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PROJETOS ELÉTRICOS

Unidade 4
Projeto luminotécnico
CEO

DAVID LIRA STEPHEN BARROS

Diretora Editorial
ALESSANDRA FERREIRA

Gerente Editorial

LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS

Projeto Gráfico

TIAGO DA ROCHA

Autoria

FABIANA MATOS DA SILVA


Fabiana Matos da Silva
AUTORIA

Olá a todos!!! Sou formada em Engenharia de Produção


Mecânica e atuei na indústria automobilística na Região do Vale
do Paraíba. Meu interesse pela área técnica nasceu com minha
passagem pelo SENAI com o curso de Aprendizagem Industrial
em Eletricista de Manutenção e ao término desse, com o curso
Técnico em Mecânica. Entender como as coisas funcionam sempre
foi minha motivação maior nesse período de aprendizagem.
Passei por algumas empresas da região, mas sempre motivada
pela vontade de aprender cada vez mais. Participei do Programa
Agente Local de Inovação- CNPq – SEBRAE, onde auxiliávamos
pequenas empresas fomentando ações inovadoras dentro de
seus limites e assim me apaixonei pela Inovação, e iniciei meu
Unidade 4

mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional estudando


a temática Desenvolvimento da Inovação em Pequenas e
Médias Empresas da Região Metropolitana do Vale do Paraíba
e Litoral Norte. Sou apaixonada pelo que faço e principalmente
na transmissão de conhecimento. Acredito que compartilhar
meus conhecimentos e minha experiência de vida àqueles que
estão iniciando em suas profissões tem grande valia. Por isso
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você
nesta fase de muito estudo e trabalho.

Conte comigo!

4 PROJETOS ELÉTRICOS
ÍCONES
Unidade 4

PROJETOS ELÉTRICOS 5
Tipos de luminárias e componentes luminotécnicos............. 9
SUMÁRIO

Benefícios do projeto luminotécnico................................................................ 9

Componentes das luminárias .......................................................................... 16

Dimensionamento de cargas elétricas versus potência


luminosa.................................................................................... 22
Aspectos teóricos sobre iluminação............................................................... 22

NBR 5410 e o cálculo da potência mínima de iluminação.......................... 28

Cálculo luminotécnico de um ambiente................................ 35


Cálculo Luminotécnico....................................................................................... 35

Projeto elétrico de iluminação: leiaute e simbologias......... 48


Introdução............................................................................................................ 48
Unidade 4

Layout da iluminação......................................................................................... 52

6 PROJETOS ELÉTRICOS
Você sabia que a área de Projetos Elétricos dá uma atenção
especial à área da luminotécnica e, em geral, a iluminação é uma

APRESENTAÇÃO
preocupação pois afeta a qualidade de vida e as condições de
trabalho.

Questões relacionadas à sustentabilidade e qualidade de


vida se tornaram muito relevantes e com isso, houve um avanço
considerável em meios para reduzir o consumo de energia
que atendam os princípios da eficiência energética, isto é, uma
característica da edificação que representa o seu potencial em
possibilitar conforto térmico, visual e acústico aos usuários com
baixo custo de energia.

A substituição de lâmpadas por modelos mais


econômicos é uma dessas ações que pode ser facilmente

Unidade 4
compreendida e realizada por qualquer pessoa, além de impactar
consideravelmente no consumo de energia. Mas vale a pena
avaliar do ponto de vista ambiental e econômico. Entendeu? Ao
longo desta unidade letiva você vai mergulhar nesse universo!

PROJETOS ELÉTRICOS 7
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências
OBJETIVOS

profissionais até o término desta etapa de estudos:

1. Identificar os tipos de luminárias e acessórios,


aplicando-as de acordo com os requisitos ambientais.

2. Dimensionar as cargas elétricas das luminárias de


acordo com sua potência luminosa.

3. Calcular e dimensionar cargas luminosas de um


ambiente pelo método dos lúmens.

4. Elaborar um projeto luminotécnico considerando as


cargas mínimas.
Unidade 4

8 PROJETOS ELÉTRICOS
Tipos de luminárias e
componentes luminotécnicos
Ao término deste capítulo você será capaz de
identificar os tipos de luminárias e acessórios,
aplicando-as de acordo com os requisitos
OBJETIVO ambientais. Isto será fundamental para o exercício
de sua profissão. Conhecimentos ligados à
iluminação mais eficiente e mais econômica estão
cada vez mais atuais principalmente por conta
da sustentabilidade. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá.

Benefícios do projeto luminotécnico

Unidade 4
Em um projeto elétrico, tudo aquilo que se refere à
iluminação dos ambientes se enquadra no grupo de aparelhos
de iluminação.

Um projeto luminotécnico é elaborado a partir da análise


da função dos ambientes, da quantidade de luz necessária para
os espaços e do cálculo do nível de iluminação para um conforto
visual eficiente.

A luminotécnica é importante atualmente, pois as


luminárias acabam traduzindo as tendências e garantem a
composição ideal para cada ambiente. A iluminação adequada
reflete na saúde e produtividade das pessoas, além da decoração,
do clima e da cenografia do ambiente desejados.

Com o desenvolvimento da luz artificial, as pessoas


passaram a conquistar a independência sobre a natureza,
passando a definir diversas situações não ficando restritos às
condições de iluminação.

PROJETOS ELÉTRICOS 9
Os aparelhos luminotécnicos, ou também conhecidos
como luminárias, consistem em instrumentos que possibilitam a
produção de luz por meio de lâmpadas, de maneira que podem
ser substituídas, além disso, as luminárias permitem a filtragem
ou a mudança da luz que é emitida por tais lâmpadas, elas evitam
o ofuscamento, possibilitam o direcionamento adequados da luz
e ainda servem como componente do design do ambiente.
Figura 1 - Lâmpada Incandescente
Unidade 4

Fonte: Pixabay

Atualmente, as pessoas passam a maior parte do tempo


em ambientes internos iluminados parcialmente por aberturas
e predominantemente, iluminados artificialmente. Somos
dependentes e isso é exemplificado nas estradas à noite onde
dependemos de faróis de veículos e de luminárias nas ruas para
nossa segurança. Podemos citar os faróis marítimos que são
exemplos da importância da iluminação artificial (PINHEIRO;
CRIVELARO, 2014).

10 PROJETOS ELÉTRICOS
Figura 2 - Iluminação de rua

Unidade 4
Fonte: Pixabay

Podemos afirmar que a iluminação trata de algo mais


complexo do que simplesmente escolher uma luminária ou
lâmpada, em composição com o ambiente a ser iluminado, sem
considerar diversos aspectos importantes e ferramentas que
auxiliam numa melhor funcionalidade e valorização do espaço.

Uma iluminação inadequada pode acarretar desconforto


e fadiga visual, dor de cabeça, ofuscamento, redução e deficiência
visual ou mesmo acidentes. A iluminação artificial também é
um dos sistemas que mais consome energia em ambientes
construídos. Uma boa iluminação aumenta a produtividade,
gera um ambiente mais prazeroso e pode, inclusive, salvar vidas
(PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).

