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http://mapadecursosonline.com/novas-tecnologias-na-educacao/
ASSISTA:
https://www.youtube.com/watch?v=XdY57PMsTsQ
2
AULA 02
2. INOVAÇÃO CONSERVADORA
http://gemateloucos.blogspot.com.br/2014/10/curso-online-gratuito-para-formacao-de-professores-no-uso-tecnologias-
em-sala-de-aula.html
3
(física e mental) do aprendiz é reforçada pelo ambiente da sala, geralmente à meia
luz e com ar condicionado.
Mas tal tipo de artefato pode também ter efeitos contrários, gerando situações
onde o aluno não precisa nem mais copiar - a coisa já vem pronta e acabada para se
levar para casa e memorizar para a prova. Tal tipo de mídia pode também reforçar no
aluno uma falsa sensação de ter aprendido a lição, pois tudo que o mestre escreveu
está ali, gravado, do jeito dele, com os mesmos espaços, tamanhos, etc.
Outro exemplo comum é a digitação de trabalhos escolares convencionais,
dentro ou fora da sala de aula e sem a orientação do professor. Neste caso, a
tecnologia pode até facilitar ou dissimular a cópia plagiadora de pedaços de
enciclopédias, de páginas da Internet, de livros de texto e de materiais gráficos
escaneados. Tais produções de alunos podem impressionar professores sem
experiência de computadores, pelo aspecto gráfico esmerado dos trabalhos e pela
extensão do texto (em alguns casos feitos por outra pessoa, algo mais difícil de ocorrer
quando o professor conhece a caligrafia do aprendiz).
A presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula
os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos
modos de aprender. Como ocorre em outras áreas da atividade humana, professores
e alunos precisam aprender a tirar vantagens de tais artefatos.
Estamos diante de um novo século, com uma nova sociedade, a sociedade da
informação, com novo formato de receber e transmitir informação, e de uma busca
interminável de conhecimento. As pessoas hoje em dia, têm acesso ao mundo e as
suas tradições culturais, com muita mais eficácia e rapidez que ontem. Com a
explosão da computação e, consequentemente da internet, passou-se a considerar
que disponibilizar informação em uma página da internet seria um processo educativo
contínuo e a formação da língua escrita dessa pessoa, estaria sendo realmente
transmitida, de forma correta. Será mesmo? E qual seriam realmente as vantagens e
desvantagens dessa interferência digital em nossos dias? As recordações da
educação nos dizem que, educar não é adestrar, nem governar informações para um
indivíduo e sim servir como mediador desse processo.
4
AULA 03
https://www.youtube.com/watch?v=Zge9v2jIhRA
6
reveste de uma característica que otimiza a colaboração, daí ser então denominada
de tecnologia colaborativa.
Como usar as Novas Tecnologias na Educação? Sala de aula deve ser ambiente de
criação?
http://pt.slideshare.net/mdamasco/tecnologia-conhecimento-slides
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AULA 04
http://canaldoensino.com.br/blog/curso-gratis-ensina-professor-a-usar-tecnologia-em-sala-de-aula
8
Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação. A
estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas instituições
de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do mundo. A implantação
(mudança) se inicia e continua com a criação de certa infraestrutura tecnológica e de
um programa de utilização em que os professores sejam treinados operacionalmente,
capacitados metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas
tecnologias na sua prática pedagógica.
O papel dos professores tem que mudar também, e os cursos superiores
precisam preparar esses novos docentes para não perderem o controle das
tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a usar em suas salas de aulas.
Os professores precisam aprender a manusear as novas tecnologias e ajudar os
alunos a, e eles também, aprenderem como manipulá-las e não se permitirem serem
manipulados por elas. Mas para tanto, precisam usá-las para educar, saber de sua
existência, aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas
potencialidades, e dominar sua eficiência e seu uso, criando novos saberes e novos
usos, para poderem estar, no domínio das mesmas e poderem orientar seus alunos a
“lerem” e “escreverem” com elas.
Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas “novas
tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo que elas são
únicas e resgatar os usos das velhas em organização com as novas, isto é, usar cada
uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto, melhor do que a outra. O uso e
influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só em relação à sua
atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa continuada. E a
pesquisa com as novas tecnologias tem características diferentes que estão
diretamente ligadas à procura da constante informação.
Os docentes devem construir e trabalhar em conjunto com seus alunos não só
para ajudá-los a aumentar capacidade, métodos, táticas para coletar e selecionar
elementos, mas, especialmente, para ajudá-los a desenvolverem conceitos.
Considerações que serão o alicerce para a edificação de seus novos conhecimentos.
Como descrever Gadotti, o professor “deixará de ser um lecionador para ser um
organizador do conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento,
9
um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e sobretudo, um
organizador de aprendizagem” (Gadotti, 2002).
Não podemos deixar de destacar a importância de se repensar os métodos
docente a partir de uma maior valorização da metodologia de interação e colaboração
mutua que devem estar presentes proporcionalmente na educação à distância quanto
na educação presencial, escolha metodológica tão discutida hoje em dia e que vem
sendo exercitada por profissionais das áreas mais variadas da educação. É muito
inquietante como os professores estão se afastando dessas práticas alternativas,
apresentando, com isso, muita oposição e resistência.
A educação precisa repensar seus métodos curriculares e preparar seus
docentes tanto para se apropriarem das novas tecnologias de informação e
comunicação quanto para a prática da educação a distância que se vê viabilizada. Os
Cursos de Educação à Distância são exemplos desta iniciativa.
http://pt.slideshare.net/mdamasco/tecnologia-conhecimento-slides
10
AULA 05
5. TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/a-escola-o-professor-e-as-novas-tecnologias-5472765.html
https://www.youtube.com/watch?v=XdY57PMsTsQ
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
http://lapegeouemgfrutal.blogspot.com.br/2011/06/educacao-novas-
tecnologias-seminario.html
a) As TIC são muitas vezes usadas para reforçar crenças existentes sobre ambientes
de ensino em que ensinar é explicar e aprender é escutar.
b) A contribuição mais significativa das tecnologias da informação e da comunicação
é a capacidade para intervir como mediadoras nos processos de aprendizagem.
c) As escolas planejam a utilização dos recursos tecnológicos como um investimento
na capacidade dos alunos de adquirir sua própria educação.
13
d) A utilização das TIC na escola é resultado de decisões colegiadas que respondam,
de forma satisfatória, às iniciativas dos professores.
QUESTÃO 02
14
QUESTÃO 03
As transformações decorrentes do avanço das TIC têm cada vez mais exigido a
formação de um professor com capacidades de mediar o processo de descoberta,
assimilação e construção de novos conhecimentos. Esse professor seria o que
inúmeros autores classificam como mediador. Sobre mediação pedagógica, leia os
postulados dados e, em seguida, assinale a opção correta.
QUESTÃO 04
Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o mundo vem assistindo a
um vertiginoso avanço das tecnologias da informação e da comunicação com sérias
implicações para as sociedades. Dentre essas implicações, podemos assinalar a:
15
c) alteração da estrutura de interesses, do caráter dos símbolos e da natureza da
comunidade.
d) diminuição da fadiga, principalmente para o grupo de trabalhadores do chamado
trabalho imaterial.
QUESTÃO 05
QUESTÃO 06
Sancho e Hernández (2006) citam vários trabalhos (Escudero, 1991; Zammit, 1992;
Fabry & Higos, 1997; Richardson, 2000; Burbules & Cullister, 2001; Cuban, 2001;
Pelgrum, 2001; Zhao et al., 2002) que analisam as práticas de uso de computadores
em aula e a incorporação das TIC aos processos educacionais, cujas conclusões
apresentam fatores que parecem incidir no sucesso ou fracasso dessas práticas.
(SANCHO, Juana María; HERNÁNDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a
educação. Porto Alegre, RS : Artmed, 2008.)
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Analise os itens a seguir e assinale a opção que indica os fatores mais citados entre
esses estudiosos.
QUESTÃO 07
“A palavra ‘tecnologia’ é usada a todo momento por pessoas das mais diversas
qualificações e com propósitos divergentes. Sua importância na compreensão dos
problemas da realidade atual agigantase, em razão justamente do largo e
indiscriminado emprego, que a torna ao mesmo tempo uma noção essencial e
confusa.” (VIEIRA PINTO, Álvaro. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2005, p. 219.)
Sobre alguns significados existentes do termo tecnologia, leia as proposições dadas
e, em seguida, assinale a opção correta.
QUESTÃO 08
“Os meios de ensino ou materiais didáticos são um dos eixos vertebrais de grande
parte das ações de ensino e aprendizagem desenvolvidas em qualquer dos níveis e
modalidades de educação. Desde o período da educação infantil até o ensino
universitário, na educação a distância, na educação não formal... em definitivo, em
qualquer atividade formativa, sempre existe algum tipo de meio impresso, audiovisual
ou informático – de referência e apoio para os docentes e alunos.” (MOREIRA, Manoel
Area. Los medios y las tecnologías en la educación. Madrid: Pirámide, 2004. p. 73.)
Com base na reflexão acima, podemos concluir que
a) a relevância dos meios nos processos de ensino está condicionada mais pelos
conteúdos apresentados e menos pelo contexto da situação educativa.
b) os meios são meros depositários de informação e sua importância depende dos
usos que os sujeitos fizerem no processo de ensino e aprendizagem.
c) os meios de ensino não diferem de outros meios de comunicação social, uma vez
que estes podem se converter em meio de ensino.
d) em qualquer meio material de ensino deve existir algum tipo de sistema de símbolo
ou referente que represente algo diferente de si mesmo.
18
QUESTÃO 09
I As tecnologias são ferramentas que têm o objetivo de servir aos fins dos que delas
fazem uso. É a visão da tecnologia como objeto e corresponde ao senso comum.
II A tecnologia não é um simples meio, mas transformou-se em um ambiente e em
uma forma de vida: este é o seu impacto.
III A tecnologia seria um campo de luta social ou talvez uma metáfora, melhor seria
dizer em um parlamento das coisas no qual formas alternativas são debatidas e
discutidas.
IV Não há como separar tecnologia de sociedade, pois o processo de criação e
produção é, sobretudo, social e os sujeitos sociais responsáveis por esse processo e
pelo uso das tecnologias criadas a partir dele estão em permanente processo de
negociação com elas e daí resultam os modelos sociais específicos de cada
sociedade. As assertivas acima descrevem, respectivamente, as teorias
a) instrumental, substantiva, crítica e construtivista.
b) construtivista, crítica, instrumental e substantiva.
c) crítica, construtivista, substantiva e instrumental.
d) substantiva, instrumental, construtivista e crítica.
QUESTÃO 10
20
AULA 06
6. TECNOLOGIAS
http://noticias.universia.com.br/tag/tecnologia-na-educa%C3%A7%C3%A3o/
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ocorrem nos diversos setores da sociedade, desenvolvendo mudanças tanto na vida
coletiva, como na vida individual.
Em muitos casos não é uma nova tecnologia que está surgindo, mas sim uma
inovação de uma tecnologia já existente. É muito rápido o processo de
desenvolvimento tecnológico atual, em que fica difícil definir o que é um novo
conhecimento, instrumento e procedimento ou o que é uma inovação de uma
tecnologia já existente.
O critério para a identificação de novas tecnologias pode ser visto pela sua
natureza técnica e pelas estratégias de apropriação e de uso. Atualmente, as novas
tecnologias estão relacionadas aos processos e produtos originários da eletrônica, da
microeletrônica e das telecomunicações, as quais caracterizam-se por serem áreas
evolutivas, em permanente transformação.
Hoje são comuns as expressões “sociedade tecnológica”, “a tecnologia invadiu
nosso cotidiano”, o que, às vezes, causa certo receio nas pessoas, as quais se
assustam com as possibilidades demonstradas nos filmes de ficção científica, em que
a tecnologia passa a ter domínio sobre os seres humanos. A tecnologia faz parte de
nossa vida em todos os aspectos, por exemplo, comer só é possível graças à
tecnologia dos talheres, pratos, geladeira, fogão, micro-ondas etc. E, dessa mesma
forma, a tecnologia está presente em todas as atividades da nossa rotina e, para a
realização das mesmas, são necessários produtos e equipamentos resultantes de
estudos, planejamentos e construções. Pensando dessa forma, não é só agora que
se vive a “era tecnológica”. Essa “era” já existe desde os primórdios, porém em cada
época existiu um tipo de tecnologia diferente, que, cada uma a sua maneira, tinha o
objetivo de melhorar a qualidade dos processos.
As tecnologias atuais representam mudança de comportamento. Um exemplo
simples é a internet, que, apesar de ser uma tecnologia já antiga (em 1960 já se falava
de internet), possibilita a comunicação das pessoas sem que estas estejam no mesmo
local e a Educação a Distância, que permite àqueles que não têm a possibilidade de
cursar o Ensino Superior de forma presencial ou que não possuem recursos para arcar
com esse investimento. Outros exemplos: televisão, computadores, celulares etc.
As pessoas já estão dependentes de toda a tecnologia existente. Hoje é muito
comum uma criança já saber utilizar um celular e/ou os programas de computador.
22
Uma realidade muito diferente de anos atrás, já que o acesso a essas tecnologias se
dava apenas quando fossem jovens e/ou adultos.
A escola e o professor precisam explorar esse conhecimento que já possuem,
permitindo assim novas formas de ensinar e aprender e também incluir aqueles que
ainda estão nas estatísticas de exclusão digital, pois, apesar das facilidades de acesso
às tecnologias, ainda existe desigualdade social nesse âmbito. Este é outro ponto
importante da utilização das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, já que
a escola passa a fazer um trabalho social, inserindo essas pessoas no mundo
tecnológico, eliminando assim todas as barreiras que possam existir, sejam elas
sociais, culturais ou intelectuais.
23
AULA 07
http://www.unoeste.br/facopp/noticias_visualizar.php?id=1109
http://www.copynotify.com/DeviceControl.html
24
http://www.historiadetudo.com/televisao
25
AULA 08
http://pt.slideshare.net/cmidias/ava-ambiente-virtual-de-aprendizagem
26
ProInfo: ambiente desenvolvido na década de 1990, pelo Programa Nacional
de Informática na Educação do MEC. Seu objetivo inicial era auxiliar a formação
continuada de professores; atualmente esse ambiente está disponível para outros
projetos vinculados ao MEC. Para saber mais, acesse:
http://www.educacaodigital.kit.net/abertura.htm
TelEduc: ambiente desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Informática
Aplicada à Educação da UNICAMP. Seu objetivo era a produção, participação e
administração de cursos na internet. Hoje em dia essa plataforma de ensino é livre,
para uso de qualquer instituição de ensino para cursos na modalidade a distância.
Para saber mais, acesse: http://hera.nied.unicamp.br/~teleduc
Moodle: ambiente desenvolvido na década de 1990, pela Curtin University of
Tecnology, na Austrália. Possui ferramentas que permitem a criação e integração de
conteúdos. Na versão em português, é muito utilizado para projetos educacionais a
distância, inclusive pelo MEC. Para saber mais, acesse:
http://docs.moodle.org/pt/Hist%C3%B3ria_ do_Moodle e
http://moodle.universidadevirtual.br/
27
AULA 09
9. FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
http://pt.slideshare.net/Belcapires/tarefa-4-av-as-ambientes-virtuais-de-aprendizagem
28
para enviar e receber arquivos anexados às mensagens, esclarecer dúvidas, dar
sugestões etc.
• Chat ou bate-papo: é uma ferramenta que permite a comunicação 9.3 em
tempo real, ou seja, de forma síncrona. Com essa ferramenta, é possível que o
professor e os alunos encontrem-se virtualmente para esclarecimentos de dúvidas e
grupos de alunos encontrem-se para debater sobre trabalhos em equipes. Para que o
sistema funcione, porém, é indispensável que os participantes do chat estejam
conectados simultaneamente no ambiente virtual do curso.
• Fórum: esta é uma das ferramentas de comunicação assíncrona muito
utilizada em cursos de EAD no desenvolvimento de debates. Permite o debate de
temas com a inclusão de opiniões em qualquer tempo. Não é necessário que todos
os participantes estejam conectados ao mesmo instante para interagir, como na
comunicação síncrona. O fórum é organizado de acordo com a postagem dos
assuntos, mantendo a relação entre o tópico lançado, respostas e respostas das
respostas.
• Mural: é uma ferramenta que pode ser utilizada pelo professor e alunos para
colocar avisos, informações de interesse coletivo da turma, registros de aulas práticas,
resultados e notas de atividades etc. A comunicação através dessa ferramenta pode
acontecer em qualquer tempo, não sendo necessário os participantes estarem
conectados ao mesmo tempo.
• Perguntas e Respostas/FAQ: é uma ferramenta utilizada para facilitar o envio
de dúvidas pelos alunos, ao mesmo tempo em que permite que o professor envie
respostas às perguntas mais frequentes. Propicia economia de tempo para o
estudante, já que ele pode consultar essa ferramenta para verificar se já existe uma
resposta para sua dúvida disponibilizada no ambiente virtual da aula.
• Relatórios: os relatórios gerados a partir dos fóruns de discussão são
ferramentas de gerenciamento. Essa ferramenta geralmente apresenta informações
que auxiliam o acompanhamento do estudante pelo professor, assim como o auto-
acompanhamento por parte do estudante. Os relatórios apresentam informações
relativas ao histórico de acesso ao ambiente de aprendizagem pelos estudantes, bem
como notas, frequência de acesso, histórico dos artigos lidos e mensagens postadas
para o fórum e correio, participação em sessões de chat e mapas de interação entre
os professores e estudantes.
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• Avaliação on-line: ferramenta de gerenciamento/comunicação. Essa
ferramenta envolve as avaliações que devem ser feitas pelos estudantes e os recursos
on-line para que o professor corrija as avaliações. Do mesmo modo, fornece
informações a respeito das notas, o registro das avaliações que foram feitas pelos
estudantes, tempo gasto para resposta etc.
Recomenda-se, no entanto, para os cursos de EAD, a utilização de mais de
uma tecnologia e várias mídias para promover a comunicação e disponibilizar os
conteúdos do curso. O objetivo maior é atingir todos os estudantes, não excluindo
aqueles que porventura tenham dificuldades de acesso às tecnologias de
comunicação e informação mais recentes, como, por exemplo, internet e o
computador.
http://slideplayer.com.br/slide/389929/
30
AULA 10
https://caldeiraodeideias.wordpress.com/2011/06/27/tecnologia-e-educacao/
31
O Brasil é um país com grande diversidade regional, cultural e com grandes
desigualdades sociais; portanto, não é possível pensar em um modelo único para
incorporação de recursos tecnológicos na educação. É necessário pensar em
propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada região ou
comunidade.
Se a escola for entendida como um local de construção do conhecimento e de
socialização do saber, como um ambiente de discussão, troca de experiências e de
elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos seja
amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja,
que não fique restrita às decisões e recomendações de outros. Tanto no Brasil como
em outros países, a maioria das experiências com uso de tecnologias informacionais
na escola estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem.
Esse fato deve alertar para a importância da reflexão sobre qual é a educação que se
quer oferecer aos alunos, para que a incorporação da tecnologia não seja apenas o
"antigo" travestido de "moderno".
Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para
ficarem restritos à transmissão e memorização de informações. Permitem a interação
com diferentes formas de representação simbólica - gráficos, textos, notas musicais,
movimentos, ícones, imagens -, e podem ser importantes fontes de informação, da
mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa. Entrevistas,
debates, documentários, filmes, novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM,
BBS e Internet são apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação
e informação possíveis utilizando-se esses meios.
O computador, em particular, permite novas formas de trabalho, possibilitando
a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar, fazer
antecipações e simulações, confirmar ideias prévias, experimentar, criar soluções e
construir novas formas. Além disso, permite a interação com outros indivíduos e
comunidades, utilizando os sistemas interativos de comunicação: as redes de
computadores.
32
http://avanaeducacaoadistancia.blogspot.com.br/p/mapas-conceituais-na-educacao.html
33
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
A escola, por si, não forma cidadãos, mas pode preparar, instrumentalizar e
proporcionar condições para que seus alunos possam apropriar-se dos
conhecimentos, firmar-se e construir sua cidadania. Para cumprir essa função social,
a escola precisa:
I. buscar sua autonomia e competência, como espaço de decisão e apropriação de
conhecimentos e habilidades significativas.
II. diminuir a repetência e aumentar a permanência das crianças e adolescentes na
escola, revendo a avaliação que nela se processa, bem como discutir e adotar uma
política de inclusão escolar.
III. proporcionar condições para o uso de tecnologias educacionais no processo
ensino-aprendizagem, voltado para a produção e apropriação do conhecimento.
IV. aprofundar a discussão sobre uma escola pública de qualidade, como aspecto
essencial para o efetivo cumprimento de sua função social.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV.
b) Apenas II e IV.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas I e IV.
QUESTÃO 02
34
atualmente se dispõe, estão cada vez mais presentes nas escolas para qualificar o
processo educativo. Sobre elas, é correto afirmar:
a) Em nada ou muito pouco vêm colaborar para tornar o processo ensino-
aprendizagem mais prazeroso, eficiente e de qualidade.
b) A integração das novas tecnologias à educação deverá ocorrer de forma aleatória,
sem o estabelecimento de objetivos específicos ou projetos próprios, pois o que
importa é oferecer aos alunos o acesso ao computador.
c) São usadas para substituir as técnicas e metodologias convencionais, como, por
exemplo, o livro, o quadro de giz e o mimeógrafo.
d) A obtenção de resultados qualitativos no processo educacional escolar com o uso
dessas tecnologias depende da forma como elas são introduzidas e utilizadas nesse
processo.
QUESTÃO 03
35
QUESTÃO 04
QUESTÃO 05
O texto abaixo se refere a um dos aspectos que são desejados pelos alunos virtuais
de um curso.
Os cursos on line não existem isoladamente; são parte de um currículo ou de um
programa de treinamento e ministrados, na maior parte das vezes, no campus de uma
universidade ou de um ambiente corporativo. Assim, da mesma forma que precisam
ter a sensação de estarem em uma comunidade, os alunos virtuais precisam sentir-
se conectados à instituição que patrocina o curso. (Palloff e Pratt, 2004)
Os demais aspectos que os estudantes de cursos on line procuram podem ser
enumerados da seguinte forma:
I. um programa de curso baseado na capacidade de atender às necessidades de
alunos não tradicionais;
II. foco no aluno e não no professor;
III. tecnologia barata de forma a melhorar o custo-benefício;
IV. fácil navegação e transparente para o usuário;
V. baixa expectativa na interação professor/tutor e aluno.
Estão corretas apenas as afirmações.
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
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c) II, III e IV.
d) III, IV e V.
QUESTÃO 06
A Pedagogia tem passado por muitas inovações e mudanças no que se refere aos
processos de ensino e aprendizagem, em relação ao que se compreende hoje sobre
o que é o campo do currículo, em relação aos métodos e técnicas de ensino.
Algumas questões exemplificam essas afirmações:
1. começam a ser conhecidas e praticadas as propostas de trabalhos por projetos;
2. os estudos curriculares apontam que é preciso problematizar a hierarquização
linear dos conteúdos;
3. há uma reflexão sobre o uso das tecnologias em educação, ao preço da escola se
distanciar da vida concreta dos estudantes.
No que se refere à hierarquização linear dos conteúdos, faz-se uma crítica quanto à
a) presença da interdisciplinaridade nos currículos.
b) presença da não disciplinaridade nos currículos.
c) interdisciplinaridade presente nos currículos.
d) não presença da interdisciplinaridade nos currículos.
QUESTÃO 07
Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas
tecnologias, principalmente aquelas ligadas às atividades de telecomunicações.
Expressões frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas tecnológicas” e
“conexão total com o mundo” “fetichi - zam” novos produtos, transformando-os em
objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje nos
bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático
perverso, ou de um aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e
controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemosuma relação simbiótica
de dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada
imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em objeto público de
entretenimento.
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Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para
nos aprisionar, por espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as
estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em:
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar 2013 (adaptado).
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor precisa criar uma base de
orientação linguística que permita alcançar os leitores e convencê-los com relação ao
ponto de vista defendido.
Diante disso, nesse texto, a escolha das formas verbais em destaque objetiva
a) criar relação de subordinação entre leitor e autor, já que ambos usam as novas
tecnologias.
b) enfatizar a probabilidade de que toda população brasileira esteja aprisionada às
novas tecnologias.
c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje as pessoas são controladas
pelas novas tecnologias.
d) tornar o leitor coparticipe do ponto de vista de que ele manipula as novas
tecnologias e por elas é manipulado.
QUESTÃO 08
Considerando as implicações que o ciberespaço traz para a educação, assinale a
opção correta.
a) O ciberespaço sustenta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e
modificam numerosas funções cognitivas humanas.
b) Na era da cibercultura, a transmissão do conhecimento deve ser previamente
planejada, estabelecendo-se conteúdos fixos, predeterminados, visto que os
percursos da aprendizagem na EAD devem ser comuns a todos os indivíduos.
c) No ensino a distância online, o professor desempenha o papel de fornecedor direto
do conhecimento.
d) A simulação, modo de conhecimento próprio da cibercultura, é utilizada para
substituir experiências concretas, mas não possibilita a formulação e a exploração
detalhadas de inúmeras hipóteses de pesquisa.
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QUESTÃO 09
QUESTÃO 10
Considerando que o desenvolvimento das TICs constitui um dos fatores-chave para
explicar as transformações econômicas, sociais, políticas e culturais ocorridas nas
duas últimas décadas, assinale a opção correta.
a) As novas TICs transformam os ambientes educacionais, mas não alteram
profundamente o pensamento e a visão de mundo da sociedade.
b) As mudanças proporcionadas pelas TICs alcançam todas as áreas do
conhecimento e beneficiam o Brasil, onde mais de 80% da população tem acesso à
Internet.
c) A expressão novas tecnologias foi cunhada durante a Revolução Industrial, período
histórico em que o crescimento científico da humanidade acelerou-se.
d) Tecnologia refere-se a todo o conhecimento utilizado na criação de inventos que
auxiliem a execução de um trabalho preestabelecido.
39
AULA 11
http://marciookabe.com.br/tecnologia-na-educacao-professor-1-0-e-aluno-3-0/
41
AULA 12
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0021.html
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otimizado destas novas tecnologias implica uma mudança nas nossas formas de
ensinar e de aprender. Isto é, a integração das TIC pode ser ainda mais efetiva ao
explorar novos modelos pedagógicos diferenciados, onde se enquadram as
pedagogias construtivistas.
Sugere-nos a necessidade de um modelo flexível para a experimentação e
inovação curricular. Assim, a flexibilização beneficia a construção de caminhos
conducentes à obtenção de competências diversificadas, produzidas e desenvolvidas
tanto ao nível de competências cognitivas, como pessoais e sociais, designadamente,
através de métodos participativos que posicionem os alunos no centro do processo
de ensino-aprendizagem e fomentem a sua autonomia, preconizados pelas
pedagogias construtivistas.
A ideia da concepção construtivista do ensino e da aprendizagem é
normalmente utilizada para designar uma posição com alargado enfoque, no qual
convergem diversas teorias psicológicas e educativas, que partilham o pressuposto
de que o conhecimento e a aprendizagem não se constituem como uma cópia da
realidade, mas sim como uma construção ativa do sujeito em interação com um
ambiente sociocultural.
43
AULA 13
http://slideplayer.com.br/slide/385968/
44
pela interação entre o conhecimento previamente adquirido e as novas experiências
de aprendizagem.
Consequentemente, as pedagogias construtivistas podem mais facilmente
promover a criação e o desenvolvimento de competências diversificadas, tanto ao
nível cognitivo como comportamental, ao orientarem os alunos para a construção do
próprio significado, e assumindo estes um desempenho ativo nessa construção. Em
geral, podemos dizer que a competência integra conhecimentos, capacidades e
atitudes. Ou seja, trata-se do processo de ativar recursos, em diversos tipos de
situações, associado a algum grau de autonomia em relação ao uso do saber.
Desta forma, os professores devem recorrer a pedagogias diferenciadas que
perspectivem a progressão individual dos alunos. Esta técnica permite abarcar
diferentes estádios de desenvolvimento dos alunos, respeitar diferentes ritmos de
aprendizagem, valorizar processos complexos de pensamento e a aquisição de
competências, como a autonomia, a liderança democrática e a
autorresponsabilização.
Nos grupos de trabalho, os alunos podem organizar-se de forma que cada grupo
investigue um aspeto sobre determinado tema, tendo depois cada grupo a
responsabilidade de apresentar aos restantes o conhecimento então construído.
Assim, a aprendizagem feita em comum permite a todos a possibilidade de poder
“aprender a aprender”, mas também desenvolver competências ao nível do saber, ser
capaz e o estar.
As práticas educacionais diferenciadoras distinguem-se, tendo em conta que a
base estruturante do trabalho é a autonomia e a responsabilização do aluno em que
se pressupõe um princípio de heterogeneidade e trabalho colaborativo. O método
educacional das novas tecnologias também define para cada aluno um plano de
trabalho autónomo. Este é um mapa de planeamento das atividades e da verificação
do seu cumprimento, onde se pode observar o trabalho de estudo e treino de
competências que cada aluno se propõe realizar. Esta organização cooperativa
usando as novas tecnologias promove o desenvolvimento moral, cívico e social dos
alunos, propiciando um ambiente facilitador da criação e incremento de competências
diversificadas.
45
AULA 14
http://slideplayer.com.br/slide/1249232/
46
tecnológicas. Não basta colocar os equipamentos nas salas de aula, para que o ensino
seja eficaz, sendo essencial planear e analisar de que forma se pode promover
ativamente a integração das TIC no processo de ensino e aprendizagem.
Nesta perspectiva, as TIC não devem ser simplesmente um fenômeno
informativo ou comunicativo orientado para o processo de informação, mas sim um
instrumento de desenvolvimento cognitivo, que permita a transformação da
informação em conhecimento. Assim, o caminho a seguir na educação para a
autonomia dos alunos é tirar partido da concepção e realização de projetos, tanto
individuais como coletivos, com a orientação e mediação do professor.
Segundo uma visão construtivista e sociocultural dos processos de ensino e
aprendizagem, categorizam três formas de uso das TIC pelos alunos: 1) como
suporte, seguimento e apoio do professor; 2) como apoio ao trabalho colaborativo dos
alunos em pequeno grupo; 3) como apoio à reflexão e regulação dos alunos sobre o
seu próprio processo de trabalho e aprendizagem.
Adicionalmente, as TIC podem ser utilizadas como ferramentas de suporte à
comunicação entre professor e aluno e também entre alunos e, simultaneamente,
conceber-se como contextos virtuais alargados relativamente à atividade presencial,
combinando o presencial e o virtual no processo de ensino-aprendizagem. Desta
forma, o professor, para além das aulas presenciais, pode prestar um apoio
personalizado ao trabalho autónomo dos alunos de forma assíncrona, através da
utilização das TIC, com o uso do Moodle, email, blogs ou sites.
Ligadas ao aspeto da autonomização, as TIC constituem um aspeto da
inovação nos sistemas educativos. Pelo que, a integração destas nos processos de
ensino e aprendizagem, para além de permitirem a produção e desenvolvimento de
competências, podem conduzir à criação e construção de conhecimento.
47
http://slideplayer.com.br/slide/1249232/
48
AULA 15
http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/a-educacao-de-jovens-e-adultos-integrada-as-novas-
tecnologias-educacionais-de-informacao-e-comunicacao-uma-perspectiva-para-a-inclusao-digital-
5452731.html
49
diferenciam de outros ambientes da web porque eles têm uma dinâmica própria para
atender ao fazer pedagógico, o qual é orientado no sentido de que se estabelecem
metas para o aluno atingir. Outro diferencial é o oferecimento de feedback. O feedback
é fundamental para que os alunos possam avaliar se estão atingindo os objetivos
estabelecidos para o curso. Objetivos orientados a feedback são um dos aspectos
críticos de um ambiente de aprendizagem, pois, se o aluno não recebe comentário
sobre as atividades que ele desenvolveu em um curso ele não tem como saber se
está ou não atingindo os objetivos estabelecidos.
Nos AVA’s, os recursos que dão suporte à educação a distância são os
mesmos da internet: correio, fórum, chat, conferência, banco de recurso. O
gerenciamento desses ambientes engloba diferentes aspectos, dos quais destacamos
a gestão das estratégias de comunicação e mobilização dos participantes, a gestão
da participação dos alunos por meio de registro das produções, interações e caminhos
percorridos, a gestão de apoio e orientação dos formadores aos alunos e a gestão da
avaliação.
Pelo fato de ser um software livre, gratuito e aberto, o Moodle pode ser
carregado, utilizado, modificado e distribuído. Ele é um projeto de desenvolvimento
contínuo, por isso, podemos receber atualizações constantes, tendo também os
próprios usuários como seus construtores. Por propor uma aprendizagem colaborativa
on-line, ele é considerado um ambiente baseado numa proposta sócio-construtivista.
Sendo assim, o Moodle é um ambiente que permite a adequação das
necessidades das instituições e dos usuários, e, enquanto ambiente virtual de
aprendizagem, foi desenvolvido levando em consideração que a aprendizagem
acontece, através da colaboração do conhecimento. Percebe-se na filosofia do
desenvolvimento do Moodle uma clara expressão das intenções de promover a
colaboração e cooperação do outro para com o outro, buscando desenvolver uma
cultura baseada em conhecimentos compartilhados entre o grupo.
O fato de o Moodle ser um ambiente de aprendizagem que possibilita o
feedback, a própria construção do ambiente e a construção do conhecimento
compartilhado conduz que se adote uma concepção social para a compreensão de
sua dinâmica de aprendizagem.
Para o desenvolvimento das atividades são utilizados recursos que reforçam
os princípios sócio interacionistas pelo fato de oportunizarem a comunicação e a
50
intervenção do usuário durante o processo. Esses recursos são disponibilizados no
ambiente e oportunizam a interação dos alunos com os conteúdos e com colegas e
professores.
Essas ferramentas são consideradas de informação e comunicação. No caso
das interfaces de comunicação destacam-se as ferramentas de interatividade
síncronas e as assíncronas. As ferramentas de comunicação síncronas são as que
permitem a participação de alunos e professores em eventos marcados, com horários
específicos, via internet, a exemplo dos chats. Para esse tipo de interatividade, a
comunicação em tempo real, possibilita aos envolvidos uma sensação de grupo, de
comunidade, o que pode ser determinante para a continuidade do curso, uma vez que
preserva a motivação, a interação em tempo real, o retorno e a crítica imediata,
encontros regulares, etc.
Já as ferramentas de comunicação assíncronas como o Fórum, o Diário, o
diálogo, a lição, entre outros, são consideradas como revolucionárias pelo fato de
possibilitar que o usuário faça sua intervenção de forma mais organizada, uma vez
que ele terá tempo para sistematizar sua opinião, comentário, respostas, etc.
Cada uma dessas ferramentas tem uma função definida no ambiente e com
possibilidades limitadas e cabe ao professor selecioná-las, conforme os objetivos de
seu curso. Todavia se acrescenta que como o Moodle é um ambiente de construção
pública e livre, ele pode ser alterado e novas ferramentas podem surgir e serem
agregadas a já existentes.
As ferramentas mais comuns no ambiente Moodle são as seguintes: arquivo de
Materiais, Lição, Fórum, Tarefa, Questionário, Chat, SCORM, Glossário, Pesquisa de
Opinião, wiki, Pesquisa de Avaliação, Diário, Diálogo.
O emprego das NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) na
educação possibilita a criação de ambientes novos com estruturas flexíveis, abertas,
integrando várias mídias e possibilitando a interação entre os participantes do
processo. Mas o uso da tecnologia reforça a existência de um projeto educativo com
definição de perfil de alunos, objetivos, parâmetros pedagógicos, conteúdo e
avaliação dos conteúdos que serão ministrados, além de ajustes no decorrer do
processo ensino e aprendizagem. E o grau de interatividade presente nelas vai, em
muito, depender da mediação pedagógica que subjaz ao processo de ensino e
aprendizagem a que se propõe o curso, o professor.
51
http://pramidias-pmf.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html
CHOQUE DE GERAÇÕES
52
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
Correlacione os conceitos apresentados às suas definições e, em seguida,
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de preenchimento dos
parênteses:
(1) Sociedade
(2) Ciência
(3) Tecnologia
( ) Constitui-se de um conjunto de conhecimentos organizados, desenvolve-se
através do tempo, parte de mecanismos de causalidade dos fatos observáveis,
baseia-se no estudo objetivo de fenômenos empíricos, está relacionada à
comprovação de teorias e associada à publicação de artigos, teses, livros etc, sendo
seus conhecimentos criados livremente veiculados e patrimônio da civilização.
( ) Constitui-se de um conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos,
desenvolve-se através do tempo, baseia-se na aplicação dos conhecimentos na
produção ou melhoria de bens e serviços, está relacionada aos impactos
socioeconômicos sobre uma comunidade, seus resultados são obtidos a partir da
aplicação de novos materiais, processos, métodos e produtos nos meios de produção,
está sintonizada com o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade
sendo seus produtos e processos passíveis de negociação e de enquadramento como
patentes.
( ) Constitui-se por um conjunto de pessoas e baseia-se num sistema de
relacionamentos entre elas, desenvolve-se através do tempo, seus membros
compartilham propósitos, interesses, preocupações e costumes e interagem entre si
constituindo uma comunidade, que constrói conhecimentos e desenvolvem
tecnologia.
a) 1, 3, 2
53
b) 2, 1, 3
c) 2, 3, 1
d) 3, 2, 1
QUESTÃO 02
Analise as sentenças abaixo e classifique-as como Verdadeiras (V) ou Falsas
(F). Em seguida, assinale a alternativa que traz a sequência correta de
preenchimento dos parênteses.
( ) Há conceitos diferenciados sobre sociedade, ciência e tecnologia, variando de
acordo com o período histórico, a cultura, o contexto e a abordagem que lhe são
atribuídos.
( ) Sociedade, ciência e tecnologia mantêm uma relação contínua entre si, em
constante interação, entretanto não determinam impactos mútuos em sua evolução.
( ) A ciência e a tecnologia, bem como seus fatos e artefatos, são neutros e universais,
não cabendo, portanto, ao profissional de TIC avaliar antecipadamente os impactos
de sua ação no contexto regional e organizacional de sua atuação.
( ) A abordagem da associação em rede nos traz uma visão mais ampla das relações
entre sociedade, ciência e tecnologia, com atores protagonistas, que em sua atuação
em rede, geram fatos e artefatos tecnológicos, de acordo com interesses específicos,
direcionando a evolução científica e tecnológica num determinado momento.
a) V, V, V, F.
b) V, F, F, V.
c) F, V, F, V.
d) F, F, F, V.
QUESTÃO 03
Analise as sentenças abaixo sobre a relação entre ciência e tecnologia e, em
seguida, assinale a alternativa correta:
I. A ciência e a tecnologia, por serem culturas e produtos humanos, apresentam
dimensões de ordem filosófica, política, econômica e social que, necessariamente, as
enquadram em contextos sócio-históricos, com os quais interagem e se desenvolvem;
54
II- As nações investem em ciência objetivando a expansão do conhecimento humano,
o aprimoramento do seu corpo de técnicos e cientistas a longo prazo, para uma
possível exploração de novos princípios e materiais;
III- Os investimentos em tecnologia visam aperfeiçoar o parque industrial e melhorar
a qualidade dos produtos, tendo em vista a competição e tradicionalmente, o prestígio
político e econômico.
a) Nenhuma das sentenças está correta
b) Somente as sentenças II e III estão corretas
c) Somente a sentença I está correta
d) Todas as sentenças estão corretas
QUESTÃO 04
Atualmente vivenciamos a transição da sociedade industrial para a sociedade
do conhecimento.
Marque a alternativa que indique uma prática da sociedade do conhecimento.
a) Na sociedade do conhecimento o capital humano é substituído pela tecnologia.
b) Na sociedade do conhecimento, assim como na sociedade industrial a
valorização principal é na linha de produção.
c) Na sociedade do conhecimento busca-se valorizar o capital intelectual, pois a
partir dele é possível capturar o conhecimento para armazenamento e
disseminação.
d) Na sociedade do conhecimento a moeda de troca os esforços se voltam ao
cliente.
QUESTÃO 05
A nossa humanidade sempre teve seu desenvolvimento relacionado ao uso dos
artefatos tecnológicos disponíveis. Na atualidade, podemos dizer que essa
característica está mais acentuada. Nesse contexto é correto afirmar que:
I – A relação entre Ciência Tecnologia e Sociedade molda a forma que vivemos.
II Somente a Tecnologia determina a nossa forma de viver.
III – A Sociedade influencia a Ciência e não é recebe essa influência da mesma
forma.
a) Nenhumas das afirmativas estão corretas
55
b) Somente a afirmativa I está correta
c) Somente a afirmativa II está correta
d) Somente a afirmativa III está correta
QUESTÃO 06
A sociedade não é um elemento estático, muito pelo contrário está em constante
mutação e como tal está inserida num processo de mudança em que as novas
tecnologias são as principais responsáveis. Alguns autores identificam um novo
paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informação.
O texto fala sobre:
a) A sociedade industrial.
b) A sociedade militar.
c) A sociedade educacional.
d) A sociedade do conhecimento.
QUESTÃO 07
56
QUESTÃO 08
Analise as sentenças abaixo sobre o conceito de sociedade em rede e em seguida,
assinale a opção correta:
I – É uma sociedade baseada em transformações estruturais nas relações de
produção, na economia, nas formas de poder, na tecnologia, nos meios de interação,
entre outros aspectos.
II – Nova forma de organização da produção possibilitada pelas tecnologias da
informação e comunicação.
III – Uma sociedade em que as estruturas sociais e as atividades principais estão
organizadas em torno das redes de informação eletronicamente processadas.
a) Somente a sentença II está correta
b) Somente a sentença III está correta.
c) Somente as sentenças I e II estão corretas
d) Todas as sentenças estão corretas.
QUESTÃO 9
Leia as afirmativas abaixo sobre a Sociedade da Informação e do Conhecimento e
classifique-as corretamente como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) A preocupação com a formação do capital intelectual está relacionada diretamente
com os investimentos em diversos ativos intangíveis (não materiais), a saber:
pesquisa e desenvolvimento (P&D), ciclo de vida mais curto dos produtos, educação
permanente, softwares aplicados a diversas áreas de negócios, entre outros.
( ) Entre as iniciativas da OCDE destaca-se a e-Europe, que entende como
fundamentais os papéis da Sociedade da Informação para o século XXI da mesma
maneira que a revolução Industrial marcou o século XVIII.
( ) O comércio eletrônico é a pedra de toque da nova política.
( ) A perspectiva do Livro Verde estimulou alguns avanços, particularmente nas ações
de governo eletrônico, internet para pesquisadores e aumento da população com
acesso à rede após a reforma dos setores de telecomunicações.
A alternativa que possui a sequência de preenchimento correta:
a) V, F, F, V. c) F, F, F, V.
b) V, V, F, V. d) V, F, V, V.
57
AULA 16
http://rosangelaasantos.blogspot.com.br/
58
forma de pensar e sentir ainda em construção, vislumbrando, assim, um papel
importante para elas na elaboração do pensamento. Vista dessa perspectiva, a
concepção de materiais didáticos que incorporem novas tecnologias, capazes de
oferecer uma reestruturação do processo de aprendizagem, depende do esforço de
relacionar novas abordagens teóricas sobre a aprendizagem a seu desenho
instrucional.
Tomando, porém, como exemplo a pesquisa no campo da informática
educativa nos últimos dez anos, pode-se observar que a transferência de descobertas
nas ciências cognitivas e sociais para a prática do planejamento de materiais didáticos
raramente é um processo tão direto, o que representa o grande desafio para os
projetos de inovações tecnológicas na escola. O construtivismo tem sido ultimamente
a abordagem teórica mais utilizada para orientar o desenvolvimento de materiais
didáticos informatizados, principalmente o de ambientes multimídia de aprendizagem.
Podemos considerá-lo como um guarda-chuva que tem dado origem a
diferentes propostas educativas que incorporam novas tecnologias, às vezes de forma
implícita, às vezes de forma explícita. O fato de a abordagem construtivista ser hoje
predominante não significa uma tendência única refletida nos materiais didáticos,
mesmo porque a ideia de construção do conhecimento está presente na obra de vários
autores, como Piaget, Vygotsky, Wallon, Paulo Freire, Freud, entre outros e,
dependendo de qual deles seja o referencial eleito, configura-se uma proposta
pedagógica um pouco diferenciada.
Apesar das diferenças entre as concepções teóricas desses autores sobre o
construtivismo, há elementos comuns que são fundamentais. Talvez o mais marcante
seja a consideração do indivíduo como agente ativo de seu próprio conhecimento, o
que no contexto educativo desloca a preocupação com o processo de ensino (visão
tradicional) para o processo de aprendizagem. Na visão construtivista, o estudante
constrói representações por meio de sua interação com a realidade, as quais irão
constituir seu conhecimento, processo insubstituível e incompatível com a ideia de
que o conhecimento possa ser adquirido ou transmitido. Assumir esses pressupostos
significa mudar alguns aspectos centrais do processo de ensino-aprendizagem em
relação à visão tradicional.
59
À medida que professores e elaboradores de materiais didáticos que
incorporam as novas tecnologias apropriam-se dos pressupostos teóricos
construtivistas, estes tomam uma feição diferenciada, parecendo mesmo apoiarem-
se em abordagens diferentes. Isso pode, de fato, acontecer porque não há uma
correlação perfeita entre pressupostos teóricos do construtivismo e as características
técnicas de materiais didáticos.
A transferência da teoria para a prática do desenho instrucional não é fácil nem
óbvia e, muitas vezes, as iniciativas de usar os pressupostos construtivistas no
desenvolvimento de ambientes tecnológicos de ensino-aprendizagem ficam aquém da
intenção inicial. Procurando colocá-los em prática, materiais didáticos que incorporam
as novas tecnologias têm como característica principal passar para as mãos do
estudante o controle de sua aprendizagem, tornando possível uma interação na qual
ele “ensina” à tecnologia mais do que aprende com ela.
A epistemologia construtivista relaciona-se fundamentalmente com a ideia de
construção, o que no planejamento de materiais didáticos informatizados pode ser
traduzido na criação de ambientes de aprendizagem que permitam e deem suporte à
construção de alguma coisa ou ao envolvimento ativo do estudante na realização de
uma tarefa, que pode ser individual ou em grupo, e a contextualização dessa tarefa.
Para isso, oferecem ferramentas e meios para criação e manipulação de artefatos ao
invés de apresentarem conceitos prontos ao estudante.
60
A oposição entre os papéis ativo e passivo do aluno frente à aprendizagem é
insuficiente. Com o conceito de abordagem profunda, a TIC pretende dar ênfase à
apropriação das estratégias metacognitivas pelo aluno na interação com materiais
didáticos informatizados. Essa perspectiva quer marcar a diferença em relação ao
processo tradicional de ensino, no qual o aluno interage com o conteúdo visando
apenas à avaliação. Para que o aluno desenvolva uma abordagem profunda à sua
aprendizagem, é necessário que ele adquira a consciência do que consiste aprender,
etapa que será fundamental no processo.
Em outras palavras, o mais importante é aprender como aprender, como
construir e refinar novos significados. A metacognição pode, assim, ser associada à
resolução de problemas, quando, além de refletir sobre a solução, o indivíduo reflete
sobre suas próprias abordagens ao problema. Essa reflexão pode gerar estratégias
alternativas mais produtivas. O alvo do processo educativo passa a ser a habilidade
de reflexividade e não o de memorização.
http://pedagogiafacecg2010.blogspot.com.br/2011/02/inclusao-digital.html
61
AULA 17
http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/uso-das-novas-tecnologias-em-sala-de-aula/
AULA 18
http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/78219185/IMAGENS%20E%20CHARGES
63
educativa destes meios de ensino depende, mais do que de suas características
técnicas, do uso ou exploração didática que realiza o docente e do contexto em que
se desenvolve” (LIGUORI, 1997, p. 38). Referindo-se à informática educativa e, mais
recentemente, à utilização da Internet no processo educativo, vários autores discutem
de que forma o papel do professor poderia adequar-se ao uso das novas tecnologias
educacionais na concepção construtivista da aprendizagem.
O professor deixa de ser o repassador do conhecimento para ser o criador de
ambientes de aprendizagem e facilitador do processo pelo qual o aluno adquire
conhecimento. O papel do professor, cuja função básica não é mais dar aula, pois isso
pode ser feito através da televisão ou do microcomputador, apresenta-se como o
orientador do processo reconstrutivo do aluno, através da avaliação permanente, do
suporte em termos de materiais a serem trabalhados, da motivação constante e da
organização sistemática do processo.
O ensino com as novas mídias deveria questionar as relações convencionais
entre professores e alunos. Para tanto, define o perfil desse novo professor - ser
aberto, humano, valorizar a busca, o estímulo, o apoio e ser capaz de estabelecer
formas democráticas de pesquisa e comunicação. Nas atividades pedagógicas
realizadas através da Internet, o professor e o aluno tornam-se participantes de um
“novo” jogo discursivo que não reconhece a autoridade ou os privilégios de monopólio
da fala presentes, com frequência, nas relações de ensino-aprendizagem tradicionais,
inaugurando, assim, relações comunicativas e interpessoais mais simétricas.
Na Aprendizagem baseada em Problemas, por exemplo, a atividade mais
crítica do professor está relacionada com as questões que ele irá formular aos
estudantes. É essencial que elas valorizem e desafiem o pensamento do aprendiz,
não o induzindo sobre o que fazer ou como pensar. O mais importante, ao contrário,
é que o ensino questione o pensamento do estudante.
O papel do professor, na abordagem construtivista, aproxima-se de uma
concepção de profissional que facilita a construção de significados por parte do aluno
nas suas interpretações do mundo. Assim, este profissional será melhor denominado
de facilitador pedagógico. Para que possa ajudar o aluno, o facilitador pedagógico,
primeiramente, deverá possuir uma concepção clara da construção de conhecimento
enquanto processo dinâmico e relacional advindo da reflexão conjunta sobre o mundo
real. Deverá possuir base teórica consistente, clara concepção do objetivo da
64
aprendizagem e da metodologia a ser utilizada, assim como do processo de avaliação
de acordo com a visão construtivista de conhecimento.
Em sua prática, o facilitador pedagógico poderá, entre outras atividades:
(l) desenvolver poucos conceitos com maior produtividade;
(2) encorajar o aluno a buscar outros pontos de vista e a desejar aprender e
entender;
(3) propiciar a análise de experiências significativas e a sua reflexão crítica;
(4) promover a comunicação entre os alunos e grupos de alunos e o intercâmbio
de experiências.
