Modulo Antropologia Unidade 1
Modulo Antropologia Unidade 1
Modulo Antropologia Unidade 1
unidade
A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO
PENSAMENTO
ANTROPOLÓGICO
E SUA ARTICULAÇÃO
COM AS CIÊNCIAS SOCIAIS
Seção I
Civilização e escrita na formação de atitudes
antropológicas e pedagógicas.
Seção II
Civilização e oralidade na formação de atitudes
antropológicas e pedagógicas.
Seção III
Colonialismo e pensamento social.
seções
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A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO PENSAMENTO
ANTROPOLÓGICO E SUA ARTICULAÇÃO COM AS
CIÊNCIAS SOCIAIS
Objetivos
UESC Pedagogia 19
Antropologia e Educação Civilização e escrita na formação de atitudes antropológicas e pedagógicas
1
destacado anteriormente mostra a importância do pensamento
Seção
para tornar mais significativas as aprendizagens humanas. Desse
ensinamento se deduz que o homem ou a mulher que não pensam
Unidade I
sobre aquilo que aprendem não conseguem guardar lições importantes
para suas experiências de vida.
O terceiro exemplo também vem da antiguidade. Tem a sua
origem em Heródoto, pensador que nasceu na cidade de Halicarnasso Etnografia: prática de
pesquisa que deu origem
(hoje Bodrum, Turquia), no século V ac..Heródoto é considerado por à antropologia aplicada
na modernidade. Significa
muitos o pai da História, da Etnografia e da Antropologia. Este literalmente registro
pensador dedicou toda a sua vida à descrição de inúmeros feitos das escrito das tradições
de um povo. O prefixo
civilizações antigas, sobretudo as civilizações egípcia, grega e persa. grego etnos designa:
tradição, povo, raça. O
Passou muitos anos viajando, observando e registrando anotações sufixo graphos designa:
registro escrito. No
sobre costumes, guerras, tradições e saberes de outros povos.
pensamento antropológico
Organizou seus registros segundo a ordem cronológica das suas contemporâneo é comum
compreendê-la como
observações e, após a elaboração dos livros que compõem a obra descrição da cultura.
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Antropologia e Educação Civilização e escrita na formação de atitudes antropológicas e pedagógicas
ATIVIDADE
• Organize as suas dúvidas em forma de pergunta e tente respondê-las.
• Qual a importância do conhecimento do homem pelo homem?
• Quais reflexões e/ou questões este texto lhe provocou? Cite as mais importantes.
• A partir das suas experiências de vida quais as relações que você consegue
estabelecer com o texto?
• Qual a sua ideia de homem?
• Qual a sua ideia de cultura?
LEITURA C O M P L E M E N T A R
A música do Olodum, Faraó Divindade do Egito, nos expõe de forma primorosa elementos
de alguns dos mitos mais importantes da História da humanidade do norte da África, em
suas relações com a cultura negra contemporânea, presente na capital baiana. O Egito e
o Pelourinho celebram a história como um encontro entre culturas e evocam, através da
canção, um novo olhar sobre a importância do povo negro para a humanidade.
A letra da canção diz o seguinte:
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Maravilha ê
Deuses Egito Egito ê
Divindade infinita do universo Egito Egito ê
Predominante Faraó ó ó ó ó
Esquema mitológico Faraó ó ó ó ó
A ênfase do espírito original “Chu”
Formará No Éden o ovo cósmico Hum Pelourinho
Uma pequena comunidade
A emersão, nem Osíris sabe como Que porém Olodum unira
aconteceu em laço de confraternidade
A emersão, nem Osíris sabe como
aconteceu Despertai-vos para
Cultura egípcia no Brasil
A ordem ou submissão do olho seu Em vez de cabelos trançados
transformou-se na verdadeira Veremos turbantes de Tutancâmom
humanidade
E nas cabeças
Epopéia do Código de Gueb Enchei-as de liberdade
E Nut gerou as estrelas o povo negro pede igualdade
deixando de lado as separações
Osíris
Proclamou matrimônio com Ísis Cadê?
E o mal Seth Tutancâmom
Irado o assassinou Hei Gizé
Em per-aä Akahenaton
Horus levando avante a vingança do pai Hei Gizé
Derrotando o império do mal Seth Tutancâmom
E grito da vitória Hei Gizé
Que nos satisfaz Akahenaton
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Antropologia e Educação Civilização e oralidade na formação de atitudes antropológicas e pedagógicas
ATIVIDADE
Após esta leitura, procure identificar elementos da cultura distante do povo
egípcio, procure conhecê-los, reflita sobre a importância destes elementos para a
compreensão da formação humana no seio de uma determinada tradição cultural e
escreva o seu próprio texto sobre o seguinte tema: Homem, cultura e vida em sociedade.
