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Comunicação Empresarial 2020

A comunicação é o processo de transmitir informações e significados através de mensagens comuns. O documento apresenta os conceitos de comunicação, sua história, elementos, aplicação no ambiente de trabalho e dicas para melhor comunicação. Aborda também a comunicação empresarial, características, canais, fluxos e meios de comunicação em organizações, além de redação empresarial com exemplos de documentos como cartas, atas, avisos e relatórios.

Enviado por

Bruno Garcia
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Comunicação Empresarial 2020

A comunicação é o processo de transmitir informações e significados através de mensagens comuns. O documento apresenta os conceitos de comunicação, sua história, elementos, aplicação no ambiente de trabalho e dicas para melhor comunicação. Aborda também a comunicação empresarial, características, canais, fluxos e meios de comunicação em organizações, além de redação empresarial com exemplos de documentos como cartas, atas, avisos e relatórios.

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TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

(COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL)

SENAI – PB 1
FIEP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA

Presidente: Francisco de Assis Benevides Gadelha

SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBA

Diretor Regional: Euler de Souza Sales

Gerente Executivo Administrativo Financeiro: José Aragão da Silva

Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica: Janildo Sales


Figueredo

Gerente Executivo de Marketing: Alexandre Manuel Silveira Santos

Gerente Executivo de Planejamento e Orçamento: David de Araújo Anchieta

2 SENAI - PB
Federação das Indústrias do Estado da Paraíba
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional da Paraíba

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
(COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL)

Campina Grande
2020

SENAI – PB 3
É autorizada reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou
sistema desde que a fonte seja citada.

Este material foi atualizado, adequado e revisado pela equipe do SENAI –


Departamento Regional da Paraíba, tendo como referencial o Banco de Recursos
Didáticos do SENAI, bem como outras fontes bibliográficas citadas nas referências.

Informamos que não será permitida qualquer alteração neste material, sem que haja
autorização da UNIEP - PB.

Ficha Catalográfica

S491t SENAI/PB
Técnico em Administração: (Comunicação Empresarial) / Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial - Departamento Regional da
Paraíba. - Campina Grande: SENAI/PB, 2020.
49 p.

1. Comunicação escrita. 2.Comunicação empresarial. 3.Administração.


CDD: 808.066

Bibliotecária: Heliane Maria Idalino Silva - CRB-15/368

SENAI/PB - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional da Paraíba.
Avenida: Manoel Guimarães – 195 – José Pinheiro
CEP 58407-363 – Campina Grande – PB
Fone: (83) 2101-5300
Fax: (83)2101-5394
E-mail: senaipb@fiepb.org.br
Home Page: http://www.fiepb.org.br

UA0915

4 SENAI - PB
SUMÁRIO

1 Comunicação.................................................................................. 9
1.1 O que é comunicação?............................................................. 9
1.2 História da Comunicação Humana........................................... 9
1.3 Elementos da Comunicação..................................................... 10
1.4 A comunicação no ambiente de trabalho ................................ 11
1.5 Dicas para uma boa Comunicação.......................................... 12
2 Comunicação na empresa.............................................................. 12
2.1 Endomarketing......................................................................... 12
3 Características e ação da comunicação empresarial..................... 13
3.1 Categorias na Comunicação Empresarial................................ 13
3.2 Canais de Comunicação ......................................................... 13
3.3 Fluxos de Comunicação........................................................... 13
3.4 Meios (Canais) de Comunicação nas Organizações............................. 14
4 A Língua........................................................................................ 15
4.1 Variações Linguísticas............................................................. 15
4.1.1 Estrangeirismos..................................................................... 15
4.1.2 Neologismos......................................................................... 16
4.1.3 Gírias.................................................................................... 16
4.1.4 Regionalismo........................................................................ 17
4.2 Linguagens Culta e Coloquial (Níveis de Linguagem)........ 17
5 O texto........................................................................................... 18
5.1 Tipologia Textual..................................................................... 19
5.2 Gêneros Textuais..................................................................... 19
5.3 Unidade Interna do Texto........................................................ 20
5.4 Intelecção de Texto................................................................. 21
5.4.1 Análise Textual...................................................................... 21
5.4.2 Coerência Textual................................................................. 22
5.4.3 Coesão Textual .................................................................... 22
5.4.4 Análise Temática................................................................... 23
5.4.5 Análise Interpretativa............................................................. 23
6 Prática da redação empresarial...................................................... 24
6.1 Carta Comercial........................................................................ 24
6.1.1 Elementos da Carta Comercial.............................................. 24
6.1.2 Vale observar outros itens importantes de uma carta 26
comercial........................................................................................
6.2 Estética da Carta Comercial..................................................... 27
6.2.1 Estilo Semibloco (Endentado).......................................... 27
6.2.2 Estilo Bloco........................................................................... 29
6.2.3 Estilo bloco compacto (cheio)............................................... 30
6.3 Ata........................................................................................... 30
6.3.1 Devem constar em uma ata.................................................. 31
6.4 Aviso........................................................................................ 31
6.5 Recibo...................................................................................... 33
6.6 Telegrama................................................................................ 33
6.7 Atestado................................................................................... 33
6.8 Declaração............................................................................... 34

SENAI – PB 5
6.9 Oficio....................................................................................... 35
6.10 Circular................................................................................... 35
6.11 Ordem de Serviço.................................................................. 36
6.12 Memorando............................................................................ 37
6.13 Requerimento......................................................................... 37
6.14 Procuração............................................................................. 38
6.15 Requisição.............................................................................. 40
6.16 E-mail Corporativo.................................................................. 40
7 Relatório ........................................................................................ 41
8 Orçamento empresarial..................................................................................... 43
Referências.................................................................................... 46

6 SENAI - PB
APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

Neste momento você está iniciando seus estudos na área administrativa, no curso
de Técnico em administração, do SENAI – Departamento Regional da Paraíba.

Este módulo contém informações necessárias sobre a disciplina de Comunicação


empresarial, e tem o objetivo de fazer você conhecer os princípios e normas
técnicas que comandam o profissional em administração, como também, conhecer
os componentes, os instrumentos, as ferramentas e as máquinas utilizadas no dia-a-
dia do profissional desta área.

O presente módulo é composto de tarefas, onde são apresentados conteúdos


técnicos necessários para a compreensão de conceitos básicos de comunicação
empresarial, a fim de operacionalizar a realização da parte prática.

Trata-se de um material de referência, preparado com todo o cuidado para ajudá-lo


em sua caminhada profissional. Por isso, desejamos que ele seja, não apenas a
porta de entrada no mundo do trabalho, mas, que também indique os vários
caminhos que este mundo pode oferecer quando se tem curiosidade, criatividade e
vontade de aprender.

SENAI – PB 7
1 COMUNICAÇÃO

8 SENAI - PB
1.1 O que é comunicação?

A palavra comunicação tem origem latina e deriva-se do vocábulo “Communicare”,


que significar “partilhar, tornar algo comum”. É através da comunicação, que os
seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, tornando o
ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade. Figura 1

Figura 1 – Comunicação
Fonte:

1.2 História da Comunicação Humana

Os homens das cavernas, com seu cérebro rudimentar, deviam se comunicar


através de gestos, posturas, gritos e grunhidos, assim como os demais animais não
dotados da capacidade de expressão mais refinada.

Com certeza, em um determinado momento desse passado, esse homem aprendeu


a relacionar objetos e seu uso e a criar utensílios para caça e proteção e pode ter
passado isso aos demais, através de gestos e repetição do processo, criando assim,
uma forma primitiva e simples de linguagem.

Com o tempo, essa comunicação foi adquirindo formas mais claras e evoluídas,
facilitando a comunicação não só entre os povos de uma mesma tribo, como entre
tribos diferentes. As primeiras comunicações escritas (desenhos) de que se têm
notícias são das inscrições nas cavernas 8.000 anos a.C.

O povo sumério, considerada a uma das mais antigas civilizações do mundo,


já ocupava a região da Mesopotâmia quatro séculos antes de Cristo. Essa
civilização foi a primeira a usar o sistema pictográfico (escritas feitas nas cavernas,
com tintas). Esse tipo de escrita era utilizada, também, pelos egípcios que, em 3100
A.C., criaram seus hierós glyphós ou “escrita sagrada”, como os gregos as
chamavam.
Esse tipo de escrita era, além de pictórica, ideográfica, ou seja, utilizava símbolos
simples para representar tanto objetos materiais, como ideias abstratas. Utilizava o
princípio do ideograma (sinal que exprime ideias) no estágio em que deixa de

SENAI – PB 9
significar o objeto que representa, para indicar o fonograma referente ao nome
desse objeto.

Uma das mais significativas contribuições dos sumerianos está ligada ao


desenvolvimento da chamada escrita cuneiforme. Nesse sistema, observamos a
impressão dos caracteres sobre uma base de argila que era exposta ao sol e, logo
depois, endurecida com sua exposição ao fogo. De fato, essa civilização
mesopotâmica produziu uma extensa atividade literária que contou com a criação de
poemas, códigos de leis, fábulas, mitos e outras narrativas. É a língua escrita mais
antiga das que se têm testemunhos gráficos. As primeiras inscrições procedem de
3000 A.C.

