Traumatologia Ortopédica
Traumatologia Ortopédica
Traumatologia Ortopédica
Traumatologia
MC 134/03
Ortopédica
prof. dr. FLÁVIO FALOPPA
prof. dr. FERNANDO BALDY DOS REIS
dr. HÉLIO J. ALVACHIAN FERNANDES
seminários em ortopedia
O objetivo desta iniciativa é a atualização de alguns temas
importantes e freqüentes nas atividades diárias do
ortopedista brasileiro.
Os assuntos serão sempre desenvolvidos por colegas do
nosso Departamento, especializados nas diversas áreas de
atuação de Ortopedia e Traumatologia.
Agradecemos a Merck Sharp & Dohme o patrocínio e a
distribuição deste material e cumprimentamos a EPM -
Editora de Projetos Médicos – pela alta qualidade gráfica
1
deste trabalho. 4
FASCÍCULO
EDITORES
CONSELHO EDITORIAL
AUTORES
PLANEJAMENTO EDITORIAL
CORRESPONDÊNCIA
seminários em ortopedia
I. importância na manutenção da irrigação dos
fragmentos e no processo biológico da consoli-
dação óssea. Esse é o conceito da fixação bioló-
Introdução gica pelo qual se estabilizam as fraturas com um
mínimo de manipulação dos fragmentos, a fim
3
4
FASCÍCULO
proximais.
A irrigação da diáfise da tíbia proveniente de ar-
térias nutrientes e de vasos periostais pode so-
Diagnóstico
frer danos em decorrência de lesões determina- Dor, edema e deformidade são sinais clínicos en-
das pelo trauma. Cerca de dois terços provêm contrados. Ferimentos relacionados à exposição
dos vasos endosteais, e um terço provém dos va- óssea devem ser pesquisados inclusive na região
sos periosteais. A artéria tibial anterior provém posterior.
da região anterior, vindo da região lateral para O exame radiográfico consta de incidências em
medial, enquanto a tibial posterior é responsá- AP e P, incluindo as articulações proximal e distal.
vel pela irrigação posterior da diáfise tibial. A
região distal tem a maior parte de sua irrigação
proveniente de vasos oriundos do periósteo.
Como a maior parte da irrigação se origina na
região lateral, a melhor localização para coloca-
ção de implantes extramedulares é na face medial
da tíbia. Quanto à circulação medular, esta é se-
melhante à diáfise do fêmur onde, após fresagem
do canal, refaz-se por volta de seis semanas, e
ainda existe a vicariância dos vasos periosteais
para suprir o que foi lesado parcialmente.
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V. tar o Etoricoxibe na dose de 60 a 120 mg/dia e o
Celecoxibe na dose de 200-400 mg /dia.
das onde o desvio não é grande e a fratura é iso- Aceita-se como objetivo a obtenção da consoli-
lada. dação com alinhamentos onde os desvios máxi-
Deve-se lembrar a possibilidade de síndrome mos são de 5° graus de varo-valgo, rotação in-
compartimental. Quando o edema é acentuado, terna-externa, 10° graus de recurvato-antecur-
é preferível aguardar por 12 a 24 horas, sob ob- vato e até 1 cm de encurtamento.
servação, com elevação do membro, gelo, a uti- O gesso longo é mantido de duas a quatro sema-
lização de antiinflamatórios e analgésicos até que nas quando, dependendo da estabilidade da fra-
se esteja certo de que a complicação está des- tura, poderá ser trocado por gesso PTB até a con-
cartada. A preferência é para aqueles antiinfla- solidação da fratura.
matórios que agem inibindo a COX-2 em razão
da menor taxa de efeitos colaterais. Podemos ci-
Cirúrgico
Evidentemente que, dependendo do paciente,
pode-se modificar a conduta. Pacientes não
colaborativos, portadores de doenças mentais, Fixação intramedular
com más condições gerais são candidatos a tra- A fixação intramedular é o método de osteossín-
tamento não-cirúrgico. tese mais empregado nas fraturas fechadas da
A indicações para tratamento cirúrgico são: tíbia.
6 Fraturas expostas, lesões neurovasculares con- As hastes podem ser bloqueadas e não bloquea-
comitantes, associação com fraturas articulares das de acordo com o tipo de fratura.
4
proximal e distal, síndrome compartimental, Nas fraturas simples do terço médio ou até mes-
FASCÍCULO
perda óssea extensa, redução instável, fraturas mo naquelas onde o contato entre os fragmen-
segmentares, encurtamento acima de 1cm, poli- tos principais é de até 50%, podemos utilizar has-
traumatizados, atletas profissionais e perda de tes tradicionais não bloqueadas.
redução.
Atualmente, as hastes intramedulares da tíbia têm
Quanto aos tipos de fixação mais utilizados, des- uma configuração angular posterior na sua por-
creveremos dois métodos que são os mais em- ção proximal, para acomodá-la no canal medu-
pregados. lar. A porção distal é em formato de “bala”, o
que facilita a passagem do fragmento proximal
para o distal.
O material de implante habitualmente é confec-
cionado em aço ou titânio. Existem no mercado
hastes bloqueadas que possibilitam o bloqueio
distal em dois planos sem a necessidade de in-
tensificadores de imagem. As hastes bloqueadas
podem ser sólidas, (não fresadas) e ocas (fresa-
das), que, de acordo com trabalhos recentes, são
melhor opção no tocante à consolidação e a com-
plicações.
na tíbia
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Posicionamento do
paciente
O paciente é posicionado em decúbito dorsal
horizontal, em mesa cirúrgica rádio transparen-
te com o joelho em flexão de 90°, o que facilita a
introdução da haste no canal proximal.
Ponto de entrada
O ponto de entrada no plano de perfil localiza-
se na transição da cartilagem e o osso, ápice in-
tercondilar, enquanto no plano AP é localizado
1 cm medial à tuberosidade anterior da tíbia (Fi- Parafusos Poller
guras 4 e 5).
Em algumas fraturas proximais, existe uma ten-
8
dência, devido à largura do canal, de valgização.
Colocam-se parafusos na concavidade da defor-
4
FASCÍCULO
Redução da fratura
Como a tíbia é subcutânea, as manobras de ma-
nipulação externa possibilitam a redução da fra-
tura. Em circunstâncias especiais, quando não
se obtém a redução, um miniacesso pode ser re-
Figura 4. Ponto de entrada visibilizado por meio
de intensificador de imagem no plano AP. O alizado para facilitar a redução da fratura. A pas-
ponto é aproximadamente 1 cm medial à sagem para o fragmento distal pode ser auxilia-
tuberosidade anterior da tíbia.
da com a utilização de parafusos Poller.
Bloqueios Distais
Os bloqueios distais habitualmente são realiza-
dos com a técnica da mão livre (Figura 8), em-
bora existam guias que possibilitam estes blo-
queios sem a utilização de intensificadores de
imagem. Podem ser executados nas fraturas
distais, bloqueios nos planos sagital e frontal,
quando a localização da fratura é muito distal.
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Figura 7. Parafusos colocados na concavidade da fratura para direcionar a introdução da haste.
9
4
Bloqueios Proximais
FASCÍCULO
Dinamização
A dinamização, que é a retirada dos parafusos
de bloqueio onde o fragmento é maior, pode es-
Figura 8. Bloqueio distal pela técnica da mão tar indicada em algumas situações onde a con-
livre.
solidação não é obtida, porém não deve ser rea-
lizada de rotina.
Caso Clínico I
Mulher, 29 anos, vítima de atropelamento, há
10
duas horas. Apresenta fratura fechada, isolada
da tíbia esquerda (Figuras 9 e 10).
4
FASCÍCULO
Placa em ponte
As placas, quando utilizadas de forma biológica
e não tradicional, cursam com bons resultados.
A colocação da placa percutânea propicia me-
nor manipulação do foco de fratura, levando à
consolidação mais rápida, quando comparada às
placas tradicionais, não utilizando enxerto ós-
seo e ainda com a possibilidade de não se utili-
zar de intensificadores de imagem. As placas uti-
lizadas são as placas de auto-compressão tipo
DCP, LCDCP ou LCP estreitas e de grandes frag-
mentos (Figura 11).
Figura 9. Radiografias iniciais.
Posicionamento do
paciente
O paciente é posicionado em decúbito dorsal
horizontal. O joelho e o tornozelo permanecem
em extensão.
distal, é de esponjosa.
Controle radiográfico ou por meio de intensifi-
cador de imagens é realizado durante a cirurgia.
12
4
FASCÍCULO
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13
I. II. 4
FASCÍCULO
Introdução Diagnóstico
Fratura exposta é definida como aquela onde uma O diagnóstico é evidente quando a lesão expõe
ruptura na pele e nos tecidos adjacentes comu- diretamente o osso, porém, pode ser difícil se a
nica a fratura ao meio ambiente. ferida for pequena, se estiver distante do foco de
fratura ou até mesmo em regiões que dificultam
o exame, como no dorso dos membros. Quando
uma fratura ocorre no mesmo segmento do mem-
bro com uma ferida, deve-se considerá-la como
exposta até prova em contrário.
III.
Classificação Atualmente, emprega-se uma abordagem agres-
siva, no tocante ao tratamento cirúrgico, por meio
Não existe uma classificação universalmente acei- de desbridamento agressivo dos tecidos desvita-
ta; existem sim várias classificações, porém to- lizados. A utilização de antibioticoterapia intra-
das cursam com problema de reprodutibilidade venosa e a estabilização da fratura são fatores
entre diferentes observadores. A classificação adjuvantes e de grande importância (Figura 17).
mais aceita nos dias de hoje é a classificação de
Gustillo e Anderson, 1976, e que posteriormen-
14 te foi modificada por Gustillo, Gruninger e Davis.
A classificação de Gustillo, como é universalmen-
4
seguir.
A abordagem das fraturas expostas começa no
local do acidente. Quando não tratadas adequa-
damente, as fraturas expostas podem desenvol-
ver infecções graves, de acordo com fatores,
como: tempo de exposição, grau de contamina-
ção e, principalmente, a energia produzida pelo Figura 17.
traumatismo no comprometimento das partes
moles ao redor.
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local do acidente. A avaliação global do paciente tando-se pelo fechamento adequado da ferida.
utilizando-se os conceitos do ATLS é de funda-
mental importância. Quanto ao transporte para Limpeza do Membro
atendimento adequado, recomenda-se que o
Afetado
membro afetado seja imobilizado, após cober-
tura adequada da ferida com material de prefe- Coloca-se o membro afetado sobre uma calha,
rência estéril, e que não seja manipulado ou re- isola-se a ferida cobrindo-a com compressa es-
duzido, evitando-se assim que contaminação adi- téril e inicia-se a lavagem com água e sabão diger-
cional ocorra. mante. Previamente, faz-se tricotomia e as unhas
são aparadas. Repete-se a operação várias vezes
até certicar-se de que o membro encontra-se
Fase Hospitalar
devidamente limpo. 15
Na fase hospitalar, o atendimento no Pronto-so- 4
Estabilização Primária
A estabilização óssea por meio de fixação exter-
na e interna é recomendada para a maioria das
fraturas expostas. A fratura deve ser reduzida tão
Desbridamento próximo quanto possível de sua posição anatô-
mica. O restabelecimento da anatomia possibili-
Esta é a fase crucial na abordagem das fraturas
ta o alinhamento das estruturas neurovascula-
expostas. A pele da borda do ferimento é incisada
res, o que propicia circulação sangüínea ade-
retirando-se o tecido desvitalizado (Figura 18).
quada à extremidade traumatizada, além da re-
Procede-se da mesma maneira no tecido subcu-
dução do espaço morto, onde poderia acumular
tâneo. Por vezes, faz-se necessário ampliar o fe-
sangue. Em nível microscópico, a estabilidade
16
rimento cirúrgico para visualizar-se melhor as
propicia a igual estabilidade dos tecidos moles e
estruturas envolvidas. A fáscia profunda é expos-
facilitará a proliferação e crescimento invasivo
ta, sendo a mesma ressecada até que se tenha
4
seminários em ortopedia
posterior, flexor longo do hálux e flexor longo esse recurso, todos os compartimentos suspei-
dos dedos. O nervo e a artéria tibial posterior tos devem ser submetidos a uma fasciotomia. A
estão dentro desse compartimento. figura 19 ilustra uma situação onde foi realizada
A dor pode ser o primeiro e mais importante a fasciotomia enquanto a fratura foi estabilizada
sintoma de uma síndrome de compartimento por meio de fixador externo.
iminente. De modo geral, é descrita como sendo
de intensidade muito maior do que a esperada, Amputações
difícil de controlar com analgésicos comuns e é
exacerbada à extensão passiva da musculatura. Por vezes, ficamos diante de situações onde, o
Muito cuidado deve-se ter nos pacientes em dano de partes moles pode determinar a gravi-
coma. dade da lesão, levando até mesmo à amputação,
17
independente do tipo de lesão óssea acometida
(Figura 20).
4
FASCÍCULO
seguir.
manter um membro inviável persista, vários au-
tores se preocuparam em mensurar ou determi-
nar a viabilidade do membro. O sistema mais
seminários em ortopedia
Figura 22. Estabilização primária de fratura
exposta com haste intramedular bloqueada. Via
de acesso proximal.
19
4
FASCÍCULO
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