Este texto deverá ter, no mínimo, trinta linhas e, no máximo, sessenta linhas. Elabore
o texto como se organizasse o seu próprio mapa de trajetos para a compreensão da
relação entre Antropologia e Educação.
LEITURA RECOMENDADA
Acesse o site de procura Google para obter maiores informações sobre as referências utilizadas no texto
para a abordagem do tema da aula: www.google.com.br.
Assista ao filme Ran, de Akira Kurosawa, para conhecer melhor o universo da civilização japonesa.
Através do filme procure estabelecer conexões entre as tradições culturais e os princípios educativos
apresentado pelo filme
RESUMINDO
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Antropologia e Educação Civilização e oralidade na formação de atitudes antropológicas e pedagógicas
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consolidam no interior da vida em grupo. Ao contrário dos povos
Seção
ocidentais e orientais que encontraram na escrita uma ferramenta
de registro da história, os povos ágrafos celebram a palavra falada
como garantia de manutenção de sua própria existência. A oralidade
Unidade I
é, em última análise, a dimensão existencial mais profunda da relação
entre o indivíduo e o grupo. Deste ponto de vista, a Antropologia e
a Educação não podem ser compreendidas como filosofia ou ciência,
mas como sabedorias necessárias para garantir aos indivíduos
sentimento e conhecimento de pertença a um grupo.
O reconhecimento do valor destas experiências antropológicas
e pedagógicas de outras culturas ainda é tema de debate na atualidade.
Podemos afirmar que a excessiva valorização da presença dos europeus Povos Ágrafos: povos que
não possuem o domínio da
no Brasil produziu uma visão eurocêntrica do mundo. Tal visão ainda escrita.
ATIVIDADE
• Organize as suas dúvidas em forma de pergunta e tente respondê-las.
• De que maneira você define a Antropologia e a Educação como saberes
produzidos através da experiência vivida?
• Qual a importância da oralidade para o desenvolvimento do pensamento e da
linguagem?
• O que você entende por ancestralidade?
• Quais as contribuições culturais de povos indígenas e africanos para a formação
de sua comunidade?
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Antropologia e Educação Civilização e oralidade na formação de atitudes antropológicas e pedagógicas
LEITURA C O M P L E M E N T A R
A Memória Cultural
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Seção
Sobonfu Somé, 2003
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ATIVIDADE
Apesar das diferentes origens étnicas e de gênero dos dois autores, os textos
revelam elementos importantes para compreendermos as experiências antropológicas
e pedagógicas entre povos indígenas e africanos: a memória cultural como contexto
dos ensinamentos ancestrais e a iniciação como prática de ensino das tradições de
um povo. Você se recorda de suas experiências de aprendizagem oral? Quais as que
mais marcaram suas vivências? Elabore um texto descritivo em que você apresente
de forma resumida uma experiência de aprendizagem na comunidade em que você
vive ou no grupo familiar a que você pertence. Procure descrever com precisão o
contexto social desta aprendizagem (grupo social e local em que ela aconteceu); a
forma como foi ensinado ou ensinada; o conteúdo apreendido desta experiência; a
pessoa responsável pelo ensinamento e a posição social que esta pessoa ocupa na sua
família ou na sua comunidade.
LEITURA RECOMENDADA
Acesse o site www.mec.gov.br clique no link educação, ao entrar na página do Ministério da Educação,
logo na primeira coluna à direita você vai encontrar a indicação: professores e diretores, clique
no link publicações e faça download do livro: História da Educação do Negro e outras histórias. O
primeiro artigo deste livro busca definir: Uma abordagem sobre a educação dos negros. Trata-se de
um interessante texto de Mariléia dos Santos Cruz. Aproveite a leitura para refletir sobre as questões
apresentadas até aqui.
Assista ao filme: Narradores de Javé. O enredo do filme busca apresentar os dilemas vividos por uma
comunidade no interior da Bahia, os habitantes de Javé não dominam a escrita e precisam elaborar
um documento que prove a importância histórica do local que está ameaçado de deixar de existir, pois
suas terras serão utilizadas na construção de uma barragem.