Um estágio moderno da comunicação humana foi a descoberta da tipografia (arte de


imprimir), pelo alemão Johann Gutemberg, em 1445. Essa invenção multiplicou e
barateou os custos dos escritos da época e abriu a era da comunicação social.

1.3 Elementos da Comunicação

São elementos do processo de comunicação: o emissor da mensagem, o receptor, a


mensagem em si, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta
(feedback) e o ambiente onde o processo comunicativo acontece. Figura 2.

Figura 2 – Elementos da comunicação


Fonte:

Com relação ao ambiente, o processo comunicacional sofre interferências do ruído e


a interpretação e compreensão da mensagem fica subordinada ao repertório
(crenças, modo de ser, comportamentos) do receptor.
Em relação à forma, a comunicação pode ser verbal, não verbal, gestual e mediada.

10 SENAI - PB
Verbal - Comunicação através da fala propriamente dita, formada por palavras e
frases. Tem suas dificuldades (timidez, gagueira, etc.), mas ainda é a melhor forma
de comunicação.

Não verbal - Comunicação que não é feita por palavras faladas ou escritas. Usam-
se muito os símbolos (sinais, placas, logotipos, ícones) que são constituídos de
formas, cores e tipografias, que combinados transmitem uma ideia ou mensagem.

Gestual - Corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem


com que a comunicação seja mais efetiva. A gesticulação foi a primeira forma de
comunicação. Com o aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-se
secundários, contudo eles constituem o complemento da expressão, devendo ser
coerentes com o conteúdo da mensagem. A expressão corporal é fortemente ligada
ao psicológico, traços comportamentais são secundários e auxiliares. Geralmente é
utilizada para auxiliar na comunicação verbal, porém, deve-se tomar cuidado, pois
muitas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fala outra completamente diferente.

Mediada - Processo de comunicação em que está envolvido algum tipo de aparato


técnico que intermedia os locutores.

Toda essa inovação nas formas de comunicação, fez com que a humanidade
passasse a viver de uma forma totalmente nova, onde as fronteiras físicas deixam
de serem obstáculos à comunicação constante entre os povos. Formas que até
alguns anos eram impensáveis, passam a fazer parte do nosso dia a dia.

Um universo novo se apresente e, se os horizontes se alargam, perde-se o controle


da informação próxima e garantida. Chegamos à exacerbação da informação (que
é diferente do conhecimento), através dos meios eletrônicos, dos quais a internet é a
campeã. Nesse universo tecnológico predomina a sapiência humana, suas
qualidades, mas também, suas mazelas. Cabe às pessoas que se comunicam fazê-
lo de forma a utilizar as informações como fonte de troca para aquisição do
conhecimento e usá-las com sabedoria.

1.4 A comunicação no ambiente de trabalho

Quando fazemos referência ao ambiente de trabalho, lembramos basicamente do


dia a dia, das relações de comunicação que estabelecemos junto ao meio no qual
trabalhamos. Podemos dizer que a comunicação é o elemento principal para o bom
desempenho de qualquer tipo de atividade junto às empresas.

Várias são as formas de comunicação e os mecanismos utilizados são a oralidade


(conversas pessoais ou por telefone) e a redação (produção dos mais diversos tipos
de papéis e documentos). Nestas situações os objetivos do emissor são vários: dar
uma ordem; fazer um pedido; Informar; convencer; comprar ou vender; anunciar...
Este tipo de ambiente exige do empregado um tipo de linguagem formal, tendo em
vista que está construindo sua própria imagem profissional e representando a
empresa.
1.5 Dicas para uma boa Comunicação:

SENAI – PB 11
 Fale com o público e não para o público, envolva a plateia;
 Descomplique, fale de forma simples e direta;
 Prepare-se. Qual assunto será abordado na sua comunicação?
 Conheça seu público: Características, tamanho, sujeitos, etc.;
 Procure elaborar textos curtos, de leitura rápida.
 Se possível, coloque imagens relacionadas ao assunto, para chamar a atenção;
 Releia seu comunicado para ver se está claro.

2 COMUNICAÇÃO NA EMPRESA
A comunicação empresarial é o processo (conjunto de métodos, técnicas, recursos e
meios), pelo qual a empresa se dirige ao público interno (seus funcionários) e ao
externo (seus consumidores) que é subentendido em uma estratégia aplicada de
forma competente.

A comunicação empresarial favorece:

 Conscientizar a opinião pública sobre a boa qualidade dos produtos e serviços da


empresa ou instituição;
 Fortalecer a credibilidade das informações veinculadas pela empresa;
 Obter noticiário externo favorável;
 Obter reconhecimento positivo e boa vontade junto aos diversos setores
formadores de opinião pública;
 Abrir e manter canais de comunicação com a mídia;
 Motivar o público interno;
 Favorecer a imagem pessoal e da gerência, que se tornam a personificação da
empresa cuja imagem mescla-se com a da direção.

2.1 Endomarketing

É uma das mais novas áreas da administração e busca adaptar estratégias e


elementos do marketing tradicional, normalmente utilizado no meio externo às
empresas, para uso no ambiente interno das corporações. É uma área diretamente
ligada à de comunicação interna, que alia técnicas de marketing a conceitos de
recursos humanos.

Prefixo endo (grego) significa posição ou ação no interior, ou seja, “movimento para
dentro”. Portanto, Matos (2009), endomarketing é um conjunto de ações de
marketing institucional dirigidas para o público interno. As ações de comunicação
que a empresa deve realizar para consolidar sua boa imagem junto aos funcionários
e seus familiares.

É um dos principais competitivos que transforma os colaboradores de uma empresa


nos principais criadores da imagem institucional de uma organização saudável e
bem sucedida.

12 SENAI - PB
3 CARACTERÍSTICAS E AÇÃO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

3.1 Categorias na Comunicação Empresarial

Interpessoais – Entre pessoas (reflete um bom ambiente de trabalho e bons


resultados na produção).

De grupo – Envolve um conjunto pequeno, médio ou grande de pessoas.

De massa – Dirigida a um grande público (heterogêneo e anônimo), que se utiliza


dos meios de comunicação coletiva, tais como: jornais, revistas, televisão, rádio e a
globalizante internet.

3.2 Canais de Comunicação

a) Formal: engloba todas as fontes e meios de comunicação e de transmissão de


informações oficialmente existentes na estrutura da empresa. Na esfera
administrativa os canais formais são representados pelas reuniões, memorandos,
ofícios, atas, relatórios funcionais, etc. no âmbito da comunicação social, podemos
destacar todos os veículos já consagrados na área empresarial, seja nas versões
impressas ou eletrônicas, tais como: jornal, revista, mural, relatório institucional,
intranet, rádio e televisão corporativa.

b) Informal: todo meio ou suporte que efetiva a comunicação, ou a transmissão de


informações, fora dos canais formalmente autorizados ou reconhecidos como fontes
fidedignas. Por exemplos: o bate-papo nos corredores e o encontro para o
cafezinho.

3.3 Fluxos de Comunicação

a) DESCENDENTE: são as mensagens ou informações que saem do topo decisório


e descem até as bases. É o tipo de comunicação vertical, isto é, de cima para
baixo. É uma comunicação oficial (falada, impressa ou eletrônica) que transmite
normas, procedimentos, atribuições, políticas internas, instruções, estratégias e
planos. Essa comunicação emana dos cargos diretivos e gerenciais voltada para
o corpo funcional da empresa.

b) ASCENDENTE: processa-se das bases em direção aos níveis mais elevados da


hierarquia organizacional. Como opiniões, críticas, elogios ou reclamações dos
funcionários expressadas por meio de reuniões e convenções formais
(documentos) e informais (caixa de sugestões ou pesquisas). Essa comunicação
corresponde ao processo de feedback, ou seja, é o retorno do corpo funcional
sobre o modelo de gestão, ações administrativas, políticas gerenciais e planos
organizacionais determinados pelo corpo diretivo da empresa.

c) HORIZONTAL (interrelações): é a comunicação realizada entre colegas de


trabalho de um mesmo nível hierárquico. Na qual ocorre troca de informações

SENAI – PB 13
que interessam apenas aos componentes dos departamentos da empresa.
Dependendo da necessidade a linguagem pode ser formal ou informal, de acordo
com os assuntos tratados pelos colaboradores. Esse fluxo propicia o
compartilhamento de informações e conhecimentos, além de integrar os
membros de diversos grupos.

d) TRANSVERSAIS: as informações são passadas a todas as direções


organizacionais. Assim, proporciona uma maior efetividade da comunicação e do
trabalho. O objetivo é que a comunicação esteja integrada em todos os setores e
níveis hierárquicos em uma empresa. É aplicada em empresas que buscam uma
gestão moderna de informação e gerenciamento e uma administração mais
participativa e integrada.

e) COMUNICAÇÃO CIRCULAR: as informações circulam livremente entre todos os


colaboradores. Geralmente, esse tipo de fluxo é mais presente nas empresas de
pequeno porte. Estas estão a cada dia mais dinâmicas e a estrutura de
comunicação também precisa ser. No passado, o fluxo descendente liderava,
mas hoje, tornou-se ineficiente. Empresas que apostam em novos meios de
comunicação certamente serão devidamente reconhecidas por seus
colaboradores, o que resulta no aumento da produtividade.

