Gerenciamento de Resíduos Granja
Gerenciamento de Resíduos Granja
Gerenciamento de Resíduos Granja
LILIANE GEDOZ
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
MEDIANEIRA
2014
LILIANE GEDOZ
MEDIANEIRA
2014
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Especialização em Gestão Ambiental em Municípios
TERMO DE APROVAÇÃO
Titulo da Monografia
Por
Liliane Gedoz
______________________________________
Prof. Dr.Augusto VaghettiLuchese
UTFPR – Câmpus Medianeira
(orientador)
____________________________________
Profa Dra Fabiana Schutz
UTFPR – Câmpus Medianeira
_________________________________________
Profa .M.Sc. Marlene Bortolli
UTFPR – Câmpus Medianeira
Dedico este trabalho a Deus
que me concedeu a oportunidade e força
para a realização desta especialização
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 13
2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................................................................... 13
2.2 HISTÓRICO DO LIXO ..................................................................................... 14
2.3 LEGISLAÇÕES ................................................................................................ 16
2.4 RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO A ORIGEM .................................................. 18
2.5 CLASSES DOS RESÍDUOS ............................................................................ 20
2.5.1 Classe I - Resíduos Perigosos .................................................................. 20
2.5.2 Classe II- A – Resíduos Não Inertes ......................................................... 21
2.5.3 Classe II- B – Resíduos Inertes ................................................................. 21
2.6 PADRÕES DE IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DE RESÍDUO .............................. 22
2.7 RECICLAGEM ................................................................................................. 23
2.7.1 Benefícios da Reciclagem ......................................................................... 24
2.7.2 Motivações para a Reciclagem ................................................................. 25
2.8 ARMAZENAMENTO ........................................................................................ 26
2.9 COLETA / COLETA SELETIVA ....................................................................... 28
2.10 DESTINAÇÃO FINAL .................................................................................... 28
2.10.1 Aterros Sanitários .................................................................................... 28
2.10.2 Aterro Controlado .................................................................................... 29
2.10.3 Aterro Industrial ....................................................................................... 30
2.10.4 Incineração.............................................................................................. 31
2.10.5 Compostagem ......................................................................................... 31
2.11 AVICULTURA E O MEIO AMBIENTE............................................................ 32
2.12 DESENVOLVIMENTO DAS AVES ................................................................ 33
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ..................................... 36
3.1 COLETA DOS DADOS .................................................................................... 37
3.2 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 40
4.1 QUALIFICAÇÃO DOS RESIDUOS GERADOS ............................................... 40
4.2 QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA PROPRIEDADE, POR
PROCESSO .......................................................................................................... 41
4.2.1 Resíduos Gerados no Processo de Alojamento ........................................ 43
4.2.2 Resíduos Gerados na Pinteira .................................................................. 45
4.2.3 Resíduos Gerados no Processo de Criação ............................................. 45
4.2.4 Resíduos Gerados no Processo de Controle de Pragas ........................... 50
4.2.4 Resíduos Gerados no Processo de Vazio Sanitário.................................. 51
4.3 ARMAZEMANENTO E DISPOSIÇÃO FINAL .................................................. 53
4.4 QUANTIFICAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO NAS
DEMAIS PROPRIEDADES.................................................................................... 56
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................58
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61
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1 INTRODUÇÃO
embora não pareça – é constituído em sua maioria, por dejetos de frango, frango
mortos, papel/papelão, plásticos, EPI’s usados, madeiras, cinzas, frascos de
medicamentos e desinfetantes, lâmpadas, “iscas” para ratos, entre outros.
Deve-se então quantificá-lo, para saber qual a necessidade de
armazenamento e frequência das coletas e possíveis custos no transporte e
destinação final.
Num sistema de gestão ambiental, é necessário que todo o resíduo gerado
durante o processo produtivo seja separado em conformidade com os
procedimentos legais. Os recipientes devem ser identificados com cores
padronizadas, conforme a resolução do CONAMA Nº.275/2001e de acordo com o
tipo de lixo a ser descartado. Esta ação visa facilitar a separação e acomodação
correta evitando a contaminação com resíduos de classes diferentes. Para que
ocorra a separação dos mesmos é necessária a realização de campanhas de
“educação ambiental” para com todos os colaboradores envolvidos no processo.
Após a separação é essencial o acondicionamento e armazenamento dos
resíduos e a solução mais eficaz seria a construção de uma central para o
armazenamento adequado dos resíduos gerados e ou ponto de coleta.
Todos os resíduos armazenados, indiferente de sua quantidade e
classificação, devem receber uma destinação final adequada.
O presente trabalho tem como proposta a realização de técnicas de
segregação, armazenamento e disposição final dos resíduos sólidos gerados em
uma propriedade, cuja função é a criação de aves para abate, este estudo servirá de
base para a implementação do Sistema de Gestão Ambiental da Empresa a qual a
propriedade é parceira e para a orientação dos avicultores.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Lixo: “tudo o que se varre para deixar limpa uma casa, rua, jardim. - Restos
de coisas inaproveitáveis. - Imundície, sujeira, cisco” (LUFT, 2001, p.427).
Segundo Moura, (2004 p. 266) “os resíduos sempre significam desperdícios
quando gerados de maneira anormal ou desnecessária. A solução mais
recomendada consiste em gerenciar, de forma integrada e adequada, o problema
dos resíduos”.
Ainda de acordo com o autor “existem opções melhores e outras piores, cada
caso exigindo uma solução”.
A sequência das soluções, que estão no “pódio”, é Prevenção, Reutilização,
Reciclagem, Uso como Combustível, Incineração e Disposição em Aterros.
A degradação da qualidade ambiental, definida como sendo a alteração
adversa das características do meio ambiente, ocorre em decorrência das
transformações espontâneas da própria natureza, mas, se ela vier a ocorrer devido à
atividade antrópicas, surge, então, o fenômeno da poluição. Sendo assim, o dano
ambiental é a poluição causada por qualquer atividade humana que venha direta ou
indiretamente atingir prejudicialmente o próprio homem na sua saúde, segurança e
bem estar ou em suas atividades sociais e econômicas; as formas de vida animal e
vegetal e o meio ambiente em sua totalidade, tanto física quanto esteticamente
(ARTIGO 3º, III DA LEI Nº. 6.938/81, CONAMA, 2001).
2.3 LEGISLAÇÕES
I - quanto à origem:
II - quanto à periculosidade:
Conforme NBR 10004:2004 resíduos classe II A Não Inertes são aqueles que
não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de
resíduos classe II B - Inertes, nos termos desta Norma
Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Para cada tipo de resíduo sólido uma tratativa correspondente deve ser
seguida, obedecendo a sua classificação.
Cada etapa do processo pode gerar rejeitos diversos, isto é, dentro de um
processo produtivo, desde a fase inicial até a conclusão do produto final, partes dos
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componentes são perdidas em função das ineficiências dos processos. Tanto podem
ser partículas sólidas como líquidas ou gasosas.
A tarefa de captação realiza-se de formas variadas: por ação direta do
operário com auxílio de ferramentas de manuseio e transporte, ou de forma
automatizada, onde por sua vez os rejeitos são levados diretamente ao recipiente
captador.
Normalmente, a opção automatizada é implementada quando os resíduos
gerados representam altas taxas de reprocessamento para uso como componente
recuperado, como por exemplo, as aparas geradas durante as várias etapas de corte
do papelão ondulado, são recolhidas através de um sistema pneumático, prensadas
e levadas ao início do processo onde servirão como componente da matéria-prima.
Após a coleta dos resíduos gerados nos processos, é necessário armazená-
los separadamente em local definido, para que se providencie a destinação final,
que pode vir a ser a reciclagem, reaproveitamento em outro processo ou envio ao
aterro sanitário.
Muito comum hoje, a participação de terceirizados que fornecem, através de
contratos específicos, recipientes tipo caçambas retornáveis, que permanecem no
interior da empresa até seu completo enchimento. Quando isto acontece, a empresa
terceirizada é contatada, repondo um recipiente vazio e retornando com o cheio em
um caminhão tipo basculante.
Resíduos perigosos são tratados de forma distinta e eventualmente a
empresa precisa pagar a uma terceirizada habilitada para levar e promover a
destinação final destes.
2.7 RECICLAGEM
Segundo Moura (2004 p 286). Existem varias razões que estimulam a adoção
do processo de reciclagem:
26
2.8 ARMAZENAMENTO
cobertura
minimização dos problemas de poluição da água, provocados por lixiviação
2.10.4 Incineração
2.10.5 Compostagem
O Brasil tem hoje uma das produções avícolas mais desenvolvidas do mundo,
cenário que se formou devido ao trabalho e competência dos agentes de toda a
cadeia produtiva para se adequar às constantes exigências principalmente do
mercado internacional. Hoje o País é referência quando o assunto é proteína de
frango de qualidade. Além da genética, nutrição, manejo aliados ao meio ambiente,
o bem-estar animal é um dos pilares importantes e responsáveis pela rápida
evolução do setor avícola. (ABIÊNCIA E NOVOS CONCEITOS PARA A
AVICULTURA BRASILEIRA, 2012).
Os consumidores atualmente estão cada vez mais exigentes e preocupados
com a procedência da carne de frango que está sendo consumido, assim como com
o destino dos resíduos gerados para tal produção. A indústria avícola por sua vez
tem a obrigação de orientar o produtor de frangos a implantar novas técnicas e
alternativas para atender a necessidade do seu consumidor final, principalmente no
que se refere ao bem estar animal e ao meio ambiente.
Segundo a revista digital Avicultura Industrial: A cadeia de produção avícola
nacional constitui-se no setor pecuário com maior índice de industrialização. As
questões ambientais relacionadas a essa atividade tomam uma importância ainda
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
*Os frangos mortos são monitorados por uma planilha de acompanhamento do lote a mesma não
será apresentada por dispor de dados do produtor, as informações foram transcritas na Tabela 3
**Os roedores contabilizados contemplam somente os que foram encontrados, não sabemos a
quantidade de animais que se alimentaram da isca e morrem longe da propriedade.
***Os dados da quantidade da cama foram estipulados, pois o lote do avicultor estava na segunda
cama e a retirada da mesma só é realizada a partir das 7 ou 10 camas, dependendo das condições
da mesma.
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Figura 05 - Lacres Utilizados nos Caminhões de Transporte dos Pintinhos ate o Alojamento na
Propriedade
Figura 06 –Papel Utilizado nas Caixas para Transporte dos Pintinhos ate a Propriedade
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Os demais resíduos como pedaços de canos são encaminhados a reciclagem e a
estrutura de madeira queima, já as estrutura material conhecidas como entulhos, são
utilizadas na estrada de acesso ao galpão.
Como sabemos os galpões são grandes atrativos para vetores, como moscas
e ratos devido ao ambiente e a quantidade de alimentos fornecidos. Como estes
vetores não são bem vistos no galpão a necessidade de eliminação dos mesmos,
para isso o proprietário utiliza as iscas artificiais ao redor de toda a estrutura, este
processo de controle gera como resíduos as embalagem das iscas, as sobras de
iscas recolhidas na manutenção e revisão das armadilhas (Figura 14) e os próprios
roedores. Atualmente as iscas e os roedores encontrados são coletados e
encaminhados para a composteira juntamente com as aves mortas e as embalagens
das iscas para a reciclagem.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL, LEI 12305/2010 Política Nacional dos Resíduos Sólidos Disponível em:
http://www.planalto.gov.br Acessado 02 de maio de 2013 as 13: 50
LICHT ANDREIA: Revista Veja Edição Especial: Como o lixo vira riqueza – as
oportunidades na coleta e tratamento do mais visível e onipresente problema
ecológico das grandes cidades. (Dezembro 2011)
MOURA, Luís Antonio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental. 4 ed. São Paulo:
editora Juarez de Oliveira, 2004.
PAIVA Doralice Pedroso de; Compostagem, destino correto para animais mortos e
restos de parição; Disponível em http://www.cnpsa.embrapa.br, Acessado em 12 de
maio de 2013 às 20h50min.
63
TEVES, Maria Lucila Ujvari de, Lixo urbano Contaminação por resíduos de tintas
e vernizes; São Paulo - SP Ministério do trabalho e empregos – FUNDACENTRO –
fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, 2001.
VALLLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental ISO 14000.6 ed. Revisada e
atualizada-São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.