Eletricidade Básica PDF
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CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
CAMPUS SÃO JOSÉ
Curso Técnico de
Refrigeração e
Condicionamento de Ar ELB
Introdução Pág 05
Introdução
ELB
Esta apostila tem como objetivo auxiliar na capacitação dos alunos, para a execução
de instalação e manutenção dos componentes elétricos dos sistemas de refrigeração
e condicionamento de ar de pequeno porte, bem como no desenvolvimento de suas
habilidades para realizar rotinas básicas e fundamentais.
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Capítulo 1
Revisão de Conceitos Físicos ELB
1.1 Energia Pág 08
1.1 Energia
Energia é a capacidade de produzir trabalho. Apresentando-se sob as mais variadas
formas, ela não pode ser criada, apenas transformada, processo em que paga-se um
preço denominado rendimento. A quantidade de energia obtida em uma transforma-
ção é sempre menor que a quantidade inicial.
A transformação que interessa aqui, de acordo com o assunto que será tratado
posteriormente, é a transformação de energia hidráulica ou térmica em energia
8
elétrica. Esta ocorre nas usinas, onde turbinas acionadas por quedas d’água, vapor ou
motores de combustão, são acopladas a geradores. Em seguida eleva-se sua tensão
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
para diminuir as perdas no transporte, feito pelas linhas de transmissão até os centros
consumidores. Nestes, a tensão é abaixada, indo alimentar as linhas de distribuição. Na
linha primária, conectam-se os grandes consumidores (como indústrias, por exemplo),
através de transformadores, dimensionados de acordo com suas necessidades. A
tensão na linha secundária, na qual se ligam os pequenos e médios consumidores, é
regulada pelas concessionárias, neste caso, a CELESC.
Observe a figura 1.1, a energia química faz com que as cargas positivas e negativas
(prótons e elétrons) se concentrem em extremidades opostas da pilha, estabelecendo
uma tensão elétrica V entre elas.
Como essas extremidades estão interligadas por um condutor, a tensão elétrica obriga
os elétrons livres do circuito a fluírem do pólo negativo para o positivo. Este fluxo
ordenado de elétrons chama-se corrente elétrica, é medida em ampère [A], designada
pela letra I e expressa por:
Onde:
Onde V e I são medidos em [V] e [A], respectivamente, e o significado dos termos Vmáx
e Imáx já foram vistos. A partir deste ponto, toda vez que se falar em tensão e corrente
alternada, pressupõe-se que suas intensidades referem-se as eficazes.
- a tensão de linha (ou fase-fase) é medida entre duas fases quaisquer do sistema e
designada por V;
- a tensão de fase (ou fase-neutro) é medida entre qualquer fase do sistema e o neu-
11
tro, sendo designado por V0 e prevalecendo-se das relações que estão anotadas na
tabela 1.1.
- -
No Brasil a energia elétrica de baixa tensão é fornecida em uma das tensões secundárias
listadas na tabela a seguir. Para Santa Catarina, área da concessionária CELESC, a
tensão secundária disponível é 220/380 V.
127/254 220/380
254/440
ELB - 2009
A resistência elétrica, designada pela letra R, é a medida em ohm [Ω] da oposição que
o material oferece à circulação da corrente, sendo expressa por:
12
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Onde:
A Lei de Ohm se aplica apenas aos circuitos de corrente contínua e aos de corrente
alternada que contenham somente resistências.
Figura 1.3 - Senóides de tensão e da
corrente em circuitos resistivos.
ELB - 2009
1.3.1 - Indutância
13
A corrente alternada, ao circular em uma bobina (indutor), gera o fenômeno de auto-
indução: ao ser energizada, a bobina induz tensão em si mesma. Por sua vez, a tensão
XL = 2 . π . f . L
Onde:
1.3.2 Capacitância
Os capacitores são dispositivos que armazenam energia elétrica e que oferecem certa
resistência à passagem de corrente alternada, fenômeno este denominado reatância
capacitiva, designada por XC, medida em ohm [Ω] e expressa por:
14
Onde:
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
φ = - 90°
1.3.3 - Impedância
Os circuitos de corrente alternada raramente são apenas resistivos, indutivos ou
capacitivos. Na maioria das vezes, os mesmos apresentam as duas reatâncias, ou uma
delas, combinada com a resistência.
V=Z.I
1.4 Potência
Potência é a quantidade de trabalho realizado em determinado intervalo de tempo.
No domínio elétrico da tensão alternada, a potência p absorvida por uma carga é
diretamente proporcional à tensão instantânea v a que está submetida e à corrente
instantânea i que circula, ou seja:
p = v . i (a)
Como a corrente é um fluxo de elétrons mantido pela diferença de potencial entre dois
pontos do circuito, então a pilha “bombeia” elétrons através da carga e esta ao ser
alimentada com este fluxo sob a pressão u, executa certa quantidade de trabalho.
Nota:
- os valores das tensões (V e V0) dependem do sistema de distribuição;
- o termo cos φ é o fator de potência, que será visto com detalhes mais adiante.
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P = S · cos ij
S
Q = S · sen ij
P
A potência aparente é a soma do vetor potência ativa com o vetor potência reativa.
Fazendo-se as substituições necessárias, obtem-se:
Nota:
- os valores das tensões (V e V0) dependem do sistema de distribuição.
Para tensão contínua, o fator de potência (cos φ) e o fator reativo (sen φ), são
respectivamente, unitário e nulo, resultando para os mesmos:
Notas:
(a) Como a iluminação incandescente não consome potência reativa (Q = 0), pois é
puramente resistiva, sua potência aparente é igual a potência ativa (P = S), logo:
(b) Valor médio, pois podem ser ligadas cargas com diferentes fatores de potência
em tomadas desse tipo;
(c) Em instalações elétricas residenciais, onde as cargas são predominantemente
resistivas, o fator de potência global fica em torno de 0,95.
Um fator de potência menor que a unidade, significa que somente parte da potência
aparente se transformou em ativa (em trabalho), devido à existência de equipamentos
com resistência e reatância no circuito. Em qualquer instalação elétrica, são desejáveis
fatores de potência o mais próximos possível da unidade.
Por quê?
As principais causas do baixo fator de potência nas instalações elétricas residenciais são
lâmpadas fluorescentes com reatores de baixo fator de potência, um número muito
grande de condicionadores de ar e/ou motores de indução de pequena potência e
motores de indução superdimensionados.
ELB - 2009
1.4.1 Rendimento
Figura 1.8 - Transformação de
energia.
19
A figura acima mostra que certa quantidade de energia é absorvida pelo equipamento
elétrico, para que o mesmo possa cumprir a função de transformá-la. Este perde uma
fração da mesma através de efeito joule1. Matematicamente:
Rendimento
(1) Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre uma transformação de Energia Elétrica em En-
ergia Térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule, em homenagem ao Físico Britânico James Prescott Joule (1818-1889).
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Exercícios Resolvidos
1. Uma lâmpada permanece acesa durante 1h, sendo percorrida por uma corrente
elétrica de intensidade 0,5 A. Determine a carga elétrica (em Coulomb) que passou
por uma seção do seu filamento.
Resolução
20
Os dados que o exercício fornece são I = 0,5 A e Δt= 1h, pedindo para determinar o
valor de Q (carga elétrica). Para isso, é necessário utilizar a equação , onde corrente é
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
I = 0,5 A
Δt = 1h = 60min = 3600s
Resolução
Os dados que o exercício fornece são V = 110 V e P = 3300 W, pedindo para determi-
nar o valor de I (corrente). Para isso, é necessário utilizar a equação, onde potência é
expressa em watt, tensão em volt e corrente em ampère. Assim:
P = 3300 W
V = 110 V
3. Seja uma carga entre duas fases, sob tensão de 220 V e com potência ativa de
10 kW. Calcule a potência aparente quando seu fator de potência for igual a 0,5 e
quando o fator de potência for igual a 1, calculando a corrente para os dois casos.
Resolução
E a corrente é:
21
E a corrente é:
Resolução
Os dados que o exercício forneceu são Valor da conta = 357,34 e Cos φ = 0,85.
Aplicando na fórmula também fornecida pelo exercício:
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Resolução
- Potência fornecida:
- Rendimento:
- Perda:
ELB - 2009
Exercícios Propostos
( ) Segundo a NBR 5410, condutores vivos são apenas os condutores fase de uma
instalação.
( ) A tensão de linha (ou fase-fase) é medida entre duas fases quaisquer do sistema,
enquanto a tensão de fase (ou fase-neutro) é medida entre qualquer fase e o neutro
do sistema.
( ) Fatores de potência igual a 1 significam que toda a potência aparente foi trans-
formada em ativa. Portanto, quando menores que 1, significam que apenas parte da
potência aparente foi transformada em ativa, ou melhor, em trabalho.
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Capítulo 2
Previsão de Carga ELB
2.1 Ilumiminação Pág 26
2 Previsão de Carga
Este levantamento é o primeiro passo a ser dado num projeto de instalações elétricas. Ele
26 serve de subsídio para consultas prévias às concessionárias, elaboração de anteprojetos,
orçamentos preliminares e definição da viabilidade econômica da obra.
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
2.1 Iluminação
- Área acima de 6m²: 100 VA para os primeiros 6m², acrescidos de 60 VA para cada
parcela adicional de 4m² inteiros.
Notas:
- das áreas acima de 6m², desconta-se uma parcela de 6m2, e do resto extraem-se
quantas parcelas inteiras de 4m² ele contiver.
Por exemplo: se uma sala possui área de 55m2, desconta-se 6m2, tem-se como resto
49m2. Esse valor é dividido por 4m2, tendo por resultado 12,25. Obtem-se então, para
esta sala uma parcela de 6m2, e doze parcelas inteiras de 4m2:
2.2 Tomadas
- outros cômodos com área até 6m²: pelo menos uma TUG;
- outros cômodos com área acima de 6m²: no mínimo 1 TUG para cada 5m ou
fração do perímetro, espaçadas tão uniformemente quando possível.
Notas:
- Quando a potência do equipamento que será ligado à TUE não for conhecida, atribuímos a
potência do equipamento mais potente possível de ser ligado ou, então, a potência calculada
pelo produto entre corrente da TUE e a tensão do respectivo circuito.
Exercício Resolvido
Serão aplicados todos os critérios definidos até então, calculando a potência dos
pontos de iluminação e das tomadas de uma residência, representada pela planta
abaixo, explicando, ao longo do exercício, todas as etapas do início da elaboração de
um projeto elétrico residencial.
32
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
33
2º passo: dividir a área em parcelas de 6m e parcelas de 4m .
2 2
Duas parcelas de 4m2 , que somam 60VA cada uma → 2x60VA = 120VA
A tabela a seguir mostra como fica este passo para os outros cômodos do projeto:
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
1 TUG no Banheiro;
1 TUG no Sacada.
Cozinha
35
Área de Serviço
- Em qualquer outro cômodo que possua área maior que 6m2, coloca-se 1 TUG para
cada 5 m (perímetro do cômodo dividido por 5, arredondando para mais):
Sala
Quarto 1
Quarto 2
Sala Quarto 1
3 TUG de 100VA cada : 3 TUG de 100VA cada:
3 TUG`s = 300VA 3 TUG’s = 300VA
Quarto 2 Sacada
3 TUG de 100VA cada: 1 TUG de 100VA
3 TUG`s = 300VA
Banheiro 1 TUE
Quarto 1 1 TUE
Cozinha 1 TUE
4º passo: definir a potência das TUE’s. A potência ativa mínima de cada TUE é definida
pelo eletrodoméstico que será ligado nela. A potência do chuveiro escolhido é 4400W,
do ar condicionado é 900W, e da torneira elétrica é 2800W.
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TUG’s TUE’s
Cômodo
Quant. Potência [VA] Quant. Potência [W]
(b)
Sala 3 3 x 100 = 300 _ _
Cozinha (a) 5 3 x 600 + 2 x 100 = 2000 1 1x2800 (c)
Banheiro (a) 1 1 x 600 = 600 1 1x4400 (d) 37
Quarto 1(b) 3 3 x 100 = 300 1 1x900 (e)
Quarto 2(b) 3 3 x 100 = 300 _ _
(a): conforme a tabela 2.4, para estes cômodos, para as três primeiras TUG`s , atribuir 600 VA por TUG. Para cada uma das excedentes, atribuir
100VA;
(e): ar condicionado.
Somando todos os critérios e parâmetros anteriormente apresentados, pode-se encontrar a quantidade de pontos e prever as
cargas para cada cômodo do projeto, conforme mostra a tabela 2.7.
Exercícios Propostos
38
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
TUG's [VA]
Cômodo
Perímetro 3,5 5 Outros Potências Individuais Potência Total
Sala
Cozinha
Banheiro
39
Dormitório 1
TUE's [W]
Cômodo
Aparelho Quantidade Potência
Sala
Cozinha
Banheiro
Dormitório 1
Dormitório 2
Área de Serviço
Sacada
TOTAL
ELB - 2009
4. Faça o levantamento das cargas de iluminação, das TUG’s e das TUE’s para a
planta representada na figura 2.3, planejando 3 TUE’s para a mesma. Utilize as tabelas
IV, V e VI para apresentar suas respostas.
40
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
TUG's [VA]
Cômodo
Perímetro 3,5 5 Outros Potências Individuais Potência Total
Sala
Cozinha
Banheiro
Dormitório 1 41
Dormitório 2
Área de Serviço
TUE's [W]
Cômodo
Aparelho Quantidade Potência
Sala
Cozinha
Banheiro
Dormitório 1
Dormitório 2
Área de Serviço
Sacada
TOTAL
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Capítulo 3
Previsão de Carga ELB
3.1 Locação de Pontos Pág 44
Entretanto, para ser inteligível quando concluído – ocasião em que ficará congestionado,
pois mostrará, além desses pontos, todos os eletrodutos com seus diâmetros, bem
44 como todos os condutores com suas funções e seções – alguma simplificação tem
que ser feita.
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Aliás, já lembrava Sir Bertrand Russel: “Para ser inteligível temos que ser inexatos; para
ser exatos temos que ser ininteligíveis”.
3.1.1 Iluminação
Havendo projeto de iluminação, prevendo destaques para determinados ambientes
e/ou pontos específicos, é preciso ficar atento para não ultrapassar a potência que já
tenha sido especificada. Não havendo tais exigências, os pontos de iluminação são
distribuídos uniformemente em cada cômodo, no centro da área interna de cada um
deles. Exceto o ponto da área externa, que fica acima de sua porta de acesso.
3.1.2 Interruptores
Estes comandos devem ser instalados antevendo a forma mais prática de serem acio-
nados os pontos de iluminação, usando, onde necessário, interruptores simples, du-
plos, triplos, paralelos ou intermediários. O tipo de interruptor mais conveniente de-
pende de diversos fatores, entre os quais: quantidade de pontos no cômodo (simples,
duplos ou triplos); cômodos comunicando-se com o exterior, extremidades de escadas
e corredores longos (paralelos); cômodos muito grandes ou com mais de duas portas
(intermediários).
ELB - 2009
3.1.3 TUG’s
As tomadas de uso geral (geralmente baixas e médias, veja tabela 3.1) são distribuídas
uniformemente em cada cômodo, exceto se o projeto de decoração estabelecer
a posição de móveis e, conseqüentemente, de eletrodomésticos, caso em que a
uniformidade poderá não ser atendida (atenção: isto não exime da obediência às
quantidades mínimas especificadas pela norma).
3.1.5 Campainha
Evidentemente o botão fica na entrada principal e a campainha, no cômodo de maior
utilização - respectivamente, o portão e a cozinha de uma residência.
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D 3RQWRGH/X]
4XDGURGH'LVWULEXLomR
[: ,QFDQGHVFHQWHQR7HWR
D 3RQWRGH/X]
)LR)DVH ,QFDQGHVFHEWH
46 [: QD3DUHGH
D 3RQWRGH/X]
)LR1HXWUR )OXURUHVFHQWH
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
D 3RQWRGH/X]
(OHWURGXWR(PEXWLGRQD/DMH )OXURUHVFHQWH
[: (PEXWLGRQD3DUHGH
9$ 7RPDGDGH/X]0pGLD
(OHWURGXWR(PEXWLGRQR3LVR ,QVWDODGDDPGRSLVR
9$ 7RPDGDGH/X]$OWD
'LVMXQWRU ,QVWDODGDDPGRSLVR
D
,QWHUUXSWRU6LPSOHVGH 3 &DL[DGH3DVVDJHPQR3LVR
6HomR &[SDVV
[[
D E 3
,QWHUUXSWRU6LPSOHVGH &DL[DGH3DVVDJHPQR7HWR
&[SDVV
6HomR [[
D E 3
,QWHUUXSWRU6LPSOHVGH &DL[DGH3DVVDJHPQD3DUHGH
6HomR &[SDVV
F [[
D
,QWHUUXSWRU3DUDOHOR &DPSDLQKD
7KUHHZD\
D
,QWHUUXSWRU,QWHUPHGLiULR %RWmRGH&DPSDLQKD
)RXUZD\
ELB - 2009
47
48
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Figura 3.2 - Esquema
unifilar da ligação do
interruptor simples.
ELB - 2009
49
ELB - 2009
50
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
51
52
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Figura 3.10 - Esquema
unifilar da ligação
do interruptor
intermediário (Four-
way).
ELB - 2009
53
54
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
ELB - 2009
55
A potência instalada PI é calculada a partir das potências totais que foram determinadas
inicialmente (conforme as tabelas 2.1, 2.2 e 2.3), cuidando para utilizar a mesma
unidade de medida. Considerando o fator de potência, a potência ativa é facilmente
56
obtida através da expressão: P = S. cos φ. Somando a potência ativa da iluminação, a
potência ativa das TUG’s e a potência ativa das TUE’s, tem-se a potência instalada em
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
uma residência.
Por exemplo: se uma residência possui para a iluminação, uma carga prevista de
750VA, para suas TUG’s uma carga de 5000VA e para suas TUE’s 8000W, teremos:
Potência de Demandada
PD = g . PI
ELB - 2009
Onde:
57
Capacidade de Reserva
1° Critério: pela previsão da potência a ser instalada, do tipo de rede que dispõe para o
local - monofásica (220 V) ou trifásica (380 V) - e das características dos equipamentos
a serem alimentados;
2° Critério: pela previsão da potência a ser instalada ou, dependendo do nível desta,
da demanda provável, estabelece em que faixa o fornecimento será feito - segundo as
tabelas 2.11 a 2.12, adaptadas de sua norma ND-5.1.
Ramal de Aterra-
Disjuntor (A)
Rosca (pol)
Rosca (pol)
Fios
Tamanho
Tamanho
Nominal
Nominal
Concreto
Cobre Cobre Cobre (daN)
59
(mm2) (mm2) (mm2)
Exercícios Resolvidos
Iluminação → 900VA
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
TUG’s → 5500VA
Somando a potência ativa para iluminação, para TUG’s e para TUE’s, obtêm-se a
potência instalada na residência:
Iluminação e TUG’s:
Potência Instalada (900VA para iluminação e 4400VA para TUG’s)→PI = 900 + 4400
= 5300 W
TUE do Quarto:
Tabela 3.6 - Potência ativa. =//=//=//=//=//= Potência Prevista Cos φ Potência Ativa [W]
Iluminação 900 VA 1,0 900
TUG’s 5500 VA 0,8 4400
TUE’s 5300 W - 5300
TOTAL 6400 VA e 5300 W - 10600
62
Tabela 3.7 - Potência ativa Potência Ativa
=//=//=//=//=//= Potência Ativa [W] g
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Nº de Fios→2 fios
Proteção Geral→Disjuntor 50 A
Exercícios Propostos
2. Certa residência, possui três chuveiros elétricos (4400W cada), dois condicionadores 63
de ar (1300W cada), uma torneira elétrica (2800W) e uma secadora de roupas, da
qual não se conhece a potência. Estes equipamentos necessitam de tomadas de uso
específico. Calcule, portanto, a Potência de Demanda para estes eletrodomésticos.
64
ELB - 2009
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Capítulo 4
Circuitos Terminais
ELB
4.1 – Caminhamento dos Eletrodutos Pág 68
4 Circuitos Terminais
Algumas razões levam a dividir a instalação elétrica em circuitos, entre as quais podem
ser citadas: limitação dos curtos-circuitos e falhas (pois permitem isolar o setor atingido
66 do restante da instalação); facilitar a manutenção e reduzir interferências.
A divisão é feita seguindo os critérios estabelecidos pela NBR 5410, que foram
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
transcritos:
I. toda instalação deve ser dividida em circuitos, de forma que cada um possa ser
seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de curto-circuito;
II. cada circuito terminal será ligado a um dispositivo de proteção. No caso de instalações
residenciais, poderão ser utilizados disjuntores termomagnéticos e diferenciais residuais
(DR`s);
III. os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de
utilização alimentados. Assim, circuitos terminais distintos devem ser previstos para
iluminação e tomadas de uso geral (TUG`s);
IV. devem ser previstos circuitos terminais exclusivos para tomadas de uso especifico
(TUE`s), tomadas com corrente elevada (acima de 10A);
VI. exceto para os circuitos exclusivos das TUE`s, como forma de evitar que os demais
fiquem muito carregados, a potência por circuito deve ser limitada em:
ELB - 2009
Atenção
(1) Um circuito não deve ser afetado pela falha ou interferência de outro para
evitar que, caso isso ocorra, toda uma área fique sem alimentação elétrica.
67
(2) Auxilio na implementação das medidas de proteção contra choques
elétricos. Nesses casos, quase sempre, é obrigatória a presença de dispositivos
Ponto de
derivação
Rede pública
de baixa
68 tensão
(F+N)
Ramal de Iluminação
derivação
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
(2F+N)
Dispositivo geral de Chave
Caixa de comando e geral
medição proteção Fase (F+N+P) Ar
s Condicionado
Medidor
Circuito de
distribuição
(2F+N+P
Ramal de E) (F+N+P)
Chuveiro
entrada
Ponto de Origem da
entrega
Terminal de instalação
aterramento
principal (F+N+P) Máquina
Neutro Terra de secar
Quadro
distribuição
de
(F+N+P) Forno
elétrico
Circuito
4.1 – Caminhamento dos Eletrodutos
Concluída a locação dos pontos elétricos e especificados os circuitos terminais, é hora
de traçar o caminhamento dos eletrodutos que irão interligá-los.
Isto tem que ser muito bem estudado, procurando os trajetos mais curtos, com
cuidado para não deixar nenhum ponto esquecido e evitando, sempre que possível,
os cruzamentos. A simbologia a usar é a da tabela 2.8.
- não permitir que as caixas de derivação octogonais, onde são instalados os pontos
de iluminação situados no teto, recebam a interligação de mais 6 eletrodutos, para
evitar seu congestionamento com emendas e passagem de condutores;
- pela mesma razão, não permitir que as caixas de derivação retangulares e quadradas,
onde são instalados os interruptores e as tomadas situadas nas paredes, recebam a 69
interligação de mais de 4 eletrodutos;
O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condutores possam
ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto é recomendado que os condutores
não ocupem mais do que 40% da área útil dos eletrodutos.
ELB - 2009
70
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Exercício Resolvido
Iluminação = 900VA
TUG’s = 5400VA
71
TUE’s = 7200W (Chuveiro de 4400W no banheiro e Torneira Elétrica de 2800W na
cozinha)
TUG’s: De acordo com o que foi apresentado, recomenda-se dividir os circuitos das
TUG’s de forma que fiquem separadas as da cozinha, e as da área de serviço. Ou seja,
um circuito para as TUG’s da cozinha, um circuito para as TUG’s da área de serviço e
um circuito para as TUG’s dos demais cômodos.
TUE’s: A residência conta com duas tomadas de uso específico, portanto tem-se um
circuito para cada uma delas.
Exercícios Propostos
TUG’s: Quarto 1 400 VA; Quarto 2 300 VA; Sala 500 VA; WC 600 VA; Área de serviço
1800VA; Cozinha 2100 VA.
74
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Capítulo 5
Dimensionamento dos Condutores
Fases
ELB
5.1 - Critério da Capacidade de Corrente Pág 78
Isto é feito através de quatro critérios, que devem ser atendidos simultaneamente. São
78 eles:
- capacidade de corrente;
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
Para os projetos elétricos residenciais de pequeno porte, são considerados apenas os dois
primeiros critérios, capacidade da corrente e seção nominal mínima.
Passo 4 – calcular a corrente do circuito. Essa corrente é obtida através da expressão I=P/V
, onde P é a potência total do circuito e V a tensão que foi determinada anteriormente
para a residência (tabelas 3.4 e 3.5).
ELB - 2009
Onde:
Corrente Corrigida
I
Ic =
FCA
I = corrente calculada, consumida em cada circuito, em [A].
Passo 6 – seção nominal dos condutores. Após a obtenção dos dados dos passos
anteriores, uma das tabelas, 5.4 ou 5.5, fornecerá a seção nominal mínima relativa ao
critério da capacidade de corrente. A seleção de uma dessas tabelas é feita de acordo
com a isolação dos condutores utilizados para a instalação. Utiliza-se a tabela 5.4
quando o material de isolação é PVC e a tabela 5.5 quando o material de isolação é
EPR ou XLPE.
Tabela5.1 - Quantidade de
Condutores Carregados.
Bifásico a 3 fios
- circuitos de distribuição (alimentadores
(2 Fases + Neutro) 3
de quadros bifásicos).
Notas:
(a): circuito equilibrado é aquele em que a distribuição de cargas entre as fases é a mesma;
(b): circuito desequilibrado é aquele em que a distribuição de cargas entre as fases é desigual.
ELB - 2009
(a): de acordo com a NBR 5410, o cabo não pode ser instalado pelo método correspondente ou, então, o método não é usual para
a instalação do cabo correspondente;
(b): a distancia entre o cabo e a parede deve ser, no mínimo, igual a 30% do diâmetro externo do cabo;
(c): De = diâmetro externo do cabo; V = altura do espaço de construção ou da canaleta;
(d): a distância entre o cabo e a parede ou teto deve ser menor ou igual a 30% do diâmetro externo do cabo.
ELB - 2009
Método de
Instalação
Disposição dos Cabos
Item
Justapostos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 16 20
82 Feixe de cabos ao
ar livre ou sobre
1 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 AaF
superfície; cabos em
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
condutos fechados
Camada única
sobre parede, piso
2 ou em bandeja 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70
não perfurada ou C
Nenhum fator de
prateleira
correção adicional
3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 para mais de 9
circuitos ou cabos
Camada única em E
multipolares
4 bandeja perfurada, 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
horizontal ou vertical F
Camada única em
5 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78 G
leito ou suporte
ELB - 2009
Fios e Cabos Isolados, Uni e Multipolares Temperatura em regime Permanente no Condutor: 70°C
Material do Condutor: Cobre Temperatura Ambiente (fios e cabos não enterrados ): 30°C
Material da isolação PVC Temperatura do Solo (fios e cabos enterrados): 20°C
Fios e Cabos Isolados, Uni e Multipolares Temperatura em regime Permanente no Condutor: 90°C
Material do Condutor: Cobre Temperatura Ambiente (fios e cabos não enterrados): 30°C
EPR e
Material da isolação Temperatura do Solo (fios e cabos enterrados): 20°C
XLPE
84 Seção Métodos de Instalação (a) e Quantidade de Condutores Carregados
Nominal A1 A2 B1 B2 C D
[mm²] 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 147 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 14 18 15
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46
10 61 54 57 51 75 66 69 60 90 71 73 61
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79
25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 121 101
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122
50 158 141 154 130 198 175 175 154 209 179 173 144
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1122 923 711 596
800 885 792 805 721 1158 1020 952 837 1311 1074 811 679
1000 1014 908 923 826 1332 1173 1088 957 1515 1237 916 767
ELB - 2009
Ainda que com fusão análoga à dos fusíveis, os disjuntores termomagnéticos são os
dispositivos de proteção mais empregados nas instalações elétricas em baixa tensão.
Ao contrario dos fusíveis que, exceto com auxilio de “chaves faca”, não permitem
isolar o circuito para efetuar manutenção, os disjuntores termomagnéticos permitem
fazê-lo, pois trazem um interruptor externo; motivo pelo qual deve ser escolhido de
acordo com a quantidade de fases dos circuitos que irão proteger, para que possam
desarmar todos os pólos.
- Número de pólos;
- Corrente nominal [A] - valor eficaz da corrente de regime contínuo (In), garantido
pelo fabricante, que o disjuntor, sem sofrer danos, é capaz de conduzir indefinida-
mente;
Exercício Resolvido
Tipo da Isolação - Serão escolhidos condutores (de cobre) com isolação de PVC, que é
usual para as instalações elétricas residenciais.
87
Número de Condutores Carregados - Observando as informações da tabela 5.1, a
Pela tabela 5.2, na coluna de condutor isolado, definido no item Tipo de Isolação, o
código para este método é B1.
I = 480/220 → I = 2,2 A
*No final deste exercício resolvido encontra-se a versão final do projeto elétrico desta residência,
observando-o fica mais fácil compreender os valores utilizados no item Nº Máximo de Circuitos
Agrupados.
Para o circuito 1, a corrente calculada é igual a 2,2 A e Fator de Correção igual a 0,8.
Pela expressão:
IC = 2,2/0,8 → IC = 2,7 A
Escolher a tabela que fornecerá a seção - Como estamos utilizando cabos de cobre
com isolação de PVC instalados pelo método B1, então, entre as tabelas 5.4 e 5.5, a
que atende a estes requisitos é a tabela 5.4.
Como utilizar a tabela - Entre as duas colunas que correspondem ao método B1, na
que se refere a 2 condutores carregados no circuito, escolhe-se a seção nominal cuja
capacidade de condução seja a imediatamente acima da corrente corrigida.
89
Para o circuito 1, a corrente corrigida é 2,7A. Observando-se a tabela 5.4, na coluna
B1 (código definido no passo 1, método de instalação dos condutores), na coluna 2
*Os itens destacados, não utilizados, foram definidos de acordo com os critérios anteriormente
explicitados. No entanto, utilizaremos sempre o maior valor de seção nominal, seja ele definido
pela tabela ou pelo mínimo exigido pela norma.
IB = 2,2 A
IZ = 17,5 A
90
De acordo com as definições anteriores, o disjuntor selecionado para este circuito será
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
de 10 A. Observe:
Circuitos IZ’
Seção
Terminais IB IZ [A] Corrente [A] do Disjuntor
Nominal FCA
[A] [A] (FCA x IZ) Selecionado In
Nº Tipo [mm2]
Circuitos
Potência Corrente [A] Condutor Proteção
Terminais
Tensão [V]
Local
Calculada
Corrigida
Correção
Corrente
Fator de
Unitária
Seção
91
Total
Tipo
[A]
Nº
Nº Tipo Nominal
[mm2]
Notas:
(a) Nas instalações elétricas residenciais na prática, o fator de potência é 0,95;
Sendo assim: S = PD /0,95 S = 9964,8/0,95 S = 10489,2VA
(b) Optamos por utilizar um fio de seção 6 mm2 para que futuramente, possa ser trocado o equipamento atual por um de potência maior.
ELB - 2009
92
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
3DGUmRGH
(QWUDGD
4XDGURGH
'LVWULEXLomR
)87852',6-81725
78*
V$
78*
V&
78*
V%
78(
V&2=
78(
V:&
,OXPLQDomR%
,OXPLQDomR$
ELB - 2009
Projeto Elétrico
9$
9$
I
93
9$ H 9$
9$
I
H
9$
I
9$ I
9$
G
9$
G G
9$
9$
F
F
9$ 9$
9$
F
:
D
9$
D
9$
:
9$
9$
E D
9$
9$
9$
E
E E
9$
9$
9$ 9$
ELB - 2009
Exercícios Propostos
Circuitos
Potência Corrente [A] Condutor Proteção
Terminais
94
Local
Calculada
Corrigida
Correção
Corrente
Fator de
Unitária
Seção
Total
Tipo
[A]
Nº
Nº Tipo Nominal
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
[mm2]
Corredor 100VA
Sala 220VA
1 Ilumin.A 580VA
Quarto 1 160VA
WC 100VA
Quarto 2 220VA
2 Ilumin. B Cozinha 160VA 480VA
A.S. 100VA
Corredor 100VA
Sala 300VA
3 TUG’s A Quarto 1 300VA 1700VA
Quarto 2 400VA
WC 600VA
4 TUG’s B Cozinha 2000VA
5 TUG’s C A.S. 1800VA
6 TUE A WC 7000W
7 TUE B Quarto 3200W
8 TUE C Cozinha 2900W
Observações:
95
Capítulo 6
Aula Prática ELB
ELB - 2009
6 Aula Prática
Executar para a planta abaixo, todos os passos para a elaboração de um projeto elétri-
co, preenchendo as tabelas a seguir. Definir para o projeto também, algumas tomadas
de uso específico, ao seu critério.
98
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
ELB - 2009
=//=//=//=//=//= Potência Prevista Cos φ Potência Ativa [W] Tabela 6.4- Potência Instalada.
Iluminação
TUG’s
TUE’s
POTÊNCIA INSTALADA
ELB - 2009
Fases
Nº. de
Fios
Proteção Geral Disjuntor [A]
Ramal de Ligação Cobre (mm²)
Condutores Ramal de Entrada Cobre (mm²)
Aterramento Cobre (mm²)
Eletroduto do Ramal Tamanho Nominal
de Entrada (PVC) Rosca (pol)
Pontalete de Ferro Tamanho Nominal
Galvanizado Rosca (pol)
Poste Particular de Concreto (daN)
Tabela 6.7 - Quadro de distribuição
de cargas.
Circuitos
Potência Corrente [A] Condutor Proteção
Terminais
Local
Calculada
Corrigida
Correção
Corrente
Fator de
Unitária
Seção
Total
Tipo
[A]
Nº
Nº Tipo Nominal
[mm2]
ELB - 2009
Capítulo 7
Contactores ELB
7.1 - Circuito de Controle Pág 104
7 Contactores
Os contactores são dispositivos com dois circuitos básicos, de comando e de força, que
se prestam a esse objetivo.
O circuito de comando opera com corrente pequena, apenas o suficiente para operar
uma bobina, que fecha o contato do circuito de força.
105
7.3 Contato Normalmente Aberto (NA)
7.5 Construção
Os contactores são construídos de um grande numero de peças, tendo como elementos
principais os representados na figura 6.4.
ELB - 2009
12
106 11
2
10 3
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
4
9
3a
2. Bobina
4. Bobina de sombra
7. Contato móvel
10. Mola
7.5.1 Funcionamento
A bobina eletromagnética (2), quando alimentada por um circuito elétrico forma
um campo magnético que, concentrando-se no núcleo fixo (3), atrai o núcleo móvel
(3a).
Como os contatos móveis (7) estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel,
o deslocamento deste último no sentido do núcleo fixo desloca consigo os contatos
móveis (7). Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também
devem se aproximar dos fixos, de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel,
107
estejam em contato e sob pressão suficiente, as peças fixas e móveis do sistema de
comando elétrico (1) e (7).
Os contactores ou chaves magnéticas pertencem à classe das chaves, e por isso mes-
mo são projetados para o comando de circuitos sob condições normais de serviço.
Sua velocidade de fechamento tem seu valor dado pela resultante de força magnética
proveniente da bobina da força mecânica das molas as únicas responsáveis pela ve-
locidade de abertura do contactor, ou quando o valor da força magnética for inferior
a força das molas.
EQPVCVQHKZQ
VGTOKPCNFG
NKICnlQ
P}ENGQFQ
OCIPGVQ
OQXoN
DQDKPC
GNGVTQOCIPoVKEC
P}ENGQFQ
OCIPGVQ
HKZQ
ELB - 2009
Como bem demonstra o circuito, estas botoeiras, por não fazerem parte integrante
do contactor, poderão ser colocadas em locais convenientes tanto para instalação
como para o operador. Tal vantagem é um dos principais fatores levados em conta na
instalação de contactores com dispositivo de comando.
R
S
T
( ( ( (
%106#%614#
#
&
&
#
.
4'.d6'4/+%1
110
7.11 Defeitos dos Contactores
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
4. Isolamento deficiente
6. Defeitos mecânicos
111
b a b
1 3 5
Figura 7.8 – Identificação dos
terminais.
2 4 6
ELB - 2009
dos contactores.
a NÚMERO NÚMERO DE
DE IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA
b DA FUNÇÃO SEQÜÊNCIA
NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO
3 FECHADORES
1 ABRIDOR
%106#61524+0%+2#+5 %106#615#7:+.+#4'5
'064#&#
113
a
Nos contactores auxiliares, assim como nos contactores para motores, o posicionamento
físico de contatos auxiliares é livre.
Capítulo 8
Chaves Auxiliares Tipo Botoeiras ELB
8.1 - Constituição das Botoeiras Pág 117
ELB - 2009
As chaves auxiliares tipo botoeiras são chaves de comando manual que tem por
finalidade interromper ou estabelecer momentaneamente, por pulso, um circuito de
comando, para iniciar, interromper ou continuar o processo de automação. Podem ser
montadas em caixas para sobreposição ou para montagem em painéis.
116
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
As botoeiras podem ter diversos botões agrupados em painéis ou caixas, e cada botão
pode acionar também diversos a contatos, abridores ou fechadores.
No caso das botoeiras com chave são do tipo comutadoras, que tem por finalidade
impedir que qualquer pessoa ligue o circuito.
ELB - 2009
As botoeiras ainda podem ser apresentadas no tipo pendente. Neste caso, sua
utilização destina-se ao comando de pontes rolantes, talhas elétricas ou ainda
máquinas operatrizes em que o operador tem de ligá-las em varias posições diferentes.
elas possuem formato anatômico.
Existem botoeiras luminosas que são dotadas de lâmpadas internas, que se iluminam
quando os botões são acionados.
117
Capítulo 9
Contato Térmico (Relé Térmico) ELB
ELB - 2009
F F
F F
95
D RELÉ
96 TERMICO
13
NAC L NAC CONTACTOR
14
95
96
LÂMP. Z A1
M MOTOR
C
A2
N N
DIAGRAMA DE CONTROLE DIAGRAMA DE FORÇA
Pelo diagrama de controle vemos que ao ser acionada, a botoeira liga, completa-se
o circulo elétrico entre F e N, energizando-se a bobina de acionamento, que fecha os
contatos do circuito de força. Ao mesmo tempo é fechado o contato auxiliar (ou grude)
que possibilita retirar-se o dedo da botoeira e o motor continua funcionando. Quando
se desejar parar o motor, bastara acionar a botoeira e a bobina de acionamento será
desenergizada abrindo os contatos de força e o contato auxiliar.
ELB - 2009
Capítulo 10
Circuito de Comando e Acionamento
de Motores
ELB
10.1 - Objetivo Pág 124
10.1 - Objetivo
Montar o circuito de acionamento e controle de motores utilizando fusível, contactora,
124 relê e botoeira.
10.2- Descrição
De modo geral os motores elétricos de indução monofásicos são as alternativas naturais
aos motores de indução trifásicos, nos locais onde não se dispõe de alimentação
trifásica, como residências, escritórios, oficinas e em zonas rurais.
Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos, os motores com rotor tipo
gaiola se destacam simplicidade de fabricação e, principalmente, pela robustez,
confiabilidade e longa vida, sem a necessidade de manutenção.
- Dispositivo de alta tensão, quando projetados para emprego em circuitos cuja tensão
de linha é superior a 1000V.
No caso mais geral, podemos distinguir num dispositivo de manobra três tipo de
circuito:
- O circuito principal, que é o conjunto das partes condutoras inseridas no circuito que
o dispositivo tem por função fechar ou abrir.
10.3 - Montagem 1
( (
%106#%614#
#
&
&
#
.
4'.d6'4/+%1
0
ELB - 2009
F F
126 F F
95
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
D RELÉ
9 6 E R M IC O
T
13
NAC L NAC CONTA CTOR
14
95
96
LÂM P. Z A1
M M OTOR
C
A2
N N
D IA G R A M A D E C O N T R O L E D IA G R A M A D E F O R Ç A
ELB - 2009
Capítulo 11
Intertravamentos (Parte 1) ELB
11.1 - Objetivo Pág 130
11 Intertravamentos (Parte 1)
11.1 - Objetivo
Demonstrar e montar circuitos elétricos com intertravamentos entre equipa-
mentos.
130
11.2 Montagem 2
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
D NFC1 NFC2
L L L
C1 C2 C3
N
ELB - 2009
F F F
11.3 - Montagem 3
Figura 11.3 – Diagrama de Comando.
D N AC1 N A F1
NAC1
L
D D
N AC2 L NAC3 L
L
L L
C1 C2 C3
N
D ia g ra m a d e c o n tro le
ELB - 2009
F F F
M M OTOR M M O TO R M M O TO R
10.4 – Montagem 4
Figura 11.5 – Diagrama de comando.
D N A C 1 N A C 1
N A C 2
N A C 1
L
D D
N A C 2 L N A C 3 L
L
R E L É R E L É R E L É
L L
C 1 C 2 C 3
N
D ia g ra m a d e c o n tro le
ELB - 2009
F F F
133
M M M
N
DIAGRAMA
DE FORÇA
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Capítulo 11
Anexos ELB
12.1 – Diagrama de Comando Self – Ar Pág 136
12.3 – Self Ar com Contactora Auxiliar e Botão L/D Conjugado Pág 138
&
0#'8 . 0#'8 0#%&
2#$
4 4 4
.28 .24
# # #
'8 %& %2
ELB - 2009
# # #
0
136
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
(
(
#
&
0#'8 &4
.8 0(#4 0##4 0##4 .4 0##4
com Contactora Auxiliar
6
0#EF
2#$
.8 .4
4 4 4
12.2 – Diagrama do Self Contained a Ar
# # # #
'8 %& #4 %2
# # # #
0
ELB - 2009
&
0#'8 &4
.8 0(#4 0##4 0##4 .4 0##4
Botão L/D Conjugado.
6
0#EF
2#$
.8 .4
4 4 4
# # # #
'8 %& #4 %2
ELB - 2009
# # # #
0
138
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
(
(
#
&
CP ligando juntos
0#'8 .8 &4 0(#4 0##4 0##4 .4 0##4
6
0#EF
2#$
.8 .4
4 4 4
12.4 – Self Ar com Contactora Auxiliar com CD e
# # # #
'8 #4 %& %2
# # # #
0
ELB - 2009
&
Contained com Condensação a Água
0#'8 .8 &4 0##4 0##4 0##4 .4 0##4 0#%/2 .6 0#%/2 0##46
6 66
#46
2#$
.4 .8 .6
4 4 4 4
# # # # # #
ELB - 2009
140
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
(
(
#
&
0#'8
.8
FT 0##4
0##4
0##4
0#6 0##4
%/2
.6
%/2
#46
com Acionamento
6 66
#46
2#$
.4 .8 .6
4 4 4 4
Contained com Condensação a Água e
12.6 – Diagrama de Comando do Self –
# # # # # # #
# # # # # # #
0
ELB - 2009
&
. 0#- 0#-; 0#- 0#-; 0#-
Estrela Triângulo.
0#-;
0(- 0(-;
# # # #
-; -; - - .2
ELB - 2009
# # # #
0
142
Projeto Elétrico Residencial e Contactores
ELB - 2009
143
-
/
6
4
5
-
Projeto Elétrico Residencial e
Contactores
Referências
Bibliográficas ELB
TAMIETTI, Ricardo Prado. Passo-a-Passo das Instalações Elétricas Residenciais.
Belo Horizonte: IEA Editora, 2001.
NBR5444 - 1989.
NBR5410 - 2004.
ELB R e l a t ó r i o
P ro j e t o e l é t r i c o R e s i d e n c i a l e
C o n t a c t o re s
Gerencial
Curso Técnico de Refrigeração
e Condicionamento de Ar