1) A aterosclerose causa o espessamento e endurecimento das artérias, preferencialmente afetando as artérias coronárias, cerebrais e renais.
2) A disfunção endotelial e a penetração de lipoproteínas de baixa densidade na parede arterial iniciam o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas.
3) A inflamação e ativação do sistema imune inato contribuem para a progressão das placas de ateroma através do recrutamento de monócitos e macrófagos.
1) A aterosclerose causa o espessamento e endurecimento das artérias, preferencialmente afetando as artérias coronárias, cerebrais e renais.
2) A disfunção endotelial e a penetração de lipoproteínas de baixa densidade na parede arterial iniciam o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas.
3) A inflamação e ativação do sistema imune inato contribuem para a progressão das placas de ateroma através do recrutamento de monócitos e macrófagos.
1) A aterosclerose causa o espessamento e endurecimento das artérias, preferencialmente afetando as artérias coronárias, cerebrais e renais.
2) A disfunção endotelial e a penetração de lipoproteínas de baixa densidade na parede arterial iniciam o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas.
3) A inflamação e ativação do sistema imune inato contribuem para a progressão das placas de ateroma através do recrutamento de monócitos e macrófagos.
1) A aterosclerose causa o espessamento e endurecimento das artérias, preferencialmente afetando as artérias coronárias, cerebrais e renais.
2) A disfunção endotelial e a penetração de lipoproteínas de baixa densidade na parede arterial iniciam o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas.
3) A inflamação e ativação do sistema imune inato contribuem para a progressão das placas de ateroma através do recrutamento de monócitos e macrófagos.
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Aterosclerose 3) Artérias da circulação periférica: causa
claudicação intermitente e gangrena, podendo
Artéria normal ameaçar a viabilidade de um membro A artéria normal consiste essencialmente em um tubo 4) Circulação esplâncnica: pode produzir com uma face interna, ou íntima, recoberta por uma isquemia mesentérica camada contínua de células endoteliais que mantêm o 5) Rins: podem ser afetados diretamente fluxo sanguíneo circulante (antitrombótico), agindo (estenose de artérias renais) ou como um local como barreira à entrada dos monócitos/macrófagos comum de doença ateroembólica circulantes (antiadesão/migração) dentro da parede do Mesmo diante de um leito arterial específico, as vaso e regula a função muscular lisa estenoses causadas por aterosclerose tendem a ocorrer (relaxamento/anticrescimento) de maneira focal, em algumas áreas predispostas Apresenta uma camada média, composta pelas células 1) Circulação coronariana: segmento proximal da lisas musculares, que se contraem e mantêm o tônus da artéria coronária descendente anterior parede arterial, e pela MEC ou fibrilas (elastina, esquerda mostra suscetibilidade especial à colágeno e proteoglicanos), que fornece a estrutura de doença aterosclerótica suporte 2) Artérias renais: segmentos proximais das Por fim, apresenta uma camada adventícia composta artérias renais suscetíveis a aterosclerose por tecido conjuntivo frouxo (fibroblastos, MEC e os 3) Circulação cerebral extracraniana: bifurcação vasa vasorun) das carótidas é a área mais suscetível
Arteriosclerose, Aterosclerose-trombose
Arteriosclerose – termo genérico para artérias
espessas e rígidas de todos os tamanhos
Aterosclerose – termo descritivo para lesões espessas
e endurecidas das médias e grandes artérias musculares e elásticas. Lesões são ricas em lipídeos e ocorrem dentro da íntima, mas podem aparecer na média e na adventícia
Em geral, são lesões excêntricas e, se elas se
complicarem por trombose mural ou oclusiva, podem causar isquemia com o início da angina clínica, necrose com as sequelas clínicas características do infarto do miocárdio (IM), infarto cerebral ou gangrena das extremidades por isso o termo aterotrombose
Patogenia
Uma das principais causas de morte e incapacidade
prematura nas sociedades desenvolvidas previsões atuais estimam que no ano de 2020 as DCV, principalmente a aterosclerose, se tornarão a principal causa global do total de doenças
Aterosclerose afeta preferencialmente várias regiões
da circulação, e apresenta manifestações clínicas distintas, que dependem do leito circulatório afetado
1) Artérias coronárias: geralmente causa infarto
