Revista Minerios Artigo Walter PDF
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Gás Natural
Amianto Crisotila
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Carvão
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MINÉRIOS & MINERALES | MAIO | 2016 SUMÁRIO
Editorial
4 | Gestão potencializa ganhos com a tecnologia
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COLUNA DO MENDO
6 | A Mineração brasileira no governo do presidente em
Diretor Editorial/Editorial Director
exercício Michel Temer: primeiros passos
Joseph Young
FROTA
Editora/Editor
Lílian Moreira 8 | Minas na Austrália e Canadá colocam gás natural
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Redação/Editorial Staff
Transporte ferroviário
Colaborou nessa edição: Guilherme Arruda 10 | Benchmarking: metodologia gera melhorias
operacionais e redução de custos
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Gestão
Produção gráfica e diagramação / Graphic Design and production 11 |Otimização do custo de manutenção
Fabiano Oliveira
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LAVRA
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13 | Gestão potencializa ganhos com a tecnologia
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23 | Método de gestão na mina de Cuiabá será replicado nas
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31 | Anglo American aprimora sistema de gerenciamento e
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38 | Anglo American assina acordo de US$ 1,5 bilhão para
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Preços
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R$ 12,00 - Edição especial 200 Maiores Minas Brasileiras
R$ 30,00 (1 exemplar ano)
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Registro de Divisão está assentado no cadastro de 41 | Mineradora contínua elimina desmonte com explosivos
Divisão e Censura de Diversões Públicas do D.P.F. sob
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Todos os direitos reservados. As opiniões e conceitos 42 | Instalação de acionamento sem parada da produção
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43 | BMC-Hyundai amplia plano de manutenção preventiva
| Material de desgaste MTG será distribuído pela Metso
Diretor responsável 44 | Chapas de aço de alta resistência
Joseph Young
| Revestimento de poliureia 100% impermeável
A revista Minérios & Minerales - Extração & Processamento
é uma publicação mensal, dirigida verticalmente em cir- Processos
culação controlada aos técnicos e executivos que exercem
cargos de diretoria, gerência e supervisão das empresas de 45 | Bombas centrífugas para produtos abrasivos e/ou
mineração, metalurgia e siderurgia, órgãos governamentais corrosivos: vazão de recirculação e suas consequências
e companhias de engenharía e tecnologia mineral
Válvulas
49 | O que faz um posicionador inteligente
50 | Válvulas customizadas
Tubos
51 | Amanco lança linha de tubos com maior resistência
à corrosão
twitter.com/RevistaMinerios | Tecnologia descontamina e aumenta vida útil de sistemas
facebook.com/revistaminerioseminerales hidráulicos de máquinas e veículos utilizados na mineração
44||MINÉRIOS
MINÉRIOS&&MINERALES
MINERALES||MAIO
MAIO||2016
2016
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COLUNA DO MENDO
*Engenheiro de Minas e Metalurgista, EEUFMG, 1961. Ex-Aluno Honorário da Escola de Minas de Ouro Preto. Presidente da J.Mendo Consultoria Ltda.
Fundador e Presidente do Ceamin - Centro de Estudos Avançados em Mineração. Vice-Presidente da ACMinas - Associação Comercial e Empresarial de Mi-
nas e Presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia da Entidade. Coordenador, como Diretor do BDMG, em 1976, da fundação do Instituto
Brasileiro de Mineração - bram. Como representante do Ibram, um dos 3 fundadores da Adimb - Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria
Mineral Brasileira. Ex-Conselheiro do Cetem - Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Foto: Vale
locomotiva) foi então im-
plantado na EFC, como já
ocorria na EFVM, gerando
economia de até 50% em
relação aos valores que
eram gastos anteriormen-
te.
Outro ganho importan-
te foi a melhoria de 3% na
eficiência energética do
Terminal Marítimo Pon-
ta da Madeira entre 2013
e 2015, depois que novas O processo de recuperação de conjuntos de força da EFVM foi implantado na EFC,
rotinas de controle foram gerando economia de até 50% em relação aos valores gastos anteriormente
as intervenções e estimar as datas, com base nesta informa- mento dos equipamentos e processos no dia-a-dia.
ção podemos planejar de forma segura, atuando juntamen- • Controles efetivos e preventivos: Alguns controles
te com o setor de compras na negociação de valores e datas na manutenção industrial são essenciais, mas raramente os
de entrega de materiais e serviços, também trabalhamos vemos sendo efetivos, quando existem não estão atualiza-
com pessoal de forma planejada evitando custos com horas dos, são eles:
extras e deslocamentos fora do horário de trabalho. Traba- • Controles de subconjuntos e sua vida útil;
lhar preventivamente otimizamos os custos. • Controle de equipamentos em reparo externo;
• LCC (Life Cycle Cost): o LCC é um estudo que visa • Controle de substituições ou trocas de subconjun-
a avaliação econômica para manter um equipamento du- tos em equipamentos;
rante toda a sua vida útil, incluindo os custos de aquisição, • Entre outros.
instalação, operação, manutenção e por fim a desativação
ou descarte. A partir do LCC pode-se planejar as substitui- 3 - A manutenção conhece o custo? Essa pergunta deve
ções no melhor momento, ou tempo ótimo, assim podemos ser afirmativa não apenas para o Staff, mas para todos os
ter o melhor desempenho dos equipamentos sem que este mantenedores, eles devem ter conhecimento de que ao
venha a entrar em seu fim de vida útil em um momento trocar um material ou peça desnecessários em um equipa-
inesperado, causando um custo elevado para substituição mento estão promovendo um gasto de tal valor para a em-
imediata. presa, deve-se instigar a cultura de conhecimento dos valo-
• Desenvolvimento de Fornecedores e materiais: res de cada item no pessoal de campo e ao mesmo tempo,
Tanto o desenvolvimento quanto a nacionalização de novos como poderia ser otimizado o custo de forma eficiente.
fornecedores e materiais realizados de forma consciente e
embasados em estudos e testes, são de grande importância 4 - O planejamento de Manutenção conhece o custo da
para a otimização do custo, recomenda-se que este estudo programação semanal? Considerando os conceitos acima
seja realizado em conjunto com fornecedor, engenharia e para os mantenedores, os planejadores/programadores,
compras, para que esteja totalmente resguardando tecni- enfim o planejamento de manutenção deve conhecer o
camente, preferivelmente o fornecedor deverá apresentar custo da programação semanal e trabalhar em uma progra-
trabalhos ou cases de sucesso em outros clientes para que mação de médio e longo prazo considerando os trabalhos
o estudo seja mais efetivo, podendo ser feitos alguns testes de engenharia citados acima é plausível essa programação
e avaliações deste fornecedor. de forma bem eficiente e assertiva. Com esses dados finan-
• Analises de Falha: O processo de analise de falha se ceiros da programação e os estudos de engenharia a dire-
torna muito importante para a otimização do custo, normal- ção ou gerencia da empresa tem como tomar decisões de
mente um dos gatilhos para disparar uma analise de falha é forma embasada.
o elevado custo daquela falha, ou, o elevado custo somadas Aplicadas as orientações basta aguardar e monitorar os
varias falhas da mesma natureza. O objetivo de uma analise resultados, o custo de manutenção será otimizado de forma
de falha é estudar e identificar a causa raiz evitando que ela inteligente a médio e longo prazo trazendo sustentabilida-
ocorra novamente no mesmo equipamento e ampliando as de da empresa, em paralelo pode-se trabalhar com outros
medidas a outros similares, considerando o atendimento ao setores como o setor de compras e RH, instigando neles a
objetivo da analise de falha inevitavelmente estaremos oti- elaboração de trabalho e estudos que contribuam para que
mizando o custo, uma falha acarreta uma atuação corretiva, a empresa como um todo tenha seu resultado favorável.
que é de conhecimento que gera maiores custos. Também
podemos implantar uma Analise de Acidente Material, que (*) Fernanda Avelar, gerente Estratégico da CSGM Service
teria os mesmos procedimentos da Analise de Falha, mas & Consulting
seria voltado para os acidentes materiais, que normalmen-
te não tem tratativa e estes apresentam custos elevados.
Foto: Volvo
no desempenho operacional. De acordo com Rasmussen na América do Norte, entre os anos de 1989 a 2004, di-
(1997), as pressões internas e as jornadas de trabalho são vulgada pela revista M&T (2004), onde são analisados os
fatores capazes de influenciar o desempenho humano no pesos dos fatores máquina, administração e operação na
sistema. produtividade dos equipamentos de mina.
Para Moscovic (2000), é por meio de “feedback” que uma De acordo com os dados da pesquisa, podemos verificar
pessoa pode ser auxiliada a reconhecer em que precisa me- que 6% dos problemas que impactam a produtividade dos
lhorar, da necessidade de se adquirir novos conhecimentos, equipamentos são de natureza mecânica, ou seja, relacio-
de desenvolver novas habilidades ou aptidões e mesmo es- nadas com a manutenção dos equipamentos. O fator ad-
clarecer sobre atitudes inadequadas que precisam ser mo- ministração é responsável por 46% dos problemas e 48%
dificadas ou extintas. Segundo o autor, o “feedback”, seja são oriundos de falhas operacionais, incluindo o baixo de-
ele positivo ou negativo, se torna mais eficaz quando apli- sempenho dos operadores.
cado no momento adequado. Os fatores “baixa supervisão” e “imperícia” somam 53%
dos motivos de baixa produtividade listados na pesquisa e
2 Justificativa e Objetivo serão tratados de forma direta neste trabalho.
Equipamentos de Transporte
lar a um processo estocástico contínuo. Com isso, é possível
Quantidade Capacidade volumétrica (m³) Capacidade nominal (t) Sistema de tração
construir uma função (equação) onde a produtividade de
Frota 1 20 160 234 Mecânico
um processo, ou parte dele, pode ser a variável de estudo.
Frota 2 15 90 136 Diesel-elétrico
Logo, a variável produtividade seguirá um modelo probabi- Frota 3 13 144 221 Diesel-elétrico
lístico. As demais variáveis devem possuir correlação com a
variável de estudo (Rodovalho, 2013). 3.2 Operadores de equipamentos de Carga
A Produtividade Efetiva tem grande correlação linear com Os equipamentos de carga (escavadeiras e pá carregadei-
a Distância Média de Transporte dos caminhões. ras) são divididos em seis frotas. Cada frota será avaliada de
Os indicadores Produtividade Efetiva e Distância Média forma individual, de acordo com indicadores relacionados
de Transporte formam o indicador Relação Produtiva. com operação de carregamento:
Comparando os dados pertinentes entre Janeiro de 2011
a Janeiro de 2013, de forma mensal, verificou-se uma cor- 1. Produtividade efetiva (Toneladas movimentadas /
horas trabalhadas efetivas);
relação linear de -89,84% entre a produtividade efetiva de
2. Carga Média (%);
equipamentos de transporte e a distância média de trans-
3. Tempo de carregamento (minutos).
porte. A figura 2 demonstra esta análise que comprova o in- 4. Integridade de carregamentos válidos (%)**;
dicador “Relação Produtiva” como parâmetro de avaliação.
** Este indicador visa
manter a integridade dos
dados registrados no siste-
ma de despacho. Como o
tempo de carregamento é
medido através de ações
manuais, erros de aponta-
mentos podem ocorrer. O
sistema de despacho possi-
bilita a inserção de “filtros”
que permitem especificar
o mínimo e o máximo para
os tempos de carregamen-
Figura 2 – Comparativo mensal entre produtividade efetiva de transporte e DMT (Correlação -89,8%) to nos diferentes pares de
FONTE: Relatório: Dados de Relação Produtiva (PowerView - CSN)
carga e transporte. Quando o banco de dados registra um
Segundo Charnet (2008) – apud Rodovalho (2013), equa- tempo de carga fora dessa margem, ele configura esse dado
ções que obtiverem correlações acima de 75% são classifi- como inválido. Desta maneira é possível verificar a eficácia
cadas como satisfatórias. de carregamento de cada operador, bem como o percentu-
A metodologia criada visa a avaliação do operador em al de erros de apontamento.
cada frota de equipamentos de transporte. Desta maneira
pode-se verificar o desempenho de cada operador de for- A metodologia de análise de dados dos operadores de
ma mais justa, comparando os mesmos fatores. A nota de equipamentos de carga tem algumas particularidades,
comparada aos equipamentos de transporte: tínuas, uma das mais empregadas é a distribuição normal
- O tempo de carregamento de um determinado equipa- ou gaussiana. Sua importância, em análise matemática,
mento de carga varia de acordo com o tamanho de cami- resulta do fato de que muitas técnicas estatísticas como
nhão carregado; análises de variância, regressão e alguns testes de hipóte-
- O taxa de escavação de cada equipamento é diferente, se, assumem e exigem a normalidade dos dados.
portanto a produtividade efetiva irá variar de acordo com A comprovação de que o modelo teórico selecionado re-
a frota;
presenta os dados coletados é realizada através de testes
- Os tipos de materiais das frentes de lavra possuem den-
sidades diferentes, desta forma a capacidade volumétrica de aderência, em que é testada a validade ou não desta
de cada frota foi dividida em duas faixas: minério e estéril, hipótese. Os testes mais utilizados são o teste do qui-qua-
conforme a tabela 2. drado e o teste de Kolmogorov-Smirnov.
Tabela 2 - Capacidade nominal de carregamento de acordo com o tipo de material transportado
A sequência abordada foi a verificação da distribuição
FATORES DE CARGA DE ACORDO COM A LITOLOGIA E FROTA DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE estatística ao qual cada variável melhor se adapta. Utili-
Litologia Densidade (t/m³) D. Empolada (t/m³) Frota 1 (t) Frota 2 (t) Frota 3 (t) Faixa zando um “software” específico, foram realizados testes
Xisto 1,941 1,285 206 116 185 de normalidade e criados histogramas utilizando os dados
Laterita 1,932 1,27 203 114 203 Estéril
de cada variável. Foi utilizada a ferramenta análise de dis-
Quartzito 1,67 1,4 224 126 202
Filito Ferruginoso 2,315 1,598 234 136 221
tribuição de probabilidade para comparar os ajustes das
Itabirito Pobre 2,485 1,72 234 136 221 distribuições comuns. Valores de coeficiente de correlação
Brando
Minério
mais altos indicam que a distribuição fornece um melhor
Itabirito Rico Brando 2,866 2,132 234 136 221
ajuste. Neste trabalho foram analisadas as seguintes dis-
Hematita Branda 3,246 2,293 234 136 221
Hematita Compacta 4,538 3,491 234 136 221
tribuições de probabilidade: Normal, Exponencial, Lognor-
mal, Uniforme, Triangular, Smallest extreme value, Beta,
A nota de cada operador é calculada de acordo com a fór- Erlang, Gama e Weibull de modo a identificar qual destas
mula abaixo: distribuições melhor se adapta a cada variável. As distri-
Nfc = F(x) * [(Pef)*(1/Tc)]*[(Cm)*(Ic)] buições que tiveram maiores índices de correlação foram:
Onde: Normal, lognormal, Weibull, e Smallest extreme value.
Nfc: Nota final para operadores de equipamentos de carga: Para as distribuições analisadas, a distribuição normal foi a
(t/h)^2; que mostrou maior coeficiente de correlação, consequen-
F(x): Fatores de correção de cada frota; temente fornece melhor ajuste das variáveis analisadas.
Pef: Produtividade efetiva de carregamento (t/h); A distribuição normal é descrita por dois parâmetros, res-
Tc: Tempo de carregamento (h); pectivamente, sua média e sua variação, que se relacio-
Cm: Carga média (%);
nam com uma variedade de fenômenos naturais que se
Ic: Integridade de carregamentos válidos (%).
Os fatores de correção foram determinados através do ta- comportam segundo sua lei.
manho da caçamba, da taxa de escavação e por caracterís- Esta lei de distribuição estabelece que os valores mais fre-
ticas de desempenho de cada frota. Estas diferenças são quentes (isto é, os valores a que correspondem às maiores
listadas na tabela 3: probabilidades) se encontram em torno da média da vari-
Tabela 3 - Características individuais das frotas de equipamentos de carga ável aleatória; quanto mais afastados os valores estão da
Equipamentos de Carga média, acima ou abaixo desta, menos frequentes são. Esta
Quantidade Capacidade volumétrica da Taxa média de Característica interpretação imediata da lei de distribuição normal é coe-
caçamba (m³) escavação (t/h)
rente com o que se passa com a maior parte dos fenômenos
Frota 4 5 28 2200 Elétrica / Hidráulica
que ocorrem na natureza.
Frota 5 1 14 1600 Diesel / Hidráulica
Através do processo de classificação, foram utilizados valo-
Frota 6 1 19 1700 Diesel / Hidráulica
res de média (µ) e desvio padrão (τ) como parâmetros de
Frota 7 3 15 1300 Diesel / Hidráulica
análise. O número de intervalos foi parametrizado em qua-
Frota 8 3 9,2 1000 Elétrica / Cabo
tro, desta forma foram criadas quatro classes operacionais.
Este valor foi definido com o objetivo de facilitar a interpre-
3.3 Análise estatística dos dados
tação dos resultados sem prejudicar a identificação de gru-
Após a identificação dos indicadores a serem analisados e
pos distintos de operadores baseados em seu desempenho.
o cálculo da nota de cada operador, o próximo passo foi a
análise amostral das variáveis avaliadas e a identificação de
suas características. Foi verificado que os indicadores são As classes criadas foram:
compostos por variáveis aleatórias contínuas, ou seja, po- Classe A: valores acima da média + desvio padrão;
dem assumir inúmeros valores dentro de um intervalo de Classe B: valores entre a média e o desvio padrão positivo;
números reais e é medida por uma escala contínua. Classe C: valores entre a média e o desvio padrão negativo;
Entre as distribuições teóricas de variáveis aleatórias con- Classe D: valores abaixo da média – desvio padrão.
A tabela 6 demonstra o
exemplo de análise de dados
para operadores de carga
utilizando a frota de carrega-
mento 4 carregando a frota
de transporte 1:
5.2 Carga
Para a realização de treinamentos para operadores
de equipamentos de carga, foi criada uma metodologia
Como pode ser verificado na tabela 8, analisando o
que abrange alguns indicadores monitorados através do
indicador tempo de manobra, o operador está pratican-
sistema de despacho.
do um tempo aproximadamente 25% acima da média
A metodologia segue os seguintes passos:
geral da equipe, logo existe uma oportunidade real de
1. Escolha do indicador a ser analisado (tempo de
melhoria para o operador. Já para o indicador tempo
carregamento, carga média ou produtividade efetiva);
de basculamento, o tempo praticado está próximo da
2. Escolha de operadores com desempenho consi-
média praticada pela equipe, logo, não será necessário
derado como insatisfatório (classe D);
realizar nenhuma ação específica.
3. Entrevista individual com a intenção de identifi-
• Plano de treinamento
car possíveis desvios externos;
4. Treinamento teórico de operação do equipa-
Segue plano de treinamento desenvolvido para o
mento e operação do sistema de despacho;
operador, com o objetivo de redução do valor do indi-
5. Designação de um instrutor especialista em
cador tempo de manobra:
operação de equipamentos de carga para acompanha-
• Primeiramente, foi identificado que o operador
mento do operador durante um determinado período
possui tempo de experiência em operação de cami-
de tempo;
nhões menor que dois anos;
6. Monitoramento dos resultados durante e de-
• O regime de trabalho do operador foi modifica-
pois dos treinamentos.
do, ele foi transferido da equipe de turno para a equipe
Da mesma maneira que foram demonstrados os resul-
de operação que trabalha em horário administrativo;
tados para os equipamentos de transporte, segue como
• Foi realizado treinamento teórico de 8 horas,
exemplo, a metodologia utilizada para tratamento dos
sobre operação do sistema de despacho;
indicadores de equipamentos de carga para o operador
• Um dos instrutores de equipamentos de trans-
FERNANDO (classificado como classe “D”, de acordo
porte foi designado para acompanhar o operador por
com a tabela 10):
uma semana, de modo a identificar o modo de condu-
• Identificação dos indicadores considerados
ção do mesmo, analisando principalmente suas mano-
como baixo rendimento
bras;
• Após o período de uma semana recebendo ins-
truções, o operador retornou a equipe de operação do
turno;
• Durante uma semana, o caminhão operado
pelo operador PEPE foi priorizado a operar em ciclos
mais curtos (menor DMT), assim houve uma maior prá-
tica de atividades de manobra.
Após estas atividades, o tempo de manobra do ope-
rador foi monitorado e pode ser analisado na tabela 9:
xo da média da equipe) e produtividade efetiva (14% o indicador carga média, gerando um aumento de 57
abaixo da média). t/h (3,17%) na produtividade média de carregamento
do operador.
• Plano de treinamento
Segue plano de treinamento desenvolvido para o 6 Resultados
operador, com o objetivo de redução do valor do indica- Após a implantação do trabalho em escala operacio-
dor tempo de carregamento e aumento nos indicadores nal, os resultados finais foram mensurados através do
carga média e produtividade efetiva: acompanhamento dos tempos fixos de operação (tem-
• A princípio, foi identificado quais os tipos lito- po de manobra, tempo de basculamento e tempo de
lógicos o operador escavou no período de tempo ana- carregamento). Também foram verificados indicadores
lisado, pois poderia haver uma diferença na densidade referentes a aderência ao plano mensal de lavra.
média, que poderia explicar os valores dos indicadores
analisados abaixo da média da equipe. Foi verificado 6.1 Redução de tempos fixos
que a densidade do material escavado está dentro da Foram comparados os valores de tempos fixos em
média praticada pelos outros operadores da equipe; minutos por viagem realizada, entre os valores médios
• O regime de trabalho do operador foi modifica- mensais realizados no ano de 2012 (Janeiro a Dezem-
do, ele foi transferido da equipe de turno para a equipe bro) e 2013 (Janeiro a Março).
de operação que trabalha em horário administrativo;
• Foi realizado treinamento teórico de 8 horas
sobre operação do sistema de despacho;
• Um dos instrutores de equipamentos de carga
foi designado para acompanhar o operador por duas se-
manas, de modo a identificar o modo de operação do
mesmo, analisando o posicionamento da máquina e a
sua habilidade;
• Para este caso específico e para a maioria dos
operadores classificados como classe “D”, foi constata-
do elevado ângulo de giro no carregamento. Este fator
influencia diretamente, de forma negativa, no resultado
dos indicadores tempo de carregamento e produtivida-
de efetiva.
• Outro ponto identificado foi o baixo fator de
enchimento da caçamba dos equipamentos de carga,
impactando diretamente os indicadores “carga média” Conforme se pode verificar na figura 4, houve uma
e “produtividade efetiva”; redução de 4,79% nos valores dos tempos fixos, com-
• Após o período de duas semanas recebendo parando as médias dos anos de 2012 e 2013. Este valor
instruções, o operador retornou a equipe de operação representa uma queda de 0,251 minuto por viagem re-
do turno. alizada.
Após estas atividades, os indicadores pertinentes ao O número médio mensal de viagens realizadas pelos
operador FERNANDO foram monitorados e podem ser equipamentos de transporte na mina é mostrado na fi-
analisados na tabela 11: gura 5:
Gráfico 1 - Produção de Ouro por Operação nas Américas. • Custos elevados com serviços terceirizados porém
As operações da AngloGold Ashanti no Brasil estão en- sem agregar o valor necessário;
tre as tecnologicamente mais avançadas do mundo, tanto • Gestão de peças e sobressalentes insuficiente para
na incorporação de equipamentos e processos com padrão atender as necessidades da manutenção;
de excelência quanto no desenvolvimento de soluções de • Grande diversidade de equipamentos na frota, de-
engenharia para a atividade de mineração em subsolo. A mandando grande volume diferenciado de peças e compo-
garantia da saúde e da segurança dos trabalhadores é o pri- nentes para manutenção;
meiro valor da empresa. • Baixo conhecimento técnico por parte dos profis-
No ano de 2014 foram produzidas 539 mil onças de ouro sionais de manutenção;
das quais 403mil foram produzidas nas operações de Minas • Interação entre equipes de manutenção, operação
Gerais e 136mil em Goiás. e suprimentos bastante frágil;
A mina subterrânea de Cuiabá, situada na cidade de Sa- • Custo elevado com peças, materiais e componen-
bará-MG, no ano de 2014 foi responsável pela produção de tes que eram adquiridos e não eram aplicados nos equipa-
320 mil onças, sendo a 3ª maior operação da empresa no mentos, ficando parados nas oficinas se degradando e ge-
mundo, sendo portanto uma operação de alta relevância no rando condição de vulnerabilidade;
contexto global da empresa. • Vulnerabilidade no compliance, constatada em su-
cessivas auditorias no período de 2008 a 2010.
2. O Início da Aplicação do Conceito de Gestão de Ativos Diante do contexto colocado e da premente necessidade
A implantação do sistema de gestão para a gestão de ati- de melhoria e apresentação de resultados crescentes e con-
vos nas operações da AngloGold Ashanti Brasil iniciou-se sistentes, a equipe de gestores da gerencia de manutenção
pela operação da mina de Cuiabá no ano de 2013. A em- de HME da mina de Cuiabá, elaborou um plano de trabalho
presa foi conduzida para essa oportunidade, devido a essa e gestão, que mesmo inicialmente não possuindo um siste-
operação, mesmo sendo de extrema importância estraté- ma de gestão para a gestão de ativos; foi estruturado com
gica global para empresa, conforme mencionado anterior- base nos fundamentos e nos conceitos de gestão de ativos,
mente, possuía no seu contexto uma gerência que não vi- os quais descreveremos em detalhe na sequência.
nha apresentando a performance necessária.
Isso ocorreu na gerencia de manutenção de equipamen- 2.1 Gestão do Risco de Saúde e Segurança
tos móveis de mina, que aqui será referenciada utilizando o Mesmo possuindo um programa de gerenciamento de
termo “Heavy Mobile Equipament – HME”. No período de
riscos de saúde, segurança, meio ambiente e responsabili-
2007 a 2010, essa gerencia apresentou resultados incom-
patíveis com as necessidades do negócio, entregando uma dade social – SSMAQ/RS, estruturado e em funcionamento
disponibilidade física da frota insuficiente para suportar as de acordo com os requisitos inicialmente da OSHAS 18000 e
necessidades do plano de produção, baixa confiabilidade posteriormente da ISO18000, a gerência de manutenção de
dos ativos, custo elevado de manutenção dos equipamen- HME da mina de Cuiabá não possuía resultados adequados,
tos e baixa moral da equipe. suportados e consequentes do sistema de gestão. Os mes-
Como consequência de sucessivos anos de resultados
mos, como pode ser observado no gráfico abaixo, possuíam
insatisfatórios, no período em questão foram substituídos
três gerentes de manutenção, sendo que ambos lideraram grande variação até o início de 2011 e como consequencia a
os trabalhos da gerencia por no máximo um ano, dados os taxa de incidentes da gerência era aquém das necessidades
resultados que não melhoravam e ano pós ano impactavam do negócio, constituindo um dos principais riscos a implan-
no negócio. Ao final de 2010 foi feita todo uma reestrutura- tação do sistema de gestão para a gestão de ativos, além de
ção gerencial no complexo de Cuiabá, sendo substituídos o ocupar parte do tempo dos gestores para análise de inci-
Gerente Geral, Gerente de Operação da Mina e o Gerente
dentes e implantação de ações consequentes das mesmas.
de Manutenção de HME.
Como etapa inicial deste trabalho de reestruturação da Este foi portanto o primeiro e um dos principais fatores de
gerencia de manutenção de HME da mina de Cuiabá, no iní- riscos identificados no início do trabalho em questão, mere-
cio do ano de 2011, foi realizado um diagnóstico pela nova cendo como tal uma atuação muito especial.
equipe de gestores da área no qual foi identificado, o se-
guinte cenário:
• Sistema de gestão de saúde, segurança e meio am-
biente, frágil, com a ocorrência de incidentes pessoais cons-
tantemente;
• Processos básicos de gestão não difundidos e utili-
zados de maneira plena, sendo as rotinas de gestão pouco
eficazes;
• Equipamentos degradados, com baixa confiabilida-
de ou em final de vida útil;
Gráfico 2 – Evolução do Programa de Gerenciamento de Riscos na Gerencia de Manutenção de HME de Cuiabá.
Gráfico 3 – Acidentes com Perda de Tempo – ACPT e Sem Perda de Tempo - ASPT na Gerencia de Manutenção de HME de Cuiabá.
de implantação do sistema de gestão para a gestão de ati- Alcançado este resultado, iniciou-se uma nova etapa des-
vos. ta atividade de gerenciamento do trabalho, a qual constitui
numa análise detalhada de cada uma das etapas, de cada
2.2 O Gerenciamento da Rotina do Trabalho um dos fluxos de requisição do trabalho, planejamento, pro-
Implantado na AngloGold Ashanti a partir do ano de 2009, gramação, a provisionamento de recursos e execução dos
o Business Process Framework – BPF, é a forma da empresa trabalhos. Além disso foi realizado um treinamento de reci-
gerenciar os negócios e contempla as principais etapas do clagem com todos os envolvidos em cada um dos 5 proces-
negócio, desde a Definição das Expectativas, Estratégia de sos mencionados anteriormente, definidos e implantados
Produção, Estratégia de Serviços, Programa Master de Pro- novos produtos a serem utilizados na rotina do trabalho,
dução, Orçamento, Gestão do Trabalho da Rotina e Análise assim como implantado uma reunião de análise semanal de
& Melhoria. O fluxo deste processo está contido na figura performance. Esta etapa do trabalho que teve início em Se-
abaixo. tembro de 2011 foi concluída em março de 2013.
2.3 Gestão de Serviços cação de criticidade dos mesmos, bem como a classificação
Outra fragilidade identificada na etapa de diagnóstico ini- geral dos resultados da auditoria.
cial está relacionada a gestão de serviços. Foi identificado
que a gerência não possuía uma estratégia clara e alinha-
da com a expectativa de geração de valor pelo ativo. Como
consequência, além de um elevado custo com serviços
contratados, não era possível identificar uma evolução de
resultado consequente dos serviços, assim como foi iden-
tificada uma fragilidade de conhecimento da equipe pró-
pria de manutenção, pois grande parte das atividades de
manutenção estavam designadas as empresas contratadas.
O gráfico abaixo representa os custos com contratação de
serviços de manutenção no período 2011 a 2014.
Com base neste diagnóstico foi definida uma estratégia
de gestão de serviços terceirizados, a qual tinha como ca-
racterística principal a primarização da maior parte dos ser- Gráfico 6 – Riscos Identificados na Auditoria Contábil na Gerencia de Manutenção de HME da Mina de Cuiabá
2.5 Compliance
Outra fragilidade identificada na etapa inicial de organiza-
ção dos trabalhos foi o compliance as normas de contabili-
dade, aplicação e apropriação de recursos. O gráfico abaixo Figura 3 – Encontro de desenvolvimento de liderança da equipe da gerência de manutenção de HME da mina
apresenta a quantidade de riscos identificados e a classifi- de Cuiabá.
Figura 4 – Modelo do Sistema de Gestão para a Gestão de Ativos da AngloGold Ashanti Brasil
Tabela 2 – Processos Que Integram o Modelo do Sistema de Gestão para a Gestão de Ativos
da AngloGold Ashanti Brasil.
Gráfico 8 – Tempo Médio Entre Falhas – MTBF das Principais Frotas de HME da Mina de
Figura 8 – Mapa Estratégico da AngloGold Ashanti Brasil.
Cuiabá no ano de 2014.
No momento a equipe da nova gerência, encon- Aumento do Mean Time Between Failures – MTBF
tra-se em fase de estruturação dos trabalhos e das das frotas de equipamento de perfuração, carrega-
iniciativas para a implantação do sistema de gestão mento e transporte da ordem de 25% nos últimos
para a gestão de ativos de forma a alcançar as metas dois anos, contribuindo para a redução dos custos
estabelecidas para esta nova fase desta atividade. de manutenção e, por consequência dos custos de
produção, bem como o alcance das principais metas
5. Conclusão do plano de produção, desenvolvimento e geologia.
A experiência de estruturação e implantação do Da forma aqui colocada, fica evidenciado, como a
sistema de gestão para a gestão de ativos na geren- implantação de um sistema de gestão para a ges-
cia de manutenção de HME da mina de Cuiabá da tão de ativos, estruturado com base nos fundamen-
AngloGold Ashanti Brasil, apresenta até o momen- tos, conceitos e principais requisitos da norma ISO
to resultados bastante promissores, uma vez que o 55000, contribui de forma eficaz para a organização
plano completo de implantação será concluído até obter valor através de seus ativos.
2018, contribuindo de forma direta para o resultado
do negócio desta importante operação da empresa 6. Referências Bibliográficas
no mundo. KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: Função
Para evidenciar alguns resultados consequentes Estratégica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Qualimark, 2001.
deste trabalho, ressaltamos: XENOS, H.G. Gerenciando a Manutenção Produ-
Obtenção de uma economia de CAPEX e OPEX em tiva. 1ª ed. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvi-
torno de R$ 30 Milhões no período de 18 meses, mento Gerencial, 1998.
2013 a 2015, consequente da aplicação de estudos ALVES, José Luiz Lopes; JUNIOR, Luiz Carlos de Mi-
de Life Cycle Cost – LCC, no dimensionamento da randa. Mudança Cultural Orientada Por Comporta-
frota de equipamentos móveis; o que permitiu can- mento. 1ª ed. Rio de Janeiro: Qualimark, 2011.
celar a aquisição de quatro equipamentos novos, KARDEC, Alan; ESMERALDO, João; LAFRAIA, João
postergar em dois anos a aquisição de outros quatro R; NASCIF, Júlio. Gestão de Ativos. 1ª ed. Rio de Ja-
equipamentos e desativar 7 equipamentos da frota neiro: Qualimark, 2014.
em operação; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
Obtenção de uma economia de CAPEX de U$ 2,8 NBR ISO 55000: Gestão de Ativos – Visão Geral, Prin-
Milhões no ano de 2015, consequente do aumento cípios e Terminologia. Rio de Janeiro, 2014.
do intervalo entre reformas de equipamentos mó- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
veis, através da aplicação de estudos de LCC alinha- NBR ISO 55001: Gestão de Ativos – Sistemas de Ges-
dos a estudo de Failure Mode and Effect Analysis tão - Requisitos. Rio de Janeiro, 2014.
– FMEA; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
Obtenção de uma economia de R$ 1,8 Milhões de NBR ISO 55002: Gestão de Ativos – Sistemas de Ges-
reais no custo de reforma de motores diesel, conse- tão – Diretrizes para aplicação da ABNT NBR ISSO
quente do aumento de vida útil dos mesmos, devido 55001. Rio de Janeiro, 2014.
a aplicação de conceitos de confiabilidade através
da metodologia de Total Fluid Management – TFM;
Aumento do Overall Equipment Effectiveness – (*) Alessandro Pacheco de Souza, gerente de Ges-
OEE das frotas de equipamento de perfuração, car- tão de Ativos e Engenharia da AngloGold Ashanti
regamento e transporte da ordem de 10,13% nos
últimos dois anos, contribuindo para o alcance das
principais metas do plano de produção, desenvol- Nota da Redação - Projeto inscrito para concorrer
vimento, geologia e a redução da variabilidade de ao 18º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-
execução; metalúrgica Brasileira
bsites.net, que pode ser acessado tanto internamente O módulo “Cadastros” é para todo e qualquer cadastro
quanto externamente, sendo necessário apenas ser um necessário para desenvolvimento dos relatórios a serem
usuário cadastrado no sistema, podendo assim realizar gerados no sistema. É realizado o cadastro de pessoas,
seu login com usuário e senha. fornecedores, equipamentos de lavra e britagem, associa-
ção de colaboradores por turma e turno, áreas de mina,
Figura 01. Página de login do Sistema
litologias etc. Os cadastros podem ser feitos apenas pelos
administradores do sistema.
Em cada um destes módulos os dados são lançados pe-
los responsáveis das atividades, automaticamente ocorre
o registro, sendo fundamental o apontamento de quem
cadastrou, editou ou excluiu alguma informação, ações
restritas às permissões de acessos estabelecidas dentro
do sistema a cada usuário no Segundo Módulo “Controle
de Usuários”.
A programação de lavra é realizada pela geologia, ope-
ração de mina e planejamento, podendo ser inserido o ar-
quivo no módulo “Produção de Minério” dentro do campo
Planejamento, onde é possível realizar uma reconciliação
A partir disso, desenvolveu-se uma lógica com base nos da- executado versus planejado. Ainda em “Produção de Mi-
dos a serem coletados em campo e seus registros em diversas nério” está o cadastro mensal do orçado para produção de
planilhas em Excel, existentes em rede interna. O processo Minério e Estéril, DMT e REM, com o objetivo de monito-
permeia pelas seguintes etapas principais: planejamento de rar ao longo do mês ou ano as projeções de fechamento
pilha, extração de minério e estéril e britagem de minério. com base no orçado.
As atividades secundárias são: manutenção da planta de bri- Em “Módulo Britagem” se insere no campo Pilha, no iní-
tagem e controle de documentos gerais. A partir daí, foram cio de cada confecção de pilha de estocagem, indicando
montados os módulos e submódulos de controle de acordo
pátio A ou B, e toneladas a serem empilhadas. Em Con-
com a demanda de informações a serem inseridas, além dos
trole de Produção Britagem, as amostras de minério brita-
relatórios gerados a partir da inserção desses dados no siste-
do são inseridas com dados da pilha referente, toneladas
ma, conforme apresentado na Figura 02.
produzidas, hora de abertura e fechamento, frentes de
Figura 02. Módulos de Controle minério de origem do material e o registro com etiqueta
da amostra, que posteriormente trará automaticamente,
através do número gerado, os resultados das analises quí-
micas. Em “Controle de Estocagem Britagem”, é inserido
o número de viagens lavradas em cada frente de minério
referente à amostra criada, já em Controle de Qualidade/
Granulometria é inserido a cada amostragem hora a hora
os parâmetros de granulometria do produto. Como resul-
tado, os dados de “Módulo Britagem” geram um relatório
unificando todas essas informações, de acordo com o in-
tervalo de data ou pilha desejada.
No Módulo “Controle de Riscos” estão às ferramentas
internas utilizadas para controle de riscos.
Em “Fechamento de Turno”, os responsáveis das áreas
devem realizar o fechamento, com objetivo de consolidar
as informações e acontecimentos do turno. O fechamento
de mina é realizado pelo Supervisor de Mina do turno, e
contempla informações de produção de minério e estéril,
sendo informadas áreas, frentes lavradas, quantidade de
viagens, observações com acontecimentos durante o tur-
no. Há também informações de utilização e status de ma-
quinários e caminhões. No final de cada turno o relatório
é exportado em PDF, e enviado via e-mail aos interessados
automaticamente.
Ainda em “Fechamento de Turno”, o fechamento da
FUNCIONALIDADES
Tela Inicial
Na tela inicial do sistema são apresentados alguns KPI´s
para acompanhamento em tempo real de produtividade,
teores, paradas, balança de pilha, e ritmo de retomada (Fi-
gura 03).
Esses dados atendem hoje a necessidade de monitora-
mento de produção em curto prazo, o que não era possível
até então pela complexidade na junção de dados advindos
de diversas planilhas. Atualmente isso é possível, pois to-
Controle de Usuários
dos os dados após serem inseridos uma vez no sistema são Os administradores do sistema têm o total controle dos
direcionados automaticamente para as áreas de interesse, usuários. Cada usuário cadastrado é direcionado a um grupo,
gerando gráficos objetivos e de fácil entendimento. em que as permissões de acesso estão previamente defini
das, podendo sofrer ainda restrições de ação avançadas, 3.5 Módulo Britagem
portanto somente um usuário terá acesso aos módulos que
lhe sejam liberados. Além disso, dentro dessas áreas do siste- Para controle de todo o processo de britagem foi criado no
ma o controle de usuários irá verificar se ele pode inserir, edi- sistema o conceito de abertura de amostras de britagem. O
tar ou deletar um item dentro de algum controle (Figura 05). usuário irá abrir uma amostra de britagem e todas as infor-
mações de controle de estocagem de britagem e controle de
Figura 05. Controle/Permissões de Usuário qualidade estarão ligadas a essa amostra aberta, até que essa
seja finalizada e uma nova seja aberta. Esse conceito criado
otimizou a visualização das informações, já que o usuário pode
facilmente analisar todos os dados de produção em apenas
uma tela final, em Relatórios.
Essa foi a etapa na qual encontramos a maior ocorrência de re-
petição de dados em diferentes planilhas com inserção manual, e
a forma como o sistema foi projetado retira totalmente essas inci-
dências. Para reduzir ainda mais os erros humanos na inserção des-
ses valores, algumas condições foram criadas, como por exemplo
somente criar uma nova amostra se a anterior estiver fechada. Para
uma amostra ser fechada, primeiro deve ter sido inserido o número
de viagens, granulometria e balança, além da integração realizada
com o sistema MyLins, utilizado para exportação de dados das aná-
lises químicas automaticamente para o sistema. Antes a exportação
era realizada manualmente para as planilhas.
Figura 07. Controle de Produção Britagem
Figura 13. Relatório de Controle de Estocagem Figura 15. Relatório de Fechamento de Turno de
de Minério Britagem
PROPOSTAS FUTURAS
Atualmente o Sistema BS Anglo contempla as atividades
do Setor de Produção de minério (operação de mina e bri-
tagem). Durante o desenvolvimento dos módulos várias
oportunidades de expansão e integração com outras áre-
as foram identificadas. Alguns dos projetos que estão em
3.8 Integração com outros sistemas utilizados andamento são: Controle de planejamento de pilha e re-
O BS Anglo possui a integração com um dos principais siste- conciliação, módulo de gerenciamento de riscos e relatórios
mas da empresa Anglo American em Ouvidor - o MyLims, que do sistema do monitoramento de fadiga e integração com
é o sistema de publicação de teores de todas as amostras do a área de S&OP.
site. A integração hoje em execução faz uma varredura nesse O objetivo gerencial é expandir o sistema para as áreas
sistema e, sempre que encontra um novo registro pertinente de geologia, planejamento de mina, manutenção e usina,
à área, realiza a exportação deste dado para o sistema BS, reti- compartilhando os benefícios obtidos para outras áreas e
rando assim a intervenção manual que existia. padronizando o gerenciamento das informações. Alguns
A exportação da amostra se dá pelo seu registro, assim, o trabalhos simultâneos foram iniciados principalmente com
usuário deverá apenas fazer a leitura do código de barras da a equipe de geologia. Mesmo dentro da área de produção
etiqueta gerada pelo laboratório com um leitor, e o dado virá de minério as oportunidades de desenvolvimento são múl-
automaticamente para o sistema quando publicado os resulta- tiplas e os resultados de cada nova estrutura criada são
dos da analise química da amostra em questão. sempre satisfatórios.
Toda a equipe envolvida no projeto trabalha para que o
CONSIDERAÇÕES FINAIS sistema seja reconhecido como benchmarking entre todas
O sistema foi aceito de modo satisfatório pela gerência e as unidades da Anglo American, agregando valor e contri-
áreas operacionais principalmente pela interface amigável e buindo para a excelência na gestão do grupo.
geração de reports rápidos com acesso simultâneo. A opera- (*) Paulo André Andrade Martins, engenheiro de minas
ção o descreveu como uma ferramenta que garante pratici- de Fosfatos Ouvidor; Hugo Cliger Santos Nadler, gerente
dade, por reduzir a grande quantidade de planilhas e eliminar de Operações de Fosfatos Ouvidor; Vanessa Mendes da Sil-
erros sistemáticos: bloqueio com senha, erros de fórmulas, va, consultora nas áreas de Mina e Beneficiamento; Bruno
não permissão de acesso simultâneo, e até mesmo a perda de Nascimento Verçosa, Analista de Sistemas; Saulo Ferreira
dados por exclusão. Cunha, Analista de Sistemas; Marcos Eduardo Correia dos
A implantação do sistema trouxe uma redução estimada de Santos, Analista de Sistemas.
50% no tempo de preenchimento das informações operacio- Nota da Redação - Projeto inscrito para concorrer ao
nais como consequência da otimização do fluxo de informa- 18º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgi-
ções através da não repetição e inserção automática de dados. ca Brasileira
Resultados financeiros
(US$m, 2015)
Receita $544
EBITDA $149
Lucro antes de impostos $69
Ativos brutos $1.279
Fonte: Anglo American
38 | MINÉRIOS & MINERALES | MAIO | 2016 38 | MINÉRIOS & MINERALES | MAIO | 2016
Fotos: Anglo American
Fotos: Clariant
Functional Minerals, afirmou: “Dando continuidade ao
grande sucesso dos negócios de argilas clarificantes e
adsorventes minerais nas Américas, esse investimento
fortalece ainda mais nosso posicionamento como for-
necedor estratégico da indústria de óleos comestíveis
e reforça nosso compromisso de apoiar o crescimento
dos nossos clientes e o desenvolvimento desse impor-
tante segmento de mercado. Isso é especialmente im-
portante para quem opera no setor de purificação de
azeite de canola na América do Norte”. A Clariant amplia capacidade de produção de argila clarificante Tonsil® no México
Atualmente, uma parcela considerável do óleo co-
mestível produzido no mundo é tratada com as argilas
clarificantes Tonsil. Elas se firmaram graças ao uso de
recursos naturais, à remoção eficaz de impurezas de
todos os tipos de óleos e à minimização dos resíduos
ao longo de todo o processo. As versões altamente ati-
vad a s d e To n s i l ( C O ) o fe re c e m a o s c l i e n te s ve r-
s a t i l i d a d e e e f i c á c i a n o t ra ta m e n t o d e c o r re n - Puebla é a segunda maior unidade de produção de argila clarificante da Clariant
te s p e t ro q u í m i c a s , c o m o c o m p o st o s a ro m á t i c o s globalmente
Fotos: Voith
Operação foi realizada em mina de carvão pudemos utilizar uma correia têxtil ao invés de uma
Prosper Haniel, que pertence à RAG Deutsche correia de cabos de aço no sistema. Contrataríamos
outra solução da Voith em outra oportunidade, não há
Steinkohle
dúvida.
A correia transportadora H2 desloca o carvão mine-
A Voith instalou um acionamento TT na correia trans-
rado ao longo de 1.270 m de extensão, incluindo uma
portadora H2 da mina de carvão da empresa Prosper
diferença de cota de 186 m. A velocidade operacional
Haniel. O reparo foi realizado sem interromper a ope-
é de 3,2 m/s, a uma capacidade de 2.000 t/h.
ração da mina, e foi complementado com a instalação
O acionamento Voith TurboBelt TT Linear Booster
de outro acionamento TT, que proporcionou uma re-
Drive é uma transmissão secundária de alto desem-
dução de custos duradoura para a empresa de mine-
penho para correias transportadoras. Ele prolonga a
ração.
vida útil de correias em sistemas existentes, além de
Com a instalação do primeiro acionamento TT, a
aumentar sua potência disponível. Em novos sistemas,
Voith garantiu que a mina de Prosper Haniel pudes-
ele reduz as exigências de qualidade da correia, pro-
se continuar a operar sua correia transportadora de
porcionando reduções de custos significativas.
cabo de aço (ST5000) até a próxima parada programa-
A mina Prosper Haniel pertence à RAG Deutsche
da, evitando assim uma parada não programada (com
Steinkohle, e produz 3.000.000 t de carvão por ano. A
consequente perda de produção). Na primeira para-
RAG Deutsche Steinkohle vem utilizando acionamen-
da programada depois disso, a Voith instalou um se-
tos Voith TurboBelt TT Linear Booster Drives há cerca
gundo acionamento TT na correia transportadora H2.
de 40 anos.
Isso permitiu reduzir ainda mais as forças de tensão,
e desde então a Prosper Haniel vem operando a sua
correia transportadora com uma correia têxtil econô-
mica (PGV2000/1). Os gestores de projeto Ralf Dohle
e Wolfgang Kosiuk, da RAG Deutsche Steinkohle, estão
totalmente satisfeitos com a gestão de projetos e os
equipamentos da Voith: “A solução da Voith nos trouxe
dois benefícios. Nós não apenas evitamos uma para-
O acionamento Voith TurboBelt TT Linear Booster Drive permitiu à RAG substituir
da não programada, devido à correia danificada, mas uma esteira de cabo de aço por uma esteira têxtil mais econômica.
Definindo o período de ajuste do conjunto eixo- tendem a definir o período de ajuste para cada 24
rotor semanas o que atende ao cálculo aritmético
Com a distância anotada entre a marca zero e a Porém outras causas ambientais recomendam que
marca 1, poderemos definir o período de ajuste com não se deixe um equipamento elétrico-mecânico
boa precisão. Vamos supor que a distância avançada parado ao tempo por mais de 8 semanas. Muitas
do conjunto eixo rotor foi de 3,0 mm, porém não se vezes o ambiente é muito úmido o que prejudica o
sabe quando foi feita o último ajuste. isolamento dos motores ou prejudica a graxa nos ro-
Com base em milhares de ajustes que fiz ou acom- lamentos. Quando em operação, os motores estão
panhei, verifiquei que quatro semanas é um bom pe- sempre secos e as graxas sem umidade em sua su-
ríodo para se realizar novamente o ajuste do eixo na perfície.
mesma bomba. Vamos também supor que o novo Voltando ao nosso exemplo de ajuste a cada 4 se-
ajuste seja também de 3,0 mm e assim teremos o pe- manas para mover 3,0 mm o conjunto eixo – motor
ríodo definido. para a frente, podemos fazer uma boa programação
Lembrando da primeira parte deste artigo, 3,0 mm para todos os tags e bombas instaladas. A cada qua-
é a máxima folga que devemos deixar entre o olho tro semanas deve ser desligada a bomba B que estava
do rotor e a tampa de sucção. A partir desta folga, em operação e ligada a bomba A que estava parada.
o desgaste aumentará exponencialmente, causando Por isto esta ação da manutenção de campo tem
grande perda de vazão nominal da bomba. que ser feita em estreita colaboração com a produ-
Assim que no nosso exemplo, fica definido que a ção ou a operação da planta. É importante que eles
cada quatro semanas faremos o ajuste da bomba, entendam que as variações de vazão serão muito
devendo, porém, sempre fazer as marcas e medir a poucas e não significativas para atingir metas de pro-
distância entre elas. Normalmente a distância de dução.
desgaste permanece a mesma. Do modo que foi escrito parece que a manobra de
A maioria dos modelos de bombas de polpa existen- alternar a operação da bomba B para a bomba A é
tes no mercado, em tamanhos pequenos e médios, o muito simples. É simples, porém deve ser feita pela
sobre metal do olho do rotor e da tampa de sucção é operação e os mecânicos de campo poderão atuar
de cerca de 24,0 mm. Aproximadamente 12,0 mm no após a liberação pela operação.
olho do rotor e 12,0 mm na tampa da carcaça. Retirar do sistema elétrico a capacidade de aciona-
Assim que se a cada quatro semanas ajustamos 3,0 mento acidental, certificar que válvulas de sucção e
mm, teremos 8 períodos de ajuste deste conjunto recalque estão bem fechadas e muitas outras ações
eixo-rotor, prevendo uma vida útil das duas peças em de segurança para serem cumpridas.
32 semanas ou 8 meses aproximadamente. O para- Na maioria das vezes observei que quatro horas
fuso de ajuste existente na parte inferior do cavalete
é um tempo adequado para execução do ajuste em
para fazer com que o conjunto eixo rotor retroceda bombas pequenas, de 3 ou 4 polegadas (75 a 100
0,3 mm, não permitirá mais ajuste por fim de ros- mm) de dimensão do flange de recalque. Oito horas
ca, confirmando que as duas peças estão em fim de para ajuste de eixo de bombas médias, de 5, 6 e 8 po-
vida útil. A boa notícia é de que ainda restam quatrolegadas (125,0150 e 200 mm) de flange de recalque.
semanas de vida útil para planejar a troca das duas Porém note que o prazo para execução do ajuste é
peças: rotor e revestimento da sucção ou tampa da de quatro semanas e o planejamento de manutenção
sucção. para o ajuste, tem bastante tempo para a execução.
Algumas polpas mais abrasivas causam desgaste de Quanto mais cedo melhor, pois a bomba par neste
3,0 mm em duas semanas o que define o período de caso, pode ser usada como reserva, caso a principal
ajuste em duas semanas e a vida útil das duas peças tenha qualquer problema operacional.
rotor e revestimento da sucção em 16 semanas ou Além do maior ganho que é ganhar em produção,
quatro meses. a vida útil das peças rotor e revestimento de suc-
ção, chega a ser 3 vezes maior quando comparada às
Manobra de alternância de operação das bombas bombas que não sofrem ajuste periódico.
de polpa
Com a Lista de Bombas existente em um determi- (*) Hoel Macedo é graduado Engenheiro Mecânico
nado usuário, podem-se definir quais serão ajustadas pela UNESP em 1974 e com extensão universitária na
a cada 2, 4, 6 ou 8 semanas. Não observei períodos USP na área de metalurgia com o Prof. Renato Rocha
de ajuste menores que duas semanas e quando usuá- Vieira. Trabalha com bombas centrífugas industriais
rios ajustam, por exemplo, 1,0 mm em oito semanas, para mineração entre outras aplicações, desde 1978.
Foto: Metso
O Neles NDX oferece precisão de controle que afeta
direta e positivamente a variabilidade de processo e,
subsequentemente, a lucratividade. Uma precisão de
controle aprimorada pode ajudar a garantir a quali-
dade e minimizar as perdas de produção. Ele também
pode contribuir para a otimização da matéria prima e
para os consumos químicos e de energia, comprovan-
do a qualidade dessa linha de produtos.
Os novos dispositivos foram inspirados simultanea-
mente nas mais recentes tecnologias e em mais de 50
anos de experiência na fabricação de posicionadores
de válvulas. Eles foram projetados e manufaturados
para operar mesmo em condições de processo e de
operações altamente demandantes. O projeto é in-
teligente e durável garantindo a segurança e maior
praticidade, tanto na operação como na instalação,
devido ao sistema de realimentação magnética por
Efeito Hall.
Todas as informações numa só tela
O diagnóstico do Neles NDX fornece informações
atualizadas sobre o desempenho do controle de vál-
vulas, permitindo melhorias na eficiência dos proces-
sos. Entre suas características estão o Performance
View, que resume as condições das válvulas de con-
trole em uma única tela.
Outro recurso é o On-line Valve Signature, que aju-
da a predizer eficientemente a necessidade de ma- Posicionador de válvulas Neles NDX
nutenção preventiva. Todos eles ajudam a otimizar a
Fotos: AZ Armaturen
Segundo a AZ Armaturen, nas apli-
cações modulares, as válvulas macho
da marca apresentam excelente ran-
geabilidade para obtenção das curvas
de vazões do tipo linear e igual por-
centagem. Por sua característica de
escoamento laminar e um bom fator
de recuperação de pressão (FL), ga-
rantem menores riscos de cavitação e
flashing em seus internos permitindo
o controle de gases e líquidos com di-
versas particularidades.
“Para melhor atender ao mercado
brasileiro, nosso parque fabril inves-
te constantemente em melhorias que
asseguram o máximo de qualidade na
produção das válvulas”, enfatiza Ale-
xander Schmidt, diretor da AZ Arma-
turen do Brasil.
Válvula Esfera revestida tipo NVN
A empresa conquistou a certifica-
ção SIL, que atesta a integridade, re-
Válvulas customizadas petibilidade, confiabilidade e assegura a menor suscep-
tibilidade de falhas em seus produtos. A companhia foi
Companhias dos setores químico, petroquímico, a primeira em sua área de atuação no País a conquistar
siderúrgico, de papel & celulose, petróleo & gás esta rigorosa certificação.
e mineração costumam encomendar válvulas
sob medida para o controle fino da produção
A fabricante alemã de válvulas especiais AZ Armatu-
ren tem fornecido soluções de alta performance para o
mercado industrial nas mais críticas aplicações. A filial
da empresa no País, situada em Itatiba (SP), destaca-se
por possuir um departamento de engenharia de proje-
tos próprio, que dimensiona e especifica válvulas macho
alinhadas às mais sofisticadas ferramentas de CAD e si-
mulação CFD.
De acordo com a companhia, a válvula macho se apre-
senta de forma customizada no mercado, com a carac-
terização de sua área de passagem de acordo com a
aplicação, o que permite o controle fino ajustado à ne-
cessidade de cada processo.
Devido à construção sem espaço morto, o obturador
das válvulas da marca tende a se manter estável durante
todo o curso, não sofrendo deslocamentos por conta da
pressão de escoamento do fluído, o que evita correções
constantes do posicionador. Muitos modelos de válvu-
las da marca alemã têm vedação com Teflon reforçado,
Válvula macho
capaz de suportar abrasão de fluídos corrosivos, o que
Fotos: Amanco
capacidade hidráulica.
pleta Fabiana.
“Nossa previsão é que ao entrar nesses novos segmentos
Os novos produtos contam com
estratégicos os clientes passem a utilizar produtos diferen-
ciados que proporcionem economia no custo total da obra”, suporte comercial e assistência téc-
avaliou Fabiana Castro, gerente de Inovação e Produtos da nica permanente da marca Amanco
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