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Antropologia e Educação Colonialismo e pensamento social
RESUMINDO
Seção
COLONIALISMO E PENSAMENTO SOCIAL
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Antropologia e Educação Colonialismo e pensamento social
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do século XVIII e está marcado pela divisão entre a observação e o
Seção
objeto do conhecimento. Quando o homem toma o próprio homem
como objeto de conhecimento, a ciência inaugura uma nova forma de
pensamento. Devemos lembrar que a filosofia foi o caminho encontrado
Unidade I
na Antiguidade e na Idade Média, para a reflexão sistemática sobre a
existência humana e sobre a natureza. A filosofia sempre usou como
recurso de suas reflexões a contemplação e a abstração sobre os
fenômenos contemplados como exercício de expansão do pensamento.
Em contraposição a esta postura, a ciência passa a ser o pensamento
que irá intervir através da experiência vivida pelo observador naquilo
que define o seu objeto de reflexão. Voltemos ao exemplo de Pero
Vaz de Caminha. Embora não tenha desenvolvido uma teoria sobre
as situações observadas nas nossas terras, ele consegue delimitar o
campo das suas observações e descrever de forma sistemática aquilo
que foi observado. Sua Carta ainda é um documento valioso para as
ciências históricas e sociais.
No que diz respeito à orientação conceitual do trabalho
pedagógico praticado pelos jesuítas no Brasil, eram utilizadas as
regras da Ratio Studiorum, um plano de estudos que indicava
Ratio Studiorum:
os princípios gerais da educação católica de acordo com as Ordens expressão de origem
latina utilizada para
Jesuíticas. Segundo Gadotti (2006 p. 72) “... A educação dos jesuítas designar o conjunto de
regras pedagógicas da
destinava-se à formação das elites burguesas, para prepará-los
Companhia de Jesus para
a exercer a hegemonia cultural e política...” dos povos com que a o ensinamento da fé
católica.
Companhia de Jesus colaborava com o processo de colonização.
Etnologia: estudo dos
Neste sentido, tanto a Antropologia quanto a Educação vão
povos ou raças. Esta
encontrar, no contexto europeu, as condições para a formação de um é uma das definições
da prática teórica da
pensamento social de caráter científico. O surgimento da biologia, antropologia que se
dedica à compreensão das
da física, da história, da pedagogia, da sociologia, da etnologia e formas de organização
da psicologia, entre os séculos XVIII e XIX, irá criar novas condições sóciocultural de outros
povos. Muitas vezes é
para que o pensamento sobre o homem e a cultura possa construir utilizada como sinônimo
da antropologia no sentido
novas bases de compreensão e intervenção intelectual da espécie amplo.
humana sobre si mesma.
A Antropologia, no final do século XIX, irá despontar como
ciência na medida em que o estranhamento e a observação de
diferentes culturas vão servir de base para a construção de teorias
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Antropologia e Educação Colonialismo e pensamento social
ATIVIDADE
• Organize suas dúvidas sob a forma de perguntas e tente respondê-las.
• Quais as principais diferenças entre o pensamento filosófico e o pensamento
científico sobre o homem?
• Qual a importância da observação de outros povos para a formação do
pensamento social da Europa a partir do Século XVI?
• Na sua opinião, como a ciência pode contribuir para o pensamento do homem
pelo homem?
• De acordo com os exemplos do texto quais a principais contribuições dos
colonizadores para a introdução da Antropologia e da Pedagogia no Brasil?
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primeiro é uma breve descrição de como os franceses utilizam a gravata como símbolo
de distinção social. Trata-se de um trecho da Fisiologia do Vestir, escrito por Honoré
Seção
de Balzac (2004), no século XIX. O segundo texto foi retirado de um ensaio produzido
pelo antropólogo Pierre Clastres (1988) e mostra como se dá a divisão do trabalho
Unidade I
entre homens e mulheres numa comunidade Guaiaqui, na fronteira entre o Brasil e o
Paraguai.
Sobre a gravata
“A Revolução foi para o vestir, como para a ordem civil e política, um tempo de crise
e de anarquia; ela introduziu com a gravata em particular uma dessas mudanças
orgânicas que vieram, com séculos de intervalo, renovar a face das coisas. Sob o antigo
regime, cada classe da sociedade tinha seu modo de vestir; reconhecíamos pelo traje
o senhor, o burguês, o artesão. Então a gravata (se é que podemos dar esse nome à
gola de musselina e ao retalho de renda que nossos pais envolviam o pescoço) não era
nada mais que uma vestimenta necessária, de tecido mais ou menos rico, mas sem
consideração, como sem importância pessoal. Enfim, os franceses se tornaram todos
iguais em seus direitos, e também em suas vestimentas, e a diferença do tecido ou
a diversidade nos trajes deixou de distinguir as condições. Como então reconhecer-
se no meio desta uniformidade? Por que sinal exterior distinguir a classe de cada
indivíduo? Desde então estava reservado à gravata um destino novo: ela nasceu para
a vida pública, adquiriu importância social; pois foi chamada a restabelecer os matizes
inteiramente apagados do vestir, tornou-se critério pelo qual se reconhecia o homem
digno deste nome e o homem sem educação”.
Honoré de Balzac, 2004
O arco e o cesto
“Uma oposição muito clara organiza e domina a vida quotidiana dos guaiaqui: aquela
dos homens e das mulheres cujas atividades respectivas, marcadas fortemente pela
divisão sexual das tarefas, constituem dois campos nitidamente separados e, como
aliás em todos os lugares, complementares. Mas, diferentemente da maioria das outras
sociedades indígenas, os guaiaqui não conhecem forma de trabalho em que participem
ao mesmo tempo os homens e as mulheres. A agricultura, por exemplo, alterna tanto
atividades masculinas como femininas, já que, em geral as mulheres se dedicam
a semear, a limpar os campos de cultivo e a colher os legumes e cereais, são os
homens que se encarregam de preparar o lugar das plantações derrubando as árvores
e queimando a vegetação seca”.
Pierre Clastres, 1988
Os dois textos fazem o uso da observação e descrição de práticas culturais
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Antropologia e Educação Colonialismo e pensamento social
ATIVIDADE
para buscar explicitar como os indivíduos significam seus papéis sociais dentro do
grupo em que estão inseridos. Balzac descreve o uso da gravata em sua própria
sociedade. Clastres descreve a organização do trabalho numa comunidade indígena.
Os dois textos expressam posturas que são adotadas na contemporaneidade pelos
antropólogos: a observação da sociedade da qual o observador pertence, a observação
de uma sociedade da qual o observador é um estrangeiro. Com base nestes exemplos,
procure desenvolver um texto descritivo, no qual você apresenta significações de
diferentes papéis sociais, observados nas comunidades a que vocês pertencem.
LEITURA RECOMENDADA
Para conhecer o texto da Carta de Pero Vaz de Caminha entre no site do Ministério da
Educação, acesse ao link Domínio Público e solicite o texto. Assista ao documentário
O Povo Brasileiro de Darci Ribeiro, organizado pela GNT. Adquira o livro: O que é
etnocentrismo? escrito por Everardo P. Guimarães Rocha, da Coleção Primeiros
Passos, da Editora Brasiliense.
RESUMINDO
3
tradições.
Civilizações ocidentais e orientais utilizaram a escrita como uma
Seção
ferramenta cultural. Na antiguidade os usos da escrita foram fundamentais
para a constituição de uma base filosófica do pensamento. Os sistemas de
ideias dos filósofos antigos contribuíram para o nascimento da Antropologia
Unidade I
Filosófica e da Pedagogia. No que diz respeito às origens da pesquisa sobre a
cultura de outros povos, a maior referência da Antiguidade Clássica é Heródoto.
Ao descrever os costumes de outros povos aquele que é considerado o Pai da
História, contribuiu, também, para as origens da etnografia.
As Civilizações Africanas e Pré Colombianas utilizaram como recurso
de afirmação de suas tradições a oralidade. Ensinamentos transpassados,
geração após geração, consolidaram suas concepções de homem e
sociedade. Para estas civilizações, embora a Antropologia e a Educação não
constituíssem formas específicas de conhecimento como a Filosofia, pensar
o homem e a sua educação era a base para a formação de um povo. É
importante destacar que para estes povos a vida humana estava intimamente
ligada com a natureza. Nesta perspectiva a cultura é uma forma ampliada da
relação do humano com o universo.
Os processos de expansão colonial da Europa no mundo introduziram
novas formas de dominação cultural. Intelectuais, ocupados da tarefa de
conhecer os povos dominados, contribuíram para o nascimento do pensamento
social entre os séculos XVII e XVIII. Com o surgimento das Ciências Sociais
originam-se as principais orientações teóricas e metodológicas que iriam
possibilitar a emergência da Antropologia e da Educação como áreas
disciplinares do pensamento científico moderno.
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Antropologia e Educação Colonialismo e pensamento social
JECUPÉ, Kaká Werá. Terra dos mil povos. 2. ed. São Paulo:
Peirópolis, 1998.
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