do miocárdio (IM) e angina de peito 2) Artérias que irrigam SNC: frequentemente produzem acidentes vasculares encefálicos e isquemia cerebral Lesões ateroscleróticas se formam, muitas vezes, nos fluxo sanguíneo – reversão do fluxo ou variação da força pontos de ramificação das artérias, que representam de cisalhamento – em pontos de flexão (curvas ou regiões de fluxo sanguíneo alterado. Nem todas as dobras) e perto de bifurcações manifestações da aterosclerose são decorrentes de As células endoteliais respondem a alterações nas taxas doença exclusiva estenótica (i.e., ectasia e locais de variação de cisalhamento, modulando a desenvolvimento da doença aneurismática são comuns indução ou a repressão, ou ambas, de vários genes. na aorta) Mecanismo comum da modulação gênica parece ser, Além da estenose focal limitadora de fluxo, a em parte, por elementos que respondem a força de aterosclerose da íntima não obstrutiva também ocorre cisalhamento. Dessa forma, como uma resposta à de maneira difusa nas artérias acometidas, como inversão ou à variação da força de cisalhamento, a mostrado por necropsia e estudos ultra-sonofráficos ativação das células endoteliais é caracterizada pela intravasculares expressão de moléculas de adesão celular (MACs) da superfamília das selectinas (selectinas E e P), as quais Aterogênese nos humanos ocorre durante um período atraem monócitos para aderir à parede vascular. Além de muitos anos, em geral muitas décadas. Crescimento disso, a coexistência de outros fatores de risco bio- das placas ateroscleróticas provavelmente não seguem humorais como hipercolesterolemia, produtos finais de um padrão linear contínuo, mas tem evolução glicosilação avançada na diabetes e em pessoas idosas, descontínua com períodos de inatividade relativa componentes químicos irritantes da fumaça do tabaco, intercalados por intervalos de evolução rápida aminas vasoativas circulantes e complexos imunes foi Após um período “silencioso” geralmente prolongado, associada a ativação e disfunção endotelial a aterosclerose pode ser evidenciada clinicamente. As manifestações da aterosclerose podem ser crônicas, como apresentação de angina de peito estável induzida por esforço, ou claudicação intermitente previsível e reprodutível. Entretanto, o primeiro indício da existência de aterosclerose pode ser um evento clínico agudo bem mais abrupto, como IM, acidente vascular encefálico ou morte súbita cardíaca
Outros indivíduos jamais apresentam manifestações
clínicas de doença arterial apesar da existência de Penetração e infiltração de lipoproteínas aterosclerose generalizada detectada à necropsia Como resultado da hipertensão e de fatores de risco Início da aterosclerose bio-humorais que induzem a disfunção endotelial, lipoproteínas de baixa densidade (LDLs) infiltram-se Disfunção endotelial através do endotélio arterial para dentro da íntima. Esta Endotélio – órgão autócrino e parácrino dinâmico que fixação parece estar relacionada com uma interação regula atividades anti-inflamatórias, mitogênicas e iônica de Apolipoproteína (apo) B com proteínas da contráteis da parede vascular, bem como o processo MEC incluindo proteoglicanos, colágeno e fibronectina hemostático dentro da luz vascular. Uma única As interações entre LDLs oxidadas e proteoglicanos são molécula, óxido nítrico (NO), é responsável por estes cruciais na aterosclerose incipiente, levando à processos reguladores modificação química e à retenção das lipoproteínas, Um endotélio disfuncional, caracterizado por síntese bem como a indução da inflamação. Como resultado da diminuída de NO, facilita a entrada na parede vascular entrada de lipoproteínas e da ativação do fator de e a oxidação de lipoproteínas circundantes, além da transcrição nuclear NF-kB, a expressão subsequente de entrada e internalização de monócitos (inflamação), peptídeos MAC facilita ainda mais a aderência e a proliferação de células musculares lisas, deposição de internalização de monócitos para dentro da parede MEC, vasoconstrição e um estado trombótico dentro da arterial. Essa interação peptidocelular pode ser luz vascular considerada um mecanismo de defesa, mas, se for demasiado intensa, pode ser tornar proaterogênica Disfunção endotelial, classicamente a manifestação mais inicial da aterotrombose, é, muitas vezes, o Inflamação e transporte inverso de colesterol resultado de uma perturbação no padrão fisiológico do O desenvolvimento da aterosclerose é influenciado Além disso, as placas ateroscleróticas que sofrem por respostas imunes inatas e adaptativas. Os remodelação, o que é típico nas lesões ateroscleróticas receptores mais importantes para imunidade inata na que são responsáveis por síndromes coronarianas aterotrombose são os receptores toll-like (TLRs) e os instáveis, são caracterizadas por um grande ponto receptores removedores de macrófagos (scavenger). lipídico Por exemplo, o TRL4, que reconhece fibronectina e os Neovascularização por vasa vasorum e inflamação autoantígenos endógenos produzidos por lipoproteína e por lesão tecidual, aloca-se com fibroblastos e A nutrição dos vasos sanguíneos normais é realizada macrófagos na íntima da aterotrombose coronariana por difusão de oxigênio a partir da luz do vaso ou a partir humana. A estimulação dos TLR4 ativa o NF-kB, com dos vasa vasorum da adventícia. Quando a espessura da subsequente geração de MACs, facilitando a parede do vaso excede a distância de difusão efetiva do internalização dos monócitos aderidos para dentro da oxigênio, os vasa vasorum proliferam nas camadas parede arterial. O TLR4 também está envolvido na interna e externa da parede do vaso onde eles progressão e na remodelação expansiva da normalmente estão ausentes aterotrombose Os vasa vasorum circundam e penetram a adventícia e Em uma segunda linha da imunidade inata, os média externa dos grandes vasos, inclusive a aorta e as receptores SRA e CD36 são responsáveis pela captação artérias coronárias, femorais e carótidas. