabamos de ver."
1-5
PERGUNTAS PRECISAS
Propriedade e empowerment
Uma das palavras mais em moda nas organizações atualmente é empowerment.
Empowerment é o processo de utilização do potencial total, tanto seu quanto dos outros. O
desafio está em como fazê-lo. A PNL, e especificamente as habilidades de questionamento
desenvolvidas por John Grinder e Richard Bandler, oferecem uma forma de investir a si
mesmo e aos outros de empowerment. O empowerment começa de dentro. Começa com a
capacidade de assumir responsabilidade pela sua própria experiência. É disso que trata a
"propriedade".
Um dia, eu estava em Dorset com meus filhos, aproveitando o feriado, quando outro
menino juntou-se a nós. Ele e meu filho Alex resolveram construir um castelo de areia.
Enquanto o faziam, ouvi-os conversando sobre o colégio. Alex perguntou-lhe de que mais
gostava no colégio. "Não sei", respondeu o."Não sou muito inteligente." Ele tinha seis anos e
suas palavras refletiam uma opção que havia jeito ou aprendido e que afetaria seu potencial
de vida para o futuro.
LINGUAGEM PREGUIÇOSA
Examine as expressões que se seguem. Leia-as rapidamente.
Por exemplo:
Eles...!
Eles é muito vago, como descobri. Eles nunca estão no mesmo lugar das pessoas que
estão falando sobre eles. Eles, com muita freqüência, estão um ou dois níveis acima na
estrutura gerencial, mesmo quando as pessoas que se referem a eles em um caso forem a
própria diretoria da empresa!
A síndrome do "eles" ilustra a tendência das pessoas que usam essa forma de discurso
para atribuir a origem dos problemas e, portanto, a possibilidade de mudança, a algo externo.
O "eles", por ser tão vago e tão difícil de identificar, significa que eles (a pessoa que fala)
podem evitar a mudança, pois a fonte dessa mudança está fora de seu alcance.
APAGAMENTOS
Os apagamentos são exemplos de linguagem na qual se omitem partes do significado.
Sujeitos vagos
E aí que o "eles" entra em ação. "Eles não nos dizem o que está acontecendo por aqui."
"Eles me deixaram de lado nas promoções mais recentes." Quem são eles exatamente? Sei
que essa é uma Pergunta valiosíssima. Quando conseguir uma resposta, terei encontrado a
solução para os problemas de muitas empresas. A questão é que o uso do "eles" é uma forma
de evitar responsabilidade e propriedade. "Eles" é um exemplo de um sujeito vago.
Esse padrão de linguagem sugere que o falante não tem influência sobre o que acontece
ao seu redor. Outros exemplos disso são:
As pessoas não deixam você tomar decisões. Que pessoas exatamente?
Os clientes dificultam a minha vida. A que clientes você está se referindo?
Não concordo. Com o que ou com quem?
Esses tipos de perguntas reconectam o falante com o que ele pensa quanto à origem de
seus problemas. Proporcionam também informações específicas, em vez de deixá-lo tentando
adivinhar ou ler os pensamentos das pessoas implicadas na declaração.
Ações vagas
"Ela me ignorou." Você poderia adivinhar o que se quer dizer com isso e provavelmente
estaria errado. A pergunta a ser feita é: "De que forma exatamente ela o ignorou?" Sua meta
ao fazer essa pergunta é descobrir exatamente que comportamento o falante experimentou
para levá-lo a concluir que "ela o ignorou". O falante está avaliando o comportamento de um
modo que talvez não seja verdadeiro. Nesse caso, "ignorou" é uma ação vaga.
Essas declarações geralmente são uma forma de evitar pensar em como, exatamente, o
gerente e o executor do trabalho levarão tais mudanças a cabo. Não é surpresa que muitas das
mudanças sugeridas não aconteçam. Quando são questionadas, a próxima declaração mais
popular é: "Vamos colocá-lo no caminho certo!"
Comparações
"Vamos construir um mundo melhor." Melhor exatamente em relação a quê?
Dentre as palavras comparativas podem estar: mais, menos, melhor, pior, menos, bem,
ruim - qualquer coisa que sugira uma avaliação em relação a algum marco. A dificuldade está
em entender o que se quer dizer quando elas ocorrem sem que exista um marco.
Abstrações
• comunicação
• discussão
• relacionamentos
• ação
• empowerment!
• abstração!!
As abstrações são formas de pegarmos um verbo, uma palavra que indica ação, e
transformá-la em um substantivo, uma coisa, algo abstrato. Esse processo é chamado
"nominalização". Ao fazê-lo, retiramos a ação da palavra.
Por exemplo:
"Temos problemas de "Como você quer ser capaz de se comunicar de forma
comunicação." diferente?" seria uma maneira de introduzir a possibilidade de o
falante começar a adotar uma forma de desenvolver novas
habilidades.
Teste se uma palavra é uma abstração. Se você conseguir acrescentar "contínua/o" após
algumas palavras (como, por exemplo, comunicação contínua, relacionamentos contínuos),
provavelmente trata-se de uma abstração.
Para questionar uma abstração, faça perguntas a fim de verificar quem está fazendo o
que e corno. Por exemplo, se uma pessoa diz "Foi uma conversa difícil", sua pergunta poderia
ser: Quem estava conversando com quem e por que foi difícil?"
Esse tipo de afirmação pode ser considerado agressivo. Outra forma de expressar a
mesma pergunta seria dizer:
Opiniões expressas como fatos são julgamentos de valor, característicos de pessoas que
acreditam que seu "mapa de mundo" é o mapa correto. As pessoas que fazem essas
afirmações fecharam as portas à possibilidade de haver outras opiniões, outras formas de se
fazer as coisas. A pergunta "Segundo quem?" as reconecta com a propriedade pessoal dessas
visões.
GENERALIZAÇÕES
As generalizações ocorrem quando pegam-se experiências específicas e generaliza-se a
partir delas, tornando-as verdadeiras fora de seu contexto específico. Ao fazê-lo, você distorce
sua experiência.
Declarações universais
• "Sempre?"
• "Ninguém?"
Outras formas de responder seria questionar os detalhes por trás da declaração:
Discuti recentemente com uma amiga minha que trabalha como assistente pessoal. Em
sua profissão, a oferece suporte administrativo a uma equipe de gerentes sêniores. Ela havia
freqüentado um de nossos cursos e demonstrado um alto grau de habilidade de instruir e
facilitar os outros. Eu estava discutindo a possibilidade de ela usar essas habilidades para
ajudar a equipe gerencial a introduzir as mudanças sobre as quais eles haviam conversado.
"Mas não posso fazer isso", disse ela imediatamente. Na verdade, ela tinha vários "não
posso" em 'loção a si mesma. Em algum nível, ela havia optado por limitar seu potencial.
Diante de um "Não posso", o que você pode dizer? "O que o impede?" seria uma opção,
iso convida o falante a identificar e enfrentar a realidade dos obstáculos, imaginários ou reais.
Outra possibilidade é perguntar: "O que aconteceria se você fizesse isso?" E uma
pergunta forte. Pode dar às pessoas autonomia para ir além das fronteiras que elas constroem
para si mesmas. No entanto, ao fazê-la, preste atenção e veja se o falante realmente a responde
mental-lente e em seu discurso. Você pode descobrir que as pessoas respondem
espontaneamente com comentários do tipo: "Bem, simplesmente não posso", indicando que
na verdade nem refletiram respeito. No entanto, se fizer a pergunta de modo a estimulá-las a
considerar a possibilidade – “Sei que não pode, mas o que aconteceria se você usasse suas
habilidades para ajudar a equipe gerencial?" -, nesse caso, a outra pessoa tem que imaginar o
que aconteceria a fim de responder pergunta.
Os movimentos dos olhos, explicados no Capítulo 1.1, dão dicas quanto ao fato de uma
pessoa estar ou não processando a pergunta. Se elas responderem com um imediato "Não
posso", é pouco provável que tenham chegado a processar a pergunta. No entanto, se olharem
para longe ou se seu olhar ficar sem foco, se ficarem olhando para frente, é porque estão
processando a pergunta. Feito isso, elas ultrapassarão a barreira.
O que sabemos é que uma vez que se imagina uma possibilidade, abrem-se as portas
para sua concretização. Ao usarmos esse tipo de pergunta, estamos influenciando a
possibilidade de a idéia se tomar o resultado. As perguntas têm grande poder de influência
porque convidam a mente do ouvinte a participar da busca de uma resposta. É impossível
fugir das perguntas.
Propulsores
Propulsores são declarações da necessidade. "Tenho que terminar esse artigo." "Preciso
arrumar minha mesa." "Devo visitar meu amigo." Nenhuma dessas afirmações implica que o
falante realmente quer fazer essas coisas.
Para a maioria das pessoas, "tenho que", "preciso" e "devo" vêm sempre acompanhados
de uma sensação de tensão. "Preciso arrumar minha mesa." "Devo visitar meu amigo." Essas
palavras são características de comportamento dirigido por propulsores, e muitas vezes a
"propulsão" vem de outra pessoa, mesmo que seja alguém do passado, os pais ou talvez um
professor. Talvez eles é que acreditassem que você deveria manter sua mesa limpa.
Resultados contendo palavras como "preciso", "devo" ou "tenho que" perdem o poder
porque as palavras sugerem resultados que pertencem a outra pessoa. Seus verdadeiros
resultados contêm palavras como "realmente quero" e "posso". As palavras utilizadas por
você são expressão de sua experiência. Ocasionam muitos tipos diferentes de sentimentos,
que, por sua vez, influenciam seu potencial e sua capacidade de conseguir o que realmente
deseja.
DISTORÇÕES
As distorções são exemplos de linguagem em que o proprietário das palavras distorceu
sua experiência. Talvez tenha deixado de fazer alguma conexão entre diferentes partes de sua
experiência.
• "Você me irrita."
• "Essa empresa me desmotiva."
Quem faz esse tipo de comentário provavelmente teve que assumir a responsabilidade
por seu estado e pelos sentimentos dos outros. São pessoas que ficaram mais dependentes de
seu ambiente e que abriram mão de sua opção por se sentirem como gostariam. Não que essas
declarações não sejam verdadeiras; elas são. Mas o falante permitiu que outros o afetassem. O
desafio:
Leitura da mente
Interpretação
A interpretação ocorre quando duas declarações são associadas de modo que uma pode
ser tomada pela outra. A declaração assume a forma "Isso significa aquilo".
• "Como aquele tom de voz significa que estou zangado com você?"
• "Como o fato de o seu gerente ter aberto a porta com rispidez significa que você fez
algo de errado?"
• "Como o fato de eu não estar sorrindo significa que não estou me divertindo?"
Confiança pessoal
Certa vez, o diretor técnico de uma empresa de desenvolvimento de software pediu
minha ajuda para preparar as apresentações que às vezes tinha que fazer
internacionalmente, Quando ele explicou o que queria, descobri que não era ajuda para
preparar a apresentação, mas sim para administrar seus sentimentos antes da apresentação.
Normalmente, ele não conseguia dormir bem durante pelo menos três semanas antes da
apresentação. Muitas vezes, sentia-se fisicamente doente na manhã da apresentação.
Começamos a explorar as conversas que tivera com os outros e consigo mesmo com
relação a essas apresentações. O que surgiu foi o seguinte:
"Essas apresentações nunca saem boas. Eles esperam que eu administre o material e
todas as demonstrações técnicas. Fico estressado cada vez que tenho que fazer uma
apresentação. Sei o que os ouvintes pensarão, pensarão que tudo isso é óbvio. Vão querer ir
embora. Não consigo relaxar. É sempre a mesma experiência."
"Essas apresentações nunca Nunca? Já houve alguma vez em que a apresentação foi
ficam boas." boa? Como especificamente você quer que ela seja? Que
apresentações especificamente não ficaram boas?
"Eles esperam que eu Quem espera? Como exatamente você quer ser capaz de
administre todo o material e administrar a apresentação? Como sabe que eles
demonstrações técnicas." esperam que você administre as duas coisas?
"Fico estressado toda vez que Como exatamente essas apresentações o deixam
tenho que fazer uma estressado? Como gostaria de se sentir?
apresentação."
"Sei o que os ouvintes Como você sabe disso? Como você pode ter certeza?
pensarão, pensarão que tudo
isso é óbvio. Vão querer ir
embora.
"Não consigo relaxar. E O que o impede de relaxar? O que você pode fazer?
sempre a mesma experiência." Como gostaria de experimentar essa apresentação? O
que aconteceria se você relaxasse?
Aos poucos, desvendamos a complexa teia que ele havia tecido para si. Gradualmente,
ele foi identificando o que queria alcançar e como poderia se administrar de modo a conseguir
isso.
Acabei de chegar de uma apresentação em Paris. Foi uma grande alegria. Gostei das
demonstrações e gostei particularmente das perguntas feitas pela audiência. O hardware não
funcionou perfeitamente, mas usei isso como uma oportunidade para mostrar a rapidez com a
qual conseguimos nos recuperar de problemas quando eles ocorrem. Você ficaria feliz em
saber que ninguém foi embora - pelo menos antes do término da apresentação! Dormi bem
nas semanas que antecederam a apresentação, na verdade, acho que posso dizer que minha
família ficou feliz em me ter por perto. Isso não acontecia antes. Cheguei a ansiar pela hora
da apresentação, e estou ansioso pela próxima. Obrigado.
Com paz,
]ohn
RESUMO
O reconhecimento e o questionamento desses padrões de discurso em si mesmo e nos
outros não só aperfeiçoarão a qualidade de sua comunicação como também melhorarão sua
capacidade de escolher o que realmente quer da vida. Comunicadores habilidosos sabem usar
a linguagem. Quanto maior sua flexibilidade com a linguagem, maior a sua capacidade de
influenciar sua experiência.
PARA REFLETIR
Antes de começar a ler essa seção, pegue um pedaço de papel e escreva quais são suas
ambições para si mesmo e se algo impede sua concretização. Escreva o que lhe vier à mente.
Defina para você um limite de tempo de cinco minutos e continue escrevendo o que lhe vier à
mente durante esse período. Depois de ler os exemplos de padrões da linguagem, você pode
voltar ao que escreveu e verificar quando são adequados ao seu caso.
1. Releia a passagem que escreveu sobre si. Que padrões consegue detectar? Use as
perguntas apresentadas neste capítulo para questionar tais padrões.
a. Uma amiga em uma empresa de software lhe conta que a empresa tem um novo
diretor-gerente. Diz também que ele é uma pessoa muito jovem para o cargo. Na
sua mente, que idade ele deve ter?
b. Um colega lhe diz que está indo para outra empresa, pois conseguiu um aumento
salarial significativo. Atualmente, ele ganha 30.000 libras por ano. Quanto você
acha que ele vai ganhar?
c. Seu chefe diz que tem um trabalho urgente para você. Para quando você imagina que
ele quer o trabalho?
d. Uma amiga lhe conta que acabou de comprar um carro caro. Em sua opinião, quanto
deve ter custado o carro?
e. Um colega lhe diz que vai tirar longas férias. Quanto tempo você acha que ele vai
ficar de férias?
f. Um amigo lhe convida para uma longa corrida - quanto tempo você acha que a
corrida vai durar?
Agora faça a um colega, amigo, membro de sua família ou chefe as mesmas perguntas.
Como as respostas se comparam?
3. Considere por um momento algo que gostaria de fazer no futuro mas que ainda não
fez. Pode ser algo simples, de curto prazo, como por exemplo:
Quais desses itens você incluiria na categoria de "ter que" ou "deve"? Quais deles
parecem mais apropriados quando precedidos por palavras como "quero" e "posso fazer"?
Pegue um dos exemplos de "tenho que" e um "posso fazer". Em sua mente, interfira no
"tenho que". Por exemplo, "tenho que arrumar minha mesa de trabalho". Que tipo de
sentimento isso gera quando você diz isso a si mesmo?
Agora experimente o "posso fazer": "Posso aprender francês." Escolha seu próprio "eu
posso" e repita consigo mesmo: "Eu posso... Eu posso." Diga-o em tom de voz afirmativo e
encorajador. Como se sente? Normalmente, "eu posso", dito a si mesmo de forma positiva,
gera sentimentos de confiança e entusiasmo. "Eu posso" é uma forma de dar permissão a si
mesmo, de lembrar-se do que realmente pode fazer.
4. Que perguntas você faria para questionar os padrões de linguagem nas frases a
seguir?
Havia um terapeuta que acreditava que muitos dos problemas que as pessoas levavam
até ele eram caracterizados pela existência de "peixes" em seus sonhos. Certo dia, um cliente
o procurou para discutir seus problemas.
- Bem, não posso descartar a possibilidade de que pode ter havido um peixe.
As metáforas permeiam a vida de todos nós, das histórias da hora de dormir ao seu
discurso no dia-a-dia, ao modo como pensamos em nós mesmos, nossos negócios, nossa vida,
passando pelas parábolas bíblicas. A maioria dos anúncios são uma forma de metáfora: as
melhores conseguirão promover o produto. As metáforas podem ter um estilo encantador,
sedutor e hipnotizante. Seus efeitos podem ser iluminadores quando desenvolvidas e
recontadas de forma construtiva, fazendo delas uma jóia valiosa. Usadas de forma descuidada,
podem ser prejudiciais perturbadoras.
As metáforas podem ser palavras simples, expressões ou histórias. Saber como construir
uma metáfora ou uma história metafórica é saber como influenciar com elegância e respeito.
Milton Erickson, uma das primeiras pessoas a serem "modeladas" por John Grinder e
Richard Bandler, era um mestre da metáfora. Era também um mestre da mudança. Os
métodos usados por ele para efetuar mudanças na terapia também são poderosos no sentindo
de influenciar a mudança nos negócios.
Como exemplo de uma das histórias contadas por Milton Erickson para explicar como
trabalhava com seus clientes estava a seguinte:
Influência elegante
Certo dia, um cavalo desconhecido entrou no quintal da fazenda onde eu vivia quando
criança. Ninguém sabia de onde viera, pois não apresentava nenhuma marca por meio da
qual pudesse ser identificado. Não poderíamos ficar com ele - certamente já tinha dono.
Meu pai resolveu levá-lo de volta para o dono. Montou no cavalo, levou-o até a estrada
e simplesmente confiou no instinto do cavalo para voltar para casa. Só intervinha quando o
cavalo saía da estrada para pastar ou entrar em uma planície. Nessas ocasiões, meu pai
guiava-o com firmeza de volta à estrada.
Dessa forma, logo o cavalo voltou para seu dono. O dono ficou surpreso ao ver o
cavalo e perguntou ao meu pai:
- Como soube de onde vinha o cavalo e que era nosso? Meu pai respondeu:
- Eu não sabia, o cavalo é que sabia! Tudo que fiz foi não deixar que ele se desviasse
do seu caminho.
Gerando compromisso
A história ilustra não só a forma como Milton Erickson trabalhava com seus clientes
mas também a forma como grande parte da PNL é realizada atualmente. Guiando apenas
quando necessário, a PNL respeita o fato de que cada um tem dentro de si os recursos dos
quais precisa para resolver seus problemas. Dados o espaço e o estímulo para usar esses
recursos, é mais provável que encontremos soluções coerentes com o que somos, soluções
compatíveis conosco. Tais soluções, portanto, serão muito mais provavelmente aquelas com
as quais você está comprometido e, portanto, funcionarão no sentido de proporcionar o
resultado desejado.
Mais recentemente, envolvi-me com uma empresa cujos diretores falavam em termos
de:
Mudando a cultura
Indivíduos e empresas utilizam metáforas que expressam sua cultura. A questão é tratar-
se ou não de uma metáfora que apóie a cultura e estilo que eles realmente desejam. A pista
está na linguagem e no comportamento dos indivíduos. Repare a linguagem na empresa
descrita anteriormente: enfatizava a metáfora militar que permeava tudo que os gerentes
diziam. Não é surpresa que, nessa empresa, muitos dos gerentes mais velhos tenham sido
militares. Atualmente, a empresa buscava uma forma de desenvolver um novo estilo de líder
que estimulasse a autonomia e a cooperação. Chegara a hora de modificar a metáfora que
sustentava a cultura dessa empresa.
Agora observe a linguagem utilizada por colegas e amigos. Você já ouviu alguma destas
afirmações?
Quando conhece as metáforas utilizadas por você, seus amigos e colegas, você conhece
sua forma de pensar. A compreensão das metáforas existentes na e por trás da comunicação
pode ajudá-lo a entender a experiência de um indivíduo. Se você conhecer alguém que pensa
em termos de superar objeções, poderá começar a entender qualquer resistência que essa
pessoa encontra por parte de seus colegas de trabalho, seu staff e seus clientes. Imagine como
se sentiria se alguém estivesse tentando superar as suas objeções!
Metáforas visuais
Seu inconsciente
Ao refletir sobre a veracidade das metáforas para você, talvez ache que é seu
inconsciente que lança uma imagem ou pensamento em sua cabeça. Seu inconsciente é a fonte
de esperanças e medos verdadeiros. Quanto mais você aprende a reconhecer o que seu
inconsciente está lhe dizendo, mais você terá acesso a esse poderoso recurso. Acredita-se que
grandes revoluções no pensamento originaram-se pelo poder da metáfora. Diz-se que Einstein
descobriu a teoria da relatividade enquanto sonhava acordado, ao se imaginar viajando em um
raio de luz.
A ESTRUTURA DA METÁFORA
A vida do homem na terra, ó meu rei, comparada com a duração total do tempo que
nenhum de nós conhece, me parece ser a seguinte: é como se, certa noite, durante um jantar
com seus chefes e ministros no inverno... um dos pardais entrasse na sala e, rapidamente,
voasse pelo corredor, como se tivesse entrado por uma porta e logo saído por outra. No
tempo em que esteve dentro da sala, ele não sofre os efeitos da tempestade de inverno; mas
esse breve período de calma acaba em um momento e, tendo vindo do inverno ao inverno
logo retoma, sumindo de sua vista. A vida do homem é mais ou menos assim; e quanto o que
pode se seguir a de, ou o que a precedeu, somos absolutamente ignorantes.
O Venerável Bede
Metáforas em histórias
As metáforas podem ser usadas quando há alguma oposição ou conflito: não se pode
argumentar com elas. As metáforas podem ser uma valiosa ferramenta em apresentações de
negócios quando se deseja evitar ou superar resistências. Nesses casos, a metáfora pode ser
uma história desenvolvida para se mostrar um argumento ou poderia ser um incidente de sua
própria experiência. O benefício de se usar um incidente de sua própria experiência em uma
apresentação é que é pouco provável que você precise de notas para se lembrar e o fato de que
ela é indiscutível.
Interpretação peculiar
Quando ouvi a história, fiquei com ela na cabeça durante vários dias, tentando entendê-
la, até que outros pensamentos dominaram minha mente. Vez por outra, ela voltava à minha
mente, sem que eu ainda conseguisse entendê-la por completo. Foi então que, dois anos
depois, eu estava ouvindo uma conversa sobre definição de objetivos e... Eureca! A história
passou a fazer sentido para mim. Acho realmente que a espera de dois anos ajudou-me a
apreciá-la muito mais do que se eu a tivesse entendido de imediato. A metáfora fez um
sentido peculiar para mim na época e da forma correta para mim.
A metáfora apresentada ao final desta seção foi criada por uma de nossas instrutoras
seguindo as diretrizes do Capítulo 3.4, Desenvolva Sua Própria Metáfora. Ela criou a
metáfora para sua parceira nas sessões de desenvolvimento pessoal. A metáfora destinava-se a
ajudar sua parceira a conseguir os resultados pessoais desejados. Ela teve 15 minutos para
escrever a metáfora. Foi um processo criativo e espontâneo. Pode ser tão agradável redigir
metáforas quanto oferecê-las e recebê-las.
O gerente com quem eu conversava trabalhava para uma divisão da Mars que vendia
sorvetes para outros países, inclusive para a África, a índia e para os Emirados Árabes
Unidos. Um dos fatores que influencia a qualidade do sorvete é a temperatura de
armazenamento. Se for alta demais, a qualidade do sorvete deteriora. O Reino Unido controla
com rigor as condições de armazenamento de alimentos processados, mas isso não ocorre em
alguns países. Para garantir a condição do sorvete, a Mars decidiu fornecer a esses países
freezers nos quais pudessem armazená-lo. No Reino Unido, a temperatura que se exige para o
sorvete é de -18°C. Os freezers da Mars são programados para manter o sorvete à temperatura
de -25°C. A empresa possui esses freezers e reconhece que, para garantir a qualidade do
produto, é preciso administrar as condições do ambiente.
Pensamento metafórico
O que eu gostaria de dizer é que o pensamento metafórico pode gerar muitas idéias
novas e diferentes que beneficiarão seus clientes, seu staff, seu negócio e sua vida.
RESUMO
As metáforas existem entre nós desde tempos imemoriais, assumindo diferentes formas.
Histórias sob a forma de contos de fadas, provérbios e parábolas passam de geração em
geração. As metáforas estão tão enraizadas em nossa criação que, para muitas pessoas, elas
funcionam como âncora para relaxamento e envolvimento. Sendo assim, as metáforas passam
ao largo de muitos bloqueios ou resistências conscientes e entram no inconsciente. O
inconsciente responde ao desafio da metáfora encontrando uma solução peculiar adequada à
experiência e às necessidades do ouvinte.
Comunicador hábil
PARA REFLETIR
1. Se você tivesse que desenhar uma metáfora, o que desenharia? Ao ler esta pergunta,
você pode ter notado que se formou uma imagem em sua mente. Que imagem era essa?
• O que isso representa para você?
• Quais as características dessa metáfora?
• Quais são seus pontos fortes?
• Quais são seus pontos fracos?
• Como se conectam os elementos da imagem?
• O que isso significa?
• O que está faltando e o que isso significa?
• sua carreira?
• seus relacionamentos?
• sua vida social?
• seu passado?
• seu futuro?
3. Pense em uma situação que você gostaria de influenciar. Pode ser uma apresentação,
uma reunião ou uma discussão com um de seus colegas de trabalho. Desenvolva uma
metáfora que você possa usar da próxima vez em que se encontrar nessa situação.
4. Agora pense na empresa que gerencia ou para a qual trabalha. Existe alguma
metáfora que se expresse por meio da linguagem e das ações dos funcionários? Defina para si
a tarefa de identificar as metáforas que você ouve em sua empresa ou nas empresas de seus
clientes durante um dia específico.
Existiu, há muitos anos, uma vila, em uma parte longínqua do mundo. A vila ficava em
um vaie profundo, cercado por suaves colinas esverdeadas. A vegetação era abundante e
fértil e todos os que viviam na vila tinham alimentos e água à vontade. Os animais que
pertenciam aos moradores andavam soltos e as crianças brincavam alegremente ao sol
morno.
Certo dia, uma besta estranha surgiu no alto da colina. Os habitantes jamais haviam
visto criatura tão estranha antes e jogaram-lhe lanças, sem resultado algum. A criatura
ficava onde estava até o anoitecer, quando desaparecia na escuridão.
Certo dia, uma garotinha jogou uma pedra grande na besta, que uivou de dor e desceu
correndo a colina. Não voltou mais. Os habitantes da vila ficaram silenciosos e tristes e a
menininha ficou aborrecida.
Uma mulher levou o filho para ver Gandhi, que perguntou o que ela desejava.
Duas semanas depois, a mulher retomou com o filho. Gandhi dirigiu-se ao garoto e
disse:
- Por que tive que esperar duas semanas para que dissesse isso?
Usando a PNL para se auto-administrar, você estará influenciando aqueles à sua volta
através do exemplo mais do que através das palavras. Suas ações ensinam o inconsciente.
As técnicas abordadas nesta parte do livro exigem que você conheça os elementos da
PNL. Essas técnicas reúnem esses elementos e foram descobertas através do processo de
excelência de modelagem. Não são técnicas idealizadas por instrutores ou consultores; são
técnicas utilizadas por pessoas que alcançam a excelência, técnicas que dão certo para elas e
darão certo para você.
O que funciona
Uma das habilidades mais importantes descobertas em pessoas que eram modelos de
excelência foi a de influenciar e despertar mudanças de forma eficaz, por serem ao mesmo
tempo poderosas e rápidas. Além de utilizar técnicas para alcançar esses resultados também se
descobriu que havia um elemento comum em todas as suas abordagens: sua capacidade de
estabelecer interação quase que imediata com as pessoas com as quais estavam trabalhando.
Eu diria ainda que acredito que esta seja uma das habilidades mais importantes nos negócios
atualmente. Sem interação, poucos sistemas gerenciais funcionarão. Com interação, você
gerará cooperação, comprometimento e respeito. O Capítulo 2.3 lhe ensinará a estabelecer e
manter a interação com as pessoas com as quais entra em contato. Quando utilizar quaisquer
outras habilidades da PNL, é essencial que você estabeleça e mantenha a interação.
Todos os elementos da PNL se complementam uns aos outros. Cada um acrescenta mais
uma peça ao quebra-cabeça da excelência. Um desenvolvimento mais recente no pensamento
da PNL é o das posições perceptivas, explicadas no Capítulo 2.4. Essa abordagem
complementa especialmente o pensamento voltado para os resultados, na medida em que é
uma forma de adotar uma abordagem equilibrada a situações e resultados. As pessoas mais
capazes de encontrar uma solução ou caminho que se adapte às outras pessoas envolvidas têm
a habilidade de apreciar situações de diferentes posições. Toda vez que as técnicas de PNL
envolverem prestar atenção aos detalhes de pensamento e comportamento, a técnica de
posições perceptivas funciona como um poderoso atalho para que se alcancem os mesmos
resultados.
Finalmente, o Capítulo 2.6 trata dos níveis lógicos de mudança. Eles oferecem um
modelo para identificar o nível no qual se pode intervir para ocasionar mudanças em um
indivíduo, equipe ou organização. A mudança permanente e significativa ocorre apenas se
levada a cabo através de todos os níveis: ambiente, comportamento, capacidade e habilidades,
crenças e valores, identidade e missão. Com a mudança realizada em cada um desses níveis,
pode-se gerar um estado de alinhamento no qual cada parte sua estará trabalhando pelo
mesmo resultado. Essa é a receita para o sucesso e para que se alcance o que se deseja.
2-1
ESCREVA SEU PRÓPRIO
ROTEIRO DE VIDA –
CRENÇAS DE EXCELÊNCIA
Suas crenças influenciam e moldam seu comportamento. Elas formam seu roteiro de
vida. Para reproduzir um desempenho excelente, é necessário ser capaz de intervir no sistema
de crenças da pessoa que se está modelando. Intervir no sistema de crenças de outra pessoa
significa que você pressupõe que as visões da outra pessoa serão válidas pelo tempo em que
você desejar reproduzir os resultados do seu modelo de excelência. Para reproduzir a
excelência de forma coerente, é necessário modelar a identidade, as crenças, os valores e as
capacidades, bem como o comportamento e o ambiente daquele que você escolheu para
modelar.
Ao modelar a excelência, você não precisa ter essas crenças, mas se partir do
pressuposto que são verdadeiras, você estará interferindo nos corações e mentes das pessoas
que acreditam nelas. Assim, começará a absorver as formas de pensar e de se comportar que
são características dos modelos de excelência. Esta seção explora essas crenças e como elas se
manifestam no seu comportamento cotidiano. Mas antes exploremos como as crenças afetam
sua experiência.
Embora tivesse explicado a ele que era política da loja trancar as vitrinas apenas
depois que os clientes tivessem saído, isso não teve efeito. Na vez seguinte em que isso
aconteceu, ela frisou que a alta gerência desaprovava que se trancasse qualquer vitrina na
presença de clientes; ainda nenhum efeito. Jane começou a sentir que não comunicava
autoridade alguma e que não estava sendo respeitada pela sua equipe, especialmente por
Robert.
Conversando com um amigo, ela percebeu que deveria ter dita: "Quero que você
mantenha as vitrinas abertas até que todos os clientes tenham saído." Ela não falara em seu
nome. Percebeu que, fazendo assim, poderia começar a estabelecer poder e autoridade
próprios. E, é claro, percebeu muitas outras situações onde poderia começar a expressar seu
desejo próprio dizendo "eu quero" ou "eu gostaria".
Ela se perguntou por que não fizera isso antes e descobriu que "eu quero" era algo que
dizia muito raramente. Então lembrou-se de sua infância. Sua mãe repetidamente lhe dizia:
"Nada se consegue com eu quero", sempre que ela dizia "eu quero...".
Crenças são pontos de vista que temos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o
mundo, que determinam nossas decisões e nosso comportamento nas situações cotidianas.
Seus pais ou o equivalente às figuras paternas (e isso inclui professores) serão a fonte de
muitas de suas crenças.
Por exemplo:
A magia da PNL é que você pode mudar suas crenças de forma a construir seu próprio
conjunto de crenças para apoiar a forma como gostaria de ser. Não precisa carregar consigo
sistemas de crenças supérfluas ou até mesmo destrutivas que pertencem a outros. Pode criar
seu próprio conjunto de crenças.
Reescreva a história
Há muitas formas de se fazer isso. Uma delas é pressupor que você realmente tem
crenças que, embora novas para você, estão mais de acordo com a forma que você deseja ser.
É disso que trata toda esta seção. A PNL lhe fornece também as técnicas para reescrever sua
própria história. Como o seu inconsciente não sabe a diferença entre o que é real e o que é
imaginário, você pode imaginar o passado que preferia ter tido e reescrever suas memórias. A
agilidade mental necessária para isso virá como resultado do aprendizado das capacidades
essenciais da PNL, especialmente os padrões de pensamento explicados no Capítulo 1.1.
Meu marido joga squash e acredita que tem potencial para ganhar qualquer partida.
Assim, o que acontece é que a seqüência de eventos no caso dele é a que se segue:
Crença:
“Tenho potencial
para ganhar qualquer
partida.”
Posso imaginar-me
vencendo a partida. Posso
Jogo bem ver-me sorrindo e apertando
a mão do meu adversário ao
final da partida. Estou
dizendo “Boa partida,
valeu”, sabendo que venci.
Ponho toda energia e
atenção no jogo
Sinto-me confiante
Se, por outro lado, ele achasse que não tinha muita chance de jogar bem ou de ganhar, o
cenário seria o seguinte:
Crença:
Crenças limitadoras “Não tenho muitas
chances de vencer.”
Diminuo minhas
chances de vitória Sei o que vai acontecer.
Meu adversário jogará
muito melhor do que eu e
posso imaginar o
resultado. Vou ficar
Noto especialmente
arrasado.
quando perco a
jogada.
Sinto-me desmotivado
Dessa forma suas crenças agem como profecias que se concretizam. Você age de forma
a provar a si mesmo a validade e o valor de suas crenças. Portanto, se suas crenças forem
limitadoras, você limitará seu desempenho, provando ser verdadeira a crença. Com o passar
do tempo, as crenças tornam-se cada vez mais arraigadas à medida que você continua a vivê-
las a cada dia.
CRENÇAS DE EXCELÊNCIA
Você já se perguntou como algumas pessoas alcançaram o sucesso? Por exemplo:
• Como Cristóvão Colombo se manteve fiel a seu sonho de descobrir uma nova rota ao
redor do mundo e manteve a tenacidade para navegar em águas nunca dantes navegadas?
Muitas pessoas teriam desistido depois de apenas uma fração da jornada. Então, o que
tornou estas e muitas outras conquistas possíveis? Estas pessoas foram bem-sucedidas porque
acreditavam em sua capacidade. Depois que Roger Bannister correu uma milha em menos de
quatro minutos, muitos outros atletas fizeram o mesmo. Depois que rompeu a barreira, outros
souberam que era possível.
Costumamos nos referir a essa crença como "O mapa não é o território". Considere a
seguinte conversa:
Mapas do mundo
Reconhece essa situação? Embora não admitam, nenhuma das pessoas nessa conversa
está certa ou errada! No entanto, cada qual tem sua forma própria de interpretar a vida, seu
próprio "mapa do mundo". Com que freqüência seu mapa do mundo se choca com o dos
outros? E o que acontece quando isso ocorre?
A medida que aceitar que de fato cada um de nós tem seu próprio mapa do mundo, você
começará a aceitar e entender a diferença.
- Sabe, Jim, na verdade o que você realmente deveria fazer era deixar este emprego e
mudar para vendas, você se adaptaria muito melhor a isso.
- Você pode achar que não - respondeu Jane - mas, acredite-me, eu sei que é a
mudança certa para você.
***
Diane não entendia por que a equipe na empresa estava reclamando sobre o novo
esquema de avaliação. Ela fazia parte da equipe do Departamento de Pessoal que
participara do planejamento. Isso exigia que os gerentes classificassem os membros de suas
equipes em uma escala de l a 5, sendo l "sujeito a ação disciplinar" e. 5 algo como "o sol
brilha em seus olhos". A equipe estava muito insatisfeita com a forma, especialmente com o
sistema de classificação. Diane achou essas reclamações muito frustrantes e considerou a
equipe "difícil".
Percepção
Ambos os casos ilustram o que pode acontecer quando alguém não pressupõe que "cada
pessoa é única" seja verdadeiro. Então, o que isso significa? Significa que todos nós temos
nossa percepção única do mundo, da forma como as coisas são, da forma como as pessoas se
comportam, nossa própria experiência. E essa percepção é apenas uma visão dessas coisas,
uma interpretação. Não é uma representação exata da realidade. Assim, exatamente como um
mapa é apenas a representação de um território, ressaltando alguns aspectos, ignorando
outros, sua experiência pessoal também o leva a relatar alguns aspectos e ignorar outros.
Comparemos o que seria ter a crença de que cada pessoa é única com o que seria não tê-
la.
Pessoas que acreditam que Pessoas que não acreditam que
cada pessoa é única cada pessoa é única
Têm este tipo de São cooperativas, respeitosas São rígidas, inflexíveis e
comportamento e abertas às diferenças dogmáticas
Possuem este tipo de Que a diferença é valiosa Que sua opinião está certa; elas
crenças sabem mais
Têm estas Habilidade de ouvir, Determinação e radicalismo
capacidades/limitações sensibilidade e respeito pela
diferença
Dizem e fazem Parecem interessadas, Falam em termos do que os
cooperam, fazem perguntas, outros deveriam "fazer",
são curiosas a respeito das discordam e interrompem
experiências dos outros e
exploram as diferenças
Sentem-se Relaxadas e curiosas Frustradas, irritadas e estressadas
Cada um faz para si a melhor opção disponível no momento
Quando seu colega discute com você e se recusa a ver seu ponto de vista, naquele
momento aquela é a melhor opção que tem.
Se você tivesse aprendido formas mais elegantes e cooperativas de alcançar o que quer,
a vida seria bem diferente. Mas, não foi assim. Você aprendeu formas saudáveis e não-
saudáveis de conseguir o que deseja. Quando uma criança chora e grita no meio do
supermercado, é porque ela aprendeu que aquela é a forma de conseguir a atenção que deseja;
não a melhor forma, ao menos para os que estão ao redor, mas a melhor escolha para a
criança. Você faz o que faz porque de alguma forma funciona, de outro modo não o faria.
Se você faz o que sempre fez, conseguirá apenas o que sempre conseguiu.
Novas opções
Considere por um momento um de seus objetivos. O que você está fazendo agora para
alcançá-lo? O que quer que seja, é sua melhor escolha no momento. Quanto mais opções tem,
maiores as chances de conseguir o que deseja. Se o caminho por você escolhido não o levar
aonde quer, você poderá escolher outro, e mais outro, até encontrar aquele que levará ao lugar
desejado. Liste as pessoas com quem se sentiu frustrado durante o mês passado. Por exemplo:
Agora, considere que cada um faz a melhor opção que lhe está disponível no momento.
Imagine como seria se você acreditasse nisso. Não importa se de fato não acreditar.
Agora, ao imaginar como seria, como isso afeta seus sentimentos para com as pessoas que
listou? Teria aquele gerente feito uma palestra entediante se tivesse outra opção? O colega
teria dominado a reunião se tivesse tido outras alternativas para influenciar você?
Esta pode não ser sua crença, mas você pode experimentar os resultados de tê-la,
pressupondo que é verdadeira para você.
Se não acredita nisso como sendo verdadeiro, você poderia reagir a quem fez a palestra
entediante com desprezo. Pressupondo que essa foi sua melhor opção, você pode mais
provavelmente dar-lhe feedback construtivo e sugestões para outras formas de apresentar suas
idéias.
Escolhendo reações
Quantas pessoas você conhece que vivem a vida com arrependimentos? E você?
Sabendo o que sabe agora, poderia haver decisões que você teria mudado, lugares aonde teria
ido, pessoas que teria tratado diferente. Porém, esse é você agora, com capacidades diferentes,
conhecimentos diferentes, experiências diferentes. Na época, tomou as melhores opções que
lhe estavam disponíveis. Quando puder aceitar isso, você poderá abandonar os
ressentimentos; eles atravancam os lugares reservados para mais alternativas.
Cristóvão Colombo, John F. Kennedy, Terry Waite, Richard Branson, Roger Bannister
são pessoas que, contra todas as expectativas, perseveraram para conseguir o que desejavam,
pessoas que tinham a crença de que não há fracasso, apenas feedback. Tenho certeza de que se
entrevistássemos Cristóvão Colombo atualmente, ele não diria "bem, na verdade investi tudo
em nome dessa crença: nenhum fracasso, apenas feedback!". No entanto, não há dúvida de
que é assim que ele deve ter visto sua experiência a fim de dar a si mesmo a coragem e a
tenacidade para prosseguir com suas explorações e com o desejo de descobrir novas rotas ao
redor do mundo.
Imagine que você acredita nessa crença. Como ela influenciaria sua reação à:
Tente avaliar - como seria para você realmente? Imagine o potencial de aprendizado que
isso pode desencadear.
Uau! Essa crença pode ser estimulante. Significa que por trás de cada ação há uma
intenção positiva. A chave aqui é lembrar-se de que isso não precisa ser verdade. Isso afeta as
escolhas que você tem em sua forma de reagir. No entanto, as pessoas que conseguem manter
as escolhas de forma a reagirem ao comportamento daqueles à sua volta acreditam que isso
seja verdade.
Aquele momento permitiu que Ian expressasse o que realmente sentia. Aquele momento
também ficaria gravado na mente de seu filho de tal forma que, quando ele teve seu próprio
filho adolescente, lembrou-se disso, esse modelo de pai.
Esses exemplos podem ou não funcionar para você. E importante gerar suas próprias
idéias a respeito do que sejam intenções positivas, que dêem sentido ao comportamento para
você. Essa é unia oportunidade de deixar sua criatividade gerar algumas idéias para você.
Você saberá quando tiver identificado uma intenção positiva apropriada em relação a você.
Ela dará ao comportamento um significado inteiramente novo. Mais do que isso, ela o
libertará de reagir compulsiva-mente: mudará seu estado de espírito de forma a que sua reação
seja resultado de escolha.
Isso também pode ser expresso como "a intenção por trás de uma comunicação não é
seu significado". O princípio opera em diferentes níveis.
Nas reuniões de pais na escola, algumas vezes, eu estremecia quando um professor dizia
coisas como: "Essa turma é um grupo particularmente difícil de ensinar, eles não são bons
ouvintes. Eles têm que aprender a prestar atenção." Eu imagino quem a professora pensa ser
responsável por ajudá-los a prestar atenção.
Com que freqüência você se envolve em uma avaliação de desempenho em que tem a
impressão de que seu padrão de desempenho nada tem a ver com o gerente que o estava
avaliando? Como você se sentiu?
Se você tem uma equipe que trabalha para você e ela está alcançando resultados acima
do padrão, essa é a medida de sua capacidade de gerenciamento.
Se você tem um colega que não coopera com você, este é o reflexo de sua capacidade de
influenciar.
Se você tem um filho que não se "comporta", essa é uma afirmação de sua habilidade
como pai.
As outras pessoas nessas situações também são responsáveis! Mas você faz parte do
sistema. Algo que você faz está permitindo e até encorajando a resposta que recebe.
Responsabilidade
O poder dessa forma de pensar é de que ela lhe dá responsabilidade e propriedade pelas
respostas que recebe. Isso significa que você tomará uma atitude se não conseguir a reação
que deseja. Por exemplo, se alguém não o entende, você encontrará uma forma de explicar-lhe
seus pensamentos de maneira que compreenda.