PROJETOS ELÉTRICOS 11
Figura 3 - Projeto Elétrico
Unidade 4

Fonte: Pixabay

Sendo assim, tem-se que em um projeto luminotécnico


adequado é necessário considerar elementos como:

• Nível de iluminamento adequado para o ambiente de


acordo com a atividade nele a ser realizada;

• Distribuição espacial da luz adequada ao ambiente;

• Seleção adequada da cor da luz;

• Cor das paredes e tipos de piso;

• Iluminações de acesso;

• Iluminação de emergência.

O projeto luminotécnico deve possuir um caráter criativo


e prever que cada espaço interno de um imóvel necessite de uma
correta especificação de luminárias e lâmpadas.

12 PROJETOS ELÉTRICOS
Atualmente, existe uma imensa gama de opções. Mas,
podemos classificar os itens de iluminação artificial em 2 grupos:
iluminação geral e iluminação dirigida. A iluminação geral tem
como objetivo utilizar a iluminação direta e de refletores, enquanto
a iluminação dirigida privilegia efeitos especiais e destaque para
pontos específicos do ambiente (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).

Luminárias

A luminária é um aparelho que distribui, filtra ou modifica


a luz emitida por uma ou mais lâmpadas e que contém todas as
partes necessárias para fixar e proteger as lâmpadas e, quando
necessário, os circuitos auxiliares e os meios de ligação ao circuito
(ABNT NBR IEC 60598-1, 1999).

Unidade 4
Os requisitos funcionais básicos são: garantir suporte e
conexão elétrica à lâmpada, controlar e distribuir a luz, proporcionar
bom rendimento luminoso, manter a temperatura de operação
dentro das normas estabelecidas, facilitar a instalação e a conservação,
proteger a lâmpada e ter estética agradável (Paula, 2006).
Figura 4 - Iluminação de escritório

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 13
NBR IEC 60598-1: 2010 especifica os requisitos
gerais para luminárias, incorporando fontes
elétricas de luz com tensões de iluminação não
SAIBA MAIS superiores a 1000V.

Quanto ao que diz respeito à sua aplicação, classificamos


luminárias em: arandelas, abajur, balizadores, embutidos,
luminária de mesa, luminária de pé, luminária tubular, lustres,
pendentes e plafons. Cada uma delas possui características
e funções específicas e podem ser instaladas em diversas
condições, seja em paredes, tetos, sobre o mobiliário, entre
outros.
Figura 5 - Lustre
Unidade 4

Fonte: Pixabay

14 PROJETOS ELÉTRICOS
Figura 6 - Arandela

Unidade 4
Fonte: Pixabay

Figura 7 - Abajur

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 15
Componentes das luminárias
As luminárias são compostas de quatro componentes
principais: as fontes de luz, os componentes de controle, os
componentes mecânicos e os elétricos (ISAC, 2007).

As fontes de luz representam o sistema de iluminação


instalado na luminária e podemos apontá-los como sendo as
lâmpadas e equipamentos auxiliares ao seu funcionamento.
Existe uma variedade de lâmpadas que apresentam diferenças
em sua constituição. Para sua utilização, é preciso identificar as
atividades a serem exercidas e o efeito luminotécnico esperado.

As fontes de luz são divididas em dois grupos: irradiação


Unidade 4

por efeito térmico (incandescentes) e descarga em gases e


vapores (fluorescentes, vapor de mercúrio, de sódio, entre outras
(LAMBERT; DUTRA; PEREIRA, 1997).

As lâmpadas incandescentes apresentam um filamento


de tungstênio que é levado à incandescência produzindo luz
e calor. Possuem IRC 100 e temperatura de cor 2700 K (é uma
lâmpada quente de cor amarelada) (PHILIPS, 2007). São divididas
em: incandescente comum, refletora (espelhada) e halógena.
Figura 8 - Lâmpada incandescente

Fonte: Pixabay

16 PROJETOS ELÉTRICOS
O IRC, Índice de Reprodução de Cor, é a escala
que mede a fidelidade de cor que a iluminação
de certa fonte de luz reproduz nos objetos. O IRC
SAIBA MAIS é um valor percentual que mostra o quanto uma
determinada luz permite visualizar cores com
precisão, considerando a luz do sol como nossa
referência de qualidade. Essa escala varia de 0 a
100, sendo 100 a nota máxima de qualidade na
reprodução de cores. Ainda, 100% de fidelidade,
é aquele que chega mais perto da luz do sol ao
meio-dia. Quanto maior o IRC, mais natural será
a cor do item que está recebendo a iluminação.
FELDMAN, Daniel Coelho. Índice de Reprodução
de Cor. Lume Arquitetura, n. 70, p. 66-71.

Unidade 4
Nas lâmpadas de descarga, a luz é produzida com a
agitação de um gás, através da passagem de energia elétrica. Em
seguida, é produzida uma radiação ultravioleta que ao atingir
as paredes internas, que são revestidas de um pó fluorescente,
como cristais de fósforo, é transformada em luz (LAMBERTS;
DUTRA; PEREIRA,1997). Dividem-se em: fluorescentes tubulares
e compactas.
Figura 9 - Lâmpada de descarga

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 17
Os componentes utilizados para o controle da luz podem
ser definidos como refletores, difusores, máscaras, protetores,
grelhas e defletores. Têm a função de controle da luz, para que
a distribuição seja feita de maneira eficiente. Através deles, é
possível modificar, direcionar e controlar o fluxo luminoso da
lâmpada (ALVAREZ, 1998).

Os refletores são dispositivos que apresentam a


capacidade de modificar a distribuição da luz por meio da
reflexão. Cada tipo de refletor possui aplicação específica. Podem
ser de vidro ou plástico espelhado, alumínio polido, chapa de aço
esmaltada ou pintada de branco (ELETROBRÁS, 2002).
Figura 10 - Refletores
Unidade 4

Fonte: Pixabay

Os refratores são dispositivos que são utilizados para


modificar o fluxo luminoso quando ele passa pelo material com
diferentes densidades ópticas, geralmente vidro ou acrílico. Tem

18 PROJETOS ELÉTRICOS
como finalidade proteger a parte interna contra poeira, chuva,
poluição e impactos (ELETROBRÁS, 2002).
Figura 11 - Refratores

Unidade 4
Fonte: Pixabay

Já os difusores são dispositivos que permitem o controle


da luz, de maneira a reduzir a luminosidade e a possibilidade
de ofuscamento, podendo ser de plástico branco, acrílico,
policarbonato, vidro serigrafado ou jateado (ELETROBRÁS, 2002).

Assim como os difusores, as grelhas e defletores têm


como funções não permitir que a luz incida diretamente sobre
o plano de trabalho e não permitir a visão direta da lâmpada,
podendo ser de materiais opacos ou translúcidos, apresentados
em grelhas formando pequenas células ou dispostos linearmente,
sendo conhecidos como aletas (IWASHITA, 2004).

PROJETOS ELÉTRICOS 19
Figura 12: Grelhas
Unidade 4

Fonte: Pixabay

Para a operação das lâmpadas, existem os componentes


imprescindíveis, que são necessários para fazer a conexão entre a
fonte de energia e a luminária, garantindo o seu funcionamento.
Alguns exemplos: caixas de junção, reator, soquete, fiações,
ignitores, starter e capacitores (IWASHITA, 2004).

