A Arte de Escrever - Xavier Marques
A Arte de Escrever - Xavier Marques
A Arte de Escrever - Xavier Marques
THEORIA DO ESTYLO
DO MESMO AUCTOR
Insulares, versos.
Holocausto, romance.
Janna e Joel, romance.
Pindorama, romance da época do Descobrimento,
premiado pela commissão do IV Centenario do
Brasil.
Maria Rosa, o Arpoador, novellas.
Vida de Castro Alves, estudo biographico.
O Sargento Pedro, romance, premiado pela Aca-
demia Brasileira.
A Boa Madrasta, romance.
A Cidade Encantada, contos.
O Feiticeiro, romance.
Dous Philosophos Brasileiros, ensaio.
XAVIER MARQUES
Da Academia Brasileira
A ARTE DE ESCREVER
THEORIA DO ESTYLO
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2* Edição — 2.o Milheiro
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o VRARIA FRANCISCO ALVES
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D l DO OUVIDOR, 166 — Rio de Janeiro
Q I PAULO BELLO HORIZONTE
LU "Qug, !Rua Libero Badaró |
Rua da Bahia, ioSS
1923
A LÍNGUA MAIS BELLA
E EXPRESSIVA
1005347
I
Creio em
nossa lingua, sem a fé do bis-
cainho, mas firmemente, acreditando que
ella tudo pode e está obrigada a exprimir,
excepto o que se não contiver no caracter e
na sensibilidade cio portuguez e do brasi-
leiro. Creio que ella se presta perfeitamente
A AETE DE ESCREVER
II
A ARTE DE ESCREVER
* *•
THEORIA DO ESTYLO 33
A
boa disposição por si só mais não en-
gendra que um estylo lógico: e as leis do es-
tylo sãomais complexas. A ordem, porém,
importa antes de tudo, porque é o próprio
methodo, é o plano, sem o qual os pensamen-
tos mais originaes, as imagens mais lumi-
nosas fluctuarão, como num cliaos, entre os
espaços da pagina inorganizada.
0^ valor das idéas depende da sua posição
no conjuncto, da sua prévia distribuição e
ordem de successão, segundo nexos natu-
raes e relações lógicas. Não se tendo distin-
guido o que é capital do que é accessorio,
como dar a cada uma das partes o desenvol-
vimento proporcional e harmónico ? Por
onde começar e de que modo acabar? Nada
mais frequente do que o episodio supplan-
tando a acção, os accidentes a usurpar o in-
teresse do facto.
A quem entende e presa a composição, a
necessidade do plano se faz sentir constan-
A arte d© escrever 3
34 A ARTE DE ESCREVER
THEORIA DO ESTYLO 39
42 A ARTE DE ESCREVER
46 A ARTE DE ESCREVER
THEORIA DO ESTYLO 53
50 A ARTE DE ESCREVER
(Gamões, Lusíadas.)
(Vieira, Sermões.)
iculdades. "
00 A ARTE DE ESCREVER
64 A ARTE DE ESCREVER
A arte de escrever 5
III
A PHRASE FEITA
THEORIA DO ESTYLO 75
A TECHNIOA LITERÁRIA
IV
A TECHNICA LITERÁRIA
los (1)".
A outra theoria, recentemente avigorada
pelas doutrinas individualistas, que a con-
I
V
RECIPROCIDADE DA ARTE
94 A ARTE DE ESCREVER
98 A ARTE DE ESCREVER
A NECESSIDADE DO NOVO
yi
A NECESSIDADE DO NOVO
ciados.
Outros tantos desastres.
Mais uma vez denunciou-se no "burguez"
o inimigo natural de qualquer innovação,
porque não acompanha as impaciências do
propheta que se antecipou á sua hora,
do primeiro escriptor que no exercicio de
uma actividade immoderada, anormal, ou re-
flectidamente anarchica, apparece a alterar
os aspectos da lingua e, quanto pode, a sua
estructura anatómica.
Se evocamos o estado geral de espirito,
nessa phase das nossas letras, parece poder
affirmar-se que aquella agitação, com o ca-
racter que assumiu, se não proveiu de algu-
ma variação espontânea — menos provável,
não teve bastante fundamento em condições
moraes e intellectuaes da nossa vida.
O publico, a restricta sociedade que aqui
.
O ESTYLO
VII
O ESTYLO
Th. PaBOT.
teratura, um estylo.
A explicação satisf actoria dessas diff eren-
ças ou gradações que, á conta do escriptor
ou do induzem ora a negar-lhe, ora a
artista,
affirmar-lhe a individuação, só a podemos
encontrar na constituição e evolução da sua
. própria «personalidade. O estudo do estylo
não pode deixar de ser um capitulo de psy-
cbologia differencial.
Nem fora preciso descer, para o escrever,
até ás considerações de ordem physiologica,
á base orgânica da individualidade psychica.
Entre o temperamento propriamente dito e
o facto psycliologico, a correlação está sub-
entendida. Invocar, no intuito de elucidar
THEORIA DO ESTTLO 131
mento.
Escreve um delles: "Quand nous parlons
du caractere d'un individu il faut entendre,
en general, qu'il s'agit de son caractere tel
qu'il estpendant la maturité, de 20 ou 25 à
55 ou 65 ans, au moment oú il est le plus lui-
même... Mais il y a des caracteres qui mú-
rissent de bonne heure, d'autres qui sont
moins precoces, et raffaiblissement peut
THEORIA DO ESTYLO 133
O CAKACTEK EM LITERATURA
VIII
O CARACTER EM LITERATURA
O MEIO EDUCATIVO
IX
O MEIO EDUCATIVO
di G. L. Duprat, La Morale.
THEORIA DO ESTYLO 159
A arte de escrever II
162 A ARTE DE ESCREVER
CARACTER E ESTYLO
ginal. >
:
ESTYLO NACIONAL
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XI
ESTYLO NACIONAL
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AS LEIS DO ESTYLO
XII
AS LEIS DO ESTYLO
ÍNDICE
— A lingua mais
I. expressiva. ......
bella e 7
—A
II. de escrever
arte 25
— A phrase
III. feita 67
IV.— A technica literária 79
Y.— Reciprocidade da arte 91
VI.— A necessidade do novo 105
VIL — O estylo 123
— O caracter em
VIII. literatura 137
IX.— O meio educativo 151
X.— Caracter e estylo 167
XI.— Estylo nacional 185
— As do
XII. leis estylo 197
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Form L9-32m-8,'58(5876s4)444
Library
UCLA-Young Research
PN203 .M34a 1923
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203 A arte de
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1923
L 009 562 427 6
Zeitlin.M,
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1923