John mencionou isso a Dave várias vezes e pediu-lhe que não interrompesse os outros
que trabalhavam, obtendo pouca resposta. Em desespero, John disse aos outros membros do
departamento para que não falassem com Dave, exceto nas horas de café e almoço.
Resultado: ele começou a receber reclamações de outros gerentes, que diziam que Dave
vadiava pelos seus departamentos, conversando com suas equipes e interrompendo o
trabalho.
"Trouxe Dave para meu escritório, pedi que se sentasse e falei horas sobre os
problemas que estava causando." Desnecessário dizer que isso não resolveu o problema.
Pelo contrário, Dave deve ter se deliciado interiormente. Que bela forma de conseguir
atenção absoluta de seu gerente, alguém com quem conversar legitimamente.'
Quando reconheceu que o significado de sua comunicação era a reação de Dave, John
teve outras opções. Em vez de agravar a situação negando-se a conversar com Dave, ele
começou a planejar formas pelas quais Dave pudesse contribuir de maneira útil para debates
e reuniões com outros departamentos. O resultado foi que o papel e estilo de Dave tomaram-
se um aspecto positivo do departamento. Não apenas isso, como também Dave realmente
gostou de seu novo cargo, suas necessidades foram satisfeitas. Uma "vitória" para todos.
Flexibilidade
Quem acredita que "o significado da comunicação é seu efeito" não tem clientes, equipe
ou gerência problemáticos. Acreditar nisso significa que você tem responsabilidade e
propriedade sobre as reações que recebe e que age com base nelas. Acreditando nisso, você
não considera os outros como sendo a origem de problemas. Busca desenvolver sua própria
flexibilidade para encontrar novas opções que tragam à tona novas respostas.
Todo problema tem solução
O que você faz quando encontra um problema pela frente? Desiste? Persevera até
encontrar uma saída? Espera que alguém o resolva?
Imagine como seria acreditar que você poderia encontrar uma solução para cada
problemas que encontrasse na vida. As preocupações voariam pela janela, você poderia
descansar segure de que sempre haverá uma saída.
É o que acontece quando se acredita nisso. Essa é a crença de pessoas que, ao longo da
história, fizeram as maiores revoluções. Pessoas que encontram novas soluções para antigos
problemas. E fazem isso porque acreditam que podem. É essa crença que está no âmago de
toda a criatividade.
Se você tiver essa crença, é mais provável que confie em seu instinto para encontrar
uma forma de seguir em frente.
**
Este ano, durante as férias, comecei a jogar badminton e fiquei satisfeita com minha
habilidade em jogar perto da rede e devolver bolas baixas. No entanto, se meu adversário
jogasse a bola alto por sobre a minha cabeça, forçando-me a me virar de costas, eu sempre a
deixava passar ou lançava a bola contra a rede.
Qualquer coisa que ocorra em uma parte do sistema afetará as outras partes.
Levante-se para realizar o seguinte exercício. Olhando para a frente, pés separados,
levante um braço horizontalmente à sua frente e vá passando-o gentilmente de um lado para o
outro, mantendo o braço horizontal até que seu braço esteja apontando para trás de você o
máximo possível. Mantendo seu braço fixo nessa posição, vire-se e perceba para onde ele está
apontando. Pode ser um ponto na parede ou uma distância que assinale quanto você conseguiu
mover o braço para trás.
Agora olhe cuidadosamente para trás e veja o quanto desejaria que seu braço pudesse se
mover além do ponto original. Fixe esse ponto na mente ao virar-se novamente para a frente.
De frente, vire-se novamente, movendo o braço para trás o máximo possível. Quando tiver
empurrado o máximo, segure-o esticado, vire-se e veja o quanto conseguiu movê-lo dessa
vez.
O poder da mente
A maioria das pessoas descobre que moveu o braço mais longe da segunda vez; até
mesmo além do ponto que visualizaram. Sabemos que, se você se imaginar lançando uma
bola, por exemplo, os músculos do corpo que se moveriam se você estivesse de fato lançando
a bola tensionam-se e relaxam exatamente da mesma forma.
Quem, entre vocês, tiver uma imaginação vivida provavelmente se retrairá fisicamente
diante de uma imagem desagradável na TV ou no cinema. Você pode reproduzir em si as
sensações que os outros experimentam. Seu corpo torna-se uma expressão de seu pensamento.
Pesquisas recentes mostraram muitas conexões entre o que pensamos e o bem-estar de nosso
corpo.
O importante sobre essas crenças de excelência é que elas não têm que ser verdadeiras.
Seu poder está no efeito que têm quando você escolhe acreditar que são verdadeiras. Quais
são as implicações de se acreditar que mente e corpo fazem parte do mesmo sistema?
• Você seria independente no sentido de acreditar que tem controle e influência sobre
sua própria experiência.
• Você acreditaria que pode influenciar seu estado de espírito e saúde através da forma
de pensar.
• Você seria capaz de gerar qualquer estado de espírito que desejasse para si mesmo:
relaxamento, excitação, paz, confiança.
• Você criaria as lembranças e imaginações que desejasse ter e teria habilidade para
fazer isso.
Pessoas de sucesso nos esportes, nos negócios e em muitas outras áreas acreditam que
mente e corpo são uma só coisa. Sabem que, ao cuidarem de um, estão simultaneamente
cuidando do outro. Na medida em que lembranças e imaginação têm os mesmos circuitos
neurológicos, potencialmente têm o mesmo impacto.
Essa crença está no âmago de todos os ensinamentos sobre PNL. Através da PNL,
descobrimos detalhes sobre a forma de conservar lembranças e pensamentos. Sabemos que ao
desenvolvermos domínio sobre a forma como representamos esses pensamentos, podemos
transformar nossa experiência.
Lembre-se de seu primeiro dia na escola secundária. Como se lembra disso? O que lhe
veio primeiro à mente? Uma imagem, a lembrança da voz de alguém, um sentimento? O que
veio a seguir? Outra imagem? Quais são as qualidades da lembrança? É brilhante, escura,
barulhenta, suave? Suas lembranças e as formas como as conserva lhe são peculiares. Essa
representação peculiar é o que confere qualidade à lembrança.
Sem a representação em sua mente ela não passa de uma afirmação: "o primeiro dia na
escola secundária." O que lhe dá vida como lembrança é a forma como você pensa nela.
Barulho de tantos
alunos falando ao
mesmo tempo Primeiro dia na
escola
secundária
Retrato da escola
Conto-do-vigário
Agora imagine seu trabalho amanhã. O que sua imaginação evoca para você? Sucessos?
Problemas? Satisfações? Frustrações? Sua imaginação cria para você uma representação do
amanhã que você gostaria de ter? É tudo "truque" da mente, então, por que não se trapacear
positivamente? Você pode mudar essas representações, para poder ter o sonhado dia que quer
ter.
Mude isto:
Patrão faz
Chega Fica com o
comentári
tarde trabalho
o Perde o
sarcástico atrasado horário do Passa a tarde
almoço correndo para
compensar o
atraso Chega em
casa
aborrecido
e cansado
Para isto:
Chega na
hora
Atmosfera
amistosa
no
Elogiado
escritório
sobre
Almoça
relatório
Termina com
que
Chega em algumas colegas escreveu
Pronto
-713 —
para sair à
noite
casa
relaxado e
tarefas
importantes
satisfeito
Talvez as coisas não ocorram exatamente assim, mas você terá aumentado suas chances
de que isso aconteça e se sentirá diferente em suas previsões do dia com relação ao que
sentiria se pensasse da primeira maneira. O controle do seu processo de pensamento é
fundamental para ser capaz de se controlar. Muitos dos capítulos subseqüentes abordarão
como fazer isso.
Considere as crenças de excelência. São crenças cultivadas por pessoas que alcançaram
a excelência em suas vidas.
"Experimente" crenças
As crenças são assim. Você pode pressupor que são verdadeiras para você, pode
"experimentá-las". Se funcionarem, é provável que se tomem uma crença. Caso contrário,
você pode colocá-las de lado. Para ajudá-lo nisso, use o Capítulo 3.6, Assuma uma Crença de
Excelência.
É valioso examinar as crenças com as quais você opera não só como indivíduo, mas
também como organização. Por exemplo, se parte de um esquema de avaliação da empresa é
analisar o desempenho com relação à capacidade disciplinar de um gerente (conforme
experimentei em uma empresa), é porque existe a crença de que a disciplina é necessária
naquela organização. Quando você vê uma caminhonete ou caminhão com a inscrição
"Quaisquer queixas com relação à forma como este veículo está sendo dirigido, favor
telefonar para... ", a crença é de que existem motoristas ruins.
No entanto, crenças que sustentam esquemas de avaliação que funcionam, e com isso
refiro-me àquelas que resultam em equipes motivadas, que aprendem a melhorar seu
desempenho, consistem em:
• As pessoas têm todos os recursos de que precisam para alcançar o que desejam.
Gerentes que têm essa crença estão mais propensos a facilitar o desenvolvimento de sua
equipe através de questionamento e treinamento do que dizendo-lhes o que devem fazer.
• As pessoas fazem as melhores opções disponíveis no momento. Isso não significa que
você deva aceitar a opção que fizeram. No entanto, gerentes que têm essa crença serão mais
compreensivos em sua forma de lidar com um funcionário que cometeu um erro.
• Não existe fracasso, apenas feedback. Imagine uma empresa na qual todos os
empregados tenham essa crença. Seria uma organização em clima total de honestidade,
abertura e aprendizado. Esse é o segredo para a melhoria do desempenho.
Crenças verdadeiras
É válido ter todas as crenças de excelência. As que figuram anteriormente são as que
parecem ter maior relevância na gerência do desempenho. Uma empresa precisa desenvolver
suas próprias crenças. No entanto, essas só darão certo se forem crenças verdadeiras para as
pessoas que trabalham para aquela organização. Uma das coisas mais valiosas que a equipe de
alta gerência de uma empresa pode fazer é explorar as reais crenças da equipe de gerência e
decidir quais delas apóiam sua futura visão.
Será que o conceito de preocupação com o cliente permeia tudo o que você faz ou é
apenas superficial?
Integração
A preocupação é uma parte integrante de você e sua organização, se você tem crenças
que apóiam seus pensamentos a respeito de seu cliente. Um conjunto específico de crenças
que apóiam a preocupação para com seu cliente é:
• Tudo que seu cliente disser e fizer trará benefícios para seu trabalho. Isso será
verdadeiro se você admitir que haverá um benefício em potencial para você em qualquer
situação.
• Não existe fracasso, apenas feedback. Conhecer o feedback e agir com base nele o
manterá em contato com seus clientes e assegurará que seu negócio supra e até preveja suas
necessidades.
Cultivando crenças como essas, você aprenderá a lidar apropriadamente com seus
clientes. O Capítulo 3.7 contém uma lista de verificação da preocupação com o cliente que
inclui reflexões sobre as crenças e também incorpora referências a todas as outras técnicas de
PNL relevantes.
• Tenho uma intenção positiva em relação às outras partes e o que quer que digam ou
f façam haverá benefício para mim se eu abrir minha mente ao que poderia ser.
• Todos nós temos um objetivo comum, mesmo que ainda não saibamos o que seja.
RESUMO
Era uma vez um jovem príncipe que só não acreditava em três coisas. Não acreditava
em princesas, ilhas ou em Deus. Seu pai, o rei, lhe dissera que essas coisas não existiam. No
reino de seu pai, não havia ilhas, princesas e nenhum sinal de Deus. O jovem príncipe
acreditava no pai.
Um dia, o príncipe fugiu do palácio para o país vizinho. Lá, para sua surpresa, de toda
a costa ele avistou ilhas e, nestas ilhas, estranhas criaturas cujo nome ele sequer imaginava.
- Eu os vi!
Com isso o príncipe retomou à terra vizinha e foi até a mesma costa, onde mais uma
vez encontrou o homem em trajes de gala.
— Meu pai, o rei, disse-me quem você é — disse o jovem príncipe indignado. — Você
me enganou da última vez, mas não o fará novamente. Agora sei que aquelas não são ilhas,
nem princesas de verdade, porque você é mágico.
O príncipe retomou à casa pensativo, e quando viu seu pai olhou-o nos olhos.
- Pai, é verdade que você não é um rei de verdade, mas apenas um mágico? O rei
sorriu e arregaçou as mangas.
- Não há verdade acima da magia - disse o rei. O príncipe encheu-se de tristeza e disse:
- Vou me matar.
O rei, por magia, fez a morte aparecer. A morte ficou em pé rui porta e acenou para o
príncipe real. O príncipe estremeceu. Ele se lembrava das belas, mas irreais ilhas e das
irreais, porém belas, princesas.
- Você vê, meu filho - disse o Rei. - Agora você também começa a ser mágico.
Reimpressão autorizada.
2-2
CRIE UMA VISÃO ESTIMULANTE –
RESULTADOS BEM FORMADOS
Objetivos estimulantes
Pessoas que alcançam o que desejam em suas vidas têm objetivos estimulantes. O
processo de modelagem de pessoas de sucesso - pessoas, equipes e organizações que
alcançam constantemente os objetivos que estabelecem para si mesmas - assinalou a diferença
que faz diferença: aquela entre a definição ritualística de objetivos que termina no fundo da
gaveta e as visões estimulantes que elevam e motivam tanto indivíduos quanto organizações.
A PNL nos permitiu decodificar as qualidades dessas visões estimulantes e reproduzi-las.
Todos os homens sonham: mas não igualmente. Aqueles que sonham à noite nos porões
poeirentos de suas mentes despertam para o dia para descobrir que era vaidade; mas os
sonhadores do dia são homens perigosos, pois podem viver seus sonhos de olhos abertos,
tornando-os possíveis.
T. E. Lawrence
Jim trabalhava para uma grande organização. Realizara suas ambições particulares
continuando na área de engenharia, conforme a tradição familiar. Apesar de ter progredido
rapidamente dentro da organização, de alguma forma, sentia que não fazia exatamente o que
gostaria de fazer, mas não sabia ao certo o que queria da vida. Sentia-se como se estivesse
em uma busca constante do futuro. Iniciativa e ambição, particularmente em jovens gerentes,
eram comportamentos geralmente desaprovados, embora o gerente de Jim o apoiasse. Sua
família, no entanto, estava satisfeita com o que considerava ser seu sucesso. Para sua
família, ele estava bem.
AS CONDIÇÕES
Por que Kevin repete constantemente os padrões do passado? O que está faltando para
Jim? O que fará a diferença?
Em contraste:
Jill trabalhava para uma grande organização e logo ficou claro que, embora a
organização tivesse um estilo lento e burocrático, ela queria ficar e, de alguma forma, ser
importante. Desejava ser uma peça-chave na administração da transição para uma cultura
mais aberta, honesta e de apoio. Ela reconhecia que seu nível de influência no cargo de então
era limitado e mapeou os cargos que desejava exercer no futuro a fim de aumentar sua
influência e introduzir as mudanças que acreditava serem importantes.
Sabia que se esperasse pelos outros para que isso acontecesse poderia esperar para
sempre. Também havia muitos gerentes significativamente mais velhos na empresa.
O que chamou a atenção quando conhecemos Jill foi a forma apaixonada como queria
abraçar seu futuro. Seu rosto se iluminava e os olhos faiscavam quando falava do que era
importante para ela. Ela falava positivamente do que desejava e respeitava as opiniões e
pontos de vista dos outros. As pessoas gostavam de sua companhia.
Qual era precisamente a diferença entre a forma como Jill encarava seus resultados e as
formas como Kevin e Jim encaravam os seus? Jill certamente estava no caminho certo para
alcançar os dela.
W. H. Murray
Programe-se
Os grandes esportistas aprenderam bem essa lição. Eles sabem que se começarem a ficar
com medo de mandar a bola para fora da quadra ou do campo, provavelmente será isso o que
vai acontecer. Quantas vezes você disse a si mesmo que "não devia fazer isso" apenas para
continuar a ver-se fazendo "isso"? Os atletas de sucesso sabem que estão mais propensos a
atingir o desempenho e, conseqüentemente, os resultados que desejam, se imaginarem o que
de fato querem conseguir. Eles se "modelaram" em excelência.
Duas equipes receberam a tarefa de identificar formas pelas quais a empresa pudesse
sair da recessão e atingir os novos objetivos que haviam sido estabelecidos. Pediu-se às
equipes que desenvolvessem suas idéias e retomassem em uma data específica para
apresentar as conclusões. Elas retomaram com novas propostas, conforme fora combinado.
Uma das equipes parecia desalentada. Apresentaram suas idéias, como cortar os
custos, reduzir as despesas gerais e racionalizar a força de trabalho. Achavam que esse era o
caminho a ser seguido. Um ar de desânimo os envolvia. O resto da sala ficou em silêncio.
A segunda equipe apresentou suas idéias. Pareciam deliciados. Essa equipe era
formada por pessoas do setor da produção. Eles já haviam observado anteriormente formas
de melhorar a qualidade e reduzir as perdas. Agora, haviam decidido assumir uma postura
diferente. Haviam pensado sobre o futuro que realmente desejavam, o número de fábricas
que gostariam de construir, a quantidade de pesquisas que gostariam de fazer e as pessoas
que gostariam de empregar. Estavam inflamados com suas idéias e sua paixão pelo futuro.
Haviam decidido que era hora de fazer uma reviravolta na empresa. Deveriam ser eles a
determinar a força de vendas de quantos negócios precisariam para apoiar esse programa,
em vez de responderem àquilo que o departamento de vendas determinasse, como fora no
passado.
A diferença de entusiasmo e pura energia entre as duas equipes era drástica. Uma
pensou no que deveriam fazer para cortar gastos e perder e, a outra, no que realmente
desejavam. Naturalmente, se você pensar sobre o que não quer, pode acabar desestimulado.
Você desenvolverá os sentimentos e reações provocados pelo ambiente de circunstâncias,
pessoas e eventos que não aprecia. Não é surpresa de que, se você pensar sobre o que
realmente deseja, se imaginar como é ter o que realmente quer, você se comprometerá,
motivará e influenciará, pois seu entusiasmo será contagiante. Esse é um dos motivos pelos
quais líderes visionários são estimulantes.
Líderes visionários
• Hoje?
• Amanhã?
• Este ano?
• No próximo ano?
• Nos próximos cinco anos?
• Em minha carreira?
• Em minha vida?
Se obtiver como resposta alguns deveria/devo/tenho que você deve bani-los. Eles não
fazem parte desse julgamento. Ao pensar no que deveria fazer, você está geralmente pensando
em termos do que outras pessoas em sua vida acham que você deveria fazer, passado ou
presente. Esse julgamento trata do que você realmente deseja para si mesmo. Você pode se
sentir pouco à vontade com isso, principalmente se não estiver habituado a se fazer essa
pergunta.
Como será ter o que realmente deseja? Se puder imaginar, isso será praticamente seu.
Quanto mais você se transportar para esse futuro imaginário, mais estará se programando para
chegar lá. Pense novamente em um dos resultados que realmente deseja para si mesmo.
Como lhe parece O que vê? O que há à sua volta? Há alguém mais na
imagem? Olhe à sua volta, perceba os detalhes.
Como soa? O que você ouve? O que está dizendo a si mesmo? O que os
outros estão dizendo? Que sons há ao redor?
Como se sente? O que o emociona e que tipo de sentimento é? Que
emoções sente?
Aja como se fosse verdade
Seu inconsciente não diferencia o que é imaginário do que é real. Quanto mais
vividamente você se imaginar alcançando o que deseja, mais seu inconsciente acreditará que
já o tem e programará você para agir como se tivesse. E, é claro, quanto mais agir como se
tivesse, maior a probabilidade de consegui-lo!
Dessa forma, quando tiver estabelecido seus resultados com relação a todos os seus
sentidos, esses resultados começarão a ganhar impulso próprio. Essa habilidade de interferir
nos seus resultados é característica da PNL. A diferença está em ser capaz de se imaginar
(associar) no futuro que deseja. Embora planejar chegar lá seja importante, as etapas do plano
quase que automaticamente começarão a se apresentar, porque você começará a reconhecer as
oportunidades quando estas ocorrem.
É provável que deseje seu resultado em certas situações, mas não em outras. Por
exemplo, desejar uma sensação de certeza e autoconfiança poderia ser muito apropriado ao
fazer uma palestra ou planejar o futuro, mas inadequado quando suas idéias estiverem
formadas apenas em parte e você quiser que seus colegas desenvolvam suas próprias opiniões
sobre essas idéias.
Assim, certifique-se de colocar seu resultado no contexto. Onde, quando e com quem
você deseja esses resultados?
No caso estudado no início deste capítulo, uma das razões pelas quais Kevin não
alcançou seus objetivos era porque esses dependiam de terceiros e de circunstâncias externas.
Quando não conseguia o que desejava, era porque seu gerente, a atmosfera do negócio ou os
clientes não estavam certos. Ele não perguntou a si mesmo como poderia ser diferente,
quaisquer que fossem as circunstâncias externas. Ele desejava que os outros fossem
diferentes. Aqui seria útil perguntar-se: "Que tipo de pessoa quero me tornar?"
Onde recai sua consideração em relação a seus resultados? Em si mesmo ou nos outros?
Seus resultados dependem de alguém estar presente ou reagir de determinada forma? Se
respondeu afirmativamente, eles não são auto-suficientes. Há uma adorável história em
Waiting for the Mountain to Move, de Charles Handy, na qual ele descreve um viajante que,
em sua jornada ao redor do mundo, foi dar em uma estrada onde havia atravessada uma
montanha bloqueando o caminho. O viajante sentou-se e esperou que a montanha se movesse.
Se seus resultados não são auto-suficientes, você também vai ficar esperando que a montanha
se mova!
Abrir mão
Se os seus resultados dependem de alguém ou algo mais, algumas vezes essa pode ser a
parte mais dolorosa. Você é capaz de abrir mão dessa necessidade de que alguém ou algo
mude? Quando conseguir, de alguma estranha forma aumentará suas chances de obter o que
realmente deseja.
Vale a pena?
• Riscos?
• Sentimentos de desconforto?
• Abrir mão de algo que possui agora?
• Sofrimento e tristeza?
Valerá a pena obter esses resultados? Você pode concluir que não; nesse caso, poderá
desistir ou decidir-se por parte do resultado ou uma variação dele. Se concluir que o resultado
vale a pena, estará tomando a decisão de comprometer-se e proceder à próxima etapa.
De algumas formas, seu estado atual satisfará uma necessidade que você tem. Se não
fosse assim, você não o manteria. Pense cuidadosamente em como seu estado atual lhe serve.
Pode parecer estranho, mas, por exemplo, alguém que deseje estar em forma e saudável pode
achar que o fato de não estar saudável lhe rende atenção e solidariedade. Da mesma forma,
alguém que é negativo, mas deseje ser positivo pode achar que ser negativo é uma forma de
evitar riscos e responsabilidades. É importante considerar essas necessidades e também as
diferentes formas como você as desafiará ou enfrentará no futuro, de maneira a se manter
livre para alcançar seu resultado.
Como transformar um resultado que não é auto-suficiente em um que seja? Uma das
formas é descobrir por que você o deseja. Por que é importante para você alcançar esse
resultado?
Por exemplo, Kevin desejava que mais clientes batessem à sua porta. Queria que a
recessão cedesse. Nada disso é auto-suficiente. Ambos se enquadram na categoria "esperando
a montanha se mover".
Elevar os níveis dessa forma é chamado de "subir de nível". Você poderá achar útil esse
processo para encontrar o resultado mais significativo para você.
Nos níveis mais altos, os resultados tornaram-se mais centrados em Kevin e, portanto,
em sua influência. A verificação desses níveis mais elevados de resultados também assegura
que você coloque seus resultados em um contexto que de fato satisfaça um propósito mais
elevado para você. Cada sucesso se torna um degrau para um resultado mais elevado. Sucesso
constrói sucesso. Você evita o vazio pós-sucesso que algumas pessoas sentem quando
alcançam resultados que não levam a algo mais.
Essas habilidades não se ajustavam à pessoa que Peter se considerava ser no trabalho.
As probabilidades de que as utilizasse alguma vez eram mínimas.
Certifique-se de que seus resultados se ajustem à pessoa que você é ou deseja ser. Se
não se ajustarem, esqueça-as, ache as que se ajusta. Só assim você vai assegurar que cada uma
de suas partes esteja buscando o sucesso.
Aja
Comece agora a fazer tudo que você se achar capaz de fazer, ou sonhar que é capaz de
fazer. A audácia vem acompanhada de talento, poder e magia. Comece agora!
Goethe
Que atitudes você vai tomar? Que passos são realistas para você? Vejo tantos planos de
ação nos formulários de avaliação das empresas contendo afirmações amplas como:
Esse tipo de afirmações é utopia. Não significam nada e não levam a nada.
Quando defini para mim o objetivo de comprar uma casa em Wiltshire, pareceu-me
uma decisão importante. Era amedrontador quando eu pensava em tudo o que me seria
imposto naquela época. Meus passos para ação eram bem pequenos. Cada um me pareceu
seguro quando os realizei. Meu plano era:
2. Contactar o tipo de corretor de imóveis que tivesse detalhes sobre esse tipo de
propriedade. Neste estágio deixei bem claro que não queria visitar nenhuma propriedade.
Passou-se um ano desde o tempo em que iniciei esse processo até encontrar a casa que
desejava comprar. Cada estágio foi realista para mim na época. O resultado foi que
encontrei um chalé pelo qual eu e minha família nos apaixonamos.
Estabelecer um limite de tempo para cada uma de suas etapas de ação ajuda. Estabeleça
para si uma data por volta da qual você terá realizado cada uma. Não será necessário conhecer
todas as etapas antecipadamente, mas estabeleça a primeira ou as duas primeiras. Dessa forma
você terá iniciado sua jornada em direção a seu resultado.
Para aplicar todos os princípios precedentes dos resultados bem formados você poderá
consultar o Capítulo 3.9, Priorize Suas Metas como Resultados Bem Formados. Para saber
como você pode estar bloqueando o que deseja e como superar esses "bloqueios", leia o
Capítulo 3.10.
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
As características dos objetivos bem formados funcionam exatamente da mesma forma
tanto para indivíduos quanto para organizações.
Cultura Reativa
Cultura pró-ativa
As organizações centradas nos resultados, por outro lado, têm clara visão do rumo que
estão tomando. Essa visão é uma expressão do que os funcionários dessa empresa realmente
desejam. Por isso o nível de motivação e o comprometimento para com o futuro é alto. O staff
gosta do que faz. A perspectiva é uma inspiração tanto para aqueles que trabalham na empresa
quanto para aqueles com quem a empresa estabelece contato — seus clientes, seus
fornecedores. Uma empresa com esse estilo cria as tendências de mercado. Influencia seus
clientes a avançarem em conjunto com a empresa rumo à sua visão de futuro. Empresas
orientadas para resultados são inovadoras e influentes. Elas levam em consideração as
tendências de mercado, da atmosfera econômica e dos concorrentes, mas fazem isso no
contexto de ter um objetivo claro e estimulante e planos de negócios.
IMAGEM E RESULTADOS
Tem-se dado muita atenção à "imagem" nos últimos anos — imagem pessoal,
profissional e empresarial. O mundo dos negócios tornou-se muito mais consciente da
imagem. Imagem é a impressão que você cria em todos ao seu redor. Cada pessoa desenvolve
uma impressão única de você, dependendo do que é importante para ela em sua forma de ver
o mundo. Alguém que comunica sua imagem harmoniosamente está sinalizando eficiente e
amplamente seus resultados ao mundo. Não é surpreendente que o mundo sinalize em retorno,
proporcionando oportunidades compatíveis com esses resultados. Coincidência é a dimensão
de uma expressão harmoniosa de valores e resultados. Por exemplo, quando inusitadamente
você encontra alguém que se ajusta aos seus principais valores e parece se ajustar à sua
opinião sobre sua orientação, é como se fosse resultado da forma como inconscientemente
você sinalizou seus resultados e valores ao mundo como um todo.
Seus pensamentos e sentimentos são a origem de sua imagem. O que você pensa e sente
influencia seus movimentos, sua expressão facial, sua voz, tudo o que você diz e faz. Esses
pensamentos e sentimentos transbordam de cada um dos poros do seu corpo, não se pode
escondê-los. As pessoas à sua volta não precisam ser "peritas em imagem gestual" para ler
sinais, elas já são; mesmo que seu consciente não perceba esses sinais, seu inconsciente
perceberá. Por exemplo:
Sinais da imagem
São essas coisas que comunicam a essência de sua imagem, e a única forma de mudá-
las, se você assim escolher, é mudar a essência dessa imagem. Essas pequenas mensagens
representam a forma como suas emoções e seus atos mais profundos são transmitidos para o
mundo livremente.
A primeira pergunta que você deve fazer a si mesmo é: que imagem deseja ter? Quanto
mais você souber o que realmente quer e quanto mais se imaginar (se associar) alcançando
esse resultado, mais ele se manifestará em sua forma de falar e agir. E então que você começa
a distinguir oportunidades. Isso não é coincidência, embora naquele momento possa parecer
assim. E resultado dos sinais não-verbais que você envia para o mundo e o mundo responde.
Algumas pessoas diriam que uma imagem é uma fachada. Pode ser, se você tentar
adotar uma fachada que não seja uma expressão do que realmente é e, principalmente, de
quem realmente deseja ser. A imagem que descrevemos aqui é uma expressão de seus
resultados para consigo mesmo. Mais importante, sua habilidade em manifestar esses
resultados em seu comportamento afetará o sucesso que você terá em alcançar esses mesmos
resultados.
Calvin Klein está no "negócio da imagem". Suas roupas e seus perfumes foram criados
para ajudar você a criar uma imagem. Ele era o entrevistado de um programa de marketing a
que assisti na TV há algum tempo. Nesse programa, de. explicava como evoluiu o estilo das
roupas que cria. Descrevia sua coleção de perfumes, em particular "Eternity", e o mais
recente na época, "Escape".
Ao falar nos perfumes, ele transbordava sua paixão pelo significado da fragrância, seu
nome e a forma da embalagem. Os perfumes eram suas expressões vivas. Ele não teve que
trabalhar para vender seus produtos. Ele os viveu.
Isso é imagem. Encontre como você pode expressar sua imagem verdadeira no Capítulo
3.11.
Uma das maiores mudanças nos negócios foi o movimento pela preocupação com o
cliente e a satisfação dele. A PNL e, em particular, o pensamento voltado para os resultados
podem ter um impacto radical sobre o efeito que você causa sobre seus clientes. A precisão e
a disciplina do pensamento voltado para os resultados podem ser a diferença entre a satisfação
(ou insatisfação) do cliente e seu deleite.
Iniciando a mudança
Se você tem uma visão de futuro estimulante para você, ela se tornará estimulante para
os outros a quem seja relevante. Resultados bem formados são uma maneira de criar uma
perspectiva estimulante. Se você for capaz de fazer isso por si mesmo, poderá fazê-lo pelo seu
cargo na empresa e pelo negócio propriamente dito.
Deleite do cliente
Transporte-se para o futuro e imagine como você realmente gostaria que ele fosse.
Imagine seus clientes nesse futuro. Em sua visão, como seria o "deleite do cliente", como
soaria, quais seriam as sensações? Desenvolvendo sua habilidade de se transportar para o
futuro que realmente deseja, você estará acionando sua criatividade e sua produtividade. São
essas qualidades que lideram e influenciam os outros. O deleite do cliente é um processo pró-
ativo, e não reativo.
RESUMO
O pensamento voltado para os resultados é uma abordagem muito poderosa para que se
alcance o que se deseja. Os elementos do pensamento de resultados são extraídos de pessoas
de todas as esferas de atividade que alcançam consistentemente o que desejam, de uma forma
compatível com os que estão à sua volta e com seu ambiente. Seguindo as etapas para a
definição de resultados bem formados, você estará modelando o pensamento dessas pessoas
de sucesso a respeito de resultados. Ao se imaginar alcançando o que deseja, com todos os
seus sentidos, você estará se programando para conseguir o que quer. Sua mente não pode
distinguir entre o que é imaginário e o que é real, assim você estará fazendo com que sua
imaginação trabalhe para você fazendo com que seus sonhos se tomem a sua realidade.
PARA REFLETIR
3. O que pesou na sua decisão de aceitar o seu trabalho atual? Você estava
caminhando na direção de seu ideal ou se afastando de algo de que não gostava? E o
trabalho anterior?
6. Como você decide passar suas férias? Em que grau a realidade se ajusta a suas
expectativas?
7. Com que freqüência você termina as coisas que não deseja em relação às que
deseja?
8. Pense sobre o que realmente gostaria de realizar até o final dessa semana. Preste
atenção ao que está em sua mente. É o que de fato deseja ou você está imaginando coisas que
não deseja?
Era uma vez um homem e sua esposa. Esse casal realizara muitas de suas ambições na
vida, mas ainda restava um objetivo importante. Eles almejavam nadar até o Japão.
Refletiram sobre isso e um dia partiram. Não estavam acostumados a nadar e acharam
difícil. Estavam conscientes de o quanto seus braços estavam pesados. O esforço constante
lhes causava dores, especialmente quando nadavam contra a corrente. No entanto, aos
poucos seus corpos se habituaram a nadar e eles desenvolveram um estilo ritmado, que não
necessitava de esforço.
Começaram a notar as águas ao redor, como mudavam de cor com o passar dos dias.
De manhã bem cedo, eram claras e azuis e, em determinadas luzes, um verde esmeralda
brilhava. Ao pôr-do-sol, reproduziam as cores ricas e mornas do céu da noite. E conheceram
as criaturas da água, o pequeno peixe prateado que nadava com eles durante o dia, as
sombras escuras que faziam espuma e passavam por eles nas profundezas. Aprenderam como
o som das ondas mudava quando passavam por seus ouvidos e sentiram mudanças sutis no
clima conforme as brisas se transformavam em vento e morriam novamente abaixo.
Aprenderam a encontrar alimento na água, a se nutrir e a usar o corpo sem esforço.
Desenvolveram um olfato refinado que lhes permitia detectar mudanças no ambiente pelos
aromas que lhes eram trazidos pela brisa.
Nadaram durante dias e semanas, sem sinal de terra. Um dia, viram o perfil escuro da
terra no horizonte. Nadaram continuamente e reconheceram a costa do Japão. Ao se
aproximarem silenciaram e, finalmente, olharam-se e compreenderam. Naquele momento
voltaram para o mar e continuaram nadando.
2-3
DESENVOLVA UM CLIMA
DE CONFIANÇA – INTERAÇÃO
Decisões
Existem muitos estudos sobre a interação que existe apenas em nível de linguagem
gestual. No entanto, hoje sabemos que, em modelos que alcançam profundos níveis de
interação, a capacidade de construí-los e mantê-los vai bem além do nível da linguagem
gestual. Os níveis de consciência alcançados através da PNL proporcionam uma forma de
construir e manter profundos níveis de interação, que podem melhorar a qualidade de seus
relacionamentos.
Alan estava com medo da reunião que teria com um gerente com fama de ser um ogro.
Como parte de seu treinamento introdutório em PNL, Alan planejou como deveria lidar com
esse gerente. Aprimorou suas habilidades de desenvolvimento da interação. Quando houve de
fato a reunião, Alan envolveu o gerente como as "labaredas de um incêndio"!
COMO DESENVOLVER E MANTER A INTERAÇÃO
Pense em alguém com quem sente que mantém uma boa interação. O que acontece em
seu contato com esse alguém que não acontece em outros? Se estiver na companhia de outras
pessoas, olhe à sua volta. Com quais delas você tem uma boa interação? Com quais delas não
tem?
Observe seu aspecto físico. Pessoas que mantêm boa interação normalmente adotam a
mesma postura, movimentam-se e gesticulam de formas semelhantes, riem juntas, adotam o
mesmo estilo e ritmo de movimentos e discurso. Há um "casamento" entre essas pessoas. Isso
ocorre naturalmente quando duas ou mais pessoas estabelecem boa interação. Elas
provavelmente não têm consciência de que isso esteja acontecendo. O resultado é que seus
pensamentos e sentimentos serão semelhantes. Você já viveu alguma vez aquela estranha
experiência de ouvir alguém dizer exatamente o que você está pensando, ou de achar que sabe
exatamente o que alguém está sentindo? Não será surpreendente descobrir que se você adotar
a mesma postura física de outra pessoa, experimentará sentimentos semelhantes.
Ao modelar pessoas que mantêm profunda interação, descobriu-se que isso ocorre
quando as pessoas que interagem adotam estilo igual ou semelhante de:
• postura;
• movimento e gestos;
• níveis de respiração;
• convicções;
• valores.
Adotando o mesmo estilo
Bill era analista de sistemas e liderava uma equipe de analistas. Lidava com muitos
outros departamentos na empresa e sempre acompanhava membros das equipes de vendas a
reuniões com clientes. Tecnicamente, Bill era altamente capacitado, mas não se sentia à
vontade em companhia de outras pessoas. Freqüentara muitos cursos de treinamento sobre
técnicas para realização de reuniões eficientes, palestras, como comunicar-se
confiantemente, mas ainda assim não gostava da maioria das situações nas quais deveria
conversar com outras pessoas, especialmente quando isso implicava travar conhecimento
com pessoas. Bill lidava bem com pessoas que já conhecia há algum tempo, mas considerava
os primeiros encontros estressantes.
Interação é essencial para que qualquer comunicação significativa ocorra. Você precisa
de interação para conduzir uma conversa produtiva, uma entrevista informativa, uma reunião
eficiente. Sem interação, a valiosa comunicação praticamente não ocorrerá.
Não pense que está se comunicando comigo apenas porque está fazendo um barulho em
minha direção.
David Gordon
Desenvolvendo a interação
Comunicação silenciosa
Essa pode ser uma lista longa demais para ser trabalhada de uma só vez. Alguns desses
itens poderão ser naturais em você. Escolha alguns dos que lhe sejam menos naturais e
pratique-os, até poder fazê-los automaticamente. Escolha ocasiões para praticá-los quando
você estiver atuando como observador e não tiver que se engajar na conversa.
Interação é uma forma de influência. Ao se comunicar com alguém, você se toma parte
de um sistema. A qualidade de interação que você tem influenciará sua comunicação.
Normalmente, isso não requer muita atenção consciente. Você sabe quando está
interagindo bem; sente-se à vontade em companhia da outra pessoa, a conversa flui e o
silêncio de ambos é confortável. O que ocorre é como uma dança: quando um se move, o
outro acompanha. É impossível dizer quem está conduzindo e quem está seguindo quando
naturalmente se busca a semelhança com o outro. A conversa flui facilmente já que você
compreende o significado e a intenção do que a outra pessoa diz. Você aprecia cada
sentimento do outro. Não significa necessariamente que concorda com tudo que a outra
pessoa está dizendo, mas a compreende.
Ritmo
Ritmo é outro elemento no desenvolvimento da interação. Trata-se de respeitar o estado,
estilo ou sentimento dos outros. Por exemplo, se alguém está preocupado, é mostrar
compreensão em relação a essa preocupação. Se alguém está se divertindo, seria participar do
divertimento.
Quando você é capaz de assimilar o comportamento do outro e respeitar seu ritmo, você
é capaz de liderar. Influência é isso.
Exemplos de como e quando você pode querer utilizar interação para liderar e
influenciar:
• Em um debate ou entrevista com alguém que está nervoso e hesitante, para ajudá-lo a
relaxar e se abrir.
Esse trio espelha a filosofia das artes marciais de ir a favor do movimento e utilizar a
energia de seu parceiro para levá-lo aonde você deseja.
Interação na conversa
Eis aqui alguns exemplos de "casar", acompanhar o ritmo e liderar uma conversa.
— Então, quando imagina o sistema, com o que se parece, o que diz a si mesmo?
— Meus colegas me disseram que realmente apreciaram as idéias que expus na reunião.
— Ao lembrar-se do que seus colegas disseram sobre o valor de suas idéias, o que
sente?
As negociações estabeleceram os princípios centrais com base nos quais cada lado
tomou suas decisões. Identificando esses princípios centrais e encontrando uma solução a eles
relacionada, ganharam um acordo importante.
Um comprometimento genuíno para com uma solução existirá apenas se for construído
com base nos valores de cada uma das partes envolvidas. Valores são princípios com base nos
quais você orienta sua vida e são fundamentais para você como pessoa. Valores comuns unem
as pessoas. Uma sociedade, um relacionamento, uma equipe e uma empresa só podem se unir
se compartilharem valores comuns.
Não basta apenas pensar nos valores da outra parte. Respeitar os valores e acompanhar
seu ritmo é uma forma de construir um profundo nível de interação. Sem isso, quaisquer
outras tentativas de se acompanhá-los são superficiais e temporárias. Identificar e acompanhar
o ritmo dos valores é, portanto, essencial para negociações habilidosas. Há diferentes formas
de se fazer isso. Por exemplo, se alguém tem como valor a segurança, buscará para a
negociação uma solução que satisfaça esse valor, mas também desejará que a negociação seja
realizada de forma a respeitar suas necessidades de segurança. Esse alguém pode, por
exemplo, desejar que os itens lhe sejam apresentados de forma não ameaçadora. Se o valor de
alguém é divertimento, é possível que deseje que sua representação do divertimento esteja
presente tanto na forma como são colocadas as idéias quanto nas soluções.
Valores são fatores de decisão que afetam as situações cotidianas em que você se
encontra. Por exemplo, você terá valores com base nos quais tomará decisões sobre:
• em quem acreditar;
• de quem comprar;
Atendendo às condições
Os sinais de satisfação para cada um dos valores a seguir poderiam ser (serão diferentes
e únicos para cada um):
Abertura Facilidade para expressar seus sentimentos. Alguém preparado para expor
seus pontos de vista antes que os outros o façam.
Criatividade Acordos e idéias são os que não foram aplicados antes. Pessoas que podem
pensar lateralmente e proporcionar uma nova forma de pensar sobre
situações já existentes.
Para descobrir os valores de alguém, observe e ouça. O que o estimula, o que lhe
desperta o interesse e a curiosidade? Em que presta atenção? Se estiver constantemente
olhando o relógio e quiser passar diretamente às discussões, você poderá concluir que a
atenção ao tempo e à forma como o tempo é gasto é importante. Quanto mais você
desenvolver sua acuidade sensorial, sua consciência para notar a menor das alterações na
pessoa com quem está lidando, mais você será capaz de determinar quando seu estado mudar.
Finalmente, você será capaz de "regular" esses diferentes modelos de comportamento em
relação aos diferentes estados, até chegar a um ponto em que saberá quais os sinais exteriores
que simbolizam os diferentes estados de seu parceiro.
Regulagem
Uma das formas mais seguras de saber que tocou os valores de alguém será notar uma
alteração na cor da pele. Se fizer uma proposta que satisfaz os valores da outra pessoa, muito
provavelmente ela enrubescerá. Identificando os valores, o ritmo e os sinais do desempenho
de seu parceiro, você estará desenvolvendo um nível profundo de interação.
Compreender seus próprios valores é uma forma de começar a entender os dos outros.
Utilizando o Capítulo 3.12, você poderá estabelecer seus principais valores.
Ouvir com cuidado e curiosidade é uma habilidade rara nos negócios. As pessoas que
têm essa habilidade geralmente são aquelas que têm respeito e influência. A interação é um
dos principais componentes de se saber ouvir. Quando você ouve interagindo, está ouvindo
com todo o corpo. Não só ouvirá o que a outra pessoa está dizendo como também terá
percepções a respeito do que pensa e sente. Você estará influenciando a interação através do
seu comportamento não-verbal isoladamente. Como diz Tom Peters: "Ouvir é a mais elevada
forma de cortesia." Ouvir com o corpo todo pode ser a forma definitiva de influenciar alguém
a ganhar percepção, a encontrar suas próprias soluções e a gerar envolvimento para com essas
soluções.
Foco externo
Ouvir com o corpo todo significa ser capaz de dar toda a sua atenção a alguém. E a
habilidade de manter a atenção voltada para o seu exterior, em vez de pensar os próprios
pensamentos. Alguns livros sobre saber ouvir aconselham a "estabelecer contato visual".
Você provavelmente se lembrará das situações em que você sabia que, embora alguém
estivesse olhando para você, sua mente e espírito estavam inteiramente em algum outro lugar!
Apenas "contato visual" não é prova de que se está ouvindo. A PNL proporciona técnicas para
capacitá-lo a ouvir com todo o seu corpo.
Compare as diferenças entre alguém cuja atenção está voltada para dentro de si e
alguém que ouve com todo o corpo.
Pessoas cuja atenção se volta para o interior Pessoas que ouvem com o corpo todo
Pensam seus próprios pensamentos, fazem Vivem em estado de curiosidade. Sua
julgamentos e avaliações. Preocupam-se e atenção se concentra totalmente na outra
concentram-se no que acabou de acontecer, de pessoa.
ser dito ou mesmo no que pode acontecer a
seguir.
Sua atenção se volta para si mesmos. O olhar Sua intenção se dirige à outra pessoa. Seu
pode ser desfocado ou mover-se ao redor. olhar segue a outra pessoa.
A postura pode ser qualquer uma. A linguagem Ajustam-se à postura da outra pessoa. Sua
é provavelmente centrada no "eu". linguagem se concentra no "você";
utilizam modelos de linguagem e
palavras-chave que se ajustem às pessoas
com quem estão falando.
Quero conversar com você sobre alguns projetos que gostaria que fizesse para nós.
Trabalhamos com uma empresa há anos, mas suas idéias parecem não estar evoluindo. Não
dispomos de tanto tempo hoje como no passado e, então, queremos uma empresa que tome a
iniciativa de descobrir o que é preciso para saber nos dar o que queremos. Na verdade,
temos pouco tempo e agradeceria se você me dissesse sinceramente se pode trabalhar
conosco dessa forma ou não.
Detectando pistas
Tudo o que alguém diz e faz lhe dará alguma informação sobre seus valores. Algumas
informações lhe serão dadas explicitamente e algumas podem ser inconscientes, mas elas
estarão ali. Basta olhar e ouvir.
• abertura e honestidade;
• idéias atuais;
• iniciativa.
Se, por outro lado, responder concisa e abertamente, dizendo francamente à outra
pessoa o que pode e não pode fazer e se tomar a liderança nas perguntas, provavelmente fará
bons progressos. No entanto, isso soará verdadeiro apenas em relação a valores nos quais
você também acredita.
Para o cliente, o importante era a reafirmação pessoal, não apenas o conserto dos
atuais defeitos no sistema, mas explicações sobre o que o fornecedor estava fazendo para
evitar o aparecimento de quaisquer defeitos semelhantes nos sistemas no futuro!
Todos temos nossa forma única de atender a nossas necessidades, nosso sinal de
satisfação. É essencial conhecer os sinais de satisfação de seu cliente e encontrar formas de
atendê-los, se desejar ter sucesso nos negócios.
Detectando valores
Detectando os valores de seus clientes e acompanhando seu ritmo, você extrairá seus
valores centrais, os valores com base nos quais eles tomarão suas decisões finais. Aqui está o
exemplo de uma conversa que extrai valores centrais e sinais de satisfação. É um exemplo de
como é possível estabelecer interação através de conversa. Terá um efeito ainda maior se além
disso você também estiver "casando" e acompanhando o ritmo de todos os outros elementos -
comportamento não-verbal, modelos de linguagem, crenças...
— Não estou muito contente com essa idéia; tomaria muito tempo.
— Ok, vejo que tempo é importante. Podemos reduzir para que não tome muito tempo.
O que acha disso? (partilhando a preocupação com o tempo e liderando)
— Bem, não tenho certeza porque tenho outros compromissos para com minha equipe.
— Eu não havia percebido. Seus compromissos para com sua equipe são prioridade
máxima. Talvez possamos agendar isso logo que esses compromissos tenham sido resolvidos,
(partilhando o ponto sobre compromissos e liderando)
— Para ser sincero, não tenho certeza de ter todas as habilidades necessárias para
realizar esse trabalho, (dito de forma harmoniosa)
Uma mudança no estado de quem fala muitas vezes é um sinal de que um valor central
de pensamento foi alcançado. Por exemplo, antes de falar sobre um valor central, a fisiologia
de quem fala geralmente muda de forma significativa. Às vezes essa mudança de estado vem
acompanhada por um profundo suspiro e uma mudança na cor da pele.
"Ah, tenho certeza de que as tem, não se preocupe, você se sairá bem."
"Você poderá aprendê-las num piscar de olhos; sei o caminho exato para você."
Faça a seus clientes a pergunta mais importante de todas: "O que seria necessário para
que no futuro você me quisesse como seu fornecedor?" Sente-se e ouça. Você terá algumas
das informações mais valiosas de que precisa para atender às necessidades de seus clientes.
RESUMO
A interação é um dos elementos mais importantes para uma comunicação eficaz. Com
interação, os outros se sentirão à vontade em sua companhia - optarão por estar com você
porque será uma experiência satisfatória. Construindo interação, você estará construindo
confiança e compreensão. A PNL revelou a forma como comunicadores habilidosos e
influenciadores constróem e mantêm a interação.
Construindo qualidade
Pode ser que para você naturalmente haja interação em algumas situações e com
algumas pessoas. Quando não houver, isso requererá habilidade para gerá-la. Tomando os
componentes da construção da interação, você será capaz de reproduzir a qualidade das
relações que são criadas por pessoas peritas em relacionar-se com as outras e deixá-las à
vontade. Muitas decisões de negócios são tomadas com base na interação, em lugar dos
méritos técnicos.
PARA REFLETIR
1. Na próxima vez em que você estiver em companhia de outras pessoas, preste
atenção aos elementos abordados neste capítulo.
Note sua postura e movimentos. Ouça suas vozes e as palavras usadas. Identifique que
pessoas parecem estar mais em comunicação com as outras. Que semelhanças há nesses
elementos?
2. Busque a companhia de duas pessoas que tenham excelente interação uma com a
outra. Quais as semelhanças no que você as ouve dizer e as vê fazer?
3. Escolha um elemento por dia, por exemplo, movimento de cabeça, tom de voz,
posição do corpo, etc. Observe esse elemento em cada pessoa que encontrar.
4- Peça a um amigo que converse com você. Note a cada vez sua atenção se deslocar
do externo para o interno.
Certo dia, chegou ao vilarejo um viajante e ao pedir por comida eles explicaram que
não poderiam dar porque o dragão a levara de seus campos. Ele era corajoso e se ofereceu
para matar o dragão. Ao chegar lá, ele viu que não havia dragão, apenas uma enorme
melancia. Então, retomou ao vilarejo e disse: "Vocês não têm o que temer; não há dragão
algum, apenas uma enorme melancia". Os habitantes do vilarejo se zangaram e fizeram o
viajante em pedaços.
Algumas semanas mais tarde, outro viajante chegou ao vilarejo. Novamente, ao pedir
por comida, contaram-lhe sobre o dragão. Ele também era corajoso e se ofereceu para matar
o dragão. Os habitantes do vilarejo exultaram. Ao chegar aos campos, também ele viu a
melancia gigante e voltou ao vilarejo para contar aos habitantes que eles estavam enganados
a respeito do dragão. Não precisavam temer uma melancia gigante. Eles o fizeram em
pedaços.
Algumas das técnicas originais da PNL têm uma detalhada preocupação com os padrões
de pensamento e linguagem. John Grinder e Judith Delozier desenvolveram, mais
recentemente, algumas novas maneiras de se usar a PNL que efetivamente funcionam como
atalhos para se alcançar a excelência. As posições perceptivas são uma forma de avaliar as
situações de diferentes pontos de vista. Elas também formam uma continuação valiosa do
Capítulo 2.2 sobre pensamento voltado para resultados.
Abordagem equilibrada
Existem muitas formas diferentes de se pensar nas situações. Para começar, é proveitoso
levar em consideração as três posições básicas.
1a posição É ver, ouvir e sentir a situação através de seus próprios olhos, ouvidos e
emoções. Pense em função do que for importante para você, o que quer
alcançar. Sua linguagem inclui expressões como: "Eu sinto", "Eu quero", "Eu
ouço", "Eu vejo". O "Eu" refere-se particularmente a você. Está
essencialmente experimentando a situação em seu próprio lugar.
Para experimentar como é estar em cada uma dessas posições perceptivas, consulte o
Capítulo 3.13.
POSIÇÕES DESEQUILIBRADAS
O uso desequilibrado de qualquer uma das posições tem implicações sobre sua
habilidade de progredir.
Agressão
Insegurança
Diane era considerada carinhosa e compassiva por sua equipe. Preocupava-se quando
alguém da equipe tinha algum problema e se esforçava para ajudá-la a resolvê-lo através de
conversas. Entretanto, sempre que o fazia, via-se vivenciando os sentimentos da pessoa com
quem estivesse falando. Além de ter esses sentimentos durante a conversa, descobriu que eks
muitas vezes permaneciam com ela durante o resto do dia e, às vezes, até mais tempo.
Uso excessivo da 2a posição pode levar à perda de sua auto-estima caso você se
identifique com as necessidades e sentimentos das outras pessoas à custa de seus próprios.
Você estaria essencialmente dando prioridade aos outros em detrimento de si próprio. É
possível que, identificando-se excessivamente com a outra pessoa, você desista de sua própria
busca e até de pensar sobre o que realmente deseja. Você pode se ver absorvendo os
sentimentos de outras pessoas e sendo incapaz de eliminá-los.
Imparcialidade
David fazia parte de uma equipe de projeto importante para a empresa. A equipe
trabalhava com um cronograma apertado e, algumas vezes, os temperamentos se exaltavam e
as discussões se acaloravam. Porém, David parecia não se abalar com essas emoções. Parecia
se distanciar física e emocionalmente. Isso muitas vezes irritava os outros membros da equipe,
que achavam que ele não se importava com o sucesso do projeto.
O uso excessivo da 3a posição pode dar a impressão de que a pessoa é imparcial e sem
emoção. Provavelmente, você será objetivo e analítico sem a capacidade de vivenciar a
emoção da situação. Poderíamos relacionar essa posição com a do Dr. Spock do Jornada nas
Estrelas.
1a posição Quando quiser se defender, ver as coisas sob sua perspectiva, ouvir coisas
por si próprio e entrar em contato com seus próprios sentimentos, a 1a é uma
boa posição para ser adotada quando você estiver começando a definir
objetivos para si mesmo. É a posição na qual você deve fazer a si mesmo a
seguinte pergunta: "O que eu realmente quero?" É também uma posição
apropriada para se questionar qualquer resultado que se defina para si
próprio, ou seja, esse resultado se encaixa com quem sou/quero ser?
Desenvolver a capacidade de vivenciar a 1a posição pode ser uma forma de
passar da atitude não-afirmativa para a afirmativa.
3a posição Essa posição pode ser valiosa quando você quiser se afastar, fazer uma
análise e pensar objetivamente a respeito da situação. Pode ser
particularmente valiosa quando não quiser envolver as emoções ao participar
ou pensar na situação. As pessoas que são capazes de lidar com a provocação
dos outros de forma controlada e sem emoções assumem com freqüência a 3a
posição; dessa forma não estão, por exemplo, experimentando os sentimentos
de raiva, frustração ou mágoa que poderiam estar sentindo se estivessem na
1a posição.
Em situações de bloqueio
Se você ainda quiser ter outras opções em uma situação em que há conflitos e
obstáculos (para progredir), adote a seguinte pressuposição: "Por trás de todo comportamento
existe uma intenção positiva em relação a você." Essa é uma das crenças de excelência
explicadas no Capítulo 2.1.
Isso não precisa ser verdade. Basta pensar e agir como se fosse. Aqui, um pouco de
criatividade ajuda a pensar nos possíveis benefícios. Qual seria, para você, o possível
benefício da situação? Como pode transformar a situação em uma oportunidade, mesmo que
inicialmente ela não tenha se apresentado dessa forma? Por exemplo, se você se deparar com
alguém que lhe faça perguntas constrangedoras, ele pode estar fazendo isso para testar a
legitimidade de suas idéias, a fim de decidir se as usará ou não. Essa é uma razão para ele se
questionar. Porém, seria um benefício para você ter a oportunidade de aprender como lidar
com perguntas constrangedoras e, desse modo, aperfeiçoar suas habilidades como
apresentador.
Exemplos de benefícios
Um gerente fala com você de uma forma que você considera rude e desestimulante.
Para lhe mostrar que tipo de comportamento gerencial não funciona, de maneira que,
quando estiver em uma posição de liderança, você saberá que atitudes deverá usar e evitar.
Um colega de trabalho não consegue entender o que você está dizendo em uma reunião.
Mesmo que explique muito, ele continua dizendo: "Não faz sentido."
Para que você demonstre a verdadeira compreensão e paciência que gostaria que ele lhe
mostrasse. Também para que desenvolva uma maior flexibilidade na forma de expor suas
opiniões.
Na situação anterior dessa seção que envolvia James, sua habilidade em adotar
diferentes posições perceptivas e em levar em conta a intenção positiva por trás do
comportamento de seu gerente afetará sua resposta à situação.
• ele queira que James aprenda como mostrar verdadeira empatia em relação a outra
pessoa;
• ele esteja ajudando James a aprender como buscar soluções com mais tranqüilidade
do que havia feito anteriormente;
• ele queira que James defina prioridades para suas idéias e pense mais a seu respeito,
desse modo só colocará em prática as que são mais importantes para todos;
IMPLICAÇÕES ORGANIZACIONAIS
1a posição Talvez o estilo gerencial seja do tipo "apagar incêndios". A empresa pode
tirar conclusões precipitadas sobre as possíveis soluções para os problemas,
sem verificar, digamos, se essas são as soluções na mente de seus clientes.
Provavelmente são mais voltadas para os problemas do que para as soluções,
pois não se afastam da situação, não analisam ou consideram as situações de
forma objetiva. ou
2a posição A empresa pode se virar para fazer o que o cliente quer e pede, sem procurar
influenciar a solução ou o resultado. Mesmo que se apresse a atender ao
pedido do cliente, isso na verdade pode fazer com que a empresa perca o
respeito do cliente, principalmente se não manifestar o que é importante para
ela como empresa e prometer resultados irreais só para manter o cliente
satisfeito a curto prazo. ou
1a posição Possui uma nítida declaração de missão que guia todos os funcionários.
Possui valores aceitos e divulgados, nos quais todos na empresa acreditam e
os quais adotam no dia-a-dia. Os funcionários têm objetivos de
desenvolvimento pessoal e de trabalho com os quais estão comprometidos.
2a posição Os funcionários passam algum tempo junto aos clientes (internos e externos),
descobrindo suas verdadeiras necessidades e obtendo regularmente feedback
de seu desempenho. Ouvem o que seus clientes têm a dizer.
Muitos dos livros e treinamentos sobre como ser assertivo ensinam frases que se devem
usar e a linguagem corporal a ser adotada. Ensinam soluções comportamentais. Porém, o
trabalho feito por Ken e Kate Back sobre asserção cita crenças e padrões de pensamento como
formas de ficarmos mais assertivos. Pesquisas sobre PNL mostram que, para haver uma
mudança significativa e duradoura, é importante compreender as conseqüências da identidade,
das crenças, dos valores, das capacidades e do meio ambiente, assim como do
comportamento. Por exemplo, não faz sentido ensinar alguém a se comportar assertivamente
se a pessoa acreditar que agressão é o caminho para subir nos negócios. Portanto, o modelo
dos níveis lógicos, explicado no Capítulo 2.6, nos oferece uma análise dos níveis diferentes
que necessitam ser citados.
Dawn era considerada por seus colegas de trabalho agressiva em seu comportamento
em várias situações do dia-a-dia. Sempre promovia suas próprias idéias e planos sem
consultar os outros. Achava que suas idéias geralmente eram mais apropriadas e válidas do
que as de seus colegas. Muitas vezes, ficava frustrada com os outros, mas geralmente nem se
preocupava.
Quando explorou seus padrões de pensamento sobre essas situações, Dawn percebeu
que estava fora de si (disassociada). Porém, era como se estivesse fora, em algum lugar,
observando a situação. Percebeu também que, na sua imaginação, estava bem mais perto de
si mesma do que dos outros. Embora pudesse ver os outros, e podia vê-los mexendo os lábios
como se estivessem falando, não conseguia ouvir nenhuma palavra.
Dawn fez experiências com seu pensamento. Antes de mais nada, mudou a posição em
seu pensamento de forma a ficar no mesmo nível que as pessoas na situação lembrada.
Afastou-se também de si própria e das outras pessoas. Depois, associou-se à sua imagem, pois
assim poderia ver a situação com seus próprios olhos, ouvir com seus próprios ouvidos e ter a
sensação de estar lá. Quando Dawn acabou trazendo esse equilíbrio para seu pensamento,
começou a perceber que trazia um maior equilíbrio para a forma com que lidava com as
situações.
Pauline sentiu-se muito estressada durante vários meses. Estava preocupada com o
filho, acreditava estarem zombando dele na escola. Também estava preocupada com a mãe,
doente há algum tempo. Ela própria havia recentemente adquirido maior responsabilidade
no trabalho. Resultado: sentia-se constantemente cansada e deprimida.
Quando Pauline descrevia o que achava dessa situação, invariavelmente via a situação
como se estivesse no lugar de outra pessoa, ou algumas das vezes, como se estivesse
dissociada, estaria próxima da outra pessoa. Mesmo nesse estado de dissociação, tinha
sensações e descobria que essas sensações não eram suas, e sim da outra pessoa. Não havia
nenhum lugar em seu pensamento em que estivesse livre de emoções e não se admirava de
sentir-se incapaz de pensar objetivamente sobre essas situações. Estava, na maior parte do
tempo, sobrecarregada com os sentimentos dos outros.
Devolvendo os sentimentos
AFASTE-SE DA EMOÇÃO
Recebendo feedback
Imagine que esteve em uma reunião em que apresentou suas idéias para um novo
projeto. Você teve que defender veementemente suas idéias, pois sentiu que seus colegas de
trabalho podem ser lentos para tomar decisões e a conclusão desse projeto é importante para
seu sucesso pessoal dentro da empresa. Quando a reunião acabou, um de seus colegas se
aproxima e diz: "Você realmente se posicionou de forma agressiva. Só teve sucesso em fazer
com que várias pessoas recuassem."
A outra é se defender: "Não acho que fui agressivo, só estava me certificando de que
minhas idéias teriam uma resposta."
O que nos leva a uma dessas duas respostas? Quando alguém lhe dá um feedback,
normalmente está lhe dando sua opinião, ou a de outra pessoa, a seu respeito. O ponto-chave é
saber se essa opinião se encaixa com a sua ou se é diferente.
Se for a mesma, então normalmente não é um problema para a maioria das pessoas. Se
for diferente, é mais provável que tenhamos uma resposta de ataque ou defesa.
De certa forma, a impressão que a outra pessoa tem de você é um desafio à impressão
de si mesmo. Escutar e aceitar uma sugestão significaria mudar ou ampliar de alguma forma a
sua impressão de si mesmo. Deseja fazê-lo? O que é necessário para isso? O feedback pode
ser um desafio ao que lhe é familiar, à sua zona de conforto.
Ver com seus próprios olhos, e reviver o feedback como se estivesse lá, é pensar na 1a
posição. É aí que experimentamos sensações e emoções. E mais provável que, se vivenciar as
situações da 1a posição, você responda com sentimentos. Se os sentimentos forem fortes,
podem bloquear sua habilidade em absorver o que os outros estão lhe dizendo.
Se você se colocar no lugar da pessoa que lhe deu o feedback, poderá começar a
entender os motivos e sentimentos que ela tem para lhe dar feedback. E se vivenciar a
situação como se fosse um observador (pensamento na 3a posição), será como se realmente
estivesse de fora da situação, vendo-a de forma imparcial. Esse é o local onde você pode
encontrar mais facilidade para compreender e abrir sua mente para o feedback.
RESUMO
PARA REFLETIR
a. Seu gerente se recusa a deixar que assuma a responsabilidade a mais que você
solicitou.
2. Em que posição (1a, 2a ou 3a) acha que essas pessoas estão agindo?
a. Pedro estava explicando à sua equipe que precisava deles. Quando os membros da
equipe não entendiam, ficava frustrado e começava a explicar outra vez com mais detalhes.
Sentia que, apesar de ter apresentado idéias que sem dúvida iriam beneficiá-los a longo prazo,
estavam sendo incoerentes ao não apoiar o que propunha. Achou todo o processo deprimente
e decidiu continuar com tudo de qualquer forma, sem consulta, pois sabia que no final iriam
apreciar.
b. Jenny era membro da equipe de um projeto. O sucesso do projeto era crucial para a
empresa e a equipe muitas vezes trabalhava intensamente e até tarde para cumprir os prazos.
As discussões nessas sessões tarde da noite com freqüência tornavam-se acaloradas. Jenny
mantia a calma e nem sempre compreendia por que os outros membros da equipe ficavam
aborrecidos. As vezes eles ficavam frustrados com ela e acusavam-na de não se importar com
o projeto. Porém, ela sabia que se importava e várias vezes ajudava a conciliar diferentes
pontos de vista dentro da equipe.
• seu patrão?
Pai e filho possuíam uma fazenda. Não tinham muitos animais, mas tinham um cavalo.
Um dia o cavalo fugiu.
O filho começou a aprender a montar os cavalos selvagens, mas um dia foi jogado ao
chão e quebrou a perna.
Na semana seguinte, o exército veio até a vila para recrutar todos os rapazes para a
guerra. O filho do fazendeiro ainda estava debilitado com a perna quebrada, por isso foi
dispensado. Sorte, azar, quem sabe?
2-5
UTILIZE OS RECURSOS
QUE DESEJA - ÂNCORAS
Você já tem âncoras que trabalham para você. É provável que também existam âncoras
que, normalmente, sejam de natureza contraproducente.
• um perfume especial;
• um toque específico;
Provocadores
Estava assistindo a uma apresentação que fazia parte da avaliação diária para um
cargo de treinamento gerencial. Os flipcharts do candidato tinham acabado de sumir para
trás do cavalete. Sua reação foi: "Teleporte-me Scottie!" Sua presença de espírito foi
apreciada pelo grupo de avaliadores e o candidato pôde recolher seus flipcharts e prosseguir
confiante a apresentação.
Com aquelas três palavras, ele conseguiu transformar a situação na qual se encontrava.
Com essas mesmas palavras, e apertando o botão de transmissão, o Capitão Kirk e qualquer
membro de sua tripulação podiam ser "teleportados" para a espaçonave Enterprise. Já
imaginou como seria poder fazer isso sempre que escolhesse, transportar-se de um lugar a
outro apertando um botão?
Bem, o fato é que você já faz isso. A questão é se o lugar para o qual se transporta é
aquele onde realmente quer estar. E se o Capitão Kirk, ao apertar o botão, não fosse parar na
Enterprise, mas no navio de guerra do inimigo Klingon? Leia e descobrirá como escolher o
destino que quiser e ter certeza de que chegará lá.
Às vezes, as pessoas utilizam as âncoras de tal forma que provocam estados não-
produtivos, como depressão, raiva ou frustração. Esses estados em geral limitam suas escolhas
subseqüentes de comportamento. Tome como exemplo alguém que fica deprimido com
freqüência. Você pode perguntar: "Como ficou dessa forma?" Essa é uma pergunta muito
mais útil do que "Por que você se sente dessa forma?", pois isso aumenta a consciência da
estrutura da experiência, em vez de reforçar os motivos do estado e, conseqüentemente, o
próprio estado. "Fico dizendo a mim mesmo: que bagunça fiz de minha vida", responde ele.
"É assim que você se deprime!" É interessante como algumas pessoas desenvolvem grande
capacidade de gerar estados prejudiciais para si mesmas.
Assumindo o controle
• quando estiver prestes a contar a uma pessoa que ela será dispensada;
Da mesma forma, pode decidir que efeito quer ter sobre outras pessoas, por exemplo:
Vamos começar vendo como gerar para si mesmo o estado que se quer. O processo de
ancoragem envolve ligar uma visão, som ou toque específicos a uma experiência atual, ou
seja, uma situação à qual você esteja "associado". Esse processo de ligação lhe permite
utilizar a âncora para reacessar a mesma experiência.
2. Escolha um estado/uma sensação pelo qual já tenha passado em sua vida e que
gostaria de poder acessar quando quisesse.
3. Escolha uma âncora que possa utilizar sempre que quiser acessar essa sensação.
Pode ser algo definido e fácil de usar. Por exemplo, você poderia usar o dedo mínimo e o
polegar da sua mão esquerda juntos.
4. Agora resgate em sua memória um momento em que essa sensação foi forte para
você. Não deixe de associá-la a essa experiência, de vê-la através de seus próprios olhos, e
não como um observador se vendo. Se puder se ver no quadro e não através de seus próprios
olhos, não está associado. Só no estado de associação você poderá realmente experimentar as
sensações e ancorá-las. O Capítulo 1.2 explica o conceito da associação/dissociação.
Quando estiver completamente associado e estiver lá, preste atenção ao que vê. Que
cores está vendo? São tons fortes ou pastel? Está claro ou confuso? Observe a qualidade do
que vê e qualquer outra característica. O que está escutando? Está alto ou não? De onde vêm
os sons? Existem vozes, você está falando com outras pessoas? Ouça esses sons e qualquer
outra coisa que escutar. À medida que vê essa cena, permita-se passar pela sensação de estar
lá até que essa sensação seja forte e envolvente para você. Ao fazer isso, toque seu dedo
mínimo em seu polegar pelo tempo necessário para sentir intensamente essas sensações.
Depois de ter a sensação e juntar o dedinho e o polegar, afaste-os. Balance o corpo ou
movimente-se de modo a voltar ao presente, ó que chamamos de quebra de estado.
5. Esse toque tornou-se a âncora para os sentimentos. Repita o processo várias vezes,
até saber que existe uma forte ligação entre o toque e as sensações.
6. Teste a âncora. Pense em outra coisa e, ao fazê-lo, junte o dedinho mínimo com o
polegar exatamente da maneira como fez quando estava colocando a âncora. Isso se chama
lançar a âncora.
O que acontece?
Se isso não ocorrer, continue treinando. Talvez você não estivesse totalmente associado
ao colocar a âncora. Verifique se está usando exatamente a mesma âncora para recordar a
experiência que utilizou para colocá-la no início.
Intensidade
Tempo
7. Agora, pense em uma futura situação na qual você gostaria de ter essas sensações que
ancorou. Dessa vez, ao imaginar a situação no futuro, lance a âncora. O que vê, ouve ou sente
agora?
Ao conseguir fazê-lo, estará transferindo suas sensações desejadas, seu estado produtivo
para outro contexto; nesse caso, para o futuro.
Primeiro, aprenda a fazer isso para si mesmo, para que possa lembrar-se dos recursos
que quiser, quando quiser.
Nesse exemplo, usamos o toque como a âncora, mas ela pode ser qualquer coisa desde
que esteja dentro dos critérios anteriores.
O mesmo processo que funciona para nós funciona para ancorar os outros. Nem sempre
se pode identificar com facilidade exatamente quando ocorre o ponto de maior intensidade
para a outra pessoa, a fim de saber quando colocar a âncora. Você terá que se basear em sua
capacidade de detectar, a partir do comportamento externo da pessoa, exatamente quando isso
ocorre. Comunicando-se com as pessoas e assumindo a 2ª posição, você aprenderá a detectar
quando ocorre esse estado de pico. Exceto por esse ponto, o processo é exatamente o mesmo
que seria se você estivesse se ancorando.
1. Pergunte à outra pessoa que estado quer ter em uma situação específica. Peça-lhe
para identificar um momento no passado em que esteve nesse estado.
2. Decida qual âncora vai usar e posicione-se de forma a poder usá-la facilmente.
3. Peça à outra pessoa para voltar à época em que tinha o estado que quer agora.
Ajude-a a associar-se totalmente a essa experiência, perguntando-lhe sobre a qualidade do que
vê, ouve ou sente. Faça perguntas no presente para encorajá-la a associar-se à experiência,
como por exemplo: "O que vê?", "O que ouve?", "Quais as suas sensações?"
5. Preste atenção na pessoa, a fim de identificar quando ela está atingindo o pico dessa
experiência e, nesse momento, aplique a âncora. Aplique-a durante todo o tempo em que ela
estiver experimentando intensamente a sensação.
8. Agora teste a âncora em uma situação futura. Peça à outra pessoa para identificar
uma situação futura em que deseja ter esse estado ancorado. Peca-lhe para imaginar essa
situação futura e, à medida que o faz, lance a âncora. Observe o que acontece. Se a âncora
funcionar; você a verá manifestar as mesmas respostas externas à âncora nessa situação
futura.
O que acaba acontecendo é que ela será capaz de pensar na situação futura e alcançar o
estado automaticamente sem ter que lançar a âncora.
Você está ancorando outras pessoas o tempo todo. A questão é: está ancorando-as de
formas produtivas ou improdutivas?
Em uma empresa onde trabalhei há alguns anos, tínhamos uma reunião de equipe toda
sexta-feira à tarde. Infelizmente, isso acontecia quando a maior parte da equipe estava mais
cansada, mas era a única hora em que podíamos estar todos juntos. Era natural a maior
parte da equipe tomar decisões rápidas para poder sair mais cedo e ir para casa. Harry, um
dos membros da equipe, tinha com freqüência idéias muito criativas e construtivas. Porém,
quando começava a falar, colocava dificuldades no que tinha acabado de ser discutido. Ele
sempre o fazia. O resultado era que praticamente toda vez que abria a boca para falar, o
resto da equipe parecia murmurar interiormente e sempre ignorar ou tentar reprimir o que
ele queria dizer. Harry havia efetivamente ancorado essa resposta apenas abrindo a boca!
• Uma palavra ou palavras que normalmente não usaria em uma conversa, dita (s) em
uma altura e entonação específicas.
• Utilização do espaço. Pode ser usada para obter-se bom efeito em uma apresentação
na qual ancora diferentes informações e respostas a você ao parar ou se dirigir a diferentes
partes da sala.
Pela minha experiência, o uso das âncoras dessa forma só funciona se você usá-las com
integridade, ou seja, de uma forma que esteja de acordo com as conseqüências em outras
pessoas.
Acredito que se tentar usá-las de uma forma manipuladora, ou seja, desalinhada com as
conseqüências em outras pessoas, a outra pessoa o sentirá, em geral intuitivamente, e as
bloqueará.
1. Identifique o estado que quer ancorar na outra pessoa que apóie a concretização de
seus resultados mútuos. Isso poderia, por exemplo, ser um estado de confiança, decisão ou
satisfação.
3. Quando a outra pessoa demonstrar naturalmente o estado desejado, use sua âncora.
Provavelmente você precisará fazer isso quatro ou cinco vezes.
4. Se a discussão chegar a um estágio em que esse estado seria valioso e não está
ocorrendo naturalmente, lance sua âncora. Observe o que acontece.
MUDANÇA DE ESTADO
Existem muitas formas diferentes de utilizar âncoras. Uma maneira fácil é utilizar uma
técnica chamada de união de âncoras. É uma forma de conciliar dois estados, como por
exemplo, um estado improdutivo e um produtivo.
Uma das maneiras mais simples de fazê-lo é usar as articulações de uma das mãos. Com
a pontinha do dedo indicador da mão direita toque as articulações específicas da mão
esquerda. Se for mais fácil para você, inverta o lado ao usar as mãos nesse exercício.
3. Escolha um estado totalmente diferente, uma quebra de estado. Poderia ser pensar
em algo engraçado ou apenas algo que nos faça raciocinar, como dizer o número do telefone
de trás para frente.
a. Quebra de estado.
c. Quebra de estado.
6. Agora aplique ambas as âncoras ao mesmo tempo. Você sentirá uma certa confusão,
à medida que os dois estados harmonizam-se em um estado novo e integrado. Se o estado
menos produtivo ainda for uma parte significativa do estado subseqüente, volte, escolha e
ancore um estado ainda mais produtivo. Repita o processo. Você também pode descobrir que
isso ajuda a lançar a âncora para o estado produtivo um segundo ou dois antes de também
lançar a âncora para o estado improdutivo.
7. Agora, pense em uma situação futura, que no passado tipicamente teria ocasionado o
estado improdutivo. O que acontece quando você pensa nessa situação? Se as âncoras unidas
funcionaram, o estado improdutivo não existirá mais.
Cercando a estratégia
À primeira vista, algumas dessas técnicas podem parecer muito formais. Porém, depois
que dominar a habilidade, poderá começar a usá-las de modo mais informal. Por exemplo, se
você se vir em um estado de improdutividade, pode aprender a passar rapidamente para um
estado produtivo. Lembre-se de um momento em que se sentiu particularmente produtivo e
solicite novamente essas sensações, associando-se mais uma vez àquela situação. Você vai
acabar descobrindo que até o processo de mudança de improdutivo para produtivo torna-se
automático. Sua mente inconsciente faz a mudança para você sem que você tenha que pensar
nela conscientemente. Você terá "cercado" a estratégia para a produtividade aprendendo a
encadear âncoras.
Acredito que colocar-se em um estado produtivo é um precursor vital para a maioria das
situações. Você pode aprender a reconhecer qual estado lhe é mais útil, como por exemplo ao:
• ser assertivo;
• ouvir;
A lista é infinita. O treinamento mais tradicional lhe ensinará que estrutura usar, ou seja,
como estruturar a avaliação, como lidar com as objeções. A PNL lhe ensina como gerar o
estado que gera os recursos e o estilo de que necessita para atingir suas metas.
Acelerando o aprendizado
Uma das características da PNL é que ela pode acelerar sua capacidade de aprender. A
PNL mostra como gerenciar a mudança com habilidade e poder. Se puder administrar e
facilitar a mudança, você pode aprender.
Um dos dons que tive no início de meu treinamento em PNL foi o do insight. O insight
é o "click" do processo de aprendizado, uma percepção, uma nova conexão feita ou
redescoberta. Agradeço ao meu primeiro professor de PNL, Gene Early, por esse dom. Isso
não quer dizer que antes eu não tivesse o poder do insight, mas Gene conscientizou-me sobre
ele e me deu muito mais acesso a ele como um recurso pessoal. Ele o fez através da
ancoragem. Gene tem uma admirável capacidade de ensinar a um grande número de
representantes como se estivesse falando para cada um individualmente. Enquanto está
falando a uma pessoa, dá uma olhada sugestiva para outra e depois para outra. Geralmente
utiliza esses olhares como âncora.
Um dia, durante uma sessão, Gene estava envolvido em uma conversa com um dos
participantes do curso e virou-se para mim, olhando-me diretamente e disse: "Sue está tendo
um insight quanto ao que isso significa para ela." Se realmente eu estava ou não, eu não sei,
mas sei que isso me fez procurar conscientemente o que poderia ser insight. Certamente
consegui. Nas sessões seguintes, de vez em quando, Gene me dava a mesma olhada,
inicialmente com algumas palavras sobre insight, mas o seu olhar, sozinho, acabava tendo o
mesmo efeito. E claro que eu nunca soube quando iria receber "o olhar", e não importava.
Ele havia colocado uma âncora, por isso, sempre que alguém falava, ou mesmo sempre que
algo ocorria, eu estava pronta com um insight.
Acabei não precisando mais da olhada e o insight ficou ancorado à experiência diária.
RESUMO
Neste capítulo, vimos algumas das formas como você pode aplicar as técnicas de
ancoragem, mas você descobrirá que ancorar é uma parte de tudo o que faz. Comece a
explorar o uso que pode fazer dessas âncoras criativamente de maneira a enriquecer sua vida
diária e tomar seu envolvimento com os outros uma experiência recompensadora.
PARA REFLETIR
1. Em geral, que estado você tem nas seguintes situações e que estado gostaria de ter?
Ir a uma entrevista
Exercitar-se
Escolha uma dessas situações e use a técnica da auto-ancoragem ou das âncoras unidas.
2. Escreva o estado que gostaria de gerar em si mesmo e nos outros, nas seguintes
situações a seguir.
Avaliar os outros
Dar feedback
Utilize cada uma das técnicas de ancoragem para que experimente gerar um estado
desejado em você e nos outros.
3. Escreva o estado que gostaria de ter ao lidar com cada uma das seguintes pessoas e o
estado que gostaria que os outros tivessem.
Um membro do staff
Um colega
Um amigo
Um cliente
Um fornecedor
Utilize cada uma das técnicas de ancoragem para experimentar alcançar esses estados
desejados.
4. Desenvolva uma lista de âncoras que você poderia usar em situações cotidianas.
Verifique se têm as características gerais de uma âncora eficaz, ou seja, que seja precisa e de
fácil reprodução, e que possa ser usada para ancorar um recurso específico.
Há muitos anos, havia um marinheiro que tinha viajado para muitos países por todo o
mundo. Estivera em muitos lugares e vira muitas paisagens diferentes. Um dia, quando
navegava pelos mares, chegou a uma ilha e decidiu descansar lá por um tempo. Atracou o
barco na praia e começou a olhar ao redor. Havia belas praias de areia branca ao redor da
ilha e, atrás delas, uma densa floresta tropical. Tudo estava calmo até...
Achou que poderia ter escutado um vago barulho vindo de longe e inclinou a cabeça
para escutar. Sentiu que vinha de dentro do mato e foi se aproximando. Teve certeza de que
escutara o barulho mais uma vez, vindo lá de trás. Começou a abrir uma picada no mato
para fazer uma trilha. Quanto mais entrava, mais forte o barulho ficava. Continuou a abrir
caminho até que acabou chegando a uma clareira, no meio da qual havia um velho sentado
no chão com as pernas cruzadas.
O velho estava de olhos fechados e cantava "Mo, Mo, Mo" em tons longos e suaves. O
marinheiro parou, observou e escutou. "Mo, Mo, Mo", continuava o velho. O marinheiro
acabou se aproximando dele e cutucou-lhe o ombro. O velho virou-se lentamente e sorriu.
- Desculpe-me - disse o marinheiro. - Acho que você cometeu um erro. Acho que
deveria estar dizendo "Om, Om, Om".
- Ah - disse o velho sorrindo. - Muito obrigado - e começou a cantar "Om, Om, Om".
- Desculpe-me por interromper sua viagem. Você poderia me lembrar qual deveria ser
o canto? O marinheiro, ainda em estado de choque, disse:
- Muito obrigado - disse o velho, e voltou caminhando pela água até a ilha.
2-6
NÍVEIS LÓGICOS DE MUDANÇA
Identidade/Missão Quem?
Capacidades Como?
Comportamento O quê?
OS DIFERENTES NÍVEIS
Os níveis possuem significados semelhantes tanto para indivíduos como para empresas.
Objetivo
Identidade/Missão
• "Sou um otimista."
• "Sou prático."
Nossa missão é apoiar e desenvolver os líderes de hoje e aqueles destinados a serem os líderes
de amanhã.
O nível de sistemas de crenças e valores contém declarações sobre você mesmo, outras
pessoas e situações que considera verdadeiras. São visões de caráter emocional não baseadas
em fatos:
Essas crenças seriam o alicerce sobre o qual uma empresa e sua forma de fazer negócios
estão fundados. Só funcionam como crenças se o comportamento diário da gerência a dos
funcionários forem uma expressão dessas crenças. Para que isso ocorra, é necessário que as
crenças tenham origem nos funcionários da organização. As crenças extraídas de um livro
sobre gerência por soarem ou parecerem boas ou por darem boa impressão não funcionam e
provavelmente levam a uma insatisfação crescente se o comportamento diário contrariar as
crenças divulgadas. Porém, nos casos em que corresponderem à realidade, o resultado pode
ser um fator importante para a coesão e harmonia da organização.
Valores
Os valores são os critérios com base nos quais você toma decisões. São qualidades que
considera importantes para você em seu estilo de vida, como por exemplo:
• honestidade;
• abertura;
• integridade;
• divertimento.
Capacidades
Capacidades são cada vez mais conhecidas como competências. São os recursos
disponíveis na forma de habilidades ou qualidades. Por exemplo, sensibilidade,
adaptabilidade, flexibilidade, pensamento voltado para os resultados. Muitas das principais
habilidades da PNL têm como objetivo desenvolver capacidades ou competências. Muitas
organizações estão se voltando cada vez mais para um treinamento e desenvolvimento
baseados na competência. E importante reconhecer que esse é apenas um dos níveis de
mudança.
Comportamento
Comportamento é o que você faz e diz, o que expressa externamente para o mundo ao
seu redor. É a parte de si que outras pessoas podem ver e escutar. Você pode imaginar o
comportamento como a pontinha de um iceberg, a parte acima da superfície, onde objetivo,
identidade, capacidades, crenças e valores são sensações e pensamentos internos.
Exemplos de comportamentos:
• fazer perguntas;
• perder a paciência;
• dar feedback;
• cruzar os braços;
• sorrir;
• ruborizar-se;
• correr;
Uma empresa tem o comportamento diário que lhe é característico como um todo ou
como departamentos e equipes dentro da mesma. Por exemplo:
• A equipe de apoio de vendas trata das dúvidas do cliente de forma eficiente e rápida.
• O staff deixa você esperando e culpa outros na empresa por qualquer erro.
• Funcionários da empresa tomam iniciativas e decisões imediatamente.
Pode ser também o estilo de planos de desenvolvimento que a empresa define para si
mesma:
Ambiente
O ambiente refere-se a tudo que é externo a nós mesmos: o lugar onde você trabalha, a
economia, pessoas ao seu redor, os negócios, os amigos e a família, os clientes. Sua opinião
quando está no ambiente também é um indicador do nível de responsabilidade que você
assume pelo que lhe acontece. Por exemplo:
• Se você diz "O mundo lá fora é duro", está sugerindo que você atribui parte do poder
e influência a elementos externos.
• Da mesma forma, dizer "Eles..." ("Eles não o deixarão..." ou "Eles não lhe dirão...";
consulte o Capítulo 1.4) dá a mesma impressão.
Gregory Bateson observou que existe uma hierarquia natural nos processos de
aprendizado, mudança e comunicação. As regras que orientam a mudança de alguma coisa em
um nível são diferentes das que regem a mudança em um nível inferior. Mudar alguma coisa
em um nível inferior poderia, mas não necessariamente, afetar os níveis superiores. Porém,
mudar alguma coisa nos níveis superiores sempre mudaria as coisas nos níveis inferiores.
Mudança sustentável
O que você pensa a respeito de si mesmo nos níveis superiores determinará seu
pensamento e comportamento nos níveis inferiores, enquanto, por exemplo, seu
comportamento pode ou não influenciar suas crenças no nível superior. Como nos exemplos
de comportamento no início do capítulo, as empresas que só prestam atenção ao
comportamento ao tentarem introduzir uma nova cultura de qualidade, por exemplo,
descobrem que a mudança não é sustentável a não ser que também abordem os níveis mais
altos de crenças e valores. Para haver mudança, é necessário trabalhar um nível acima daquele
que você quer influenciar.
As pessoas têm dentro de si todos os recursos de que necessitam para alcançar o que
querem.
REATIVO OU PRÓ-ATIVO?
Você está trabalhando em um novo projeto há seis meses. Agora, o projeto está quase
pronto e todos os resultados foram alcançados, de acordo com o planejado. Você acredita
que os resultados desse projeto darão uma contribuição importante para o futuro da
empresa. Está satisfeito com a contribuição que fez pessoalmente e espera que o lançamento
desse projeto aumente suas perspectivas de promoção. Duas semanas antes do lançamento,
os diretores anunciam uma grande reorganização na empresa. Anunciam que todos os
projetos iniciados no último ano devem ser suspensos, esperando uma decisão posterior do
conselho. Você e o resto da equipe de projeto ficam muito decepcionados e desanimados.
As conversas de Steve centravam-se em tomo do que ele e outros fazem. Por exemplo,
mediria a intensidade da amizade das pessoas por ele de acordo com o que fariam por ele.
Da mesma forma, esperava que julgassem o nível da amizade dele pelo tipo de ações que
fazia por outros. Era autônomo e considerava-se sortudo toda vez que "aparecia" um novo
grande contrato. Nunca sabia ao certo de onde viria o contrato seguinte. Era muito
influenciado pelo clima. Quando o tempo estava ensolarado e quente, geralmente sentia-se
mais otimista, quando estava frio e nublado geralmente sentia-se deprimido.
Se sua atenção for direcionada principalmente aos níveis mais baixos de mudança na
estrutura de Dilts, estará pensando sobre como você e outros se comportam no ambiente. Será
afetado por mudanças no comportamento de outras pessoas e mudanças no ambiente. Se o
tempo está ensolarado, fica animado, se está nublado e molhado, você se sente para baixo.
Isso tende a levar a uma forma mais reativa de lidar com a vida. É mais provável que uma
empresa que se concentra nos níveis comportamentais e ambientais mais baixos responda à
"concorrência" em vez de se mover rumo à sua própria visão do futuro.
Carla tinha uma noção muito clara de identidade e missão. Sabia o que queria
alcançar e o que era importante para ela. Acreditava que é possível "confiar nas pessoas" e
que se alguém se comportasse de forma agressiva com ela, não queria agredir sua
personalidade, mas era mais uma afirmação do que estava sentindo interiormente.
Acreditava que poderia aprender com qualquer coisa que acontecesse. Até encarava
momentos de recessão como uma oportunidade de aprender como fazer uma abordagem
diferente ao trabalho e aos clientes.
Por exemplo, se você acreditar que podemos confiar nas pessoas, mesmo se alguém
deixá-lo para baixo, é provável que continue a manter essa crença e veja o incidente como
uma anormalidade que acontece só uma vez.
Aqui estão alguns exemplos de como as pessoas pensam de forma diferente sobre si
mesmas.
A De modo geral, acho que tenho muita sorte tanto em minha carreira como em minha
vida pessoal. Sempre estive empregada e agora trabalho por conta própria; fico espantada ao
ver que o trabalho sempre aparece. Minha vida pessoal tem sido menos fácil e, embora tenha
muitos arrependimentos, especialmente em relação aos meus filhos, tenho sido muito feliz.
Gosto de estar e de me sentir em boa forma, gosto do meu trabalho, de demonstrar habilidades
que tenho e de passar o tempo com meus filhos.
B Sou uma garota que sabe o que quer e como e quando vai conseguir as coisas. Decidi
ser psicoterapeuta. Pesquisei sobre isso e até tive alguma experiência. Esse é o trabalho certo
para mim e sou a pessoa certa para ele. Sou feliz e adoro ajudar as pessoas. Relaciono-me
com qualquer um e com todos, característica pessoal da qual me orgulho.
C Acho muito difícil escrever a meu respeito, talvez por ser uma pessoa bastante tímida
e fechada. Não gosto muito de que as pessoas saibam como estou me sentindo. Também sei
que sou uma pessoa muito negativa. Não tenho confiança em mim mesmo e portanto nunca
acredito no que faço. Gostaria de ter atitudes mais positivas na vida e queria ter a capacidade
de não me preocupar e de estar mais relaxado.
O autor de C, porém, descreve-se como uma pessoa tímida e fechada que não acredita
no que faz e que queria ser diferente. Então, mesmo que tenha certeza de sua identidade, gera
um comportamento que não quer e que gostaria de mudar. Certamente, independente do que
os outros façam para convencê-lo de que é capaz e que não precisa se preocupar, suas crenças
sobre sua identidade anularão isso.
Alcançando um equilíbrio
Talvez você seja feliz como é. Porém, se for como o indivíduo de C que deseja mudar, é
importante identificar em que nível pode fazer essa mudança. Para ele, os comentários
opressores estavam no nível da identidade e da crença: "Sou uma pessoa bastante tímida e
fechada", "Nunca acredito no que faço". Um não tem necessariamente que levar ao outro. Ele
poderia, por exemplo, permanecer tímido e fechado e, mesmo assim, acreditar no que faz.
Então, para alcançar as mudanças que deseja, precisará fazer a mudança no nível da
identidade ou da espiritualidade.
Para o indivíduo de A, porém, dependeria do fato de ele querer mudar. Se sentisse que
foi indevidamente afetado pelo comportamento e pelo ambiente e quisesse desenvolver uma
maior independência, poderia prestar atenção aos níveis de capacidade, crença e identidade.
Qual é o sistema do qual você faz parte/gostaria de influenciar? No meu caso, faço
parte do mundo dos negócios. Acredito que tenho a responsabilidade, para com aquela
comunidade de negócios, de levar em consideração os efeitos do treinamento que oferecemos.
Em um nível menor, o treinamento que damos às pessoas irá influenciar no relacionamento
delas com os parceiros e a família. Foi pensando nisso que decidimos oferecer lugares para os
parceiros de representantes que assistem aos nossos cursos de forma que possam aprender
juntos e apoiarem-se mutuamente nesse aprendizado. Agora também estamos planejando
cursos baseados na PNL para alunos de nível secundário e universitário.
Qual é sua identidade/missão? Às vezes pode levar meses ou até anos para
esclarecermos nosso pensamento sobre identidade e missão. Comece escrevendo o que acha
que são. Como você se descreveria? Qual seu objetivo nos negócios, na vida?
Existem muitos exercícios que podem ajudá-lo a pensar sobre isso. Alguns exemplos
estão incluídos no final deste capítulo.
Quais são suas crenças e valores? Seja honesto consigo mesmo. Escreva suas reais
crenças e valores e não só "boas" palavras de livros didáticos. Pense nas decisões que toma
em seu dia-a-dia. Quais os fatores que o levam a tomar essas decisões? Que crenças tem em
relação a si mesmo/outras pessoas/sua família/seu trabalho/sua vida?
Quais são suas capacidades? Defina suas verdadeiras capacidades. Isso pode ser
demonstrado não apenas pelo que faz em seu trabalho, mas pelo que faz fora desse trabalho.
Você pode não ser o melhor juiz de suas capacidades. Evoque o ponto de vista de outras
pessoas sobre quais poderiam ser.
O que você faz? Qual é o seu comportamento diário? Geralmente são os outros que
podem dar essa resposta com mais precisão. Compare sua percepção pessoal com a percepção
de outros de como você se comporta. Identifique seus comportamentos característicos, as
coisas que diz e faz.
Qual é seu ambiente? Onde e quando faz as coisas identificadas acima? Quais seriam
as influências externas sobre você e sua vida?
O processo de conscientizar-se do que são essas coisas para você lhe dará mais opções
para que persista nelas ou não. A consciência leva à escolha. A pessoa que escreveu o
parágrafo C acima, descrevendo-se como tímida e fechada, experimentou posteriormente
mudanças significativas em sua percepção pessoal. Percebeu que o processo de escrever o
parágrafo realçou alguns dos padrões em seu pensamento sobre si mesma de que não gostava
e que queria mudar Essa pessoa desenvolveu confiança em si mesma, foi nomeada para um
cargo de responsabilidade e, de um modo geral, está muito mais feliz com a vida e consigo
mesma.
RESUMO
A pró-atividade é uma das palavras da moda nos negócios hoje. E embora não exista
certo e errado a respeito dela e da reatividade, existe, sem dúvida, uma tendência a encorajar a
pró-atividade nos negócios. Os níveis lógicos do modelo de mudança nos proporcionam uma
forma de entender os padrões de pró-atividade e reatividade.
As pessoas que têm clareza quanto a sua identidade, crenças e valores e cuja atenção
está centrada nesses níveis serão mais independentes das mudanças que ocorrem nos níveis de
comportamento e ambiente e mais pró-ativas em relação a eles. As pessoas que têm menos
certeza em relação aos primeiros níveis no que diz respeito a si mesmas, e cuja atenção se
concentra mais nos níveis inferiores, serão afetadas e reagirão a seu próprio comportamento,
ao dos outros e a mudanças no ambiente.
Existem muitas técnicas de PNL planejadas para provocar mudança em cada nível e
algumas dessas mudanças podem ser provocadas de forma melhor com a ajuda de um
facilitador externo. Porém, ao se conscientizar de seus pensamentos e crenças em cada um
desses níveis e começar a questionar e desafiar aqueles que quiser mudar, você começará a
influenciar seu próprio equilíbrio pessoal entre a pró-atividade e a reatividade.
PARA REFLETIR
1. Considere os aspectos de sua vida listados a seguir. Você está perto da forma como
gostaria de ser, em cada uma dessas áreas? Na coluna "Ideal", atribua uma nota até 10 a cada
um, onde 10 significa que esse aspecto está exatamente como você quer que esteja e O indica
que esse não está absolutamente como gostaria que estivesse. Na coluna "Reativo/Pró-ativo",
avalie-se em termos de como influencia cada área com sua atividade. Dez indica que você
está, sob seu ponto de vista, totalmente pró-ativo, influenciando essa área para trazê-la para o
ideal. Zero indica que você está esperando e tem confiança (ou simplesmente desistiu).
Ideal Reativo/Pró-ativo
0-10 0-10
Seu emprego
Sua vida social
Seus amigos
Suas habilidades
2. Imagine por alguns instantes que você está se candidatando a um novo emprego.
Escreva um parágrafo sobre si mesmo, no qual, sob o seu ponto de vista, descreve o que o
torna único.
d. O que é importante para você com relação àquilo que faz? (Valores)
Que facilidade teve para responder às perguntas? Foi mais fácil no início ou no final?
Como a qualidade da comunicação mudou, à medida que você avançava com as perguntas?
Cada pergunta corresponde a um dos níveis lógicos de mudança. A facilidade com que seu
parceiro respondeu às perguntas pode ser uma indicação de como esse nível de pensamento
sobre si mesmo lhe é familiar.
Kaplan, porém, era persuasivo. Acreditava que acabaria sendo capaz de reger Mahler.
Continuou a estudar. Estava particularmente obcecado pela Sinfonia da Ressurreição de
Mahler. Decorou essa complexa partitura e viajou para escutar o trabalho sempre que era
apresentado. Decidiu que estava pronto para se apresentar em 1982 e assim o fez com a
Orquestra Sinfônica Americana. Sua reveladora interpretação confundiu os críticos e o fez
receber pedidos de todo o mundo para que repetisse a apresentação.
Hoje, Kaplan dedica seu tempo livre às pesquisas sobre Mahkr, tendo financiado, em
1986, um fac-símile minuciosamente documentado e soberbamente produzido da Sinfonia da
Ressurreição cuja partitura original agora possui. Regeu 33 apresentações internacionais da
sinfonia.
PARTE III
A Caixa de
Ferramentas
(A caixa de ferramentas é uma seleção de questionários e exercícios criados para ajudar você
a aplicar alguns conhecimentos de PNL. Muitas das técnicas da Programação
Neurolongüística exigem mesmo o conhecimento prático e o treinamento cara a cara. No
entanto, esses instrumentos destinam-se a melhorar o seu modo de pensar e de se comportar.
Espero que tais exercícios respondam a seus problemas de existência, bem como faça com
que seu inconsciente funcione melhor.)
3-1
IDENTIFIQUE SEU PADRÃO DE PENSAMENTO
PREFERIDO
Para cada uma das opções a seguir, pense no item, pessoa ou lugar descrito. Que
elemento (s) que lhe vem (vêm) à mente? Marque-o. Confira suas respostas na folha de
análise apresentada ao final do capítulo.
1. Gasolina
b. Um som (por exemplo, o som da gasolina sendo colocada no tanque, o som de uma
explosão) ?
e. Um sabor (por exemplo, o sabor da gasolina, presumindo que você já o tenha prova-
do)?
d. Um sabor (por exemplo, o sabor de uma refeição que fez com ele) ?
e. Uma imagem (por exemplo, de sua aparência física ou de um lugar onde esteve com
ele)?
a. Os sons associados a ele (por exemplo, o som das vozes das pessoas ou os sons do
ambiente) ?
b. Um sabor (por exemplo, o sabor de um alimento específico) ?
e. Um toque ou uma emoção (por exemplo, como se sente quando pensa em passar o
tempo dessa forma) ?
b. Um som (por exemplo, o que você escutou ou o que estava dizendo a si mesmo) ?
c. Um sabor?
e. Um toque (por exemplo, a sensação de tocar em alguma coisa) ou uma emoção (por
exemplo, como se sentia nesse momento) ?
b. O que vê (por exemplo, as pessoas que estão com você, seus arredores) ?
c. Uma imagem?
d. Sons ou vozes?
e. Um sabor?
8. Seu trabalho
c. Um sabor?
e. Um toque ou uma emoção (por exemplo, a textura do que você toca ou como se sente
em relação ao seu trabalho) ?
c. Um sabor?
d. Um odor ou aroma?
e. Um som?
b. Um sabor?
e. Um odor?
a. Uma emoção (por exemplo, uma sensação de satisfação) ou um toque (por exemplo,
a sensação física de praticar um esporte) ?
b. Um sabor?
c. Um odor?
d. Um som (por exemplo, o que você diz a si mesmo ou o som de vozes ou seu
ambiente)?
e. Uma imagem (por exemplo, de algo que lhe traga à mente a coisa recompensadora) ?
d. Um sabor?
e. Um odor?
Faça um círculo em torno das letras que marcou para cada resposta.
Visual Auditivo Sensações Sabor Odor
1 a b c e d
2 e a b d c
3 d a e b c
4 b c d a e
5 d b e c a
6 B c a d e
7 c d b e a
8 b a e c d
9 a e b c d
10 a c d b e
11 e d a b c
12 b a c d e
Totais
Agora some o número de letras circuladas em cada coluna. Essas pontuações indicam
suas preferências nos padrões de pensamento, ou seja, quanto maior a pontuação, maior sua
probabilidade de usar esse sentido como forma de processar informações. Não existem
respostas certas.
3-2
RECEBA FEEDBACK DE FORMA CONSTRUTIVA
Objetivo: Fazer com que você receba feedback de forma aberta e construtiva.
Capítulos para referência: 1.2 Padrões de Pensamento; 1.3 Filtros no Seu Mundo
2. Ao passar novamente por essa situação, verifique se está "em seu lugar" ou se está se
colocando no lugar de outra pessoa, capaz de se ver e escutar como se fosse um observador.
3. Se ainda não estiver dissociado, saia de sua posição (dissocie-se), para poder ver-se e
ouvir-se como observador.
4. Imagine que está assistindo a um filme sobre si mesmo na tela da TV e tem acesso
aos controles. Eles podem mudar o brilho, a cor e o volume. Existe também controles que
permitem mudar a forma de sentir e responder do "você" da tela.
7. Quando o "você" da tela possuir esses novos recursos, aperte o botão para ligar o
vídeo e assista a si mesmo recebendo o feedback da outra pessoa. Se, em algum momento,
sentir que de alguma forma o "você" da tela está bloqueando o feedback, aperte o "pause" e
identifique quais seriam os recursos adicionais necessários para você permanecer aberto ao
que ouve.
Pode haver outros fatores como, por exemplo, suas crenças, que prejudiquem sua
capacidade de aceitar abertamente o feedback. Entretanto, a técnica apresentada é poderosa e
mudará sua experiência ao receber feedback, tornando-a mais alinhada com o que você
deseja.
3-3
IDENTIFIQUE SEUS FILTROS
Exercícios/forma física
b. Evitar lesões.
d. Perder peso.
e. Desfrutar do ambiente.
Mudança de emprego
e. Pensa em alguns dos problemas que você encontrou nas últimas férias.
a.
b.
c.
5. Talvez ajude pensar em alguma coisa que você esteja comprando atualmente - um
carro, uma casa, um livro, uma roupa. O que você faria?
a. Procuraria aspectos dessa compra que fossem semelhantes a compras que você tenha
feito anteriormente.
b. Analisa a compra, a fim de descobrir de que forma ela não atende às suas
necessidades.
c. Compara a compra com uma lista mental ou real de características que você deseja
ter.
Conversa
Os detalhes ou o todo
7. Pegue um pedaço de papel e escreva três ou quatro frases que descrevam sua casa
para uma pessoa que nunca esteve lá.
Agora analise o que escreveu e conte quantas palavras descritivas usou que eram:
b. descrições precisas e detalhadas, por exemplo, tantos por tantos metros, temperatura,
número de portas, janelas etc., cor das paredes.
1. Destilar reminiscências.
Refeições
9. Pense nas melhores refeições que já fez na vida. Em que você está pensando?
a. No que aconteceu.
b. Na companhia.
Uso do tempo
10. Pense em como mais gosta de passar o tempo. O que lhe vem à mente?
c. Com o que estaria envolvido, por exemplo, tacos de golfe, um liVro, o jardim.
d. Onde estaria.
Futuro
11. Pense em algo importante que acontecerá no futuro. Assinale os itens que fizeram
parte desse pensamento.
c. As pessoas envolvidas.
e. O lugar.
Sucesso
12. Como sabe quando fez um bom trabalho? Assinale as afirmativas que se aplicam a
você.
a. Alguém me elogia.
f. Parabenizo-me.
Diversão
13. Como sabe quando está se divertindo?
Padrão de convencimento
14. O que teria que ser verdadeiro para que você se convencesse de uma nova idéia ou
abordagem? Assinale os itens mais adequados a você.
AGORA, AS RESPOSTAS
Nessa análise, os números das questões são agrupados segundo os filtros específicos
com os quais mais se relacionam. Por exemplo, as questões l, 2 e 3 testam seu padrão de
pensamento de aproximação/afastamento. Para ter uma explicação sobre esses filtros, consulte
o Capítulo 1.2.
Aproximação/Afastamento
Some o número de itens que você marcou em cada uma das seguintes colunas:
Afastamento Aproximação
Questão l b d
f a
c e
Questão 2 b d
e a
c f
Questão 3 a f
e b
c d
A coluna com o maior número de itens marcados indica sua provável preferência.
Semelhanças/Diferenças
Na questão 4, sua preferência pelas semelhanças ou diferenças será indicada pelo fato
de você ter identificado ou não as semelhanças entre as formas.
a. Todos são retângulos, todos têm quatro pontas, todos têm lados retos.
Se você tiver identificado o que havia de diferente nas figuras, ou seja, as diferenças,
suas respostas foram semelhantes ao seguinte:
c. Duas setas estão apontando para cima e para a direita e uma está apontando para
cima e para a esquerda.
Para as questões 5 e 6, some o número de itens marcados em cada uma das seguintes
colunas
Semelhança Diferença
Questão 5 a b
d d
e f
Questão 6 b a
c d
f e
A coluna com o maior número de itens marcados indica sua provável preferência.
Detalhes/Geral
Na questão 7, sua preferência será indicada pelo número de palavras de cada tipo.
Se o total para (a) for maior, você prefere o pensamento mais geral.
Se o total para (b) for maior, você tem preferência pelos detalhes.
Passado/Presente/Futuro
Para a questão 8, indique que itens você marcou nas seguintes colunas:
a b d
c e g
f h i
l j k
Questão 9 a b c d e
Questão 10 b a c d e
Questão 11 b c d e a
Suas preferências relativas são indicadas pelo número de itens assinalados em cada
coluna, ou seja, quanto maior o número, maior a preferência.
Inferno/Externo
Interno Externo
Questão 12 c a
d b
f e
Questão 13 b a
c d
f e
Suas preferências relativas são indicadas pelo número de itens assinalados em cada
coluna, ou seja, quanto maior o número, maior a preferência.
Padrão de convencimento
a. Demonstração visual.
b. Explanação (auditiva).
d. Apresentação visual.
e. Discussão (auditiva).
g. Tempo.
h. Diversas explicações/apresentações/práticas,
i. Detalhes.
3-4
DESENVOLVA SUA PRÓPRIA METÁFORA
Objetivo: Permitir que você escreva uma história metafórica que induza à mudança.
Capítulos para referência: 1.4 Comunicação Enriquecida; 1.5 Perguntas Precisas; 1.6
Metáfora
1. Defina o resultado que deseja alcançar com a metáfora. Esse resultado precisa
estar alinhado com as necessidades e os desejos do seu ouvinte ou leitor. O inconsciente é
bastante esperto. Se a metáfora não se enquadrar nos objetivos do seu ouvinte ou leitor, seu
inconsciente a rejeitará. Qualquer que seja o resultado escolhido, esteja ciente de que a
mensagem extraída da metáfora pelo leitor ou ouvinte pode ser inteiramente diferente. Não
existem significados certos ou errados nas metáforas. Por mais que as pessoas lhe peçam para
lhes dizer o "significado", lembre-se de que você estaria apenas lhes dizendo o significado
que faz sentido para você. Deixando que a imaginação delas extraia o significado da metáfora,
você as estimulará a descobrir seu significado.
6. Use comandos implícitos. Insira os comandos que deseja que seu ouvinte escute na
fala de um personagem da história; por exemplo, "o pai respondeu: 'Agora você também
começa a ser mágico.'"
7. Embeleze sua história. Use uma linguagem enriquecida, que apele para todos os
sentidos. Use gestos, represente a história. Varie o tom de voz para dar ênfase e
dramaticidade. Divirta-se ao contá-la. Improvise nos detalhes, de acordo com seu ouvinte,
incorporando quaisquer piadas da moda.
8. Deixe que o inconsciente absorva a história em seu ritmo próprio. Talvez você
não possa contar a história para sua equipe ou seus clientes na hora de dormir, mas poderá
escolher uma ocasião durante a qual eles tenham tempo de refletir sobre ela.
3-5
MODELE UMA HABILIDADE
Objetivo: Permitir que você use as habilidades da PNL para trazer à tona e reproduzir
uma habilidade específica.
• tomar decisões;
4- Questione seu modelo. Primeiro, garanta que eles se associem em uma experiência
quando estiverem usando a habilidade que você deseja modelar. Quando tiver certeza de que
eles estão associados (quando estiverem imaginando-se usando a habilidade), lembre-se de
manter as perguntas no presente para mantê-los associados, por exemplo, "O que você está
vendo?", "O que está dizendo a si mesmo?", etc. Verifique o que pensam em cada um dos
níveis lógicos. Por exemplo:
• "O que está dizendo e fazendo?" (útil para comparar com o que eles realmente
disseram e fizeram em suas observações).
• "O que está pensando?" (Observe os movimentos de seus olhos, o que lhe dará mais
informações sobre sua estratégia interna do que sua resposta consciente à pergunta.) Se
observá-los usando dicas visuais de acesso, por exemplo, pergunte: "O que está vendo?"
• "Quais são as suas capacidades?"(Uma delas será a capacidade que você está
modelando.)
• "O que é importante para você nesse momento?" (Para trazer valores à tona.)
• "Em que você acredita?" (Sobre você mesmo, sobre os outros, sobre a situação.)
• "Como você se conecta com outros sistemas dos quais faz parte?"
5. Peça a outra pessoa para modelar a habilidade e compare suas descobertas com as
dessa pessoa.
7. Teste seu modelo tirando um elemento de cada vez ao utilizá-lo. Se o elemento não
for essencial para o processo, não fará diferença alguma. Em alguns casos, a eliminação de
um elemento pode até aperfeiçoar o processo.
Capítulos para referência: 1.3 Filtros no Seu Mundo; 2.1 Escreva Seu Próprio Roteiro
de Vida;
Considere a lista a seguir e verifique quais das duas opções se aplica ao seu caso.
2. Identifique outra situação (B) na qual essa crença deveria ter sido verdadeira para
você, por mais transitória que possa ter sido.
4. Repita esse processo até sentir como seria ter a crença toda vez que lançasse a
âncora.
5. Agora que você tem essa crença e que continuará a tê-la, experimente novamente a
situação (A) e responda às seguintes perguntas:
c. Nesse ambiente, com essa crença, o que você está dizendo e fazendo?
g. Que ligação você tem com todos os sistemas maiores dos quais faz parte - sua
família, amigos, equipe, empresa e outras empresas e redes?
Identidade Questão 6
Crenças Questão 5
Capacidades Questão 4
Comportamento Questão 3
6. Como se sente quanto a pressupor essa crença como acabou de fazer nesse exercício?
Parece desejável? Se a resposta for afirmativa, coloque no papel duas situações que
provavelmente ocorrerão na próxima semana e nas quais ter essa crença lhe seria útil.
Situação l
Situação 2
7. Repita o processo da etapa l à etapa 7 para cada uma dessas situações futuras. Decida
como vai lembrar a si mesmo de pressupor essa crença para cada uma das situações. Quando
as situações tiverem ocorrido, analise como o fato de ter essa crença afetou sua experiência.
Funcionou para você? Você optaria por pressupor novamente a crença em outras situações?
De um modo geral, como fará isso?
3-7
LISTA DE VERIFICAÇÃO DO
SERVIÇO AO CLIENTE
1. Você tem um objetivo bem formado para seu negócio; um objetivo atraente, não
apenas para você, mas especialmente para seus clientes?
2. Possui um conjunto de crenças que sustente esse objetivo? Acredita que seu cliente
está no âmago de tudo que você faz? Seu staff entende essa crença e a aplica?
3. Você consegue se colocar no lugar do cliente, a fim de entender o que sente, quer e
precisa?
Observação: Isso pode funcionar como uma lista de verificação para o desenvolvimento
de sua estratégia de atendimento ao cliente e treinamento para o futuro.
3-8
IDENTIFIQUE SUA ESTRATÉGIA
DE APRENDIZADO
Objetivo: Uma empresa que melhora continuamente só pode existir se os indivíduos que
nela trabalham aprenderem e se desenvolverem enquanto trabalham, se forem capazes de
descobrir e implementar constantemente formas novas e mais inteligentes de fazer o que
fazem. As idéias geradas contam, porém mais importante ainda é sua capacidade de gerenciar
a forma como gera essas idéias. Esse exercício destina-se a capacitá-lo a aumentar sua
consciência de sua estratégia de aprendizado. Isso, por sua vez, permitirá que você mantenha
e acumule os elementos que funcionam bem para você e modifique as partes que impedem
seu processo de aprendizado.
1. Faça uma lista de todas as coisas que já aprendeu na vida. Podem ser as coisas que
você faz ou sabe agora, mas que teve que aprender um dia.
2. Selecione três coisas dessa lista que considere exemplos de aprendizado eficaz para
você.
3. Escreva as etapas do processo de aprendizado para cada uma das coisas que
selecionou. Identifique o que inicia o processo de aprendizado para você, o fator exato que faz
com que você comece a aprender algo. É, por exemplo, ver alguém fazendo algo
especialmente bem? É um sentimento de inadequação por não ter feito algo tão bem quanto
gostaria de ter feito? É descobrir-se em uma nova situação que exige que você faça algo que
nunca fez antes?
Expresse os elementos comuns das três estratégias de aprendizado mais eficazes sob a
forma de um storyboard com entre cinco e nove quadros. O conteúdo de cada quadro pode ser
metafórico. Desenhe-o de modo a expressar a essência daquela etapa do processo. Que blocos
ocorrem ao longo do caminho? Quais são as etapas finais? Como sabe quando aprendeu o que
se propôs a aprender? Aqui está um exemplo:
7. Que pressuposto é verdadeiro para que cada etapa ocorra? Por exemplo, o fator que
inicia o processo de aprendizado para você - é algo que você vê, é auditivo ou os sentimentos
dominam? Por exemplo, você pode passar por uma etapa na qual acredita que pode conseguir
tudo que quiser. O pressuposto aqui seria que você tem dentro de si todos os recursos de que
precisa para obter o que deseja.
"No momento, entendo apenas uma parte do que estou tentando aprender e
sei essa parte realmente bem." (Em lugar de pensar globalmente, nosso
monitor reduziu o nível de seu pensamento para se concentrar visualmente
em uma pequena parte do todo. O pressuposto em operação agora poderia
ser "todo problema tem solução".)
"Agora entendo várias partes e elas começam a se encaixar. Começo a
ganhar insight sobre o quadro geral."(Visual novamente, começando a
ganhar dimensão, uma visão do quadro geral - provavelmente revivendo o
pressuposto de que "tenho todos os recursos necessários para conseguir o
que desejo".)
Feito isso, você terá a estrutura de seu processo de aprendizado. Poderá escolher quando
e como aplicá-lo.
O resultado do trabalho realizado pelo sujeito de nosso estudo de caso foi que ele
reconheceu como poderia aplicá-lo ao aprendizado do francês, o que vinha tentando fazer há
vários anos. Ele já havia experimentado aprender através de fitas-cassete e passara períodos
na França, onde aproveitou as oportunidades para praticar a língua. Embora essas abordagens
obviamente funcionem para muitas pessoas, não funcionaram para ele. Ele "se virava" com
seu francês, mas não tinha perfeito domínio da língua nem o vocabulário que desejava.
Ele percebeu que aprendia melhor lendo e aprendendo uma parte de cada vez. Aplicou
essa constatação lendo jornais e revistas em francês. Concentrou-se na palavra escrita e
abandonou qualquer tentativa de falar a língua. Toda vez que encontrava uma palavra
desconhecida, procurava-a no dicionário de francês (com definições em francês). Seu
vocabulário aumentou enormemente. Depois de um certo tempo, ele começou a notar que
entendia bem o francês falado. O próximo passo seria falá-lo fluentemente.
3-9
PRIORIZE SUAS METAS COMO
RESULTADOS BEM FORMADOS
Capítulos para referência: 1.3 Filtros no Seu Mundo; 2.2 Crie uma Visão Estimulante
A B C D E
Pessoais
Relacionadas
ao trabalho
3. Agora defina a prioridade para todos os itens aos quais atribuiu o número l (se
houver mais de um) e, no caso dos três primeiros, trabalhe todos os elementos de um
resultado bem formado. Você provavelmente descobrirá que muitos desses resultados tomam-
se passos ao longo do caminho para a concretização dessas metas. Caso contrário, quando
estiver progredindo nessa direção ou os tiver concretizado, comece nos próximos três itens de
maior prioridade.
• Como soa?
d. Mantenha o resultado, faça com que seja uma conquista unicamente sua. Ele deve
expressar o tipo de pessoa que você deseja se tornar. Caso contrário, resolva que parte dele se
mantém e repita as etapas a-c.
e. Pondere se vale a pena o que você precisará fazer para conquistá-lo. Se não valer,
esqueça o resultado e invista sua energia em outra coisa - escolha outro objetivo e comece
novamente na etapa a. Se acreditar que vale a pena, passe para a próxima etapa.
Que formas alternativas existem para satisfazer essa necessidade e que lhe permitirão
avançar rumo à concretização do seu objetivo?
g. Como o fato de ter esse objetivo se enquadra com quem você é e com quem deseja se
tornar?
h. Como o fato de ter esse objetivo se enquadra com as outras pessoas que são
importantes na sua vida?
Objetivo: Permitir que você alcance os resultados desejados trabalhando com seus
próprios obstáculos à mudança.
1. Faça uma lista das mudanças que gostaria de efetuar na sua vida. Liste-as. Podem ser
as habilidades que deseja adquirir, um estilo de vida específico, bens materiais,
relacionamentos diferentes, melhor uso do seu tempo.
2. Escolha uma delas e coloque no papel de que forma você impõe obstáculos à sua
concretização. Dentre exemplos de obstáculos poderia estar:
• Adiar decisões.
• Buscar outras pessoas que o apoiarão no sentido de não conseguir o que você deseja.
• Encontrar distrações, outras coisas para fazer, para se preocupar, que adiem sua
estréia no caminho da mudança.
Se isso (o obstáculo) não fosse verdade, você seria capaz de alcançar seus objetivos?
• Como seria?
e. Decida se vale a pena investir para sua concretização. Se não valer, esqueça-o e
dedique sua energia a outra coisa — escolha outra meta e comece novamente na etapa a. Se
acreditar que vale a pena, passe à próxima etapa.
f. Identifique o que seu estado atual faz por você. Que formas alternativas de satisfazer
essa necessidade lhe permitirá caminhar rumo ao resultado desejado?
g. Como o fato de ter esse objetivo se encaixa com quem você é e quem deseja se
tornar:
h. Como o fato de ter esse objetivo se encaixa com as pessoas importantes na sua vida?
Você pode identificar seus valores essenciais usando o Capítulo 3.10 ou completando o
quadro apresentado a seguir.
Negócios
Relacionamentos
Família
Lar
Lazer
Saúde
Forma física
Social
Desenvolvimento pessoal
1. Usando esse quadro, escreva o que é mais importante para você em cada uma dessas
áreas de sua vida. Acrescente quaisquer áreas que não estejam presentes nessa lista. O que
você escrever não tem que ser coisas que possui atualmente; na verdade, você pode estar
muito consciente de que não as possui, mas são coisas importantes para você. Por exemplo,
sua lista poderia incluir coisas como confiança, diversão, segurança, sensação de bem-estar. É
importante identificar o que é essencial para você.
2. Feito isso, escolha o que é comum para você em todas essas áreas da sua vida.
3. Pegue três desses valores essenciais. Suponhamos que sejam confiança, diversão e
segurança. Pegue o primeiro, imagine ou recorde-se de uma época em que você tinha esse
valor no que estava fazendo ou em como se sentia. Assim, por exemplo, se você tiver
escolhido o valor confiança, escolha uma época em que tenha experimentado a confiança
exatamente da forma que era importante para você.
Você pode fazer esse exercício de pé ou sentado. Marcar um local físico diferente para
cada um dos valores ajuda. Se fizer o exercício com o auxílio de alguém, peça à pessoa para
lhe dar um feedback de como sua expressão se modifica à medida que você passa por
diferentes fases.
4- Escolha um lugar que represente seu primeiro passo para conquistar o valor essencial
1. Ao se recordar da época dessa experiência e à medida que essa lembrança for tomando
volume, assuma o lugar que marcou mentalmente como representando esse valor. Faça-o
associando-se totalmente a essa experiência, como se estivesse novamente lá. Você começará
a vê-la com seus próprios olhos, ouvi-la com seus próprios ouvidos e reviver os sentimentos
que tinha na época.
7. Desassocie-se.
Quanto mais fizer esse exercício, mais você começará a expor e viver esses valores. O
mais interessante a respeito dessa imagem é que depois de viver seus valores, você começa a
atrair pessoas e situações que se encaixam nesses mesmos valores.
3-12
DEFINA SEUS VALORES ESSENCIAIS
Objetivo: Seus valores têm uma ordem de prioridade para você. Alguns são mais
importantes do que outros. Este exercício destina-se a capacitá-lo a identificar os valores de
maior prioridade, seus valores essenciais, os que estão no âmago de tudo que você faz e diz.
1. Pense em alguma coisa típica de você, que escolha fazer regularmente. Pode ser um
hobby, um interesse ou um trabalho.
2. Escreva-o abaixo.
O que teria que ser verdade para que você decidisse não fazer A?
Presumindo-se que B seja verdade, o que também teria que ser verdade para que você
decidisse fazer A?
Presumindo-se que B e C são ambos verdadeiros, o que teria que ser verdade para que
você decidisse não fazer A?
Agora, você pode continuar essa cadeia usando perguntas alternativas, assumindo como
verdadeiras todas as outras condições anteriores. Ao fazê-lo, você está estabelecendo uma
hierarquia de valores. Toda vez que estabelece um novo fator que influencie em sua decisão,
você está identificando um valor de nível maior, que anula todos os anteriores.
Você acabará chegando aos seus valores essenciais, os que estão no alto da hierarquia
para você. Um resultado bem-sucedido em uma negociação levará em conta todos os valores
essenciais das partes envolvidas.
3-13
EXPERIMENTE AS DIFERENTES POSIÇÕES
PERCEPTIVAS
Encontre um lugar calmo e confortável. Não deve haver luz de mais nem de menos. Não
deve haver também pressões de tempo.
Preste atenção ao ambiente que o cerca, no que consegue ver ao seu redor. Observe as
formas. Observe as sombras geradas por elas. Que cores e sombras está vendo?
Preste atenção ao que ouve, que sons são, se são baixos, em que freqüência. Vá com
calma. Agora volte a atenção para si mesmo. Que partes do seu corpo você vê, que
movimentos existem? Que sons identificáveis está fazendo?
O que sente? A pressão dos pés no chão? O peso do seu corpo na cadeira/cama? Agora
volte sua atenção para si mesmo. Que partes está tocando, onde está a maior pressão? E a
menor? Onde estão suas mãos e braços descansando? Onde os sente tocar? Sua cabeça está
apoiada em alguma coisa? Sente algum cheiro? Que gostos sente na boca?
Que emoções internas sente? Qual a intensidade desses sentimentos? Onde os sente?
Quais as suas características?
Isso lhe é familiar? Se experimentar o mundo dessa forma lhe for familiar, a lª posição é
a forma de pensar e experimentar situações que provavelmente lhe é mais natural.
Peça a um amigo para participar desse exercício com você. O exercício levará pelo
menos 15 minutos e pode ser realizado em qualquer lugar, dentro ou fora de casa.
Baseia-se em um antigo ritual indígena, "andar com o mocassim de alguém". Vocês vão
sair para dar uma volta, mas você seguirá os passos do seu amigo a pelo menos 2 metros de
distância.
Ao entrar no ritmo do passo de seu amigo, imite seu jeito, adote seu ritmo. Preste
atenção para onde ele olha, olhe para as mesmas coisas, movimente a cabeça da mesma
forma. É como se você fosse a sombra dele.
Depois dos 15 minutos, conte ao seu amigo como foi sua experiência, em que pensou e
como se sentiu. Compare sua experiência com a dele. Você ficará surpreso ao constatar as
semelhanças. Isso é pensar na 2ª posição.
Você não precisa sair para caminhar toda vez que quiser experimentar a 2ª posição. No
entanto, adotar a postura e os movimentos da outra pessoa é uma forma de entrar em sua
experiência de mundo.
A outra pessoa não precisa estar presente. Crie na sua mente uma imagem do
comportamento e postura da outra pessoa. O que ela diz e como o diz? O que tem que ser
verdade para que ela se comporte e fale como o faz? Qual é sua identidade, quais são suas
crenças e valores? Que habilidades e qualidades ela leva à situação? O que experimenta ao
seu redor?
Agora, coloque-se no lugar dela. Imite seu comportamento. Assuma sua identidade,
suas crenças, valores, capacidades e experiência. Como é ver o mundo pelos seus olhos? O
que sente nessa posição? Quando tiver entrado inteiramente na 2ª posição, as reações e os
sentimentos dessa outra pessoa farão sentido, parecerão normais, uma forma normal de se
comportar.
Pense em uma situação que tenha envolvido você e uma outra pessoa. Lembre-se de
onde essa situação ocorreu, o que foi dito e como você se sentiu.
Observações
E preciso habilidade e prática para experimentar por completo cada uma das posições.
Ter alguém ao seu lado ao praticar essas passagens pelas diferentes posições geralmente
ajuda, pois pode ser fácil iludir-se, achando que você está em uma posição quando, na
verdade, não está.
Por exemplo, você poderia acreditar que está na 1a posição quando na verdade poderia
estar carregando alguns dos sentimentos que pertencem à outra pessoa. Da mesma forma,
você poderia pensar que está na 2ª posição quando está apenas racionalizando sobre como
seria estar no lugar da outra pessoa. E poderia pensar que está assumindo a 3a posição quando
um observador poderia conseguir detectar que na verdade você está voltando para a 1a ou 2ª
posições novamente.
Capítulos para referência: 1.2 Padrões de Pensamento; 2.4 Coloque-se no Meu Lugar
1. Pense em uma situação atual ou futura - uma situação com a qual você gostaria de
lidar de modo assertivo e seguro. Talvez sejam situações nas quais, no passado, você tenha
sido agressivo demais. Imagine-se nessa situação e preste atenção à sua forma de ver, ouvir e
sentir a situação.
2. Coloque-se na 1a posição, a fim de ver, ouvir e sentir a situação como se fosse você
mesmo. Experimente seus padrões de pensamento e as distinções entre eles até ter uma
representação equilibrada, ou seja, até estar no mesmo nível que a outra pessoa, até que
ambos vejam a situação com os mesmos olhos e os sentimentos que estiver experimentando
sejam seus próprios sentimentos. Se não forem, devolva-os ao seu dono. Imagine-se fazendo
isso. Desassocie-se.
3. Coloque-se no lugar da outra pessoa (2ª posição) e passe pelo mesmo processo, a fim
de levar equilíbrio ao seu pensamento. Verifique os elementos visuais, auditivos e
sentimentais. Desassocie-se.
Algumas das reflexões que aparecem ao final dos capítulos destinam-se a ser
exatamente isso -reflexões - e, como tais, não têm respostas. Elas, portanto, não estão
incluídas nesse conjunto de respostas.
Padrões de Pensamento
1a. As pessoas cuja referência é visual se saem bem em atividades que envolvam lidar
com desenho, layout, cor, imagens. Por exemplo:
• desenho artístico
• publicidade
• projeto de imagens
• fotografia
• projeto de interiores
1b. As pessoas cuja preferência é auditiva gostam de atividades que envolvam o uso de
palavras, discussão e som. Por exemplo:
• publicações
• gravação de sons
• musica
l c. As pessoas que têm preferência pelos sentimentos se adaptam bem a atividades que
envolvam o uso de seu instinto, o uso de seu toque e, dependendo de preferências específicas,
atividades que exijam o uso dos sentidos do paladar e olfato. Por exemplo:
• aconselhamento
• tapeçaria
• escultura
• culinária
Em geral, ser capaz de usar todos os seus sentidos é uma vantagem - raramente uma
atividade envolve o uso exclusivo de uma habilidade. No entanto, o reconhecimento de suas
preferências é útil para garantir que os principais elementos do trabalho utilizem seus pontos
fortes.
2. A forma na qual você representa o resultado da reunião indica sua preferência pelos
sistemas visual/auditivo/sentimentos. Pode ser uma combinação de algum ou todos os
sistemas.
3. Observando o movimento dos olhos, você começa a entender como as outras pessoas
podem estar processando as informações. Lembre-se de que, em algumas pessoas, os
movimentos dos olhos podem se inverter, ou seja, para cima e para a direita, para elas, pode
indicar que estão recordando uma imagem. Tenha a mente aberta - observe e ouça seus
padrões.
4 e 5. A identificação das distinções em sua forma de pensar sobre alguma coisa pode
ajudá-lo a desenvolver sua consciência de como sua forma de pensar afeta sua postura e
experiência. Aqui, o que importa não é o conteúdo, mas sim a qualidade das distinções
visuais, auditivas e de sentimentos que afeta sua resposta.
3. Essa pessoa tem um filtro de "afastamento" e também vê as coisas pelo ângulo das
outras pessoas.
Comunicação Enriquecida
b. Deixe-me explicar o que quero com essa reunião. Gostaria de deixar claro primeiro o
que todos queremos para nos sentirmos confiantes quanto ao motivo de estarmos aqui.
Perguntas Precisas
4. Algumas sugestões:
f. Segundo quem?
h. Segundo quem? Quem está ou não se relacionando com quem e de que forma? i.
Como você está se irritando?
1. Muito depende de como são ditas, pois as palavras podem transmitir qualquer um
dos dois padrões, embora a forma como são ditas comunique outra coisa. No entanto, pegando
as palavras isoladamente:
a. Aproximação (embora as palavras sozinhas tenham uma certa tendência à qualidade
característica do pensamento baseado no "afastamento").
b. Afastamento.
c. Aproximação.
2. Quando alguém diz que "experimentará" alguma coisa para você, isso normalmente
implica que ela não espera ter sucesso. Mesmo que se "empenhe", isso pode significar que se
esforçará muito, mas acabará negando o sucesso a si mesmo.
1. As respostas abaixo destinam-se a servir como exemplo. A única resposta certa para
uma intenção positiva é a que torna claro todo comportamento para você. Quando encontrar
uma intenção positiva que explique todos os comportamentos, você pensará de forma
totalmente diferente sobre todos os comportamentos com relação a você, o que lhe
proporcionará compreensão e escolha. No entanto, aqui estão exemplos de intenções
positivas:
a. Para que você aprenda a demonstrar compromisso ou para que aprenda habilidades
de influência que modificarão a mente do seu gerente. Talvez a intenção positiva de seu
gerente em relação a você seja que você saiba o que realmente deseja.
b. Para que você aprenda a se comunicar de forma atraente ou que saiba quando a
comunicação não é interessante, reconhecendo quando isso acontecer em outros momentos,
com outras pessoas.
c. Para que você aprenda a gerenciar a mudança. Para que saiba onde está seu
compromisso de tempo.
d. Para que você reavalie o que realmente deseja. Para testar sua convicção de lutar
pelo que deseja. Para que você aprenda a lidar com a rejeição de forma construtiva.
2a. 1a posição.
2b. 3a posição.
2c. 2a posição.