As lâmpadas fluorescentes tubulares apresentam


características ideais para iluminação geral de áreas onde exista
a necessidade de qualidade de luz aliada à economia de energia.
São utilizados para iluminação de áreas de trabalho onde exista
a necessidade de se criar um ambiente estimulante, como
cozinhas, lavanderias, escritórios, além de hospitais, indústrias,
shoppings, supermercados, escolas, entre outros. Ela também é
indicada para iluminação indireta quando utilizadas em sancas.

20 PROJETOS ELÉTRICOS
O reator para duas lâmpadas fluorescentes tubulares é,
basicamente, um equipamento ligado entre a rede elétrica e as
lâmpadas fluorescentes e tem como principal objetivo assegurar
o desempenho correto das lâmpadas fluorescentes.

E então? Gostou do que lhe mostramos? Vimos


nesse capítulo que lâmpadas e luminárias não
são todas iguais. Para fazer um bom uso dessa
RESUMINDO diversidade, um bom projeto luminotécnico tem
que conhecer as especificações de cada uma delas
e o resultado que deseja oferecer ao ambiente.
A iluminação se divide em iluminação artificial e
natural, sendo que nosso objetivo é compreender
a iluminação artificial. Ela se divide em 2 grupos:
iluminação geral e iluminação dirigida. A iluminação

Unidade 4
geral tem como objetivo utilizar a iluminação direta
e de refletores, enquanto a iluminação dirigida
privilegia efeitos especiais e destaque para pontos
específicos.
Para tais aplicações, o mercado oferece um gama
de lâmpadas, que apresentam diferenças em
sua constituição. Para sua utilização, é preciso
identificar as atividades a serem exercidas e o
efeito luminotécnico esperado.

PROJETOS ELÉTRICOS 21
Dimensionamento de cargas
elétricas versus potência
luminosa
Ao final deste capítulo você será capaz de
dimensionar as cargas elétricas das luminárias
de acordo com sua potência luminosa. Isto será
OBJETIVO fundamental para o exercício de sua profissão,
uma vez que traz um diferencial na qualidade
do trabalho executado e é visível o impacto
na iluminação e economia de energia elétrica.
Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá.

Aspectos teóricos sobre


Unidade 4

iluminação
O uso adequado da cor no ambiente de trabalho é
um fator muito importante, podendo representar um auxiliar
eficiente na promoção da saúde, segurança e bem-estar daqueles
que trabalham.

Segundo a ISO 8995-1 (2013), uma iluminação de qualidade


faz com que as pessoas vejam o ambiente, movimentando-se de
forma segura e desempenhando tarefas de forma mais rápida.
A norma cita que se pode iluminar o ambiente de forma natural
artificial ou combinando ambas e que uma boa iluminação requer
igual atenção para a quantidade e qualidade da iluminação.

Para uma iluminação adequada do ambiente, é preciso


verificar quais atividades serão realizadas no local, a quantidade e
idade das pessoas que utilizam o espaço. Assim, é possível definir
a quantidade de luz necessária, o tipo de iluminação exigido e o

22 PROJETOS ELÉTRICOS
modelo de luminária e lâmpadas que atendem adequadamente
a essas necessidades.
Figura 13 - Sala de dentista

Unidade 4
Fonte: https://pixabay.com

Os parâmetros para criar condições visuais confortáveis


estão propostos na norma ISO 8995-1. Embora seja necessária
a provisão de uma iluminância suficiente em uma tarefa, em
muitos exemplos, a visibilidade depende de qual maneira a
luz é fornecida, das características da cor da fonte de luz e da
superfície em conjunto com o nível de ofuscamento do sistema.

Durante a escolha das lâmpadas, a maior parte das


pessoas habituou-se a olhar a potência (W) como indicador do
brilho fornecido pela lâmpada. Entretanto, a luminosidade é
determinada de forma diferente.

Potência não é uma indicação de brilho, mas sim


uma medida de consumo. Nas lâmpadas incandescentes e
fluorescentes, existe uma relação direta entre os watts e o brilho,

PROJETOS ELÉTRICOS 23
mas para os LEDs, watts não são um indicador de quão luminosa
será uma lâmpada.

Uma Lâmpada de LED com brilho comparável a uma


lâmpada incandescente de 60W tem apenas 8 a 12 watts, em
casos assim, não há como realizar a conversão de watts em luz.
Em vez disso, uma forma diferente de medição deve ser usada:
lúmens (lm).
Figura 14 - Lâmpada de descarga
Unidade 4

Fonte: Adaptada de Freepik

O lúmen é uma unidade de medida que informa o fluxo


luminoso, ou seja, o quanto uma lâmpada é capaz de iluminar um
ambiente. Quanto mais alto for o valor em lúmens, mais intensa
é a luz que ela emitirá. O termo tem origem no latim, significando
literalmente “luz”. (OSRAM, 2000).

A eficiência luminosa é a capacidade do sistema produtor


de luz. Uma lâmpada fluorescente, por exemplo, tem a capacidade

24 PROJETOS ELÉTRICOS
de transformar a energia recebida em fluxo luminoso. Em um
sistema ideal, toda a energia (W) seria convertida em fluxo
luminoso (lm).

Entretanto, nos equipamentos desenvolvidos até o


momento, há perdas de energia no sistema, como o efeito joule,
que é a transformação de parte da energia elétrica em calor
antes mesmo de ser convertida em radiação.

Além disso, as lâmpadas, em sua maioria, produzem parte


do fluxo radiante em radiação infravermelha ou ultravioleta.
Todas essas conversões da energia que alimenta o sistema em
resultantes que não o fluxo luminoso, são consideradas como
perdas (OSRAM, 2000).

Unidade 4
O quadro 1 compara a potência das lâmpadas
incandescentes, fluorescentes e LED com o fluxo luminoso (em
lúmens).
Quadro 1 - Tabela de Equivalência

Lâmpada Fluxo Luminoso


Incandescente LED
Fluorescente (em Lúmens = Lm)

40W Compacta 10W 7W 600

60W Compacta 15W 9W 850

75W Compacta 20W 12W 1.200

100W Compacta 25W 15W 1.500

– Tubular 20W Tubular 9W 1.000

150W Tubular 50W Tubular 18W 2.000

Fonte: Abilumi (2020)

A medida em Watts é colocada em destaque pelos


fabricantes porque lâmpadas incandescentes, fluorescentes
e LED apresentam um consumo diferente, mesmo quando

PROJETOS ELÉTRICOS 25
equiparadas em termos de capacidade de iluminação. É o que
chamamos de equivalência de potência.

Um outro ponto a se observar é a eficiência energética da


lâmpada. Para calculá-la, basta dividir o Fluxo luminoso (lúmens)
pela potência (Watts). Quanto mais alto for o fluxo luminoso e
mais baixa a potência, mais eficiente e econômica uma lâmpada
será.

A unidade de acordo com Sistema internacional para


eficiência luminosa é “lm/W” que é a razão entre a potência
de entrada e o fluxo luminoso (radiação visível) produzido. No
mercado existem diferentes sistemas de lâmpadas com variações
entre suas eficiências.
Unidade 4

Figura 15: Lâmpada Fluorescente

Fonte: Freepik

26 PROJETOS ELÉTRICOS
A ABILUMI (Associação Brasileira de Fabricantes
e/ou Importadores de Produtos de Iluminação),
criada em janeiro de 2005, tem por objetivo
IMPORTANTE congregar e defender os interesses das empresas
atuantes no segmento de importação e distribuição
de produtos de iluminação. Seus principais esforços
são dirigidos para o apoio ao desenvolvimento de
normas universais e o aprimoramento dos produtos
oferecidos no mercado brasileiro. Disponível aqui .

Unidade 4
Figura 16: Lâmpadas incandescentes e de descarga

Fonte: Freepik

A tecnologia LED vem se destacando por oferecer


baixíssimo consumo e iluminação de alta qualidade. Um LED
pode produzir em média 85 lúmens por Watt, enquanto uma
lâmpada do tipo incandescente produz apenas 15 lúmens por
Watt. O LED também é mais seguro por não esquentar, evitando
queimaduras ao toque.

PROJETOS ELÉTRICOS 27
Não existe relação direta entre a potência da fonte
luminosa e o fluxo luminoso. Lâmpadas de tipos
diferentes, mesmo com potência igual, possuem
IMPORTANTE resultados diferentes. Logo, uma lâmpada LED
com 25W pode, sim, ter fluxo luminoso maior que
a fluorescente compacta, por exemplo.

NBR 5410 e o cálculo da potência


mínima de iluminação
Em um primeiro momento, tem-se que a quantidade de
pontos de luz a serem utilizados em uma construção, bem como
suas respectivas potencias e a distribuição ao longo do prédio é
dada em projetos específicos de iluminação.
Unidade 4

Assim, a potencia que deverá ser instalada é calculada


com base na área de cada ambiente, do tipo de luz que esse
ambiente precisará possuir, com base, também, no modelo da
luminária que será adotada, no tipo de pintura das paredes e no
fator de manutenção.

Como já foi falado, a NBR 5410 trata do dimensionamento


da potência de iluminação e fornece condições mínimas as quais
precisam ser consideradas para a determinação das potencias,
quantidades e localizações dos pontos de iluminação e de
tomadas. Em síntese, tem-se que a quantidade e a qualidade da
iluminação de um ambiente é que são os requisitos centrais do
cálculo da iluminação.

Por meio da norma tem-se estabelecido que:

• Cada ambiente deve possuir pelo menos um ponto de


luz no teto, controlado por um interruptor de parede.

• Nos banheiros, os mesmos devem ter uma arandela


prevista sobre a pia e um ponto de luz no teto.

28 PROJETOS ELÉTRICOS
• Ainda nos banheiros, as arandelas devem ficar, no
mínimo, a 60 cm do limite do box.

• Em ambientes residenciais não podem ser considerados


pontos de luz com menos de 100 W no teto e 60 W em
paredes, em arandelas.

• Ambientes comerciais e industriais são usados,


normalmente, aparelhos de iluminação a vapor.

A potência mínima de iluminação deve ser considerada


em função da área de cada ambiente, ou seja:

• Para áreas externas em residências não há critérios


definidos na NBR 5410. Portanto, os pontos de
iluminação vão ser determinados de acordo com as

Unidade 4
necessidades do cliente.

• Em ambientes internos com área de até 6 m², o valor


mínimo é de 100 VA.

• Para ambientes internos acima de 6 m², o valor mínimo


de 100 VA é válido para os primeiros 6 m². A partir daí,
são acrescentados 60 VA a cada 4 m² inteiros.

No que diz respeito à precisão de carga de iluminação,


tem-se que, com base na norma, é necessária a determinação
das cargas de iluminação com base na norma NBR 5413, bem
como no caso de aparelhos fixos de iluminação, a descarga, a
potencia nominal que irá ser considerada demanda a inclusão
da potência das lâmpadas, das perdas e do fator de potencias
dos equipamentos complementares, como reatores e ignitores,
e, por fim, deve-se prever que em cada ambiente, da unidade
residencial (aqui consideram-se também os hotéis ou similares)
ao menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de
100 W, sob comando de um interruptor de parede.

PROJETOS ELÉTRICOS 29
EXEMPLO

Como forma de ilustrar a aplicação do dimensionamento


de iluminação para um ambiente residencial, considere
uma casa cuja planta baixa é apresentada a seguir:
Figura – Planta residencial.
Unidade 4

Fonte: CARVALHOR JR., p. 139, 2018.

30 PROJETOS ELÉTRICOS
Observe que a residência apresenta um total de 7 cômodos
com um hall de passagem entre os dormitórios e uma área
externa, totalizando 9 ambientes a serem considerados no
projeto.

Nesse caso, para se prevê a carga de iiluminação desse


projeto com base na área relativa de cada setor, tem-se
a necessidade de identificação da área de cada ambiente
com base nas medidas fornecidas, ou seja:

sabendo que a área é dada por:

A = l x c em m2

Unidade 4
tem-se que:

Na sala:

A = 3,25 • 3,05 = 9,91m2

Na copa:

A = 3,10 • 3,05 = 9,45m2

Na cozinha:

A = 3,75 • 3,05 = 11,43m2

No dormitório 1:

A = 3,25 • 3,40 = 11,05m2

PROJETOS ELÉTRICOS 31
No dormitório 2:

A = 3,15 • 3,40 = 10,71m2

No banheiro:

A = 1,80 • 2,30 = 4,14m2

Na área de serviço:

A = 1,75 • 3,40 = 5,95m2

No hall:
Unidade 4

A = 1,80 • 1,00 = 1,80m2

Na área externa:

Nessa área não se considera sua área, pois com base na


NBR 5410, para áreas externas em residências não há
critérios definidos. Portanto, os pontos de iluminação
vão ser determinados de acordo com as necessidades do
cliente.

Nos demais setores, sabe-se que para ambientes internos


com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100 VA e para
ambientes internos acima de 6 m², o valor mínimo de
100 VA é válido para os primeiros 6 m². A partir daí, são
acrescentados 60 VA a cada 4 m² inteiros. Sendo assim,
tem-se que:

Na sala:

Com A = 9,91 m2 > 6m2 → P = 100 W

32 PROJETOS ELÉTRICOS
Na copa:

A = 9,45 m2 > 6m2 → P = 100 W

Na cozinha:

A = 11,43 m2 > 6m2 + 4m2 → P = 100 W + 60 W = 160 W

No dormitório 1:

A = 11,05 m2 > 6m2 + 4m2 → P = 100 W + 60 W = 160 W

No dormitório 2:

Unidade 4
A = 10,71 m2 > 6m2 + 4m2 → P = 100 W + 60 W = 160 W

No banheiro:

A = 4,14 m2 < 6m2 → P = 100 W

Na área de serviço:

A = 5,95 m2 < 6m2 → P = 100 W

No hall:

A = 1,80 m2 < 6m2 → P = 100 W

PROJETOS ELÉTRICOS 33
E aí? Suas ideias estão mais claras depois de
conhecer as particularidades das lâmpadas e como
elas interferem na iluminação?
RESUMINDO Enquanto a NBR 5410 se preocupa principalmente
com a potência mínima de iluminação, temos a
norma ISO 8995-1 normalizando os parâmetros de
condições visuais confortáveis para execução de
diversas atividades.
Vimos que a iluminação pode ser econômica e
eficiente diante de escolhas acertadas durante o
projeto. Ainda, vimos que diante desses avanços, as
empresas criaram uma associação para defender
os interesses das empresas atuantes no segmento
de importação e distribuição de produtos de
iluminação.
Unidade 4

E então? Preparados para adquirir mais


conhecimento? Então vamos lá. Mãos à obra!