Na realidade, as relações convencionais professor-aluno estão em pauta de
discussão dessa aula não só como consequência da visão construtivista de
aprendizagem, mas também porque o professor deixou de ser o único a ter acesso à
informação nessa relação. Esse dado está levando o professor a mudar de postura,
abdicando do poder que detinha enquanto único possuidor do conhecimento relevante
no contexto escolar, favorecendo uma relação mais simétrica com o aluno.
https://professordigital.wordpress.com/
65
AULA 19
http://tecnoeducacao1pm.blogspot.com.br/
66
Esse tipo de planejamento, hoje considerado demasiadamente mecânico e
prescritivo, é ainda seguido, por exemplo, para elaborar software educacionais
tutoriais ou de exercício e prática.
A perspectiva construtivista, ao questionar a aprendizagem por uma sequência
instrucional imposta, volta-se para as formas de facilitar o processo construtivo de
aprendizagem. Essa perspectiva leva a uma abordagem muito mais centrada na
provisão de experiências de aprendizagem ao aluno do que no planejamento da
instrução. Por não ser prescritivo, o planejamento pedagógico, no paradigma
construtivista, impõe grandes desafios a serem enfrentados pelo professor, pois não
há uma fórmula (e será muito difícil encontrar uma) que permita a transferência
imediata de seus princípios à prática.
Esse processo exige um planejamento cuidadoso, pois romper com modelos
tradicionais de ensino e aprendizagem não quer dizer que o planejamento seja
dispensável, ao contrário, a natureza complexa das interações em ambientes
tecnológicos de aprendizagem exige a articulação de princípios e modelos conceituais
à criação de espaços que ofereçam suporte em diferentes experiências de
aprendizagem, estimulem a participação e a meta-aprendizagem do aluno.
A contextualização da aprendizagem defendida pelo construtivismo exige o
planejamento de tarefas de aprendizagem inseridas em contextos de resolução de
problemas que sejam relevantes no mundo real. A análise de tarefas procura evitar a
decomposição das atividades de aprendizagem e passa a se preocupar com a criação
de problemas contextualizados relevantes e realísticos. Preferencialmente, os
problemas enfrentados têm que mostrar a relevância que as habilidades e os
conhecimentos envolvidos na sua solução podem ter para a vida do aluno.
O domínio de fatos e conhecimentos, objetivo da educação tradicional, deu
lugar às habilidades e aos processos necessários para tornar o aluno um especialista
que pode operar construtivamente dentro de um conteúdo/contexto. O engajamento
em colaboração, a apreciação de múltiplas perspectivas, a avaliação e o uso ativo do
conhecimento tornam-se o alvo do planejamento.
Por isso, não faz sentido dividir o conteúdo em pequenos módulos e ordená-
los de acordo com níveis crescentes de dificuldade. Da mesma forma, não é possível
fazer afirmações genéricas sobre como a informação será usada pelo aluno, o que
torna difícil pensar em objetivos específicos predeterminados. Ao contrário do previsto
67
na visão tradicional, os objetivos específicos surgem na realização de tarefas
autênticas e durante a resolução de problemas significativos para o estudante.
Também não basta planejar uma única tarefa ou problema. A construção do
conhecimento, sendo um processo individual e particular, não permite o planejamento
de tarefas únicas para um determinado perfil médio de alunos. Para atender a essa
nova abordagem, é necessário que o desenho instrucional do ambiente de
aprendizagem possa ajustar-se às necessidades particulares de cada aluno, o que
ainda é um grande desafio para o planejamento na área de tecnologia educacional.
AULA 20
http://www.asasead.net/asasEAD/?p=354
68
estudante em projetos educacionais com utilização de novas tecnologias nesse novo
paradigma.
Se, na abordagem construtivista, o estudante irá desenvolver diferentes
perspectivas da realidade por meio de processos individuais de construção do
conhecimento, os processos de avaliação deveriam acomodar uma variedade mais
ampla de opções de respostas aos problemas. Além disso, sendo priorizada a
avaliação dos processos mentais do aluno em relação aos produtos finais, os
conceitos de certo ou errado tornam-se secundários na medida que o aluno deve ser
capaz não só de chegar a uma resposta, mas também de justificar e defender seus
julgamentos e decisões durante a resolução de problemas.
Enquanto, convencionalmente, os resultados da aprendizagem são definidos
em termos do conhecimento e das habilidades adquiridas pelo estudante, os
construtivistas argumentam que experimentar e tornar-se proficiente no processo do
conhecimento é mais importante. Nesse sentido, uma atividade de avaliação coerente
com os pressupostos construtivistas é a reflexão do estudante sobre sua própria
aprendizagem e o registro do processo através do qual ele construiu sua visão do
conteúdo. A tendência da avaliação é servir menos como reforço ou instrumento de
controle e mais como ferramenta de auto-análise.
A avaliação objetiva, aplicada como uma medida separada do resultado da
aprendizagem, não funciona no paradigma construtivista. Ele defende a avaliação da
aprendizagem em função da solução bem sucedida de uma tarefa. O julgamento da
resolução do problema deve então, ser feito pelo professor, com base na
consideração de todas as evidências disponíveis.
Os autores construtivistas consideram importante a avaliação da aprendizagem
inserida em um contexto. Professores tradicionais também têm reconhecido que as
habilidades importantes não são cobradas em testes desvinculados do contexto da
aprendizagem. A procura de melhores meios de avaliação, porém, ainda é uma
questão em aberto. As alternativas oferecidas pelos construtivistas ainda soam
imprecisas. Elas precisam tornar-se mais claras, mostrarem-se válidas
economicamente e atenderem às demandas das diferentes partes interessadas.
69
REFLITA SOBRE A PERGUNTA ABAIXO:
http://pt.slideshare.net/rosecarvalho3591/tecnologias-e-midias-educativas
http://www.infoescola.com
71
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
72
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
73
QUESTÃO 04
QUESTÃO 05
“Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia
de informação e comunicação (TIC), mas principalmente:
a) saber utilizar esta tecnologia para busca e seleção de informações que permitam a
cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na
transformação do seu contexto.
b) criar redes de conhecimento, decorrente das interações do homem com objetos e
artefatos da internet, apesar dos dados do IBGE apontarem que 13,3% de analfabetos
são de pessoas entre 10 e 15 anos.
c) permitir ao professor inserir em sua sala de aula tecnologias evoluídas, apesar dos
dados do IBGE apontarem que 13,3% de analfabetos são de pessoa entre 10 e 15
anos.
d) saber utilizar esta tecnologia para a busca e a seleção de informações que
permitam a cada pessoa desenvolver os problemas do passado, pensando no futuro,
observando que o mundo não pode ser modificado em seu contexto.
QUESTÃO 06
Perrenoud (2000) postula a teoria de que o professor precisa, mais do que ensinar,
concentrar-se na gestão e na regulação de situações de aprendizagem. Para que o
professor consiga realizar esta gestão da sala de aula precisa perceber-se como:
a) colaborador indispensável.
b) organizador de atividades.
c) cooperador do conhecimento.
74
d) mediador do conhecimento.
QUESTÃO 07
Quando a escola possibilita aos alunos atividades na internet, seja por meio de blogs,
chats, fóruns ou sites, ela está lançando mão da nova mídia para a potencialização
da aprendizagem dos conteúdos curriculares, ao mesmo tempo em que:
a) contribui significativamente para que os alunos aprendam a usar a internet.
b) associa significativamente pessoas e conteúdos para um aprendizado concreto.
c) contribui pedagogicamente para a inclusão dos alunos na cibercultura.
d) associa significativamente alunos e professores para um aprendizado concreto.
QUESTÃO 08
QUESTÃO 09
75
b) artefatos, cultura, atividades com determinado objetivo, processo de criação,
conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos.
c) ferramentas, aparelhos, máquinas, dispositivos, materiais, objetivando uma ação
deliberada e a análise de seus efeitos.
d) novos conhecimentos, mas não permitem compreender as problemáticas atuais no
desenvolvimento de projetos, nem consegue buscar alternativas para a transformação
do cotidiano e a construção da cidadania.
QUESTÃO 10
76
AULA 21
http://profraulcuore.blogspot.com.br/2011/03/o-professor-frente-as-novas-tecnologias.html
O ensino a distância on-line tem sido divulgado como uma alternativa que se
configura hoje pela inserção das novas tecnologias de informação e comunicação e
junto com elas a ideia da interatividade. Conceito que vem sendo muito discutido, pelo
fato de amparar valores e concepções que têm variado no tempo e na história.
Existem três reações frequentes ao termo “interatividade”: a primeira como
oportunista, ou seja, como modismo, nome novo para coisas velhas. A segunda como
estratégia de marketing para expansão do mercado e a terceira como uma estratégia
de dominação da técnica, que promove a regressão do homem à condição de
77
máquina. A terminologia interatividade surge para atender a uma nova modalidade
comunicacional, a interativa, que se caracteriza pelo modo dialógico com que os
usuários interagem uns com os outros. A interatividade é vista como um fenômeno
que emerge da Sociedade da Informação.
Apenas a disponibilização da informação não caracteriza a Sociedade da
Informação, mas o diferencial e o que é mais importante é desencadeamento de um
continuado processo de aprendizagem. Assim, dizemos que as novas tecnologias que
permitem a interatividade também promovem uma nova relação do aluno com o
conhecimento, com outros alunos e com o professor, a partir do momento, em que se
propõe um ensino que considera como prioridade as formas de aprendizagens e,
consequentemente, os aprendentes. A possibilidade de interagir, através das
ferramentas tecnológicas, implica rever todos os papéis dos envolvidos no processo
ensino e aprendizagem e como também a metodologia utilizada para a promoção
dessa aprendizagem.
O papel do professor se amplia. Ele deve promover, por força de uma
intervenção pedagógica, a autonomia do aluno, no sentido de ajudá-lo a reelaborar o
conhecimento existente. Ao professor cabe o papel de promotor-interventor. O
professor na perspectiva da interatividade deixa de ser o contador de histórias,
conselheiro, parceiro ou mesmo facilitador e passa a ser um sistematizador de
experiências.
Os alunos, desta forma, deixam de aprender passivamente, como acontece com
o ensino instrucionista, em que a máquina ou o professor transmitem ou repassam as
informações, e passam a exigir mais, tanto dos proponentes quanto de si mesmos,
exigindo liberdade e autonomia. Autonomia significa o estabelecimento das relações
que o aluno construir com o mundo exterior e os outros.
Na visão sócio interacionista, o homem constitui-se como tal, por meio de suas
interações sociais, portanto, ele é visto como alguém que transforma e é transformado
nas relações produzidas em uma determinada cultura. Na interação com o outro e
com o meio, o indivíduo se deparará com situações conflitantes, que exigirão que ele
encontre as possíveis soluções, o que possibilitará a aprendizagem e
consequentemente, o seu desenvolvimento intelectual.
No contexto de EAD, o favorecimento da interação é marcado pela ação
dialógica entre o sujeito e a técnica. Com as tecnologias disponibilizadas, a educação
78
a distância oportuniza, portanto, maior interatividade entre professor e aluno, alunos
e alunos, todos e máquina, ampliando, renovando e construindo conhecimentos
porque as novas tecnologias comunicacionais permitem ampla liberdade para o
usuário fazer as conexões que lhe forem convenientes, de forma a atualizarem-se e
de produzirem as intervenções que mais lhe convierem.
Assim, temos um movimento entre interação e interatividade que vai além do
humano e máquina, uma vez que a interação é relação necessária entre sujeito e
objeto para a aquisição do conhecimento e interatividade condição para a
acessibilidade à comunicação em rede, consequentemente, essas relações estão tão
imbricadas, que uma não se diz sem a outra em EaD.
Investir na interatividade significa investir em novos caminhos, em novos
desafios, que serão superados no fazer coletivo, na superação individual. A educação
a distância, que oportuniza instrumentos tecnológicos para aproximar pessoas, para
garantir a reelaboração do conhecimento e o acesso ao conhecimento científico, tem
como objetivo preparar o indivíduo para a vida, para intervir no mundo de forma
madura e autônoma, autonomia no sentido de compreensão, de poder de decisão e
de escolha e ainda de construção. Que esse indivíduo compreenda que ele faz parte
de uma sociedade, que se transforma e que ele, enquanto agente dela, tem que estar
preparado para acompanhar e participar dessas transformações.
Assim sendo, a proposta de Educação a Distância que pretende a promoção do
ensino, ensejando que o aluno aprenda com as novas tecnologias interativas,
pretende sim a sua promoção social, por meio da interação pela interatividade. O
conceito de interatividade, como mais um recurso para a intervenção do aluno no
processo de aprendizagem, de forma que a sua participação possa influenciar outros
e a si mesmo. Todavia, caberá ao professor pesquisar e propor situações e/ou
atividades que levem em consideração os recursos que a tecnologia oferece para
ampliar o mundo do aluno, numa perspectiva de reconstrução e de aprendizagem
colaborativa. As novas tecnologias interativas permitem a participação, a intervenção,
a bidirecionalidade e a multiplicidade de conexões.
79
http://blogues.publico.pt/pagina23/2013/02/27/a-unesco-preconiza-o-uso-educativo-das-novas-tecnologias-moveis/
80
AULA 22
http://sociedaderedenovastecnologiasrp.blogspot.com.br/
81
As funções psicológicas superiores, que compreendem a consciência, a
intenção e o planejamento, dizem respeito ao estabelecimento das relações sociais
que aparecem, primeiramente sob a forma de processos intermentais, ou
interpessoais, que significa que o conhecimento se dá entre as pessoas, num contexto
externo para depois passar para processos intramentais ou individuais, o processo é,
neste caso, interno.
Portanto, é do social para o individual que o homem se constitui, de fora para
dentro, o que significa dizer que o homem tem características próprias, mas necessita
da experiência do outro para viver melhor. Já para o entendimento do processo de
internalização compreende-se que a aprendizagem se dá mediante a reconstrução
interna de uma operação externa, ou seja, quando o sujeito consegue reconstruir um
conhecimento existente, resultado dos processos interpsicológico e intrapsicológico.
Todos esses processos cognitivos têm como base a mediação: enquanto
sujeito do conhecimento o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso
mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que
dispõe, portanto enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada
por várias relações.
Por último, destaco o conceito da zona de desenvolvimento proximal, como um
dos níveis de desenvolvimento pelo qual a criança passa no processo de aquisição
do conhecimento e que serve para indicar o nível de desenvolvimento em que se deve
intervir para que a criança avance e aprenda o conhecimento em potencial.
Segundo Vygotsky (1998), a capacidade de a criança realizar tarefas sozinha
representa o nível de desenvolvimento real, que representa resultado de processos
maduros. Neste nível, a criança já tem consolidado o conhecimento. Já o nível de
desenvolvimento potencial, significa o conhecimento que está por vir, aquele que pode
ser internalizado, e que foi detectado na zona de desenvolvimento proximal.
Representa o conhecimento que pode ser alcançado com a ajuda do outro, de um
colega, pais, professores, ou mesmo, por qualquer objeto sociocultural. Por isso, as
potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o processo de
ensino-aprendizagem, como forma ativar os seus esquemas cognitivos ou
comportamentais nas variadas situações de aprendizagem.
Em termos gerais, Vygotsky (1998) trouxe para a educação reflexões que
permitem pensar a prática pedagógica sob ótica da aprendizagem. Para ele a
82
concepção de ensino e aprendizagem inclui, por um lado, a ideia de que quem ensina
e quem aprende não se refere necessariamente a situações em que haja um educador
fisicamente presente e que a presença do outro social pode se manifestar por meio
de objetos, do próprio ambiente, dos significados que rodeia o mundo cultural do
indivíduo.
Neste contexto sóciointeracionista, vislumbra-se a Educação a Distância como
uma modalidade que se utiliza de dinâmicas participativas de cooperação e de
comunicação, regras flexíveis, do desenvolvimento da criatividade e da
individualidade. O aluno é quem constrói seu próprio conhecimento, sendo auxiliado
pelo Tutor/Professor, que o ajuda, instiga-o a avançar e a aguçar a curiosidade.
Acompanha o processo de construção do conhecimento do aluno, sempre atento ao
fato de que cada ser humano tem sua forma peculiar de aprendizagem, exercendo,
assim, papel de mediador da aprendizagem.
Esta teoria pode ser aplicada em EAD, pois respeita o ritmo do aluno,
considerando-o como um ser único, sendo ele, aluno, o sujeito da aprendizagem. O
fato de o ensino e a aprendizagem serem veiculados e processados por uma máquina,
não minimiza, como já foi dito, o papel do professor, que nesta propositura tem a
função de mediador e, portanto, será responsável pelo material didático postado no
ambiente virtual. De acordo com a concepção sócio interacionista, o material deverá
ser atrativo, favorecer o questionamento, a reflexão e, consequentemente, a
reelaboração do conhecimento. Também, deverão prezar pela interação entre os
colegas e, por conseguinte, pela socialização do conhecimento. A aprendizagem é,
pois, vista como atividade de elaboração conceitual em um ambiente caracterizado
pela interação.
As atividades propostas para a educação a distância, portanto, devem
considerar a questão da capacidade individual do aluno e por isso, oferecer atividades
que venham a contribuir com o seu avanço intelectual. Para tanto, deve-se propor
atividades que permitam o feedback, a devolutiva com as orientações necessárias, de
forma que o aluno seja obrigado e motivado a repensar o conhecimento existente. A
proposta deve ser desafiadora e problematizadora. O professor, enquanto mediador,
deve avaliar o aluno, a partir de sua capacidade de entendimento e de sua produção
oral e escrita. Os conteúdos propostos devem considerar o contexto sócio-histórico-
cultura, no qual estão inseridos os alunos, e os objetivos do curso.
83
AULA 23
http://blogpedagogiacantinhodosaber.blogspot.com.br/
84
Quando pensamos em tecnologia a favor da educação, devemos vê-la como
um conjunto de ferramentas que proporciona ao professor várias vantagens, como a
praticidade para adquirir as informações necessárias à construção do conhecimento
ao longo da sua vida. A soma dos métodos antigos com as novas descobertas
linguísticas e tecnológicas vem dando aos professores, que a aderiu, suporte
necessário no desenvolvimento das suas atividades.
Usar a tecnologia a favor da educação é saber utilizá-la como suporte auxiliar
na busca da qualidade do processo educacional. Os novos recursos tecnológicos são
para ajudar o professor no processo de ensino aprendizagem e cabe ao professor
perceber qual recurso deve, quando e como usar.
A pesquisa científica deve fazer parte da vida do educador. Assim o professor
supera um conhecimento já existente sobre um determinado assunto e abre um novo
mundo de descoberta por meio da curiosidade e do interesse de cada um sabendo,
claro, separar o que é seu, do que é do outro, respeitando as informações que foram
obtidas por meio desta busca.
O educador precisa ser flexível, paciente ou crítico naquilo que se propõe fazer
e ser. Esse mesmo compromisso deve assumir ao orientar seus alunos para a vida.
Mostrar ao jovem aluno que é necessário sempre fazer uma seleção coerente e
planejar tudo que se pretende alcançar. Assim também deve acumular conhecimentos
de modo que venha atender às exigências que a vida pode estar propondo
futuramente.
A Educação sempre foi e sempre será um processo composto de detalhes que
se utiliza de algum meio de comunicação como instrumento ou suporte visando
alcançar a qualidade no processo de ensino/aprendizagem e objetivando o melhor
desempenho na ação do professor, na interação pessoal e direta com seu público.
As tecnologias na escola elevarão o nível de desenvolvimento dos sentidos, e
as novas tecnologias estimularão a ampliação dos limites dos sentidos e com isso o
potencial cognitivo do ser humano. As ferramentas tecnológicas vêm provocando
visíveis transformações nos métodos de ensinar e na própria forma do discurso escrito
que apresentam considerável adaptação ás novas tecnologias.
A resistência à aquisição de novos conhecimentos é um fator negativo no
processo de formação cultural intelectual do indivíduo na relação ensino-
aprendizagem. Assim, como enfrentar os novos desafios?
85
Como ferramenta pedagógica, a Internet deve ser utilizada com cautela para
que não prejudique o desenvolvimento de suas principais habilidades como o saber-
fazer, dando-lhe informações prontas que podem ser “copiadas e coladas” sem sequer
ter sido feita uma leitura prévia. Essa prática tem sido comum e vem despertando a
aplicação, por parte de alguns administradores, da censura restringindo o uso da
internet e impedindo o acesso, principalmente, de páginas sociais como Orkut, MSN
e mesmo a vídeos do YouTube. Os problemas, no entanto, não param por aí. As novas
tecnologias usadas na educação requerem professores capacitados que saibam como
utilizá-las em benefícios do aprendizado do aluno, mas o que se percebe é uma
reação negativa de muitos educadores a essas inovações. Muitos insistem em utilizar
métodos tradicionais de ensino por não saberem lidar com novos instrumentos
tecnológicos. “[...] o homem está irremediavelmente preso às ferramentas
tecnológicas em uma relação dialética entre a adesão e a crítica ao novo”. (PAIVA,
2008. p.1).
A adesão das novas tecnologias na educação é extremamente importante, uma
vez que facilita o acesso ao conhecimento e permite que o aprendiz tenha autonomia
para escolher entre as diversas fontes de pesquisas. “Os recursos da web 2 oferecem
ao aprendiz tecnologia que lhe permite, efetivamente, usar a língua em experiência
diversificadas de comunicação”. (PAIVA, 2008. p.10). As novas tecnologias levarão o
homem a uma evolução mais rápida e ao conhecimento mais preciso. É necessário,
apenas, dominá-las.
86
AULA 24
https://www.linkedin.com/pulse/o-uso-de-novas-tecnologias-na-educa%C3%A7%C3%A3o-e-
mudan%C3%A7a-da-pr%C3%A1tica-oliveira
87
merecem a melhor educação que podemos oferecer a eles. Ao professor cabe o papel
de preparar bem as aulas oferecendo desafios e questões interessantes para os
alunos, explorando da melhor maneira possível os recursos que o computador lhe
oferece. Cabe a ele também estimular a reflexão crítica e competente dos alunos em
relação aos elementos linguísticos envolvidos nas leituras e produções de texto dos
alunos.
Sabe-se que há textos mal escritos e com informações equivocadas que às
vezes estarão ao alcance dos alunos na Internet. Isso não pode ser encarado como
um problema. O professor que está consciente desse fato, alertará seus alunos para
ele e, inclusive, usará os textos com problemas em discussões com os alunos a
respeito do uso de mecanismos linguísticos, da estruturação e organização dos textos,
para fazer críticas à estrutura argumentativa, entre muitas outras reflexões que um
texto mal escrito pode suscitar.
E por que não fazer um trabalho interessante de reescrita desses textos? Cada
grupo de alunos pode escolher um texto para apontar os problemas e propor soluções
para os problemas encontrados. É justamente a riqueza na variedade de textos que
se pode encontrar na Internet que a torna tão fascinante e tão útil ao professor de
português.
http://educacaocominovacao.blogspot.com.br/2011/02/charge-02-charge-02-charge-03.html
88
AULA 25
https://professordigital.wordpress.com/2009/05/04/projetos-educacionais-e-tecnologias-digitais/
89
O bom uso e a exploração das tecnologias como ferramenta auxiliar ao ensino
de Língua Portuguesa auxiliam muito na aquisição de novos conhecimentos dos
alunos e complementam a prática pedagógica da sala de aula.
O papel do professor no processo de ensino da Língua Portuguesa é introduzir
no ambiente dos alunos elementos capazes de provocar uma situação conflitual, que
poderá levá-los a aprender, dependendo do modo que agirão a partir desse conflito.
A ação pedagógica deve caracterizar-se por atividades didáticas que auxiliem os
alunos a se apropriarem do saber e não apenas a recebê-lo, pois receber não implica
necessariamente em aprender.
O uso da informática na Língua Portuguesa passa a ser uma ciência onde há a
busca pela descrição, pela explicitação, pela análise e decomposição dos
comportamentos inteligentes em pequenos módulos. O ensino pode ser considerado
como sendo mais do que uma simples ferramenta de transmissão de conhecimentos.
http://tecnologianaeducaotics.blogspot.com.br/p/charges.html
90
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
91
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
92
QUESTÃO 04
QUESTÃO 05
QUESTÃO 06
Segundo Bonilla,
“A partir do lançamento do Livro Verde do Programa Sociedade da Informação no
Brasil, em 2000, um novo tema de discussão toma o cenário nacional – a inclusão
93
digital; no entanto, este só começa a ser incorporado pelas escolas a partir de 2007,
com a reformulação do Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo.
Apesar do tema estar presente nos documentos oficiais, ainda está distante das
práticas pedagógicas, uma vez que continua a percepção de que inclusão digital está
numa dimensão e educação em outra.”
Em outras palavras, a autora afirma:
a) Dois programas de iniciativa governamental foram criados desde o ano 2000,
através de documentos oficiais, com o objetivo de estimular a inclusão digital.
b) Apesar de a inclusão digital ser um tema discutido desde o início dos anos 2000,
inclusive em documentos oficiais, ela ainda é vista de forma desvinculada da
educação.
c) Com exceção do Livro Verde, de 2000, e do Programa Nacional de Informática na
Educação, de 2007, não há nas práticas pedagógicas a percepção sobre a inclusão
digital.
d) Mesmo com a reformulação do Programa Nacional de Informática na Educação –
ProInfo – as escolas não percebem a importância da inclusão digital.
QUESTÃO 07
O gráfico abaixo apresenta alguns dados colhidos por uma pesquisa encomendada
pela Fundação Victor Civita sobre o uso das tecnologias na Escola e publicado na
Edição Especial de dezembro de 2009 da Revista Nova Escola:
94
A partir da leitura desse gráfico, podemos afirmar que a atuação de um professor
formador responsável pela sala de informática:
a) Não influi de maneira significativa no acesso aos computadores da escola, já que o
professor de cada disciplina se responsabiliza por essa atividade.
b) Não influi de maneira significativa no acesso aos computadores da escola, já que o
uso dos computadores com fins pedagógicos continua restrito à equipe escolar.
c) Motiva a que professores e alunos utilizem os computadores em atividades
complexas de aprendizagem em mais da metade das escolas analisadas.
d) Motiva a que alunos utilizem os computadores em atividades complexas de
aprendizagem em mais de um terço das escolas analisadas.
QUESTÃO 08
95
QUESTÃO 09
96
AULA 26
http://tecnologia.culturamix.com/noticias/como-usar-a-tecnologia-na-educacao
98
como mediadoras para a construção do conhecimento. A presença das tecnologias
na educação é indispensável, pois estas objetivam escolarizar as atividades da
sociedade, adequando-as aos seus objetivos, permitindo assim uma compreensão
profunda do mundo e enriquecendo o conhecimento.
Atualmente, existe uma infinidade de tecnologias que contribuem na parte
pedagógica, que proporcionam novas formas de transmissão e articulação do
conhecimento, mais atrativas, mais dinâmicas, tornando a aprendizagem do aluno
mais interessante, por exemplo, TV, DVD, câmeras, videocassete, retroprojetor, rádio,
computador, projetor, internet etc. Por meio dessas tecnologias, como o computador
conectado a um projetor e com som, é possível ilustrar as aulas, tornando-as mais
atrativas, possibilitando aos alunos vivenciar situações reais do conteúdo que está
sendo abordado. Um filme, um documentário, ilustrações ou até mesmo uma simples
apresentação de slides, complementando a aula expositiva, torna-a mais dinâmica,
atraindo a atenção dos alunos, gerando, dessa forma, maiores possibilidades de
construção do conhecimento. E uma aula com internet? Quantas possibilidades não
são encontradas na rede mundial de computadores? Quem nunca utilizou a internet
como recurso didático-pedagógico?
Hoje, tudo o que se precisa é encontrado na internet. Através dela são possíveis
“viagens” incríveis, ter acesso a bibliotecas, ambientes, jogos, simulações, que
possibilitam uma infinidade de novos conhecimentos e que vem a complementar o
processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, existem diversos sites de jogos
educativos, onde, brincando, os alunos aprendem, explorando o conteúdo em estudo
de uma forma totalmente diferente da tradicional. Também existem diversos sites que
possibilitam a aplicação de simulações e desafios, permitindo ver na prática a teoria
estudada. Outro exemplo que também pode ser citado são os blogs construídos por
professores, que sempre são atualizados com informações que agregam
conhecimento aos alunos, por meio de leituras complementares relacionadas com os
conteúdos em estudo, e os próprios alunos também podem fazer comentários,
gerando assim uma construção coletiva e colaborativa do conhecimento.
São apenas essas as aplicações da tecnologia? São só esses os exemplos de
tecnologias? Não, existem muitas aplicações e muitas tecnologias disponíveis,
permitindo uma diversidade de formas de utilização, possibilitando a diversificação na
sala de aula.
99
Da união entre tecnologia e conteúdos nascem oportunidades de ensino,
entretanto é necessário analisar se essas oportunidades são significativas, por
exemplo, quando as tecnologias ajudam a enfrentar desafios atuais, como encontrar
informações na internet e se localizar em um mapa virtual. Em outros casos, porém,
ela é dispensável, como no crescimento de uma semente, que não faz sentido ver em
uma animação se é possível ter a experiência real.
http://fazdecontaquesei.blogspot.com.br/2012/08/a-inclusao-da-tecnologia-na-educacao.html
100
AULA 27
http://tecnologia.culturamix.com/noticias/como-usar-a-tecnologia-na-educacao
101
gestão do conhecimento, na forma de conceber, armazenar e transmitir o saber,
dando origem, assim, a novas formas de simbolização e representação do
conhecimento.
Diante desses avanços tecnológicos, existe o desafio da mudança no trabalho
do professor, pois este precisa se adequar a uma nova postura, deixando de ser um
simples transmissor do conhecimento, para ser um orientador do processo de ensino-
aprendizagem, pois os alunos já vêm com uma grande bagagem de informações de
casa, proporcionadas pela TV, rádio, internet, celular, sendo necessária a organização
dessas informações para que a construção do conhecimento realmente aconteça;
caso contrário, de nada adianta toda essa tecnologia se não conseguimos fazer com
que o aluno adquira esse conhecimento.
São notáveis os benefícios da tecnologia na educação, entretanto ainda é
encontrada grande discussão entre os professores sobre o uso dessas tecnologias.
Existem duas vertentes: aqueles professores interessados na utilização da tecnologia,
que se preparam, buscam o conhecimento para o uso desses recursos e os aplicam
em sala de aula, proporcionando novas formas de ensinar e aprender, auxiliando no
processo de ensino-aprendizagem, e aqueles professores indecisos, inseguros,
hesitantes com esse novo método, principalmente por achar que os recursos vão
substituí-los. Uma forma equivocada de se pensar, pois o professor nunca será
substituído, já que ele é fundamental.
A mudança é dada pela substituição das formas do processo de ensino-
aprendizagem e, à medida que evoluímos, precisamos acompanhar as mudanças e
adequá-las à nossa prática docente, deixando de lado apenas o trabalho com o modo
tradicional de ensino, embutindo nesse modo os avanços existentes, que
proporcionam uma nova forma de aprender mais concreta.
O professor deve ter em mente que a tecnologia vem como um recurso, um
suporte a mais para o processo de ensino-aprendizagem, como uma ferramenta de
apoio, um instrumento inovador, tornando a aprendizagem mais eficiente e eficaz, e o
professor deve estar em processo permanente de aprendizagem e ter uma postura de
pesquisador, investigador e crítico.
A própria sociedade atual exige a mudança dos professores, porque ela
demanda profissionais críticos, criativos, com capacidade para aprender a aprender,
de trabalhar em equipe e conhecedores de diversos saberes, incumbindo ao professor
102
formar esse profissional que construa o seu próprio conhecimento e que desenvolva
as competências exigidas pelo mercado de trabalho.
Precisamos de professores conscientes, que saibam utilizar os benefícios dos
recursos tecnológicos em favor da formação dos alunos, cientes das possibilidades
que essa nova forma de ensino-aprendizagem proporciona para o futuro cidadão.
Observamos as mudanças de paradigmas que estão ocorrendo, tratando as
abordagens de aprendizagem como abordagem heterônoma e abordagem autônoma,
que, embora tenham suas particularidades metodológicas, possuem o mesmo
objetivo, ou seja, a aprendizagem.
A abordagem heterônoma, que é a aprendizagem tradicional, é aquela que
conhecemos, que vivenciamos na escola, onde o professor é o responsável pelo
processo de ensino-aprendizagem, porém, atualmente, com as mudanças e
evoluções que estão acontecendo, estamos nos deparando com uma nova prática
pedagógica, isto é, a abordagem autônoma, em que o aluno passa a ser o responsável
pela construção do conhecimento, o responsável pelo processo de ensino-
aprendizagem e o professor é um facilitador, mediador e orientador desse processo.
Os alunos têm acesso a quaisquer informações, de qualquer lugar do mundo, de
forma rápida, prática e atrativa; sendo assim, é imprescindível o replanejamento do
processo de ensino-aprendizagem, sendo o principal ponto desse processo, não mais
o professor, mas sim o aluno, o que ele precisa aprender.
103
AULA 28
https://12dimensao.wordpress.com/category/tecnologia-e-educacao/
104
ser efetivada com a contratação de professores com formação em Ciência da
Computação, construção de laboratório(s) com recursos computacionais, organização
do horário de utilização desse(s) laboratório(s) e alocação de mais disciplinas no
horário das turmas contempladas com o referido complemento curricular.
Porém, sob tal aspecto, corre-se o risco de que haja uma subutilização dos
recursos computacionais, pois é maior o risco de a Informática acabar servindo
apenas aos fins da própria Informática e, talvez, não fazendo jus ao adjetivo
"educativo".
Quando se trata, do uso de computadores como ferramentas auxiliares do
processo ensino/aprendizagem, há uma complexidade maior para sua
operacionalização pois, para que os recursos oferecidos pelos computadores possam
ser amplamente utilizados, faz-se necessário que todo corpo docente seja capacitado
e para tanto, deve ter sua resistência ao novo vencida. Além disso, a organização de
utilização do(s) laboratório(s) de Informática precisa disponibilizar horários e recursos
para o trabalho de diversas disciplinas e não para somente uma disciplina específica.
Cabe ressaltar, portanto, que;
105
http://pt.slideshare.net/auxiliadora974/slide-sobre-tecnologia-na-educao
AULA 29
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/12/escola-usa-jogo-virtual-para-ensinar-prevencao-contra-
enchentes-alunos.html
106
Os jogos de vídeo games e computadores conquistaram um espaço importante
na vida de crianças, jovens e adultos e hoje é um dos setores que mais cresce na
indústria de mídia e entretenimento. Estudos recentes da consultoria
PricewaterhouseCoopers estimam que em 2008 o faturamento do mercado de jogos
deverá superar o do setor de música, que sempre teve destaque econômico.
Com um faturamento bilionário os jogos digitais já assumiram um papel de
destaque na cultura contemporânea, levando diversos pesquisadores a
desenvolverem estudos para entender porque os jogos digitais são tão atraentes e
quais impactos causam na vida das pessoas.
Muitos jovens seduzidos pelos jogos digitais permanecem longos períodos
totalmente empenhados nos desafios e fantasias destes artefatos de mídia, dando a
impressão de que são imunes a distrações e que nada é capaz de desconcentrá-los.
Mas os jogos digitais costumam absorver muitas horas dos jogadores e consomem
um tempo que poderia ser aproveitado em outras atividades, como o estudo, por
exemplo. Isto gera reclamações entre pais e professores, pois gostariam que seus
filhos e alunos aplicassem nos estudos o mesmo nível de atenção e comprometimento
dedicado aos jogos.
Conseguir desviar a atenção que os estudantes dão aos jogos para atividades
educacionais não é tarefa simples. Por isso, tem aumentado o número de pesquisas
que tentam encontrar formas de unir ensino e diversão com o desenvolvimento de
jogos educacionais. Por proporcionarem práticas educacionais atrativas e inovadoras,
onde o aluno tem a chance de aprender de forma mais ativa, dinâmica e motivadora,
os jogos educacionais podem se tornar auxiliares importantes do processo de ensino
e aprendizagem.
Mas para serem utilizados com fins educacionais os jogos precisam ter
objetivos de aprendizagem bem definidos e ensinar conteúdos das disciplinas aos
usuários, ou então, promover o desenvolvimento de estratégias ou habilidades
importantes para ampliar a capacidade cognitiva e intelectual dos alunos.
Durante muitos anos se discutiu a possibilidade dos vídeo-games influenciarem
negativamente os jogadores e estimularem a violência em crianças e adolescentes.
Nos últimos anos, porém, aumentou o interesse para a pesquisa dos aspectos
107
positivos dos jogos, seus benefícios para os jogadores, potencialidades como recurso
didático e uso na educação.
Agora, ao invés das instituições de ensino fecharem as portas para os jogos,
existe um crescente interesse entre pesquisadores e professores em descobrir de que
formas os jogos digitais podem ser usados como recurso para apoiar a aprendizagem
e quais são os seus benefícios.
AULA 30
http://pt.slideshare.net/deborasebriam/games-na-educao
108
Mas para serem utilizados como instrumentos educacionais os jogos devem
conter ainda algumas características específicas para atender as necessidades
vinculadas à aprendizagem. Por isso os softwares educacionais, entre eles os jogos,
devem possuir objetivos pedagógicos e sua utilização deve estar inserida em um
contexto e em uma situação de ensino baseados em uma metodologia que oriente o
processo, através da interação, da motivação e da descoberta, facilitando a
aprendizagem de um conteúdo.
Quando preparados para o contexto educacional os jogos digitais podem
receber diferentes nomenclaturas. As mais comuns são jogos educacionais ou
educativos, jogos de aprendizagem ou jogos sérios (serious games), sendo que
alguns tipos de simuladores também podem ser considerados jogos educacionais.
Normalmente, quando se divulga a utilização de jogos educacionais, há um
destaque para o poder motivador dessa mídia. Mas o potencial deles vai muito além
do fator “motivação”, pois ajudam os estudantes a desenvolverem uma série de
habilidades e estratégias e, por isso, começam a ser tratados como importantes
materiais didáticos. A seguir são elencados alguns benefícios que os jogos digitais
educacionais podem trazer aos processos de ensino e aprendizagem:
Efeito motivador: Os jogos educacionais demonstram ter alta capacidade
para divertir e entreter as pessoas ao mesmo tempo em que incentivam o
aprendizado por meio de ambientes interativos e dinâmicos. Conseguem
provocar o interesse e motivam estudantes com desafios, curiosidade,
interação e fantasia. As tecnologias dos jogos digitais proporcionam uma
experiência estética visual e espacial muito rica e, com isso, são capazes
de seduzir os jogadores e atraí-los para dentro de mundos fictícios que
despertam sentimentos de aventura e prazer. Ter componentes de prazer e
diversão inseridos nos processos de estudo é importante porque, com o
aluno mais relaxado, geralmente há maior recepção e disposição para o
aprendizado.
Facilitador do aprendizado: Jogos digitais têm a capacidade de facilitar o
aprendizado em vários campos de conhecimento. Eles viabilizam a geração
de elementos gráficos capazes de representar uma grande variedade de
cenários. Por exemplo, auxiliam o entendimento de ciências e matemática
109
quando se torna difícil manipular e visualizar determinados conceitos, como
moléculas, células e gráficos matemáticos. Os jogos colocam o aluno no
papel de tomador de decisão e o expõe a níveis crescentes de desafios para
possibilitar uma aprendizagem através da tentativa e erro. Projetistas de
jogos inserem o usuário num ambiente de aprendizagem e então aumentam
a complexidade das situações e, à medida que as habilidades melhoram,
as reações do jogador se tornam mais rápidas e as decisões são tomadas
com maior velocidade.
Desenvolvimento de habilidades cognitivas: Os jogos promovem o
desenvolvimento intelectual, já que para vencer os desafios o jogador
precisa elaborar estratégias e entender como os diferentes elementos do
jogo se relacionam. Também desenvolvem várias habilidades cognitivas,
como a resolução de problemas, tomada de decisão, reconhecimento de
padrões, processamento de informações, criatividade e pensamento crítico.
Aprendizado por descoberta: Desenvolvem a capacidade de explorar,
experimentar e colaborar, pois o feedback instantâneo e o ambiente livre de
riscos provocam a experimentação e exploração, estimulando a
curiosidade, aprendizagem por descoberta e perseverança.
Experiência de novas identidades: Oferecem aos estudantes
oportunidades de novas experiências de imersão em outros mundos e a
vivenciar diferentes identidades. Por meio desta imersão ocorre o
aprendizado de competências e conhecimentos associados com as
identidades dos personagens dos jogos. Assim, num jogo ou simulador em
que o estudante controla um engenheiro, médico ou piloto de avião, estará
enfrentando os problemas e dilemas que fazem parte da vida destes
profissionais e assimilando conteúdos e conhecimentos relativos às suas
atividades.
Socialização: Outra vantagem dos jogos educacionais é que eles também
podem servir como agentes de socialização à medida que aproximam os
alunos jogadores, competitivamente ou cooperativamente, dentro do mundo
virtual ou no próprio ambiente físico de uma escola ou universidade. Em
rede, com outros jogadores, os alunos têm a chance de compartilhar
110
informações e experiências, expor problemas relativos aos jogos e ajudar
uns aos outros, resultando num contexto de aprendizagem distribuída.
Coordenação motora: Diversos tipos de jogos digitais promovem o
desenvolvimento da coordenação motora e de habilidades espaciais.
Comportamento expert: Crianças e jovens que jogam vídeo games se
tornam experts no que o jogo propõe. Isso indica que jogos com desafios
educacionais podem ter o potencial de tornar seus jogadores experts nos
temas abordados.
Embora seja difícil encontrar em um único jogo todas as potencialidades
apresentadas acima, procurou-se demonstrar como este tipo de mídia pode trazer
uma série de benefícios ao ser utilizada como recurso didático nas práticas de ensino.
http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/02/o-uso-de-ambientes-virtuais-de.html
111
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
112
QUESTÃO 02
LETRAMENTOS E EDUCAÇÃO
Com as novas tecnologias, a comunicação mudou e muitos são os desafios
colocados para a escola. Os principais são tornar o aluno um produtor de conteúdo
(considerando toda a diversidade de linguagem) e um ser crítico. Vídeos que mostram
um acontecimento, como a queda de um meteorito na Terra, ou que transmitem em
tempo real uma posse presidencial. Fotos que revelam a cultura de um povo. Áudios
que contam as notícias mais importantes da semana. A sociedade contemporânea
está imersa nas novas linguagens (algumas não tão novas assim). As informações
deixaram de chegar única e exclusivamente por texto. Tabelas, gráficos, infográficos,
ensaios fotográficos, reportagens visuais e tantas outras maneiras de comunicar estão
disponíveis a um novo leitor. O objetivo maior da informação, seja para fins
educacionais, informativos ou mesmo de entretenimento, é atingir de maneira eficaz
o interlocutor.
Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias e,
consequentemente, de diversas linguagens, incluindo aquelas que circulam nas mais
variadas culturas, deu-se o nome de multiletramentos. Segundo a professora Roxane
Rojo, esses recursos são “interativos e colaborativos; fraturam e transgridem as
relações de poder estabelecidas, em especial as de propriedade (das máquinas, das
ferramentas, das ideias, dos textos), sejam eles verbais ou não; são híbridos,
fronteiriços e mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas)”.
Assim como na sociedade, os multiletramentos também estão presentes nas
salas de aula. O papel da instituição escolar, diante do contexto, é abrir espaços para
que os alunos possam experimentar essas variadas práticas de letramento como
consumidores e produtores de informação, além de discuti-la criticamente. “Vivemos
em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes)
que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do
necessário e do desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que
aprender, que tenham flexibilidade e consigam colaborar com a urbanidade”, enfatiza
Roxane. (V3_CADERNOS IFT_Multiletramentos.indd).
Ao ler o texto, podemos deduzir sua temática central corretamente em:
113
a) A educação na sociedade contemporânea deve compreender o seu papel e não
aderir aos novos processos de comunicação introduzidos pela internet.
b) Vivemos numa sociedade letrada, na qual a escola é constantemente desafiada
diante das novas formas de comunicação por conta das novas tecnologias.
c) As informações no mundo em que vivemos nos chegam exclusivamente por texto
impressos com tabelas, gráficos, infográficos, reportagens visuais e tantas outras
maneiras de comunicar. d) O papel da instituição escolar, diante do contexto, é fechar
espaços para que os alunos não possam experimentar essas variadas práticas de
letramento.
QUESTÃO 03
QUESTÃO 04
No cenário atual há uma visão otimista com as possibilidades trazidas pelas novas
tecnologias às práticas da aprendizagem, como se elas automaticamente gerassem
uma relação social constituidora de nova consciência, mais ampliada e holística, com
melhor qualidade de vida e justiça social. Neste cenário, o desfio da escola é:
a) Compreender o novo momento com seus limites e possibilidades, buscando novas
formas de convivência social, em que a flexibilização e a interconexão em rede (sem
hierarquias) oportunizem a construção de projetos coletivos que articulem reações à
desigualdade e a exclusão social.
114
b) Oportunizar a construção de novos conhecimentos e subsidiar novas formas de
intervenção.
c) Ignorar as novas tecnologias.
d) Apenas a alternativa “a” está correta.
115
AULA 31
http://slideplayer.com.br/slide/3775352/
116
Os estudiosos da cognição, estudiosos da inteligência e da mente,
compreendem que o conhecimento é produzido internamente como uma construção
mental e individual do sujeito em uma relação que envolve o conhecimento existente
com o conhecimento novo. Não obstante, na prática, ainda prevalece um domínio dos
enfoques behavioristas no tocante à área da aprendizagem, privilegiando o meio na
relação de aprendizagem.
Uma tendência da psicologia cognitiva, influenciada principalmente pelos
trabalhos de Piaget, é o construtivismo. Nesta concepção, o pressuposto principal é
do sujeito como construtor do conhecimento. A aprendizagem é reconhecida como
um processo de reestruturação de conceitos prévios, que sempre existem em cada
indivíduo. Com base nesses conhecimentos, os conhecimentos novos são ancorados.
O construtivismo trata-se de um enfoque teórico que aborda o conhecimento como
uma construção humana de significados na interpretação do mundo. Portanto, é uma
teoria que busca enfocar as múltiplas faces do mundo vivido, onde os indivíduos são
observadores e analisadores das experiências dessa realidade, construindo e
percebendo de forma pessoal e particular, buscando interferir neste mundo.
A partir das contribuições dos autores considerados como os teóricos do
construtivismo, Vygotsky e Piaget, e das colocações de Jonassen, pode-se concluir
que a premissa fundamental do construtivismo é a do aluno/profissional como sujeito
ativo do seu próprio conhecimento.
A partir deste enfoque podemos compreender melhor o papel dos atores do
processo educativo; e especialmente os professores, que passam a ter postura de
orientadores ou facilitadores pedagógicos e preocupam-se em prover ambientes e
ferramentas que ajudem os alunos a interpretar as múltiplas perspectivas de análise
do mundo real, o que possibilita a construção de suas próprias perspectivas. David
Jonassen concebe a aprendizagem como possuindo algumas características
fundamentais para o desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem
construtivista: Ativa/manipulativa, Construtiva, Reflexiva, Colaborativa, Intencional,
Complexa, Contextual e Coloquial.
A interatividade, a cooperação e a autonomia são características essenciais em
um ambiente de aprendizagem construtivista. Para melhor explicitar estas categorias,
torna-se essencial esclarecer que estas foram definidas com base na abordagem de
117
autores que aprofundaram seus estudos sobre estes temas, como por exemplo:
Vygotsky, Piaget, Ausubel, Novak, Wilson, Moretto, Coll, Jonassen, dentre outros.
Vejamos agora as três caraterísticas primordiais para o aprendizado
construtivista:
1. Interatividade, envolve um relacionamento entre pessoas de experiências
diversas, entre ferramentas e atividades culturalmente organizadas. Ela
depende da relação entre grupos, desejos, motivações, culturas, interesses
individuais e sociais. Diante das considerações apresentadas, este estudo
toma como pressuposto que a interatividade é uma inter-relação mediatizada
pela comunicação que acontece durante o relacionamento de indivíduos e
grupos em uma comunidade de aprendizagem, onde os participantes avançam
em suas atividades e habilidades, realizando associações e interligando
informações através da participação com os outros nas atividades planejadas
pelo programa.
118
AULA 32
https://radiounifei.wordpress.com/2011/08/01/projeto-educacional-melhora-desempenho-de-aluno-em-escolas-
publicas-de-jose-de-freitas-no-piaui/
119
Apesar de naturalista, começou explorar outros campos, principalmente a
sistemática dos processos mentais, entrando em contato com grandes mestres da
psiquiatria e psicanálise na Alemanha e França. Em Paris, estagiou no Instituto Binet,
onde ficou encarregado pela padronização francesa de alguns testes ingleses.
A divulgação de Piaget no Brasil tem início no final da década de 20. Através
do Movimento da Escola Nova abriu-se espaço para a propagação de suas ideias.
Posteriormente essa divulgação ocorreu a partir dos anos 60, após a aprovação da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que criou espaço para a realização
de experiências pedagógicas nas quais educadores e pedagogos poderiam elaborar
e executar novas propostas e métodos de ensino. Nos anos 80 ocorreu a febre do
construtivismo escolar atingindo sistemas de ensino municipais e escolas particulares.
Piaget teve uma preocupação maior com o estudo do desenvolvimento mental
ou cognitivo, ou seja, com o desenvolvimento da forma como os indivíduos conhecem
o mundo exterior e com ele se relacionam. No quadro estão os principais períodos do
desenvolvimento mental e as características de cada um.
120
Piaget considera que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores
como: maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento dos
esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos), aprendizagem social
(aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais) e
equilibração (processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na
busca sucessiva de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido). De acordo com a
abordagem construtivista de Piaget, o indivíduo constrói significados pelas
experiências de acomodação e assimilação. O indivíduo entende novas experiências
relacionando-as com as experiências anteriores, o desequilíbrio ocorre. Este
desequilíbrio requer que o indivíduo reajuste seu esquema mental ou crie um novo
esquema para entender o evento que causou o desequilíbrio.
A interação com o ambiente faz com que o indivíduo construa estruturas
mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a
interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos
simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo
organismo ao longo da vida. A cognição irá se transformando em virtude de um
contínuo processo de experimentação dos conceitos elaborados pelo indivíduo, a
partir da ação. A aquisição do conhecimento é resultante do conflito conceitual entre
a realidade elaborada mentalmente pelo indivíduo e o fato concreto.
Piaget assumiu uma posição interacionista a respeito da inteligência. Para
Piaget o estudo da inteligência envolveria uma análise de como o ser humano se torna
progressivamente capaz de construir o conhecimento.
Segundo o construtivismo, todo e qualquer conhecimento é adquirido por um
processo de interações contínuas entre esquemas mentais da pessoa que conhece e
as peculiaridades do evento ou do objeto a conhecer. Não existem conhecimentos
resultantes do mero registro de observações. Todo o conhecimento pressupõe uma
organização que só os esquemas mentais do sujeito podem efetuar. O construtivismo
não é um método didático, trata-se da descrição da forma geral de funcionamento dos
seres vivos quando elaboram novas estruturas. O papel do professor se deduz a criar
situações que estimulem o processo construtivista do organismo com vistas à
elaboração de estruturas fundamentais de caráter universal das quais dependem as
aquisições de habilidades diversas, segundo o modelo cultural.
