Pastor - Jonas - Jesus Imagem de Deus - Indd
Pastor - Jonas - Jesus Imagem de Deus - Indd
Pastor - Jonas - Jesus Imagem de Deus - Indd
Jesus Cristo:
Imagem de Deus
Tradução
Jonas Sommer
Página do editor......................................................................7
Eric Davis
Editor
Página do Editor
Alguma vez você já olhou para uma obra de arte moder-
na e consumiu mais de cinco minutos tentando decifrar o que
ela representava? Pode ser até que desista de entender o que
o artista tinha em mente... Seja lá o que ele tentou comunicar,
aquilo permaneceu obscuro.
Neste trimestre, olharemos para Jesus como a imagem
de Deus. Contudo, felizmente, não teremos que decifrar o
que estamos olhando. O Novo Testamento dá uma clara ima-
gem de Jesus, apontando-nos para a figura de Deus.
Nossos estudos englobam três unidades; elas apresen-
tam Jesus Cristo e provêem lições de sua obra, ou seja, uma
armação teológica para entendermos de onde Jesus veio, bem
como uma perspectiva prática sobre o que veio fazer.
A unidade I - “Cristo, a imagem de Deus” – traz cinco
lições projetadas para serem um estudo apropriado sobre o
primeiro advento. No item um, há a indagação básica sobre
quem é Jesus Cristo. A segunda parte explora o que Deus tem
a dizer em resposta a essa pergunta. A seguinte examina Jesus
como a luz que vem para conquistar. A quarta lição enfoca-o
como o verbo que se fez carne para viver entre a humanida-
de. E, por último, analisa-se como os assuntos de humilhação
e de exaltação convergiram em Jesus por um exame das
passagens de várias cartas do Novo Testamento.
A unidade II - “Cristo sustém e suporta” - tem quatro
lições que examinaram algumas das afirmações “Eu sou”
registradas no evangelho de João. As duas primeiras partes
estabelecem que Jesus tem poder para sustentar e suportar-
nos, porque veio do alto e tem autoridade e força. As últimas
exploram-no como o pão da vida, a água viva e a luz do
mundo. Em cada uma delas, veremos que Jesus identificou-
se com as necessidades das pessoas.
A terceira e última unidade, “Cristo guia e protege”, tem
quatro lições que também enfocam o “Eu sou” do evangelho
de João. Aqui, explora-se a relação de Jesus com os cristãos
7
sob uma perspectiva corporativa. Na parte 10, vemos que ele
é o bom pastor do rebanho. Na seguinte, examina-se Jesus
como a ressurreição e a vida e, na lição 12, olha-se para ele
como o caminho, a verdade e a vida. O último item explora
de que maneira permanecemos vitalmente vivos, como uma
comunidade, sendo conectados a Jesus - a videira verdadeira.
Enquanto estudo as lições, oro para que você - ao olhar
para Jesus como um retrato de Deus - tenha uma compreen-
são mais rica de quem que é nosso Pai.
Eric Davis
Editor
8
Quem é Jesus Cristo?
Colossenses 1.15–23
10
QUEM É JESUS CRISTO
11
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007
Verso Áureo
“Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a Criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos,
sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo
foi criado por meio dele e para ele.” (Colossenses 1.15-16)
Núcleo da lição
Às vezes, as pessoas lutam para entenderem quem é
Deus. Há algum meio pelo qual podemos obter tal compre-
ensão? A passagem de Colossenses afirma que Jesus, o Filho
do Deus Altíssimo, é tanto humano quanto divino; e é ele
quem revela Deus a nós.
12
QUEM É JESUS CRISTO
4. Por que Deus exaltou Jesus? Por que a Jesus foi dado o
primeiro lugar? O que significa ter essa primazia?
13
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh
Colosso
Sem uma pausa para respiração, depois de saudar os
cristãos em Colosso, Paulo lança uma das mais claras e com-
pletas descrições de quem é Cristo. O apóstolo não faz rodei-
os; imediatamente tenta resolver o problema primário que a
igreja local enfrentava. Ele preocupava-se em não deixar
que algum falso mestre escravizasse aqueles cristãos com “fi-
losofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições
humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não
14
QUEM É JESUS CRISTO
Deus invisível
No verso 15, Paulo diz que Cristo é “a imagem do Deus
invisível”. A última parte desse verso mostra Deus como invi-
sível. Isso somente significa que nós não podemos vê-lo: ele
transcende toda a concepção que temos a seu respeito! Não é
simplesmente um avô bondoso no céu, nem um juiz de bar-
bas brancas, muito menos um tirano déspota. Realmente, é
ridículo supor que nós - seres finitos, espiritualmente míopes
e, geralmente, desajeitados - poderíamos entender o Deus
Criador na sua plenitude; ele que é imortal, infinito e tremen-
do! Felizmente, para Deus não há impossíveis. Nós dizemos,
“inconcebível!” e ele responde: “Eu não penso que isso signi-
fica o que você pensa que significa.” Para nossa sorte, o Deus
invisível decidiu revelar-se a nós.
Um quadro perfeito
A primeira parte do verso 15 diz que Jesus Cristo é a
imagem de Deus. Mais que uma fotografia, a palavra aqui (e
também o restante do texto) sublinha a igualdade da imagem
de Cristo com o original - vê-lo é ver o Pai (João 14.9). Contu-
do, há um outro paradoxo: isso significa que podemos ver o
15
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007
que não pode ser visto! Jesus expressa essa relação crítica em
Mateus 11.27b e diz: “Ninguém conhece o Filho a não ser o
Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho”. Esse é um
círculo fechado, sem lugar para nós. Agradeça a Deus, pois o
verso não termina assim, mas continua dizendo: “...e aqueles
a quem o Filho o quiser revelar”.
Para que isso seja possível, é necessário que Cristo real-
mente seja Deus e que nós de fato possamos vê-lo e conhecê-
lo. A preocupação principal de Paulo, nesta passagem, é esta-
belecer a natureza divina de Cristo. Essa é, certamente, a
reivindicação mais fantástica! Nos versos 16 a 19, o apóstolo
afirma que, por ele, é que tudo foi criado; ele é o propósito
para o qual o mundo existe e, por ele, todas as coisas conti-
nuam existindo. Toda a “abundância/plenitude” de Deus re-
side nele. É a causa e o propósito do universo; é o Começo.
Assim, percebemos que é tudo o que designamos a Deus.
Assim, estamos seguros de que, se podemos nos aproximar e
conhecer Jesus, também estamos nos aproximando e conhe-
cendo Deus.
Nos versos 20 a 23, Paulo mostra como Jesus atravessou
a brecha infinita entre nós e Deus. Estávamos em guerra com
o Senhor apesar de ele ter feito paz pelo seu sangue vertido
na cruz. Nós parecemos alienados e hostis; ele reconciliou-
nos e fez de nós santos e inocentes, além da repreensão.
Paulo, embora tenha sido mais explícito em outras passagens,
também deixa claro aqui que apenas o corpo físico de Jesus
foi pregado na cruz. Ele (nos) “reconciliou no corpo da sua
carne” (Colossenses 1.22). Cristo não é apenas a imagem de
Deus que podemos ver e conhecer; é uma figura humana na
qual se consegue tocar. Além disso, ele curou nossa cegueira
e abriu nossos olhos de forma que podemos ver completa-
mente sua imagem. Por causa de Jesus, enxergamos; e, nele,
vemos a Deus!
Se, então, Jesus é Deus, e olhando para aquele vemos
quem este é, o que vemos? Leia os evangelhos novamente
com esta idéia: Jesus é Deus. Então, o que eles contam sobre
16
QUEM É JESUS CRISTO
Anotações
17
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007
Atividade pedagógica
Conduza os alunos a escreverem uma oração baseada
nos conteúdos da passagem de hoje. Encoraje-os a rezarem-
na a cada dia, durante a outra semana. Termine cantando um
hino apropriado, como “Há poder no nome de Jesus” ou
“Todo poder pertence a Jesus”.
Olhando adiante
Aprenderemos mais sobre Deus, o Pai, através de Deus, o
Filho.
18
O que Deus diz Sobre Jesus
Hebreus 1.1-9
21
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007
Verso áureo
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de mui-
tas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias,
falou-nos pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hebreus 1.1-2).