34 PROJETOS ELÉTRICOS
Cálculo luminotécnico de um
ambiente
Ao final deste capítulo você será capaz de calcular e
dimensionar cargas luminosas de um ambiente pelo
método dos lúmens. A luminotécnica ainda é pouco
OBJETIVO desenvolvida e não é dada a devida importância
a esse trabalho. Entretanto, ela é importante
por trazer economia e eficiência. Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá.

Cálculo Luminotécnico
Ao se pensar em cálculo luminotécnico, é necessário ter

Unidade 4
presente quatro critérios principais, que são:

• A quantidade de luz.

• O equilíbrio da iluminação.

• O ofuscamento.

• A reprodução de cor.

Todos esses parâmetros são necessários para a garantia


de uma boa iluminação dos ambientes projetados como forma
de garantir conforto, desempenho e segurança visual.

De acordo com a ABNT a adequada distribuição da


luminância é capaz de controlar o nível de adaptação dos olhos
que afetam a visibilidade durante a execução de tarefas.

Existem faixas de refletância que são consideradas uteis


para as superfícies internas, dentre as mais relevantes tem-se:

• Teto: 0,6 a 0,9;

• Paredes: 0,3 a 0,8;

PROJETOS ELÉTRICOS 35
• Planos de trabalho: 0,2 a 0,6;

• Piso: 0,1 a 0,5.

É necessário ter certeza que o projeto seja capaz de


garantir a uniformidade da iluminância, a qual é dada como
sendo a razão entre o valor mínimo e médio.

A cada um desses critérios deve ser dada a maior atenção,


pois estão diretamente relacionados com as necessidades
visuais, conforto visual e, portanto, o bem-estar humano.

Durante a elaboração do projeto luminotécnico deve-se


realizar escolhas pontuais, como por exemplo escolher o tipo
de iluminação mais adequada (incandescente, fluorescente, LED
etc.) e o tipo de luminária (direta, semidireta etc.), sendo que
Unidade 4

estas opções envolvem aspectos de decoração, tipo do local


(sala, escritório, loja etc.) e as atividades que serão desenvolvidas
(trabalho bruto de maquinaria, montagem, leitura etc.).
Figura 17 - Iluminação de escadarias

Fonte: Pixabay

A Sociedade de Engenharia da Iluminação Norte


Americana (Illuminating Engineering Society of North America -
IESNA) recomenda o método dos lúmens, pois se trata de um meio
prático e rápido de se calcular uma configuração de luminárias

36 PROJETOS ELÉTRICOS
que atenda aos requisitos de um projeto de iluminação (SANTOS,
2010; TOLEDO, 2008).

Esse método tem por objetivo estabelecer o número de


luminárias necessárias para atender a um iluminamento médio
especificado, conforme as dimensões do ambiente e atividades
a serem desenvolvidas nele, com base nos valores fornecidos na
NBR 5413.

A NBR 5413 – Iluminância de Interiores, trata dos


valores recomendados para iluminância mínima em serviços
para iluminação artificial e interiores onde se realizam diversas
atividades independente da sua natureza, como atividades
comerciais, industriais, entre outros.

Unidade 4
A iluminação propicia uma possibilidade de otimização da
qualidade de um trabalho sendo assim, um fator decisivo para a
segurança e qualidade. O quadro 2 nos dá valores de iluminância
de acordo com a classe visual de trabalho e o tipo de atividade
executado.
Figura 18 - Sala de Cirurgia

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 37
Quadro 2 - Iluminância por classe de tarefa visual

Iluminância por classe de tarefa visual

Classe Iluminância Tipo de atividade

Iluminação geral 20 – 30 – 50 Áreas públicas com arredores


para áreas usadas escuros.
ininterruptamente ou
50 – 75 - 100 Orientação simples para
com tarefas visuais
permanência curta.
simples.
100 – 150 - 200 Recintos não usados
para trabalhos contínuos:
depósitos.

200 – 300 -500 Tarefas com requisitos visuais


limitados trabalho bruto de
maquinário, auditórios.
Unidade 4

Iluminação geral para 500 – 750 -1000 Tarefas com requisitos visuais
área de trabalho. normais, trabalho médio de
maquinário, escritórios.

1000 –1500 Tarefas com requisitos visuais


-2000 especiais, gravação manual,
inspeção, indústria de roupas.

Iluminação adicional 2000- 3000- Tarefas visuais muito exatas


para tarefas visuais 5000 e prolongadas, eletrônica de
difíceis. tamanho pequeno.

5000-7500- Tarefas visuais muito


10000 exatas, montagem de
microeletrônicos.

10000-15000- Tarefas visuais muito


20000 especiais, cirurgia.

Fonte: NBR 5413

O quadro 3 apresenta uma tabela de pesos para se


determinar a iluminância de acordo com características da tarefa
e do observador.

38 PROJETOS ELÉTRICOS
Quadro 3: Fatores Determinantes da iluminação adequada

Fatores determinantes da iluminação adequada

Características Peso
da tarefa e do
-1 0 1
observador

Idade Inferior a 40 40 a 55 anos Superior a 55


anos anos

Velocidade e Precisão Sem Importante Crítica


importância

Refletância do fundo Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%


da tarefa

Fonte: NBR 5413

Unidade 4
Para usos considerados comuns consideramos os valores
intermediários existentes na tabela e em casos especiais, deve-
se levar em consideração algumas regras.

Para os valores mais altos das iluminâncias utilizar


quando:

• A refletância e contraste são baixos no local.

• O trabalho visual é crítico.

• A produtividade e precisão são importantes.

• A capacidade visual do observador está abaixo da


média.

Da mesma forma para os valores mais baixos utilizar


quando:

• A refletância e contraste são altos no local.

• Velocidade e precisão não são importantes.

• A tarefa é executada ocasionalmente.

PROJETOS ELÉTRICOS 39
Figura 19 - Armazém
Unidade 4

Fonte: Pixabay

Estes valores demonstrados na NBR 5413 serão


posteriormente utilizados para se fazer cálculos para definir a
quantidade de lâmpadas que devem ser utilizadas em cada
ambiente, de modo a garantir o correto conforto e segurança
para os usuários do local, sejam ambientes domésticos, de lazer
ou de trabalho.

O método a ser utilizado é o dos lúmens e podemos


resumi-los em passos (KAWASAKI, 2012):

(1) Estabelecer o iluminamento médio do local (E),


considerando que na NBR 5413 estão os valores para iluminância
previstos para cada tipo de local ou atividade.

(2) Estabelecer o tipo de lâmpadas e de luminárias a


serem utilizadas no local, identificando o seu fluxo luminoso.

40 PROJETOS ELÉTRICOS
Várias literaturas e softwares mostram tabelas com os tipos de
luminárias e suas especificações.

(3) Cálculo do índice do local que leva em conta as


dimensões do local e a quantidade de luz refletida por paredes e
teto por meio da Equação:
𝐶𝐶×𝐿𝐿
𝐾𝐾 =
𝐻𝐻× 𝐶𝐶 + 𝐿𝐿

Em que:

C = comprimento do local, considerando formato


retangular (m).

L = largura do local (m).

Unidade 4
H = altura de montagem das luminárias (m).

(4) Determinação do Fator de Utilização (Fu) a partir de


tabelas de recinto fornecidas por fabricantes de luminárias, onde
basta cruzar o valor do índice do Local K com os dados de fração
de luz refletida por pisos, paredes e teto como apresentado no
Quadro 4.
Quadro 4 - Índices de Reflexão

Índices de Reflexão

Índice Reflexão Significado

1 10% Superfície escura

3 30% Superfície Média

5 50% Superfície Clara

8 80% Superfície Branca

Fonte: Creeder, 2007

PROJETOS ELÉTRICOS 41
(5) Determinação do Fator de Depreciação (Fd) ou de
manutenção. Esse coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma
ponderação que leva em conta a perda de eficiência luminosa das
luminárias devido à contaminação do ambiente. Existem tabelas
que fornecem valores desse coeficiente em função do grau de
contaminação do local e da frequência de manutenção (limpeza)
das luminárias.
Quadro 5 - Fator de depreciação ou fator de manutenção

Fator de depreciação ou fator de manutenção

Tipo de Ambiente Período de manutenção (h)

2500 5000 7500

Limpo 0,95 0,91 0,88


Unidade 4

Normal 0,91 0,85 0,8

Sujo 0,8 0,66 0,57

Fonte: Creeder, 2007

(6) Determinação do fluxo luminoso total ϕ (em lúmen)


que as luminárias deverão produzir, de acordo com a equação:
𝐸𝐸×𝑆𝑆
𝜑𝜑 =
𝐹𝐹! ×𝐹𝐹"

Em que:

E= iluminamento médio (lux).

S = C x L – área do local (m2).

Fu = Fator de Utilização.

Fd = Fator de Depreciação.

* Determinação do número de luminárias NL:

42 PROJETOS ELÉTRICOS
𝜑𝜑
𝑁𝑁! =
𝜑𝜑!

Em que:

ϕ =fluxo luminoso total (lm).

ϕ L = fluxo luminoso (lm) de uma luminária.

(7) Distribuição do número de luminárias de forma a


produzir um arranjo uniformemente distribuído.

EXEMPLO

Como forma de ilustrar os cálculos anteriormente

Unidade 4
propostos, vamos considerar um escritório, com as
seguintes dimensões e características:

• Comprimento: 12,0 m.

• Largura: 8,0 m.

• Pé-direito: 2,75 m.

• Altura do plano de trabalho: 0,75 m.

• Teto de gesso pintado na cor branca, paredes na cor


amarela clara e piso cinza escuro.

• Condições do ambiente limpo, manutenção periódica a


cada dois anos, com uso do ambiente de 10 horas/dia
em dias úteis.

• Necessita-se de uma iluminação eficiente e com controle


de ofuscamento para uso com telas de computador.

PROJETOS ELÉTRICOS 43
Para solucionar essa problemática serão realizados os
seguintes cálculs:

1. Cálculo do índice do local (K) - Dadas as dimensões,


calcula-se o K pela fórmula:
𝐶𝐶×𝐿𝐿
𝐾𝐾 =
𝐻𝐻× 𝐶𝐶 + 𝐿𝐿

12×8
𝐾𝐾 = = 2,4
2× 12 + 8

A medida H se obtém subtraindo do pé-direito a


altura do plano de trabalho, ou seja:
2,75 – 0,75 = 2,0
Unidade 4

IMPORTANTE

2. Definir componentes - A escolha dos equipamentos


tem influência direta no desempenho energético e
atendimento às características de uso de escritório.

O componente escolhido foi uma luminária de embutir


com as seguintes características:
Quadro 6 - Dados da lâmpada fluorescente

Lâmpada Fluorescente

Potência 14 W

Fluxo luminoso: 1350 Lm

Eficiência luminosa: 88 Lm/W

Tipo: T5

Fator de fluxo luminoso 1,0

Reatores eletrônicos com alto fator de potência

Fonte: Elaborado pelo autor (2021)

44 PROJETOS ELÉTRICOS
A nomenclatura dessas lâmpadas tem a letra “T”
de tubular, o número que segue representa o
diâmetro dos tubos em oitavos de polegadas.
IMPORTANTE Por razões físicas, em especial pela relação área/
volume, as lâmpadas mais finas como a T5 são as
mais eficientes.

3. Determinação do Fator de Utilização (U) - Para a


determinação do fator de utilização (U), devem ser
interpolados os valores do quadro de fator de utilização
para as refletâncias: Teto 70%, Paredes 50% e Piso 10%,
conforme as cores do ambiente U = 0,67.
Figura 20 - Sala de reuniões

Unidade 4

Fonte: Pixabay

4. Determinar o Fator de Manutenção (FM) - Considerando


o ambiente normal e manutenção periódica a cada
dois anos, com uso do ambiente de 10 horas/dia, em
dias úteis, obtém-se um intervalo de manutenção de

PROJETOS ELÉTRICOS 45
aproximadamente 5.000 horas. Pelo Quadro 7 pode-se
considerar um fator de manutenção igual a 0,85.
Quadro 7 - Fator de depreciação ou fator de manutenção

Fator de depreciação ou fator de manutenção

Tipo de Ambiente Período de manutenção (h)

2500 5000 7500

Limpo 0,95 0,91 0,88

Normal 0,91 0,85 0,8

Sujo 0,8 0,66 0,57

Fonte: Creeder, 2007

5. Determinar o fator de fluxo luminoso - O fator de fluxo


Unidade 4

luminoso considerado é igual a 1,0, em função de se


escolher um reator eletrônico com essa característica.

6. Dimensionamento - Para determinação da quantidade


de luminárias, utiliza-se a fórmula:

Em que N é o número necessário de luminárias :

Emed = 500 lux (seguindo recomendação de iluminância


da ABNT NBR 5413)

A =12x8 = 96m2

n = 4 (a luminária utiliza 4 lâmpadas de 14 W)

φn = 1350 Lm (fluxo luminoso de cada lâmpada)

U = 0,67 (fator de utilização definido no passo 3)

FM = 0,85 (definido no passo 4)

FFL = 1,0 (definido no passo 5 )

46 PROJETOS ELÉTRICOS
𝐸𝐸!"# ×𝐴𝐴
𝑁𝑁 =
𝑛𝑛×∅$ ×𝑈𝑈×𝐹𝐹𝐹𝐹×𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹

Utilizando a fórmula, obtém-se N que determina 15,6


luminárias para que o ambiente alcance um nível médio de
500 lux. Foram distribuídas em 16 luminárias. O nível médio do
ambiente pela fórmula a seguir é de 512 lux.

Com 16 luminárias, as condições de projeto para a sala são


atendidas e para melhor distribuição espacial foi considerada a
instalação de 18 luminárias no ambiente. Nessa situação, o nível
de iluminância resultante foi de 576 lux e obtém-se uma melhor
distribuição das luminárias e das luminâncias.

Unidade 4
Viu que bacana? Falar de luminotécnica é cuidar
do conforto e bem-estar de pessoas, além de
qualidade de vida e segurança. No decorrer desse
RESUMINDO capítulo desenvolvemos juntos a competência de
calcular e dimensionar cargas luminosas de um
ambiente pelo método dos lúmens.
Ao se pensar no cálculo luminotécnico nos
deparamos com uma série de variáveis e se torna
imensamente importante conhecer cada uma
delas, sendo: quantidade de luz, equilíbrio de
iluminação, ofuscamento e reprodução de cor.
Tais variáveis interferem diretamente nas escolhas
feitas na elaboração do projeto e contribuem
significativamente para o sucesso do mesmo.

PROJETOS ELÉTRICOS 47
Projeto elétrico de iluminação:
leiaute e simbologias
Ao término deste capítulo você será capaz de
elaborar um projeto luminotécnico considerando
as cargas mínimas. Além da aplicação das
OBJETIVO simbologias e leiaute desejáveis.
Já conhecemos a importância de conhecermos as
normas e atentar para as especificações técnicas. E
então? Motivados para desenvolver mais algumas
competências? Então vamos lá.

Introdução
Unidade 4

O projeto de iluminação consiste em um importante fator


a ser considerado em um projeto arquitetônico, não somente por
possibilitar a distribuição de luz para o ambiente, mas também
por se caracterizar como um elemento de design do ambiente.

Uma iluminação adequada para um ambiente pode


torna-lo mais atraente.

A NBR 5444 define a simbologia elétrica é a representação


gráfica e escrita dos componentes na instalação com todos
os seus detalhes na planta do projeto elétrico. Alguns
desses componentes são a localização dos pontos de consumo de
energia elétrica, os comandos e indicações dos circuitos elétricos a
que estão ligados e o trajeto dos condutores.

Como o espaço é reduzido nas plantas baixas do projeto,


seria impossível detalhar as especificações sem um conjunto
de símbolos que representam os componentes reais de
uma instalação elétrica.

48 PROJETOS ELÉTRICOS
Sendo assim, para elaborar um projeto elétrico residencial,
utilizamos as normas da ABNT, a NBR 5410, onde iremos abordar
a simbologia elétrica da NBR 5444.

É importante que as normas citadas sejam


pesquisadas e consultadas. Isso trará uma maior
qualidade à sua formação.
IMPORTANTE

A NBR 5444 é uma norma antiga e foi cancelada sem


substituição em 2014 pela ABNT por estar em formato
extremamente desatualizado. Porém, mesmo tendo sido
cancelada, ainda permanece o uso dessa simbologia elétrica no
Brasil, devido à sua simplicidade e por não existir uma norma

Unidade 4
brasileira em vigor.

A recomendação da ABNT é a utilização das normas NBR


IEC 60617 e NBR IEC 60417 , normas internacionais que ainda
não foram traduzidas para o português.

Como toda simbologia deve ser especificada na legenda,


a sugestão é que por enquanto, deve-se adotar a simbologia
simples e de conhecimento geral da norma cancelada.
Figura 21 - Iluminação

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 49
Na simbologia, o círculo representa três funções básicas:
o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo
embutido no teto.

O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o


interruptor para diferenciá-los e um elemento qualquer
circundado indica que esse se localiza no teto.

O ponto de luz na parede (arandela) também é


representado pelo círculo.

Quanto ao ponto de luz, deve ser indicado junto à


simbologia o número do circuito, o ponto de comando (interruptor),
a quantidade de lâmpadas no ponto e a potência nominal do
ponto.
Unidade 4

Com relação à simbologia, para os interruptores devem


ser indicados o ponto ou pontos a comandar.

Já o triângulo equilátero na planta representa


as tomadas em geral, onde variações acrescentadas ao triângulo
indicam mudança de significado e função.

Essas mudanças podem ser tomadas de luz e/ou telefone


ou também modificações em seus níveis na instalação (baixa,
média e alta).

Observe que junto à simbologia das tomadas, também


são indicados o número do circuito e a potência do ponto em
volt-Amperes (VA).

E finalmente, o quadrado representa qualquer tipo


de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico) de
forma semelhante ao círculo.

Se houver um círculo envolvendo a figura, significa que o


dispositivo se localiza no piso.

50 PROJETOS ELÉTRICOS
A Figura 22 demonstra a simbologia de luminárias,
Cópia não autorizada
NBR 5444/1989 5
refletores e lâmpadas mais utilizadas.
Figura 22 - Simbologia para Luminárias, Refletores e Lâmpadas
Tabela 5 - Luminárias, refletores, lâmpadas

Nº Símbolo Significado Observações

8.1 Ponto de luz incandescente no A letra minúscula indica o ponto


teto. Indicar o nº de lâmpadas de comando e o número entre dois
e a potência em watts traços o circuito correspondente

8.2 Ponto de luz incandescente na Deve-se indicar a altura da arandela


parede (arandela)

8.3 Ponto de luz incandescente no


teto (embutido)

8.4 Ponto de luz fluorescente no A letra minúscula indica o ponto de


teto (indicar o nº de lâmpadas comando e o número entre dois
e na legenda o tipo de partida traços o circuito correspondente
e reator)

8.5 Ponto de luz fluorescente na Deve-se indicar a altura da luminária


parede

Unidade 4
8.6 Ponto de luz fluorescente no
teto (embutido)

8.7 Ponto de luz incandescente no


teto em circuito vigia (emergência)

8.8 Ponto de luz fluorescente no


teto em circuito vigia (emergência)

8.9 Sinalização de tráfego (rampas,


entradas, etc.)

8.10 Lâmpada de sinalização

8.11 Refletor Indicar potência, tensão e tipo de


lâmpadas

8.12 Pote com duas luminárias para Indicar as potências, tipo de


iluminação externa lâmpadas

8.13 Lâmpada obstáculo

8.14 Minuteria Diâmetro igual ao do interruptor

8.15 Ponto de luz de emergência na


parede com alimentação
independente

8.16 Exaustor

8.17 Motobomba para bombeamento da


reserva técnica de água para
combate a incêndio

Fonte: ABNT NBR 5444/1989

PROJETOS ELÉTRICOS 51
A Figura 23 representa um projeto luminotécnico.
Observamos nele a simbologia demonstrada e a distribuição dos
pontos de luz.
Figura 23 - Planta baixa com projeto luminotécnico representado

2 3 2

2,5 2,5 2,5

QD
vem do QM -2- -2-

10 2
1
2,5 b
1b

a 1b b

a 1ab
1a -1- -60W- -1- -60W-

b
2 3 1
4
2,5 2,5
4
-2- -2-
Unidade 4

a a
2
1a
2,5
-3-
3 1a
1
2,5
a a
a 1a 3
-2- -3-
-1- -100W-
-1- -100W- 2,5
2 3 3 -3-
-2- 3
2,5 2,5 2,5
2,5 TE -4-

Fonte: CAVALIN (2004)

Layout da iluminação
O Posicionamento das luminárias é uma entre as
principais características das luminárias que podemos destacar,
isso sem mencionar o design, o rendimento e o tipo de lâmpada.