121
Nesse processo construtivista, Piaget distingue três tipos de funções: as
funções do conhecimento, da representação e da afetividade. Essas funções possuem
as seguintes características:
As funções do conhecimento se relacionam ao desenvolvimento intelectual,
em especial ao do pensamento lógico, o qual constitui um instrumento
essencial na adaptação do sujeito ao mundo exterior.
As funções da representação dizem respeito às vivências representadas por
meio de símbolos (individuais) ou signos (coletivos e arbitrários), graças à
função semiótica ou simbólica; a criança pode expressar-se, representar a
seu modo o vivido.
As vivências e os desejos pessoais com carga afetiva são expressados
preferencialmente pelo símbolo, pela imitação, pelo desenho e pelo jogo,
enquanto os conhecimentos intelectuais são melhor expressados por signos
coletivos.
Essas funções se desenvolvem de maneira interdependente, indissociável e
complementar. A ação, sendo física ou mental, para alcançar um objetivo necessita
de instrumentos fornecidos pela inteligência, revelando um poder. Ao mesmo tempo
é preciso o desejo, algo que mobilizará o sujeito para agir em direção ao objetivo,
revelando um querer, o qual se encontra circunscrito na afetividade. Em relação à
escola, segundo a visão de Piaget, deve partir dos esquemas de assimilação da
criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e
reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do
conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às
informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido
apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de
forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma
interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente
compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse
mundo provoca.
Pedagoga e mestre em educação, os principais objetivos da educação referem-
se à formação de homens criativos, inventivos e descobridores, de pessoas críticas e
122
ativas, e na busca constante da construção da autonomia. As implicações do
pensamento piagetiano para a aprendizagem:
Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das
atividades do aluno.
Os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como
instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural.
Primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao
invés de receber passivamente através do professor.
A aprendizagem é um processo construído internamente.
A aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito.
A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva.
A interação social favorece a aprendizagem.
Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da
aprendizagem.
AULA 33
http://filosofas2014.blogspot.com.br/2014_11_01_archive.html
123
desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico social. Sua questão central
é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. A partir de
1924, em Moscou, aprofundou sua investigação no campo da Psicologia,
enveredando também para o da Educação de Deficientes. No período de 1925 a 1934,
desenvolveu, com outros cientistas, estudos nas áreas de Psicologia e anormalidades
físicas e mentais. Ao concluir a formação em Medicina foi convidado para dirigir o
Departamento de Psicologia do Instituto Soviético de Medicina Experimental. Faleceu
em 11 de junho de 1934.
A divulgação e circulação de suas obras foram proibidas durante muito tempo
na União Soviética, porque embora fosse um militante do Partido Comunista, ele
ressaltou o aspecto individual da formação da consciência e, portanto, a concepção
de que uma coletividade constitui-se através de pessoas com singularidades próprias.
Ao dizer que o sujeito constitui suas formas de ação em atividades e sua
consciência nas relações sociais, Vygotsky aponta caminhos para a superação da
dicotomia social/individual. As origens da vida consciente e do pensamento abstrato
devem ser procuradas na interação do organismo com as condições de vida social, e
nas formas histórico-sociais de vida da espécie humana. Deste modo, procurou
analisar o reflexo do mundo exterior no mundo interior dos indivíduos, a partir da
interação destes sujeitos com a realidade.
As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos
remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo
de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao
papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente
daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções
psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.
Os níveis de desenvolvimento de acordo com Vygotsky são representados pelo
real e pelo potencial. O real é adquirido ou formado determinando o que a criança já
é capaz de fazer por si própria, revela a possibilidade de uma atuação independente
do sujeito. O potencial relaciona-se à capacidade de aprender com outra pessoa
(VYGOTSKY, 1998).
A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo abertura nas
zonas de desenvolvimento proximal (ZDPs) referentes à distância entre aquilo que a
criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com a intervenção de um adulto. A
124
aprendizagem e o desenvolvimento estão interrelacionados, um conceito que se
pretenda trabalhar, como por exemplo, em Física, requer sempre um grau de
experiência anterior para a criança.
A zona de desenvolvimento proximal refere-se, assim, ao caminho que o
indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de
amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas no seu nível
de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento proximal é, pois, um domínio
psicológico em constante transformação; aquilo que uma criança é capaz de fazer
com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã. É como se o
processo de desenvolvimento progredisse mais lentamente que o processo de
aprendizado; o aprendizado desperta processo de desenvolvimentos que, aos
poucos, vão tornar-se parte das funções psicológicas consolidadas do indivíduo. O
desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação
social com materiais fornecidos pela cultura, sendo que o processo se constrói de fora
para dentro. Para Vygotsky, a atividade do sujeito refere-se ao domínio dos
instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma atividade mental.
Segundo Vygostsky (1988), o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque
forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na
troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos,
papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria
consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social (relações
interpessoais), para o plano individual interno (relações intrapessoais). Não se
concebe uma construção individual sem a participação do outro e do meio social, o
que torna imprescindível a relação intersubjetiva, pois é nesse espaço relacional que
há a possibilidade do conhecimento.
Dessa forma a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional
desencadeia o processo ensino-aprendizagem. A escola tem a função de favorecer o
desenvolvimento de certas capacidades, em lugar de limitar as possibilidades de
aprendizagem ao desenvolvimento real, como ainda acontece em nossas escolas. O
professor tem o papel explícito de interferir no processo educacional. Portanto, é papel
do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua
interferência na zona proximal. O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem,
125
mas, aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como:
valores, linguagem e o próprio conhecimento.
Em relação aos softwares educativos (SE) como ferramenta do processo de
ensino-aprendizagem, deve-se esperar que possua as seguintes características e
atuações: O SE deve ser um instrumento efetivo capaz de ampliar as possibilidades
de conhecimento do aluno, à medida que considere necessária articulação dos
conceitos espontâneos (conhecimentos prévios) com os conhecimentos que se deseja
levar o aluno a construir (conhecimentos científicos), e que explore as possibilidades
de interação intra e intergrupos visando a um trabalho didático capaz de privilegiar as
diferentes ZDPs dos alunos.
AULA 34
http://idtoolbox.eseryel.com/seymour-paperts--constructionism.html
126
e 1968, desenvolveu uma linguagem de programação totalmente voltada para a
educação, o Logo, tendo como base a teoria de Piaget e algumas ideias da
Inteligência Artificial. Logo é uma linguagem de programação simples e estruturada
voltada à educação, que tem como objetivo permitir que uma pessoa se familiarize,
através do seu uso, com conceitos lógicos e matemáticos através da exploração de
atividades espaciais que auxiliam o usuário a formalizar seus raciocínios cognitivos.
Através do Logo as crianças podem ser vistas como construtoras de suas
próprias estruturas intelectuais. Ao utilizar o Logo, o computador é considerado uma
ferramenta que propicia à criança as condições de entrar em contato com algumas
das mais profundas ideias em ciências, matemática e criação de modelos. Ao
trabalhar com a Linguagem Logo, o erro é tratado como uma tentativa de acerto, ou
seja, uma fase necessária à nova estruturação cognitiva. O Logo envolve todo o
ambiente de aprendizagem. A abordagem Logo não é apenas a linguagem de
programação, mas principalmente uma forma de conceber e de utilizar as novas
tecnologias em Educação, abrangendo todo o ambiente de aprendizagem, que
envolve não só o aluno, o computador e o software, mas também o professor, os
demais recursos disponíveis no ambiente e as relações que se estabelecem entre
esses elementos.
Com essa concepção passa-se a adaptar e aplicar o construcionismo em
práticas pedagógicas com outros softwares, destacando-se os mais abertos, como os
sistemas de autoria, processadores de texto, editores de desenho, planilhas
eletrônicas, gerenciadores de banco de dados, redes de computadores, programas
de simulação e modelagem, etc.
Inicialmente a linguagem Logo foi implementada em computadores de médio e
grande porte, fato que fez com que, até o surgimento dos microcomputadores, o uso
do Logo ficasse restrito às universidades e laboratórios de pesquisa. As crianças e
professores se deslocavam até esses centros para usarem o Logo e nessas
circunstâncias os resultados das experiências com o Logo se mostraram interessantes
e promissores. O Logo foi a única alternativa que surgiu com uma fundamentação
teórica diferente no uso do computador na educação. Era passível de ser usado em
diversos domínios do conhecimento e com muitos casos documentados que
mostravam a sua eficácia como meio para a construção do conhecimento.
127
A comunidade pedagógica só passou a incorporar as ideias de Papert a partir
de 1980, quando ele lançou o livro Mindstorms: Children, Computers and Powerful
Ideas. Esse livro mostrava caminhos para utilização das máquinas no ensino. Com a
disseminação dos microcomputadores, o Logo passou a ser adotado e usado em
muitas escolas. No período de 1983 até 1987 aconteceu uma verdadeira explosão no
número de experiências, na produção de material de apoio, livros, publicações e
conferências sobre o uso do Logo.
http://slideplayer.com.br/slide/1611985/
128
AULA 35
http://pt.slideshare.net/123cristina/psicologia-gentica-piaget
130
as implicações pedagógicas dos resultados de suas pesquisas sobre o
desenvolvimento intelectual das crianças.
Até os anos oitenta, a maioria dos piagetianos se dedicava aos aspectos
estruturais dos estágios de desenvolvimento da criança, a partir daí houve um
aumento de interesse pela pesquisa dos aspectos funcionais, ou seja, pela concepção
construtivista e interacionista do desenvolvimento. Diante deste contexto, leituras
parciais e distorcidas, bem como apropriações práticas indevidas da teoria
construtivista se difundiram no Brasil, o que gerou confusão nos professores que
trabalhavam de maneira tradicional e que passaram a realizar atividades basicamente
mecânicas com as crianças, distorcendo, assim, a teoria de Piaget, a qual não é
voltada para a ação pedagógica, mas para a construção do sujeito epistêmico.
http://cmapspublic.ihmc.us/rid=1HXD6M860-27GBX79-2LS/Piaget.cmap
131
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
Na concepção construtivista da aprendizagem e do ensino, segundo Coll et alii (2006),
a escola
a) preocupa-se unicamente com o desenvolvimento cognitivo dos educandos, daí o
trabalho com as competências cognitivas.
b) contribui para o desenvolvimento global dos educandos, incluindo as capacidades
de equilíbrio pessoal e de inserção social.
c) desconsidera o caráter social e socializador que alguns teóricos procuram impor a
ela, passando a preocupar-se com a instrução dos alunos.
d) enfatiza o caráter ativo da aprendizagem, aceitando que esta é fruto de uma
construção na qual intervém apenas o sujeito que aprende.
QUESTÃO 02
Para Mauri, em Coll (2006), aprender consiste em construir conhecimento que já
existe na cultura (social e historicamente elaborado). É justamente esse processo de
elaboração pessoal que permite que o sujeito desenvolva sua mente, seu pensamento
e, em suma, suas diferentes capacidades, vivenciando uma aprendizagem
significativa.
Para que isso ocorra, o professor deverá
a) proporcionar atividades a serem realizadas pelo aluno de maneira solitária,
justamente para garantir a internalização dos saberes culturais implicados, sem
interferências, representando aquilo que foi aprendido.
b) proporcionar uma aprendizagem com memorização compreensiva do conteúdo, o
que permite ao aluno reproduzir posteriormente, em situações similares, o que foi
aprendido, aumentando sua autoestima.
c) corrigir os erros dos alunos e, a partir deles, mostrar a alternativa correta e solicitar
que a copiem para fixar o conteúdo de forma a permitir maior reflexão sobre o estudo
realizado e evitar os mesmos erros.
132
d) oferecer desafios para que os alunos utilizem os conhecimentos que já possuem,
problematizando a realidade em que vivem, buscando respostas na interação com
outros, construindo novos conhecimentos e a si mesmos.
QUESTÃO 03
Sobre os postulados teóricos de Piaget e Vygotsky, podem ser consideradas corretas
as afirmações contidas em:
a) Piaget defende uma perspectiva construtivista do conhecimento, enquanto
Vygotsky defende uma concepção inatista do desenvolvimento;
b) Piaget sustenta que a construção do conhecimento procede do social para o
individual, ao passo que Vygotsky explicita a importância da mediação simbólica nos
processos de aprendizagem;
c) Piaget é um teórico construtivista por defender a ideia de construção do
conhecimento, enquanto Vygotsky revela-se como teórico interacionista por
fundamentar-se nas noções de equilíbrio e estrutura;
d) Piaget define o desenvolvimento como um processo de equilibração progressiva,
enquanto Vygotsky atribui à linguagem um papel fundante no psiquismo humano.
QUESTÃO 04
Com base na Teoria Piagetiana, relacione os conceitos da primeira coluna de acordo
com as definições apresentadas na segunda coluna:
1. Adaptação
2. Assimilação
3. Acomodação
4. Organização
5. Esquema
6. Estrutura
7. Invariantes
8. Funcionais Estágio
( ) É a unidade estrutural básica de pensamento e ação. É usado para processar e
identificar a entrada de estímulos. É construído pelo sujeito individualmente pelos
processos de assimilação e acomodação. Refere-se aos comportamentos possíveis
à cada estrutura.
133
( ) É um dos componentes do desenvolvimento cognitivo. São maneiras de
organização do pensamento. São sistemas de esquemas que se relacionam e se
conservam buscando o equilíbrio. É o ‘órgão’ que o indivíduo possui para se relacionar
com o ambiente. As mudanças consistem no desenvolvimento intelectual.
( ) É um meio para compreender o processo de desenvolvimento do ser humano. São
formas de interagir com o ambiente que têm características semelhantes. Traduzem
diferentes formas de organização mental e de diferentes estruturas cognitivas. É um
instrumento metodológico, de classificação, que descreve o desenvolvimento do
pensamento ao longo de um continuum.
( ) É a tendência e habilidade de todas as espécies de sistematizar seus processos
em sistemas coerentes. Se não fosse essa característica, a cada desequilíbrio o
sistema acabaria.
( ) É a essência do funcionamento biológico e do funcionamento intelectual. Todos os
organismos vivos possuem e ocorre por meio de dois processos básicos.
( ) É um processo cognitivo em que o sujeito integra um novo dado aos esquemas já
existentes de modo a incorporá-lo à estrutura existente do sistema e que explica o
crescimento dos esquemas.
( ) É a variação de um esquema, a criação de novos esquemas ou a modificação de
velhos esquemas, e que explicam o desenvolvimento dos esquemas.
( ) É um dos conceitos mais fundamentais da teoria que explica o modo de
funcionamento intelectual e que constitui nossa herança biológica geral e permanece
constante durante toda vida. A sequência CORRETA é:
a) 8, 4, 6, 7, 1, 2, 3, 5.
b) 5, 6, 8, 4, 1, 2, 3, 7.
c) 5, 6, 7, 1, 4, 3, 2, 8.
d) 8, 5, 6, 1, 4, 3, 2, 7.
134
AULA 36
http://www.filorbis.pt/filosofia/psicCorrent03.html
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/psicologia/piaget_d.htm
136
AULA 37
http://teoriasdaaprendizagemeisu.blogspot.com.br/2011/11/pois-o-legado-de-sua-teoria-nao.html
137
alunos (…) quando querem aprender pelo gosto de aprender, porque estão
interessados no assunto. Ajudar os colegas vem (…) do gosto pelo esforço coletivo.
Os alunos aprendem em conjunto sem o recurso a notas, prémios ou outras
recompensas ou castigos. Dado que o gosto de aprender, por si só, catapulta ambos
os fatores alvo da intervenção para perto da meta, a aprendizagem colaborativa e
cooperativa não poderiam deixar de pertencer ao conjunto de estratégias deste
projeto. Resta clarificar as diferenças entre ambas, salientando caraterísticas com
interesse para o caso em questão.
A base da aprendizagem cooperativa e colaborativa é o construtivismo. A
aprendizagem colaborativa requer trabalho conjunto no sentido de um objetivo comum
(…) os alunos são responsáveis pela aprendizagem dos outros assim como pela sua
e atingir o objetivo implica os alunos ajudaram-se mutuamente na compreensão e na
aprendizagem. Por outro lado, a aprendizagem cooperativa é um processo com o
objetivo de facilitar a consecução de um produto final específico ou objetivo através
de trabalho em grupo. A supervisão do professor é necessária na aprendizagem
cooperativa, enquanto que na colaborativa os alunos têm praticamente toda a
responsabilidade de trabalharem em conjunto, construírem o conhecimento em
conjunto, (…) melhorarem em conjunto.
http://pt.slideshare.net/joanapontes/piaget-construtivismoiippt
138
AULA 38
http://www.ohistoriante.com.br/construtivismo.htm
139
objetivam a adoção e a integração de ferramentas no contexto educacional brasileiro
está, presente há algumas décadas.
É o caso da internet que chegou visivelmente no início da década de 80 e vem
viabilizando a implementação de cursos à distância permitindo o encontro de
professores e alunos não somente em salas de aula como também através de redes,
provocando a revisão da estrutura disciplinar e mudanças básicas do ensino
presencial brasileiro. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conhecida como Lei
de Diretrizes e Bases (LDB) (BRASIL, 1996), amplia a dimensão axiológica do termo
educação colocando-o em um sentido abrangente, tratando não apenas da educação
formal, a não-formal, a continuada, a ambiental e outras já conhecidas, como também
da educação a distância.
Assim, na década de 90 com a LDB (BRASIL, 1996), percebe-se claramente a
necessidade do ensino mediado pela tecnologia, incorporando o ensino a distância ao
presencial. O Art. 32, parágrafo 4º da LDB (BRASIL, 1996, grifos do autor), aponta
que como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais o Ensino
Fundamental poderá ser à distância e reflete sobre a consequente ampliação das
possibilidades de acesso ao Ensino Fundamental (sendo democratizante), incluindo a
instrumentação eletrônica nos materiais de apoio ao ensino (sendo moderna),
agilizando a aprendizagem daqueles alunos que não tiveram acesso à escola na idade
própria (sendo compensatória) e reduzindo a distorção idade/série (sendo
reequacionadora).
Estudos também apontam os impactos das TICs no processo ensino e
aprendizagem e refletem sobre a importância de conhecer as tecnologias presentes
no contexto educacional e repensar as estratégias e concepções de ensino. Os
modelos tradicionais de ensino são cada vez mais inadequados, por isso, professores
e alunos são desafiados a encontrar novos modelos para novas situações, não se
limitando ao trabalho dentro de sala de aula. Poucas adaptações e pequenas
mudanças são feitas diante às grandes possibilidades das redes eletrônicas.
A educação do mundo de hoje tende a ser tecnológica, exigindo entendimento
e interpretação de tecnologias. Não há como separar tecnologia de educação.
Quanto à utilização da Internet no processo educativo, o professor deixa de ser
o repassador do conhecimento para ser o criador de ambientes de aprendizagem e
facilitador do processo pelo qual o aluno adquire conhecimento. Nessa perspectiva a
140
presença das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem abre espaço para
se repensar o fazer pedagógico e numa abordagem interacionista, proposta por
Vygotsky, possibilita a formação de um sujeito (aluno) mais autônomo, capaz de
enfrentar os desafios que a construção do conhecimento proporciona e contribuir para
a formação das competências necessárias para que os jovens venham a ter uma
inserção social adequada.
A escola é tida como o lugar principal para isso, uma vez que tem a
possibilidade de permitir a efervescência de ambientes concretizados em várias
dimensões e, dependendo das concepções de conhecimento e aprendizagem
assumidas pelo professor, permite a aprendizagem de conteúdos, atitudes,
habilidades e, consequentemente, o desenvolvimento de esquemas cognitivos.
Destaca-se a concepção construtivista, em que o indivíduo é considerado sujeito ativo
de seu próprio conhecimento.
http://pt.slideshare.net/fsoliveira/09-aula5-5-construtivismo-jean-piaget
141
AULA 39
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0394.html
O termo construtivismo foi usado pela primeira vez nos anos 70 por Piaget,
embora seus primeiros trabalhos terem sido publicados anos antes, em 1950. Piaget
(1896-1980) e Vygotsky (1896-1934) são os principais representantes da concepção
interacionista construtivista e explicam o conhecimento mediante a participação tanto
do sujeito quanto dos objetos do conhecimento, “[...] que são mais ricas do que os
objetos podem fornecer por eles mesmos” (PIAGET, 1980, p.87), constituindo-se num
entrelaçar entre fatores internos (maturação) e os fatores externos (ações do meio).
Assim como as abordagens maturacionistas, Piaget enfatiza o processo de
desenvolvimento como objeto de estudo e enfatiza o papel dos fatores internos, como
a maturação ou a equilibração, na determinação desse processo e que a construção
do conhecimento vai depender tanto do meio físico como das condições do meio.
Já o enfoque de Vygotsky (2007) sugere que tanto o desenvolvimento quanto
a aprendizagem são consequências das condições sociais em que o indivíduo está
142
imerso, abordando assim, a perspectiva histórico-cultural e afirma que o meio social é
determinante do desenvolvimento humano e que isso acontece pela aprendizagem da
linguagem. Tanto Piaget como Vygotsky contribuíram para aproximarem os
educadores do desenvolvimento da atividade da criança, para compreenderem seus
processos de elaboração conceitual e para perceberem as relações que estabelecem
com outras crianças e com os adultos. Tais atitudes dos educadores podem ajudar no
entendimento de outra relação: a do ensino mediado pela tecnologia. Essa mediação
não deve ser entendida como solução às práticas educacionais que insistem em
reproduzir conhecimento, mas como possibilidade de realmente incluir professores e
alunos na construção significativa do conhecimento.
O modo como o professor lida com a prática educativa é determinado pela
compreensão que ele tem sobre ela, podendo estar instrumentalizada e mediada pela
teoria, ajudando-o a compreender o que ocorre em sala de aula, marcando suas
decisões e modos de agir. Essa transferência da teoria para a prática, de usar os
pressupostos construtivistas no cotidiano escolar para mediar o processo de aquisição
de conhecimento, não é fácil e nem acontece de forma espontânea.
Isso porque é importante considerar como os professores e até mesmo os pais
aprenderam e aprendem, entender que a ideia de colocar o indivíduo como sujeito
ativo de seu próprio conhecimento é recente e os professores de hoje querem
aprender e não só ensinar, exigindo-lhes observação e reflexão sobre suas ações,
novas competências em sua formação.
O construtivismo é uma visão do conhecimento, os adultos têm o poder e o
dever de transmitir de modo informal, no cotidiano da casa ou da vida, ou formal, no
contexto da escola, o que crianças e jovens precisam aprender. O construtivismo se
opõe a um modo positivista e considera não só as intervenções do meio e as
condições hereditárias, como também a integração com a qualidade da experiência e
um processo de autoregulação que integra essas três características.
É, assim, uma proposta teórica e metodológica que pode e deve ser praticada
de vários e diferentes modos, permitindo interagir, rever e incrementar estratégias de
ensino, criar diferentes ambientes para a aprendizagem, permitir a troca de
informação e de experiência. Um bom exemplo disso é a utilização dos ambientes
virtuais de aprendizagem (AVAs) nas escolas, destacando-se como uma promissora
proposta pedagógica.
143
Os AVAs constituem um espaço que permite o desenvolvimento das relações
com o saber mediadas pelas tecnologias. No âmbito da escola, são desenvolvidas
através de interações dos alunos com os conteúdos, dos alunos com outros alunos,
dos alunos com os professores, sob a influência do seu meio afetivo e social, tanto
dentro como fora da escola.
AULA 40
http://paraondevaiaeducacao.blogspot.com.br/2011/10/construtivismo-ou-o-novo-na-educacao.html
Durante muito tempo a escola teve por única tarefa transmitir à criança os
conhecimentos adquiridos pelas gerações precedentes e exercitá-la nas técnicas
especiais do adulto. Povoar a memória e treinar o aluno na ginástica intelectual
pareciam, pois, ser as únicas coisas necessárias, uma vez que se concebia a estrutura
mental da criança como idêntica à do homem feito e que portanto, parecia inútil formar
um pensamento plenamente constituído que apenas exigia ser exercitado. Nessa
concepção, a escola por certo supõe uma relação social indispensável, mas apenas
entre o professor e os alunos: sendo o professor o detentor dos conhecimentos exatos
e o perito nas técnicas a serem adquiridos, o ideal é a submissão da criança à sua
autoridade, e todo contato intelectual das crianças entre si nada mais é que perda de
tempo e risco de deformação ou de erros. Mas três tipos de observação vieram
complicar essa visão simplista das tarefas do ensino e da educação intelectual e impor
ao mesmo tempo a necessidade de colaboração dos alunos entre si.
144
O professor hoje, não é mais o detentor do conhecimento, aquele que sabe
tudo e seus alunos são meros receptores do conhecimento. Com as milhares de
informações que estão ao alcance de todos principalmente na Internet, o trabalho
isolado do professor já não satisfaz mais. As mudanças de postura, a quebra de
paradigmas faz com que o trabalho do professor não seja mais isolado. Com isso o
trabalho em conjunto, cooperativo vem de encontro com as necessidades dos alunos
na busca da construção do conhecimento e o professor entra como mediador,
orientador deste conhecimento, aquele que mostra os caminhos para seus alunos em
conjunto buscarem de forma interativa o saber e a construção de novos saberes.
Neste ambiente o professor continuará sendo professor, mas um professor mediador
e orientador e não mais o detentor do conhecimento pois o trabalho cooperativo ele
aprenderá com seus alunos.
O trabalho cooperativo independe se o professor estará trabalhando com
crianças, adolescentes ou adultos, o que importa nesse trabalho é a troca e a busca
por um objetivo comum resultando na construção do saber que acontece através do
compartilhamento de informações e conhecimentos entre os participantes. A
cooperação, no sentido geral, consiste no ajustamento do pensamento próprio ou das
ações pessoais ao pensamento e às ações dos outros, o que se faz pondo as
perspectivas em relação recíproca. Assim, um controle mútuo das atividades é
exercido entre os parceiros que cooperam.
O trabalho cooperativo é uma forma de contribuir para o grupo de forma
individual, onde em um grupo cada um faz a sua contribuição sem que o grupo discuta
e reflita juntos sobre a contribuição dada. Um exemplo disso é um trabalho onde o
grupo deve ler e fazer uma análise de um livro e o mesmo decide dividir o livro em
capítulos e cada um lê e dá a sua contribuição da parte que ficou, e na apresentação
cada um contribuirá apenas com a parte que leu e fez a síntese.
Nesses casos o grupo encontra uma estratégia para solucionar um problema
de forma colaborativa através da interação e comunicação que são essencialmente
sociais.
145
dos mais velhos ou do costume, nada mais é que a cristalização da sociedade
já construída e enquanto tal personalidade não tem justamente nada de
oposto às realidades sociais, pois constitui, ao contrário, o produto por
excelência da cooperação. (PIAGET, 1998, p. 141)
146
Com as experiências do grupo, os estudantes vão construindo seus
conhecimentos a partir das experiências dos colegas, tornando a aprendizagem
efetiva.
Para Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no
desenvolvimento cognitivo. Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz
sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele
que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos,
integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital. Ainda Vygotsky, nos coloca que a
aprendizagem é mais do que a aquisição de capacidades para pensar, é a aquisição
de muitas capacidades para pensar sobre várias coisas. Certamente o ato de pensar
faz com que a aprendizagem aconteça, mas temos capacidade suficiente para pensar
sobre muitas coisas ao mesmo tempo, e construir o conhecimento a partir do ato de
pensar.
Trazendo estes conceitos para a área da informática na educação, podemos
considerar que, para um trabalho obter resultados positivos, podemos utilizar as
tecnologias da informação e comunicação de forma que possam contribuir para o
aprendizado dos estudantes. E para que isso ocorra o trabalho deve ser cooperativo,
colaborativo e interativo.
Cooperativo no sentido dos trabalhos em grupos, onde todos participam,
contribuem de forma conjunta para atingir os objetivos comuns do grupo. Esse
trabalho pode ser feito através do Chat ou a utilização do NetMeeting com o
compartilhamento de arquivos on-line, no caso de ser a distância, caso seja presencial
através da troca verbal de informações e expositiva. Colaborativa através da troca de
materiais encontrados, onde individualmente, cada integrante do grupo dá sua
contribuição. Essas contribuições podem ser de forma presencial ou a distância. A
distância as contribuições podem ser através de uma lista de discussão, email entre
outros. Interativa no sentido de tornar o trabalho integrado, onde todos possam
interagir para que o trabalho em grupo se torne significativo para os participantes.
Em ambientes de aprendizagem a distância devemos considerar importante
todos os aspectos, principalmente os cognitivos. É um estudo que deve ser levado a
sério, pois precisamos compreender como se dá os processos de aprendizagem à
distância, como acontece a construção do conhecimento nesses ambientes. As
147
teorias são essenciais e fundamentais para podermos entender esses processos e
construir a nossa própria aprendizagem.
ASSISTA
https://www.youtube.com/watch?v=rfkrWF3wZ2o
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
Com relação aos estágios (ou estádios) de desenvolvimento, de acordo com a Teoria
Piagetiana, assinale V para as sentenças VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
( ) Os estágios do desenvolvimento são uma maneira de explicar a organização mental
e as idades cronológicas são norteadoras referindo-se às idades mais prováveis em
que a criança apresenta os comportamentos descritos em cada estágio.
( ) A ordem de sucessão dos estágios é constante, embora a criança possa omitir ou
pular qualquer um dos estágios dependendo dos estímulos do meio.
( ) O conceito de ‘estágio’ explica a forma de organização intelectual e pode ser
compreendido como uma escada em que cada vez que o sujeito atinge um degrau
superior, ou seja, uma estrutura mais complexa, deixa a estrutura menos complexa
para trás evoluindo em seu pensamento.
( ) O estágio sensório-motor caracteriza-se pela falta da função simbólica e por isso
não se pode considerar que haja inteligência propriamente dita.
( ) O estágio pré-operatório tem início com as primeiras simbolizações rudimentares
que aparecem no final do período sensório-motor, ou seja, há representação e por
isso o pensamento não está mais preso aos eventos perceptivos e motores.
148
( ) O pensamento pré-operatório praticamente não pode ser considerado um
pensamento ‘bom’ pelas características que ele apresenta e que impedem que esse
seja um pensamento lógico.
( ) No período operatório concreto, os processos mentais da criança tornam-se
lógicos, ou seja, a criança tem em seu controle um sistema cognitivo coerente e
integrado com o qual organiza e age no mundo.
( ) As operações formais constituem o ápice do desenvolvimento intelectual; o estado
final de equilíbrio para o qual a evolução intelectual vinha-se dirigindo desde o
nascimento e, após este estágio, não há mais mudança qualitativa nas estruturas e
sim mudanças quantitativas. A sequência CORRETA é:
a) F, V, V, V, F, F, V, F.
b) V, V, F, V, V, F, F, V.
c) F, F, V, F, F, V, F, F.
d) V, F, F, F, V, V, V, V.
QUESTÃO 02
Com relação à construção do número na perspectiva Piagetiana, leia as afirmativas
abaixo:
I. O número não é empírico por natureza, a criança o constrói através da abstração
reflexiva pela sua própria ação mental de colocar coisas em relação; o conceito de
número não pode ser ensinado, pois a criança o constrói por si mesma, pela sua
capacidade de pensar; a adição não precisa ser ensinada, posto que a própria
construção do número envolve a repetida adição deste. Cada criança constrói o
número criando e coordenando relações.
II. O objetivo da matemática é aprimorar o raciocínio das crianças, tornando-as mais
capazes de refletir sobre sua realidade. A construção do número acontece
gradualmente por partes ao invés de tudo de uma vez, o que leva anos para ser
construído. A conservação, classificação e seriação são necessárias à construção da
noção de número pela criança, sendo que essas estruturas bem trabalhadas na pré-
escola possibilitarão à criança dispor de instrumentos intelectuais para compreender
o conceito numérico e as operações como adição, subtração, divisão e multiplicação.
III. O número é uma relação criada mentalmente pelo indivíduo. A criança constitui o
número em função da sua sucessão natural, e essa construção ocorre junto com as
149
operações da lógica de classificação e seriação, ou seja, o número operatório é a
síntese de duas entidades lógicas: da inclusão de classe e da ordem serial, que a
criança elabora por abstração reflexiva. A construção do número também está
relacionada aos princípios da conservação, que é uma condição necessária de toda
atividade racional, inclusive do pensamento aritmético.
IV. Piaget estava muito mais interessado naquilo que poderíamos chamar de
prontidão para números do que nas realizações aritméticas como tais. Seu objetivo foi
o de investigar e diagnosticar a evolução de capacidades relacionadas à noção
numérica muito mais sutis e básicas do que aquelas envolvidas nas conhecidas
operações elementares de contar, somar, subtrair, etc.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.
QUESTÃO 03
As reflexões teóricas sobre o processo ensino-aprendizagem permitem identificar o
movimento de ideias de diferentes correntes acerca dessa problemática. Sobre esse
assunto e de acordo com a teorização de Piaget, julgue os itens:
I. As contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do
conhecimento e os mecanismos de influência educativa, têm chamado a atenção para
os processos sociais e coletivos, que têm lugar em um contexto exclusivamente
focado no âmbito interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem,
estabelecendo uma estreita relação com os processos de ensino em que estão
conectados.
II. Segundo Piaget, o pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem, é o
modo pelo qual a inteligência se manifesta, e a inteligência é fenômeno biológico
condicionado pela base neurônica do cérebro e do corpo, sujeito ao processo de
maturação do organismo. A inteligência desenvolve uma estrutura e um
funcionamento, sendo a estrutura, de acordo com o autor, fixa e acabada.
III. Piaget destacou a importância de uma hierarquia de tipos de aprendizagem que
vão desde a simples associação de estímulos à complexidade da solução de
150
problemas. Para este autor, a classificação de tipos de aprendizagem indica a
necessidade de utilização de diferentes estratégias de ensino.
IV. Toda aprendizagem precisa ser significativa para o aluno, de forma não
mecanizada, e deve estar relacionada com os conhecimentos, experiências, vivências
do aluno. Toda aprendizagem é pessoal, precisa visar objetivos realísticos, necessita
ser processo contínuo e estar embasada em um bom relacionamento entre os
elementos do processo (aluno, professor, colegas). É correto o que se afirma em:
a) todas as afirmativas são corretas.
b) I, III e IV, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.
QUESTÃO 04
Para Piaget, o juízo moral, assim como o desenvolvimento, é permeado por fases
distintas e diretamente ligado ao modo pelo qual o sujeito relaciona-se com as outras
pessoas. Na heteronomia, que vai dos 6 até 10/11 anos de idade, a criança internaliza
as regras, toma consciência delas, pois já pode separar físico de psíquico. A isso,
Piaget denomina realismo moral. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de
realismo moral.
a) A reciprocidade, pois a noção de justiça supera a fase do estrito igualitarismo para
basear-se na equidade. Os castigos convertem-se, assim, em algo motivado, não
necessário e recíproco.
b) A criança não segue regras coletivas. Quando se depara com crianças dessa idade,
percebe-se o que se chama de monólogo coletivo, pois estas estão na fase de
egocentrismo.
c) A criança passa a tomar decisões por si mesma, analisando e compreendendo as
regras de cunho universal.
d) A consideração da responsabilidade centrando-se unicamente nas consequências
materiais da ação, sem levar em conta a intenção que move a ação nem as
circunstâncias que a rodeiam.
151
QUESTÃO 05
Sobre a construção do conhecimento, marque V para verdadeiro ou F para falso e,
em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Segundo a teoria piagetiana, no processo de formação dos conceitos científicos,
as formas culturais internalizam-se durante o desenvolvimento dos indivíduos e é o
material simbólico que possibilita sua relação com os objetos do conhecimento.
( ) Pode-se afirmar que tanto Vygotsky quanto Piaget, em suas teorias, deram
destaque à atividade do sujeito na aquisição do conhecimento e ao qualitativo das
mudanças no desenvolvimento.
( ) Analisando o processo de desenvolvimento da escrita na criança, Vygotsky
assevera que a mecânica de ler o escrito, estimulada nas escolas, conduz
necessariamente ao domínio da linguagem escrita.
( ) É correto afirmar que as ideias de Piaget sobre o desenvolvimento da criança
centraram-se tão somente na teoria da equilibração das estruturas cognoscitivas,
desconsiderando os fatores sociais que incidem no desenvolvimento e que surgem
mais tardiamente na obra de Vygotsky.
a) F/ V/ F/ V
b) V/ V/ V/ F
c) V/ F/ F/ V
d) F/ V/ F/ F
QUESTÃO 06
Propor às crianças a brincadeira do faz-de-conta, como fala Lev Vygotsky, e/ou o jogo
simbólico, como descreve Jean Piaget, como condição para o desenvolvimento
infantil, requer uma forma de organização dos ambientes de aprendizagem que, na
perspectiva do sistema de ensino, é orientada pelo(a)
a) currículo e pelo projeto pedagógico da instituição educacional.
b) dinâmica dos cuidados com a alimentação.
c) dinâmica das ações que envolvem a higiene e a limpeza.
d) ritmo de cada criança, de cada família e de cada grupo social presente na
instituição. Não há como haver normas gerais.
152
QUESTÃO 07
Para Piaget, o desenvolvimento mental dá-se espontaneamente a partir de suas
potencialidades e da sua interação com o meio. O processo de desenvolvimento
mental é lento, ocorrendo por meio de graduações sucessivas através de estágios:
período da inteligência sensório-motora, da inteligência pré- operatória, da inteligência
operatória concreta e da inteligência operatória formal. No estágio sensório-motor, a
criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a
rodeiam. Neste estágio, o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias
ações que são controladas por informações sensoriais imediatas. Deste modo, é
correto afirmar que o período sensório-motor se caracteriza pelo(a)
a) afastamento do egocentrismo intelectual e social e pelo início da capacidade de
estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e de outrem) e
de integrá-los de modo lógico.
b) ampliação das capacidades já conquistadas. A criança já consegue raciocinar sobre
hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos
e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal.
c) heteronomia, em que a moral é a autoridade, ou seja, as regras não correspondem
a um acordo mútuo firmado entre os jogadores, mas sim como algo imposto pela
tradição e, portanto, imutável.
d) exploração manual e visual do ambiente; pelas ações como agarrar, sugar, atirar,
bater e chutar; ou seja, ações que ocorrem antes do pensamento.
QUESTÃO 08
Leia o trecho abaixo, a respeito da teoria sobre a linguagem e o pensamento da
criança, para responder à questão.
“Segundo Piaget, o elo que liga todas as características específicas da lógica infantil
é o egocentrismo do pensamento das crianças. Ele reporta todas as outras
características que descobriu, quais sejam, o realismo intelectual, o sincretismo e a
dificuldade de compreender as relações, a este traço nuclear e descreve o
egocentrismo como ocupando uma posição intermédia, genética, estrutural e
funcionalmente, entre o pensamento autístico e o pensamento orientado.” IN:
Vygotsky, LS, Pensamento e Linguagem.
É correto afirmar que, para Piaget, o pensamento orientado
153
a) é subconsciente, isto é, os objetivos que prossegue e os problemas que põe a si
próprio não se encontram presentes na consciência nem adaptados à realidade
externa, antes, esse pensamento cria para si próprio uma realidade de imaginação ou
sonhos. Tende a não estabelecer verdades, mas a recompensar desejos e
permanecer estritamente individual e incomunicável.
b) das crianças é individualista, situando-se a meio caminho entre o autismo no
sentido estrito da palavra e o pensamento socializado.
c) representa uma transição entre a lógica dos sonhos e a lógica do pensamento. No
discurso egocêntrico, a criança fala apenas dela própria, não se preocupa com o
interlocutor, não tenta se comunicar, não espera qualquer resposta e frequentemente
não se preocupa em saber se alguém a escuta.
d) é consciente, isto é, prossegue objetivos presentes no espírito de quem pensa. É
inteligente, isto é, encontra-se adaptado à realidade e esforça-se por influenciá-la. É
suscetível de verdade e erro e pode ser comunicado através da linguagem. É social
e, à medida que se desenvolve, vai sendo progressivamente influenciado pelas leis
da experiência e da lógica.
154
AULA 41
http://www.positivo.com.br/pt/tecnologia-educacional
155
O imediatismo também é apontado como uma das principais causas, impedindo
os alunos de se preocuparem com o futuro, buscando viver intensamente o presente,
sonhando em conquistar riqueza e poder sem fazer esforço e não analisam as
consequências desse comportamento.
A falta de objetivos e perspectivas é outro fator que não pode ser descartado,
como alto índice de desemprego, baixos salários e grande mercado de trabalho
informal, levam o jovem ao pessimismo e a visão errônea, achando impossível atribuir
significados à sua realidade.
A indisciplina tem ainda suas raízes centradas no estado de inércia das
escolas, onde a evolução e transformação dos métodos de ensino aprendizagem se
fazem de maneira muito lenta, não acompanhando a expectativa do aluno plugado
numa realidade centrada em inovações e alterações rápidas e incessantes, totalmente
adversa à vivência escolar, em descompasso com a sociedade, onde o mesmo tem
extrema dificuldade de identificar e se perceber como parte integrante desse processo
que completa a vida em sociedade.
As causas familiares da indisciplina são várias. É aí que os alunos adquirem os
modelos de comportamento que exteriorizam nas aulas. Em tempos a pobreza,
violência doméstica e o alcoolismo foram apontados como as principais causas que
minavam o ambiente familiar. Hoje aponta-se o dedo também à desagregação dos
casais, droga, ausência de valores, permissividade, demissão dos pais da educação
dos filhos, etc. Quase sempre os alunos com maiores problemas de indisciplina
provêm de famílias onde estes existem.
O que faz com que um aluno seja indisciplinado? Muitas vezes as razões de
fato não são do foro da educação. Em muitos casos tratam-se de questões que
deveriam ser tratadas no âmbito da saúde mental infantil e adolescente, da proteção
social ou até jurídica. O grande problema é que muitas vezes as escolas não
conseguem fazer esta triagem. Tentam resolver problemas para os quais não estão
preparadas ou nem sequer são da sua competência. Todos os alunos são
potencialmente indisciplinados, porque a escola é sempre sentida como uma
imposição por parte do Estado ou da família. É por isso que as aulas são locais de
constrangimentos e de repressão de desejos.
A organização escolar está longe de ser um modelo de virtudes. Funciona em
geral de modo pouco eficaz e eficiente. A excessiva dependência do Ministério da
156
Educação, tende a reduzir os que nela trabalham a meros executantes, sem
capacidade de resposta para a multiplicidade problemas que enfrentam.
No passado o contributo dado pelas escolas para a indisciplina assentava na
questão da seleção que operavam. As escolas eram acusadas de discriminarem os
alunos à entrada e na constituição das turmas. A fazê-lo, criavam focos de revolta por
parte daqueles que legitimamente se sentiam marginalizados. A questão ainda é
colocada, mas não com acuidade que antes conheceu. Os contributos da escola para
a indisciplina são agora outros.
Há muito que a escola deixou de ter um papel integrador dos alunos. Embora
seja um espaço onde estes passam grande parte do seu tempo, nem sempre nela
chegam a perceber quais são os seus valores, regras de funcionamento, etc.
Na verdade, as escolas estão mal preparadas para enfrentarem a
complexidade dos problemas atuais, nomeadamente os que se prendem com a
gestão das suas tensões internas. A crescente participação de alunos, pais, entidades
públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas tornou-se uma fonte de
conflitos, que não raro acabam por gerar climas propícios à irrupção de fenômenos de
indisciplina.
Há professores que provocam mais indisciplina que outros. As razões porque
isto acontece é que são muito variáveis, entre as quais as principais são: falta de
capacidade para motivarem os alunos, nomeadamente utilizando métodos e técnicas
adequadas; falta de preparo para lidarem com situações de conflito; a forma agressiva
como tratam os alunos estimulando reações violentas; a rotulagem dos alunos; baixos
salários pagos para se dedicar a um ofício tão importante.
As escolas públicas são hoje frequentadas por populações escolares muito
heterogêneas, contando no seu seio com um crescente número de alunos que provém
de grupos sociais onde subsistem frequentemente graves problemas de integração
social. O Estado é atualmente um dos principais promotores da indisciplina nas
escolas. Não apenas através da regulamentação que produz sobre a matéria, mas
também das medidas que toma ou da morosidade dos processos que aprecia. A
ineficácia do sistema é neste domínio um poderoso estimulo à generalização de
práticas desviantes.
157
AULA 42
http://mostrapedagogicaetecnologias.blogspot.com.br/
158
alunos ou professores mais jovens que têm desenvolvido essas habilidades e
destrezas;
• Há ainda os professores que utilizam as tecnologias e aproveitam o melhor
delas; realizando uma crítica permanente sobre seus aspectos positivos e negativos,
isto é, aqueles que reconhecem a necessidade de sua vinculação com a educação e
assumem um papel de gestores da mudança de acordo com as necessidades e
expectativas dos alunos.
Quanto à utilização prática das TIC’s, as realidades encontradas entre os
docentes das escolas públicas, são da mais variada esfera onde podem ser
encontrados professores que as utilizam em suas práticas pedagógicas de maneira
crítica, contrastando com a situação de muitos professores que ainda não estão
utilizando em sua prática pedagógica diária, por uma série de justificativas entre as
quais a mudança que se processou de forma brusca, não acompanhada de um
processo de capacitação que integrasse a maioria dos docentes.
Além dos limites encontrados pelos educadores, que são de ordem primária
como o acesso e o conhecimento para manuseio dessas tecnologias e também de
ordem secundárias como a dificuldade de acompanhar a atualização do meio
tecnológico, cada vez mais dinâmico, e os problemas com o próprio funcionamento
dos equipamentos, existem outros obstáculos que dificultam o uso da tecnologia em
sua potencialidade como: necessidade de empregar uma metodologia adequada e
interativa para o aluno, ou seja, o professor necessita mudar para mudar o método e
também mudar o aluno; o preparo de atividades utilizando as Novas Tecnologias,
normalmente é mais trabalhoso do que ministrar aulas tradicionais, por isso, o
professor necessita de mais tempo e criatividade para formular as atividades; as
Novas Tecnologias não devem ser um substituto do quadro negro nem do professor.
Portanto o professor precisa ser criterioso quanto ao método empregado,
diversificando o conteúdo com textos, imagens, sons e outros atrativos, para estar
despertando e prendendo a atenção dos alunos e assim produzir aprendizagem
significativa; o professor necessita aprender uma maneira totalmente nova de
comunicar a mensagem adequada ao universo do adolescente e de garantir que a
aprendizagem aconteça utilizando as novas tecnologias; a concepção e a forma de
avaliação devem ser adequadas às metodologias e práticas utilizadas, para que o
processo se complemente em sintonia; é necessário aperfeiçoamento e
159
aprimoramento constante do professor para desempenhar suas múltiplas funções
tornando o ensino não só mais eficiente, mas também melhor; o professor deve dispor
de uma formação em humanidades, preparado para integrar novas técnicas a seu
trabalho, em termos de atitudes, conhecimentos dos meios de comunicação e suas
possibilidades e, ainda, conhecimentos dos objetivos didáticos; o papel do professor
é o de coordenador do processo, o responsável na “sala de aula virtual”. Sua tarefa
inicial é a de sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria,
mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos.
AULA 43
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0394.html
160
A partir da transposição das principais concepções da teoria de Piaget para o
campo educacional torna-se importante a reflexão diante dos riscos de conceber a
perspectiva construtivista como aplicação de métodos pedagógicos.
Nessa perspectiva, ao considerar a educação como um processo mais amplo,
espontâneo e assistemático de ensino e aprendizagem, que acontece quando há
interação entre pessoas em diferentes meios sociais, a Pedagogia caracteriza-se
como um campo mais restrito, de teorização sobre a ação educativa. Além disso, cabe
à pedagogia tratar a ação educativa como ação pedagógica, conforme uma
perspectiva reflexiva, metódica e sistemática.
A Pedagogia é um saber de fronteira, ou seja, está permanentemente em
diálogo com outras áreas de conhecimento. Sendo assim, está em constante tensão
entre as demais formas de conhecimento e a especificidade de seus saberes.
Sobretudo, um dos desafios da pedagogia consiste em transformar o fazer
pedagógico, como experiência prática puramente espontânea, em agir pedagógico,
que deve ser constantemente confrontado com as teorias pedagógicas de maneira
reflexiva, distanciando-se da teoria como instrumento para a prática, ou seja, o agir
pedagógico como movimento questionador que está muito mais preocupado em
formular, adequadamente, perguntas do que em buscar respostas certeiras e
acabadas.
Nesse sentido, as teorias desenvolvidas a partir dos estudos na área da
Psicologia influenciam a construção das teorias pedagógicas relacionadas ao
processo de ensino e aprendizagem na escola, pois no ato de ensinar estão
imbricadas as noções do educador quanto à natureza da mente do aprendiz. Dessa
forma, “uma escolha de pedagogia inevitavelmente comunica uma concepção do
processo de aprendizagem e do aprendiz. A pedagogia jamais é isenta. Trata-se de
um meio que carrega sua própria mensagem” (BRUNER, 2001, p. 67).
Os principais pressupostos da teoria epistemológica de Jean Piaget
revolucionaram a maneira de conceber o desenvolvimento humano e contribuíram na
construção de novas teorias pedagógicas na medida em que o sujeito passa a ser
visto como capaz de construir o conhecimento na interação com o meio físico e social.
Assim, a concepção de inteligência “[...] como desenvolvimento de uma atividade
assimiladora cujas leis funcionais são dadas a partir da vida orgânica e cujas
sucessivas estruturas que lhe servem de órgãos são elaboradas por interação dela
161
própria com o meio exterior” (PIAGET, 1987, p. 336), fundamenta teoricamente muitas
investigações no campo educacional em busca de novas práticas pedagógicas
embasadas no construtivismo.
O construtivismo não é uma prática nem um método, e sim uma teoria que
permite conceber o conhecimento como algo que não é dado e sim construído e
constituído pelo sujeito através de sua ação e da interação com o meio. Assim, o
sentido do construtivismo na educação diferencia-se da escola como transmissora de
conhecimento, que insiste em ensinar algo já pronto através de inúmeras repetições
como forma de aprendizagem. Na concepção construtivista a educação é concebida
como um processo de construção de conhecimento ao qual acorrem, em condição de
complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas
sociais atuais e o conhecimento já construído.
Enquanto para Piaget o interesse maior sobre os níveis de desenvolvimento é
teórico e epistemológico, para a escola o interesse é prático, ou seja, o enfoque está
nos resultados das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula no
aprendizado da criança. Assim, para evitar uma interpretação apressada e a tentação
de transformar uma teoria em receituário, Piaget afirmou que “a pedagogia está longe
de ser uma simples aplicação do saber psicológico” (1994, p. 301). Portanto, cabe à
Pedagogia, como um saber de fronteira, desenvolver pesquisas que contribuam para
a inovação das práticas pedagógicas à luz das teorias de diferentes áreas, em busca
de um agir pedagógico que leve os educadores e educandos a questionarem-se sobre
a construção, desconstrução e a provisoriedade do conhecimento.
162
AULA 44
https://pedagogiaconcursos.com/jean-piaget-biografia/
163
para a prática escolar é transferir o foco da escola - e da alfabetização em particular -
do conteúdo ensinado para o sujeito que aprende, ou seja, o aluno.
O princípio de que o processo de conhecimento por parte da criança deve ser
gradual corresponde aos mecanismos deduzidos por Piaget, segundo os quais cada
salto cognitivo depende de uma assimilação e de uma re-elaboração dos esquemas
internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esses esquemas internos,
e não simplesmente por repetir o que ouvem que as crianças interpretam o ensino.
Para o construtivismo, nada mais revelador do funcionamento da mente de um
aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele releu o conteúdo
aprendido. O que as crianças aprendem não coincide com aquilo que lhes foi
ensinado. Nesse sentido, se pronunciam Ferreiro e Teberosky (1985, p.30):
http://pt.slideshare.net/rosinalvaoliveira18/construtivismo1
166
AULA 45
http://kumonedna.blogspot.com.br/2013/01/decoreba-ou-construtivismo-de-jean.html
169
http://pt.slideshare.net/Thiagodealmeida/vygotsky-e-a-teoria-sociohistrica
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
170
QUESTÃO 02
No ensino dos conteúdos, durante as aulas de Educação Física, há sempre valores
morais em jogo, tais como: a justiça e a injustiça, o certo e o errado, a solidariedade e
o egoísmo, o respeito e o desrespeito, dentre outros. Portanto, ensinar um
determinado movimento, habilidade ou fundamento dentro do contexto de um
conteúdo específico de ensino, é, antes de tudo, ensinar regras de comportamento e
de convivência social. Para Piaget (1994), a evolução da prática e da consciência da
regra abrange três fases que seguem a seguinte ordem de desenvolvimento:
a) heteronomia, autonomia e anomia.
b) anomia, autonomia e heteronomia.
c) heteronomia, anomia e autonomia.
d) anomia, heteronomia e autonomia.
QUESTÃO 03
QUESTÃO 04
A organização dos conteúdos na escola deu lugar a diversas formas de relação e
colaboração entre as diferentes disciplinas que foram consideradas matérias de
estudo. Segundo os autores Boisot, Piaget, Hechausen, entre outros, podemos
estabelecer três graus de relações disciplinares:
1. Multidisciplinaridade.
171
2. Interdisciplinaridade.
3. Transdisciplinaridade.
De acordo com as relações disciplinares citadas anteriormente, relacione as colunas
a seguir:
( ) É a relação entre duas ou mais disciplinas, que pode ir desde a simples
comunicação de ideias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais e da
teoria do conhecimento, da metodologia e dos dados da pesquisa.
( ) É a organização mais tradicional de conteúdos. Eles são apresentados por matérias
independentes umas das outras.
( ) O conjunto de matérias ou disciplinas é proposto simultaneamente, sem que
apareçam explicitamente as relações que podem existir entre elas.
( ) É o grau máximo de relações entre as disciplinas, daí que supõe uma integração
global dentro de um sistema totalizador. A sequência está correta em:
a) 1, 2, 3, 1
b) 3, 2, 1, 2
c) 2, 1, 1, 3
d) 1, 2, 2, 3
QUESTÃO 05
“Ao realizar aprendizagens significativas, o aluno constrói a realidade atribuindo-lhe
significados.” (César Coll) Segundo o modelo de equilibração das estruturas
cognitivas de Piaget, o primeiro passo para que o aluno realize uma aprendizagem
significativa com relação ao novo conteúdo de aprendizagem consiste no seguinte
procedimento:
a) partir da zona de desenvolvimento proximal
b) associar reequilíbrio posterior à assimilação
c) reconhecer a natureza da aprendizagem
d) romper com o equilíbrio inicial
QUESTÃO 06
De acordo com a concepção piagetiana, o pensamento da criança que se encontra no
período pré-operacional caracteriza-se por ser
a) real.
172
b) fantasioso.
c) simbólico.
d) egocêntrico.
QUESTÃO 07
Jean Piaget apontou que o ingresso da criança no universo moral se dá pela
aprendizagem de diversos deveres a ela impostos pelos pais e adultos em geral (ex:
não mentir, não pegar as coisas dos outros, não falar palavrão) e que a criança aceita
regras morais provavelmente também quando já aceita como inquestionáveis
a) as atividades da escola.
b) as opiniões dos pais.
c) as regras dos jogos.
d) os passeios familiares.
QUESTÃO 08
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo segue as seguintes etapas:
a) período sensório-motor, período das operações formais, período das operações
concretas;
b) período pré-operatório, período das operações formais, período das operações
abstratas;
c) período sensório-motor, período pré-operatório, período das operações concretas,
período das operações formais;
d) período sensório-motor, período pré-operatório, período das operações concretas.
QUESTÃO 09
Segundo Piaget, o quarto e último estágio principal do desenvolvimento cognitivo, que
ocorre durante a adolescência, quando o sujeito consegue manipular e organizar
ideias e objetos, é denominado de:
a) Operações informais
b) Operações concretas
c) Operações formais
d) Pré-operacional
173
QUESTÃO 10
Segundo Piaget, a incapacidade de uma criança de transferir aprendizagem sobre um
tipo de conservação para outros tipos, é denominada:
a) Decolagem horizontal
b) Inferência transitiva
c) Operação concreta
d) Inclusão de classe
AULA 46
http://www.portalmundook.com.br/portal/?p=3906
174
A escola tem em suas mãos a grande chance da transformação social e aos
professores cabe o desafio de iluminar caminhos, de realizar as aspirações humanas
e sociais. O aluno não deve ser olhado pelo professor como aprendiz apenas, mas
como pessoa que precisa aprender a conviver bem consigo e com os outros; aprender
a descobrir, nos textos que lê os vários olhares que, normalmente, estão encobertos.
A produção cultural que ocorre na escola acontece sempre mediada seja pelo
professor em sala de aula, seja pelo livro em uma leitura pessoal e silenciosa, ou ainda
pelo computador, quando se está no laboratório fazendo uma pesquisa na internet. O
aluno não pode mais esperar sair da escola para pôr em prática o que aprendeu, mas
deve relacionar o seu aprendizado com o momento de seu estudo. A escola pode
estabelecer com o aluno uma relação dialógica e dinâmica, deixando o sistema
tradicional da transmissão mecânica dos conhecimentos prontos e acabados. E pode
também, desenvolver um novo papel: da pesquisa, do raciocínio, da crítica, da
criatividade, da reflexão onde o decorar apenas, inexiste, ou seja, não tem mais lugar.
Com tantas facilidades de acesso às informações, o papel do professor,
também muda. Sua principal função passa a ser a de desafiar o aluno, orientá-lo a
organizar de forma crítica as informações às quais tem acesso. Quem ensina precisa
conhecer o conjunto de capacidades dos alunos, precisa estimular a inteligência e
não, apenas, tratá-los como meros aprendizes.
Papert (2008, p.51) diz que o computador mudou a situação porque ele é em si
um objeto interessante para ser explorado e porque acrescentou dimensões de
interesse a outras áreas de trabalho e a construção do conhecimento. Através dos
meios tecnológicos, desenvolve no aluno a capacidade de busca de novas
informações, de pesquisa, além de estimular a criatividade e a elaboração de
conceitos. Os hábitos e os comportamentos são, geralmente, construídos pelas
ferramentas existentes no meio da comunicação.
Os novos comportamentos e as novas formas de comunicação, oriundas do
desenvolvimento da tecnologia, refletem na escola e as práticas pedagógicas que
usam as novas mídias e tecnologias como ferramentas de aprendizagem oferecem
novas perspectivas aos alunos que, vivem em seu cotidiano, de uma forma ou de
outra, essa realidade de acesso às novas mídias e tecnologias. A leitura e a escrita
podem ser desenvolvidas por meio das tecnologias digitais e a escola pode se utilizar
deste recurso tornando acessível o seu uso e propondo atividades através de sites
175
variados como “facebook” ou “orkut”. Nem todos os aplicativos foram criados com
objetivos educacionais, mas se forem adaptados corretamente, podem oferecer
resultados positivos, pois ocasionalmente chegam a ser mais envolventes do que as
aulas tradicionais.
A educação precisa ser transformada, não basta modernizá-la. Ensinar e
aprender são desafios enfrentados em todas as épocas, principalmente, nesse novo
modelo de gestão que enfatiza a informação e o conhecimento. A reflexão sobre a
prática produz conhecimento e desafia os professores que seguem aplicações
rotineiras, a deixarem de ser técnicos. Um profissional reflexivo deve sempre se propor
a responder a novas problemáticas e questões desafiantes, produzindo novos saberes
e novas técnicas a partir do contexto em que se encontra. A atividade da escola deve
transformar-se partindo do princípio de que o aluno é um centro de atividade e não
um receptáculo vazio a ser preenchido de conteúdos, frequentemente sem sentido e
a escola precisa transformar-se cada vez mais em laboratório, e ser cada vez menos
auditório.
Valente acentua que, o computador não é mais o instrumento que ensina o
aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o
aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do
computador. O ensino pelo computador auxilia o aluno a adquirir conceitos sobre,
praticamente, qualquer domínio. O computador é uma ferramenta pedagógica que
permite ao aprendiz resolver problemas ou qualquer outro tipo de atividade, além de
comunicar-se.
176
http://pt.slideshare.net/marciodveras/educao-digital-e-novas-tecnologias
177
AULA 47
http://internetnovastecnologiasnaeducacao.wikidot.com/tecnologia
178
A sociedade da informação deve ter um viés inclusivo onde todas as pessoas
possam ter a liberdade e as condições para criar, receber, compartilhar e utilizar
informações e conhecimentos através da educação. Fica aqui uma questão: Como a
aplicação e uso dessas tecnologias na escola podem efetivamente contribuir para criar
a sociedade da informação? Existem metodologias que podem ser aplicadas de forma
genérica?
Muitos governos, no Brasil e no mundo, estão implementando programas de
reforma e modernização da administração pública e todos contemplam a realidade
das novas tecnologias e fomentam a expansão da sociedade da informação como
forma de responder aos desafios de desenvolvimento adicionais impostos pela
exclusão digital.
Nessa direção, têm buscado soluções viáveis para implantar uma infraestrutura
da informação e da comunicação que possibilite o acesso universal a essas
tecnologias. Uma infraestrutura de redes de informação e de comunicação bem
desenvolvida e acessível é essencial para o progresso social, econômico e bem-estar
de todos os cidadãos e comunidades. A melhoria da conectividade e acesso às redes
de comunicação das escolas é de importância especial neste sentido.
http://slideplayer.com.br/slide/379558/
179
AULA 48
http://www.institutoinnovati.com/cursos_pos_fixo_educacao_novastecnologias.php
180
O desenvolvimento da sociedade depende, hoje, da capacidade de gerar,
transmitir, processar, armazenar e recuperar informações de forma eficiente. Por isso,
a população escolar precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e
adquirir capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos utilizando a TIC. Isto
requer a reforma e ampliação do sistema de produção e difusão do conhecimento,
possibilitando o acesso à tecnologia. Entretanto, o simples acesso à tecnologia, em
si, não é o aspecto mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de
aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas.
Comentamos a seguir, em caráter geral e de forma não exaustiva, alguns impactos
da TIC, com o objetivo de mostrar que as novas tecnologias afetam diretamente todos
os componentes e agentes do sistema educacional (Currículos, Alunos, Escolas e
Professores).
Currículos – A configuração tradicional dos currículos deve ser revista para
incorporar necessidades da era da informação. Como a atual organização dos
currículos pertence a uma era pré-digital, possivelmente os currículos serão
substituídos por sistemas nos quais o conhecimento pode ser obtido quando e onde
for necessário. Com o surgimento do hipertexto, da interatividade oferecida pelas
novas tecnologias, da ubiquidade proporcionada pelos meios de comunicação e pelas
possibilidades de acesso não linear às fontes de informação, novos modelos de
aprendizagem passaram a ser praticados ultimamente. As estruturas curriculares
atuais, caracterizadas por uma tradicional imobilidade, não consideram nem sequer
uma fração das inúmeras possibilidades oferecidas pela TI. O uso mais apropriado
das novas tecnologias em sala de aula se dá através de projetos multidisciplinares, o
que não corresponde, na prática, à atual organização dos currículos. Incluir TI nos
currículos não é exatamente o mesmo que incluir laboratório de informática no horário
de aulas: o impacto de uma hora por semana usando computadores em um laboratório
é insignificante.
Alunos – No passado, os alunos viam o professor como principal, ou única,
fonte de conhecimento e informação. Porém, agora têm idênticas possibilidades de
acesso às bases de dados das redes mundiais de computadores: bibliotecas, livros,
publicações, cursos, laboratórios virtuais, simuladores, listas de discussão, grupos de
intercâmbio, projetos cooperativos, e muitas outras possibilidades, superando em
todos os sentidos, as limitações do passado. Além disto, tanto os professores como
181
os alunos podem contribuir para acrescentar informações às bases de dados
existentes, de maneira simples e rápida, seja publicando eletronicamente resultados
de seu trabalho, seja criando suas próprias páginas de informação na Internet,
alterando substancialmente o paradigma educacional vigente.
Escolas – O ritmo das escolas está longe de assimilar as mudanças na mesma
velocidade em que ocorrem no mundo à sua volta. Por isso, encontram-se diante da
urgente necessidade de promover a alfabetização digital de seus professores e
técnicos, requisito indispensável para introduzir as novas tecnologias no ambiente
educacional. A questão, entretanto, não se resolve apenas com a simples aquisição
da tecnologia, na sua dimensão física, representada pela aquisição de equipamentos,
novas instalações e até mesmo com a contratação de equipes especializadas para
esta finalidade. A experiência tem demonstrado a ineficácia de simplesmente instalar
computadores na escola, se as pessoas não souberem como integrá-los às diversas
atividades curriculares.
Professores – Em relação às novas tecnologias, os professores têm visões
pessimistas, otimistas ou indiferentes. A visão otimista considera as inúmeras
facilidades oferecidas pela TI e projeta para o futuro um mundo de maravilhas.
Entretanto, o problema de uso sistemático e organizado da TI na educação não é tão
simples como parece. A ausência de contexto, a quantidade e a velocidade da
informação e a virtualidade dos novos meios de informação estão exigindo do
professor um trabalho de acompanhamento e orientação muito mais intenso. No novo
contexto tecnológico, o professor passa a ter uma importância ainda maior, diante de
questões do tipo: Como ensinar a administrar as inúmeras possibilidades de receber
informações a qualquer hora e lugar? Como formar no aluno a capacidade analítica e
seletiva sobre as informações que recebe? Como aprimorar os processos intelectivos
de transformação da informação em conhecimento? Como podemos ver, há muitas
possibilidades, novas perspectivas, mas também grandes desafios a enfrentar.
Demandas educacionais na Sociedade da Informação – O documento
Sociedade da Informação no Brasil (MCT, 2000) enfatiza a necessidade de uma
metodologia adequada para introduzir a TIC na escola e considera que a Educação é
“o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no
conhecimento e no aprendizado. (...) Por outro lado, educar em uma sociedade da
informação significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de
182
informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências
suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de
bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com
fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar
criativamente as novas mídias (...). A necessidade mais urgente criada pelas novas
tecnologias é promover a alfabetização digital em âmbito nacional, necessário para
preparar a sociedade para as mudanças em curso.
As novas tecnologias da informação e comunicação, especialmente a Internet,
ampliaram o conceito de alfabetização para muito além do mero ato de ler e escrever.
Cada vez mais, o cidadão se vê diante da necessidade de conhecer novos modos de
representação do conhecimento, modelos de processamento simbólico e estruturas
de linguagens que vão além do texto impresso, exigindo competências de hierarquia
superior ao antigo conceito de alfabetização.
A implementação de programas de TIC nas escolas não se limita ao provimento
de infra-estrutura de recursos técnicos ou conhecimentos específicos sobre as novas
tecnologias. Torna-se, pois, imprescindível investir na formação de competências
pedagógicas e metodológicas voltadas para a concepção e organização de novos
ambientes de aprendizagem que permitam a formação de indivíduos capazes de lidar
positivamente com o novo mundo científico e tecnológico que nos rodeia.
183
AULA 49
http://pt.slideshare.net/leandrotravassos/uso-das-novas-tecnologias-da-informao-e-comunicao-na-educao
184
Neste sentido, estamos considerando as aplicações da TIC em várias
instâncias: em aulas específicas de informática destinadas à aprendizagem dos
recursos correspondentes, em atividades complementares e extracurriculares
diversas, no desenvolvimento de projetos de trabalho e, sobretudo, no uso da
informática nas disciplinas gerais do currículo.
AULA 50
https://www.youtube.com/watch?v=-FoX50_ZORQ
187
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
188
QUESTÃO 02
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que
ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes
digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios
dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos
da sociedade contemporânea.
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e
a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a
geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem
uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e
privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de
acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por
motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.
Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas
públicas escolherem o público alvo de possíveis ações de inclusão digital.
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que
tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de
mobilidade social e econômica.
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão
focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o
conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente
em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do
primeiro mundo.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
189
QUESTÃO 03
QUESTÃO 04
190
QUESTÃO 05
Leia o fragmento retirado do livro - Com todas as letras - de Emília Ferreiro:
Em uma perspectiva construtivista, os pré-requisitos não são habilidades ou destrezas
que a criança deve demonstrar possuir antes que lhe autorizem a participar do ensino
formal... mas aquelas noções, representações, conceitos, operações, relações etc.,
que aparecem teoricamente fundamentadas e empiricamente validadas como as
condições iniciais sobre as quais - e dadas certas condições que se caracterizam
teoricamente como processos de desequilibração - se constroem as novas
concepções (FERREIRO, 1996, p. 67).
De acordo com o pressuposto acima descrito, um exemplo de pré-requisito sob a
perspectiva construtivista seria:
a) a capacidade de segmentar palavras e sílabas.
b) o domínio da escrita alfabética em situações socialmente aceitas.
c) a destreza em relacionar a escrita aos modelos textuais socialmente reconhecidos.
d) a percepção da utilização da escrita em situações socialmente determinadas.
QUESTÃO 06
A cibercultura pode ser vista como herdeira legítima (embora distante) do projeto
progressista dos filósofos do século XVII. De fato, ela valoriza a participação das
pessoas em comunidades de debate e argumentação. Na linha reta das morais da
igualdade, ela incentiva uma forma de reciprocidade essencial nas relações humanas.
Desenvolveu-se a partir de uma prática assídua de trocas de informações e
conhecimentos, coisa que os filósofos do Iluminismo viam como principal motor do
progresso. (...) A cibercultura não seria pós-moderna, mas estaria inserida
perfeitamente na continuidade dos ideais revolucionários e republicanos de liberdade,
igualdade e fraternidade. A diferença é apenas que, na cibercultura, esses “valores”
se encarnam em dispositivos técnicos concretos. Na era das mídias eletrônicas, a
igualdade se concretiza na possibilidade de cada um transmitir a todos; a liberdade
toma forma nos softwares de codificação e no acesso a múltiplas comunidades
virtuais, atravessando fronteiras, enquanto a fraternidade, finalmente, se traduz em
interconexão mundial. LEVY, P. Revolução virtual. Folha de S. Paulo. Caderno Mais,
16 ago. 1998, p.3 (adaptado). O desenvolvimento de redes de relacionamento por
meio de computadores e a expansão da Internet abriram novas perspectivas para a
191
cultura, a comunicação e a educação. De acordo com as ideias do texto acima, a
cibercultura
a) representa uma modalidade de cultura pós-moderna de liberdade de comunicação
e ação.
b) constituiu negação dos valores progressistas defendidos pelos filósofos do
Iluminismo.
c) banalizou a ciência ao disseminar o conhecimento nas redes sociais.
d) incorpora valores do Iluminismo ao favorecer o compartilhamento de informações
e conhecimentos.
QUESTÃO 07
Na escola em que João é professor, existe um laboratório de informática, que é
utilizado para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas.
Considere que João quer utilizar o laboratório para favorecer o processo ensino
aprendizagem, fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos. Nesse caso,
seu planejamento deve
a) ter como eixo temático uma problemática significativa para os estudantes,
considerando as possibilidades tecnológicas existentes no laboratório.
b) relacionar os conteúdos previamente instituídos no início do período letivo e os que
estão no banco de dados disponível nos computadores do laboratório de informática.
c) definir os conteúdos a serem trabalhados, utilizando a relação dos temas instituídos
no Projeto Pedagógico da escola e o banco de dados disponível nos computadores
do laboratório.
d) listar os conteúdos que deverão ser ministrados durante o semestre, considerando
a sequência apresentada no livro didático e os programas disponíveis nos
computadores do laboratório.
QUESTÃO 08
Estar no espaço lúdico com outras crianças é um primeiro passo no movimento de
brincar inclusivo. Alunos com limitações de movimento conseguem observar as ações
das pessoas no seu entorno, mas seu brincar pode se restringir bastante, pelo atraso
neuropsicomotor, pela incoordenação na manipulação dos objetos ou pela falta de um
sistema de comunicação e linguagem. REILY, L. Escola Inclusiva: linguagem e
192
mediação. Campinas: Papirus, 2004, p.54 (com adaptações). Nesse sentido, a prática
pedagógica inclusiva, na perspectiva da mediação cultural de Vygotsky, deve enfatizar
I. o uso de situações-problema desafiadoras que coloquem o aluno, de forma
contextualizada, em atividade. II. a organização do planejamento didático de forma
que o aluno possa aprender por meio de observação e imitação. III. o ato de pensar
sobre o seu próprio processo em atividade, incentivando a conscientização sobre sua
aprendizagem. IV. a organização do currículo e de recursos que possibilitem o acesso
do aluno aos objetos de conhecimento lúdicos e desafiadores. É correto apenas o que
se afirma em:
a) I e II.
b) B I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
QUESTÃO 09
A escola delimita espaços. Servindo-se de símbolos e códigos, ela afirma o que cada
um pode (ou não pode) fazer, ela separa e institui. Informa o “lugar” dos pequenos e
dos grandes, dos meninos e das meninas. Através dos seus quadros, crucifixos,
santas ou esculturas, aponta aqueles/as que deverão ser modelos e permite, também,
que os sujeitos se reconheçam (ou não) nesses modelos [...] Currículos, normas,
procedimentos de ensino, teorias, linguagem, materiais didáticos, processo de
avaliação são, seguramente, loci das diferenças de gênero, sexualidade, etnia, classe
— são constituídos por essas distinções e, ao mesmo tempo, seus produtores. Todas
essas dimensões precisam, pois, ser colocadas em questão. É indispensável
questionar não apenas o que ensinamos, mas o modo como ensinamos e que
sentidos nossos/as alunos/as dão ao que aprendem. Atrevidamente é preciso,
também, problematizar as teorias que orientam nosso trabalho (incluindo, aqui, até
mesmo aquelas teorias consideradas “críticas”). Temos de estar atentas/os,
sobretudo, para nossa linguagem, procurando perceber o sexismo, o racismo e o
etnocentrismo que ela frequentemente carrega e institui.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1997,
p. 58 e 64.
193
I. A escola define os espaços que cada um deve ocupar socialmente, visto que
reproduz modelos e condiciona os alunos a segui-los.
II. Os espaços delimitados pela escola representam a sala de aula em si, visto que é
o ambiente predominante em que acontece o processo de aprendizagem.
III. A delimitação de espaços pela escola só acontece no espaço escolar, visto que
o(a) aluno(a) o ignora nos momentos em que não está inserido no contexto
educacional.
IV. Os espaços delimitados pela escola representam a rotulação e o estabelecimento
de papéis e padrões de comportamento.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
194
AULA 51
http://blackboard.grupoa.com.br/especialista-em-tecnologias-educacionais-fala-sobre-educacao-3-0/
195
Como podemos ver nesse mapa conceitual, tecnologia é um conjunto de
técnicas, processos e métodos específicos de um dado ofício ou negócio. Tecnologia
Digital é qualquer tecnologia baseada na linguagem binária dos computadores. Assim,
quando pensamos no uso de tecnologias nas escolas não estamos falando
simplesmente no uso de “aparelhos tecnológicos digitais”, mas sim no conjunto de
técnicas, processos e métodos específicos para o ofício de ensinar.
Onde as TDs se inserem na educação nesse contexto? Elas se inserem da
mesma forma que todos as demais tecnologias não-digitais, como a lousa, o
mimeógrafo e o toca-fitas, como ferramentas auxiliares que potencializam as
Tecnologias Educacionais (TEs).
Veja também que nesse mapa conceitual a relação entre as TDs e a Educação
não é uma relação de mão dupla e que seus laços são frágeis. A escola que hoje
convive com as TDs já viveu séculos sem elas e viverá muitos outros séculos com
tecnologias que ainda serão inventadas. As tecnologias mudam, a escola se adequa
196
a seu tempo e usa essas tecnologias, mas a escola não é uma aplicação da tecnologia
em si.
É fundamental compreender que as tecnologias próprias da Educação, como a
pedagogia, a didática, a prática de ensino e as diversas metodologias próprias de cada
área do saber, não são substituíveis pela Tecnologia Digital ou por qualquer outra
tecnologia. E embora isso nos pareça óbvio, não tem sido tão óbvio a ponto de que
se evitassem diversos erros ao longo do processo de inserção das TDs na Educação.
Para efeito puramente didáticos podemos dividir esses erros de concepção,
implementação e uso em três categorias básicas:
1. Ideológicos: Foco na tecnologia e não na pedagogia. A escola se preocupa
excessivamente em explorar o potencial das TDs e subestima sua Tecnologia
Educacional (TE) própria.
a) O foco correto deve ser no processo de ensino e aprendizagem (currículo,
metodologias, estratégias, etc.) e as TDs precisam ser inseridas como ferramentas
de apoio às TEs onde for cabível fazê-lo.
b) Esse erro de concepção levou a investimentos gigantescos em equipamentos
que não foram utilizados (laboratórios de informática inteiros), ou foram
subutilizados e hoje se encontram obsoletos em muitas escolas, sem manutenção
ou uso.
2. Estratégicos: Busca de atividades e projetos que possam ser desenvolvidas com
as TDs. Pressuposto de que é preciso estabelecer projetos específicos para o uso
das TDs.
a) O foco correto deveria ser a busca de TDs que facilitam o processo de ensino e
aprendizagem e o uso da tecnologia para o ensino e não do ensino para a
tecnologia.
b) Esse erro levou ao desenvolvimento de projetos e currículos que fracassaram
ao ser implementados porque não se inseriram verdadeiramente no processo de
ensino e aprendizagem.
3. Práticos: Capacitações de professores para o uso de softwares e TDs.
Compartimentação do conhecimento (TDs X TEs). Planejamento de aulas voltado
para o uso de TDs.
197
a) O foco correto deveria ser a inclusão digital dos professores e alunos (uso efetivo
das TDs nas atividades do cotidiano). Disponibilização de recursos e oportunidades
e valorização da inovação que leva à melhoria da qualidade do ensino.
b) Esse erro levou milhares de professores a fazerem cursos e capacitações que
se mostraram inúteis porque não resultaram em um uso efetivo das TDs nas
práticas escolares e nem representaram um ganho significativo para professores e
alunos.
VAMOS REFLETIR
198
AULA 52
http://slideplayer.com.br/slide/3009203/
199
Permitem o uso natural de diferentes TDs. Projetos possuem várias etapas,
vários atores e muitas ações simultâneas ou não. Tudo isso permite que diferentes
recursos tecnológicos compareçam em diferentes momentos e situações.
Projetos geram oportunidades de uso para as TDs.
São focados no processo e não nos resultados finais. As TDs têm a característica
natural delas: apoio ao desenvolvimento, à aprendizagem, ao “fazer”; são
“instrumentos para potencializar as ações” e não objetivos em si mesmas. As TDs
enriquecem o processo e não são objetivos finais.
Promovem a aprendizagem colaborativa. É no “aprender a aprender” e no
“aprender a fazer” que as TDs são aprendidas, e a aprendizagem colaborativa é
fundamental para esses processos. Os projetos têm naturalmente a característica de
aprendizagem colaborativa e permitem que não apenas os alunos aprendam
colaborativamente, mas também os seus professores.
Todas as condições acima são favoráveis tanto para a inserção das TDs quanto
para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem que, ao fim e ao cabo, é o que
se deseja em uma escola.
http://polouabufrgspsicotic.pbworks.com/w/page/96673416/grupo3sc
200
AULA 53
http://www.positivoteceduc.com.br/agenda/positivo-informatica-tecnologia-educacional-bett-brasil-educar-2015/
201
→ Planejar a inserção das TDs nas diferentes atividades do projeto em função de sua
utilidade e disponibilidade, visando sempre a melhoria da qualidade dos produtos ou
processos.
Primeiro planejamos o projeto, montamos as sequências didáticas, listamos as
atividades, etc., somente depois nos perguntamos “o que eu posso fazer melhor se
usar as TDs de que disponho?”. Propor a construção de um blog em uma escola onde
a imensa maioria dos alunos não tem acesso à Internet tem algum propósito? Propor
que os gráficos estatísticos sejam feitos usando-se uma planilha de cálculo quando
nem o professor nem os alunos sabem como fazê-lo, têm algum ganho? Esse ganho
compensa o custo-benefício da ação?
→ Documentar, relatar, analisar e registrar o uso das TDs e seu impacto nos Projetos
de Aprendizagem.
Usar TDs é algo ainda novo e muito pouco documentado. Muitas ações
envolvendo as TDs não surtem efeitos positivos. É preciso documentar e avaliar o
impacto desse uso para a tomada de decisões para os próximos projetos. A própria
documentação e análise do impacto do uso das TDs implica, muitas vezes, no uso
dessas TDs (documentos digitados, planilhas, apresentações, etc.).
202
Que novas ideias surgiram nos projetos anteriores e que podem ser
implementadas agora? Quais são os novos agentes, alunos e professores, que podem
se interessar pelo uso das TDs? Como podemos seduzi-los?
203
AULA 54
http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/01/tecnologia-e-educacao.html
Velocidade e abrangência
A busca pela informação em mídias eletrônicas é rápida visto que é feita a partir
de algoritmos complexos de análise de dados que exibem os resultados em formato
de ranking, onde a informação mais relevante tende a aparecer em primeiro lugar. Os
resultados de pesquisas normalmente são associados a comentários de usuários que
já realizaram a mesma pesquisa no passado e avaliaram os resultados quanto à
veracidade, coerência e qualidade.
204
Inovação
A tecnologia acelera a inovação visto que facilita a comunicação dos pares com
os mesmo objetivos e a divulgação dos resultados em âmbito global. Muitas ideias
surgiram do brainstorm (Técnica desenvolvida para explorar o potencial criativo de um
indivíduo ou grupo.) em mídias sociais, principalmente na comunidade open source
(ou software livre é um padrão de desenvolvimento aberto e sem restrições de
distribuição).
As ideias inovadoras são geralmente patrocinadas por empresas ou
investidores individuais e geram melhorias para a sociedade e oportunidades
comerciais. No caso da educação a tecnologia também incentiva a inovação, pois
oferece novas ferramentas de criação.
Interação
Cooperação
A cooperação entre alunos de uma mesma sala de aula é influenciada por uma
série de fatores como: o grupo de valores e interesses no qual o aluno se insere, sua
personalidade, timidez ou extroversão, a disposição das carteiras na sala de aula, etc.
Esses fatores podem se apresentar como barreiras para a cooperação geral entre os
alunos. Essa barreira pode ser contornada ou diminuída, além do diálogo e da
socialização tradicionais, pela interação digital promovida por meio de redes sociais,
fóruns e listas de discussões. Alunos tímidos talvez se sintam mais a vontade para
205
interagir com os colegas e para fazer perguntas ao educador. A colaboração por meio
das mídias sociais é o melhor caminho para o progresso humano.
Autonomia
Lúdico
Operação Multitarefa
Essa característica pode ser positiva, pois abre novas possibilidades para o cérebro
humano. A operação multitarefa na solução de problemas pode aumentar a eficiência
e a produtividade.
206
AULA 55
https://radiopelaeducacao.wordpress.com/
Além dos pontos positivos podemos observar também alguns pontos negativos
do uso da tecnologia educacional na escola.
Identidade
Privacidade
Imediatismo
Superficialidade
Isolamento
Sobrecarga cognitiva
http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/78219062/CHARGES%20TECNOLOGIA
209
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
Antes de compreender o que significam as inovações tecnológicas, temos de refletir
sobre o que são velhas e novas tecnologias. O atributo do velho ou do novo não está
no produto, no artefato em si mesmo, ou na cronologia das invenções, mas depende
da significação do humano, do uso que fazemos dele. Juliane Corrêa. Novas
tecnologias da informação e da comunicação; novas estratégias de
ensino/aprendizagem. In: Carla Viana Coscarelli (Org.).Novas tecnologias, novos
textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 44 (com
adaptações).
Relacionando as ideias do fragmento de texto acima à formação e à ação do professor
em sala de aula, conclui-se que:
QUESTÃO 02
210
Considere que João quer utilizar o laboratório para favorecer o processo ensino-
aprendizagem, fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos. Nesse caso,
seu planejamento, o professor deve:
a) propor o estudo dos projetos concorrentes que foram desenvolvidos pelo governo
ao uso de laboratório de informática, relacionando o que consta no livro didático com
as tecnologias existentes no laboratório.
b) relacionar os conteúdos previamente instituídos no início do período letivo com os
que estão no banco de dados disponível nos computadores do laboratório de
informática.
c) estabelecer como eixo temático uma problemática significativa para os estudantes,
considerando as possibilidades tecnológicas existentes no laboratório.
d) listar os conteúdos que deverão ser ministrados durante o semestre, considerando
a sequência apresentada no livro didático e os programas disponíveis nos
computadores do laboratório.
QUESTÃO 03
211
c) Os livros eletrônicos e os textos digitalizados, além de oferecerem inúmeras
facilidades para a leitura e para a pesquisa, detêm a primazia sobre a cultura
impressa.
d) A extinção da leitura em livros impressos no Brasil é inevitável, haja vista os leitores
hoje conviverem com repositórios digitais de leitura cada vez mais modernos, como
os tablets.
QUESTÃO 04
Paulo Freire ressalta que ensinar exige uma compreensão de que a educação é uma
forma de intervir no mundo. Nesse sentido, assinale a(s) preposição(ões) correta(s):
QUESTÃO 05
212
b) As aprendizagens se inscrevem na corporeidade do sujeito e geram continuidades
e descontinuidades subjetivas que diariamente agregam novos aspectos a sua
identidade, produzindo mudanças, resistências e conformismos.
c) Embora aprendizagens impliquem o desenvolvimento humano, na escola,
educandos pouco associam o que estudam com as suas condutas, aumentando a
visibilidade de suas indisciplinas no cotidiano.
d) Na escola, não existem aprendizagens, mas aprendizagem, o que é coerente com
a estrutura curricular formal que sistematiza e ordena o que vai ser ensinado em cada
série, de acordo com os interesses dos estudantes.
QUESTÃO 06
213
AULA 56
https://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br/2015/04/educacao-e-construtivismo-metafisico.html
214
Partindo-se do pressuposto de que o conhecimento (ou aprendizagem) é construído
pelas interações do sujeito com outros indivíduos, estas interações sociais seriam as
principais desencadeadoras do aprendizado. As atividades interpessoais, segundo
ele, possibilitam mudanças cognitivas através da interação com a consequente
reelaboração e reconstrução das ideias.
Para Vygotsky, a colaboração entre alunos ajuda a desenvolver estratégias e
habilidades gerais de soluções de problemas pelo processo cognitivo implícito na
interação e na comunicação. Tal ponto converge quando as formas de organização
da nova sociedade serão o aprendizado cooperativo e a inteligência coletiva, definida
por ele como a capacidade de trocar ideias, compartilhar informações e interesses
comuns, criando comunidades e estimulando conexões.
O principal desafio da escola hoje é desenvolver uma cultura da colaboração
que independe de estar no virtual ou no presencial. “As escolas devem ajudar as
pessoas a avaliar e reconhecer o conhecimento que está nos outros. Talvez a escola
deva ser o lugar onde se aprende a gerir conhecimento e a produzi-lo coletivamente”
(LEVY, 2007, online). O autor atribui um papel fundamental ao educador como
mediador desse processo, pois não acredita que haja uma pura espontaneidade em
aprendizagens escolares. Ela precisa ser planejada e organizada. “As únicas redes
que funcionam sem mediador são as de entretenimento”. (LEVY, 2007).
A partir desses conceitos percebemos a necessidade de promover situações
em que prevaleça o grupo diante da individualidade, em que aprender constitua-se
em viver situações em que as pessoas sintam-se bem em compartilhar experiências,
de forma sistematizada, trazendo seu dia a dia para a escola. Nessa proposta de
aprendizagem cooperativa, cada um assume seu papel no grupo, responsabilizando-
se por ele, assumindo os créditos e as perdas, num processo que promova uma
dinâmica de interação.
Segundo Vygotsky e Freire os sujeitos constroem seu conhecimento à medida
que interagem. A interatividade, para Vygotsky, é entendida como um processo de
mediação entre sujeitos, numa construção de conhecimento partilhada, sendo
condição indispensável para a aprendizagem. Segundo ele, o diálogo, a cooperação
e a informação são enriquecidos pela heterogeneidade do grupo ampliando
consequentemente as capacidades individuais, sendo que as funções mentais provêm
das relações sociais.
215
Para Freire (1991), o conhecimento se dá na relação sujeito-sujeito e sujeito
mundo, pressuposto básico para a educação libertadora num processo de comunhão
entre os homens e as mulheres, alimentando juntos o ideal utópico da mudança da
sociedade.
Pierre Lévy (1999) assim o define: “O termo “interatividade” em geral ressalta a
participação ativa do beneficiário de uma transação de informação. De fato, seria trivial
mostrar que um receptor de informação, a menos que esteja morto, nunca é passivo”.
Retomando, podemos entender interatividade como o uso de recursos
tecnológicos conectados em rede, que suscitam a participação e a reação. Disso
resulta um ambiente cujo domínio da mídia promove a liberdade de escolha.
O conceito de interatividade é muito usado hoje de forma diversificada, mesmo
quando se refere a ambientes educacionais mediados por computadores, ou a outros
ambientes de aprendizagem, como a sala de aula.
A partir de uma perspectiva construtivista entende-se que os ambientes online
não promovem a aprendizagem baseados num clique, mas concentram-se na
formação de espaços em que ideias são debatidas com liberdade e autonomia, nos
quais o aprendizado constitui-se num preparo para uma atuação cidadã. Nesse
sentido, a postura do educador passa a ser a de mediador e não transmissor de
conhecimento, propondo situações de aprendizagem centradas no educando.
216
http://pt.slideshare.net/fsoliveira/09-aula5-5-construtivismo-jean-piaget
217
AULA 57
https://www.oconhecimento.com.br/da-atracao-ao-relacionamento-o-blog-nas-instituicoes-de-ensino/
Um blog, blogue, weblog ou caderno digital é uma página da WEB, que permite
o acréscimo de atualizações de tamanho variável chamados artigos ou posts. Estes
podem ser organizados de forma cronológica inversa ou divididos em links
sequenciais, que trazem a temática da página, podendo ser escritos por várias
pessoas, dependendo das suas regras.
O blog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a
seu respeito, todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou usuários
comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a um site ou
domínio da internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de
qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou página atual e uma série
de outras informações. Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos
pelas facilidades que oferecem, pois dispensam o conhecimento de HTML, o que atrai
pessoas a criá-los.
218
O que distingue os weblogs das páginas e sítios que se costuma encontrar na
rede é a facilidade com que podem ser criados, editados e publicados, sem a
necessidade de conhecimentos técnicos especializados. Dadas a essa informação e
aos serviços gratuitos, os blogs tiveram um crescimento considerável. A princípio foi
usado, pelos jovens, como diário virtual, porém, na virada do século, o blog passou a
ser utilizado como divulgador de temas e discursos variados num leque de
possibilidades, tais como: o entretenimento, corporativismo e atividades de
profissionais como jornalistas, empresários, políticos, escritores, professores e alunos
que aos poucos estão descobrindo e explorando a principal de suas características, a
interatividade, que pode levar à formação de redes colaborativas de aprendizagem.
Os Blogs são espaços interativos, onde tudo pode ser publicado e dito, sem
limites para o conteúdo, nem para quem pode ter um. Quaisquer pessoas ou
comunidades, de qualquer idade ou região podem criar um blog e postar as
informações que julgarem importantes para tal. A principal dinâmica do blog, diferente
de um diário, é que as postagens recentes ficam no princípio, ou seja: o que o
blogueiro escreveu por último, o usuário vê primeiro.
Alguns blogs possuem um formato diferente, de acordo com as pessoas que o
alimentam. Um exemplo é um blog em que as postagens são divididas em pastas
ordenadas numa sequência necessária aos propósitos do alimentador e aos objetivos
que quer alcançar frente aos usuários. Uma grande vantagem do uso dos blogs é a
gratuidade oferecida. Isso abre um leque de possibilidades, visto que poucos estão
dispostos a pagar por este espaço na web. Pelo exposto anteriormente, a cada dia,
mais pessoas aderem ao uso dos blogs, postando seus comentários num intenso
processo de colaboração.
Uma das aplicações mais interessante da Web para ambientes escolares é o
blog, que conforme exposto anteriormente fornece a interatividade, a partir das
postagens que vão desde um simples comentário até a inserção de artigos, imagens
e vídeos. Nas palavras de Freire (1996), “ninguém ensina ninguém; tampouco
ninguém aprende sozinho. Os homens aprendem em comunhão, mediatizados pelo
mundo”, fica clara a importância e eficiência do blog, do ponto de vista da construção
do conhecimento na relação aluno-pensamento, que vai além da relação entre
professor e aluno.
219
Os blogs são aplicativos fáceis de usar que promovem o exercício da expressão
criadora, do diálogo entre textos, da colaboração. Blogs possuem historicidade,
preservam a construção e não apenas o produto (arquivos); são publicações
dinâmicas que favorecem a formação de redes.
Os diários eletrônicos, observados nesta perspectiva, têm o poder de mudar o
trabalho pedagógico promovendo o envolvimento dos participantes. Outra grande
vantagem do uso do blog na educação é a facilidade de o professor fazer
intervenções, corrigindo e orientando todas as postagens, sem o limite de tempo
imposto pela sala de aula, e da mesma forma o aluno pode realizar suas atividades
no seu ritmo, conforme sua agenda e disposição. Desta maneira o aluno tem ampliada
sua liberdade de expressão, embora necessitando da ciência de que, uma vez
postados, os seus comentários poderão ser vistos por todos, sem que possa controlar.
Este fato amplia a responsabilidade do professor blogueiro por tudo o que estiver
publicado, bem como a do aluno que participa.
Moran (2007) enfatiza o uso do blog educacional afirmando que “quando
focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação da produção
deles se torna fundamental”. Desta forma, essa ferramenta pode constituir-se num
recurso de apoio à aprendizagem por ser um espaço de criação coletiva, que aproxima
professores e alunos, sem contar que, com o uso das TICs (Tecnologia da informação
e Comunicação), a escola cumpre o seu papel de preparar o aluno para os desafios
impostos pela sociedade, não na intenção da continuidade, mas da transformação da
realidade que ora se apresenta.
220
AULA 58
http://www.blogderocha.com.br/ensino-online-e-alternativa-para-universitarios-conciliarem-trabalho-e-estudos/
221
A estrutura e organização dos materiais, da distribuição de materiais,
processos de comunicação e avaliação, fazem parte do processo inicial no
desenvolvimento de programas de ensino a distância.
Por mais que o professor exerça esta função, faz-se necessária a ação do tutor
que aqui passaria a se chamar de “monitor”, levando em consideração algumas
participações e auxílio ao professor quanto ao atendimento dos alunos em diferentes
horários.
Na sequência, apresenta-se os diferentes modelos de ensino a distância:
♣ Ensino por correspondência: material impresso (livros didáticos).
♣ Ensino a distância clássico: material diversificado como material impresso,
televisão, rádio, audiovisuais, tutores.
♣ Ensino a distância com base na pesquisa: caracterizado pela leitura de cursos
de ensino a distância impressos e na frequência parcialmente obrigatória em
seminários. Concede apenas o grau superior ou de mestre.
♣ Ensino a distância grupal: programações didáticas por rádio e televisão
associadas a atividades regulares obrigatórias, com presença.
♣ Ensino a distância autônomo: planejar, organizar e implementar
isoladamente. A universidade apenas aconselha, incentiva, assiste e fornece
certificado.
♣ Ensino a distância por teleconferência: oferecido por um consórcio de
universidades para estudantes das universidades-membro e também a outras
instituições.
♣ Ensino a distância com base em quatro formas de teleconferência: podem
participar estudantes avulsos e grupos de estudantes em seus locais de trabalho,
ligados por sua vez à atividade docente das universidades que cooperam com o
projeto.
Os modelos acima apresentados, são flexíveis e variáveis, o que torna o ensino
a distância adaptável às diferentes situações e necessidades.
222
AULA 59
http://inscricoes2016.com.br/ensino-medio-a-distancia-2016-online.html
223
Os estudos científicos de Jean Piaget, realizados no século passado, sobre a
maneira pela qual o ser humano adquire conhecimento, apontam para outra direção.
Em sua Epistemologia Genética, Piaget considera que o desenvolvimento cognitivo
ocorre como consequência de uma interação entre o sujeito e o objeto fruto de seu
interesse. O cérebro humano funciona baseado em esquemas de significação, os
quais estão em permanente adaptação através de processos contínuos e simultâneos
de assimilação (os esquemas do sujeito modificam-se para incorporar os elementos
do objeto) e acomodação (os elementos do objeto são modificados pela ação do
sujeito).
Assim, para o crescimento cognitivo é necessário que ocorra um desequilíbrio
neste processo, o que ocasionará o aparecimento de novos esquemas a partir
daqueles já existentes, desencadeando uma espiral crescente ligada a inúmeras
outras, através das teias de significação individuais. Neste contexto, a aprendizagem
surge como um processo individual que ocorre internamente no sujeito.
Traduzindo-se estes conceitos para o plano pedagógico, percebe-se que a
figura de um professor que “ensina” um aluno torna-se incoerente e um novo papel é
designado ao professor. Nesta visão, o professor passará a auxiliar, incentivar e
proporcionar ao aluno a “construção” de seu conhecimento, razão pela qual a
aplicação da teoria piagetiana à educação leva o nome de Construtivismo.
Considerando-se serem basicamente estas as duas principais correntes
pedagógicas existentes no momento, em nossa sociedade ocidental, o termo ensino-
aprendizagem somente justifica-se como uma espécie de “caminho do meio”, o qual
não será trilhado no presente trabalho. Em função de sua base construtivista, será
adotada a promoção da aprendizagem, como vista pela teoria de Piaget, como
principal função da educação, neste caso.
224
AULA 60
http://thinking.media/2013/01/ensino-moedelo-negocios-reinventar/
225
a necessidade de debates entre educadores e equipe pedagógica para a incorporação
do computador no ensino.
Lembrando que a escola deve estar à frente numa sociedade onde os
conhecimentos científicos ficam ultrapassados num curto espaço de tempo, assim,
não se pode admitir que justamente a escola, local onde se deveria produzir
conhecimento, fique a margem da maior fonte de informações disponíveis e mais, não
seja capaz de orientar sua utilização.
Sendo assim, faz-se necessário outro modelo educacional, uma vez que os
padrões atuais são incompatíveis a memorização, repetição de fatos e o professor
exclusivo detentor do saber. Com a grande quantidade de informações, faz pensar em
novas práticas pedagógicas não apenas nos conceitos disciplinares, mas a pesquisa
e seleção dessas informações adquiridas, para resolver problema e analisar as
possíveis soluções, as mais adequadas ao seu contexto, e também pelo fato de que
as novas linguagens estão imersas na sociedade e, com isso, possibilita novas formas
de leitura.
No entanto, o computador não pode ser visto apenas como um dos maiores
veículos de transmissão de informações, mas como poderosa ferramenta pedagógica,
pois somente quando compreendê-lo poderá utilizá-lo para diferentes situações de
aprendizagem, que envolvam desde procedimentos de problematização, observação,
registro, documentação e até formulação de hipóteses.
Uma das potencialidades dessa ferramenta é o acesso à internet, pois ela abre
caminhos para novas maneiras de adquirir conhecimento e fonte de ilimitadas
informações, que vão desde artigos científicos, livros, documentos, revistas e outros.
Como qualquer recurso tecnológico, esta deve ser entendida como um dos meios
alternativos para construir o conhecimento, visto que propicia ao indivíduo interligar-
se com o mundo, resultando em escolas mais flexíveis, menos autoritária, cedendo
lugar para ambientes aconchegantes, atrativos, estimuladores e criativos.
O papel do professor consiste em mediar à pesquisa e a apresentação dos
resultados, que podem ocorrer até em grupos. Entretanto, aparece o problema dos
embasamentos teóricos e metodológicos do professor, uma vez que só orienta aquele
que domina os conteúdos e a prática pedagógica, caso contrário, vira uma panacéia
na cabeça do docente, que ao invés de facilitar, complica mais a sua vida, porque
aquele que não é flexível, inovador, disposto a ouvir e trocar informações com seus
226
alunos, bem como interagir, está simplesmente obsoleto na sociedade de
conhecimento.
Embora essas potencialidades sejam enriquecedoras elas apresentam limites
na prática pedagógica, isso não significa não abandonar os antigos métodos de
ensinar, mas utilizá-los dentro de uma visão pedagógica nova e criativa.
ASSISTA:
https://www.youtube.com/watch?v=mKbEbKQZVQU
http://pt.slideshare.net/taitson/metodologia-outecnologia
227
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=443&evento=4
228
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
Segundo Piaget quando acriança está passando pelo estágio operatório concreto,
suas operações mentais ainda se apoiam no plano tangível, sensorial, isto é,para agir
230
é preciso necessariamente operar sobre os objetos. Dessa forma, podemos afirmar
que, o professor ao organizar o ensino de Ciências, a partir dos pressupostos do
construtivismo piagetiano:
a) Deve utilizar como fonte de instrução, somente o livro didático, considerando que
ele é um objeto concreto sobre o qual a criança vai operar;
b) Pode criar situações nas quais a criança possa manipular e agir sobre os objetos a
serem conhecidos;
c) Pode levar as crianças para passeios e visitas que as levem a construir o
conhecimento;
d) As alternativas B, C e D podem ser consideradas como metodologias de ensino
construtivistas piagetianas.
QUESTÃO 04
231
A partir da concepção de mídia-educação presente na obra das autoras e das
ideias relacionadas à temática apresentada, indique se são verdadeiras (V) ou falsas
(F) as afirmativas abaixo.
232
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MORAN, J. M.. A educação que desejamos, novos desafios e como chegar lá. São
Paulo: Editora Papirus, 2007.
PIAGET, Jean. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2007.
PIAGET, Jean. O juízo moral na criança. 4. ed. São Paulo: Summus, 1994.
234