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Teoria e exercícios comentados


Prof. Décio Terror Aula 7

Aula 7: Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos


semânticos. Estilística: figuras de linguagem.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Campos semânticos 1
2. Sentido e emprego de vocábulos 3
3. Parônimos, homôminos 8
4. Figuras de linguagem 20
5. Lista de questões da FGV 28
6. Gabarito 79

Olá, pessoal!
Vamos a mais uma aula!!!!!
Nossa metodologia nesta aula será um pouquinho diferente. A cada parte
da teoria, resolveremos uma ou mais questões para ilustrarmos a cobrança em
prova, porém tal questão é genérica, é de uma banca qualquer, mas terá um
efeito didático importante no ponto específico da aula.
Depois de vermos toda a teoria, teremos o treinamento e
aprofundamento apenas com as questões da FGV.
É por isso que somente as questões da FGV estarão numeradas e
constarão na segunda parte da aula como revisão, ok?!
Vamos ao primeiro tópico:

Campos semânticos

As palavras podem associar-se de várias maneiras. Quando se


relacionam pelo sentido, temos um campo semântico. Não se trata de
sinônimos ou antônimos, mas de aproximação de sentido num dado contexto.
Ex.: perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz partes do corpo humano
azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás cores
martelo, serrote, alicate, torno, enxada ferramentas
batata, abóbora, aipim, berinjela, beterraba legumes
Observações
a) Também constituem campos semânticos palavras como flor, jardim,
perfume, terra, espinho, embora não pertençam a um grupo delimitado; mas a
associação entre elas é evidente.

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b) As palavras podem pertencer a campos semânticos diferentes. Veja o caso


de abóbora, citada há pouco. Ela também serve para indicar cor, o que a
colocaria no segundo grupo de palavras.
c) Essas palavras também podem ser associadas no grupo de hiperônimos e
hipônimos que serão vistos em seguida.
Hiperônimo:
Quando há vocábulos reunidos em grupo fazendo parte um mesmo campo
semântico, podem-se associar esses vocábulos aos hiperônimos e hipônimos.
O prefixo “hiper” e “hipo” significam, respectivamente, generalização e
especificação. Assim, hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado
mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais
específico).
Por exemplo:
Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de batata (sentido mais específico).
Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de abacaxi (sentido mais específico).
Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de catapora (sentido mais
específico)
Por associação, hipônimo são palavras que se relacionam pelo sentido dentro
de um conjunto, ligando-se por afinidade ou por um ser parte do outro.
Por exemplo:
Banana ou laranja (sentido mais específico) são hipônimos de fruta (sentido
mais geral)
Azul ou preto (sentido mais específico) são hipônimos de cor (sentido mais
geral)
Alface ou couve (sentido mais específico) são hipônimos de verdura (sentido
mais geral)
Veja o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo
de gripe porque em seu significado contém o de gripe e o sentido de mais uma
série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é
hipônimo de doença.
A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a
coesão textual.
Exemplo:
Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São
pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas.
Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”,
uma vez que “pessoas” apresenta um significado mais abrangente que seu
hipônimo “refugiados”.
Outro exemplo:

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Dois soldados da Polícia Militar foram baleados na noite de ontem. O
comandante da operação informou que os militares já estão fora de perigo.
Neste exemplo, a palavra “militares” é um hiperônimo da palavra
“soldados” e foi utilizado para evitar a repetição do substantivo anteriormente
expresso.

Sentido e emprego dos vocábulos.

Basicamente o sentido dos vocábulos tem relação com a sinonímia,


antonímia e polissemia.
Sinonímia: é um item de suma importância para a interpretação de textos e
também para a coesão referencial, pois se pode retomar palavra anteriormente
expressa por seu sinônimo, evitando a repetição viciosa. Há sinonímia quando
duas ou mais palavras têm o mesmo significado em determinado contexto.
O comprimento da sala é de oito metros.
A extensão da sala é de oito metros.
A substituição de comprimento por extensão não altera o sentido da
frase, pois os termos são sinônimos.
Em verdade, as palavras são sinônimas em certas situações, mas podem
não ser em outras. É a riqueza da língua portuguesa falando mais alto. Pode-
se dizer, em princípio, que face e rosto são dois sinônimos: ela tem um belo
rosto, ela tem uma bela face. Mas não se consegue fazer a troca de face por
rosto numa frase do tipo: em face do exposto, aceitarei.
Esse tema tem relação direta com a interpretação de texto. A prova
normalmente lista expressões com o mesmo sentido contextual. Então o que é
mais importante é a atenção na interpretação.
Prefeitura de Cascavel 2016 Técnico (banca Consulplan)
Das palavras sublinhadas, a seguir, assinale aquela em que o seu significado
está correto, de acordo com o contexto empregado.
a) “Para quem preza a infância dos filhos e prioriza o aprendizado...” (9º§) –
pretere
b) “... o anseio deles para oferecer ao filho um objetivo maior para a sua
vida.” (1º§) – anelo
c) “Ser famoso e cultuado pelas mídias, se destacar na televisão ou
internet...” (5º§) – depreciado
d) “É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem
frequentadores assíduos...” (6º§) – esporádicos
e) “... é apenas um reflexo da percepção que têm a respeito do que o
mundo lhes apresenta...” (4º§) – falta de conhecimento
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “prioriza” é o mesmo que
preferir, e não preterir.
A alternativa (B) é a correta, pois realmente tem o sentido de “anseio”.
Mas você ficaria preocupado numa questão dessas porque tal palavra é pouco

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usada na linguagem rotineira. Mas você vai perceber que a banca nos ajuda
nas demais alternativas, com palavras bem conhecidas. Assim, basta
trabalhar por exclusão das alternativas erradas. Fatalmente você chegará a
esta como correta, mesmo não sabendo o sentido de “anelo”.
A alternativa (C) está errada, pois uma pessoa famosa e cultuada tem
relação com algo positivo, e não depreciativo, como aponta a alternativa.
A alternativa (D) está errada, porque uma pessoa assídua é aquela que
tem boa frequência; já esporádico dá noção de presença inconstante.
A alternativa (E) está errada, pois uma pessoa que tem percepção
detém conhecimento. Assim, não cabe “falta de conhecimento”.
Gabarito: B

Prefeitura de Cascavel 2016 Técnico (banca Consulplan)


De acordo com o contexto empregado, assinale a alternativa que apresenta o
significado correto do termo sublinhado.
a) “... principalmente, à primazia do conteúdo...” (8º§) – inferioridade.
b) “... a irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes geram um
convívio amorfo.” (2º§) – uniforme
c) “... é salutar lembrar que ela se desenvolve conectada ao clima
sociocultural em que vive.” (5º§) – prejudicial.
d) “... quando um aluno é considerado problemático e indisciplinado, ou
apresenta um ritmo de aprendizagem diferente...” (3º§) – acatado.
e) “... Mas isso ocorre porque as ideologias socioculturais da juventude, do
sucesso e da instantaneidade ganharam grande relevância,...” (9º§) –
momentaneidade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “primazia” tem relação com
“excelência”, “superioridade”, “prioridade”. Assim, não tem relação com
inferioridade.
A alternativa (B) está errada, pois “morfo” significa “forma” e o prefixo
“a” significa “sem”. Assim, amorfo significa sem forma definida.
A alternativa (C) está errada, pois “salutar” tem relação com algo
saudável, produtivo.
A alternativa (D) está errada, pois “indisciplinado” é aquele que não se
comporta com disciplina. É o contrário de acatado (aquele que acata,
disciplinado).
A alternativa (E) é a correta, pois algo instantâneo é momentâneo.
Gabarito: E

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IPSMI 2016 Procurador (banca VUNESP)

Diante do contexto, é correto concluir que a palavra “trivialidades” significa


a) excentricidades.
b) variedades.
c) especialidades.
d) atrocidades.
e) banalidades.
Comentário: Trivial é aquilo que é corriqueiro, típico do cotidiano, do dia a
dia, algo comum.
Assim, a alternativa que se aproxima deste sentido é a (E), haja vista a
palavra “banalidades”.
Gabarito: E

Antonímia
Requer os mesmos cuidados da sinonímia. Na realidade, tudo é uma
questão de bom vocabulário. Antonímia é o emprego de palavras de sentido
contrário, oposto.
Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso.
UNESP 2016 Assistente Administrativo (banca VUNESP)
Fragmento do texto: O impacto negativo da disponibilidade de crédito é
imediato. O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento mas também
enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos, pois não possui
carteira de trabalho assinada.
Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas
evidências de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da
informalidade, o retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do
desemprego.

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Na frase do último parágrafo – Tem-se aí outro aspecto perverso da
recessão... –, o termo em destaque é antônimo de
a) indispensável.
b) benévolo.
c) implacável.
d) malvado.
e) contundente.
Comentário: A palavra “perverso” tem relação com aquele ou aquilo que
sugere má índole, tendência a crueldades, tem relação com maldade.
Dessa forma, sabemos que o oposto é benévolo e a alternativa (B) é a
correta.
Gabarito: B

Polissemia: capacidade que as palavras têm de assumir significados variados


de acordo com o contexto.
Ele anda muito. Mário anda doente. Aquele executivo só anda de avião. Meu
relógio não anda mais.
O verbo andar tem origem no latim ambulare. Possui inúmeros
significados em português, dos quais destacamos apenas quatro. Trata-se,
pois, de uma mesma palavra, de uso diverso na língua. Nas frases do exemplo,
significa, respectivamente, caminhar, estar, viajar e funcionar.
FURP 2010 Assistente Administrativo (banca Funrio)
TEXTO: TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você.
Sinto muito, amor, mas não pode ser.
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem,
Que sai agora às onze horas,
Só amanhã de manhã.
E além disso, mulher, tem outra coisa:
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.
Sou filho único, tenho minha casa para olhar.
Eu não posso ficar...
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02)
Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o eu-
poético emprega o verbo olhar com o mesmo valor semântico que se
encontra em
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma.
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho.
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado.
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança.
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender.
Comentário: A palavra “olhar”, no contexto da música, significa tomar conta,
cuidar.
Na alternativa (A), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”,
“observar”.
A alternativa (B) é a correta, pois se percebe que a menina, mesmo
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sendo nova, toma conta do irmão, tem cuidado com ele.
Na alternativa (C), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”,
“observar”.
Na alternativa (D), o verbo “olhar” tem o sentido de “perceber”,
“examinar”, “sondar”.
Na alternativa (E), o verbo “olhe” tem o sentido de prestar atenção,
tomar cuidado.
Gabarito: B

Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio)


Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo
sentido.
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou
todos os seus recursos em ações imobiliárias.
B) A baleia azul chega a atingir seis metros de comprimento e quase nunca
chega às costas sul-americanas.
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar
um refrigerante estupidamente gelado.
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os
desentendimentos foram todos superados.
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se
destacasse o mais importante.
Comentário: Na alternativa (A), a primeira ocorrência do verbo “aplicar”
significa pôr em prática, empregar; a segunda ocorrência significa investir.
Vamos reescrever a frase com sinônimos:
Com a finalidade de empregar o que aprendera com seu avô, ele investiu
todos os seus recursos em ações imobiliárias.
Na alternativa (B), a primeira ocorrência do verbo “chegar” significa
atingir um ponto, alcançar; a segunda ocorrência significa atingir certo lugar,
ir. Vamos reescrever a frase com sinônimos:
A baleia azul alcança seis metros de comprimento e quase nunca vai às
costas sul-americanas.
Na alternativa (C), a primeira ocorrência do verbo “ver” significa
perceber; a segunda ocorrência significa olhar. Vamos reescrever a frase com
sinônimos:
Ele percebeu que realmente estava com sede quando olhou o companheiro
tomar um refrigerante estupidamente gelado.
Na alternativa (D), a primeira ocorrência de “vir” significa deslocar-se,
chegar; a segunda ocorrência, na realidade, é o verbo “ver” flexionado no
tempo futuro do subjuntivo “vir” (quando eu vir os meus amigos, quando tu
vires meus amigos, quando ele vir os meus amigos, quando nós virmos os
meus amigos, quando vós virdes os meus amigos, quando eles virem os
meus amigos. Assim, a segunda ocorrência significa “ver”, “observar”, “olhar”.
Veja:

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Chamará toda a turma para deslocar-se à reunião, quando observar que os
desentendimentos foram todos superados.
A alternativa (E) é a correta, pois “destacar”, nos dois contextos,
significam fazer sobressair, dar vulto ou relevo a:
Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se
destacasse o mais importante.
Gabarito: E

Homonímia e paronímia
Vamos, agora, trabalhar alguns vocábulos de particularidades
interessantes: os homônimos, parônimos e expressões afins.
Homônimas são palavras de som ou grafia iguais e sentidos diferentes.
Há dois tipos de homônimos: os homônimos homógrafos e homônimos
homófonos.
Os homógrafos são palavras que têm a mesma grafia, podendo ter ou
não a mesma pronúncia e sentido diferente: sede (/é/ lugar principal), sede
(/ê/ desejo veemente) e sede (/ê/ necessidade de ingerir líquido).
Já os homófonos são palavras que têm a mesma pronúncia, mas grafia
e sentido diferentes: incipiente/insipiente, cessão/seção/sessão.
Já os parônimos são palavras muito parecidas na pronúncia e na grafia,
mas não são idênticas. Exemplos: delatar/dilatar, iminente/eminente.
Vamos, agora, elencar alguns vocábulos que têm caído nas provas:

1) Uso dos porquês


1) Porquê (junto e com acento) é usado quando for sinônimo de
motivo, causa, indagação. Por ser substantivo, admite artigo e pode ir ao
plural:
Os considerandos são os porquês de um decreto.
O Relator explicou o porquê de cada emenda.
Qual é o porquê desta vez?
2) Por quê (separado e com acento) é usado quando a expressão
aparecer em final de frase, ou sozinha:
Brigou de novo, por quê?
Brigou de novo? Por quê?
Ria, ria sem saber por quê.

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3) Porque (junto e sem acento) é usado nos seguintes casos:
a. Para introduzir explicação, causa, motivo, podendo ser substituído
por conjunções causais como pois, porquanto, visto que:
Traga agasalho, porque vai fazer frio.(conjunção coordenativa explicativa = pois)
A reunião foi adiada porque faltou energia.(conjunção subordinativa causal = pois)
Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco mais. (conjunção
subordinativa causal = como)
b. Nas frases interrogativas a que se responde com “sim” ou “não”:
Ele não votou o projeto porque estava de licença?
Essa medida provisória está na pauta de votação porque é urgente?
Na realidade, a conjunção “porque” continua sendo subordinativa
adverbial causal. A diferença é que na própria pergunta já se dá a causa
(oração subordinada adverbial causal).

c. Como conjunção de finalidade (= para que), levando o verbo para


o subjuntivo. Esta construção é arcaica, mas vez por outra tem sido
encontrada:
Rezo porque tudo corra bem.
Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.
Contemporaneamente, para exprimir finalidade, objetivo, prefere-se
usar para que em lugar de porque: Rezo para que tudo corra bem.
4) Por que (separado e sem acento) é usado nos seguintes casos:
a. nas interrogativas diretas e indiretas:
Por que você demorou tanto? (interrogativa direta)
Quero saber por que meu dinheiro está valendo menos. (interrogativa
indireta)
b. sempre que se puder inserir as palavras motivo, razão:
Não sei por que ele se ofendeu. (Não sei por que motivo ele se ofendeu.)
O funcionário explicou por que havia faltado. (O funcionário explicou por que
motivo havia faltado.)
c. quando a expressão puder ser substituída por pelo qual, pela qual,
pelos quais, pelas quais, confirma-se que há pronome relativo “que”
antecedido da preposição “por”:
A estrada por que passamos está em péssimo estado de conservação.
(A estrada pela qual passamos está em péssimo estado de conservação.)
Esse é o motivo por que a reunião foi adiada.
(Esse é o motivo pelo qual a reunião foi adiada.)
d. quando “que” for conjunção integrante iniciando oração
subordinada substantiva objetiva indireta ou completiva nominal, com
imposição da preposição “por” pelo verbo ou nome, respectivamente:

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Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por isso)
O Relator estava ansioso por que começasse a votação. (= ansioso por isso)
Não se pode confundir este último caso com o uso da conjunção de
finalidade (conforme acima - nº 3, letra c). Veja a diferença:
Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.
Note que o nome opinião, anterior à conjunção, não exigiu a
preposição por. Além disso, percebe-se a intenção, a finalidade de não
expressar sua opinião: para que não desanimasse os colegas.
O Relator estava ansioso por que começasse a votação.
Aqui, o nome ansioso exige a preposição por, razão pela qual deve
ser separada do que.

2. Mau e mal
1) Mau
Mau é antônimo de bom. Pode aparecer como:
a. adjetivo – varia em gênero e número:
Não era mau rapaz, apenas um pouco preguiçoso.
Não eram maus rapazes, apenas um pouco preguiçosos.
Obs.: (feminino) Não era má atriz nas novelas, mas boa cantora no palco.
b. palavra substantivada:
Os bons vencerão os maus.

2) Mal
Mal é antônimo de bem. Pode aparecer como:
a. advérbio – não varia:
O candidato foi mal recebido.
Fizeram mal em dizer tais coisas.
b. substantivo – varia em número:
O mal nem sempre vence o bem.
Há males que vêm para o bem.
c. conjunção (corresponde a quando)– não varia:
Mal cheguei, ele saiu.
d. mal é também um prefixo:
mal-educado, malcriado, mal-humorado

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3. Mas – más – mais
1. Mais pode ser um pronome ou um advérbio. É o contrário de menos:
a. advérbio (indica intensidade) – modifica verbo ou adjetivo:
Converse menos e trabalhe mais.
A garota está mais bonita hoje.
b. pronome indefinido (indica quantidade) – modifica um substantivo:
Comprei mais lâmpadas para a sala de aula.
2. Mas é uma conjunção adversativa (indica oposição). Equivale a porém,
todavia, contudo:
Ele pretendia apoiá-la, mas na última hora desistiu.