Ou seja, ao mesmo tempo que a estética é extremamente


importante não podemos esquecer que é necessário que a
luminária proporcione um nível de iluminação e conforto a cada
ambiente e que seja eficiente.

52 PROJETOS ELÉTRICOS
Sendo assim, torna-se importante encontrar o modelo
que englobe características positivas e aliá-lo ao posicionamento
no espaço físico.

Em geral, em salas de estar utilizamos luminárias


decorativas que podem ser formadas por lustres, abajures,
luminárias de mesa, arandelas, spots, abajures de piso, pendentes
e plafons.

As arandelas possuem uma imensa variedade de modelos


e podem ser utilizadas tanto no ambiente interno quanto
externo. Sua estrutura deve evitar o ofuscamento e privilegiar
uma luz mais difusa. Sua altura de instalação também deve ser
observada em pelo menos 1,80 metros.

Unidade 4
Já foi dito que o projeto luminotécnica deve possuir um
caráter criativo e prever o espaço interno de um imóvel. Para
isso, necessita de uma correta especificação de luminárias e
lâmpadas.

São imensas as opções, mas podemos adequar a


iluminação de acordo com a necessidade da atividade e das
pessoas envolvidas nesse espaço.

A iluminação artificial é distinta para diferentes espaços


sejam eles comerciais, residenciais ou corporativos. É importante
o layout luminotécnico com a precisa especificação de lâmpadas
e luminárias mais apropriadas para o uso em estudo.

Lâmpadas possuem diferentes temperaturas de cor


proporcionando um conforto visual para o usuário gerando
efeitos adequados para o espaço interno ou externo, mas para
isso deve-se respeitar as características particulares de cada uma
delas e sua aplicação indicada.

PROJETOS ELÉTRICOS 53
Em um projeto luminotécnico um dos primeiros passos é
definir o sistema de iluminação. Para isso, deve-se definir alguns
pontos, como por exemplo, se a luz deverá ser distribuída pelo
ambiente ou como a luminária irá distribuir a luz.

Define-se também qual é a ambientação que queremos


dar com a luz a esse espaço (OSRAM, 2000).

Classificamos os sistemas de acordo com a forma que


as luminárias são distribuídas pelo ambiente e com os efeitos
produzidos no plano de trabalho. Essa classificação é o sistema
principal e nele são: iluminação geral, iluminação localizada e
iluminação de tarefa (OSRAM, 2000).

Iluminação geral: Há uma distribuição aproximadamente


Unidade 4

regular das luminárias pelo teto, iluminação horizontal de um


certo nível médio e uniformidade.

• Vantagens:

Uma maior flexibilidade na disposição interna do


ambiente – layout.

• Desvantagens:

Não atende às necessidades específicas de locais que


requerem níveis de iluminância mais elevados, grande consumo
de energia e, em algumas situações muito específicas, podem
desfavorecer o controle do ofuscamento pela visão direta da
fonte. É o sistema mais empregado em grandes escritórios,
oficinas, salas de aula, fábricas, supermercados, grandes
magazines etc. (OSRAM, 2000).

54 PROJETOS ELÉTRICOS
Figura 24 - Auditório

Fonte: Pixabay

Figura 25 - Supermercado

Unidade 4

Fonte: Pixabay

Iluminação localizada: Concentra-se a luminária em


locais de principal interesse. Exemplo: esse tipo de iluminação
é útil para áreas restritas de trabalho em fábrica (OSRAM, 2000).

PROJETOS ELÉTRICOS 55
As luminárias devem ser instaladas suficientemente altas
para cobrir as superfícies adjacentes, possibilitando altos níveis
de iluminância sobre o plano de trabalho, ao mesmo tempo em
que asseguram uma iluminação geral suficiente para eliminar
fortes contrastes (OSRAM, 2000).

• Vantagens:

Maior economia de energia e podem ser posicionadas de


tal forma a evitar ofuscamentos, sombras indesejáveis e reflexões
veladoras, além de considerar as necessidades individuais
(OSRAM, 2000).

• Desvantagens:

Em caso de mudança de layout, as luminárias devem


Unidade 4

ser reposicionadas. Para atividades laborativas, necessitam


de complementação através do sistema geral de controle
de uniformidade de luz do local. Para outras situações, não
necessariamente (OSRAM, 2000).
Figura 26 - Cozinha

Fonte: Pixabay

56 PROJETOS ELÉTRICOS
Iluminação de tarefa: As luminárias se encontram perto
da tarefa visual e do plano de trabalho iluminando uma área
muito pequena.

• Vantagens:

Maior economia de energia, maior controle dos efeitos


luminotécnicos (OSRAM, 2000).

• Desvantagens:

Deve ser complementada por outro tipo de iluminação


e apresenta menor flexibilidade na alteração da disposição dos
planos de trabalho (OSRAM, 2000).
Figura 27 - Luminária dirigida

Unidade 4

Fonte: Pixabay

PROJETOS ELÉTRICOS 57
E o que estão achando desses conhecimentos?
Normas são documentos que orientam e fornecem
diretrizes para os trabalhos. Nosso objetivo no
RESUMINDO capítulo era identificar as referências normativas
dos projetos luminotécnico, principalmente a
simbologia utilizada.
Durante nossa jornada vimos juntos que há muitas
formas de elaborar um projeto luminotécnico, isso
graças à diversidade de materiais existentes no
mercado. Para unificar a linguagem usamos uma
série de símbolos devidamente normalizados.
Nesse capítulo aprendemos que para elaborar um
projeto luminotécnico uma das primeiras decisões
a se tomar é definir o sistema de iluminação.
Lembrando que é de extrema importância
Unidade 4

atentar à função do ambiente para definir o tipo


de iluminação que se deseja implantar (geral,
localizada e de tarefa) e cada uma das suas
peculiaridades.

58 PROJETOS ELÉTRICOS
ABNT. NBR 5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de
Janeiro, 2004.

REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 5444. Símbolos gráficos para instalações elétricas
prediais. Rio de Janeiro, 1989.
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ABNT. NBR NR 60.898. Disjuntores de baixa tensão para
proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e
similares. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT. NBR IEC- 60.947-2 – Disjuntores de baixa tensão. Rio de
Janeiro, 2013.
ABNT. NBR IEC 60598-1– Luminárias, Parte 1: Requisitos gerais
e ensaios e a norma. Rio de Janeiro, 2010.

Unidade 4
ABNT. NBR IEC 60598-1. Luminárias, Parte 2: Requisitos
particulares. Rio de Janeiro, 2010.
ABNT. NBR IEC 60598-2-19. Luminárias. Requisitos gerais de
segurança. Rio de Janeiro, 1999.
ALVAREZ, A.L.M. Uso racional e eficiente de energia elétrica:
Metodologia para a determinação dos potenciais de conservação
dos usos finais em instalações de ensino e similares. São Paulo.
PUC-SP, 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola
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PROJETOS ELÉTRICOS 59
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PROJETOS ELÉTRICOS 61

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