Núcleo da lição
As pessoas têm idéias diversas sobre Jesus Cristo no
que se refere à sua origem, à sua relação com Deus e à sua
capacidade de revelar Deus a nós. Há um conceito definitivo
sobre Jesus? O escritor de Hebreus informa que Cristo veio de
Deus, e é superior aos anjos.
22
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS
23
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Steve Graffius
Quem é Cristo?
Sob várias formas, essa pergunta tem instigado muita
gente nos últimos dois mil anos de história. Quem era ele -
um criminoso condenado e executado; um mestre idealista
que teve um fim ruim; um rabino mal compreendido e
mitologizado; um profeta segundo as tradições do Velho Tes-
tamento; alguém superior aos anjos, semelhante a Deus e
adotado por ele; ou o próprio Deus? O debate não é menos
pertinente hoje que o fora no passado, até mesmo por muitos
“cristãos” pensarem em Jesus como mero bom exemplo, um
ser humano promovido a superior, como um superanjo.
Na semana passada, vimos Paulo ensinando aos cristãos
colossenses que Jesus é a imagem de Deus, igual a ele em
todos os sentidos, embora isso possa parecer inconcebível a
nós. Hebreus 1.1-9 tem exatamente a mesma mensagem: Deus
revelou-se de um modo novo e diferente, um meio extrema-
mente pessoal.
Mas eu gosto do antigo modo!
Novo é uma palavra que deixa muitas pessoas hesitan-
tes, quando não cínicas. As mais populares e ousadas pala-
vras, em termos comerciais, são “novo” e “grátis”. Particular-
mente, em meu campo profissional da indústria tecnológica,
há a promessa de se revolucionar a vida, o trabalho e, até
mesmo, o jeito como usamos as meias. Na realidade, a maioria
dessas coisas torna tarefas simples bem mais rápidas.
O autor de Hebreus apresenta e afirma Jesus como a
nova (e, incidentemente, gratuita) revelação de Deus; mas
como tudo isso se ajusta? Como a revelação pode ser melhor
que a anterior, já concebida em relação aos anjos, a Moisés e
aos profetas? O velho modo era o dos leitores judeus, apren-
dido durante toda a vida, e pelo qual faziam suas escolhas.
Seria tão fácil para eles recorrerem ao velho modo... Mesmo
que isso significasse afastarem-se de Cristo ou tentarem ajustá-
lo ao já conhecido e criado.
24
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS
Jesus é real!
O autor de Hebreus, escrevendo para uma audiência
predominantemente judaica, é cuidadoso ao construir e apon-
1
O Urim e o Turim eram pedras usadas pelo Sumo-Sacerdote, na antiga nação de Israel,
com uma finalidade bem específica. Diante de decisões difíceis a serem tomadas em
alguns julgamentos, usavam-se as pedras como forma de recorrer e de obter uma
resposta para o caso. O interessante é que a resposta provinha do próprio Deus. Ou seja,
eram duas pedras (Turim) usadas para se comunicar com Deus. E as respostas eram
obtidas por meio de uma leitura decifrada de suas respectivas posições estáticas, logo
depois de serem lançadas. Urim e Turim tinham três faces, e a resposta poderia ser
“Sim”, “Não” ou que Deus tinha ficado em silêncio. N.T.
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Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007
Permitindo o novo
A revelação de Cristo não é uma novidade para nós,
hoje, viventes a mais de 2000 anos depois dele. Todavia, ela
ainda busca nos revolucionar e permanece escapando de
nossa compreensão mental. A revelação de Deus através de
Cristo é completa, pois também é pessoal e ininterrupta; nós
nunca deixamos de aprender sobre Deus através de Cristo,
nosso Senhor. Sempre que penso que não posso conhecer
Deus, sou tocado com sua revelação, Cristo Jesus. Igualmen-
te, sinto que posso fechar o livro da revelação de Jesus, pois o
entendi e absorvi todas as lições que ele tem para mim -
apenas o limitei para o que eu, confortavelmente, conheço e
entendo. Na nova revelação de Deus, Jesus chama a si pró-
prio de “o Caminho, a Verdade e a Vida”. Esse caminho
conduz-nos eternamente para mais perto do Senhor. Sua ver-
dade é insondável, e a vida que ele tem para nos dar é
eterna!
27
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007
Atividade pedagógica
Encontre todas as citações do Antigo Testamento men-
cionadas em Hebreus 1.5-9. Junto com a classe escreva uma
oração ou canção baseada nesses versos; ela deve ser usada
na próxima semana.
Olhando adiante
Podemos ter nossa vida transformada ao nos
encontrarmos com Deus através de Cristo Jesus.
28
Luz que Conquista
1 João 1.1 até 2.5
31
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007
Núcleo da lição
As pessoas buscam relacionamentos significativos que
aumentem a auto-estima e valorizem mais suas existências. E
como cultivar tal relacionamento? O apóstolo João diz que,
em Deus, encontramos um tipo de relacionamento que não
apenas revela nossa necessidade de termos um encontro trans-
formador com o Senhor, mas também provê os benefícios de
um relacionamento que contribuirá para nossa maturidade
espiritual.
33
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh
João é pessoal.
João deixa claro que está contando o testemunho do
que viu e conheceu. É um testemunho pessoal, o depoimen-
to daquilo que ele mesmo presenciou. Portanto, seu relato
não é algo distante, impassível e supostamente imparcial da
mídia moderna. Pelo contrário; João proclama, apaixonada-
mente, seu relacionamento íntimo, palpável e concreto com a
Palavra de Vida. Ele diz: “Eu o vi, o ouvi e eu o toquei.”
A vida eterna foi manifestada a nós, clara e detalhada-
mente. João usa um tempo verbal, no grego, que sugere não
somente ter visto, ouvido e tocado-o durante um período de
tempo, mas que os efeitos daquela experiência continuam.
Por isso, mantém a imagem de Cristo diante dele, e sua voz
continua ecoando em seus ouvidos. O apóstolo teve uma
relação pessoal surpreendente com o próprio Deus, e quer
que seus leitores participem daquela alegria.
34
LUZ QUE CONQUISTA
Deus é luz!
Falando de sua experiência única, o apóstolo João ex-
plana que “Deus é luz; nele, não há treva alguma” (1 João
1.5, NVI). Essa é uma bela analogia: a luz anula as trevas.
Assim, se alguém tropeça ao redor da negridão, é evidente
que não está com sua lanterna em boas condições. Se está
meio escondido na sombra, dá as costas para a luz. Da mes-
ma maneira, caso alguém esteja na luz, necessariamente as
sombras das trevas serão destruídas.
Andando na luz, permitindo que a mesma exponha aquilo
que foi escondido por pura vergonha, confessando nossos
erros, podemos caminhar de cabeça erguida, pois “Deus é
fiel e justo ao perdoar nossos pecados e purificar-nos de toda
injustiça” (v. 9b). Que maravilha! Porém, se voluntariamente
procuramos andar nas sombras e na escuridão, é ridículo
reivindicar qualquer relacionamento real com a luz!
Muitas vezes, enganamos a nós mesmos ao tentarmos
esconder nossos pecados da luz divina. Na maioria das vezes,
gostaríamos de nos convencer de que eles não existem e, se
assim o fosse, não precisariam ser confessados. Mas lembre-
se da fala de João: “Se confessarmos...”, ou seja, se não admi-
tir seus pecados e não os confessar a Deus, não obterá seu
perdão. Este é, pois, apenas para aqueles que confessam e
deixam o erro. É claro que Cristo conhece nossa vida e sabe
dos nossos pecados. Porém, ainda assim, ele oferece-nos seu
amor e perdão; basta confessarmos e abandonarmos os erros.
Algumas pessoas questionam a importância daquilo que
fazemos, pois Jesus perdoará sempre. Antinomianismo é o
nome dado a essa heresia, e significa literalmente “antilei”:
nega-se ou diminui-se a importância da lei de Deus na vida
do crente. É o oposto da heresia gêmea, o legalismo. Os
antinomianos cultivam aversão pela lei de várias maneiras:
alguns acreditam que não têm obrigação de obedecer às leis
morais de Deus por Jesus os ter libertado; insistem em que a
graça não só nos liberta da maldição da lei de Deus, como
35
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007
37
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007
Atividades pedagógicas
Uma boa atividade para esta aula é vendar os olhos de
alguns alunos e pedir para que caminhem alguns metros.
Perguntar como foi a experiência de andar no escuro. Após
esse momento, fazer uma aplicação espiritual do que é andar
na luz de Cristo.