3. Más é adjetivo:
Ela é uma má aluna.
4. Há – a – à
1) Emprega-se o há:
a. Com referência ao verbo fazer, indicando tempo decorrido:
Não o vejo há quinze dias.
Não se encontram há tempos.
Saiu daqui há duas horas.
b. Quando se trata de forma do verbo haver:
Há um artigo interessante nesta revista.
2) Emprega-se o a (preposição):
a. Com referência a tempo futuro:
A dois minutos da peça, o ator ainda retocava a maquilagem.
b. Com referência a distância:
Morava a cinco quadras daqui.
3) Emprega-se o a (artigo) quando se antepõe a substantivo feminino:
A apólice tornou-se grande trunfo na mão do advogado.
4) Emprega-se o à quando houver crase da preposição a com o artigo a ou
com o demonstrativo a:
Rendeu à colega uma homenagem semelhante à que recebera.
5. Senão – se não
1. A palavra senão é usada equivalendo a :
a. do contrário (conjunção)
Saia daqui, senão vai se molhar.
b. a não ser, salvo, exceto (preposição):

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Não podia acreditar, senão vendo com os próprios olhos.
Não faz outra coisa, senão reclamar.
c. mas sim, porém (conjunção adversativa)
Não tive a intenção de exigir, senão de pedir.
Aconselhava não como chefe, senão como amigo.
d. defeito, falha (substantivo):
Fez um discurso perfeito, sem nenhum senão. (Esta é a forma que se usa na
expressão “senão vejamos”.)
2. A expressão se não é usada equivalendo a caso não (conjunção condicional
e hipotética):
Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora. (caso não venha)
Se não buscares, não encontrarás.
O dispositivo está na Constituição, se não no Regimento Interno.
6. A fim de – afim
1. A expressão a fim de indica finalidade; corresponde a para:
Cheguei cedo a fim de terminar meu serviço.
(Deve-se evitar estar a fim de no sentido de estar com vontade de em textos
mais elaborados, pois trata-se de modismo, de gíria. Seu emprego só se
justifica em textos coloquiais: Eu não estou a fim de sair hoje.)
2. A palavra afim (numa única palavra) corresponde a semelhante ou parente
por afinidade:
A Matemática e a Física são ciências afins.
A língua portuguesa é afim da espanhola.
7. A par ou ao par?
1. A expressão a par equivale a ciente, informado, prevenido; em geral,
emprega-se com o verbo estar:
O diretor não estava a par do assunto.
2. A expressão ao par emprega-se em relação a câmbio; indica título ou
moeda de valor idêntico:
O real já esteve ao par do dólar. As ações foram cotadas ao par.
A lista a seguir mostra os distintos significados das palavras e expressões
que podem gerar dúvidas:
Abaixo-assinado: documento em geral de reivindicação, protesto ou
solidariedade assinado por várias pessoas: Não faltaram abaixo-assinados contra a
reforma da Previdência.
Abaixo assinado: cada uma das pessoas que assinam um abaixo-assinado: Nós,
abaixo assinados, vimos manifestar...
Abjeção: baixeza, degradação: Em um ambiente de abjeção, as pessoas perdem o
respeito.
Objeção: réplica, contestação, obstáculo: O projeto tramitou sem encontrar nenhuma
objeção.

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Absolver (absolvição): inocentar, perdoar: O tribunal absolveu o réu.
Absorver (absorção): embeber em si, recolher em si, fazendo desaparecer por
incorporação ou assimilação: O novo órgão absorveu as funções das duas secretarias
que foram extintas.
Acender: pôr fogo: Acender uma fogueira; ligar: Acender a lâmpada.
Ascender: subir, elevar-se: Ascender na carreira.
Acento: sinal gráfico, tom de voz: Nos discursos que fazia, era mestre em pôr o
acento certo nas palavras certas.
Assento: banco, cadeira: O Brasil reivindica assento no Conselho de Segurança da
ONU.
Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, falou acerca de seus projetos.
A cerca de: preposição “de” + quantidade aproximada: Brasília fica a cerca de
duzentos quilômetros de Goiânia.
Há cerca de: verbo “há” + quantidade aproximada: O povoado existe há cerca de um
século; Atualmente, há cerca de trezentos moradores vivendo em suas ruelas.
Acessório: suplementar, adicional, secundário: As questões acessórias serão
discutidas posteriormente; aquilo que se junta ao principal, complemento: Comprou
acessórios de informática.
Assessório: assessorial; relativo a assessores.
Acidente: acontecimento casual, imprevisto: Encontraram-se por acidente em uma
solenidade; desastre: Por sorte, ninguém se feriu no acidente.
Incidente: episódio; dificuldade passageira: O incidente da agressão ao diplomata
desencadeou uma crise entre os dois países.
Alto: de grande dimensão vertical, elevado: alto-falante, muro alto.
Auto: de si mesmo; ato público; registro escrito de uma ocorrência: automóvel; autos
do processo.
À medida que: à proporção que, ao passo que (expressa o desenvolvimento de ação
simultânea a outra): À medida que amadurecem, as pessoas aumentam sua
capacidade de compreensão; A situação foi se aclarando, à medida que a testemunha
relatava os fatos.
Na medida em que: pelo fato de que, uma vez que; porque (expressa causa ou a
ideia de utilização de dado preexistente): Na medida em que o Relator apresentar seu
parecer, a Comissão poderá votá-lo imediatamente; Devemos usar nossas
prerrogativas de cidadãos, na medida em que elas existem.
Amoral: que não tem senso de moral; moralmente neutro: Diz-se que a ciência é
amoral.
Imoral: contrário à moral, aos bons costumes; indecoroso; libertino: Conduta imoral.
Moral: que está conforme os princípios socialmente aceitos: Encerrou o discurso com
uma anedota de cunho moral.
Ante: preposição: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos; em
consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da decisão. (Diz-se ante a,
ante o, e não *ante à, *ante ao.)
Ante: pref. expressa anterioridade: anteontem, antessala.
Anti: pref. expressa contrariedade, oposição: antiácido, antirregimental.
Ao encontro de: para junto de: Com os braços abertos, caminhou ao encontro dos
colegas; favorável a, concordante ou compatível com: Suas ideias vêm ao encontro do
que o projeto defende (as ideias concordam com o que o projeto defende).
De encontro a: contra; em prejuízo de: Tropeçou, indo de encontro à mesa; Suas
ideias vão de encontro ao que o projeto defende (as ideias são contrárias ao que o
projeto defende).
Ao invés de: ao contrário de (deve ser empregado quando houver oposição real
entre uma coisa e outra): Ao invés de aprovar, rejeitou; Ao invés de rir, chorou.

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Em vez de: em lugar de; em substituição a: Em vez do Presidente, falou o Vice-
Presidente; Em vez de pôr o projeto em votação, suspendeu a sessão; ao invés de:
Em vez de rir, chorou.
Aonde: usa-se com verbos de movimento (ir a, dirigir-se a, chegar a, etc.): Aonde
vai o Brasil?; A comissão aonde (à qual / para a qual) foi encaminhado o projeto irá
apreciá-lo hoje.
Onde: usa-se com verbos que não dão idéia de movimento: Onde está o projeto no
momento?; A comissão onde (em que / na qual) se encontra o projeto irá apreciá-lo
hoje; Onde será a reunião?
Aparte: interrupção ao orador: “Concedo o aparte ao nobre Colega.”
À parte: isoladamente: O destaque apresentado foi votado à parte.
Apreçar: perguntar o preço.
Apressar: dar pressa.
A princípio: no começo, inicialmente: A princípio, ninguém acreditava que o projeto
seria aprovado.
Em princípio: antes de qualquer consideração; de maneira geral; em tese: Em
princípio, as leis visam ao bem comum.
No princípio: mesmo que a princípio.
Aresto: acórdão, solução de um julgado.
Arresto: apreensão judicial de bens para garantir futura cobrança de dívida;
embargo.
Arrochar (arrocho): apertar muito: Arrochar o salário.
Arroxar: variação do verbo arroxear “tornar roxo”.
Ascendente: ancestral, antepassado (pai, avô, etc.): O avô materno foi o ascendente
que mais o estimulou a seguir a carreira política.
Descendente: pessoa que descende de outra (filho, neto, etc.): Os descendentes
souberam consolidar o império industrial iniciado pelo patriarca.
À toa: com a reforma ortográfica, é a mesma grafia para adjetivo (irrefletido; inútil):
Um gesto à toa e para locução adverbial de modo (a esmo; irrefletidamente): Uma
pessoa que vive à toa.
Avocar: chamar; atribuir a si; arrogar-se: Avoca a si poderes de que não está
investido.
Evocar: lembrar; invocar: De maneira saudosa, vive evocando o passado.
Invocar: pedir a proteção ou a ajuda de; chamar: Invocou o apoio de seus pares.
Caçar (caça): perseguir para aprisionar ou matar: A polícia caçou os fugitivos até
encontrá-los.
Cassar (cassação): anular, revogar: A portaria cassou as aposentadorias concedidas
irregularmente.
Cardeal: adj. principal, fundamental. • subst. prelado: O cardeal foi quem celebrou a
missa.
Cardial: cárdico, cardíaco.
Cavaleiro: que anda a cavalo; cavalariano.
Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.
Cela: pequeno quarto de dormir.
Sela: assento que se põe sobre cavalgadura.
Censo: levantamento de dados estatísticos; recenseamento: De acordo com o Censo
2000, há 171 milhões de brasileiros.
Senso: faculdade de julgar, de sentir; juízo, entendimento: O estudo da Filosofia
desenvolve o senso crítico.
Cerrar: fechar; unir fortemente: Cerrou as mãos e soltou um grito; Encontrou todas
as portas cerradas.
Serrar: cortar com serra ou serrote: Os fugitivos serraram as grades da cela.

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Cessão: ato ou efeito de ceder: Agradeceu ao orador a cessão do aparte;
transferência de posse ou direito: Cessão sem ônus.
Seção: setor, repartição: Trabalha na Seção de Editoração; subdivisão de um todo:
Um extenso capítulo com muitas seções.
Sessão: espaço de tempo em que se realiza um trabalho: A sessão solene estendeu-
se por mais de três horas; A primeira sessão do filme começará às 17 h.
Chá: bebida: Em vez de chá, tomou café.
Xá: antigo soberano do Irã.
Cheque: ordem de pagamento.
Xeque: chefe muçulmano; lance de xadrez. (xeque-mate = o rei morreu ou o rei
está morto)
Pôr em xeque: pôr em dúvida ou dificuldade.
Comprimento: dimensão longitudinal de um objeto; tamanho: A sala tem 10 m de
comprimento.
Cumprimento: ato ou efeito de cumprir: o cumprimento de uma promessa; gesto ou
palavra de elogio ou de saudação: Recebeu emocionado os cumprimentos dos
colegas.
Concertar: fazer acordo; combinar: Os Líderes concertaram a votação para hoje.
Concerto: acordo; ajuste: O projeto foi aprovado graças ao concerto entre os
partidos; harmonia: O concerto das nações; espetáculo musical: O concerto foi
aplaudido de pé.
Consertar (conserto): reparar; restaurar: Mandou consertar o relógio.
Coser: costurar.
Cozer: cozinhar.
Deferir (deferimento): atender: A Diretora deferiu prontamente o pedido; outorgar,
conceder: Os jurados deferiram o prêmio ao jovem cientista.
Diferir (diferimento): adiar: A empresa diferiu o pagamento; ser diferente: Esses
projetos diferem apenas no acessório, sendo idênticos no essencial.
Defeso /ê/: adj. proibido: É defeso utilizar tributo com efeito de confisco; não sujeito
a, isento. subst. período do ano em que é proibido caçar ou pescar: O defeso da
lagosta.
Defesso /é/: que se fatigou; cansado.
Delatar (delação): denunciar; revelar (crime ou delito): No interrogatório, o
assaltante delatou seus comparsas.
Dilatar: aumentar as dimensões ou o volume (dilatação): O calor dilata os sólidos;
adiar, diferir, prorrogar (dilação): O Governo dilatou o prazo para pagamento do
imposto.
Demais e por demais: excessivamente, em demasia: A discussão deixou-a irritada
demais (ou: por demais irritada).
De mais: a mais: A conta veio com trinta reais de mais. (Na dúvida entre demais e
de mais, lembrar que de mais é intercambiável com de menos.)
Descrição: ato ou efeito de descrever; retrato: Fez uma descrição sumária da
situação.
Discrição: qualidade de discreto, do que não atrai a atenção: Veste-se com discrição;
discernimento; poder (discricionário) da autoridade de agir.
Descriminalizar: isentar de culpa; excluir a criminalidade: Há uma tendência de se
descriminalizar a maconha.
Descriminar: mesmo que descriminalizar.
Discriminar: diferençar, distinguir; separar: Discriminar o bem do mal.
Desidioso: em que há desídia; preguiçoso; negligente.
Dissidioso: em que há dissídio, divisão; conflituoso, desarmonioso.
Destratar: maltratar com palavras.

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Distratar: desfazer (trato, acordo).
Discente: relativo a alunos: O corpo discente reclamou daquele professor.
Docente: relativo a professores: O corpo docente avaliou os recursos dos alunos.
Dorso: costas.
Torso: tronco.
Elidir: fazer elisão “supressão”; excluir, eliminar: A elisão fiscal é lícita.
Ilidir: rebater, contestar, refutar: No tribunal, foi capaz de ilidir as provas que o
incriminavam.
Eludir: evitar ou esquivar-se com astúcia ou com artifício: Eludir a lei.
Iludir: causar ilusão em; enganar; burlar: Suas promessas já não iludem ninguém.
Emenda: correção de falta ou defeito, alteração: A emenda aperfeiçoou o projeto;
regeneração.
Ementa: resumo, síntese (de lei, decisão judicial, etc.): Muitas ementas terminam
com a expressão “e dá outras providências”.
Emergir: vir à tona; surgir, manifestar-se.
Imergir: fazer submergir; mergulhar, afundar.
Emigrar (emigrante): sair de um país para ir viver em outro: Milhares de
descendentes de japoneses emigraram do Brasil para o Japão.
Imigrar (imigrante): entrar em outro país para nele viver: A maioria dos alemães
que imigraram para o Brasil fixaram-se no Sul.
Migrar (migrante): mudar periodicamente de região ou país; passar de um lugar
para outro.
Eminente: proeminente; sublime; ilustre, notável: O eminente professor marcou
época com aulas memoráveis.
Iminente: que está a ponto de acontecer: Com o transbordamento do rio, a
inundação da cidade é iminente.
Empoçar: formar poça.
Empossar: dar ou tomar posse.
Espectador: aquele que assiste a um espetáculo.
Expectador: aquele que permanece na expectativa.
Esperto: atento; perspicaz; ativo.
Experto: especialista, perito.
Espiar: observar secretamente, espionar.
Expiar: remir (a culpa), cumprindo pena; purificar-se.
Estada: ato de estar; permanência: A estada da comitiva na capital foi de três dias.
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de um navio mercante num porto.
Observação: O dicionário Aurélio (2009) categoriza este vocábulo também com valor
de estada, permanência, mesmo este uso sendo condenado por muitos.
Estático: imóvel como estátua; sem movimento; parado, hirto. “Olhava, estática, os
destroços espalhados pelo chão”.
Extático: posto em êxtase, absorto, enlevado.
Estrato: camada; faixa ou camada de uma população: Estratos sociais.
Extrato: coisa que se extraiu de outra; resumo: Extrato bancário; perfume.
Flagrante: registrado no momento da realização: Prisão em flagrante; evidente.
Fragrante: perfumado.
Florescente: que floresce; próspero: pomares florescentes.
Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência: Comprei uma lâmpada
fluorescente.
Florescer: florir; prosperar, desenvolver-se: A indústria do turismo floresce a cada
dia.
Fluorescer: emitir radiação de fluorescência.
Incerto: duvidoso; impreciso.

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Inserto: inserido; introduzido.
Incipiente: que está no começo.
Insipiente: ignorante; tolo.
Incontinente: adj. imoderado, desregrado; sensual, lascivo.
Incontinente ou incontinênti: adv. imediatamente, logo, sem intervalo: Os
bombeiros responderam incontinente/ incontinênti ao chamado.
Indefeso /ê/: sem defesa; desprotegido.
Indefesso /é/: incansável; incessante.
Infligir: impor, aplicar (pena, castigo): Na votação, os partidos de Oposição infligiram
uma dura derrota ao Governo.
Infringir: desobedecer a; transgredir: Quem infringe o Código Penal está sujeito a
ser levado preso.
Intemerato: não corrompido; puro.
Intimorato: que não sente temor; destemido.
Intercessão: ato de interceder, de intervir.
Interse(c)ção: cruzamento; corte.
Mandado: ordem escrita emitida por autoridade pública: Mandado de prisão.
Mandato: concessão de poderes para desempenho de uma representação;
procuração; delegação: Mandato parlamentar.
Melhora: recuperação de mal físico ou moral; mudança para melhor estado ou
condição.
Melhoria: melhoramento; aprimoramento; mesmo que melhora “mudança para
melhor estado ou condição”.
Óptico: respeitante à óptica “ciência da visão”; relativo à visão ou ao olho; ocular.
Ótico: relativo ao ouvido; que é eficaz contra os males do ouvido.
Ordinal: que denota ordem, posição.
Ordinário: conforme ao costume; comum; frequente; vulgar.
Original: que não ocorreu antes; novo; autêntico; com caráter próprio; primitivo.
Originário: oriundo, proveniente; que não se alterou.
Paço: palácio real ou episcopal.
Passo: ato ou jeito de andar.
Pleito: questão em juízo; discussão; eleição: Ele elegeu-se no pleito do ano passado.
Pleitear: demandar em juízo; falar a favor de; fazer por conseguir: Pleitear um
cargo.
Preito: homenagem; respeito; assunto.
Render preito: fazer declaração de louvor, gratidão, respeito.
Posar (pose): assumir atitude, modos ou ares de algo que se quer aparentar; fazer
pose: Posar para fotos.
Pousar (pouso): descer, baixar em pouso: O avião pousou; pernoitar: Pousaram em
um hotel à beira da estrada.
Preceder: anteceder, vir antes; ter precedência.
Proceder: vir, provir; originar-se.
Preeminente: que ocupa lugar mais elevado; superior; sublime.
Proeminente: que sobressai; que avança em ponta; preeminente.
Prescrever (prescrição): preceituar; receitar: O médico prescreveu repouso; perder
o efeito: O prazo para cobrança da dívida prescreveu.
Proscrever (proscrição): banir; expulsar; vetar: A Constituição proscreve a pena de
banimento.
Prever: ver antecipadamente.
Prover: abastecer; regular; nomear para um cargo; deferir.
Provir: vir de; originar-se; resultar: Certas doenças provêm da falta de saneamento
básico.

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Ratificar (ratificação): confirmar, validar.
Retificar (retificação): corrigir.
Recrear: proporcionar recreação a; divertir(-se).
Recriar: criar de novo.
Reincidir (reincidência): tornar a incidir, recair em; repetir.
Rescindir (rescisão): tornar nulo (contrato); cancelar.
Remição: ato ou efeito de remir “tornar a obter, resgatar”; liberação de pena ou
dívida.
Remissão: ato ou efeito de remitir “perdoar”; perdão; ação ou efeito de remeter.
Repreensão: ato de repreender; censura; advertência.
Repressão: ação de reprimir; contenção; impedimento.
Saldar: pagar o saldo de; liquidar (contas).
Saudar: cumprimentar; aclamar.
Segmento: porção de um todo: Segmento de mercado.
Seguimento: continuação: Dar seguimento ao trabalho.
Sob: debaixo de: A lixeira fica sob a mesa; debaixo de autoridade, comando,
orientação: Agiu sob o manto da lei; Sob esse ponto de vista, o argumento dele está
correto; Ficou sob a mira do assaltante.
Sobre: em cima de: O livro está sobre a mesa; acima de, em lugar superior: Nem
sempre sabemos que forças atuam sobre nós; a respeito de: No discurso, falou sobre
a seca.
Sobrescrever ou sobrescritar: escrever (no envelope) nome e endereço do
destinatário.
Subscrever ou subscritar: assinar.
Sortir: prover, abastecer: Sortiu a despensa com as compras.
Surtir: dar como resultado: Apesar de oportuna, a medida não surtiu a mudança
desejada.
Tachar: pôr defeito em, qualificar negativamente; censurar: Tachou a Oposição de
revanchista; Tacharam-no de provinciano.
Taxar: tributar; submeter a uma taxa: O Brasil taxa pesado as importações de certos
produtos; fixar o preço de: O correio taxa as cartas com base no peso das mesmas;
qualificar positivamente ou negativamente: Taxou a Oposição de aguerrida; Taxaram-
no de provinciano.
Tampouco: também não, muito menos (é usado para reforçar uma negação): Não
veio, tampouco telefonou; Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, tampouco teve
tempo de revisá-lo. (Nem tampouco é expressão redundante, a ser evitada.)
Tão pouco: muito pouco: É pena que demonstre tão pouco interesse pelos estudos;
em tal (pequeno, escasso) grau ou quantidade: Ganha tão pouco, que mal tem
dinheiro para comer.
Tráfego: movimento ou fluxo: tráfego aéreo; trânsito: Tráfego congestionado.
Tráfico: negócio, comércio: tráfico negreiro; negócio ilícito: Tráfico de entorpecentes.
Trás: atrás, detrás; após, depois de.
Traz: forma do verbo trazer.
Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.
Vestuário: conjunto das peças de vestir; traje.
Vultoso: de grande vulto, volumoso, muito grande: Pagou pelo resgate uma vultosa
soma em dinheiro.
Vultuoso: acometido de vultuosidade “inchaço no rosto”.

Pref Porto Alegre-RS 2016 Assistente Adm (banca FUNDATEC)


Fragmento do texto: O tempo parece estar passando rápido demais?
Acredite: não é só para você. Isso acontece, principalmente, porque temos

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muita coisa para fazer. E, ao que parece, cada vez mais coisas. Só que,
apesar do ............ de tarefas, boa parte da correria diária tem ......... com a
percepção que temos do tempo.
(...)
Se você ainda não está convencido ........... dá para fazer o relógio
andar mais devagar, veja as dicas da consultoria de planejamento financeiro
para aposentadoria Key Retirement para alcançar essa façanha.
1. Tente uma ........... de concentração: Fechando as portas para a
distração, a concentração cria um estado de “hiperconsciência”, em que
prestar atenção a cada sensação resulta em um estado de contemplação.
(...)
5. Pare de correr ....... do seu fôlego: Quando a gente toma consciência
da nossa própria respiração, tomamos consciência da passagem do tempo.
Fica mais fácil fazer pausas e viver o momento atual.
Visando a correção do texto, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 04 (duas ocorrências), 6,
9 e 12.
a) exceso – aver – que – seção – atrás
b) excesso – a ver – de que – sessão – atrás
c) exceço – a ver – que – sessão – atráz
d) excesso – aver – de que – seção – atras
e) excesso – haver – de que – sessão – atraz
Comentário: A questão faz menção ao texto, mas muitas palavras não
precisam nem do contexto, para sabermos a grafia correta.
O verbo “exceder” gera o substantivo “excesso”. Assim, já eliminamos
as alternativas (A) e (C).
Na segunda lacuna, há necessidade de inserir expressão que transmita a
noção de ter relação com. Assim, cabe a expressão “a ver” e sabemos que a
alternativa (B) é a correta. Agora, só devemos confirmar as demais.
Na terceira lacuna, “convencido” rege a preposição “de”, por isso a
expressão “de que” inicia uma oração subordinada substantiva completiva
nominal.
Na quarta lacuna, a palavra “sessão” significa tempo de duração de um
evento, uma reunião etc. Assim, cabe neste contexto.
Na quinta lacuna, o advérbio corretamente grafado é “atrás”.
Gabarito: B

MPRS 2013 – Agente Administrativo (banca MPRS)


Fragmento do texto: Pelo contrário: se hoje estamos aqui é ________, em
momentos de risco à preservação da própria vida (como encontrar um
predador pela frente), o cérebro de nossos antepassados deu ordem para que
fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de
hormônios. Esse processo orgânico, indissociável das consequências
emocionais, ________ preparou para duas reações possíveis: lutar ou fugir.
Um exemplo banal: o trânsito provoca cansaço, mau humor, e disso advêm
sintomas físicos; ________ dar a essa situação (que, em si, decididamente
não podemos alterar) lugar tão importante em nossa vida? É possível alterar o

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horário de sair de casa, o trajeto que optamos por percorrer, até mesmo a
cidade que escolhemos para viver. Principalmente, é possível olhar a fera nos
olhos e, se for o caso, fugir, sim, ________ não? Mas de forma consciente,
sabendo que ainda há alguma chance de autonomia mesmo nas ocasiões em
que parece não haver margem de manobra.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas
tracejadas das linhas 1, 6, 8 e 12.
(A) por que – lhes – porque – por que
(B) porque – os – por que – por quê
(C) por que – os – porque – porque
(D) por que – lhes – porque – por quê
(E) porque – os – por que – por que
Comentário: A primeira lacuna deve ser completada pela conjunção
“porque”, haja vista o valor de causa. Assim, já eliminamos as alternativas
(A), (C) e (D).
O verbo “preparou” é transitivo direto e indireto. O objeto indireto é
“para duas reações possíveis” e o objeto direto deve ser preenchido com o
pronome pessoal oblíquo átono “os”.
A terceira e a quarta lacuna encontram-se em frases interrogativas
diretas, por isso devemos preencher com a expressão “por que”.
Assim, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Figuras de linguagem.

As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por


esse motivo, elas são divididas em dois grupos: denotativo e conotativo.
Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer:
A onça é uma fera.
O vocábulo “fera” significa “animal bravio e carnívoro”. Esse é o seu
sentido literal. Mas, por associação, visto que as feras têm muita astúcia,
agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma dimensão além do literal. É
o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos
dicionários com a abreviatura “fig.”.
Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer:
Ele é uma fera no computador.
Podemos, também, associá-lo à braveza:
O meu chefe está uma fera comigo.
Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra
“joia”:
Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família.
O rubi é uma joia que encanta meus olhos.
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Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento.

Vamos comparar com o sentido conotativo:


Ela é uma joia de menina.
Que joia esse cachorrinho!
Minha irmã se tornou uma joia muito especial.
Assim, podemos perceber que algumas vezes o sentido denotativo de
uma palavra é estendido a um sentido conotativo.
Pref Morro do Agudo GO 2015 – Agente Comunitário (banca IBEG)
As Riquezas do Chão Goiano
O Estado de Goiás é um dos grandes celeiros do Brasil no que se refere
à produção de minérios, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Pará,
respectivamente, primeiro e segundo lugar na produção mineral do país.
O número de substâncias é grande, mas um pequeno grupo representa
mais de 90% de tudo que é produzido no Estado. “Você pega cinco, seis
substâncias as quais representam mais de 95% da produção do Estado”, diz o
chefe da Divisão de Fiscalização da Atividade Mineral do Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM) de Goiás com abrangência no Distrito
Federal (DF), Valdijon Estrela.
Os destaques da mineração goiana são ouro, cobre, níquel, fosfato e
amianto. Alguns produtos são beneficiados na região de produção, como parte
do fosfato que serve de matéria-prima para fertilizantes, no entanto a grande
maioria é exportada para outros estados ou para fora do Brasil.
Disponível em:< http://www.dm.com.br/cidades/2014/09/as-riquezas-do-chao-goiano.html>.
Acesso em: 22 mar. 2015, fragmento.
Quanto à linguagem empregada pelo autor, pode-se dizer que prevalece a
(a) conotação, pois há no texto várias passagens com vocábulos em sentido
figurado.
(b) denotação, pois destaca-se no texto o uso de palavras e expressões em
seu sentido original, de dicionário.
(c) conotação, pois no texto as palavras estão empregadas em seu sentido
de dicionário.
(d) denotação, pois o texto explora o duplo sentido das palavras e
expressões.
(e) conotação, pois o texto se apoia na recriação na criação de novos
significados para as palavras e expressões.
Comentário: Apesar de a palavra “celeiros” (linha 1) encontrar-se no sentido
conotativo, todas as demais palavras encontram-se no sentido original, do
dicionário. Assim, destaca-se o sentido denotativo e a alternativa mais
adequada é a (B).
Gabarito: B

Prefeitura de Uruaçu-GO 2015 – Agente (banca IBEG)


Caldas Novas
Maior manancial hidrotermal do mundo e dotada de diversificado parque

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hoteleiro, com parques aquáticos e piscinas hidrotermais, recebe anualmente
mais de dois milhões de turistas de todas as idades. Além das águas termais,
o ecoturismo é forte vocação no município. Ele se encontra às margens do
lago da Represa de Corumbá e possui o Parque Estadual da Serra de Caldas
Novas, com suas trilhas e cachoeiras. Outro ponto alto é o Santuário de Nossa
Senhora Salete, localizado no Morro do Capão, proporcionando uma vista
contemplativa da cidade. É muito procurado para meditação e reflexão. Outro
local com forte energia espiritual é o Jardim Japonês, um passeio pela tradição
budista. Inúmeros eventos realizados durante todo o ano contribuem ainda
mais para a atração de turistas.
Disponível: <http://www.goiasturismo.go.gov.br/caldasnovas/>. Acesso em: 23 dez.
2104.
A respeito da linguagem empregada no texto, é possível dizer que ela é
(a) predominantemente denotativa.
(b) predominantemente conotativa.
(c) denotativa, mas com importantes passagens conotativas.
(d) conotativa, mas com importantes passagens denotativas.
(e) simultaneamente denotativa e conotativa.
Comentário: Notamos que as palavras são apresentadas em sentido literal,
original. Assim, há linguagem denotativa e a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

A linguagem figurada é expressa nas chamadas figuras de linguagem, as


quais são definidas abaixo:
1) Comparação ou símile: Consiste, como o próprio nome indica, em
comparar dois seres, fazendo uso de conectivos comparativos¹ ligando o
elemento comum² aos dois.
Esse líquido é azedo² como¹ limão.
A jovem estava branca² qual¹ uma vela.
2) Metáfora: Tipo de comparação em que não aparece o conectivo¹ nem o
elemento comum² aos seres comparados. Acompanhe a numeração na
explicação de cada exemplo, pois é justamente a omissão dos termos
numerados que diferencia metáfora de comparação:
“Minha vida era um palco iluminado...”
(Minha vida era alegre, bonita² como¹ um palco iluminado.)
Tuas mãos são de veludo.
(Entenda-se: mãos macias² como¹ o veludo)
“A vida, manso lago azul...”
(Neste exemplo, nem o verbo aparece, mas é clara a ideia da comparação: a
vida é suave, calma² como¹ um manso lago azul.)
3) Metonímia: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma
relação real, concreta, objetiva. Há vários tipos de metonímia.
Sempre li Érico Veríssimo. (o autor pela obra)
A pessoa não leu literalmente o Érico Veríssimo, leu as obras deste escritor.

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Ele nunca teve o seu próprio teto. (a parte pelo todo)
Teto representa a moradia, o lar, a casa.
Cuidemos da infância. (o abstrato pelo concreto: infância / crianças)
A palavra “infância” representa “crianças”.
Comerei mais um prato. (o continente pelo conteúdo)
A pessoa não comeu literalmente o prato, mas a comida que ali estava.
Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa)
O “suor” (consequência) é o resultado do “trabalho” (causa). Assim, “suor”
está no lugar de “trabalho”.

4) Perífrase: O prefixo “peri-” significa “em torno de”. Por isso, perímetro é a
medida em torno da área. Dessa forma, fica mais fácil perceber que a perífrase
não usa a objetividade, nem a concisão; ela “dá voltas” até chegar ao ponto. É
o emprego de várias palavras no lugar de poucas ou de uma só:
Se lá no assento etéreo onde subiste... (assento etéreo = céu)
Morei na Veneza brasileira. (Veneza brasileira = Recife)
Não provoque o rei dos animais. (rei dos animais = leão)

5) Sinestesia: Consiste numa fusão de sentidos. Para ficar mais fácil guardar
e não ter que decorar, veja a estrutura desta palavra: o prefixo “sin-” significa
reunião, mistura e “estes(ia)” significa sensibilidade, sensação. Assim,
sinestesia é a mistura de sensações, de sentidos. Para você nunca se
esquecer, basta associar à estrutura da palavra “anestesia” (an=sem;
estesia=sentido). Se anestesia significa sem sentido, sem dor; sinestesia é a
mistura de sentidos...
Despertou-me um som colorido. (audição e visão)
Era uma beleza fria. (visão e tato)
6) Catacrese: É um tipo especial de metáfora. É a extensão de sentido que
sofrem determinadas palavras na falta ou desconhecimento do termo
apropriado. Essa extensão ocorre com base na analogia. Por isso, ela é uma
variação da metáfora. Veja um exemplo:
Leito do rio: essa expressão possui como núcleo o substantivo “leito”.
Originariamente ele remete a uma armação em que as pessoas se deitam,
como uma cama. Por extensão, usamos esta palavra para significar o lugar em
que se deita (a criança se deita no leito materno, viajamos em ônibus “leito”, o
fulano está no leito de morte). Assim, também entendemos que o rio está
deitado sobre o leito por onde escoa suas águas. Não há expressão tão
exemplificativa quanto “leito do rio” para imaginarmos o rio deitar-se sobre o
terreno, concorda? Por essa facilidade no entendimento, a catacrese tem um
largo uso na linguagem coloquial e naturalmente passa a ser tão usada pelos
falantes e pelos escritores, que passa a ser admitida na norma culta.
Por processos semelhantes, temos outros exemplos. Para facilitar a
observação da catacrese nesses exemplos, inseri algumas perguntas:
“dente de alho” (alho tem dente?), “barriga da perna” (perna tem barriga?),
“céu da boca” (o céu cabe na boca?), “folhas de livro” (livro é uma árvore?),

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“pele de tomate” (tomate é uma pessoa ou animal?), “cabeça de prego” (prego
é uma pessoa ou animal?), “mão de direção” (direção tem braço?), “braço da
poltrona” (poltrona é uma pessoa?), “pé da cama” (cama é uma pessoa?), “asa
da xícara” (xícara é uma ave?), “sacar dinheiro no banco” (dinheiro é uma
arma?), “embarcar num trem” (trem é barco?), “enterrar uma agulha no dedo”
(dedo é terra?) etc.
7) Antonomásia: Quando designamos uma pessoa por uma qualidade,
característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o
mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto
(descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples, que a igualdade prega” (rabi simples = Cristo)
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)

8) elipse (também conhecida como zeugma): Omissão de um termo,


geralmente verbo, empregado anteriormente.
“A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
“São estas as tradições das nossas linhagens; estes os exemplos de nossos
avós.”
Na primeira frase, está subentendida a forma verbal “legisla”; na segunda está
subentendido o verbo “são”.
9) Pleonasmo: Repetição enfática de um termo ou de uma ideia.
O pátio, ninguém pensou em lavá-lo. (lo = O pátio)
Vi o acidente com olhos bem atentos. (Ver só pode ser com os olhos.)
10) Polissíndeto: Repetições da conjunção, geralmente “e”.
“Trejeita, e canta, e ri nervosamente.” (Padre Antônio Tomás)
“E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta.” (Olavo Bilac)

11) Hipérbato (inversão, quiasmo): É a inversão da ordem dos termos na


oração ou das orações no período.
“Aberta em par estava a porta.” (Almeida Garrett)
“Essas que ao vento vêm

12) Hipálage: quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que


pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase. Veja um exemplo:
“O nado branco dos cisnes o fascinou.” (na realidade, os cisnes é que são brancos)
“Acompanhava o voo negro dos urubus.” (na realidade, os urubus é que são negros)

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13) Anacoluto: É a quebra da estruturação sintática, de que resulta ficar um
termo sem função sintática no período. É parecido com um dos tipos de
pleonasmo.
Ex.: O jovem, alguém precisa falar com ele.

Observe que o termo O jovem pode ser retirado do texto. Ele não se
encaixa sintaticamente no período. Caso disséssemos Com o jovem, teríamos
um pleonasmo: com o jovem = com ele.
14) Silepse: Concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e
não com o próprio termo. Pode ser:
a) de gênero
Ex.: Vossa Senhoria é bondoso.
A concordância normal seria bondosa, já que Vossa Senhoria é do
gênero feminino. Fez-se a concordância com a ideia que se possui, ou seja,
trata-se de um homem.
b) de número
Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta.
O segundo verbo do período deveria concordar com grupo.
Mas a ideia de plural contida no coletivo leva o falante a flexionar o verbo
no plural: conversavam. Tal concordância anormal não deve ser feita com o
primeiro verbo.
c) de pessoa.
Ex.: Os brasileiros somos otimistas.
Em princípio, deveríamos dizer são, pois o sujeito é de terceira pessoa
do plural. Mas, por estar incluído entre os brasileiros, é possível colocar o
verbo na primeira pessoa: somos.
15) Onomatopeia: Palavra que imita sons da natureza.
Ex.: O ribombar dos canhões nos assustava.
Não aguentava mais aquele tique-taque insistente.
“Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado
de Assis)

16) Antítese: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto.


Ex.: Era cedo para alguns e tarde para outros.
“Não és bom, nem és mau: és triste e humano.” (Olavo Bilac)

Observação: a antítese tem um aprofundamento chamado de paradoxo ou


oxímoro. Enquanto a antítese ocorre por haver a aproximação de opostos,
como nos dois exemplos anteriores, o paradoxo é um mesmo elemento com
características opostas, contraditórias.
Um exemplo emblemático é o seguinte poema de Luiz Vaz de Camões, o
qual caracteriza o “amor” como um sentimento contraditório:
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,

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é dor que desatina sem doer.

17) Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou


ausente. Corresponde ao vocativo da análise sintática.
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?!” (Castro Alves)
“Erguei-vos, menestréis, das púrpuras do leito!” (Guerra Junqueiro)

18) Eufemismo: É a suavização de uma ideia desagradável. Chamado de


linguagem diplomática.
Minha avozinha descansou. (morreu)
Ele tem aquela doença. (câncer)
Você não foi feliz com suas palavras. (foi estúpido, grosseiro)

19) Hipérbole: Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade.


Tenho milhares de coisas para fazer.
Estava quase estourando de tanto rir.
Vive inundado de lágrimas.

20) Ironia: Consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É figura muito


importante para a interpretação de textos.
“Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta,
um amor.” (Mário de Andrade)
Observe que, após chamar a moça de burra, o poeta encerra a estrofe
com um aparente elogio: um amor.

21) Prosopopeia ou personificação: Consiste em se atribuir a um ser


inanimado ou a um animal ações próprias dos seres humanos.
A areia chorava por causa do calor.
As flores sorriam para ela.

22) homeoteleuto: consiste na correspondência fonética das terminações da


última sílaba de uma oração ou verso: Estudando e trabalhando. Cantar e
amar.

Veja a aplicação disso!!!

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CEP 2015 Técnico de Enfermagem (banca IBFC)
Também tem de ser verde
(Jennifer ann Thomas)
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou
considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da
eficiência passou a rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais
verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia,
a exemplo do petróleo, pelas renováveis. A energia solar, em especial, foi
alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas
que rondam as baterias: a eficiência e a sustentabilidade. Se toda a radiação
que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível
sustentara humanidade por 27 anos. Na prática, o que falta hoje para a
adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de
consumidores, para implantá-la. A startup alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus
carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados
dentro de uma bolsa. Após quatro horas carregando no sol, uma dessas
baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente
para recarregara bateria de um smartphone duas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da
Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as
vantagens de adotar essa postura (mesmo que para isso seja preciso pagar
um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as
baterias carregadas com fontes sujas). [...] A fundadora da Changers, Daniela
Schiefer, afirma: “Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas
poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão, dizer „vamos
começar de algum lugar‟ e mostrar quanto é fácil adotar posturas mais
conscientes”.
(Revista Veja, de 15/04/15 - adaptado)
Embora seja um texto informativo, é possível perceber a presença da
linguagem figurada em algumas passagens da notícia acima. Assinale a única
opção em que NÃO se perceba um exemplo de figura de linguagem.
a) “A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas ” (1°§)
b) “a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes” (1°§)
c) “Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas”
(2°§)
d) “Queremos dar um empurrão, dizer „vamos começar de algum lugar ” (3°§)
Comentário: Na alternativa (A), a palavra “onda” não está em sentido literal.
Veja que o sentido literal de palavra é o seguinte: espécie de alteração que se
expande em qualquer meio, como o ar ou a água, e transfere energia de um
determinado ponto a outro diferente. Assim, na Física, entendemos que o
ponto mais alto da onda é a crista, inclusive esta é a utilizada pelos surfistas,
não é mesmo?!
Exatamente pelo entendimento de que a onda pode estar na crista, no
plano mais evidente, mais alto, estendemos este sentido, numa linguagem
figurada, para aquilo que está em voga, algo muito discutido na atualidade,

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por exemplo.
Assim, a palavra “onda”, no texto, é uma metáfora.
Na alternativa (B), é fácil perceber que a palavra “batalha” não está em
sentido literal, pois não se refere a uma guerra. Além disso, tais dispositivos
não estão na coloração verde.
Assim, figurativamente, entendemos que há uma movimentação voltada
à sustentabilidade, ao chamado dispositivo verde.
A alternativa (C) é a correta, pois realmente o segmento “Seus
carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas” apresenta
somente palavras de sentido literal. Não há sentido estendido.
Na alternativa (D), em sentido literal, a palavra “empurrão” se refere a
impulsionar alguma coisa ou pessoa à frente. Porém, notamos no texto que há
uma linguagem figurada, pois se quis dar motivação para alguma ação ser
realizada.
Gabarito: C

SEDS-MG 2014 Agente de Segurança (banca IBFC)


No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a presença de uma
figura de linguagem denominada:
a) ironia
b) pleonasmo
c) comparação
d) metonímia
Comentário: A repetição de uma mesma base de palavra pode ser entendida
como uma linguagem figurada chamada pleonasmo. Assim, em “Essa dor
doeu”, há repetição da mesma base de palavra “dor/doeu” e a alternativa (B)
é a correta.
Gabarito: B

Agora é hora de praticarmos com questões da FGV! Vamos lá?!

Questão 1: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Todos os pensamentos a seguir foram reescritos de forma que os segmentos
que os compõem fossem trocados de posição.
Assinale a opção em que a troca se revela adequada, já que conserva o
sentido original do pensamento.
a) “O fim justifica os meios”. / Os meios justificam o fim.
b) "Entender tudo é perdoar tudo”. / Perdoar tudo é entender tudo.
c) “Não dê o peixe, ensine a pescar”. / Não ensine a pescar, dê o peixe.
d) “É mais fácil construir um menino que consertar um homem” / É mais fácil
consertar um homem que construir um menino.
e) “O trabalho de um educador é irrigar o deserto, não derrubar a floresta”. /
O trabalho de um educador é derrubar a floresta, não irrigar o deserto.
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Comentário: A questão trabalhou a relação de sentido entre dois termos
ligados pelo verbo que transmite significado, conceito, sentido. O verbo “é”
demonstra que os termos “Entender tudo” e “perdoar tudo” significam a
mesma coisa, a mesma ideia. Um explica o outro, um dá sentido a outro.
Assim, a troca dos termos não faz mudar o sentido. Portanto, a alternativa
correta é a (B).
Mas você pode “matar” a questão por meio da eliminação das
alternativas.
A alternativa (A) está errada, pois “o fim”, o objetivo, justifica os meios
utilizados para tal. A recíproca não é verdadeira. Os meios utilizados nem
sempre justificam a finalidade, o objetivo.
A alternativa (C) está errada, pois, na primeira frase, houve o
aconselhamento de ensinar a pescar. Já na segunda foi aconselhado dar o
peixe.
A alternativa (D) está errada, pois, na primeira frase, foi afirmado que é
mais fácil construir um menino. Na segunda, foi afirmado que é mais fácil
consertar um homem.
A alternativa (E) está errada, pois foi afirmado que o trabalho de um
educador é irrigar o deserto, já a segunda frase afirma que o trabalho de um
educador é derrubar a floresta.
Gabarito: B

Questão 2: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


Em todas as frases a seguir, as locuções adjetivas sublinhadas foram
substituídas por adjetivos.
Assinale a frase em que a substituição foi inadequada.
a) “Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança”. / infantil.
b) “Um bebê é a opinião de Deus de que a vida deveria continuar”. / divina.
c) “Os avarentos são como as bestas de carga: carregam o ouro e se
alimentam de aveia”. / carregadas
d) “Os paranoicos têm inimigos de verdade”. / verdadeiros.
e) “Estar com raiva é se vingar das falhas dos outros em nós mesmos”. /
alheias.
Comentário: Certamente você percebeu que “riso de criança” é o mesmo que
“riso infantil; “opinião de Deus” é o mesmo que “opinião divina”; e “falhas dos
outros” são “falhas alheias”.
Porém, “bestas de carga” são as bestam que carregam, mas não
necessariamente elas estão carregadas.
Assim, houve mudança de sentido na alternativa (C).
A alternativa (D), apesar de parecer soar diferente, ficaria mais enfática
a permanência do sentido com o adjetivo antecipado do substantivo:
“Os paranoicos têm inimigos de verdade”.
“Os paranoicos têm verdadeiros inimigos”.
Dessa forma, por eliminação, a alternativa (C) é a que devemos marcar.
Gabarito: C

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Questão 3: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


“O galo tem grande poder no galinheiro”.
Os vocábulos a seguir apresentam a mesma relação semântica que o par
acima sublinhado, à exceção de um. Assinale-o.
a) químico / laboratório
b) freira / convento
c) corredor / pista
d) escritor / livraria
e) policial / delegacia
Comentário: Esta questão requer mais atenção do que propriamente a
análise de sentido das palavras.
Na frase original, o substantivo “galo” tem relação com o local onde ele
fica: galinheiro. Devemos marcar a alternativa que apresente relação
diferente.
O químico trabalha no laboratório; a freira fica no convento; o corredor
exercita na pista; o policial (civil) trabalha na delegacia.
Mas note que o escritor não trabalha na livraria. São seus livros que lá
ficam. Assim, devemos marcar a alternativa (D) como a correta.
Gabarito: D

Questão 4: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


Assinale a opção que indica a correspondência adequada entre os termos.
a) Não pensa em nada / pensa em tudo.
b) Não viu ninguém / viu todo mundo.
c) Não roubou nunca / roubou sempre.
d) Não comprou nenhum / comprou alguns.
e) Não foi declarada nula / foi declarada válida.
Comentário: A questão pede a correspondência entre os termos.
Note que não pensar em nada é o oposto de pensar em tudo; não ver
ninguém é o oposto de ver todo mundo; não roubar nunca é o oposto de
roubar sempre; não comprar nenhum é contrastante a comprar alguns.
Porém, não ser declarada nula é o mesmo que ser declarada válida.
Assim, devemos marcar a alternativa (E) como a correta.
Gabarito: E

Questão 5: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Agente Fiscalização (banca FGV)


“...revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam
qualidade ruim ou péssima.”
A relação semântica entre “ruim ou péssima” se repete em
a) distante ou longe.
b) perto ou próximo.
c) amado ou adorado.
d) variado ou diversificado.
e) fácil ou difícil.

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Comentário: Veja que há um escalonamento entre o grau na pesquisa, pois
“ruim” se encontra num nível e “péssima” num nível ainda mais aprofundado.
Dessa forma, houve uma gradação.
Na alternativa (A), “distante” e “longe” são simplesmente sinônimos.
Não há gradação.
Na alternativa (B), “perto” e “próximo” são simplesmente sinônimos.
Não há gradação.
Na alternativa (D), “variado” e “diversificado” são simplesmente
sinônimos. Não há gradação.
Na alternativa (E), “fácil” é antônimo, isto é, oposto de “difícil”.
Assim, a alternativa (C) é a correta, pois “adorado” apresenta uma
intensidade em relação a “amado”. Dessa forma, observa-se também uma
gradação.
Gabarito: C

Questão 6: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Engenheiro (banca FGV)


“O bom médico não deixa ver nada de suas apreensões ao seu paciente.”
A mesma relação semântica entre as palavras sublinhadas se repete nos pares
a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) advogado/cliente.
b) mestre/discípulo.
c) santo/devoto.
d) senhorio/inquilino.
e) religião/militante.
Comentário: A relação semântica entre os substantivos “médico” e
“paciente” é de ofício (ocupação, profissão) e seu beneficiário,
respectivamente.
Assim, podemos encaixar na relação de ofício/beneficiário os seguintes
pares: advogado/cliente; mestre/discípulo; santo/devoto; senhorio(dono de
imóvel)/inquilino.
Mas certamente você percebeu que religião não é um ofício. O ofício na
esfera da religião é de padre, pastor, freira etc.
Assim, a alternativa (E) é a que devemos marcar.
Gabarito: E

Questão 7: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Engenheiro (banca FGV)


“O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e
pouco apreço dá às demonstrações científicas.”
Nessa frase de Machado de Assis, se desejássemos dar paralelismo ao
segmento “ingênuo e sem fé das verdades”, a forma adequada seria:
a) “sem ingenuidade e sem fé nas verdades”.
b) “ingênuo e descrente das verdades”.
c) “sem conhecimento e sem fé nas verdades”.
d) “ingênuo e ignorante das verdades”.
e) “sem informações e sem fé nas verdades”.

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Comentário: Esta questão trabalha o conhecimento de semântica e de
paralelismo.
O paralelismo é a enumeração de termos coordenados de mesma base,
isto é, enumeração de substantivos, ou de adjetivos, ou de verbos. Se um
deles for precedido de preposição ou artigo, os demais termos também devem
ser precedidos.
Assim, na estrutura frasal de Machado de Assis, não houve paralelismo
em “ingênuo e sem fé”, pois o primeiro termo é um adjetivo (ingênuo) e o
segundo é um substantivo (fé) preposicionado (sem).
Assim, a alternativa correta é a (B), pois se manteve a mesma base
adjetiva com os vocábulos “ingênuo” e “descrente”. Logicamente, você notou
que “sem fé” é o mesmo que “descrente”.
A alternativa (A) está errada, pois “sem ingenuidade” é o oposto de
ingenuidade.
A alternativa (C) está errada, pois “sem conhecimento” não é o mesmo
que “ingênuo”.
A alternativa (D) está errada, pois “ignorante” não é o mesmo que “sem
fé”.
A alternativa (E) está errada, pois “sem informações” não é o mesmo
que “ingênuo”.
Gabarito: B

Questão 8: SEE - PE 2016 Professor (banca FGV)


Fragmento do texto: “Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como
um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada
hora do nosso passado pertence à morte.” (Sêneca)
Assinale a opção em que um dos termos do pensamento de Sêneca foi
substituído de forma inadequada.
a) “erramos” / nos equivocamos.
b) “à nossa frente” / adiante de nós.
c) “acontecimento futuro” / acontecimento por vir.
d) “grande parte dela” / a maior parte dela.
e) “já ficou para trás” / já foi desprezada.
Comentário: A alternativa (E) é a que deve ser marcada, porque “ficar para
trás”, neste contexto, é o tempo decorrido, aquilo que já passou, e não um
desprezo a algo.
As demais alternativas apresentam o mesmo sentido sem oferecer
dúvidas.
Gabarito: E

Questão 9: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da
segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e
da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle
ao crescimento desordenado das cidades”.

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Os dois elementos ligados pela conjunção E são fatores bastante diferentes; o
pensamento abaixo em que os termos ligados por essa conjunção podem ser
considerados sinônimos é:
a) “A Academia Francesa é como a Universidade: uma e outra eram
necessárias num tempo de ignorância e de mau gosto; hoje são ridículas”
(Voltaire);
b) “A agulha é pequena e delgada; no entanto sustenta uma família toda”
(Steinberg);
c) “O amor e a amizade excluem-se mutuamente” (La Bruyère);
d) “A amizade de alguns homens é mais funesta e danosa do que o seu ódio
ou aversão” (Marquês de Maricá);
e) “Todo bajulador tem de ser forçosamente um malévolo e um ingrato”
(Nestor Vítor).
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “ignorância”
(desconhecimento) não é o mesmo que “mau gosto”.
A alternativa (B) está errada, pois “pequena” não é o mesmo que
“delgada” (fino).
A alternativa (C) está errada, pois “amor” não é o mesmo que
“amizade”.
A alternativa (D) é a correta, porque “funesta” é o mesmo que aquilo
que causa dano, prejudica.
A alternativa (E) está errada, pois “malévolo” (aquele que faz o mal)
não é o mesmo que “ingrato”.
Gabarito: D

Questão 10: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...O crescimento dos índices de violência e a dramática transformação do
crime manifestados nas grandes metrópoles são alarmantes, sobretudo, na
cidade do Rio de Janeiro”.
O termo “sobretudo” só NÃO pode ser substituído adequadamente por:
a) principalmente;
b) geralmente;
c) especialmente;
d) destacadamente;
e) particularmente.
Comentário: O advérbio “sobretudo”, pela própria constituição da palavra
“sobre-”, “-tudo”, significa dar destaque, relevância, além de especificidade, o
que ocorre por meio também dos vocábulos “principalmente”,
“especialmente”, “destacadamente” e “particularmente”. Já o advérbio
“geralmente” transmite uma generalidade, um tom geral, o qual destoa no
contexto.
Assim, a alternativa (B) é a que deve ser marcada.
Gabarito: B

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Questão 11: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...tá uma coisa insuportável”; o adjetivo insuportável equivale a “que não se
pode suportar”. O adjetivo abaixo que tem um significado dado corretamente
é:
a) indelével / que não se pode apagar;
b) intragável / que não se pode trazer;
c) imprescindível / que não se pode utilizar;
d) inteligível / que não se pode entender;
e) imbatível / que não se pode combater.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “delir” é o verbo que significa
apagar, destruir. Assim, algo que se apaga, que se pode destruir, é algo
delével. Dessa forma, ao inserirmos o prefixo “in” (de oposição), indelével
realmente é algo que não se pode apagar.
A alternativa (B) está errada, pois intragável é algo que não se pode
tragar, que não se pode suportar.
A alternativa (C) está errada, pois imprescindível é algo de que não se
pode prescindir, não se pode dispensar. Assim, imprescindível é aquilo do qual
não se pode abrir mão.
A alternativa (D) está errada, pois não há prefixo de negação, oposição
“in”. Assim, inteligível é aquilo que se consegue entender.
A alternativa (E) está errada, pois “imbatível” é aquilo de quem não se
consegue vencer, ganhar.
Gabarito: A

Questão 12: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“No outro polo, verifica-se um crescimento da autossegregação,
especialmente por parte das elites que se encastelam nos enclaves fortificados
na tentativa de se proteger da violência”.
Entenda-se por “autossegregação” uma segregação:
a) derivada da lei;
b) causada pela falta de policiamento;
c) causada pela estigmatização;
d) voluntária;
e) idêntica à da favela.
Comentário: Segregar significa separar. O próprio contexto nos mostra que
há uma tentativa de se proteger da violência, por isso as pessoas se
encastelam, se fecham em suas fortificações dos lares.
Dessa forma, a autossegregação é a vontade de se fechar, separar,
voluntariamente, das ações de violência urbana.
Assim, a melhor resposta se encontra na alternativa (D).
Gabarito: D

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Questão 13: MPE RJ 2016 Técnico (banca FGV)
"está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que
terá impactos positivos para os pacientes”.
A expressão “está no forno” significa que a revolução referida:
a) ainda tardará muito a chegar;
b) está pronta há algum tempo;
c) encontra-se em preparo;
d) já começou a ocorrer;
e) foi aperfeiçoada com o tempo.
Comentário: A expressão figurativa “está no forno” tem o sentido daquilo
que está a momentos de ocorrer. Assim, por eliminação, a expressão com o
sentido mais próximo disso é a da alternativa (C).
Gabarito: C

ISS Niterói 2015 Contador (banca FGV)


Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia
mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas
taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos
estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados
Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os
Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o
poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global
que está em curso.
(Mundo, outubro de 2015)
Questão 14: A expressão “Desde a virada do século” (texto 1) significa:
(A) desde o momento em que a economia mudou de direção;
(B) a partir do surgimento do século XXI;
(C) assim que houve uma reviravolta na política mundial;
(D) logo que se iniciou uma nova ordem mundial;
(E) quando o século virou em direção à China, como potência econômica.
Comentário: Primeiro, deve-se entender que há referência à virada do século
XX para XXI. Além disso, note que a preposição temporal “desde” tem o
mesmo sentido de “a partir de”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 15: A substituição proposta, nas frases abaixo, que altera o


significado original da frase é:
(A) “talvez bruscamente” / bruscamente talvez;
(B) “um longo ciclo” / um ciclo longo;

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(C) “nova paisagem” / paisagem nova;
(D) “paisagem econômica e geopolítica” / paisagem geopolítica e econômica”;
(E) “baixas taxas de crescimento” / taxas baixas de crescimento.
Comentário: Na alternativa (A), não há mudança de sentido quanto ao
deslocamento do advérbio de dúvida “talvez”, antes ou depois do advérbio
“bruscamente”.
Na alternativa (B), o adjetivo “longo”, antes ou depois do substantivo
“ciclo”, mantém o mesmo sentido de grande, extenso.
A alternativa (C) é a que muda o sentido, haja vista que o adjetivo
“novo”, diante do substantivo “paisagem”, transmite o sentido de outro,
inédito, desconhecido até então. Já o deslocamento para depois do
substantivo “paisagem”, passamos a ter o sentido de juventude, paisagem
criada há pouco tempo.
Na alternativa (D), os adjetivos “geopolítica” e “econômica” estão
coordenados e paralelos. Assim, a troca de posição dos dois não acarreta
mudança de sentido.
Na alternativa (E), a troca de posição do adjetivo “baixas” em relação ao
substantivo “taxas” não motiva mudança de sentido.
Gabarito: C

Questão 16: Ao dizer que os casos da Rússia e do Brasil são “extremos”, o


autor do texto 1 quer dizer que:
(A) exemplificam casos mais graves;
(B) mostram uma oposição radical em termos políticos;
(C) indicam uma localização geográfica oposta;
(D) demonstram uma oposição radical entre eles;
(E) exibem exemplos mais claros de progresso X retrocesso.
Comentário: O adjetivo “extremo” significa além do normal. Assim, os casos
da Rússia e do Brasil são mais graves. Dessa forma, a alternativa (A) é a
correta.
As alternativas (B) e (D) estão erradas, pois a oposição radical seria
expressa, dependendo do contexto, com o adjetivo “extremista”.
A alternativa (C) está errada. É fato que podemos entender que extremo
pode representar uma localização distante de outra geograficamente: extremo
oeste, extremo leste. Mas esse não foi o sentido neste contexto.
A alternativa (E) está errada, pois o texto não expressa oposição entre
Rússia e Brasil, em relação a um suposto progresso e retrocesso.
Gabarito: A

TCE BA 2013 – Analista de Controle Externo (banca FGV)


Retrato da violência

A entrega do Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito


da Violência Contra a Mulher (CP MIVCM) à presidente Dilma Rousseff, em

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sessão solene do Congresso Nacional, foi um marco na luta das mulheres
brasileiras pela garantia de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à
violência de gênero.
O relatório se constitui no mais completo diagnóstico sobre a situação
das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência no Brasil, e o
ato de sua entrega representou o compromisso dos poderes Executivo e
Legislativo com a luta das mulheres brasileiras, por igualdade nas relações de
gênero em todos os espaços da vida em sociedade.
A presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de adotar as
propostas da CPMI na implementação de políticas públicas para combater a
violência doméstica e sexual no país. No Senado, já estão em tramitação os
projetos apresentados pela CPMI.
Na semana passada, foram aprovados quatro, que seguem, agora para
a Câmara dos Deputados. São eles:
 o que classifica a violência doméstica como crime de tortura;
 o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de
violência;
 o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e,
 o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os
agressores.
Outros três projetos já estão em análise na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCI) do Senado.
Decorrente da preocupação com o fato de o Brasil ocupar o 7º lugar
entre os 84 países que mais matam mulheres em todo o mundo, com uma
taxa de homicídios de 4,6 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres, a
CPMI faz 73 recomendações aos três poderes constituídos e aos estados
visitados.
Todas as recomendações se fazem procedentes. A sociedade brasileira
conhece o incômodo problema de violência contra a mulher. Pesquisa
realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que 54% das
pessoas entrevistadas disseram conhecer uma mulher que já foi agredida por
um parceiro, enquanto 56% afirmaram que conhecem um homem que já
agrediu uma companheira.
Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do relatório final da
CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é praticada contra
as mulheres em todos os estados brasileiros, por companheiros, namorados
ou ex maridos.
(Ana Rita e Ângela Portela, senadoras)
Questão 17: No texto há uma série de referências à vida política. Nesse
sentido, assinale a alternativa em que a explicação dada é inadequada.

(A) Comissão Parlamentar Mista de Inquérito = comissão destinada à


investigação de algo, formada por parlamentares de diferentes partidos.
(B) Sessão solene = sessão formada especialmente para a celebração de ato
político ou de homenagem.
(C) Políticas públicas = atos políticos que se destinam à proteção das
camadas populares.
(D) Tramitação de projetos = percurso jurídico e político de um projeto.

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(E) Implementação de políticas = medidas de efetivação dessas políticas.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois tal comissão realmente é
constituída de parlamentares de diferentes partidos com o objetivo de
investigar algo.
A alternativa (B) está correta, pois ato solene tem o objetivo de
celebração. O contexto nos deixa claro que há a celebração por ser um marco
na luta das mulheres brasileiras pela garantia de seus direitos.
A alternativa (C) é a errada, haja vista que o contexto nos mostra que
tais políticas são voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher.
Certamente, tal problema não é típico apenas das camadas populares, como
afirma esta alternativa, por isso há erro.
A alternativa (D) está correta, pois “tramitação” significa percorrer. Tal
projeto tem efeito jurídico e político. Por isso, “tramitação de projetos”
significa percurso jurídico e político de um projeto.
A alternativa (E) está correta, pois implementar significa efetivar, isto é,
ações que efetivem algo.
Gabarito: C

Questão 18: “...foi um marco na luta das mulheres brasileiras pela garantia
de
seus direitos, principalmente, o enfrentamento à violência de gênero”.
O termo sublinhado tem a função textual de
(A) enfatizar a afirmação anterior.
(B) retificar uma informação dada.
(C) ressaltar o alcance político do projeto.
(D) destacar um fato particular.
(E) explicitar quais os direitos aludidos anteriormente.
Comentário: O advérbio “principalmente” tem o valor de restringir, de
afunilar determinada situação ou determinado grupo perante outros, dando-
lhe destaque, sobreposição.
Assim, entendemos que houve um marco na luta das mulheres
brasileiras pela garantia de seus direitos, destacando dentre eles o
enfrentamento à violência de gênero.
Assim, cabe a alternativa (D) como a correta.
Cabe observar que a expressão “fato particular”, nesta alternativa, não
tem relação com fato envolvendo uma única pessoa, como supostamente
alguns poderiam interpretar. Na realidade, particular aí não tem vínculo
pessoal, mas especificador, restringindo, afunilando a um tema: a violência
contra a mulher.
A alternativa (A) está errada, pois não se quis enfatizar o elemento
anterior (direitos), mas o posterior: o enfrentamento à violência de gênero.
A alternativa (B) está errada, pois não houve retificação (correção) de
informação anterior.
A alternativa (C) está errada, pois não houve um alcance apenas
político, mas também jurídico.
A alternativa (E) está errada, pois não se quis explicar o elemento
anterior (direitos).

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Gabarito: D

Questão 19: “Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do


relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é
praticada contra as mulheres em todos os estados brasileiros”.
O vocábulo sublinhado no início do segmento do texto acima significa que
(A) os fatos apresentados são incompletos.
(B) os dados fornecidos são passíveis de crítica.
(C) os casos narrados são fornecidos por vítimas receosas de vingança.
(D) as informações exemplificam problemas diversos.
(E) os testemunhos prestados são falhos.
Comentário: Pelo contexto, podemos observar que “fragmentos desta
realidade” são exemplos concretos, fatos dessa situação, os quais
compuseram o relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica
e sexual contra as mulheres.
Agora, devemos encontrar uma alternativa que de certa forma confirme
essa ideia.
A alternativa (A) está errada, pois a palavra “fragmentos” não está
sendo empregada com o sentido de ação incompleta, mas apenas de recorte
importante de fatos que comprovam a relevância do tema.
A alternativa (B) está errada, pois a palavra “fragmentos” inicia
expressão de comprovação da informação anterior. Assim, não se entende
abertura para críticas.
A alternativa (C) está errada, pois a informação de que haveria casos
fornecidos por vítimas receosas de vingança extrapolou os dados do texto e
não se confirma neles.
A alternativa (D) é a correta. Veja que ela é bem generalista: as
informações exemplificam problemas diversos. O texto anteriormente
informou a respeito de que, em mais da metade das pessoas entrevistadas, a
agressão ocorre pelo próprio parceiro. Além disso, 56% afirmaram que
conhecem um homem que já agrediu uma companheira. Assim, essas
informações exemplificam o problema psicológico que envolve a família, o
mascaramento do problema por ser agressão dentro de casa, o contexto com
os filhos, dentre tantos outros problemas que advêm disso.
A alternativa (E) está errada, pois o texto não abre a possibilidade de
interpretação de que os testemunhos foram falhos.
Gabarito: D

Questão 20: SSP AM 2015 Técnico de nível superior (banca FGV)


“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os
problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para
a saúde física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática –
que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas
experiências pessoais a uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda
aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham

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sido relacionados. A ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é
assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma reforma da
televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma
tecnologia como a do armamento».
“...é assim abertamente posta em causa nesta obra”; a expressão sublinhada
significa que a ideia destacada vai ser:
(A) confirmada;
(B) corrigida;
(C) discutida;
(D) combatida;
(E) ampliada.
Comentário: Quando se põe em causa um assunto, quer-se o debate. Assim,
o autor afirma que a ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é
assim abertamente discutida, debatida na obra.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 21: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas
que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos
carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo
abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.
Comentário: No pedido da questão, a palavra “má” indica a qualidade ruim
da sinalização. A palavra “boa” significa grande quantidade. Assim como neste
contexto não ocorrem antônimos (sentidos opostos), devemos achar uma
alternativa que também não haja esse sentido oposto.
Na alternativa (A), “boa” e “má” transmitem sentidos opostos. O
primeiro com valor positivo e o segundo negativo. Assim também percebemos
nas alternativas (B), (D) e (E).
Porém, na alternativa (C), o adjetivo “má” transmite uma ideia de
característica negativa, enquanto “boa” transmite uma intensificação, isto é,
uma repreensão exemplar, profunda. Assim, não são antônimos.
Gabarito: C

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Questão 22: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)
“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante
nem deprimente, não há maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é:
a) transferido/mantido;
b) inédito/desconhecido;
c) impávido/orgulhoso;
d) eficaz/eficiente;
e) habitual/inóspito.
Comentário: Os pares marcam uma relação antônima, isto é, de sentidos
contrários.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “transferido” transmite uma
ideia de mudança; já “mantido” uma ideia de estagnação. Assim, há
antônimo, oposição!
Na alternativa (B), “inédito” tem sentido daquilo que é original,
incomum; já “desconhecido” significa aquilo que não é conhecido. Não são
palavras sinônimas, nem antônimas.
Na alternativa (C), “impávido” tem sentido de destemido; já
“orgulhoso” é aquele que é altivo, vaidoso. Não são palavras sinônimas, nem
antônimas.
Na alternativa (D), de certa forma “eficaz” e “eficiente” têm
aproximação semântica. Em determinadas áreas profissionais, há diferença de
aplicação. Mesmo assim, os dicionários as caracterizam como sinônimas.
Na alternativa (E), “inóspito” é o lugar de difícil acesso, em que não se
consegue viver; já “habitual” é aquilo que é comum, rotineiro. Não são
palavras sinônimas, nem antônimas.
Gabarito: A

Questão 23: Prefeitura de Recife 2015 Agente (banca FGV)


Entrevista com Maria Egler Mantoan
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A
educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante
com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os
superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por
qualquer outro motivo.
Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e
até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar
com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho,
para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam
por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os

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preconceitos.
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela
classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade.
Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma
vida cidadã pela metade.
Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro,
valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós,
professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
(Extraído de www.revistaescola.abril.com.br)
Assinale a alternativa que, segundo o texto, apresenta a oposição entre não
inclusão e inclusão.
(A) estar junto X estar com
(B) conviver X compartilhar
(C) interagir X aglomerar
(D) comprometimento mental X superdotados
(E) entender X reconhecer
Comentário: Note que a questão não pede apenas uma simples relação de
oposição, mas tal relação entre a não inclusão e a inclusão.
Assim, percebemos que o primeiro parágrafo conceitua a inclusão, com
expressões que envolvem o compartilhamento, como “entender e reconhecer
o outro”, “conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”.
Porém, no segundo parágrafo, o conectivo “Já” transmite valor de
contraste, oposição, entre apenas estar junto, aglomerando-se, e estar com
alguém, interagindo com o outro.
Dessa forma, conseguimos perceber que o conectivo “já” reforça a
oposição entre “estar junto” e “estar com”, pois o segundo transmite a ideia
de compartilhamento, algo que o primeiro não contém.
A alternativa correta, portanto, é a (A).
Gabarito: A

Questão 24: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...e quem tem mais tá querendo mais, e quem tem menos tá querendo
alguma coisa”; nesse segmento do texto o verbo ter está empregado em
lugar do verbo possuir. A frase abaixo em que o verbo ter foi substituído de
forma adequada é:
a) “A abelha atarefada não tem tempo para tristeza” (Blake) / precisa de;
b) “Para suportar as aflições dos outros, todo mundo tem coragem de sobra”
(B. Franklin) / prova;
c) “O amor é um pássaro que tem ovos de ferro” (Guimarães Rosa) / põe;
d) “A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a
imprensa tem diariamente” (Mário da Silva Brito) / fotografa;
e) “Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas
mulheres, fica muito melhor” (Millôr Fernandes) / demonstram.
Comentário: Na alternativa (A), o verbo “tem” encontra-se no sentido de
dispor de, possuir. Assim, a abelha não dispõe de tempo para tristeza.
Na alternativa (B), o verbo “tem” encontra-se no sentido de apresentar,
possuir. Assim, todo mundo apresenta coragem de sobra.

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Na alternativa (D), o verbo “tem” encontra-se no sentido de mostrar,
apresentar. Assim, a imprensa apresenta diariamente crimes passionais.
Na alternativa (E), o verbo “tem” encontra-se no sentido de ser dotado
de, possuir. Assim, os homens também são dotados de anatomia.
Portanto, a alternativa (C) é a correta, pois apresenta o verbo “ter” no
sentido de pôr. Veja que se entende que um pássaro põe ovos.
Gabarito: C

Questão 25: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o
direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a
opção em que o sentido desse mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois se entende que alguém
entregou o dinheiro (doou) a um necessitado.
Na alternativa (B), o verbo “deram” tem o sentido de “troca”: trocaram
uma joia pelo quadro.
Na alternativa (C), tem o sentido de pagamento: pagaram-lhe 100 mil
reais pela estatueta.
Na alternativa (D), tem o sentido de informação, afirmação,
cientificação: informou-se na TV que vai chover.
Na alternativa (E), tem o sentido de bom desempenho: elas sempre têm
bom desempenho nas provas.
Gabarito: A

Questão 26: TCE BA 2013 – Agente público (banca FGV)


Fragmento do texto: As cidades são os centros da atividade econômica da
Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se debatem
com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a
suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas
urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento.
Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas
integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego,
bem como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e
de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes desafios.
Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento
urbano para o período entre 2007 e 2013, o que representa 6,1% do
orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil
milhões de euros destinam se à reabilitação de sítios industriais e terrenos
contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e

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rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de
euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da
investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da
saúde e da cultura têm também um impacto significativo nas cidades.
“Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano
para o período entre 2007 e 2013”.
O verbo “afetar”, nesse segmento do texto, tem o seguinte significado:
(A) “fingir; simular”.
(B) “produzir lesão em”.
(C) “afligir, comover, abalar”.
(D) “aplicar em”.
(E) “apresentar a forma de”.
Comentário: O verbo “afetar” tem vários sentidos possíveis:
1. Fingir; simular: A imagem de bonzinho afetou a de uma pessoa honesta.
2. Produzir lesão em; lesar: A tuberculose afetou-lhe o pulmão direito.
3. Afligir, comover, abalar: Afetou-o muito a morte do amigo.
4. Dizer respeito a; concernir, interessar: Afirmou que, naquilo que o afetava,
nada tinha a opor.
5. Apresentar, imitar (a forma de uma coisa ou de um ser): afetar a forma de
um losango.
Mas cabe aqui mais um sentido, o que se encontra neste contexto. Veja
que o verbo “afetar”, no texto, é transitivo direto e indireto e se encontra na
voz passiva: Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao
desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013.
Assim, entendemos que cerca de 21,1 milhões de euros foram afetados
ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013, isto é,
aplicados no desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013.
Assim, a alternativa correta só pode ser a (D).
Gabarito: D

Questão 27: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população
jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Nesse segmento do texto, o termo empregado em sentido conotativo (ou
figurado) é:
(A) punição;
(B) remédio;
(C) violência;
(D) população;
(E) Estatuto.
Comentário: A alternativa (B) é a correta, porque “remédio” é o recurso que
serve para combater uma dor, uma doença, um mal-estar! Tal sentido foi

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estendido conotativamente para aquilo que ajuda a resolver ou diminuir as
consequências de uma falta ou erro. Assim, a punição não seria o único
remédio para a violência, isto é, não resolveria sozinho o problema da
violência.
As demais palavras estão em seu sentido pleno, real, denotativo.
Gabarito: B

Questão 28: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


PRIVAÇÕES
Verissimo, O Globo, 20/10/2016
“Durante anos, o Brasil sofreu a privação do Frank Sinatra. Passava ano,
passava ano, e o Frank Sinatra não vinha. Nossa maior angústia era com o
tempo: se demorasse muito para vir, o Frank Sinatra, quando viesse, não
seria mais o mesmo. Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia
de si mesmo. Por que o Frank Sinatra não vinha ao Brasil enquanto era
tempo? E, finalmente, o Frank Sinatra veio ao Brasil. E a espera, concordaram
todos, tinha valido a pena. Sinatra cantou no Rio Palace para endinheirados e
no Maracanã para uma multidão. Sua voz era a mesma dos bons tempos,
apenas envelhecida em tonéis de carvalho como um bom Bourbon. O Brasil
agradeceu a Sinatra com o maior público de sua carreira. E ficou feliz”.
No texto está presente o seguinte segmento: “Poderia não ter mais a grande
voz, ou ser uma múmia de si mesmo”.
Nesse segmento exemplifica-se a seguinte figura de linguagem:
a) antítese;
b) metáfora;
c) metonímia;
d) pleonasmo;
e) paradoxo.
Comentário: Veja que houve uma comparação ideológica, em que Frank
Sinatra seria uma múmia de si mesmo, isto é, comparou-se Frank Sinatra a
uma múmia. Assim, a alternativa correta é a (B).
As demais alternativas podem ser eliminadas facilmente, pois não houve
contraste, oposição. Assim, eliminamos as alternativas (A) e (E).
Além disso, não houve a substituição da parte pelo todo, por isso
eliminamos a alternativa (C). Tampouco houve redundância. Assim, também
eliminamos a alternativa (D).
Gabarito: B

Questão 29: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


No período inicial do texto - O cristianismo impregna, com maior ou menor
evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos
que o ignoram. – ocorre um exemplo de linguagem figurada, denominada
antítese, estruturada na oposição semântica maior/menor.
Os vocábulos abaixo que também serviriam para estruturar uma antítese são:

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a) Às vezes ganha destaque ou relevância no noticiário.
b) Entender os debates mais recentes ou anacrônicos...
c) ...eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio ou previsto.
d) ...as práticas humanitárias ou filantrópicas...
e) ..que nos dirigimos a eminentes ou desprestigiados especialistas.
Comentário: O registro de oposição ocorre nas palavras “eminentes”
(prestigiados, notórios) e “desprestigiados”.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Note que as demais alternativas não transmitem contraste, oposição.
Gabarito: E

Questão 30: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Assinale a opção que indica o pensamento em que não ocorre uma
estruturação com base numa antítese
a) De nada serve ao homem conquistar a Lua, se acaba por perder a Terra.
b) Modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno.
c) Meios poderosos, mas objetivos confusos: essa é a nossa época.
d) Não foi o mundo que piorou. As coberturas jornalísticas é que melhoraram
muito.
e) Um a um somos todos mortais. Juntos, somos eternos.
Comentário: A antítese transmite uma relação de oposição.
A alternativa (A) está correta, pois os verbos “conquistar” e “perder”
transmitem relação de oposição.
A alternativa (B) está correta, pois os adjetivos “efêmero”(passageiro) e
“eterno” (duradouro) transmitem relação de oposição.
A alternativa (C), apesar de apresentar a conjunção coordenativa
adversativa “mas”, não transmite valor de oposição, mas apenas de contraste,
ressalva. Assim, esta é a que deve ser marcada.
A alternativa (D) está correta, pois os verbos “piorou” e “melhoraram”
transmitem relação de oposição.
A alternativa (E) está correta, pois os adjetivos “mortais” e “eternos”
transmitem relação de oposição.
Gabarito: C

Questão 31: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Assinale a opção que apresenta o pensamento que se apoia em uma estrutura
diferente da antítese.
a) “Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a
grande felicidade”.
b) “As coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto
tememos”.
c) “Quem vive só de esperanças morrerá de fome”.
d) “O otimista diz que vivemos no melhor de todos os mundos possíveis. O
pessimista teme que isso seja verdade”.
e) “Felicidade é um modo de viajar, não um destino”.
Comentário: A antítese transmite uma relação de oposição. Devemos achar,
dentre as alternativas, aquela que não apresenta essa relação de oposição.
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A alternativa (A) está correta, pois se pode entender uma relação de
oposição entre “pequenas” e “grande”.
A alternativa (B) está correta, pois se pode entender uma relação de
oposição entre “boas” e “ruins”.
A alternativa (C) está correta, pois se pode entender uma relação de
oposição entre “vive” e “morrerá”.
A alternativa (D) está correta, pois se pode entender uma relação de
oposição entre “otimista” e “pessimista”.
A alternativa (E) é a que devemos marcar, pois, apesar de transmitir
uma negação do que foi afirmado anteriormente, não há relação de oposição.
Gabarito: E

Questão 32: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Na frase “Você quer estar certo ou quer ser feliz”? ocorre
a) uma antítese paradoxal.
b) uma pergunta retórica.
c) uma ambiguidade intencional.
d) uma falsa oposição.
e) uma ausência de paralelismo.
Comentário: Há uma falsa relação de oposição na frase, haja vista que o fato
de ser feliz normalmente não tem a ver com o fato de estar errado. Pode-se
estar certo e feliz.
Essa é uma forma irônica de querer afirmar que à vezes a pessoa deve
deixar passar algumas situações críticas, mesmo parecendo ter tomado um
posicionamento errado, para não ficar infeliz.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 33: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Agente Fiscalização (banca FGV)


Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta
A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades
paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d‟água azuis se
multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres,
jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização
de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e
cobraram soluções.
As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram
dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém,
vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados
por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos
desses corpos de água recebem diariamente.
É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e
como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de
mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo
de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas
cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de
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saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação
hídrica.
Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios,
córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram
que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou
péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa
(4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um
estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março),
com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016,
em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios.
(MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.)
Em termos de linguagem figurada, o fato de a divulgação do texto ter sido
feita no Dia Mundial da Água funciona como
a) metáfora.
b) pleonasmo.
c) eufemismo.
d) ironia.
e) hipérbole.
Comentário: É no mínimo irônico que, no dia mundial da água, momento
maior em que deve haver conscientização pela água, o texto fala justamente
do descaso que está havendo com a gestão da água.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 34: SEE - PE 2016 Professor (banca FGV)


“Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá
para o melhor é algo desconhecido por todos, menos por Deus.” (Sócrates,
no momento de sua morte)
No período inicial das palavras de Sócrates, há a presença de dois exemplos
de diferentes figuras de linguagem; tais figuras são, respectivamente,
a) eufemismo e antítese.
b) sinestesia e paradoxo.
c) metonímia e metáfora.
d) pleonasmo e catacrese.
e) ironia e polissíndeto.
Comentário: A expressão “é hora de ir” simboliza a morte. Assim, houve
eufemismo. Na sequência, tal figura foi explicitada pela oposição “eu para
morrer, e vós para viver”. Assim, também houve antítese.
Dessa forma, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

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ISS Niterói 2015 Contador (banca FGV)
Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia
mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas
taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos
estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados
Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os
Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o
poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global
que está em curso.
(Mundo, outubro de 2015)
Questão 35: O título dado ao texto 1 exemplifica linguagem figurada; nesse
título ocorre:
(A) uma comparação, a partir de uma semelhança, entre a China e uma
locomotiva;
(B) uma substituição eufemística da palavra “China” pela palavra
“locomotiva”;
(C) um evidente exagero ao mostrar a velocidade da economia chinesa em
comparação com a das modernas locomotivas;
(D) uma maneira atenuada de referir-se à decadência da economia chinesa
com o verbo “desacelerar”;
(E) uma substituição da palavra “maquinista” pela palavra “locomotiva”.
Comentário: O título marca a ideia principal do texto. A tese (frase que
transmite a ideia central do texto) já nos mostra a comparação entre a
locomotiva e a China:
“Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia
mundial.”
A locomotiva é a máquina utilizada para puxar os vagões, da mesma
forma a economia da China alavanca, puxa a economia mundial. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
A alternativa (B) está errada, pois eufemismo é a amenização, a
suavização, de uma situação negativa. A palavra China não transmite valor
negativo. Assim, não houve eufemismo.
A alternativa (C) está errada, pois não houve comparação entre a
velocidade da economia e a de uma suposta locomotiva de última geração.
A alternativa (D) está errada, pois o texto não retrata decadência, mas
simplesmente uma diminuição no crescimento, uma desaceleração.
A alternativa (E) está errada, pois a palavra “locomotiva” não faz
subentender a palavra “maquinista”, mas “China”.

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Gabarito: A

Questão 36: O segmento do texto 1 que NÃO dá continuidade à linguagem


figurada do título é:
(A) “Agora, porém, a locomotiva desacelera”;
(B) “Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica”;
(C) “os „emergentes‟ enfrentam baixas taxas de crescimento”;
(D) “Sob o impacto da desaceleração chinesa”;
(E) “Tal tese é uma vítima ilustre da desaceleração global”.
Comentário: Esta questão pede, simplesmente, que você observe a
alternativa que não apresenta uma linguagem figurada.
Na alternativa (A), ocorre linguagem figurada, haja vista que não há
literalmente uma locomotiva desacelerando, mas ela representa a economia
da China. Assim, há uma metáfora.
Na alternativa (B), ocorre linguagem figurada, pois “paisagem” remete a
cenário, lugar, espaço. Esse cenário se estende, figurativamente, ao
econômico e geopolítico. Assim, há uma metáfora.
A alternativa (C) é a correta, pois literalmente os emergentes enfrentam
as taxas de crescimento, as quais são baixas.
Na alternativa (D), ocorre linguagem figurada, pois não é próprio de um
país desacelerar, mas a sua economia. Assim, houve o emprego da parte
(economia da China) pelo todo (a China) e a figura de linguagem é a
metonímia.
Na alternativa (E), ocorre a linguagem figurada. Veja que literalmente
uma vítima é uma pessoa e nessa frase uma tese passou a ser vítima. Assim,
houve uma personificação. Além disso, não é linguagem literal afirmar que o
mundo desacelera, mas a sua economia. Assim, houve o emprego da parte
(economia do globo) pelo todo (o globo) e a figura de linguagem é a
metonímia.
Gabarito: C

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Questão 37: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)

A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz


humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa
denominada:
(A) metáfora;
(B) metonímia;
(C) hipérbole;
(D) pleonasmo;
(E) catacrese.
Comentário: Certamente, a redução da maioridade não chegaria a tanto,
concorda? Nem nasceu e já teria cometido um delito?! Pois é, neste caso,
notamos um exagero! Isso é a hipérbole!
Gabarito: C

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Questão 38: CM Caruaru - PE 2015 – Analista Legislativo (banca FGV)

O humor da charge se estrutura com base em


a) uma metáfora.
b) uma metonímia.
c) um pleonasmo.
d) uma silepse.
e) uma catacrese.
Comentário: Devemos analisar a fala do repórter e associar à imagem. Ele
afirma que o assunto está sendo debatido no Congresso e a imagem nos
mostra duas panelas de pressão bem aquecidas.
Isso nos leva a comparar o debate caloroso com o fervor da água na
panela sob pressão, o que nos faz entender que o debate está agitado, sem
ainda conciliações.
Como há uma comparação ideológica, entendemos que há uma
metáfora.
Gabarito: A

Questão 39: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV)


Fragmento do texto: Mas uma minoria da humanidade sobreviveu à
evolução aleijada da empatia. São os psicopatas. Eles são algo diferente dos
humanos, embora dotados da mesma racionalidade que nos define como
espécie. São seres mutilados da emoção e, por isso, incapazes de sentir pelos
outros. Isso os levou a assumir o papel representado na ecologia por parasitas
e predadores.
Ao dizer que os psicopatas assumem o papel de parasitas e predadores, o
autor do texto apelou para uma figura de linguagem denominada:
(A) metonímia;
(B) pleonasmo;
(C) anacoluto;
(D) eufemismo;
(E) metáfora.
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Comentário: Houve uma comparação ideológica e ela é patente na expressão
“representado na ecologia por”. Assim, podemos inferir a seguinte
informação: os psicopatas são parasitas e predadores. Por isso, a alternativa
correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 40: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV)


Fragmento do texto: A um computador não se olha de cima, como se olhava
uma máquina de escrever. Ele nos olha na cara. Tela no olho. A máquina de
escrever fazia o que você queria, mesmo que fosse a tapa. Já o computador
impõe certas regras. Se erramos, ele nos avisa. Não diz “Burro!”, mas está
implícito na sua correção. Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais
coisas, e está subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele
sabe. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando estiver sendo
programado por um igual. Isto é, outro computador. A máquina de escrever
podia ter recursos que você também nunca usaria (abandonei a minha sem
saber para o que servia “tabulador”, por exemplo), mas não tinha a mesma
empáfia, o mesmo ar de quem só aguenta os humanos por falta de coisa
melhor, no momento.
O computador é personificado no texto, atribuindo-se-lhe ações humanas.
Assinale o segmento que não comprova essa afirmativa.
a) “Ele nos olha na cara. Tela no olho.”
b) “Já o computador impõe certas regras.”
c) “Se erramos, ele nos avisa.”
d) “Não diz „Burro!‟.”
e) “Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais coisas, e está
subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele sabe.”
Comentário: Na alternativa (A), veja que olhar é uma ação humana. Não se
pode dizer que é uma ação somente do ser humano, pois também os animais
olham, mas se deve notar que este contexto mantém um suposto embate
entre um ser que raciocina e uma máquina. Por isso, entendemos a ação de
olhar especificamente como ação humana.
Na alternativa (B), a ação de impor algo não é propriamente do ser
humano, pois uma circunstância pode impor algo, um obstáculo pode impor
outra ação. Assim, esta é a alternativa que desvirtua das demais.
Na alternativa (C), a ação de avisar é própria do ser humano.
Na alternativa (D), a ação de afirmar algo, falar, dizer é do ser humano.
Na alternativa (E), a característica de ser inteligente é própria do ser
humano.
Observação: Mesmo a alternativa (E) não apresentando propriamente
uma ação, como pede a questão, em comparação com a alternativa (B),
sabemos que esta não apresenta ação ou característica humana, por isso
realmente a alternativa (B) é a que devemos marcar.
Gabarito: B

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Questão 41: DPE-RJ 2014 – Técnico-Superior Administração (banca FGV)
Fragmento do texto: Não foram os americanos que inventaram o shopping
center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na
Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter
Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram
os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à
prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os
outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove,
neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim,
pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são
civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de
não serem invadidas pelos males da rua.
Ao dizer que os shoppings são “cidades", o autor do texto faz uso de um
tipo de linguagem figurada denominada .
a) metonímia.
b) eufemismo
c) hipérbole.
d) metáfora.
e) catacrese.
Comentário: No texto, não há a expressão “os shoppings são cidades”, mas
isso fica subentendido, por isso a questão fez esta afirmação. Então, fica fácil
perceber uma comparação ideológica, pois poderíamos inserir a palavra
“como” para torná-la uma comparação propriamente dita: os shoppings são
como cidades.
Como não há elemento coesivo de valor comparativo na expressão do
pedido da questão, certificamo-nos de que há uma comparação ideológica e
temos uma metáfora.
Gabarito: D

Questão 42: CONDER 2013 – Jornalista (banca FGV)


Fragmento do texto: Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de
gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida
profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic,
sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora,
e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos
sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos
íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas
retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só
estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
"Sinto falta do papel e da fiel Bic"
Nesse segmento, o cronista emprega o nome de uma marca em lugar de
"caneta esferográfica", caracterizando uma figura de linguagem
denominada
a) metáfora.
b) hipérbole.
c) eufemismo.

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d) metonímia.
e) antítese.
Comentário: Quando empregamos o nome de uma marca no lugar de um
produto, temos a metonímia.
Gabarito: D

Questão 43: CONDER 2013 – Técnico (banca FGV)


"Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e
dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é
decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos
férteis é só o prólogo e o epílogo".
Todos os termos sublinhados no fragmento acima são exemplos de
linguagem figurada. Assinale a alternativa que apresenta a observação
correta sobre esses exemplos.
a) "passatempo" é exemplo de ironia
b) "dar o fora" é exemplo de hipérbole.
c) "prólogo" e "epílogo" são metonímias.
d) "prólogo" é exemplo de eufemismo
e) "prólogo" e "epílogo" constituem uma antítese.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “passatempo” não transmite
uma ideia com intenção de entendimento contrário. Além disso, tal palavra
encontra-se no sentido literal: entendemos que a ideia é fazer o tempo passar
mesmo.
A alternativa (B) está errada, pois hipérbole significa exagero, o que não
ocorreu nesta expressão. Tal expressão é apenas uma variação coloquial que
tem o sentido de ir embora.
A alternativa (C) está errada, pois "prólogo" e "epílogo" transmitem
uma ideia de oposição (início e fim, respectivamente). Assim, não houve
ideia de parte pelo todo, como sugeriria a metonímia.
A alternativa (D) está errada, pois “prólogo” não transmite suavização
de informação, como sugere o eufemismo.
A alternativa (E) é a correta, pois "prólogo" e "epílogo" transmitem
uma ideia de oposição (início e fim, respectivamente). Assim, a figura de
linguagem compatível é a antítese.
Gabarito: E

Questão 44: TRE-PA 2011 Analista-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a
fenômenos que há muito deveriam ter sido excluídos da vida política nacional,
como a compra de votos e a atitude de diversos candidatos, durante as
campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em
troca da promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto consciente é
justamente o contraponto dessas práticas, visando estabelecer critérios
racionais que façam do voto um instrumento de cidadania. Voto consciente é
aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas
histórias de vida e analisa se as promessas e programas eleitorais são
coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos.
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As aspas em doar confirmam, para o vocábulo, seu aspecto de.
a) polifonia.
b) coloquialismo.
c) antonímia.
d) metáfora.
e) ironia.
Comentário: A ironia consiste em dizer o contrário do que se quer. Assim, ao
inserir aspas no verbo “doar”, fica claro que a intenção do autor foi utilizar tal
palavra com um tom de ironia, pois os políticos doam cestas básicas, não
como uma ajuda social, mas com a intenção de ganhar votos.
Gabarito: E

Questão 45: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301
milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de
R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento
da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na
legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão
extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles
pagarem as dívidas de campanha.
A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:
I. No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.
II. No terceiro período, há um caso de zeugma.
III. No último período, os dois-pontos introduzem uma enumeração.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário: A afirmação I está correta. Note que o segundo período é “Isso
porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100
milhões.”. O pronome “Isso” retoma a informação do primeiro período, por
isso tem valor anafórico.
Assim, já eliminamos as alternativas (B) e (C).
A afirmação II está correta, pois “zeugma” é a omissão de uma
palavra facilmente subentendida. Veja que o verbo “são” ficou
subentendido:
Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36
milhões (são) referentes à arrecadação de multas previstas na legislação
eleitoral.
Com isso, também eliminamos a alternativa (A).
A afirmação III está errada, pois enumeração é o acúmulo de dois ou
mais elementos coordenados, o que não ocorreu com o trecho “Muito
simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.”

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Na realidade, os dois pontos sinalizam uma explicitação, isto é, a
razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos
é a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.
Portanto, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 46: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Convivas de boa memória Há dessas reminiscências
que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo
dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais
convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória
fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era
um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a
alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras
nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na
mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e
afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças
que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não
eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e
confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem
nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando
leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando
ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele.
Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os
rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me
aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os
generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins
soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma
imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as
lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.
(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)
Há um exemplo de prosopopeia em:
a) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que
vestiram!”
b) “E antes seja olvido que confusão; explico-me.”
c) “Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas.”
d) “Não, não, a minha memória não é boa.”
e) “... e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha
com uma alma imprevista.”
Comentário: A prosopopeia é o mesmo que personificação, por isso a
alternativa (E) é a correta, pois damos vida às “notas” ao falarmos que elas
dormiam, damos vida às “coisas” quando falamos que elas marcham. Por fim,
damos vida a “tudo”, quando afirmamos que isso tem uma alma.

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Gabarito: E

Questão 47: DPE MT 2015 – Assistente Administrativo (banca FGV)


Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo
sublinhado tem a grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo que
em
(A) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
(B) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
(C) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”
(D) “Esse é o caminho por que ele veio.”
(E) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”
Comentário: A frase do pedido da questão apresenta a expressão
interrogativa indireta “por que”. Veja que podemos transformar a frase
interrogativa indireta em direta. Além disso, podemos subentender a palavra
“motivo” ou “razão” após tal expressão. Compare:
Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil.”
Por que não se legaliza o jogo no Brasil?
Não entendo por que (motivo) não se legaliza o jogo no Brasil.”
Por que (motivo) não se legaliza o jogo no Brasil?
Na alternativa (A), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo
qual”. Assim, há um pronome relativo. Compare:
“A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
“A legalização do jogo é o motivo pelo qual luta a leitora.”
Na alternativa (B), a expressão “por que” é interrogativa direta, pois
apresenta o ponto de interrogação e podemos perceber a palavra “razão”.
Veja: Por que razão não se legaliza o jogo?
A alternativa (C) é a correta, pois apresenta a expressão interrogativa
indireta. Assim como fizemos na expressão do pedido da questão, para
comprovar, também podemos transformar a frase numa interrogativa direta e
subentender a palavra “motivo” ou “razão” em seguida. Compare:
Por que a legalização do jogo é proibida?
Desconheço por que (motivo) a legalização do jogo é proibida.
Na alternativa (D), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo
qual”. Assim, há um pronome relativo. Compare:
Esse é o caminho por que ele veio.
Esse é o caminho pelo qual ele veio.
Na alternativa (E), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo
qual”. Assim, há um pronome relativo. Compare:
O projeto por que me empenho é de grande utilidade.
O projeto pelo qual me empenho é de grande utilidade.
Gabarito: C

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Questão 48: DPE RO 2015 – Técnico-Administrativo (banca FGV)
Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada
corretamente; a frase em que a forma sublinhada é igualmente correta é:
(A) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos.
(B) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca.
(C) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos.
(D) Os pacientes preferem os genéricos por que?
(E) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais.
Comentário: Nesta questão, não se pede o emprego pelo mesmo motivo de
uma frase do texto, mas simplesmente o emprego correto gramaticalmente.
A alternativa (A) está errada, pois há necessidade da expressão
interrogativa indireta “por que”, haja vista que podemos subentender em
seguida a palavra “motivo”, além de podermos transformar a interrogativa
indireta em direta. Veja:
Os médicos sabem por que (motivo) indicam os genéricos.
Por que (motivo) os médicos indicam os genéricos?
A alternativa (B) está errada, pois há a necessidade do uso da
expressão “por que”, haja vista que pode ser substituída por “pela qual”.
Assim, há um pronome relativo. Compare:
Desconheço a razão por que eles tomam remédios de marca.
Desconheço a razão pela qual eles tomam remédios de marca.
A alternativa (C) está errada, haja vista que há necessidade da
conjunção causal “porque”. Comprova-se isso utilizando o seu sinônimo
“pois”. Compare:
Os genéricos são mais baratos porque não pagam impostos.
Os genéricos são mais baratos pois não pagam impostos.
A alternativa (D) está errada, pois em final de frase deve-se empregar
“por quê”. Veja:
Os pacientes preferem os genéricos por quê?
A alternativa (E) é a correta, haja vista que houve a substantivação com
o emprego do artigo “o”.
Gabarito: E

Questão 49: Prefeitura de Cuiabá 2015 Técnico de Laboratório (banca FGV)


“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”.
Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente
grafada.
(A) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a aposentadoria.
(B) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que os homens.
(C) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposentadoria.
(D) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
(E) Estamos acerca de dez dias do final do ano.
Comentário: Vamos fazer um resumo do uso das expressões sublinhadas.
A expressão “cerca de” transmite quantidade aproximada (Cerca de

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duzentas pessoas foram ao show.). Tal expressão pode ser precedida do verbo
“haver”, com sentido de existir (Há cerca de duzentas pessoas aqui.) ou com
o sentido de tempo decorrido (Há cerca de dois anos não a vejo.). Também
pode ser precedida da preposição “a”, quando transmite sentido de tempo
futuro (De hoje a cerca de dois anos estarei em viagem.) ou lugar (Daqui a
cerca de trezentos metros, vire à esquerda.).
A expressão “acerca de” é uma locução prepositiva que transmite o
valor adverbial de assunto (Não discuto acerca de política.).
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “Há cerca de” transmite valor
de tempo decorrido.
A alternativa (B) está errada, pois se transmite apenas o valor de
quantidade aproximada. Assim, o ideal seria o emprego da expressão “cerca
de”. Veja:
As mulheres trabalham cerca de cinco anos menos que os homens.
As alternativas (C) e (D) estão erradas, pois o contexto transmite valor
adverbial de assunto. Assim, o correto seria o uso de “acerca de”. Veja:
A discussão na Câmara era acerca da lei de aposentadoria.
Nada se discutiu acerca da nova lei.
A alternativa (E) está errada, pois o contexto transmite uma ideia de
tempo aproximado futuro. Assim, o ideal seria o emprego de “a cerca de”.
Veja:
Estamos a cerca de dez dias do final do ano.
Gabarito: A

Abraço.
Terror

Questão 1: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Todos os pensamentos a seguir foram reescritos de forma que os segmentos
que os compõem fossem trocados de posição.
Assinale a opção em que a troca se revela adequada, já que conserva o
sentido original do pensamento.
a) “O fim justifica os meios”. / Os meios justificam o fim.
b) "Entender tudo é perdoar tudo”. / Perdoar tudo é entender tudo.
c) “Não dê o peixe, ensine a pescar”. / Não ensine a pescar, dê o peixe.
d) “É mais fácil construir um menino que consertar um homem” / É mais fácil
consertar um homem que construir um menino.
e) “O trabalho de um educador é irrigar o deserto, não derrubar a floresta”. /
O trabalho de um educador é derrubar a floresta, não irrigar o deserto.

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Questão 2: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


Em todas as frases a seguir, as locuções adjetivas sublinhadas foram
substituídas por adjetivos.
Assinale a frase em que a substituição foi inadequada.
a) “Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança”. / infantil.
b) “Um bebê é a opinião de Deus de que a vida deveria continuar”. / divina.
c) “Os avarentos são como as bestas de carga: carregam o ouro e se
alimentam de aveia”. / carregadas
d) “Os paranoicos têm inimigos de verdade”. / verdadeiros.
e) “Estar com raiva é se vingar das falhas dos outros em nós mesmos”. /
alheias.

Questão 3: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


“O galo tem grande poder no galinheiro”.
Os vocábulos a seguir apresentam a mesma relação semântica que o par
acima sublinhado, à exceção de um. Assinale-o.
a) químico / laboratório
b) freira / convento
c) corredor / pista
d) escritor / livraria
e) policial / delegacia

Questão 4: COMPESA 2016 Assistente de Saneamento (banca FGV)


Assinale a opção que indica a correspondência adequada entre os termos.
a) Não pensa em nada / pensa em tudo.
b) Não viu ninguém / viu todo mundo.
c) Não roubou nunca / roubou sempre.
d) Não comprou nenhum / comprou alguns.
e) Não foi declarada nula / foi declarada válida.

Questão 5: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Agente Fiscalização (banca FGV)


“...revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam
qualidade ruim ou péssima.”
A relação semântica entre “ruim ou péssima” se repete em
a) distante ou longe.
b) perto ou próximo.
c) amado ou adorado.
d) variado ou diversificado.
e) fácil ou difícil.

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Questão 6: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Engenheiro (banca FGV)


“O bom médico não deixa ver nada de suas apreensões ao seu paciente.”
A mesma relação semântica entre as palavras sublinhadas se repete nos pares
a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) advogado/cliente.
b) mestre/discípulo.
c) santo/devoto.
d) senhorio/inquilino.
e) religião/militante.

Questão 7: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Engenheiro (banca FGV)


“O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e
pouco apreço dá às demonstrações científicas.”
Nessa frase de Machado de Assis, se desejássemos dar paralelismo ao
segmento “ingênuo e sem fé das verdades”, a forma adequada seria:
a) “sem ingenuidade e sem fé nas verdades”.
b) “ingênuo e descrente das verdades”.
c) “sem conhecimento e sem fé nas verdades”.
d) “ingênuo e ignorante das verdades”.
e) “sem informações e sem fé nas verdades”.

Questão 8: SEE - PE 2016 Professor (banca FGV)


Fragmento do texto: “Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como
um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada
hora do nosso passado pertence à morte.” (Sêneca)
Assinale a opção em que um dos termos do pensamento de Sêneca foi
substituído de forma inadequada.
a) “erramos” / nos equivocamos.
b) “à nossa frente” / adiante de nós.
c) “acontecimento futuro” / acontecimento por vir.
d) “grande parte dela” / a maior parte dela.
e) “já ficou para trás” / já foi desprezada.

Questão 9: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da
segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e
da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle
ao crescimento desordenado das cidades”.
Os dois elementos ligados pela conjunção E são fatores bastante diferentes; o
pensamento abaixo em que os termos ligados por essa conjunção podem ser
considerados sinônimos é:
a) “A Academia Francesa é como a Universidade: uma e outra eram
necessárias num tempo de ignorância e de mau gosto; hoje são ridículas”
(Voltaire);
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b) “A agulha é pequena e delgada; no entanto sustenta uma família toda”
(Steinberg);
c) “O amor e a amizade excluem-se mutuamente” (La Bruyère);
d) “A amizade de alguns homens é mais funesta e danosa do que o seu ódio
ou aversão” (Marquês de Maricá);
e) “Todo bajulador tem de ser forçosamente um malévolo e um ingrato”
(Nestor Vítor).

Questão 10: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...O crescimento dos índices de violência e a dramática transformação do
crime manifestados nas grandes metrópoles são alarmantes, sobretudo, na
cidade do Rio de Janeiro”.
O termo “sobretudo” só NÃO pode ser substituído adequadamente por:
a) principalmente;
b) geralmente;
c) especialmente;
d) destacadamente;
e) particularmente.

Questão 11: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...tá uma coisa insuportável”; o adjetivo insuportável equivale a “que não se
pode suportar”. O adjetivo abaixo que tem um significado dado corretamente
é:
a) indelével / que não se pode apagar;
b) intragável / que não se pode trazer;
c) imprescindível / que não se pode utilizar;
d) inteligível / que não se pode entender;
e) imbatível / que não se pode combater.

Questão 12: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“No outro polo, verifica-se um crescimento da autossegregação,
especialmente por parte das elites que se encastelam nos enclaves fortificados
na tentativa de se proteger da violência”.
Entenda-se por “autossegregação” uma segregação:
a) derivada da lei;
b) causada pela falta de policiamento;
c) causada pela estigmatização;
d) voluntária;
e) idêntica à da favela.

Questão 13: MPE RJ 2016 Técnico (banca FGV)


"está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que
terá impactos positivos para os pacientes”.
A expressão “está no forno” significa que a revolução referida:
a) ainda tardará muito a chegar;
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b) está pronta há algum tempo;
c) encontra-se em preparo;
d) já começou a ocorrer;
e) foi aperfeiçoada com o tempo.

ISS Niterói 2015 Contador (banca FGV)


Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia
mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas
taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos
estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados
Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os
Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o
poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global
que está em curso.
(Mundo, outubro de 2015)
Questão 14: A expressão “Desde a virada do século” (texto 1) significa:
(A) desde o momento em que a economia mudou de direção;
(B) a partir do surgimento do século XXI;
(C) assim que houve uma reviravolta na política mundial;
(D) logo que se iniciou uma nova ordem mundial;
(E) quando o século virou em direção à China, como potência econômica.

Questão 15: A substituição proposta, nas frases abaixo, que altera o


significado original da frase é:
(A) “talvez bruscamente” / bruscamente talvez;
(B) “um longo ciclo” / um ciclo longo;
(C) “nova paisagem” / paisagem nova;
(D) “paisagem econômica e geopolítica” / paisagem geopolítica e econômica”;
(E) “baixas taxas de crescimento” / taxas baixas de crescimento.

Questão 16: Ao dizer que os casos da Rússia e do Brasil são “extremos”, o


autor do texto 1 quer dizer que:
(A) exemplificam casos mais graves;
(B) mostram uma oposição radical em termos políticos;
(C) indicam uma localização geográfica oposta;
(D) demonstram uma oposição radical entre eles;
(E) exibem exemplos mais claros de progresso X retrocesso.

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TCE BA 2013 – Analista de Controle Externo (banca FGV)
Retrato da violência
A entrega do Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
da Violência Contra a Mulher (CP MIVCM) à presidente Dilma Rousseff, em
sessão solene do Congresso Nacional, foi um marco na luta das mulheres
brasileiras pela garantia de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à
violência de gênero.
O relatório se constitui no mais completo diagnóstico sobre a situação
das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência no Brasil, e o
ato de sua entrega representou o compromisso dos poderes Executivo e
Legislativo com a luta das mulheres brasileiras, por igualdade nas relações de
gênero em todos os espaços da vida em sociedade.
A presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de adotar as
propostas da CPMI na implementação de políticas públicas para combater a
violência doméstica e sexual no país. No Senado, já estão em tramitação os
projetos apresentados pela CPMI.
Na semana passada, foram aprovados quatro, que seguem, agora para
a Câmara dos Deputados. São eles:
 o que classifica a violência doméstica como crime de tortura;
 o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de
violência;
 o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e,
 o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os
agressores.
Outros três projetos já estão em análise na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCI) do Senado.
Decorrente da preocupação com o fato de o Brasil ocupar o 7º lugar
entre os 84 países que mais matam mulheres em todo o mundo, com uma
taxa de homicídios de 4,6 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres, a
CPMI faz 73 recomendações aos três poderes constituídos e aos estados
visitados.
Todas as recomendações se fazem procedentes. A sociedade brasileira
conhece o incômodo problema de violência contra a mulher. Pesquisa
realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que 54% das
pessoas entrevistadas disseram conhecer uma mulher que já foi agredida por
um parceiro, enquanto 56% afirmaram que conhecem um homem que já
agrediu uma companheira.
Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do relatório final da
CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é praticada contra
as mulheres em todos os estados brasileiros, por companheiros, namorados
ou ex maridos.
(Ana Rita e Ângela Portela, senadoras)
Questão 17: No texto há uma série de referências à vida política. Nesse
sentido, assinale a alternativa em que a explicação dada é inadequada.
(A) Comissão Parlamentar Mista de Inquérito = comissão destinada à
investigação de algo, formada por parlamentares de diferentes partidos.
(B) Sessão solene = sessão formada especialmente para a celebração de ato

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político ou de homenagem.
(C) Políticas públicas = atos políticos que se destinam à proteção das
camadas populares.
(D) Tramitação de projetos = percurso jurídico e político de um projeto.
(E) Implementação de políticas = medidas de efetivação dessas políticas.

Questão 18: “...foi um marco na luta das mulheres brasileiras pela garantia
de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à violência de gênero”.
O termo sublinhado tem a função textual de
(A) enfatizar a afirmação anterior.
(B) retificar uma informação dada.
(C) ressaltar o alcance político do projeto.
(D) destacar um fato particular.
(E) explicitar quais os direitos aludidos anteriormente.

Questão 19: “Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do


relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é
praticada contra as mulheres em todos os estados brasileiros”.
O vocábulo sublinhado no início do segmento do texto acima significa que
(A) os fatos apresentados são incompletos.
(B) os dados fornecidos são passíveis de crítica.
(C) os casos narrados são fornecidos por vítimas receosas de vingança.
(D) as informações exemplificam problemas diversos.
(E) os testemunhos prestados são falhos.

Questão 20: SSP AM 2015 Técnico de nível superior (banca FGV)


“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os
problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para
a saúde física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática –
que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas
experiências pessoais a uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda
aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham
sido relacionados. A ideia de que todas as tecnologias são “neutras” e
constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é
assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma reforma da
televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma
tecnologia como a do armamento».
“...é assim abertamente posta em causa nesta obra”; a expressão sublinhada
significa que a ideia destacada vai ser:
(A) confirmada;
(B) corrigida;
(C) discutida;
(D) combatida;
(E) ampliada.

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Questão 21: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV)
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas
que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos
carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo
abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser
considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.

Questão 22: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante
nem deprimente, não há maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é:
a) transferido/mantido;
b) inédito/desconhecido;
c) impávido/orgulhoso;
d) eficaz/eficiente;
e) habitual/inóspito.

Questão 23: Prefeitura de Recife 2015 Agente (banca FGV)


Entrevista com Maria Egler Mantoan
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A
educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante
com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os
superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por
qualquer outro motivo.
Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e
até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar
com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho,
para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam
por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os
preconceitos.
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela
classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade.
Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma

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vida cidadã pela metade.
Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro,
valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós,
professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
(Extraído de www.revistaescola.abril.com.br)
Assinale a alternativa que, segundo o texto, apresenta a oposição entre não
inclusão e inclusão.
(A) estar junto X estar com
(B) conviver X compartilhar
(C) interagir X aglomerar
(D) comprometimento mental X superdotados
(E) entender X reconhecer

Questão 24: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“...e quem tem mais tá querendo mais, e quem tem menos tá querendo
alguma coisa”; nesse segmento do texto o verbo ter está empregado em
lugar do verbo possuir. A frase abaixo em que o verbo ter foi substituído de
forma adequada é:
a) “A abelha atarefada não tem tempo para tristeza” (Blake) / precisa de;
b) “Para suportar as aflições dos outros, todo mundo tem coragem de sobra”
(B. Franklin) / prova;
c) “O amor é um pássaro que tem ovos de ferro” (Guimarães Rosa) / põe;
d) “A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a
imprensa tem diariamente” (Mário da Silva Brito) / fotografa;
e) “Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas
mulheres, fica muito melhor” (Millôr Fernandes) / demonstram.

Questão 25: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o
direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a
opção em que o sentido desse mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.

Questão 26: TCE BA 2013 – Agente público (banca FGV)


Fragmento do texto: As cidades são os centros da atividade econômica da
Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se debatem
com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a
suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas
urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento.
Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas

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integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego,
bem como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e
de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes desafios.
Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento
urbano para o período entre 2007 e 2013, o que representa 6,1% do
orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil
milhões de euros destinam se à reabilitação de sítios industriais e terrenos
contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e
rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de
euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da
investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da
saúde e da cultura têm também um impacto significativo nas cidades.
“Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano
para o período entre 2007 e 2013”.
O verbo “afetar”, nesse segmento do texto, tem o seguinte significado:
(A) “fingir; simular”.
(B) “produzir lesão em”.
(C) “afligir, comover, abalar”.
(D) “aplicar em”.
(E) “apresentar a forma de”.

Questão 27: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população
jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Nesse segmento do texto, o termo empregado em sentido conotativo (ou
figurado) é:
(A) punição;
(B) remédio;
(C) violência;
(D) população;
(E) Estatuto.

Questão 28: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


PRIVAÇÕES
Verissimo, O Globo, 20/10/2016
“Durante anos, o Brasil sofreu a privação do Frank Sinatra. Passava ano,
passava ano, e o Frank Sinatra não vinha. Nossa maior angústia era com o
tempo: se demorasse muito para vir, o Frank Sinatra, quando viesse, não
seria mais o mesmo. Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia
de si mesmo. Por que o Frank Sinatra não vinha ao Brasil enquanto era
tempo? E, finalmente, o Frank Sinatra veio ao Brasil. E a espera, concordaram
todos, tinha valido a pena. Sinatra cantou no Rio Palace para endinheirados e

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no Maracanã para uma multidão. Sua voz era a mesma dos bons tempos,
apenas envelhecida em tonéis de carvalho como um bom Bourbon. O Brasil
agradeceu a Sinatra com o maior público de sua carreira. E ficou feliz”.
No texto está presente o seguinte segmento: “Poderia não ter mais a grande
voz, ou ser uma múmia de si mesmo”.
Nesse segmento exemplifica-se a seguinte figura de linguagem:
a) antítese;
b) metáfora;
c) metonímia;
d) pleonasmo;
e) paradoxo.

Questão 29: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


No período inicial do texto - O cristianismo impregna, com maior ou menor
evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos
que o ignoram. – ocorre um exemplo de linguagem figurada, denominada
antítese, estruturada na oposição semântica maior/menor.
Os vocábulos abaixo que também serviriam para estruturar uma antítese são:
a) Às vezes ganha destaque ou relevância no noticiário.
b) Entender os debates mais recentes ou anacrônicos...
c) ...eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio ou previsto.
d) ...as práticas humanitárias ou filantrópicas...
e) ..que nos dirigimos a eminentes ou desprestigiados especialistas.

Questão 30: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Assinale a opção que indica o pensamento em que não ocorre uma
estruturação com base numa antítese
a) De nada serve ao homem conquistar a Lua, se acaba por perder a Terra.
b) Modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno.
c) Meios poderosos, mas objetivos confusos: essa é a nossa época.
d) Não foi o mundo que piorou. As coberturas jornalísticas é que melhoraram
muito.
e) Um a um somos todos mortais. Juntos, somos eternos.

Questão 31: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Assinale a opção que apresenta o pensamento que se apoia em uma estrutura
diferente da antítese.
a) “Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a
grande felicidade”.
b) “As coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto
tememos”.
c) “Quem vive só de esperanças morrerá de fome”.
d) “O otimista diz que vivemos no melhor de todos os mundos possíveis. O
pessimista teme que isso seja verdade”.
e) “Felicidade é um modo de viajar, não um destino”.
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Questão 32: COMPESA 2016 Analista de Gestão (banca FGV)


Na frase “Você quer estar certo ou quer ser feliz”? ocorre
a) uma antítese paradoxal.
b) uma pergunta retórica.
c) uma ambiguidade intencional.
d) uma falsa oposição.
e) uma ausência de paralelismo.

Questão 33: Prefeitura Paulínia - SP 2016 Agente Fiscalização (banca FGV)


Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta
A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades
paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d‟água azuis se
multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres,
jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização
de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e
cobraram soluções.
As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram
dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém,
vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados
por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos
desses corpos de água recebem diariamente.
É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e
como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de
mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo
de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas
cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de
saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação
hídrica.
Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios,
córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram
que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou
péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa
(4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um
estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março),
com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016,
em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios.
(MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.)
Em termos de linguagem figurada, o fato de a divulgação do texto ter sido
feita no Dia Mundial da Água funciona como
a) metáfora.
b) pleonasmo.
c) eufemismo.
d) ironia.
e) hipérbole.
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Questão 34: SEE - PE 2016 Professor (banca FGV)


“Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá
para o melhor é algo desconhecido por todos, menos por Deus.” (Sócrates,
no momento de sua morte)
No período inicial das palavras de Sócrates, há a presença de dois exemplos
de diferentes figuras de linguagem; tais figuras são, respectivamente,
a) eufemismo e antítese.
b) sinestesia e paradoxo.
c) metonímia e metáfora.
d) pleonasmo e catacrese.
e) ironia e polissíndeto.
Comentário: A expressão “é hora de ir” simboliza a morte. Assim, houve
eufemismo. Na sequência, tal figura foi explicitada pela oposição “eu para
morrer, e vós para viver”. Assim, também houve antítese.
Dessa forma, a alternativa correta é a (A).

ISS Niterói 2015 Contador (banca FGV)


Texto 1 – A locomotiva desacelera
Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia
mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.
Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas
taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos
estrangeiros mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados
Unidos. No longo “ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os
Brics constituiriam um polo econômico e político capaz de contrabalançar o
poder dos Estados Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global
que está em curso.
(Mundo, outubro de 2015)
Questão 35: O título dado ao texto 1 exemplifica linguagem figurada; nesse
título ocorre:
(A) uma comparação, a partir de uma semelhança, entre a China e uma
locomotiva;
(B) uma substituição eufemística da palavra “China” pela palavra
“locomotiva”;
(C) um evidente exagero ao mostrar a velocidade da economia chinesa em
comparação com a das modernas locomotivas;
(D) uma maneira atenuada de referir-se à decadência da economia chinesa
com o verbo “desacelerar”;
(E) uma substituição da palavra “maquinista” pela palavra “locomotiva”.

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Questão 36: O segmento do texto 1 que NÃO dá continuidade à linguagem
figurada do título é:
(A) “Agora, porém, a locomotiva desacelera”;
(B) “Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica”;
(C) “os „emergentes‟ enfrentam baixas taxas de crescimento”;
(D) “Sob o impacto da desaceleração chinesa”;
(E) “Tal tese é uma vítima ilustre da desaceleração global”.

Questão 37: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)

A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz


humor apoiada numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa
denominada:
(A) metáfora;
(B) metonímia;
(C) hipérbole;
(D) pleonasmo;
(E) catacrese.

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Questão 38: CM Caruaru - PE 2015 – Analista Legislativo (banca FGV)

O humor da charge se estrutura com base em


a) uma metáfora.
b) uma metonímia.
c) um pleonasmo.
d) uma silepse.
e) uma catacrese.

Questão 39: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV)


Fragmento do texto: Mas uma minoria da humanidade sobreviveu à
evolução aleijada da empatia. São os psicopatas. Eles são algo diferente dos
humanos, embora dotados da mesma racionalidade que nos define como
espécie. São seres mutilados da emoção e, por isso, incapazes de sentir pelos
outros. Isso os levou a assumir o papel representado na ecologia por parasitas
e predadores.
Ao dizer que os psicopatas assumem o papel de parasitas e predadores, o
autor do texto apelou para uma figura de linguagem denominada:
(A) metonímia;
(B) pleonasmo;
(C) anacoluto;
(D) eufemismo;
(E) metáfora.

Questão 40: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Fiscal (banca FGV)


Fragmento do texto: A um computador não se olha de cima, como se olhava
uma máquina de escrever. Ele nos olha na cara. Tela no olho. A máquina de
escrever fazia o que você queria, mesmo que fosse a tapa. Já o computador
impõe certas regras. Se erramos, ele nos avisa. Não diz “Burro!”, mas está
implícito na sua correção. Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais
coisas, e está subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele

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sabe. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando estiver sendo
programado por um igual. Isto é, outro computador. A máquina de escrever
podia ter recursos que você também nunca usaria (abandonei a minha sem
saber para o que servia “tabulador”, por exemplo), mas não tinha a mesma
empáfia, o mesmo ar de quem só aguenta os humanos por falta de coisa
melhor, no momento.
O computador é personificado no texto, atribuindo-se-lhe ações humanas.
Assinale o segmento que não comprova essa afirmativa.
a) “Ele nos olha na cara. Tela no olho.”
b) “Já o computador impõe certas regras.”
c) “Se erramos, ele nos avisa.”
d) “Não diz „Burro!‟.”
e) “Ele é mais inteligente do que você. Sabe mais coisas, e está
subentendido que você jamais aproveitará metade do que ele sabe.”

Questão 41: DPE-RJ 2014 – Técnico-Superior Administração (banca FGV)


Fragmento do texto: Não foram os americanos que inventaram o shopping
center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na
Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter
Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram
os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à
prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os
outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove,
neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim,
pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são
civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de
não serem invadidas pelos males da rua.
Ao dizer que os shoppings são “cidades", o autor do texto faz uso de um
tipo de linguagem figurada denominada .
a) metonímia.
b) eufemismo
c) hipérbole.
d) metáfora.
e) catacrese.

Questão 42: CONDER 2013 – Jornalista (banca FGV)


Fragmento do texto: Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de
gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida
profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic,
sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora,
e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos
sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos
íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas
retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só
estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.

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"Sinto falta do papel e da fiel Bic"
Nesse segmento, o cronista emprega o nome de uma marca em lugar de
"caneta esferográfica", caracterizando uma figura de linguagem
denominada
a) metáfora.
b) hipérbole.
c) eufemismo.
d) metonímia.
e) antítese.

Questão 43: CONDER 2013 Técnico (banca FGV)


"Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e
dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é
decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos
férteis é só o prólogo e o epílogo".
Todos os termos sublinhados no fragmento acima são exemplos de
linguagem figurada. Assinale a alternativa que apresenta a observação
correta sobre esses exemplos.
a) "passatempo" é exemplo de ironia
b) "dar o fora" é exemplo de hipérbole.
c) "prólogo" e "epílogo" são metonímias.
d) "prólogo" é exemplo de eufemismo
e) "prólogo" e "epílogo" constituem uma antítese.

Questão 44: TRE-PA 2011 Analista-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a
fenômenos que há muito deveriam ter sido excluídos da vida política nacional,
como a compra de votos e a atitude de diversos candidatos, durante as
campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em
troca da promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto consciente é
justamente o contraponto dessas práticas, visando estabelecer critérios
racionais que façam do voto um instrumento de cidadania. Voto consciente é
aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas
histórias de vida e analisa se as promessas e programas eleitorais são
coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos.
As aspas em doar confirmam, para o vocábulo, seu aspecto de.
a) polifonia.
b) coloquialismo.
c) antonímia.
d) metáfora.
e) ironia.

Questão 45: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301
milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de
R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento
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da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na
legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão
extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles
pagarem as dívidas de campanha.
A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:
I. No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.
II. No terceiro período, há um caso de zeugma.
III. No último período, os dois-pontos introduzem uma enumeração.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 46: TRE-PA 2011 Técnico-Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Convivas de boa memória Há dessas reminiscências
que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo
dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais
convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória
fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era
um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a
alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras
nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na
mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e
afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças
que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não
eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e
confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem
nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando
leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando
ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele.
Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os
rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me
aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os
generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins
soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma
imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as
lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.
(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)
Há um exemplo de prosopopeia em:
a) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que
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vestiram!”
b) “E antes seja olvido que confusão; explico-me.”
c) “Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas.”
d) “Não, não, a minha memória não é boa.”
e) “... e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha
com uma alma imprevista.”

Questão 47: DPE MT 2015 – Assistente Administrativo (banca FGV)


Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo
sublinhado tem a grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo que
em
(A) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
(B) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
(C) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”
(D) “Esse é o caminho por que ele veio.”
(E) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”

Questão 48: DPE RO 2015 – Técnico-Administrativo (banca FGV)


Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada
corretamente; a frase em que a forma sublinhada é igualmente correta é:
(A) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos.
(B) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca.
(C) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos.
(D) Os pacientes preferem os genéricos por que?
(E) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais.

Questão 49: Prefeitura de Cuiabá 2015 Técnico de Laboratório (banca FGV)


“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”.
Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente
grafada.
(A) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a aposentadoria.
(B) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que os homens.
(C) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposentadoria.
(D) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
(E) Estamos acerca de dez dias do final do ano.

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1. B 2. C 3. D 4. E 5. C 6. E 7. B 8. E 9. D 10. B
11. A 12. D 13. C 14. B 15. C 16. A 17. C 18. D 19. D 20. C
21. C 22. A 23. A 24. C 25. A 26. D 27. B 28. B 29. E 30. C
31. E 32. D 33. D 34. A 35. A 36. C 37. C 38. A 39. E 40. B
41. D 42. D 43. E 44. E 45. D 46. E 47. C 48. E 49. A

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