Cartografia Geologica Do Geo-Recurso Bre
Cartografia Geologica Do Geo-Recurso Bre
Cartografia Geologica Do Geo-Recurso Bre
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
CARTOGRAFIA GEOLÓGICA
DO GEO-RECURSO
“BRECHA ALGARVIA”
CARTOGRAFIA GEOLÓGICA
DO GEO-RECURSO
“BRECHA ALGARVIA”
Com base nos dados colhidos, os recursos disponíveis “in situ” foram calculados
em cerca de 26 e 16 milhões de toneladas, respectivamente para cada uma das zonas,
considerando uma profundidade de exploração até 50 m.
1
ÍNDICE
Pág.
RESUMO ..................................................................................................................... 1
ÍNDICE ....................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
1.1. Objectivos e Metodologia ............................................................................ 5
1.2. O Projecto de Valorização Global da “Brecha Algarvia”................................... 6
2. GEOLOGIA............................................................................................................... 7
2.1. Enquadramento Geológico........................................................................... 7
2.2. Formação Cerro da Cabeça.......................................................................... 8
2.3. Limites geológicos .....................................................................................11
2.3.1. Limite inferior – Formação Jordana ..................................................11
2.3.2. Limite superior – Formação Escarpão ...............................................11
2.3.3. Formação Peral ..............................................................................12
2.4. Variações de Fácies ...................................................................................12
2.5. Cartografia................................................................................................14
3. TECTÓNICA ............................................................................................................15
3.1. Tectónica Distensiva Mesozóica ..................................................................15
3.2. Inversão Tectónica Alpina ..........................................................................16
3.3. Sector Oriental da Bacia Algarvia ................................................................17
3.3.1. Falha Loulé - S. Brás.......................................................................17
3.3.2. Falha de Sto. Estêvão .....................................................................18
3.3.3. Falha dos Machados .......................................................................18
3.4. Estruturas Geológicas Mesoscópicas............................................................18
3.4.1. Área de Santo Estêvão....................................................................19
3.4.1.1. Superfícies estilolíticas e fendas de tracção..............................19
3.4.1.2. Estrutura compressiva ...........................................................21
3.4.2. Área da Mesquita ...........................................................................23
3.4.2.1. Estrutura compressiva ...........................................................23
3.4.2.2. Zonas brechificadas...............................................................25
3.5. Mapa das principais estruturas e modelo geométrico ....................................27
3.5.1. Falha dos Machados .......................................................................27
3.5.2. Falha v.g. Machados – S. Brás de Alportel ........................................27
3.5.3. Falha de Sto. Estêvão .....................................................................28
3.5.4. Falhas N-S .....................................................................................29
3.5.5. Falhas E-W ....................................................................................30
2
3.5.6. Dobras de eixo E-W........................................................................31
3.6. Modelo cinemático do sector ......................................................................31
4. RECURSOS .............................................................................................................32
4.1. Zona da Mesquita......................................................................................32
4.1.1. Enquadramento .............................................................................32
4.1.2. Fracturação ...................................................................................34
4.1.3. Sondagens.....................................................................................39
4.1.4. Área Potencial................................................................................42
4.1.5. Avaliação de Recursos ....................................................................45
4.2. Zona de Santo Estêvão ..............................................................................47
4.2.1. Enquadramento .............................................................................47
4.2.2. Fracturação ...................................................................................49
4.2.3. Sondagens.....................................................................................53
4.2.4. Área Potencial................................................................................55
4.2.5. Avaliação de Recursos ....................................................................58
4.3. Zona de Tavira ..........................................................................................59
4.4. Zona do Cerro da Cabeça ...........................................................................61
4.5. Outras Zonas ............................................................................................62
5. CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA..................................................................................64
5.1. Transformação ..........................................................................................66
6. CONCLUSÕES ..........................................................................................................68
6.1. Geo-recurso “Brecha Algarvia” ....................................................................68
6.2. Tectónica..................................................................................................69
7. AGRADECIMENTOS ...................................................................................................71
8. BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................72
ANEXO I:“LOGS” DAS SONDAGENS
ANEXO II: II.1. MAPA DAS PRINCIPAIS ESTRUTURAS
II.2. MAPA GEOLÓGICO
3
1. INTRODUÇÃO
A presente dissertação corresponde ao corolário dos trabalhos desenvolvidos pelo
autor no âmbito do Mestrado em Cartografia Geológica, no Departamento de Geociências
da Universidade de Évora, sob a orientação do Professor Alexandre Araújo.
Apesar de aflorar numa extensa área, que se estende das imediações de S. Brás
de Alportel até à zona de Tavira, ocupando cerca de 30 km2, esta rocha ornamental
apenas se encontra em exploração em duas localidades: Sto. Estêvão, no concelho de
Tavira, e Mesquita Baixa, no concelho de S. Brás de Alportel. A sua singularidade e valor
como rocha ornamental justificaram que a região fosse alvo de estudo, com vista a uma
tentativa de avaliação aproximada dos recursos existentes, e à eventual indicação de
novas áreas que apresentem um bom potencial ornamental.
4
1.1. Objectivos e Metodologia
Assim, este trabalho passa pela delimitação, caracterização e avaliação das áreas
que apresentam potencialidade para a exploração de rochas ornamentais, dentro da área
de afloramento da Formação Cerro da Cabeça, com cerca de 30 km2.
Este estudo tem um carácter científico geral, não pretendendo fazer a avaliação de
viabilidade para a implantação de unidades extractivas, visto que esse tipo de trabalho se
insere na área de actuação dos industriais. No entanto, deverá servir como base para
novos trabalhos de maior pormenor que venham a ser desenvolvidos nesta zona, ou
sobre este recurso.
• Execução dos logs das sondagens realizadas pelo IGM, avaliando em profundidade os
litótipos presentes, em função da sua aptidão ornamental;
5
1.2. O Projecto de Valorização Global da “Brecha Algarvia”
Fig. 1.1: Mapa simplificado dos trabalhos de campo realizados, no âmbito do Projecto de
Valorização Global da “Brecha Algarvia”, com a identificação dos que foram executados pelo autor.
(Consultar legenda do Mapa Geológico, no Anexo II.2)
6
2. GEOLOGIA
Figura 2.1: Mapa geológico da Bacia Algarvia (Adaptado de Oliveira, J. T. et. al. 1992).
Segundo Manuppella et al. (1988), na Bacia Algarvia podem ser definidos três
domínios tectono-sedimentares, nos quais se depositaram quatro unidades mega-
sequenciais separadas por descontinuidades de primeira ordem. A área em estudo insere-
-se no domínio mais oriental, a Sub-bacia de Faro.
7
2.2. Formação Cerro da Cabeça
8
Figura 2.3: Calcário fortemente bioclástico grosseiro, de matriz micrítica, com oncóides e
espongiários (ampliação ≈ 13 x) (Manuppella et. al. 2000).
9
O ambiente nunca terá sido favorável ao crescimento de uma verdadeira
construção recifal, quer pelo acarreio detrítico, que foi por vezes importante,
especialmente na base da Formação, quer pelas condições ambientais (Manuppella et al.,
2000).
Fig. 2.5: Aspecto brechóide característico da Formação Cerro da Cabeça (Manuppella et. al. 2000).
10
ser uma dolomitização obliterante. A cartografia delimitou zonas de intensa dolomitização,
como por exemplo a zona a sul do Cerro da Cabeça, até às imediações do núcleo de
pedreiras de Sto. Estêvão, tal como se pode constatar no mapa geológico (Anexo II.2).
Segundo este autor, tratam-se de dolomitos epigenéticos derivantes principalmente das
intrusões filoneanas existentes ao longo da falha de Sto. Estêvão, e dos efeitos da
fracturação regional.
11
2.3.3. Formação Peral
12
camadas provavelmente pertencentes à Formação da Senhora da Rocha, intercalada na
Formação Peral, sendo uma variação de fácies desta Formação (Manuppella et al., 2000).
JURÁSSICO SUPERIOR
4) Formação Sta. Bárbara de
Nexe Kimmeridgiano
Formação Jordana
1) Formação Peral
2) Formação Senhora da
Rocha Oxfordiano
13
2.5. Cartografia
Tal como pode ser observado no mapa geológico (Anexo II.2), ocorreu várias
vezes a situação em que se conseguiu identificar um determinado acidente tectónico, na
zona de interface entre duas litologias, mas, à medida em que o acidente se afasta deste
interface, deixa de ser localizável. Na realidade, o que normalmente se observou foi o
rejeito no contacto entre duas unidades litológicas adjacentes, de onde se inferiu a
existência de um acidente. Raros foram os casos em que se conseguiram observar
directamente os acidentes.
14
3. TECTÓNICA
15
o sistema de desligamentos esquerdos, herdado do soco varisco, apresenta direcção
aproximadamente ENE-WSW e o sistema conjugado varia entre NW-SE e N-S.
16
Fig. 3.2: Representação esquemática da trajectória da placa africana, em relação à euro-asiática.
Os números junto aos nós das trajectórias referem-se à datação das sucessivas posições, em
milhões de anos (adaptada de Dewey et al., 1989 in Terrinha, 1998).
Neste sector, existem algumas estruturas importantes que, por afectarem a zona
em estudo, interessa referenciar.
Esta falha, apesar de não intersectar a zona estudada, materializa o limite oeste
da mancha de afloramento da Formação Cerro da Cabeça. Apresenta direcção
aproximadamente NE-SW, sub-paralela às principais falhas responsáveis pela distensão da
bacia no Mesozóico, sendo limitada a SW pela falha de S. Marcos – Quarteira e, a NE,
pelo soco hercínico. Segundo Terrinha (1998), apesar de a sua principal inversão ter sido
pré-miocénica, esta mantém-se, no entanto, activa na actualidade. A oeste de S. Brás de
Alportel, na zona onde ocorrem os afloramentos mais ocidentais da Formação Cerro da
17
Cabeça, esta falha é cortada pela falha dos Machados, que se comporta como falha de
transferência.
Esta falha, denominada por Terrinha (1998) como falha Boavista – Moncarapacho,
assume especial interesse devido ao facto de atravessar a zona de estudo, cortando uma
mancha de Formação Cerro da Cabeça. Estende-se desde Moncarapacho até à zona de
Sta. Margarida, a NW de Tavira, por cerca de 11 km, com uma direcção
aproximadamente ENE-WSW, sub-paralela à falha Loulé - S. Brás. Segundo Manuppella et
al. (1987b), a existência de corpos eruptivos injectados ao longo da falha, demonstra que
esta afecta o soco paleozóico. Ainda segundo este autor, durante a fase distensiva da
bacia, esta ter-se-á comportado como falha normal, para SE da qual terá ocorrido um
aumento de espessura das séries Mesozóicas. Por acção da inversão tectónica, foi
reactivada como inversa tendo, segundo Terrinha (1998), formado um cavalgamento com
vergência para SE que cortou a anterior falha normal.
18
3.4.1. Área de Santo Estêvão
19
Fig. 3.4: Pormenor da parede de uma
pedreira, onde se observa a presença de
fendas de tracção, aproximadamente
perpendiculares às superfícies
estilolíticas.
20
3.4.1.2. Estrutura compressiva
21
Fig. 3.6.c
Fig. 3.7: Projecção estereográfica do plano de cavalgamento, e das estrias nele contidas.
Da junção de todos estes dados conclui-se que este deverá ser um plano de
cavalgamento, de direcção aproximadamente E-W, evidenciando movimentação inversa
22
para o quadrante norte, estando a geração destas estruturas certamente relacionada com
a inversão da Bacia Algarvia.
Um pouco mais para sul, na pedreira “Banza dos Anjos”, p. ex., as camadas já
apresentam inclinação para o quadrante S (Fig. 3.9).
23
do bloco sul (Fig. 3.8). Deve realçar-se, no entanto, que é possível que a movimentação
inversa da falha se tenha dado com vergência para sul, tal como Terrinha (1998) defende
para a generalidade das estruturas de inversão com esta direcção. No entanto, não foram
observadas evidências que apontem nesse sentido.
Fig. 3.9: Projecção estereográfica dos planos de S0 e das fendas de tracção na pedreira
“Brechal P2”, e dos planos de S0 na pedreira “Banza dos Anjos”.
Na pedreira "Brechal P2", observam-se, tal como na zona de Sto. Estêvão, fendas
de tracção que parecem manter a mesma relação de perpendicularidade com S0, apesar
de aqui serem muito menos frequentes. Esta relação de perpendicularidade parece
indiciar uma génese como fendas de tracção, aquando da abertura da bacia. Observa-se
também a existência de algumas superfícies estilolíticas verticais, sub-perpendiculares a
S0, que serão o registo da ocorrência de um regime compressivo sub-horizontal,
provavelmente relacionado com a inversão da bacia. Saliente-se, no entanto, que estas
estruturas apenas foram observadas a duas dimensões, numa parede da pedreira, pelo
que não foi possível efectuar medições correctas da sua atitude, ficando por esclarecer a
posição do campo de tensões que lhes deu origem.
24
3.4.2.2. Zonas brechificadas
• Têm orientação irregular, umas vezes vertical, outras sub-paralela a S0, mas mais
frequentemente aleatória, o que sugere não serem de origem sedimentar;
25
retomar da distensão da bacia, ter-se-ão gerado (ou retomado) as fracturas N-S de
grande dimensão, ao longo das quais se deu a ocasional ascensão de argilas,
provenientes de uma unidade mais profunda (Fig. 3.11.b). As pequenas fracturas,
preenchidas por intraclastos, terão sofrido abundante circulação de fluidos, levando ao
seu preenchimento por óxidos. Mais tarde, o cimento terá sofrido esparitização.
3.10.a
3.10.b 3.10.c
26
3.11.a 3.11.b
Fig. 3.11: Modelo hipotético da génese das zonas brechificadas, e sua relação com as fracturas N-
S, observadas no núcleo de pedreiras da Mesquita. a: Selagem temporária das falhas e fracturação
local da rocha, formando zonas brechificadas, causada pelo aumento de pressão pela acumulação
de fluidos provenientes da diagénese das formações subjacentes. b – Retomar da distensão e
formação de fracturas N-S, de grande dimensão, ao longo das quais se deu ocasional ascensão de
argilas, provavelmente provenientes de uma unidade geológica mais profunda.
Apesar de esta falha ter uma expressão relativamente reduzida neste mapa, faz
provavelmente parte da falha que liga Faro a S. Brás de Alportel, prolongando-se depois
27
pelo soco hercínico, causando um rejeito direito no contacto entre este domínio e a Bacia
Algarvia.
Tal como já foi referido no capítulo 3.3.2, esta falha ter-se-á comportado como
normal, durante a distensão da bacia, com o consequente abatimento do bloco SE, tendo
sido reactivada como inversa, durante a inversão.
Se, durante a distensão, esta falha apresentava inclinação para SE, é provável que
o movimento inverso tenha sido vergente para NW, reactivando o plano já anteriormente
activo. De acordo com esta interpretação, a sua inversão não terá sido completa, visto
que as unidades a muro são genericamente mais antigas do que as que se encontram a
tecto. É importante ter em atenção que, tal como já foi referido, segundo Manuppella
(1987b), para SE desta falha deu-se o aumento de espessura das séries mesozóicas, o
que implicaria uma maior quantidade de movimento para que a inversão fosse completa.
À saída de Santo Estêvão, para norte, existe uma barreira na estrada, onde se
observa uma dobra com várias falhas associadas, em calcários margosos da Formação
Peral, ligeiramente a norte do local onde foi interpretada a localização da falha com o
nome desta povoação (Fig. 3.12).
A análise desta estrutura não se mostrou muito conclusiva, visto não terem sido
observados critérios de movimentação das falhas. Além disso, não é evidente a
hierarquização entre os dois grupos de falhas observados. Da relação geométrica entre
eles retém-se o facto de, provavelmente, a direcção de compressão máxima, do campo
de tensões que lhes deu origem, ser sub-vertical, enquadrando-se num ambiente
distensivo.
Não tendo sido encontrados indícios que levassem a uma conclusão, assumiu-se
que a movimentação inversa da falha de Sto. Estêvão se tenha dado pela reactivação da
falha normal, com vergência para norte.
28
Fig. 3.12: Corte geológico interpretativo da estrutura presente à saída de
Santo Estêvão, para norte.
Em toda a área cartografada, com especial incidência na zona oeste, podem ser
observadas falhas de direcção aproximadamente N-S, compartimentando a zona de
ocorrência da Formação Cerro da Cabeça. Maioritariamente, aparentam possuir
componente de desligamento direita, apresentando também algumas delas provável
movimento vertical. Em alguns casos terão funcionado como fronteiras para a acção da
29
deformação, descontinuando a propagação lateral de algumas dobras e falhas inversas,
em compartimentos contíguos.
Fig. 3.13: Corte geológico interpretativo da estrutura presente na zona entre Barrabés e Vale da
Galega, a sul de S. Brás de Alportel (Consultar localização no Anexo II.1).
30
3.5.6. Dobras de eixo E-W
31
4. RECURSOS
A escolha destas zonas prendeu-se com a análise de vários factores, tais como a
abundância e dimensão dos afloramentos, a espessura das camadas, a menor intensidade
da fracturação e a ocorrência de explorações, mesmo que abandonadas.
4.1.1. Enquadramento
32
Os métodos de desmonte aqui empregues são mecanizados, nomeadamente
fazendo uso de maquinaria pesada e de corte com fio diamantado (Fig. 4.1 e 4.2).
33
Litologicamente trata-se de um calcário bioclástico grosseiro, intraclástico, com
cimento esparítico, encontrando-se por vezes ligeiramente dolomitizado (Manuppella et
al., 2000).
Fig. 4.3: Chapas polidas de três litótipos de “Brecha Algarvia” explorada na zona da Mesquita.
4.1.2. Fracturação
A análise da fracturação desta zona far-se-á apenas com recurso aos dados
colhidos nas três pedreiras em actividade, e em duas abandonadas. Este facto deve-se à
impossibilidade de se efectuarem medições à superfície, consequência de os afloramentos
serem muito carsificados, ou então pouco frequentes e bastante espaçados. Por sua vez,
devido à frequente carsificação e à falta de elementos de referência, não foi possível
traçar a geratriz necessária para o processo de orientação dos testemunhos das
sondagens e para a medição da atitude das fracturas. Assim sendo, os dados de
fracturação colhidos não são tão completos como seria desejável.
34
níveis bastante profundos, podendo em alguns locais ser observados até cerca dos 15 a
20 m de profundidade.
35
como por exemplo pela ocorrência de corredores de fracturação N-S, aos quais está
associada uma intensa carsificação.
No que respeita à atitude das fracturas, os dados indicam uma predominância das
fracturas de direcção aproximadamente N-S, tal como se pode observar na rosa vectorial
onde se representa a distribuição das direcções de fracturação (Fig. 4.5).
Fig. 4.5: Rosa vectorial com a representação das direcções de fracturação, construída com os
dados colhidos na zona da Mesquita.
36
Fig. 4.6: Estereograma com a projecção dos pólos dos planos de fractura, referente aos dados
colhidos nas pedreiras da zona da Mesquita (rede de Schmidt, hemisfério inferior).
37
Comp. Nº de Freq. Linear Distância entre fracturas consecutivas (m)
Perfil
(m) Fracturas Fracturação Máximo Mínimo Média Desv. Pad. Mediana %Dist.>0,5m %Dist.>1,0m %Dist.>1,5m
Sto. Estêvão
1.1 54,47 49 0,88 3,69 0,09 1,13 0,92 0,83 70,8 41,7 31,3
1.2 19,34 17 0,83 2,64 0,06 1,14 0,81 1,05 70,6 52,9 35,3
2.1 17,15 9 0,47 4,76 0,80 2,14 1,38 1,88 100,0 75,0 50,0
2.2 40,40 11 0,25 8,20 0,65 3,67 2,86 2,57 100,0 90,9 63,6
Total 131,36 86 0,62 8,20 0,06 1,56 1,59 1,07 77,4 53,6 38,1
4.1 14,95 5 0,27 7,15 1,40 3,74 2,76 3,20 100,0 100,0 75,0
4.2 25,20 35 1,35 3,25 0,20 0,83 0,61 0,70 70,6 26,5 5,9
5.1 16,60 22 1,27 2,30 0,20 0,81 0,58 0,55 57,1 33,3 9,5
5.2 7,55 6 0,66 2,65 0,30 1,51 1,09 1,60 60,0 60,0 60,0
6.1 17,50 28 1,54 2,40 0,15 0,72 0,59 0,45 40,7 22,2 7,4
6.2 11,50 21 1,74 1,60 0,15 0,59 0,37 0,50 35,0 10,0 5,0
Total 176,35 202 1,09 9,50 0,05 0,97 1,09 0,62 60,6 30,6 15,0
Fig. 4.7: Tabela com distribuição estatística dos dados de fracturação colhidos nas pedreiras de Sto. Estêvão e Mesquita
(Frequência Linear de Fracturação e Distância entre fracturas consecutivas).
Dist.> - percentagem de troços entre fracturas com distância superior a 0,5m, 1,0m e 1,5m.
38
Fig. 4.8: Histograma da distância entre fracturas, referente aos
dados colhidos na zona da Mesquita
Apesar de esta representação ser uma generalização das diversas realidades que
já se constatou existirem nesta zona, importa não deixar de a apresentar para que possa
servir como termo gráfico de comparação com os dados colhidos no núcleo de Sto.
Estêvão (Capítulo 3.2.2). Será necessário ter em atenção que os dados colhidos na zona
da Mesquita reflectem uma realidade algo “penalizada”, quando comparados com os do
outro núcleo de exploração da “Brecha”. Esta situação deve-se ao facto de incluírem
medições realizadas em pedreiras abandonadas, facto que não se passou nesse segundo
local.
4.1.3. Sondagens
Os locais escolhidos para a sua localização foram seleccionados por uma de duas
razões: por serem zonas em que decorrem, ou decorreram no passado, trabalhos de
39
exploração, mas que interessa reconhecer em profundidade; ou então por, apesar de
serem zonas ainda inexploradas, aparentarem um bom potencial, que interessa conhecer
melhor.
A sondagem BrAlg09 foi executada dentro de uma das pedreiras actualmente activas,
enquanto que a BrAlg06 foi realizada na zona a sul deste local e as BrAlg07 e 08 foram
realizadas a SE.
Para cada sondagem foi realizado um “log” com a compilação de duas vertentes
de informação: a vertente litoestratigráfica e a tecnológica (Anexo I). No caso específico
desta tese, a vertente litoestratigráfica (Manuppella et al., 2000) foi mantida como útil
complemento da caracterização tecnológica.
Como já foi referido, a sondagem BrAlg06 foi realizada a sul das pedreiras
actualmente activas, na base de uma pequena elevação que apresenta um elevado
número de afloramentos rochosos de dimensão média a grande. Na impossibilidade de lá
conseguir deslocar a sonda, optou-se por localizar a sondagem na sua periferia. Até cerca
40
dos 21 m foi intersectada “brecha” de cor creme acinzentada, com manchas rosadas e
amareladas. A rocha apresentou qualidade média, com frequentes estilólitos com abertura
incipiente, intercalada com zonas carsificadas e fracturadas, com preenchimento de “terra
rossa”. Dos 21 aos 32 m a rocha apresenta idênticas características, mas sem
intercalações carsificadas. A partir dos 32 m começa a apresentar-se mais acinzentada até
que, cerca dos 40 m, se dá a passagem para os calcários da Formação Jordana.
Por sua vez, a sondagem BrAlg08 foi efectuada perto do cimo desta elevação,
numa antiga pedreira de pequena dimensão, tendo obtido resultados bastante
satisfatórios. A rocha mostrou-se com boa qualidade logo desde os metros iniciais, apesar
da presença de estilólitos e pequenas fracturas e de algumas intercalações de zonas
carsificadas e fracturadas. Num troço intermédio, dos 25,56 aos 44,26 m, apresentou-se
dolomitizada, com qualidade média a má. A partir daqui até aos 76,58 m, ocorreu
novamente com boa qualidade, tendo-se atravessado vários troços com mais de 3 m sem
fracturas. Nos últimos metros, até aos 78,68 m, a qualidade foi considerada má porque a
rocha se encontrava muito fracturada.
Fig. 4.9: Realização da sondagem BrAlg09, dentro de uma pedreira, na zona da Mesquita.
41
Até cerca dos 40 m a rocha apresentou-se com boa qualidade, praticamente sem
zonas carsificadas ou fracturadas, exibindo tons acinzentados e rosados. A partir dessa
profundidade a rocha apresentou-se mais frequentemente com tons cinzentos, exibindo
intercalações margosas ou argilosas dos 40,47 aos 43,57, dos 50,35 aos 55,01, dos 96,14
aos 101,83 e dos 105,90 aos 111,85 m. A qualidade continuou a ser maioritariamente boa
até cerca dos 96 m, altura em que passou a ser média. Entre os 111,85 e os 112,94 m
ocorreu uma intercalação de rocha ígnea alterada, da qual não se reconheceram outros
vestígios. A partir dos 148,80 m deu-se a passagem à Formação Jordana, até ao fim da
sondagem, aos 171,71 m.
Tal como pode ser observado na figura 4.10, esta área desenvolve-se a sul das
povoações Mesquita Baixa e Desbarato, perfazendo um total de 88,8 ha.
Nas figuras 4.11 e 4.12 são apresentados dois cortes geológicos que expressam a
interpretação da estrutura da área. Ambos os cortes foram realizados segundo uma
direcção N-S, de forma a serem aproximadamente perpendiculares à estrutura.
42
Fig. 4.10: Extracto do mapa da zona das pedreiras de Sto. Estêvão, com localização dos
cortes geológicos e das áreas potenciais (Consultar localização no Anexo II.2).
43
Fig. 4.11: Corte geológico realizado na zona das pedreiras do núcleo da Mesquita.
Fig. 4.12: Corte geológico realizado na zona dos Penedos Altos, núcleo da Mesquita.
44
4.1.5. Avaliação de Recursos
Para o cálculo de recursos que se apresenta, faz-se uso dos dados colhidos
durante a cartografia, à superfície e nas pedreiras, dos cortes geológicos interpretados e
da descrição das sondagens.
V=AxP
A = Área de afloramento
P = Profundidade
45
ser uma faixa estreita, na zona NW da área, que eventualmente apresentará uma
espessura ligeiramente inferior mas que, pela sua dimensão, irá ser negligenciada.
Com base no valor da Massa Volúmica Aparente da amostra colhida nesta área,
calculado experimentalmente através de ensaios tecnológicos (Capítulo 5), chegou-se ao
valor da tonelagem total (Fig. 4.13)
Massa
Volume de
Área Profundidade Volúmica Tonelagem
Recursos
(m2) (m) Aparente (ton)
(m3)
(ton/m3)
888.000 50 44.400.000 2,665 118.326.000
Tendo em conta que estes valores reportam a duas pedreiras cujos pisos de em
exploração já ultrapassaram a zona onde mais se faz sentir a acção da fracturação e
carsificação superficiais (10 a 20 m), espera-se que este valor de rendimento seja
representativo do rendimento médio, para os 50 m de profundidade. Com base nesse
pressuposto, calculou-se a tonelagem disponível na totalidade da área (cerca de
26 milhões de toneladas).
46
4.2. Zona de Santo Estêvão
4.2.1. Enquadramento
Esta faixa, com orientação aproximada NE-SW, encontra-se limitada a norte pela
Falha de Santo Estêvão, através da qual chega mesmo a contactar com a Formação Peral,
pelo biselamento da Formação Jordana. Sobre a Formação Cerro da Cabeça encontram-se
os calcários da Formação Escarpão, que se estendem para SE.
47
Fig. 4.16: Operação de desmonte e divisão de uma talhada em blocos.
48
Nesta zona, a “Brecha” apresenta cor creme, podendo exibir variações rosadas,
amareladas ou acinzentadas. Litologicamente trata-se de um calcário bioclástico
grosseiro, intraclástico, com matriz esparítica (Manuppella et al., 2000) (Fig. 4.17).
Localmente ocorrem pequenos corais e zonas de maior abundância de superfícies
estilolíticas, factores que conferem características estéticas bastante particulares a alguns
dos blocos extraídos (Fig. 3.3 e 3.4).
4.2.2. Fracturação
49
Fig 4.18: Variação vertical da distribuição e abertura das fracturas.
Pedreira na zona de Sto. Estêvão.
50
Quanto aos valores de inclinação, conforme é possível verificar no estereograma
(Fig. 4.20), estes dois grupos são também distintos, sendo que o primeiro tem uma
atitude aproximadamente vertical, apesar de apresentar alguma dispersão, enquanto que
o ENE-WSW tem uma inclinação de aproximadamente 32º para o quadrante SSE. Este
segundo grupo é a materialização da estratificação, que frequentemente se encontra
“aberta”, comportando-se como uma descontinuidade tão penalizante como qualquer
outra fractura (Fig.4.21).
Fig. 4.20: Estereograma com a projecção dos pólos dos planos de fractura, referente aos dados
colhidos nas pedreiras da zona de Sto. Estêvão (rede de Schmidt, hemisfério inferior).
51
Os dados de fracturação colhidos nesta zona apresentam-se de forma resumida,
em tabela (Fig. 4.7).
Não obstante o facto dos dados serem pouco representativos, são pelo menos
suficientes para fazer uma primeira comparação com os dados colhidos na região da
Mesquita.
52
Fig. 4.22: Histograma da distância entre fracturas, referente aos dados
colhidos nas pedreiras da zona de Sto. Estêvão.
4.2.3. Sondagens
Nesta zona foram realizadas cinco sondagens: três foram realizadas na zona
compreendida entre as pedreiras e a povoação do Butoque (BrAlg01, 02 e 03), e as
outras 2 foram realizadas na zona a SE desta mesma povoação (BrAlg04 e 10).
53
cerca dos 20 m de profundidade. Nos metros mais superficiais foi vulgar o aparecimento
de zonas carsificadas com cerca de 40 a 50 cm, preenchidas por “terra rossa”, e
fracturação mais frequente, espelhando o que se passa nestas explorações. A sua aptidão
foi considerada média precisamente por causa destes factores penalizantes. Dos 19,57
aos 48,50 m a rocha mostrou-se parcialmente alterada, factor que lhe confere uma má
aptidão. Dos 48,50 até ao final, aos 53,33 m, voltou a ocorrer o litótipo inicial, com boa
aptidão.
54
A sondagem BrAlg04 também apresentou vários troços de boa qualidade
alternando com zonas carsificadas e fracturadas, até aos 18,74 m. A partir dessa
profundidade exibiu qualidade ornamental particularmente boa, apresentando frequentes
troços de dimensão entre 1 e 2 metros, sem fracturas, dos 26 aos 40 m. Até ao final da
sondagem, aos 47,77 m, a fracturação mais frequente conferiu-lhe uma má aptidão.
Tal como se pode observar no mapa da figura 4.24 foram definidas duas sub-
áreas. Uma delas estende-se desde as imediações da povoação Butoque, para oeste, até
à zona envolvente às pedreiras, podendo ser considerada como a sua área de possível
expansão.
A segunda estende-se para ESE da referida povoação, não tendo ainda sido alvo
de pesquisa por parte dos industriais do sector extractivo.
Estas duas sub-áreas abrangem cerca de 24,4 e 19,8 ha, respectivamente, num
total de 44,2 ha.
55
Fig. 4.24: Extracto do mapa da zona das pedreiras de Sto. Estêvão, com localização do corte
geológico e das áreas potenciais (Consultar localização no Anexo II.2).
56
Fig. 4.25: Corte geológico realizado na área compreendida entre a povoação Butoque
e as pedreiras do núcleo de Sto. Estêvão.
57
4.2.5. Avaliação de Recursos
Fig. 4.27: Divisão das sub-áreas em parcelas, para o cálculo do volume de recursos.
58
Volume Massa
Área Profundidade de Volúmica Tonelagem
Polígono
(m2) (m) Recursos Aparente (ton)
(m3) (ton/m3)
1 43.000 20 860.000 2.294.480
2 78.000 40 3.120.000 8.324.160
3 123.000 50 6.150.000 2,668 16.408.200
4 198.000 50 9.900.000 26.413.200
Total 442.000 20.030.000 53.440.040
Fig. 4.28: Cálculo do volume e tonelagem de recursos, para a zona de Sto. Estêvão.
Como os industriais que operam nesta zona optaram por não responder à
solicitação que lhes foi feita, no sentido de cederem os dados referentes ao rendimento
das explorações, foi necessário assumir um valor com base no rendimento das
explorações da região da Mesquita (22%). Assim sendo, tendo a percepção de que o
rendimento será superior nesta zona, pareceu razoável utilizar o valor de 30%, na
expectativa de que não esteja muito afastado da realidade.
Perante outro valor de rendimento, que traduza de uma forma mais fiel a
realidade desta zona, bastará reproduzir os cálculos agora efectuados, alterando apenas
esse valor.
59
estratificação apresenta valores de idêntica direcção, e inclinação de aproximadamente
30º para norte.
Fig. 4.29: Exemplo de uma das antigas explorações da região de Tavira, agora abandonadas.
60
Fig. 4.30: Fragmento de bloco de “Brecha”, em tempos explorada na região de Tavira.
Pela conjugação de todos estes dados, constatou-se que esta área não apresenta
condições satisfatórias para a exploração deste recurso.
61
“Brecha” aqui aflorante apresenta cor cinzenta a creme, com laivos rosados e frequentes
zonas de calcite recristalizada.
Fig. 4.31: Exemplo de uma das pedreiras abandonadas, na zona SE do Cerro da Cabeça
62
No entanto, à luz de novas técnicas que certamente surgirão no futuro, essa classificação
poderá vir a ser reapreciada.
• Zona a sul de Alcaria do Gato, até Cabeça Longa, a oeste do Cerro da Cabeça;
63
5. CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA
Resistência
mecânica à
920 1305 1353 1166 1216
compressão
(kg/cm2)
Resistência
mecânica à
164 137 170 191 152
flexão
(kg/cm2)
Massa
volúmica
2713 2665 2692 2704 2668
aparente
(kg/m3)
Absorção de
0,62 0,8 0,16 0,24 0,4
água (%)
Porosidade
aberta 1,67 2,1 0,44 0,65 1
(%)
Calcite (%) 58 72 95 77 95
Dolomite (%) 42 28 5 23 5
64
Fonte do Bispo) que à da “Brecha avermelhada”, também da Mesquita, anteriormente
colhida. Por sua vez, a amostra 0358 RO (Sto. Estêvão), assemelha-se bastante à “Brecha
Pérola” de Moncarapacho.
Fe Total
0,18 0,16 0,07 0,35 0,06
(Óxidos)
Perda ao
44,70 43,30 43,35 43,90 42,70
Rubro
65
Através da caracterização química por fluorescência de raios X, foi efectuada a
comparação entre as duas gerações de amostras, de onde se concluiu que os valores
referentes às últimas se enquadram perfeitamente com os obtidos para as anteriores, não
havendo grandes contrastes.
5.1. Transformação
66
Fig: 5.4: Processo de selecção da “Brecha” em sub-tipos diferentes,
durante o processo de transformação.
67
6. CONCLUSÕES
A análise das sondagens realizadas nesta zona permitiu inferir uma espessura de
aproximadamente 150 a 200 metros, para a Formação Cerro da Cabeça.
68
Na área de Sto. Estêvão, concelho de Tavira, foram delimitadas duas sub-áreas, a
ocidente e oriente da povoação Butoque, abrangendo cerca de 24,4 e 19,8 ha,
respectivamente, num total de 44,2 ha.
6.2. Tectónica
69
compressão máxima N-S a N-S, foi caracterizada pela reactivação das falhas normais,
gerando dobras e cavalgamentos.
70
7. AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Rui Dias, ao Dr. Carlos Ribeiro e Prof. Francisco Pereira, e a todos os
colegas de mestrado, do Departamento de Geociências da Universidade de Évora, pela
livre troca de ideias e conselhos, que em muito contribuíram para o sucesso deste
trabalho.
À Marisa, por comigo ter partilhado os pontos altos, mas principalmente os baixos,
deste empreendimento atribulado em que nos lançámos.
71
8. BIBLIOGRAFIA
Dewey, J. F.; Helman, M. L.; Turco, E.; Hutton, D. H. & Knott, S. D. (1989) – Kinematics
of the Western Mediterranean. In Coward, M. P.; Dietrich, D. & Park, R. G. (eds),
Alpine Tectonics, Geol. Soc. Spec. Publ. No. 45, pp. 265-283.
Manuppella, G.; Carvalho, J.; Machado, S.; Henriques, P.; Quartau, R.; Casal Moura, A. &
Grade, J. (2000) - “Projecto de Valorização Global da “Brecha” Algarvia. Sub-
Projecto I: Estudos Geológicos de Caracterização do Recurso “Brecha”
Algarvia” (Relatório do IGM para a DRAGE).
Manuppella, G.; Ramalho, M. M.; Telles Antunes, M. & Pais, J. (1987a) – Notícia
Explicativa da Folha 53-A (Faro). Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa.
Manuppella, G.; Ramalho, M. M.; Telles Antunes, M. & Pais, J. (1987b) – Notícia
Explicativa da Folha 53-B (Tavira). Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa.
72
Oliveira, J. T.; Pereira, E.; Ramalho, M. M.; Antunes, M. T.; & Monteiro, J. H. (1992) -
Carta Geológica de Portugal, escala de 1:500 000, 5ª Edição, Instituto Geológico e
Mineiro, Lisboa.
Terrinha, P.; Ribeiro, C.; Kullberg, J. C.; Lopes, C.; Rocha, R. & Ribeiro, A. (2002) –
Compressive Episodes and Faunal Isolation during Rifting, Southwest Iberia.
The Journal of Geology, volume 110, p. 101–113. The University of Chicago.
73
ANEXO I
Oncoide
Formação Jordana
Extraclastos
Rocha ígnea
Quartzo
Algas calcárias
Calcário de cimento esparítico
Gasteropodes
Calcário dolomítico
Lamelibranquios
Brecha calcária
Estratificação entrecruzada
Material carbonoso
Calcário conglomeratico
Paleosolo
Argila
Terra rossa
Rocha ígnea
ANEXO II