Considere celebrar a “Ceia do Senhor” com sua classe,
enfocando a importância do perdão de nossos pecados e da
reconciliação trazida por Cristo.
Escreva uma oração que enfatize a necessidade de cres-
cimento espiritual; peça aos alunos para usarem-na em cada
dia da próxima semana.
Olhando adiante
Nós exploraremos o que significa o próprio Deus, na
pessoa de Jesus, ter vivido em nosso mundo.
38
O Verbo Tornou-se Carne
João 1.1-18
Meditações Bíblicas Diárias
Stephanie Ritchie
Domingo, Mateus 1.18-25
Neste mundo em que vivemos, tão cheio de pompa,
estamos constantemente presenciando louvores prestados a
líderes. As pessoas fingem prestar homenagens sinceras quando,
na verdade, isso não passa de um show. Por outro lado, os
homenageados sabem das muitas falsidades existentes. E, as-
sim, o mundo caminha...
Quando pensamos em Jesus Cristo, ficamos maravilha-
dos com sua pessoa! Ele, que nasceu no mais humilde de
todos os lugares, aprendeu uma profissão simples, viveu em
um país pobre e não viajou ou conheceu grandes dignitários.
Contudo, é a maior de todas as pessoas que pisaram a Terra!
Veio ao mundo com uma missão sublime: trazer a todos nós a
revelação de que Deus nos ama e nos quer ao seu lado. Ele
não deveria receber mais honras e glórias que todas as outras
pessoas ao nosso redor?
Segunda, Mateus 16.24-27
Você já parou para pensar que, muitas vezes, somos
mais sinceros, humildes e prestativos para com qualquer pes-
soa que se encontra em posição de autoridade sobre a nossa
vida do que com Jesus? Quando se trata de ter essa mesma
consideração com Jesus - nosso Rei e Senhor - nossas atitudes
são diferentes: não temos tempo para uma conversa com ele
e não há disposição para realizar qualquer trabalho em prol
do seu Reino. Em resumo: estamos sempre ocupados, e ne-
nhum tempo resta para ele.
Se Cristo é importante para você, honre-o com sua vida,
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007
com seus bens, com seu tempo e com seus talentos. Mostre a
todos o quanto aprecia o que ele fez na cruz em seu favor.
Viva para Jesus, porque ele viveu e morreu por você! Isso
não é perda de tempo... Tenha em mente: aquele que perder
a vida por causa de Cristo e do Evangelho ganhará a vida. E
aquele que ganhar a vida irá perdê-la.
Terça, Romanos 1.1-5
Você já foi “chamado” por Deus? Muitos se sentem “cha-
mados” por ele para serem pastor, professor, médico ou con-
selheiro. Paulo era uma dessas pessoas e, por isso, foi servo
de Cristo Jesus. Nós todos também somos chamados para ser-
mos servos daquele que nos salvou - Cristo. Uma vez que
estamos em união com Deus, somos seus servos. E, desde
que somos seus servos, somos chamados para fielmente lhe
obedecer.
Você é servo de Deus? Ou pensa que não foi “chamado”
por ele? Deus chamou a todos nós; precisamos nos lembrar
disso!
Quarta, Efésios 1.3-10
Certa vez, alguém me disse que nossos maiores desejos
são palha se comparados aos anseios de Deus para nós. Ele
tem um grande plano e quer que tomemos parte nele; e
consigamos ser um pedaço do grande quebra-cabeça divino.
Muito freqüentemente, tentamos ajustar Deus em nossos pla-
nos e em nossa vida; porém, esquecemos que ele nos ajustou
aos seus planos! Enfim, Deus quer que sejamos dele! Isso não
é maravilhoso?
Quem não deseja ser uma parte do plano divino? Fomos
escolhidos para ser dele, até mesmo antes da criação do mun-
do (verso 4). Nossos desejos deveriam ser os mesmos de
Deus. Se nossos anseios são sem significado em comparação
aos planos divinos para nós, por que eles não são os desejos
de Deus?
Quinta, João 1.1-12
A vinda de Jesus Cristo ao mundo foi cercada de muitos
mistérios e de grandes sinais e prodígios. Havia várias pro-
40
O VERBO TORNOU-SE CARNE
Núcleo da lição
As pessoas precisam sentir que Deus está com elas. E o
que significa ele entrar em nosso mundo? João sugere que,
em Jesus Cristo, Deus experimentou o que é ser humano
para devolver à humanidade o seu relacionamento com Deus.
Deus?
43
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh
Um começo divino!
João começa seu evangelho de uma forma muito di-
ferente da usada pelos outros três evangelistas. Mateus ini-
cia o seu apresentando a genealogia e o nascimento de
Jesus. Lucas, por sua vez, mostra de cara o nascimento de
João Batista, passando depois ao de Jesus. Marcos parte do
batismo de Jesus por João Batista. Os três, portanto, inici-
am com a humanidade de Cristo e com a revelação da
divina natureza. A ressurreição é um final surpreendente,
entretanto pressagiado.
O evangelho de João, ao contrário, tem início com a
natureza divina de Jesus. Ele conta a história da vida e o
ministério de Jesus utilizando o benefício de sua compre-
ensão tardia acerca do Cristo, vendo em cada palavra e
ação de Jesus a palavra e a ação do próprio Deus. Assim,
seu livro começa estabelecendo Jesus como o próprio Deus
- ele existiu no princípio da mesma maneira que Deus. De
fato, a frase “no princípio” é a mesma usada por Deus, em
Gênesis 1. Ele estava com Deus; ele é Deus e é a Luz, a
Vida e o Verbo. Sendo assim, seu evangelho conta a histó-
ria de Jesus desta perspectiva: Deus desceu e viveu entre
nós!
Quando João diz que Jesus é o verbo, usa outra ana-
logia extremamente profunda e que o leitor moderno pro-
vavelmente não percebe. O verbo (o logos) era uma pala-
vra muito amoldada, usada pelos filósofos gregos. Sócrates
e Platão pensavam que o logos tornava possível todo o
pensamento e a razão. O estoicismo (uma filosofia muito
popular nos dias de Jesus) comparou o logos com a razão
cósmica que guiava o universo. João, chamando Jesus de
logos, está dizendo que ele é o último ser, o propósito de
toda criação e aquele que torna o universo possível.
44
O VERBO TORNOU-SE CARNE
Não é irônico?
Como declarado no verso 3, todas as coisas vieram à
existência por intermédio de Jesus. Essa Luz – esse último
propósito, a meta do Universo – brilhou na escuridão; toda-
via, a escuridão não a compreendeu. Literalmente, a escuri-
dão não a pôde pegar. Mais adiante, nos versos 9 a 11, a Luz
Verdadeira mostra-se no mundo, no mesmo mundo feito por
ele; contudo, ninguém a conheceu.
A grande ironia, a tragédia suprema, é disposta no verso
10: o mundo inteiro foi feito por ele e ele estava no mundo;
todavia, ainda não o conheciam! Ele veio para os seus – um
povo que ele mesmo havia escolhido, cuidadosamente ensi-
nado e moldado durante séculos – e as pessoas não o rece-
beram. A humanidade, tendo-se virado à escuridão, mostra-
va-se cega à Luz. O mundo tinha aceitado uma mentira, e
estava impossibilitado de compreender a Verdade.
De certa forma, isso faz sentido. A escuridão é abolida
pela luz, assim como para as trevas o ato de alcançar a luz
seria algo autodestrutivo. As pessoas sentem necessidade de
Deus, porque foram criadas para se relacionarem com ele.
Somos iguais a um astronauta que, tendo cortado a própria
linha de segurança, silenciosamente, distancia-se da nave,
vagando cada vez para mais longe dela, numa sentença de
morte.
Cristo vestiu um terno espacial e lançou-se fora, atrás de
nós, no espaço aberto; porém, com a linha de segurança
intacta. Ao se unir a nós em nossa situação, ele tornou-se algo
que podemos conhecer, receber/captar. Tendo nos unido a
Jesus, somos reconectados a Deus e, assim, somos salvos.
João 1.12 diz: “Aos que o receberam, deu-lhes o direito de se
tornarem filhos de Deus” (NVI). No grego, literalmente, para
esses que o “pegaram”. O apóstolo ainda deixou bem claro:
“Aos que creram em seu nome”. Como eles puderam o rece-
ber? Porque o verbo – que era inatingível, a suprema causa e
a última razão, o próprio Deus – tornou-se carne e habitou
45
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007
O grande exegeta
João continua a explicar um pouco mais do que esse
milagre realmente significa para nós. Diz que, devido à pleni-
tude de Cristo, porque ele é completa e totalmente divino,
temos recebido graça sobre graça. A Lei (que nos permitia ter
algum conhecimento sobre Deus) foi dada por intermédio de
Moisés, um ser humano; mas a graça e a verdade somente
poderiam vir por Jesus – ele, sendo completamente divino,
deixou-nos conhecer a Deus.
Ninguém viu Deus em qualquer tempo. Esta palavra,
“viu”, significa entender ou experimentar. Ninguém entendeu
Deus; mas Jesus explicou e fez Deus ser conhecido. Isso
recorda nosso estudo de três semanas atrás, em Colossenses,
no qual Paulo chama Cristo de “a imagem do Deus invisível”.
O Senhor teve que adentrar em nosso mundo, pois nunca
poderíamos adentrar no dele.
46
O VERBO TORNOU-SE CARNE
2
A palavra exegese deriva do grego exegeomai, exegesis; ex. Tem o sentido de ex-trair, ex-
ternar, ex-teriorizar, ex-por; e gese quer dizer, no caso, conduzir, guiar. Por isso, no
sentido literário, exegese significa: guiar para fora os pensamentos que o escritor tinha
quando escreveu um dado documento, isto é, significa “tirar de dentro para fora”,
interpretar. O autor da lição faz esse jogo de palavras em relação a Jesus, porque ele
tirou o conhecimento de Deus de dentro (dos céus) para fora (terra). N.T.
47
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007
Atividades pedagógicas
Peça à turma para escrever um acróstico baseado na
palavra “Encarnação”. Você também deve pedir a um dos
alunos para fazer um relatório sobre João Batista. Além disso,
podem escrever uma oração para a próxima semana,
enfocando a Encarnação e o que ela representa para a fé.
Termine a aula cantando uma canção sobre o Emanuel, o
Deus conosco.
Olhando adiante
Em nosso próximo estudo, enfocaremos a humilhação e
a exaltação de Cristo.
48
Humilhação e Exaltação
Filipenses 2.1-11
como fui tola!! Hoje me vigio a cada instante para não errar
novamente. Pensar que nosso conhecimento ou as capacida-
des dadas por Deus são um fim em si mesmo é terrível! A
Palavra diz: “A soberba precede a ruína; a altivez de espírito,
a queda.” (Provérbios 16.18)
50
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO
51
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007
Núcleo da lição
Algumas pessoas evitam a humildade por acharem que
é um sinal de fraqueza; outras a abraçam a ponto de se
orgulharem de tê-la! Ao mostrar que Jesus Cristo alcançou o
equilíbrio perfeito entre humildade e exaltação, Paulo insta
os cristãos a assumirem a mente de Cristo.
52
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO
53
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh
Um começo divino!
Filipenses 2.1 começa com “Portanto...” referindo-se
ao que fora dito em 1.27-30. Em resumo, Paulo está cha-
mando-os a viverem de uma “maneira digna do evange-
lho de Cristo”. Foi-lhes concedida a oportunidade de so-
frerem por causa de Cristo, para expressarem o mesmo
conflito que viram em Paulo; quer dizer, eles desejavam
partir e estar com Cristo, como também viver e servi-lo.
Com isso em mente, Paulo exorta-os a serem unidos.
E lista quatro condições: se há algum encorajamento em
Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão no
Espírito e alguma profunda afeição e compaixão. Todas
essas condições são tidas como verdadeiras.
A palavra “se” assume uma condição cumprida e po-
deria ser traduzida por “uma vez que”. A idéia, portanto, é:
uma vez que há encorajamento, amor, comunhão, afeição
e compaixão, sejam unidos! Então, o apóstolo lista quatro
formas de colocarem em prática tal união. Em primeiro
lugar, as pessoas precisam ter a mesma mente, como reló-
gios perfeitamente sincronizados por Cristo, estando na
mesma batida. Além disso, precisam ser unidas em amor e
manterem o mesmo amor; unidas em espírito, corpo e alma;
e devem compartilhar um propósito. Mente a mente, cora-
ção a coração, alma a alma... propósito a propósito! Esse
ideal de unidade e de amor cristão é bonito, mas parece
irreal. Muitas igrejas assemelham-se a qualquer coisa, me-
nos a uma união. Isso ocorre, porque estão cheias de indi-
víduos que buscam saciar suas próprias necessidades e sua
glória pessoal. A chave aqui, continua Paulo, é um espírito
de humildade.
54
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO
O modelo de humildade
Basicamente, devemos seguir o exemplo de Cristo.
Ele era Deus, e merecia toda a glória e o reconhecimento
também merecidos por Deus. Paulo diz que ele subsistia
em forma de Deus. A palavra para “subsistir” ou “ser” des-
creve o estado contínuo de Cristo. Ele sempre teve e tem a
56
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO
A kenose (esvaziamento)
Do que exatamente Cristo esvaziou-se? Ele continuou
sendo o Filho de Deus, completamente divino. Deixou seu
ambiente de glória e ficou limitado em localização e em
conhecimento. Até mesmo mais, como dissemos antes: es-
vaziou-se das manifestações óbvias da sua glória, de for-
ma que todos que o viram, com exceção de uns poucos,
estavam desavisados disso e não lhe deram o louvor e a
adoração que, inquestionavelmente, merecia.
Ele usou a forma de um servo. A palavra forma é a
mesma usada no verso 6, referente à expressão externa do
ser dentro dele. É nisso que devemos seguir a Cristo! So-
mos chamados a tomar a forma de um servo; devemos
nos humilhar e ser obedientes a ponto de morrer se preci-
so for.
57
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007
Atividades pedagógicas
Peça à classe para compartilhar momentos em que cada
um buscou a Cristo e a igreja necessitando de encorajamento,
de consolação, de compaixão, de simpatia ou de
companheirismo. Leiam, juntos, Filipenses 2.5-11, em voz alta,
para finalizar a lição.
Revisando
Esta unidade apontou para “Cristo, a imagem de
Deus”. Começou com a questão “Quem é Jesus?” e
finalizou com o desafio de sermos iguais a ele.
58
Eu Sou lá de Cima
João 8.23-38, 48-56, 58-59
61
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007
Núcleo da lição
Os seres humanos, freqüentemente, buscam ajuda quan-
do estão tentando se livrar de padrões comportamentais
destrutivos. Que fonte de ajuda está disponível para nós ao
buscarmos nos libertar do pecado? O apóstolo João declara
que somos verdadeiramente libertos em Jesus; ele está acima
de tudo.
62
EU SOU LÁ DE CIMA
63
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
Neste trimestre, nossa meta é aprender mais sobre
Jesus Cristo. Durante as próximas oito semanas, estuda-
remos especificamente as declarações “Eu sou” contidas
no Evangelho de João. Um padrão notado é que Jesus
identificou-se com as necessidades mais profundas das
pessoas.
Os versos das Escrituras para esta lição, de João 8,
relembram-nos que Jesus é de cima. Portanto, tem o poder
de suster-nos e de capacitar-nos. Um modo primário como
faz isso é livrando-nos da escravidão do pecado. O con-
texto bíblico é de um encontro, em Jerusalém, entre Jesus
e “a multidão”. Esse grupo era composto de muitos perso-
nagens discrepantes; alguns conheciam Jesus pessoalmen-
te; outros não tiveram relação alguma com ele, tendo ne-
nhum conhecimento a seu respeito. Algumas pessoas acre-
ditavam que Jesus era o tão esperado messias; outras o
viam como um blasfemador, um homem comum reivindi-
cando ser Deus.
A história de hoje é, de fato, a continuação de uma
narrativa começada anteriormente, em João 7. Jesus veio
para Jerusalém durante a Festa dos Tabernáculos, e a meio
caminho da festividade, começou a falar à multidão, no
templo. Uma revisão desse encontro revelará vários temas
primários, entre eles a fé, os conflitos e as divisões. O cha-
mado de Jesus às pessoas, para terem fé nele (convicção),
trouxe conflito entre ele e aqueles que não creram. Isso
também reforçou uma divisão e, então, mais conflito esta-
beleceu-se, entre aqueles que tiveram e os que não tive-
ram fé.