3.4 Meios (Canais) de Comunicação nas Organizações

a) ORAIS: dividem-se em diretos e indiretos. Diretos: diálogos face a face, reuniões,


entrevistas, encontros com diretores e presidentes. Indiretos: tecnológicos, telefones,
rádios, alto-falantes, etc.

b) ESCRITOS: são todos os documentos e correspondências da empresa. A escrita quando


elaborada em uma linguagem correta e direcionada ao seu público, permite uma maior
consolidação das informações. Evitando erros de interpretação ou de repasse das
informações

c) PICTOGRÁFICOS: pictogramas são signos de comunicação visual, gráficos e sem


valor fonético, de natureza icônica figurativa e de função sinalética. São
autoexplicativos e apresentam como principais características: concisão gráfica,
densidade semântica e uma funcionalidade comunicativa que ultrapassa as
barreiras linguísticas. São os mapas, os diagramas, os desenhos, as fotografias, as
pinturas, etc.

d) ESCRITOS-PICTOGRÁFICOS E AUDIOVISUAIS: são utilizados textos e imagens, como


vídeos institucionais com legendas, gráficos, etc. Os meios audiovisuais são: vídeos de
treinamento, televisão corporativa, documentários, filmes, etc.

e) SIMBÓLICOS: são as bandeiras, as luzes, as sirenes, os sinos, etc.

f) TELEMÁTICOS: são os canais que unem os instrumentos de telecomunicações e de


informática. Ocorre a utilização da tecnologia como estratégias de comunicação eficaz e
efetiva na conquista de mais mercado e clientes. Cada vez mais solicitados pelas
empresas. Exemplos: internet, intranet, celulares, as pagers, etc.

14 SENAI - PB
g) PRESENCIAIS: muitas empresas utilizam essa técnica para desenvolver nos
trabalhadores consciência sobre os problemas rotineiros de uma organização. É aplicada
por meio da dramatização de procedimentos recorrentes na empresa. O teatro empresarial
facilita e inova os meios convencionais de treinamento dos colaboradores.

4 A LÍNGUA
Quando falamos em língua, definimo-la como um conjunto de sinais ou símbolos
capazes de transferir a mensagem ao receptor. A língua possui função importante
dentro da comunicação, por sua dupla natureza e seu extenso emprego. A língua
pode ser:

a) Falada: que é a transmissão oral de conhecimentos.


b) Escrita: que corresponde a expressão de ideias através de sinais gráficos.

4.1 Variações Linguísticas

A língua sofre influências de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos e


na criação de novas palavras (neologismos).

4.1.1 Estrangeirismos

Existem palavras que foram incorporadas à língua portuguesa sem modificar a forma
original ou a pronúncia da palavra e outros vocábulos foram aportuguesados. Figura
3
Figura 3 – Estrangeirismo
Fonte:

4.1.2
Neologismos

SENAI – PB 15
Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não encontra
uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma palavra com
sentido novo, diferente do original, e após algum tempo, é incorporado ao dicionário.

Figura 4 – Neologismo
Fonte:

4.1.3 Gírias

As gírias nascem em um determinado grupo social e passam a fazer parte da


linguagem, revelando, inclusive, a idade do falante. Figura 5

Figura 5 – Gírias
Fonte:

4.1.4 Regionalismo

16 SENAI - PB
A influência de várias culturas deixou, no Brasil, muitas marcas que acentuaram a
riqueza no vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta diferenças no
sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente, constituir-se um erro.
Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um completamente
diferente. Figura 6

Figura 6 – Regionalismo
Fonte:

4.2 Linguagens Culta e Coloquial (Níveis de Linguagem)

A Língua Portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no estado
Lácio, região, onde atualmente, fica a cidade de Roma na Itália. Em função da
expansão do Império Romano, o latim se espalhou por grande parte da Europa,
dando origem ao Português, Espanhol, Catalão, Francês, Italiano e ao Romeno.

Naquela época, havia dois níveis de expressão do latim:

a) Latim clássico: que era falado pela elite dominante e pelos escritores.
b) Latim vulgar: que era usado pelo povo.

Atualmente, existem duas formas de expressão:

a) Linguagem Culta: utilizada em situações formais, com uma cuidadosa seleção


de palavras. É comumente ensinada nas escolas por ser polida.
b) Linguagem Coloquial: utilizada no cotidiano, é pautada em construções
simples, permitindo o uso de abreviaturas, diminutivos, diminutivos, gírias, etc.

SENAI – PB 17
5 O TEXTO
Texto é um conjunto de palavras e frases encadeadas que permitem interpretação
e transmitem uma mensagem. É qualquer obra escrita em versão original e que
constitui um livro ou um documento escrito. Um texto é uma unidade linguística de
extensão superior à frase. Figura 6

Figura 6 – Texto
Fonte:

Em artes gráficas, o texto é a matéria escrita, por oposição a toda a parte


iconográfica (ilustrações e outros elementos). É a parte principal do livro, revista ou
periódico, constituída por composição maciça, desprovida de títulos, subtítulos,
epígrafes, fórmulas, tabelas, etc.

Um texto pode ser codificado, sendo formado de acordo com um código


determinado impeditivo da sua leitura direta. Tem tamanho variável e deve ser
escrito com coesão e coerência. Pode ser classificado como literário e não literário
(informativos).

Textos literários: apresentam uma função estética. Geralmente são escritos em


linguagem expressiva e poética, com o objetivo de atrair o interesse e emocionar o
leitor. O autor segue um determinado estilo e usa as palavras de forma harmoniosa
para expressar as suas ideias. Há uma predominância da função poética e da
linguagem conotativa (subjetiva). São exemplos de textos literários: romances,
poesias, contos, novelas, textos sagrados, etc.

Textos não literários (Informativos): possuem função utilitária ao informar e


explicar ao leitor de forma clara e objetiva. Há uma predominância da função
referencial e da linguagem denotativa (designa realidade). São exemplos de textos
não literários: notícias e reportagens jornalísticas, textos científicos e didáticos, etc.
5.1 Tipologia Textual

18 SENAI - PB
Os tipos de textos são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e
finalidade. De maneira geral, a tipologia textual é dividida em: texto
narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.

a) Texto Narrativo: a marca fundamental do texto narrativo é a existência de um


enredo, do qual se desenvolvem as ações das personagens, marcadas pelo
tempo e pelo espaço. Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a
trama), as personagens (principais e secundárias), o tempo (cronológico ou
psicológico) e o espaço (local que se desenvolve a história). Sua estrutura básica
é: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

b) Texto Descritivo: o texto descritivo expõe apreciações e observações, de modo


que indica aspectos, características, detalhes singulares e pormenores, seja de
um objeto, lugar, pessoa ou fato. Dessa maneira, alguns recursos linguísticos
relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos,
verbos de ligações, metáforas e comparações.

c) Texto Dissertativo: o texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é


baseado na argumentação e no desenvolvimento de um tema. Para tanto, sua
estrutura, dividida em três partes fundamentais, tese (introdução), antítese
(desenvolvimento) e nova tese (conclusão), define o modelo básico para
apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), explorar argumentos contra e a favor
(antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir
sua fundamentação. Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um
texto opinativo, busca persuadir o leitor.

d) Texto Expositivo: o texto expositivo pretende apresentar um tema, a partir de


recursos como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a
informação e enumeração. Dessa forma, uma palestra, seminário ou entrevista
são consideradas textos expositivos, cujo objetivo central do emissor é explanar,
discutir, explicar sobre um assunto. São classificados em: texto informativo-
expositivo (transmissão de informações) ou texto expositivo-argumentativo
(defesa de opinião sobre um tema). Outros exemplos de textos expositivos são
os verbetes de dicionários e as enciclopédias.

e) Texto Injuntivo: o texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no


método para a realização de algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de
remédio, manual de instruções e propagandas. Dessa forma, um dos recursos
linguísticos marcantes desse tipo de texto, é a utilização dos verbos no
imperativo, de modo a indicar uma "ordem", por exemplo, na receita de bolo:
“misture todos os ingredientes”; bula de remédio “tome duas cápsulas por dia”;
manual de instruções “aperte a tecla amarela”; propagandas “vista essa camisa”.

SENAI – PB 19
5.2 Gêneros Textuais

Quando interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, seja a linguagem
oral ou escrita, produzimos certos tipos de textos que, com poucas variações, se
repetem no tipo de linguagem e na estrutura, constituindo os chamados gêneros
textuais. Por exemplo, um filho longe dos pais escreve-lhes uma carta pessoal; um
cozinheiro que quer transmitir a outro os segredos de um prato original escreve uma
receita; um leitor de jornal que discorda das ideias de um artigo publicado escreve
ao jornal uma carta argumentativa; uma entidade ecológica, para divulgar suas
ideias, produz cartazes e folhetos de esclarecimento à população; um técnico
precisa emitir um parecer técnico a respeito de vistorias feitas em determinado setor;
um estagiário elabora um relatório de estágio para comprovar a observação feita e
assim por diante. Todos esses tipos de textos são gêneros textuais

Assim, o gênero textual é uma espécie de “ferramenta” que utilizamos em


determinadas situações de comunicação. Sua escolha é feita de acordo com o
contexto, ou seja, qual a finalidade do emissor, qual o assunto a ser tratado e quem
é o interlocutor.

Deve-se levar em conta também o grau de conhecimento do receptor, no momento


em que o texto está sendo escrito. Por exemplo: um jornalista, ao tratar de um tema
científico, certamente pesquisará e simplificará o assunto, para que aqueles que não
tenham familiaridade com a área possam também compreender do que se trata seu
texto. Assim também um executivo em correspondência a outro utilizará termos
comerciais para tratar, por exemplo, do fechamento de um contrato.

5.3 Unidade Interna do Texto

Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual tema a ser desenvolvido. Como o
tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se muda de
assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada
parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideais do autor, de tal forma que
o leitor compreenda o texto.

Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Normalmente os


parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma
conclusão.

a) Introdução ou tópico frasal: Nela deve-se apresentar em uma ou duas frases


curtas, a ideia principal do parágrafo deixando claro o seu objetivo.

b) Desenvolvimento: Amplia-se o tópico frasal apresentando as ideias que


esclarecem ou embasam a ideia central do parágrafo.

c) Conclusão: retoma-se a ideia central analisando-se os diversos aspectos


apresentados no desenvolvimento, fazendo uma amarração entre todos os
tópicos abordados no parágrafo.

20 SENAI - PB
Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor do texto.
Não se deve passar de um parágrafo para outro de maneira abrupta, pois é
necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. Em alguns casos,
é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias
seja apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o tema,
para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa
ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do parágrafo, é a
repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebuscados.

5.4 Intelecção de Texto

A grande maioria dos estudantes sente dificuldade em compreender um texto, pois o


texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída
que forma um todo significativo. Um bom texto deve ter coerência e coesão textual,
sem ambiguidades ou redundâncias. Além de compreender um texto, é necessário
interpretá-lo, ou seja, formar uma ideia própria para posteriormente desenvolver o
próprio texto. A partir de agora você está convidado a explorar todas as informações
disponíveis sobre o assunto, fazendo do seu aprendizado um processo de
construção do conhecimento.

5.4.1 Análise Textual

O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos


elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o
julgamento crítico do mesmo.

Existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. Para


compreender um texto, o leitor deve identificar qual a regência verbal empregada -
compreendendo, então, o significado exato das palavras – identificar as referências
históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o texto. Por outro
lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando
ou opinando sobre o seu conteúdo.

A grande maioria das pessoas acredita que é muito difícil ler e interpretar um texto,
pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros. Porém,
cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito, está dito e não
pode ser modificado.

Para que você interprete adequadamente um texto, siga algumas regras.

a) Fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto.
b) Identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado no dicionário.
c) Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está tentando
transmitir.
d) Identificar aquilo que não está explicito no texto, as ironias, as sutilezas e
eventuais malícias.
e) Não criticar as ideias do autor.

SENAI – PB 21
f) Ler cada paragrafo separadamente e identificar a ideia central.
g) Quando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos.

5.4.2 Coerência Textual

O texto não é soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída


que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: trata-se
de um particípio – o mesmo que tecido. Assim, um texto é um tecido de palavras.”
(CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p.13).

Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas,


sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva.
A coerência textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias
apresentadas no texto.

Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, com
inicio, meio e fim. Seus fatos também devem ser apresentados de forma coerente e
sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto. É comum
encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocorre porque tanto a
coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas.

A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e construção das


ideias de maneira bem elaborada. “A maneira como são articuladas as ideias por
meio das palavras e das frases é que determina se há uma unidade de sentido ou
apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p.
371).

Segundo Cegalla (200, p. 590) um bom texto deve ter:

a) Respeito às normas linguísticas.


b) Dizer muito em poucas palavras.
c) Empregar o termo adequado e de forma acertada.
d) Evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos ao leitor.
e) Evitar vulgaridade e a imitação.
f) Evitar o uso de termos chulos.
g) Ser colorido e elegante (uso criterioso de figuras de linguagens).

5.4.3 Coesão Textual

A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma


adequada, tais como: tempos e modos verbais; construções por subordinação e
coordenação; pronomes, conjunções, preposições e artigos; discurso direto e
indireto e indireto livre. . Há também vários fatores que podem contribuir para que
um texto perca sua coesão textual:

a) Regências incorretas;
b) Concordâncias incorretas;

22 SENAI - PB
c) Frases inacabadas;
d) Inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.

Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários recursos
linguísticos para unir orações e parágrafos. Os mais conhecidos são:
a) Conjunção: e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, portanto, pois,
como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc.
b) Preposições: a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo etc.
c) Pronomes: eu, nós, me mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
d) Advérbios: sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além, não,
agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc.

Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, vocabulário
rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para que o texto
tenha coesão e clareza textual.

5.4.4 Análise Temática

A primeira leitura que o ser humano faz, é a leitura do mundo que o rodeia. O
homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais
convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o
desenvolvimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até a
leitura de textos escritos.

A leitura é algo sensorial, tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeiramente


interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna mais fácil e
produtivo. Muitas vezes a compreensão de um texto vai além do que está escrito, é
preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a mensagem que se teve a
intenção de passar.

Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de
responder algumas questões como:

a) Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê?


b) Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando responder?
c) Qual tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico?
d) Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta do
autor à questão abordada no texto?
e) Quais são as ideias secundarias ou argumentos que auxiliam fundamentá-las?
Os argumentos são convincentes?

Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise temática,


que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as ideias de
quem escreveu. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam as
ideias do autor.

5.4.5 Análise Interpretativa

SENAI – PB 23
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, é
preciso formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar toda
riqueza dos argumentos expostos. Neste momento, o leitor deve refletir criticamente
sobre as ideias apresentadas no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é
importante identificar claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias
de outros autores que escreveram sobre o mesmo tema.

Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do autor,
bem como no contexto de outros textos.

Também é necessário identificar as teorias, correntes, validade, originalidade,


profundidade e amplitude do tema. Para fazer a análise interpretativa de um texto, o
leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão.

Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições de
produzir conhecimento, fazendo novas proposições.

6 PRÁTICA DA REDAÇÃO EMPRESARIAL

6.1 Carta Comercial

Toda correspondência comercial é considerada um documento. Podemos concluir


que a elaboração de um documento é tarefa de grande responsabilidade. Pois, o
resultado leva consigo a imagem do órgão, entidade ou empresa que o emite.
Assim, é desejável que o redator seja seguro, eficiente e criativo.

Seguro, porque precisa manipular bem os dados disponíveis para expor as ideias na
forma adequada com clareza e correção. Eficiente, porque precisa atingir o objetivo
estabelecido e obter como resposta a ação desejada. Criativo, porque precisa
encontrar fórmulas que diferenciem seu trabalho de outros para ser recebido e
analisado com maior interesse, principalmente quando se pretende provocar
mudanças que favoreçam de algum modo o emissor.

Vemos maior importância para os nossos alunos dos cursos técnicos o estudo
mais aprofundado da carta comercial. É o meio utilizado com o objetivo de iniciar,
manter ou encerrar transações. É a comunicação escrita, acondicionada em
envelope (ou semelhante) e endereçada a uma ou várias pessoas.

6.1.1 Elementos da Carta Comercial

Destinatário – Destinatário é a pessoa para quem se envia a carta. Remetente é


quem remete quem Manda a carta. Refere-se ao destinatário sempre pelo pronome
de tratamento que lhe confere. Os pronomes de tratamento são palavras que
exprimem o distanciamento e a subordinação em que uma pessoa voluntariamente
se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e ensejar um bom relacionamento.

24 SENAI - PB
A base desses pronomes são certos qualificativos como: Excelentíssimo,
Reverendo, Magnífico, Eminente, etc. As formas pronominais diretas e indiretas
respectivas a esses exemplos são: Vossa Excelência, Sua Excelência, Vossa
Reverendíssima, Sua Reverendíssima, Vossa Magnificência, Sua Magnificência, e
Vossa Eminência, Sua Eminência. Usando-as, não se fala diretamente com a
pessoa, mas estando em sua presença, eu me dirijo a ela representada por aquilo
que ela tem de notável.

Como dito, os pronomes de tratamento são expressões do distanciamento e da


subordinação em que uma pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim
de agradá-la e ensejar um relacionamento cortês. O principal pronome de
tratamento, consagrado universalmente e o único que as pessoas comuns devem
usar como necessária manifestação de respeito, não importa a quem estejam se
dirigindo, é "Senhor"/"Senhora" usando-se sempre o tratamento direto.

A expressão "Vossa Senhoria", é a forma indireta. O homem comum, mesmo


quando se dirige ao Presidente da República, ou quando fala dele, não deve utilizar
mais que "Senhor Presidente" e "O Senhor Presidente". Então seria perfeitamente
polido o tratamento na frase: "Senhor Presidente, o Senhor pode conceder-me uma
audiência?", e o mesmo é válido para o tratamento com qualquer autoridade,
inclusive juízes, reitores, deputados e senadores.

Vocativo Ou Invocação (saudação inicial) – Usar, de preferência, a forma


personalizada: Senhor José, Senhor Antenor. Deve ser seguida de dois-pontos.
Não se usa vírgula, porque não se inicia o texto da carta com letras minúsculas.
Também não se usa ponto, porque há continuidade entre o vocativo e o corpo da
carta.

Portanto, o sinal de pontuação mais adequado é dois pontos. O vocativo deve


corresponder à realidade. Recomenda se evitar: (Muito digno Sr.:)
(Respeitabilíssimo Sr.:) (Pesadíssimo Sr.:) ( Caríssimo Sr.:). É recomendável
que, em vez de Prezado Senhor, se usem outras formas: (Senhor Diretor:) (Senhor
Professor:) (Sr. Adalberto Luís:). Se a correspondência é dirigida a pessoa jurídica,
a saudação conveniente é (Senhores:).

Texto – É composto de corpo da carta, conteúdo e desenvolvimento da mensagem.


Dica: se o texto for muito extenso e ultrapassar uma folha, não se deve usar a palavra
continuação na folha seguinte, mas repete-se a referência numérica (considerando que
esta seja a numeração do índice da primeira página). Exemplo: Considerando que o
modelo que estamos analisando tivesse outras páginas, na segunda página
colocaríamos: DPV-25 Fl. 2-3 (isso indicaria que esta página é a segunda de três
páginas existentes) e na 3ª página, colocaria DPV-25 Fl.3-3. Tal procedimento
favorece também verificar se o documento foi recebido inteiro ou não.

Fecho (Encerramento e Cumprimento) – Eis alguns encerramentos antiquados


(geralmente o último parágrafo da carta): Aguardando suas notícias, aqui vai meu
abraço carinhoso; Sendo o que se apresenta para o momento; No aguardo de
suas breves notícias, aqui vai meu abraço cordial e atencioso; Na expectativa de
suas breves notícias, aqui vai meu abraço cordial e amável; Com nossos
agradecimentos renovamos as expressões de nossa elevada consideração; Com as

SENAI – PB 25
expressões de nossa elevada consideração, subscrevemo-nos prazerosamente;
Com meus cumprimentos e renovando minhas felicitações, aqui vai meu abraço
cordial e fervoroso; Aguardando com interesse..., renovamos ao ensejo... É
tendência moderna evitar o subscrevo-me; o despedimo-nos e o sem mais para
o momento.

Deve, de preferência, ocupar novo parágrafo. Evitem-se os chavões, utilizando os


cumprimentos (saudação final) mais simples: Atenciosamente; Respeitosamente;
Saudações atenciosas; Cordiais saudações; Saudações; Com consideração;
Cordialmente.

Assinatura – Dispensa-se em qualquer documento o uso do traço para a assinatura.


Coloca-se sob o nome de quem assina o cargo ou função que ocupa na empresa ou
repartição. Não se usam caracteres maiúsculos para ressaltar cargos ou funções do
emissor. A vírgula após o nome é necessária porque depois dele vem um aposto
que é o cargo ou a função. Se outra pessoa assinar correspondência no lugar de
quem a envia, deverá fazer isso de modo que seu nome seja legível. Coloca-se p/
antes do nome do emitente, o que significa por Fulano de Tal (isto é, na ausência do
emitente, estou assinando por ele).

6.1.2 Vale observar outros itens importantes de uma carta comercial, como:

Timbre: imagem, nome e endereço da empresa.

Índice e número: iniciais do departamento expedidor e número da carta, seguido


de traço (hífen) e dos dois algarismos finais do ano. O uso deste número facilita a
localização de um documento ou carta em um arquivo. O índice é colocado antes da
data, ou na mesma linha. A ordem numérica deve ser retomada todo ano.

Localidade e data: Após o local aparece uma vírgula, necessária, pois a cidade
constitui-se num adjunto adverbial de lugar, que deve ficar separado do outro adjunto
adverbial de tempo, ou seja, a data. Não se coloca zero antes dos números de 1 a 9.
O nome do mês escreve-se com letra minúscula e, após o ano, coloca-se ponto
final.

Endereço: forma de tratamento e nome civil do receptor, nome do local e número do


prédio, sala, apartamento, bairro, código de endereçamento postal. O endereço
interno (do destinatário/cliente) está caindo de uso, por isso não incluímos no
modelo da página anterior. Se o redator optar pela menção do endereço, ele deve
ocupar o espaço entre a data e a referência. Muitas empresas costumam informar
junto com o endereço, a pessoa a quem se dirige a carta, a pessoa que deve ser
informada do conteúdo da carta. Várias são suas formas: Com conhecimento de /
Em atenção de / At. Fulano de Tal / À atenção de Fulano de Tal. Exemplo: Editora
Caderno S.A / À atenção de Luís Pereira

Referência: ou assunto: aqui se coloca um resumo da carta. (é uma opção não


obrigatória e que na maioria das vezes é usada em cartas mais longas, facilitando a
apreciação prévia do conteúdo, tendo em vista que a maior parte das pessoas dispõe
de pouco tempo para a leitura na íntegra dos textos recebidos). Deve ser digitado

26 SENAI - PB
em espaço e letra menores que os utilizados no texto da carta.

Anexos: são documentos que acompanham a correspondência. Observe as


seguintes possibilidades no uso da palavra:
a) Se o anexo for único: Anexo único.
b) Se forem vários anexos, no primeiro escrevem-se: Anexo 1 e no último: Anexo
nº X e último.
c) Quando se faz referência a alguma página de um anexo, procede-se assim:
Anexo ½ (que significa anexo nº1, página 2). Anexo 9/3 (que significa anexo nº9,
página 3).
d) Quando são vários anexos na correspondência (texto da carta) coloca-se:
Anexos: 6 (o que indica que os anexos são seis). 5. Havendo apenas um anexo,
escreve-se, antes das iniciais do redator e do datilógrafo: Anexo - e o nome do
anexo. Observe rigorosamente a concordância: Anexas: notas fiscais / Anexos:
documentos assinados. / Anexa: guia de recolhimento. / Anexo: pedido assinado
por V.Sa. Evite-se a expressão Em anexo.

Iniciais: do redator e do datilógrafo são colocadas no rodapé. Podem ser


colocadas também, em letras minúsculas. Se o redator e o datilógrafo forem os
mesmos, coloca-se uma barra diagonal e, em seguida, as iniciais: /MIR ou /mir.
(Desuso)

Cópia: usa-se colocar ao pé do texto da carta, após abreviaturas de datilógrafo e


autor da redação, nos casos em que haja interesse que a correspondência seja
lida por mais de uma pessoa (ou departamento), a abreviatura c/c, que
significa com cópia. Exemplo: c/c: Departamento Jurídico, que significa que foi
enviada cópia para o Departamento Jurídico.

Espaços e margens: margem é o espaço em branco, de cada lado do papel.


Além de sua importância estética, a margem é solicitada para proteção ao
conteúdo do texto, pois facilita um posterior arquivamento.

6.2 Estética da Carta Comercial

6.2.1 Estilo Semibloco (Endentado)

Varia a estética, ou seja, a distribuição do texto no papel conforme a empresa.


Algumas exigem que se coloque à esquerda o destinatário, a saudação inicial (a
invocação) e iniciais do redator e digitador (desuso atualmente).

E estabelecido como norma colocar a data e a assinatura com término na margem


direita ou quase rente a ela. Recomenda-se ainda que os parágrafos iniciem a
partir de dez toques do início da margem esquerda (equivale a um toque na tecla
TAB = 1,25).

A estética recomenda que as margens sejam uniformes, que a margem direita seja
tão perfeita quanto possível (utiliza-se de alinhar o texto de forma justificada –
Ctrl+J).

SENAI – PB 27
Caso a carta for pequena, com apenas cinco ou seis linhas, os espaços entre os
parágrafos e as linhas devem ser ampliados, de tal modo que o resultado final seja
em um todo harmonioso e agradável.
Evitem-se rasuras, borrões, erros de qualquer natureza, pois uma carta representa
uma empresa ou pessoa que a escreve. Na invocação (saudação inicial), é
recomendável que se altere o prezado senhor, já tão batido, por outra fórmula
menos comum.

Exemplo de carta em estilo endentado ou semibloco:

TIMBRE

ÍNDICE (usado neste local antigamente)

São Paulo, 14 de fevereiro de 2000.

Ao
Dr. França Pinto
Companhia Arapongas Ltda.
[endereço completo]

Comercialização de Cartões Natalinos

Senhor Empresário:

Iniciamos este ano a comercialização de Cartões de Natal confeccionados pelas


crianças na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor - FEBEM.

Tal iniciativa se prende a uma postura de incentivo à criatividade infanto-juvenil,


de integração do menor à sociedade por meio da arte e de auxílio através do
trabalho.

Convidamos Vossa Senhoria a participar deste processo de integração social,


cumprimentando seus amigos, familiares e conhecidos com cartões da FEBEM.

Agradecemos, em nome dos menores, a preferência que a V.Sa. nos dará.

Atenciosamente,

Ana Teodora Nery


Diretora Social.

28 SENAI - PB
ANEXO (caso seja necessário)

ATN/SM (desuso)

6.2.2 Estilo Bloco

Outra forma de dispor os elementos de uma carta é colocar a data e a assinatura no


cento do papel, iniciando-se os parágrafos na margem esquerda, sem dar nenhum
espaço. A margem direita não é rigorosamente exigida (alinhar o texto à esquerda –
Ctrl +Q). Para facilitar a leitura pode-se deixar espaço maior entre um e outro
parágrafo. Exemplo de carta estilo bloco:

TIMBRE

ÍNDICE (usado neste local antigamente)

São Paulo, 22 de setembro de 2000.


À
Escola Preparatória de Pilotos
Aviação Comandante Pedro Afonso
[Endereço Completo]

Seminário de Atividades Aéreas

Senhores:

Há vários anos o IV COMAR – IV Comando Aéreo Regional – vem dedicando


esforços cada vez mais intensos à prevenção de acidentes. Isto é feito através de
Seminários Regionais de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

Este ano, como não poderia deixar de ser, discutiremos mais uma vez as técnicas
dessa atividade.

O encontro se realizará em São Paulo, entre 10 e 13 de outubro, a partir das 19h, no


Palácio das Convenções do Anhembi.

Os assuntos abordados nesse Seminário interessam a todos aqueles que, direta ou


indiretamente, lidam com a atividade aérea: pilotos, proprietários de aeronaves,
mecânicos, instrutores, pessoal de pista, despachantes operacionais de voo,
comissários etc., inclusive pessoas cuja participação possa ser eventual, como
bombeiros, médicos, policiais.

Contamos com a sua presença. Traga-nos sua experiência.

Atenciosamente,

SENAI – PB 29
Osório de Almeida, Diretor Administrativo.

Anexa: ficha de inscrição do evento, inteiramente grátis.

AO/AM (Desuso)
6.2.3 Estilo bloco compacto (cheio)

Neste estilo a data, o destinatário, a invocação, a assinatura, as iniciais do


datilógrafo e redator são colocados junto à margem esquerda. A margem direita fica
livre, mas isto não significa até o fim do papel. Este estilo é conhecido como carta em
bloco compacto. Exemplo de carta estilo bloco compacto ou cheio:

TIMBRE

ÍNDICE (usado neste local antigamente)

São Paulo, 15 de fevereiro de 2000.

À
Instituição de Ensino Secundário - IES
Rua Manoel Nóbrega, 765
Centro, Campina Grande, PB

Curso de Atualização da Língua Português

Senhores:

Estão abertas as inscrições para os Cursos Gil Vicente: Curso de Atualização de


Português para Executivos; Curso de Atualização de Português para Secretárias;
Curso de Português para interessados em geral e Curso de Atualização de
Português para tradutores.

Os cursos são rigorosamente estruturados, de forma que atendam às necessidades


desses profissionais no aperfeiçoamento e atualização do Português, em horários
compatíveis com as exigências dos interessados.

Informações poderão ser obtidas pelo telefone (83). 5432 9876 (ramal 190), no
horário comercial.

Atenciosamente,

Bernardim Ribeiro de Andrade


Diretor Comercial.

Anexo (caso necessário)

30 SENAI - PB
6.3 Ata

A ata é um registro em que se relata o que se passou numa reunião, assembleia ou


convenção. Há os seguintes tipos de ata: a ordinária e a extraordinária. A ata
ordinária é a que resulta de reuniões estabelecidas em estatutos, ou convocadas
com regularidade. A extraordinária ocorre fora das datas costumeiramente
previstas. A ata deve ser assinada pelos participantes da reunião em alguns casos
(conforme o estatuto da empresa), pelo presidente ou secretário, sempre. Para sua
lavratura, devem ser observadas as seguintes normas:

1. Lavrar a ata em livro próprio ou em folhas soltas. Deve ser lavrada de tal modo
que impossibilite a introdução de modificações.

2. Sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrências verificadas.

3. Na ata do dia, são consignadas as retificações feitas à anterior.

4. O texto será digitado ou manuscrito, mas sem rasuras.

5. O texto será compacto, sem parágrafos ou com parágrafos numerados, mas


não se fará uso de alíneas.

6. Se manuscrito, nos casos de erros constatados no momento de redigi-la,


emprega-se a partícula corretiva “digo”.

7. Quando o erro for notado após a redação de toda a ata, recorre-se à expressão:
“em tempo”, que é colocada após todo o escrito, seguindo-se então o
texto emendado: Em tempo: na linha onde se lê “bata”, leia- se “pata”.

8. Os números são grafados por extenso.

9. Quando ocorrem emendas à ata ou alguma contestação oportuna, a ata só será


assinada após aprovadas as correções.

10. Há um tipo de ata que se refere a atos rotineiros e cuja redação tem procedimento
padronizado. Nesse caso, há um formulário a ser preenchido.

11. A ata é redigida por um secretário efetivo. No caso de sua ausência, nomeia-se
outro secretário designado para essa ocasião.

6.3.1 Devem constar em uma ata:

a) Dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso).


b) Local da reunião
c) Pessoas presentes (com suas respectivas qualificações).
d) Ordem do dia e Fecho.
e) Assinaturas.

SENAI – PB 31
6.4 Aviso

Aviso é uma correspondência cujas características são amplas e variáveis: pode ser
uma comunicação direta ou indireta, unidirecional, multidirecional, afixada em local
público ou publicada por meio da imprensa. Geralmente não traz destinatário, fecho
ou expressões de cortesia. (ver Manual de Redação da Presidência da República).

Ex.:

32 SENAI - PB
6.5 Recibo

É o documento em que se declara o recebimento de algo. Normalmente é um escrito


particular.

SENAI – PB 33
Ex.:

RECIBO

Recebi do Sr. Marcos Aurélio Buarque a importância de R$ 56,000 (cinquenta e seis


mil reais) referentes à compra do imóvel situado à Rua Das Flores, 98,
Bandeirantes, nesta cidade, estado de Minas Gerais.

Belo Horizonte, 10 de abril de 1996.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Testemunhas

6.6 Telegrama

Passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio
de telegrafia, telex, etc. Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos
cofres públicos e tecnologicamente superados, deve restringir-se o uso do telegrama
apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e
que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado,
esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. Não há padrão rígido,
devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências
dos Correios e em seu sítio na Internet.

6.7 Atestado

É o documento firmado por uma pessoa em favor de outra, atestando a verdade a


respeito de algum fato. As repartições públicas, em razão de sua natureza, fornecem
atestados, e não declarações. O atestado difere da certidão porque, enquanto esta
prova fatos permanentes, aquele se refere a fatos transitórios.

Ex.:

ATESTADO

34 SENAI - PB
Para os fins de direito, atestamos que Paulo Oliveira foi aluno deste estabelecimento
de ensino nos anos de 1999 e 2000, não tendo praticado nenhum ato que desabone
à sua conduta.

Porto Alegre, 06 de Agosto de 2001.

__________________
Adriano Gomes
Diretor

6.8 Declaração

A Declaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve


ser expedido por órgãos públicos. Pode ser escrita em primeira pessoal verbal do
singular (Eu) ou no plural (nós).

Ex.:

DECLARAÇÃO

Declaramos que o Sr. João Armando Ferraz pertence ao quadro de funcionários


desta empresa desde 2 de maio de 1998, recebendo mensalmente o valor
equivalente a dois salários mínimos.

Campina Grande, 02 de abril de 2010.

Mário Prata
Presidente

6.9 Oficio

O que é um ofício? É a participação escrita em forma de carta que as autoridades,


as secretarias, as associações, etc., endereçam aos seus subordinados, iguais ou
superiores, em objeto de serviço público ou particular.

SENAI – PB 35
Ex.:

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Braga

(TIMBRE)

Ofício n o 524/1991/SG-PR

Braga, 03 de Setembro de 1999.

A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome]


Câmara dos Deputados
CEP 70.160-900 – Brasília – DF

Assunto: Concurso Público para Fiscal de Contribuições

Senhor Deputado:

Cumpro o dever de encaminhar a Vossa Exª, a fim de dar conhecimento aos


interessados, cópia do ofício n° 1422/99 do Secretário de Estado das Finanças,
prestando esclarecimentos sobre o Concurso Público para Fiscal de Contribuições,
realizado em 1998.

Atenciosamente,

Maria Regina Ramalho


Gabinete da Presidência

6.10 Circular

O objetivo da circular é comunicar uma informação, por exemplo, mudança de


direção ou telefone, mudança pessoal, abertura de uma nova dependência ou
programa, alteração de preço ou condições de venda, anúncio de visitas, termo de
um serviço, encerramento para férias, etc.

Deve-se escrever a circular com clareza, simplicidade e brevidade. Os parágrafos


devem ser curtos e a expressão ordenada, assim como a conclusão deve ser
afetuosa e a assinatura manuscrita, o que contribui para cativar o leitor.
Ex.:
[TIMBRE]

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2010.

36 SENAI - PB
CIRCULAR nº: 0072/15

[Assunto]

[Vocativo:]

Tenho a satisfação de levar ao conhecimento de Vª exª que o Banco Luso-


Americano, com sede no Porto e filiais em Braga, Viana do castelo e Coimbra,
acaba de me nomear seu correspondente nesta cidade.

Dadas as importantes relações comerciais existentes entre a nossa terra e a capital


do Norte, espero que Vª Exª se dignará a aproveitar os nossos serviços para todas
as transações com aquele importante e acreditado estabelecimento bancário, que
estejam no âmbito das minhas atribuições.

Atenciosamente,

[Nome Completo]
[Cargo]

6.11 Ordem de Serviço

A ordem de serviço é um documento que tem a função de emitir comunicações


internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa ser efetuado. É
necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de
quem assina, com indicação do cargo. O modelo dependerá de cada empresa.

Ex.:

Ordem de serviço nº 01

Departamento de Processos comunica a seus funcionários que, a partir do dia 1º do


próximo mês, não haverá mais o sábado de trabalho, pois a jornada passará para 8
horas diárias, ou seja, 40 horas semanais. Certo de que não haverá dúvidas.

Em 25 de janeiro de 2009.

_______________________________
Chefe do Departamento de Processos

6.12 Memorando

O memorando é um documento utilizado para comunicação entre unidades, divisões


ou setores de uma instituição ou empresa. Trata-se de uma forma de comunicação
escrita e eminentemente formal, trazendo eficiência na transmissão de dados.

SENAI – PB 37
Ex.:

MEMORANDO

Memorando [Número].

[Local e Data]
Ao Senhor [indicar o nome e/ou cargo]

Assunto: Aquisição de Equipamentos de Informática.

[Vocativo:]

Nos termos do plano de estratégia estabelecido na reunião mensal de julho deste


ano, solicitamos a Vossa Senhoria a tomada de orçamentos para aquisição de
equipamentos novos de informática para o departamento de Recursos Humanos.

As especificações deverão ser obtidas junto a departamento de informática, e os


orçamentos deverão ser apresentados na próxima reunião que ocorrerá no próximo
dia 28 para deliberação.

Atenciosamente,

[Nome Completo]
[Cargo]

6.13 Requerimento

O requerimento é a forma do cidadão se dirigir à autoridade, solicitando um


benefício, isto é, a satisfação de um interesse.

O requerimento compreende os seguintes elementos:

 Nome da autoridade, cargo por ele ocupado e órgão requerido - colocam-se na


parte superior direita;

 Identificação do requerente - é indispensável e deve apresentar todos os dados


julgados necessários ou convenientes: nome, número do bilhete de identidade,
estado civil, profissão, morada, número de contribuinte, etc.
 Pedido ou objeto do requerimento - deve conter circunstâncias, ocorrências e
situações anteriores que possam, aos olhos da autoridade, justificar o pedido;

 "Pede deferimento" - deferir é satisfazer o pedido, usando-se frequentemente


esta expressão com o significado de que o autor do requerimento espera que o
seu pedido seja atendido;

38 SENAI - PB
 Local, data e assinatura - são os elementos que finalizam este documento.

Ex.:

REQUERIMENTO

Ao Exmº.
Presidente da Câmara Municipal de Sousa
Senhor Antônio Arruda
[Endereço completo]

Assunto: solicitação das provas de exame para a obtenção de licença de condução


de velocípedes a motor

António José da Silva Torres, solteiro, estudante, de 18 anos de idade, residente


[endereço completo], contribuinte nº 265748, portador do Bilhete de Identidade nº
871634, passado pelo arquivo de Identificação da Paraíba, em 17 de Maio de 2000.

Vem requerer a Vª Exª se digne mandar sujeitá-lo às componentes provas de


obtenção de Licença para a condução de velocípedes com motor a que se refere o
artigo nº 54 do Código da estrada, aprovado pelo Decreto-Lei nº 39 672 de 20 de
Maio de 1954.

Pede Deferimento.

Sousa, 23 de Março de 2003.

____________________________________
António J. da Silva Torres

6.14 Procuração

A procuração pode ser adaptada a diversos fins, tais como plenos poderes para:
emitir e assinar notas promissórias, abrir, encerrar e movimentar conta corrente ou
poupança, assinar, emitir, descontar e endossar cheques, comprar, vender, ceder
imóveis ou veículos, passar recibos, assinar todos os documentos necessários para
requerer benefício, adquirir e retirar documentos perante qualquer órgão do Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS) ou outras entidades governamentais de
repartições públicas Federais, Estaduais e Municipais também junto a particulares
ou empresas privadas.
IMPORTANTE: Numa procuração particular também é necessário que a assinatura
do outorgante esteja, devidamente com sua firma, reconhecida em cartório. Pessoas
relativamente incapazes são assistidas, e assinam juntas com os seus
representantes legais. Pessoas completamente incapazes são representados - não
é necessária a assinatura. Quando se trata de procuração ad judiciária somente um
bacharel em direito escrito na OAB pode ser o procurador.

SENAI – PB 39
PROCURAÇÃO

ATRAVÉS DO PRESENTE INSTRUMENTO PARTICULAR DE MANDATO,


OUTORGANTE:_________________________________,Brasileiro(a)___________
___________, (Estado Civil), __________________________(Profissão), RG nº:
_________________________, C.P.F. nº:_________________________________,
residente(s) e domiciliado(s) na Rua: ___________ __________________________,
nº: ________, bairro: _______________________________, CEP: ____________,
Cidade: _________________________________________, Estado: ____________.
nomeia e constitui como seu(s) procurador(es) o(s) Sr.(s)/Sra.(s), OUTORGADO:
____________________________________, Brasileiro(a), ___________________,
(Estado Civil), __________________________________________(Profissão), RG
nº: _________________________, C.P.F. nº: ______________________________,
residente(s) e domiciliado(s) na Rua: ______________________________________
_______________________________________________________, nº: ________,
bairro: ______________________________________, CEP: ____________,
Cidade: _________________________________________, Estado: ____________.
OUTORGADO:_______________________________________________________,
Brasileiro(a),___________________,(EstadoCivil),___________________________
(Profissão), RG nº: _________________________, C.P.F. nº: _________________,
residente(s) e domiciliado(s) na Rua: ___________________________________,
nº: ________, bairro: _______________________________, CEP: ____________,
Cidade: _______________________________, Estado: ____________.outorgando-
lhe(s) amplos gerais e ilimitados poderes, inerentes ao bom e fiel cumprimento deste
mandato, bem como para o foro em geral, conforme estabelecido no artigo 38 do
Código de Processo Civil, para que possam assim realizar todos os atos que forem
necessários ao bom e fiel cumprimento deste mandato, inclusive: comprar, vender,
ceder imóveis ou veículos, passar recibos; emitir e assinar notas promissórias, abrir,
encerrar e movimentar conta corrente ou poupança, assinar, emitir, descontar e
endossar cheques, assinar todos os documentos necessários para requerer
benefício, admitir e dispensar empregados, receber mensalmente salário, adquirir e
retirar documentos perante qualquer órgão do Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS) ou outras entidades governamentais de repartições públicas Federais,
Estaduais e Municipais também junto a particulares ou empresas privadas.
Dando tudo por bom e valioso, cessando os efeitos deste a partir da(o)
___________________________________________________________________
(finalidade) ____/____/____.

Cidade: __________________________, UF: ________.


Data: ______de ___________________de______.

______________________
(Assinatura do Outorgante)
6.15 Requisição

Embora normalmente signifique pedir, solicitar, requerer, em linguagem jurídico-


administrativa adquiri o significado de exigir. Assim, é a exigência legal ou ordem
que emana da autoridade, a fim de que se cumpra o que é ordenado ou exigido.
Desse modo, a requisição pode referir-se a entrega de coisas, a prestação de

40 SENAI - PB
serviços ou mesmo ao comparecimento de pessoas. Sendo assim, considerada
dentro das empresas encontraremos vários tipos de requisição, como: de farmácia,
de material, de mão-de-obra, etc. é o tipo de documento utilizado em quase todos os
departamentos de uma empresa.

Considerações gerais:

a) Deve partir de um bloco devidamente timbrado e produzido para este fim;


b) Cada folha é numerada e impressa em duas ou três vias, para que se realize o
arquivamento.
c) Possui campos distintos: nome do requerente, quantidade do produto, preço,
total, assinatura do responsável e do recebedor (conforme finalidade da
requisição, esta deve ser elaborada com apenas campos úteis).
d) Deve ser preenchia com letra legível ou através de processo mecânico.

6.16 E-mail Corporativo

É uma correspondência eletrônica cada vez mais importante no mercado de


trabalho, por facilitar a criação de e-mails personalizados da empresa, pois isto gera
confiança e credibilidade aos seus negócios e clientes. Além de profissionalizar a
comunicação e o atendimento via internet. Um meio de comunicação rápido e eficaz
e Indispensável para o mundo empresarial contemporâneo.

Há vantagens na utilização do E-mail Corporativo, como: sincronizar seus contatos e


agenda, organização pprofissional, pproteção da empresa, acesso em qualquer
lugar de arquivos pessoais e corporativos. Figura 7

Figura 7 – E-mail – Fonte:

Características:

a) Ser profissional – A mesma linguagem da carta comercial. (Formal)


b) Ser conciso – Direto e objetivo (evitar extensões)
c) Usar o campo do assunto (identificação)
d) Evitar arquivos anexos (quando necessário)
e) Revisar a mensagem. (evitar erros de concordâncias e ortográficos)

SENAI – PB 41
7 RELATÓRIO
Relatório é o documento elaborado com a finalidade de apresentar e descrever
informações relativas a fatos vivenciados, ouvidos ou observados ou historiar a
execução de serviços e experiências. Trataremos a seguir dos tipos de relatórios
que, dentre os existentes, serão os mais relacionados aos alunos dos cursos
profissionalizantes do SENAI:

Relatório de viagem e de participação em eventos: É o documento que tem por


objetivo a apresentação de informações e experiências relativas a viagem realizada
ou ainda a participação em algum evento. Deve fornecer informações como
data, destino, duração, participantes, objetivos e atividades desenvolvidas.

Relatório de estágio: É o documento que visa fornecer informações relativas às


experiências que o estagiário adquiriu durante um período determinado. Deve
fornecer informações sobre o local onde foi realizado o estágio, o período de
duração e as atividades desenvolvidas.

Estrutura:

CAPA: capa é a cobertura externa de material rígido (capa dura ou cartonada),


confeccionada em cartolina, que abrange as folhas que constituem o relatório. Deve
conter o nome do autor, o título e o ano.
Exemplo:

42 SENAI - PB
FOLHA DE ROSTO: é a folha que contém os elementos essenciais à identificação do
relatório, ou seja:

a) autor;

b) título: claro e preciso, contendo palavras que identifiquem o seu conteúdo e


possibilitem o reconhecimento da informação;

c) nota indicando a natureza do relatório (grau, área e/ou disciplina), a unidade de


ensino (departamento, curso, setor, escola ou instituto, entre outros), e a
instituição em que é apresentado e a empresa onde ocorreram as observações;

d) nome do orientador ou professor da disciplina, bem como o nome do orientador na


empresa;

e) local (cidade) da instituição na qual o relatório foi apresentado; e

f) ano em algarismos arábicos (podendo colocar o mês e o ano).

APRESENTAÇÃO: consiste em um texto de esclarecimento, de justificativo ou


prévio comentário, redigido pelo autor. Deve aparecer antes do sumário. A
apresentação é o texto em que o autor apresenta o relatório e o justifica, indicando
a sua finalidade e as parcerias no trabalho, se houver. Não confundir com introdução,
que trata de texto no qual o autor expõe o assunto como um todo, situando o leitor
no trabalho.

SENAI – PB 43
TEXTO: o texto do relatório de estágio é composto por:

a) descrição geral do local do estágio (histórico, descrição física, entre outros


elementos);

b) descrição das atividades desenvolvidas (informando o total de horas em cada


atividade, detalhando cada fase ou etapa do estágio);

c) descrição dos processos técnicos ou de outras particularidades técnicas


observadas; e

d) conclusão, que deve incluir referência ao aproveitamento do estágio.

Relatório de visita técnica: É o documento que tem como objetivo a apresentação


de experiências e registros técnicos adquiridos como resultados de uma visita
técnica. Deve fornecer informações sobre o local onde foi realizada a visita, o
período de duração e as observações feitas pelo visitante.

Relatório administrativo: É o documento elaborado por um ou vários membros


de uma organização com o objetivo de relatar a atuação administrativa de uma
unidade ou de toda a organização. Este documento deve ser submetido à
apreciação de uma autoridade superior, geralmente ao término de um exercício.

8 ORÇAMENTO EMPRESARIAL
O sistema orçamentário traduz, em quantidade física e valores monetários, o
desenvolvimento e os resultados de todos os planos das unidades operacionais e
órgãos administrativos da empresa. Para Parsloe e Wright (2001, p. 11), “Um
orçamento é um plano financeiro que estabelece, da forma mais precisa possível,
como se espera que transcorram os negócios de um departamento ou de uma
empresa, geralmente num prazo mínimo de um ano”.

Os dados são equacionados em um conjunto de quadros orçamentários


observando-se a estrutura organizacional da empresa (para identificar os
responsáveis pelas atividades planejadas e cumprimento das metas) e a estrutura
dos sistemas de contabilidade geral e de custos (para facilitar a comparação entre
dados reais e orçados), esses dados são apresentados em bases mensais para o
próximo exercício social e em bases trimestrais, semestrais ou anuais para períodos
mais distantes.

A análise sistemática das informações gerenciais constitui um elemento fundamental


para a qualidade do planejamento orçamentário. Essa análise permite conhecer
mais profundamente o comportamento das variáveis internas e externas que
interferem nas atividades e nos resultados. Outro aspecto importante refere-se à
identificação dos fatores condicionantes da expansão das atividades da empresa.

O sistema orçamentário permite:

44 SENAI - PB
 Definir claramente as metas específicas de cada unidade operacional ou órgão
administrativo e os responsáveis pelo seu cumprimento;
 Equacionar as múltiplas atividades envolvidas em um plano global;
 Conciliar as atividades e as metas de todas as áreas com os objetivos globais da
empresa;
 Controlar desempenhos.

Dentre as vantagens ou benefícios obtidos com o uso do orçamento empresarial,


destaca-se:

 O fortalecimento do hábito de estudar todos os aspectos envolvidos antes de


serem tomadas as decisões;
 O estímulo à participação de todos os responsáveis envolvidos no plano;
 O fornecimento de critérios para a alocação de recursos escassos;
 A coordenação e a correlação de todos os esforços;
 A revelação dos pontos de eficiência e de ineficiência;
 A obrigatoriedade de avaliar os resultados reais em face dos orçamentos;
 A geração de eficácia em cada área e na empresa como um todo.

Limitações existentes no processo orçamentário:

 O planejamento orçamentário baseia-se em previsões e estimativas;


 A implantação é demorada e exige muita “doutrinação” e treinamento;
 São necessárias revisões periódicas em face de circunstâncias não previstas;
 O orçamento não funciona por si só, exigindo o esforço de todos na preparação e
execução dos planos e no cumprimento das metas.

O sistema orçamentário costuma ser estruturado através de um conjunto de quadros


agrupados como segue:

a) Orçamento de investimentos: abordam as etapas dos grandes projetos que


integram o plano de investimentos de longo prazo programados para o período
coberto pelo orçamento. Também, outros investimentos de menos porte que
deverão iniciar-se no período, relativos aos ativos fixos industriais e às
instalações, equipamentos, veículos, etc. De todas as áreas da empresa. Cada
investimento específico costuma ser submetido à aprovação superior através de
um formulário. As propostas aprovadas terão seus desembolsos computados no
orçamento de caixa, e seus valores contábeis (imobilização, correção monetária
e depreciações) registrados nos orçamentos específicos.

b) Orçamentos Operacionais: compõem-se de diversas peças orçamentárias


como: previsão de vendas, Orçamentos de Produção, Orçamento de Despesas
de Vendas, Gerais e Administrativas.

c) Orçamento de Resultados: revelam a contribuição de cada unidade ou cada


centro de lucros para a formação do resultado global da empresa. Esse
orçamento mostra os resultados contábeis orçados para cada mês, trimestre,
semestre e o total do ano.

SENAI – PB 45
d) Orçamento de Caixa e Plano de Financiamento: todas as saídas e entradas
de numerário de transações realizadas antes e durante o período orçamentário
são reunidas, evidenciando os superávits e déficits mensais. Serão orçadas as
aplicações financeiras por prazos mais prolongados ou recursos adicionais
necessários. Estes recursos poderão provir de empréstimos em curto prazo,
financiamentos em longo prazo ou integralizações de capital, de forma a
estruturar adequadamente as fontes de financiamento dos ativos e preservar a
liquidez da empresa.

e) Balanço Patrimonial Projetado: o orçamento empresarial deve ser aprovado


antes do encerramento do exercício que antecede ao período do orçamento.
Desse modo, é necessário projetar os saldos de balanço do exercício em curso
para obter os saldos iniciais de todas as contas ativas e passivas. Adicionando-
se ao saldo inicial projetado de cada conta a movimentação orçada, são obtidos
os saldos mensais, semestrais e do final do próximo ano. Assim, monta-se o
Balanço Patrimonial Projetado.

46 SENAI - PB
REFERÊNCIAS

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ed. São Paulo: Editora Nacional, 2000.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Todos os textos. São


Paulo-SP: Atual Editora. 1999.

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http://www.scribd.com/doc/932717/Historia-da-comunicacao-humana. Acesso em: 04
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MATOS, Gustavo Gomes. Comunicação empresarial sem complicação. 2.ed.


Ver. Ampl. Barueri, SP: Manole, 2009.

MEDEIROS, João Bosco. Correspondência técnicas de comunicação criativa.


13.ed. São Paulo-SP: Editora Atlas, 1999.

PARSLOE, Eric; WRIGHT, Raymond. O Orçamento. São Paulo: Nobel, 2001.

SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática,


produção de texto: volume único. São Paulo, SP: Moderna, 2004.447 p.

SENAI, Centro de Educação Profissional de Ponta Grossa. Curso técnico em


eletromecânica redação técnica. 1999. Ponta Grossa-PR

SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Comunicação Oral e escrita. Brasília: SENAI/DN, 2012. 162 p.: il.; (Série
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SIGNIFICADO de texto: Disponível em: <http://www.significados.com.br/texto>.
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SOUSA, Sandra. Códigos Pictográficos na comunicação organizacional. Natal,


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STACHESKE, Denise Regina. Comunicação empresarial e correspondência.


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TIPOS de textos: Disponível em: <http://www.todamateria.com.br/tipos-de-textos>.


Acesso em: 06, maio 2015.

48 SENAI - PB
SENAI – DR

UNIEP – Unidade de Educação Profissional

Gerente da UNIEP
Janildo Sales de Figueiredo

Gerente da UNIEP
José Nilton Ferreira

Equipe técnica da UNIEP


Aline Alves S, da Silva
Adriana Aragão Silva

Normalização Bibliográfica:
Heliane Maria Idalino da Silva

Capa:
Hélio Soares

SENAI – PB 49

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