64
EU SOU LÁ DE CIMA
Explanação
O verso 31 estreita o enfoque desta narrativa. Neste
momento da história, Jesus começou a falar àqueles que
tinham depositado nele a sua fé. Porém, um olhar rápido
ao término da história pode deixar alguém confuso, pois
estas mesmas pessoas - aparentemente com fé em Jesus -
pegavam pedras para matá-lo! O que aconteceu?
Será que elas estabeleceram um compromisso de fé
prematuro em Jesus? Quando depositaram sua fé, no que
exatamente acreditaram com relação a ele? Aparentemen-
te, NÃO creram na divindade de Jesus, porque quando ele
articulou o “Eu sou”, em sua declaração no verso 58, senti-
ram-se incitadas a matá-lo. Elas reconheceram, nessa frase,
que Jesus reivindicava ser Deus. Obviamente aquela fé em
Jesus não comportava tal idéia...
O problema começou quando Jesus disse, nos versos
31 e 32, que, se elas obedecessem a seus ensinamentos,
seriam livres. Aparentemente, houve uma quebra na co-
municação entre Jesus e sua audiência. Esses membros
estavam enfocando a realidade física, e compreenderam
que Jesus dizia que seriam livres da escravidão de pessoas.
Aos seus olhos, não eram escravas; e sim, pessoas livres.
Então, a declaração de Cristo não fazia sentido algum para
elas. Porém, ele falava da escravidão espiritual, como se
percebe nos versos 34 a 36, no trecho em que ensinou
sobre a escravidão do pecado.
A desconexão entre Jesus e a multidão é vista mais
adiante também quando as pessoas, teimosamente, agar-
ram-se à idéia de que Abraão era seu pai espiritual e, de
certo modo, o libertador. Jesus tentou lhes falar que eram
escravas do pecado, mas não puderam ouvi-lo... Precisa-
vam de alguém para libertá-las da escravidão do pecado;
contudo, recusavam-se a reconhecer que se encontravam
em tal escravidão!
O que ocasionava essa lacuna de comunicação, en-
65
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007
Encorajamento
Dar uma olhada nos membros da multidão, nesta
passagem das Escrituras, é algo instrutivo para nossa pró-
pria vida. Essas pessoas estavam inflexíveis em seu
posicionamento, crendo apenas que sua herança espiritual
era suficiente para guardá-las da escravidão. Tinham Abraão
como “pai” e do que mais precisavam?
Nós, como cristãos, também temos uma rica herança
espiritual que, de algum modo, também inclui Abraão. Te-
mos Deus como nosso Pai e do que mais carecemos?
É maravilhoso ser filho de Deus, mas ele tem real-
mente feito diferença em minha vida? Penso que a ques-
66
EU SOU LÁ DE CIMA
67
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007
Olhando adiante
Na próxima lição, refletiremos sobre a autoridade de Jesus
e sobre seu relacionamento com o Pai.
3
O programa “os doze passos” (twelve-step program) foi criado nos Estados Unidos,
em 1935, por William Griffith e pelo Doutor “Bob” Smith, inicialmente para o
tratamento de alcoolismo e,mais tarde, estendido a praticamente todos os tipos de
vícios. Os passos são: 1) Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos
perdido o domínio sobre nossas vidas; 2) Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos
poderia devolver-nos à sanidade; 3) Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de
Deus; 4) Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos; 5) Admitimos, perante
Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas; 6)
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter; 7)
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições; 8) Fizemos uma relação de
todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a reparar os danos a elas causados; 9)
Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando
fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem; 10) Continuamos fazendo o inventário pessoal e,
quando estávamos errados,admitíamos prontamente; 11) Procuramos, pela prece e pela meditação,
melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o
conhecimento de Sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade; 12) Tendo
experimentado um despertar espiritual, graças a esses Passos, procuramos transmitir essa mensagem
aos demais e praticar esses princípios em todas as nossas atividades.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_12_passos. NT.
68
Jesus é a Autoridade e o Juiz
João 5.19-29
71
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007
Núcleo da lição
Muitas vezes, questionamos a justiça ou a
apropriabilidade de um julgamento ou de uma decisão. É
possível ser imparcial e completamente justo? João diz que
Jesus tem uma autoridade vinda diretamente de Deus, pois
ambos são perfeitos. Suas decisões são, assim, perfeitas tam-
bém. A autoridade de Jesus foi demonstrada diretamente quan-
do ele curou o paralítico no dia de sábado.
1. Que resposta Jesus deu aos líderes judeus? Por que precisa-
va se defender contra eles?
72
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ
73
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
Na lição de hoje, vemos Jesus numa posição que lhe
era familiar: em conflito com os líderes religiosos judeus. O
contexto imediato desta passagem das Escrituras é encon-
trado em João 5.1-18. Jesus tinha curado um homem inca-
pacitado, no sábado, e, por isso, era perseguido pelos líde-
res religiosos por “quebrar” aquele dia santo (verso 16).
Jesus responde aos perseguidores (verso) apelando
para seu Pai. Uma vez que o Pai ainda estava trabalhando,
disse Jesus, então ele tinha o mesmo direito de trabalhar!
Os judeus escolheram interpretar essa resposta como uma
reivindicação de que Jesus era igual a Deus (verso 18).
Criticamos, freqüentemente, esses líderes religiosos por es-
tarem errados sobre tantas coisas... Porém, desta vez, te-
mos que admitir que tinham razão: Jesus reivindicava mes-
mo ser Deus!
Este é o principal enfoque de nossa passagem bíbli-
ca: o fato de Jesus reivindicar igualdade com Deus. Isso é
comunicado nos versos 19 a 23 pelo uso repetitivo que ele
fez dos termos “Filho” e “Pai”. Cada um desses versos
discute as facetas da conexão do Filho com o Pai. O 19
declara-nos que os dois estão conectados por causa de
suas atividades. A declaração de Jesus, de que não podia
fazer coisa alguma por si mesmo, não deve ser interpreta-
da como uma limitação de suas habilidades; ao contrário,
é uma alegação sobre sua identidade: ele reivindicava ser
Deus. (Perceba, a propósito, a declaração semelhante, no
verso 30: Jesus não poderia fazer algo por ele mesmo. Esse
dispositivo de comunicação, a conclusão de uma passa-
gem que ecoa seu começo, serve para enfatizar o ponto de
vista do locutor.). Mais adiante, no verso 20, vemos que o
74
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ
Exploração
Os versos 24 a 26 desenvolvem a reivindicação de
Jesus quanto a ter a capacidade de dar vida às pessoas. A
frase “em verdade vos digo” foi usada por ele para alertar
os ouvintes de que iria fazer um pronunciamento muito
importante, algo que precisava ser ouvido e praticado. Duas
vezes neste parágrafo vemos essa frase, indicando também
a preocupação de Cristo com os ouvintes, para que o en-
tendessem realmente. Afinal de contas, ele lidava com um
assunto de vida e de morte eterna!
Dizer que Jesus era um mestre na arte da comunica-
ção é como falar que há uma força puxando todos os
objetos em direção a Terra. É óbvio! Você pode argumen-
tar contra a lei da gravidade, mas seria perda de tempo; a
cada segundo do dia, as evidências dessa ação estão dian-
te de seus olhos. De forma semelhante, há evidência do
domínio de Jesus na comunicação, mostrada no verso 24.
Quanto ainda a esse verso, pode-se dizer que ele muito
claramente nos fala sobre possessão e posição. Há uma
pessoa, disse Jesus, que possui a vida eterna: aquela que
ouve as palavras de Jesus e que crê naquele que o enviou
(Deus Pai). Além disso, por possuir a vida eterna, aquela
pessoa não será condenada. Como Jesus declarou, ela passa
da morte para a vida. Por ter essa vida eterna, não corre o
risco de ser condenada à morte; sua posição está segura.
75
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007
Encorajamento
Muitas pessoas têm um propósito para suas vidas: usam-
na exclusivamente como uma ferramenta ou um pagamento
que fará com que possam entrar no céu. Enfocam a maio-
ria da atenção em satisfazer “exigências” para esse ingres-
so. Por isso, não podem viver no presente, porque este
deve ser sacrificado para cumprir sua meta/missão futura.
Você conhece alguém que utiliza essa filosofia como um
fundamento de vida? Como a vida de tal pessoa parece?
Será ela completa, no sentido de estar desfrutando sua
existência?
Uma das grandes bênçãos de viver como um cristão é
a certeza de que entraremos no céu. Deus já nos garantiu
isso! Lembre-se da promessa de Jesus no verso 24. Possuí-
76
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ
77
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007
Atividades pedagógicas
Peça a alguns dos alunos para darem o testemunho de
sua fé em Jesus. Elaborem, juntos, uma oração que expresse
submissão à autoridade de Deus. Relacionem experiências
de vida nas quais foi obscurecida a justiça de Deus por algum
tempo, mas depois o benefício ficou aparente.
Olhando adiante
Na próxima lição descobriremos alguém que pode
prover nossa satisfação espiritual.
78
Eu Sou o Pão e a Água da Vida
João 6.34-40; 7.37-39
81
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007
Núcleo da lição
As pessoas estão constantemente buscando experiências
ou possessões capazes de prover satisfação e uma sensação
de plenitude. Podemos descobrir alguém que forneça satisfa-
ção espiritual? De acordo com João, Jesus retratou a si mesmo
como aquele que provê uma vida completa de satisfação.
82
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA
83
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Exploração
A parte bíblica de estudo desta lição é composta de
duas passagens diferentes, com relatos sobre eventos ocor-
ridos em cidades e em ocasiões diversas. Embora a locali-
zação e o tempo sejam separados, há uma verdade que as
une: Jesus é a fonte da vida, e o caminho para ter acesso a
tal vida é pela fé.
A primeira narrativa, de João 6, relata eventos acon-
tecidos em Cafarnaum, uma cidade situada na Galiléia, a
parte de Israel onde Jesus cresceu. A segunda história, de
João 7, mostra os fatos ocorridos no Templo de Jerusalém,
a 95 km ao sul de Cafarnaum.
Os eventos de João 6 ocorreram perto da Festa da
Páscoa (6.4), e os de João 7, durante a Festa dos
Tabernáculos (7.2,14). Há 6 meses de separação entre as
duas comemorações. A Páscoa é celebrada na primavera e
a Festa dos Tabernáculos, no outono.
João 6.1-15 conta-nos que Jesus realizou um milagre:
alimentou uma multidão de cinco mil pessoas com somen-
te cinco pães e dois pequenos peixes. Essa história do
milagre é o contexto para o primeiro texto das Escrituras
de hoje, João 6.34-40. Nela, temos a famosa proclamação
de Jesus: “Eu sou o pão da vida.” (verso 35).
Voltando um pouco atrás, vemos, nos versos 26 e 27,
a declaração de Jesus na qual afirma que, embora se saciar
fisicamente seja importante, alimentar-se espiritualmente é
mais relevante; torna-se vital. Então, em 28 e 29, Jesus
disse aos ouvintes como alcançar o alimento espiritual: cren-
do naquele que Deus enviou. O verdadeiro pão do céu - o
pão de Deus - não é um pão de verdade; é uma pessoa
(versos 32 e 33). Finalmente, sua proclamação, em 35, ser-
84
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA
Explanação
Pode parecer um mero exercício acadêmico identifi-
car e discutir as proclamações de Jesus. Que proveito há
para alguém observar que ele reivindicou ser a fonte de
plenitude espiritual? Aparentemente, esse é apenas um exer-
cício inútil... Porém, se o colocarmos em seu contexto apro-
priado da existência humana, sua utilidade aparece de re-
pente. Veja; nós, os seres humanos, temos uma necessida-
de enorme! Você pode chamar isso de diferentes formas:
conexão espiritual, realização, propósito, sentido, etc. O
ponto é este: uma vez que somos criados à imagem de
85
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007
Encorajamento
Meu desafio para você tem dois lados. Primeiramente,
faça a si mesmo esta pergunta: minha fé em Jesus faz dife-
rença em minha vida cotidiana? Depois, busque uma res-
posta sincera. Uma coisa é fazer a pergunta, mas algo com-
pletamente diferente é respondê-la verdadeira e transpa-
rentemente. Cristo reivindicou ser o Pão da Vida e prome-
teu dar-nos água viva. Você, verdadeiramente, está experi-
mentando essa realização espiritual da qual ele falou?
Conhecer Jesus impacta as pessoas com quem você
escolhe passar o tempo, o conteúdo que escolhe para estar
em sua mente, as atividades das quais escolhe participar,
as causas que escolhe apoiar. Enfatizo a palavra “escolhe”,
porque esse é o mecanismo pelo qual vivemos nossa fé.
Nossas escolhas dirigem nossa vida.
Lembre-se de que nossa constituição espiritual impe-
le-nos a buscar conexão de espírito. Pensando assim, ten-
86
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA
87
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007
Atividades pedagógicas
Compare e contraste a fome e a sede físicas com as
espirituais. Fale sobre o pão como um elemento importante
da vida e destaque o que ele representa em várias culturas.
Pesquise o simbolismo da cerimônia do cântaro, realizada na
Festa dos Tabernáculos.
Olhando adiante
Jesus cura um cego para mostrar a si mesmo como é
a Luz da vida.
88
Eu Sou a Luz do Mundo
João 8.12-20; 12.44-46
Núcleo da lição
O medo das trevas é uma experiência comum a muitas
pessoas. Há alguma luz disponível capaz de dissipar a escuri-
dão espiritual na qual muitas pessoas encontram-se? João diz
que a luz de Jesus alcança áreas além do alcance da luz física.
A cura do homem cego foi um dos meios pelos quais Jesus
manifestou-se como a Luz da Vida.
92
EU SOU A LUZ DO MUNDO
93
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Exploração
Continuamos nosso estudo das declarações “Eu Sou.”,
feitas por Jesus e registradas pelo evangelista João. Perce-
beremos que o texto de hoje contém uma declaração bem
ajustada em sua colocação histórica. De acordo com João
8.20, Jesus discursava às pessoas enquanto permanecia no
templo, em Jerusalém (lembre-se, também, de João 7.2 e
de 7.37; isso aconteceu durante o último dia da Festa dos
Tabernáculos). Ele estava perto do templo, no qual os ofe-
recimentos foram feitos.
Um dos rituais diários da festa, visível dessa área, era
a iluminação de luminárias muito grandes. Elas simboliza-
vam a coluna de fogo que tinha conduzido os israelitas
durante sua jornada no deserto (Veja Êxodo 13.20-22).
Então, quando Cristo proclamou que era a Luz do Mundo,
fazia uma analogia já conhecida, ao longo daquela sema-
na, pelos ouvintes.
Essa comparação feita por ele ajusta-se perfeitamen-
te, também, ao contexto do evangelho de João. No capítu-
lo 1, por exemplo, o apóstolo descreve Jesus como “a luz
dos homens” (verso 4) e “a verdadeira luz que alumia a
todo homem” (verso 9). João viu-o como aquele que sal-
varia as pessoas da escuridão (verso 5). A autoproclamação
de Jesus como a Luz do Mundo, então, era a confirmação
da perspectiva joanina.
É fixado pelo contexto histórico que Jesus, por causa
de suas palavras em João 8.12, não apenas se ofereceu às
pessoas como a fonte de verdadeira luz, como também as
convidou para segui-lo. Isso também ocorreu séculos an-
tes, quando seus antepassados tinham seguido a coluna
de fogo no deserto. Semelhantemente, a proclamação de
Jesus (em João 12.44-46) recorda-nos que a missão de Cristo
94
EU SOU A LUZ DO MUNDO
Explanação
A coluna de fogo no deserto representava a presença
de Deus junto a seu povo; sua proteção e sua direção ao
seu povo escolhido. A reivindicação de Jesus de ser a Luz
do Mundo traz à mente as mesmas idéias. Entretanto, sua
proclamação (no capítulo 8) não foi aceita pelos fariseus.
As Escrituras dizem que eles desafiaram Cristo (verso 13) e
a base desse desafio era a lei oral: uma testemunha que
testemunhasse por si própria não era acreditável. Seu teste-
munho era inválido, portanto, na opinião deles.
A resposta de Jesus ao desafio foi que tal lei não inva-
lidava seu testemunho, pois ele estava com Deus. Na ver-
dade, ele poderia simplesmente ter dito: “Eu sou Deus.”...
Todavia, suas declarações auto-reveladoras caminhavam
progressivamente para aquela direção.
No princípio, ele reivindicou uma conexão com Deus,
declarando que os fariseus estavam impossibilitados de sa-
berem o que ele conhecia por estarem limitados por suas
perspectivas humanas (versos 14 e 15a). (A reivindicação
implícita aqui era que Jesus não estava limitado a uma
perspectiva humana; conseqüentemente, devia ser divino.)
Então, ele disse (verso 16) que não estava só, porque esti-
vera com o Pai que o tinha enviado. (Essa foi sua primeira
menção do Pai nesta passagem.).
Sua próxima declaração (verso 17) foi uma referência
ao ensino bíblico: uma convicção legal precisava do teste-
munho de pelo menos duas testemunhas (Veja
Deuteronômio 19.15). Ele foi sua primeira testemunha; a
segunda foi o Pai (verso 18), que o tinha enviado. O
questionamento dos fariseus, no verso 19a, “Onde está teu
Pai?”, claramente mostra que eles não compreendiam os
dizeres de Jesus. Ele reivindicava uma conexão com Deus
- o Pai celeste - mas eles entendiam que Cristo estava fa-
95
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007
Encorajamento
O “Eu sou.” do texto de hoje - “Eu sou a Luz do
Mundo.” - , relembra-nos que Jesus identificou-se com as
mais profundas necessidades humanas. Sim; nós necessita-
mos de alimento (pão) e também de água. Entretanto, num
nível até mais profundo, nós, seres humanos, precisamos
de luz! Comida e água permitem-nos subsistir; contudo,
luz possibilita-nos prosperar. E isso é o que Deus quer: a
prosperidade de seus filhos. Lembre o que Cristo falou
(João 10.10): ele veio para nos dar vida; na verdade, não
uma qualquer, mas a vida abundante! A pergunta é: “Como
eu posso tê-la?”
Parece haver duas partes nesse processo. Primeiramen-
te, somos chamados para receber. Temos de aceitar Jesus
Cristo como o salvador enviado por Deus; alguém que se
sacrificou para nos salvar. Esse passo leva-nos a um relaci-
onamento com Deus. Você já completou essa parte?
Depois, somos convidados a pegar o que recebemos
e avançar ativamente. Não ignore o fato de que Jesus dis-
se-nos para pedir, buscar e bater. Ele não defendeu uma
existência passiva; desafiou-nos a avançar na vida. Em João
12.46, ele fala de sua vinda como uma luz de forma que
não temos mais de ficar na escuridão.
96
EU SOU A LUZ DO MUNDO
97
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007
Atividades pedagógicas
Pesquisar e explanar a cerimônia da luz praticada du-
rante a Festa dos Tabernáculos. Você pode aproveitar repor-
tagens jornalísticas que ilustrem atividades da “luz” e das “tre-
vas”. Também pode ser usado um hino ou cântico que inclua
símbolos da luz. Analise cada referência à luz de acordo com
a passagem bíblica de hoje.
Resumindo
Nesta unidade, vimos Jesus Cristo como o sustentador e o
suportador. E percebemos que se identificou com as mais
profundas necessidades das pessoas.
98
“Eu Sou o Bom Pastor”
João 10:1–18
101
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007
Núcleo da lição
As pessoas buscam proteção contra aquilo que repre-
senta uma ameaça ao seu bem-estar. É possível encontrar
proteção neste mundo terrível? Jesus usa a imagem do pastor
para inferir que ele provê proteção espiritual ao seu povo.
passagem?
103
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg
Contexto histórico
O quarto Evangelho, na forma que temos agora, mui-
to provavelmente foi escrito após a destruição de Jerusa-
lém (70 A.D.). Uma possível indicação de que não seria
dessa época é o tempo verbal descrevendo o tanque de
Betesda: “é”, e não “era”, em João 5:2. Os críticos apontam
que, em outras partes, entretanto, João assume o ponto de
vista de alguém presente no momento do evento descrito,
apesar de a descrição ser posterior. Então, isso não é ne-
cessariamente uma indicação forte de que o tempo da es-
crita seja de antes de 70 A.D. A maioria das autoridades
tende a posicionar esse Evangelho como sendo, talvez,
dos anos 90 A.D.
Contexto literário
Nossas presentes declarações “Eu sou.” por Jesus es-
tão situadas entre a Festa do Tabernáculo e a do Hanukkah4
(a Dedicação). A colocação é tal que esta passagem é a
continuação do material de João 9, mas também se esten-
de até o de Hanukkah.
A audiência é aquela do capítulo 9. Se assumimos
que João construiu o texto para posicionar a cura do ho-
mem nascido cego como um material prólogo para o que
se segue no capítulo 10, seremos capazes de “ver” um
número grande de observações no texto.
Os líderes judeus tomaram para si o encargo de dar
ordens àqueles que não mais poderiam permanecer como
4
Hannukkah era uma festa judaica comemorativa à inauguração do templo de Jerusalém.
NT.
104
EU SOU O BOM PASTOR
107
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007
Atividade pedagógica
Pesquisar a vida de um pastor em tempos bíblicos. Des-
crever as características das ovelhas. Convidar os participantes
a determinarem se eles identificam-se mais com a imagem
das ovelhas ou do pastor.
Olhando adiante
A lição 11 examina Jesus como a ressurreição e a vida.
108
“Eu Sou a
Ressurreição e a Vida”
João 11:17–27
quatro dias e, mesmo assim, tão logo viu Jesus, ela perce-
beu que ele era o único capaz de ajudar. Compreendia
que a vida estava em suas mãos e que, se acreditasse nele,
qualquer coisa seria possível. Na hora de sua mais profun-
da aflição, Marta foi capaz de, verdadeiramente, ver que
Jesus era o Filho de Deus, o Salvador do mundo. Como
Maria, precisamos pôr toda a nossa confiança em Cristo,
sabendo que, na nossa hora mais escura, ele será nossa
esperança de vida eterna.
Núcleo da lição
Todos, eventualmente, passam pela experiência da morte
de um membro da família ou de algum conhecido. O que
Jesus ensina sobre a morte? Disse que ela não é uma realida-
de permanente para os que desenvolvemuma relação pesso-
al com ele por meio da fé, porque ele tem o poder de superá-
la.
1. Quantos dias Jesus esperou para ir até Betânia? Por que tal
espera foi significante?
112
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA
5. Que palavras Jesus diz, no verso 23? Como você acha que
elas afetaram Marta? Que impacto teriam em você se
vivenciasse algo semelhante?
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Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg
Cenário
Após as controvérsias envolvendo a Festa da Dedica-
ção (Hanukkah) e seu messianismo, no capítulo 10, Jesus
retira-se para um local além do Jordão; ali, muitos viriam a
crer nele. Algum tempo depois, recebe um recado das ir-
mãs de Lázaro, Maria e Marta: “Senhor, eis que está enfer-
mo aquele que tu amas”. (João 11:3). Se presumirmos que
a mensagem teria levado um dia para alcançar Jesus e
outro para ele fazer a viagem de volta à Judéia, e adicio-
nando os dois dias em que Jesus ficou no local onde esta-
va antes da sua partida, é altamente provável que Lázaro
estivesse morto quando do recebimento da mensagem. Isso
renderia os quatro dias mencionados no verso 17. Existem
pelo menos dois assuntos importantes que João parece fo-
calizar antes da partida de Jesus. O primeiro é o de con-
frontações maiores que poderiam, desta vez, resultar em
conseqüências muito tristes. O segundo é a de qual ajuda
poder ser retribuída a Lazaro. Há um mal-entendido a res-
peito da real condição do leproso. “Senhor, se dorme, esta-
rá salvo.” (João 11"12). Ao que Jesus pronuncia a verdade
literal da situação, que é a de que Lázaro estava morto.
Nossa passagem
Ao chegar à Judéia, enquanto se aproximava de
Betânia, onde Lázaro e suas irmãs viviam, Jesus descobre
que Lázaro morrera há quatro dias. Brown destaca, no
verso 17, sobre os quatro dias: “Esse detalhe é menciona-
do para deixar claro que Lázaro estava realmente morto.
Havia uma opinião entre os rabinos de que a alma pairava
próxima ao corpo por três dias, mas após isso não havia
esperança alguma de ressurreição.” Assim sendo, de uma
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EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA
Vida e Luz
Essa é uma linha presente ao longo do livro inteiro de
João, começando com o prólogo sobre o Logos (= a Vida
e a Luz). (João 1:4) E continua numa forma levemente
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Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007
Aqui e agora
Tudo isso poderia muito bem ser ouvido num contex-
to abstrato, metafísico e marginalizado ou ter ocorrido em
algum outro lugar, em outra época. João não nos permitirá
fazer isso. Ele vai se certificar para que tenhamos uma
figura exata do significado de todos os pronunciamentos
prévios sobre a “vida”, conduzindo ao capítulo 11. Ele diz,
de fato: “Aqui está o que a vida, como uma possessão
atual, realmente significa”. Devemos notar que, para Lázaro,
ainda haveria outra morte física para encarar, mas acho
que ficou entendido. A morte como um inimigo não mais
tem a palavra final sobre onde terminaremos, e João even-
tualmente chegará lá em seu Evangelho também. Se a ex-
periência do crente é seguir nosso Senhor; então, nosso
estado final será aquele no qual a morte foi extinta e
consumida.
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EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA
Anotações
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Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007
Atividades pedagógicas
Pesquise ou convide um amigo judeu ou um judeu
messiânico a discutir com a classe os costumes judeus de luto.
Como eles diferem das tradições dos membros da classe?
Encoraje os participantes a formularem questões ou de-
clarações endereçadas a Deus relativas a morrer e à morte,
como Marta fez, no verso 21.
Olhando adiante
Na lição da próxima semana, veremos Jesus como o
caminho, a verdade e a vida.
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“Eu Sou o Caminho, a
Verdade e a Vida”
João 14:1–14
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Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007
Verso áureo
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6)
Núcleo da lição
Todos nós, em algum momento, perdemo-nos ou pre-
cisamos de direção, tanto física quanto espiritual. Como po-
demos obter orientação nesses momentos? Jesus disse que ele
é o caminho, e todos os outros rumos para a vida são encon-
trados a partir dele.
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EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA
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Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg
Quando Jesus começa a falar em João 14, ele tinha
acabado de dizer a Pedro que ele, de fato, lhe negaria três
vezes. Imediatamente, ele muda o curso da conversação,
debatendo os medos de seus seguidores com uma afirma-
ção: “Não se turbe vosso coração”. Como dizemos, ele está
focalizando a grande figura. Assim como descansamos no
Senhor, estamos para assentar todos os nossos problemas
em seu Filho também! Já que não podemos de jeito algum
responder às grandes questões - imaginar nosso lugar na
vida e navegar neste mundo louco - ele simplesmente nos
diz que, ao pormos toda nossa confiança e crença em
Deus Pai e no Filho, tudo será respondido.
Apesar de os discípulos desfrutarem de um tempo pre-
cioso na companhia de Jesus, enquanto ele caminhou
pela terra, eles não estavam conseguindo compreender o
que estava acontecendo e muito menos o que estava por
vir. Jesus, então, confortou-os. Podemos olhar de volta para
aquele momento e ver que Jesus teve de trazer esperança
e confiança a eles. Deve ter sido problemático, até mesmo
inacreditável, aqueles homens darem-se conta de que Je-
sus iria abandoná-los. Todavia, por crerem em Deus e no
seu plano, eles poderiam continuar sua relação com Jesus.
Muitas moradas
A noção de uma mansão com muitas moradas para
todos deve ter sido bastante atraente para os palestinos do
primeiro século. O que poderia ser mais distante da reali-
dade de suas vidas oprimidas? De qualquer maneira, os
seguidores de Jesus precisavam saber que suas vidas com
ele não terminariam com sua morte. Ele havia lhes dito
que esta vida era apenas a plataforma temporária para a
glória da eternidade com o Pai.
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EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA
Conhecendo o caminho
Jesus era um homem paciente. Várias vezes, amavel-
mente, desenhou um quadro para seus seguidores: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim” (João 14:6). De novo, parece simples, mas
estamos densos. Como crianças, precisamos ser docilmen-
te conduzidos, pacientemente encorajados e cuidadosa-
mente ensinados. Nossa única rota para Deus é pelo seu
Filho; ele é o Caminho. Siga seus passos e receba o prê-
mio. Ele é a Verdade. Existem tantas “pseudos verdades”
que parecemos desesperados para segui-las; afinal, elas
são tão atraentes... Mas ele diz a nós para rechaçar todas as
tentações temporárias e confiar apenas na verdade de Cris-
to Jesus, pois ele é, definitivamente, a Vida. Você tem que
fazer uma escolha. Você pode escolher viver regaladamente
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Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007
Seu trabalho
“Pai, que está em mim, é quem faz as obras” (João
14:10). Assim, Jesus pacientemente trabalha com os ho-
mens que não parecem conhecer melhor. Se suas palavras
são impossíveis de compreender, olhe o que tem sido feito
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EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA
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Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007
Atividades pedagógicas
Usando uma concordância, compare e contraste outras
referências bíblicas com o “caminho”, a “verdade” e a “vida”.
Discuta os modos pelos quais os participantes reconheceram
a orientação de Deus em suas vidas. Fale sobre caminhos
para discernir a verdade. Inclua um tempo para trocar requisi-
ções e necessidades. Orem juntos, pedindo a orientação de
Deus.
Olhando adiante
Como permanecemos vitalmente vivos, tal qual uma
comunidade, ao estarmos conectados com Jesus, a videira
verdadeira?
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“Eu Sou a Videira
Verdadeira”
João 15:1-17
Quinta, Salmo 1
Como podemos ser abençoados? Esta passagem mos-
tra-nos um caminho: é só nos mantermos distantes do mal
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EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA
Núcleo da lição
Todos nós nascemos para nos relacionarmos com os
outros, e precisamos que elas sejam produtivas. Existe um
relacionamento que possa servir como modelo a todas os
outros? João diz que estarmos conectados com Jesus é essen-
cial se desejamos ser produtivos em nossas vidas.
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EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA
6. Quais são as pessoas por quem você ora para criar uma
união espiritual mais próxima? E, também, para resultar em
mais amor para com os outros?
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Lição 13 Sábado, 29 de Dezembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg
A videira verdadeira
Numa cultura em que falsos messias eram uma parte
contínua da história dos tempos e do lugar, Jesus separa-se de
qualquer outro antes existente. Ele é a “videira verdadeira”. E
o seu Pai criou-o como ele é. Deus continua a atuar através
dele, descartando suas partes infrutíferas e podando as que
continuarão a produzir frutos. Parece improvável para nós
que Jesus precisasse de refinamento... Entretanto, Deus poda-
nos e refina-nos por intermédio de Jesus Cristo. “Vós já estais
limpos, pela palavra que vos tenho falado.” (João 15"3). É
através dele que podemos ser transformados. Os galhos não
podem existir separados do vinhedo; portanto, só podemos
existir como Deus quer, por habitarmos nele através de Jesus
Cristo.
O autor usa as palavras de Jesus, tanto no sentido meta-
fórico quanto no poético. A metáfora ajuda-nos a nos vermos
como algum outro objeto ou como parte da natureza. No
verso 5b, isso fica evidente: “...quem está em mim, e eu nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
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EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA
Atividade pedagógica
Pesquisar em livros de jardinagem, ou pedir a algum
jardineiro que cultive uvas, informações sobre o processo de
produção. Trazer uma planta para a aula a fim de ilustrar o
que acontece ao se produzir uma vida quando se está separa-
da de sua fonte. Discutir o tipo de esforço que os participan-
tes fazem sendo parte de um grupo.
Revisando
Focalizamos como Cristo guia e protege. Exploramos
a relação de Jesus com os cristãos sob uma perspectiva
comunitária.
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COLABORADORES
Entendendo e Vivendo
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OBRAS CITADAS
Versões bíblicas
NVI Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram
extraídas da NOVA VERSÃO INTERNACIONAL.
Copyright 1993, 2000 da Sociedade Bíblica
Internacional. Todos os direitos reservados.
RC VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO FERREIRA
DE ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica
Brasileira, 1967. Direitos reservados.
RA Os “Versos áureos” e as demais citações bíblicas sem
indicação da versão foram retirados da VERSÃO
REVISTA E ATUALIZADA DE JOÃO FERREIRA DE
ALMEIDA. 2ª edição. Copyright 1983, da Sociedade
Bíblica do Brasil.
NLV New Living Translation, copyright 1996 por Tyndale
Charitable Trust.
BV A BÍBLIA VIVA. Segunda Edição. São Paulo: Mundo
Cristão, 2002.
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LIÇÕES PARA O PRÓXIMO TRIMESTRE
1. A luz do amor
2. O teste do amor
3. A fonte do amor
4. O caminho do amor
6. Cristo ressuscitou
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Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e outras
contribuições destinadas à Conferência Batista do Sétimo Dia
Brasileira, sejam feitas através de cheques, ordens bancárias
ou vales postais nominais, de preferência para as seguintes
agências e contas bancárias:
a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
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Impressão e
Acabamento: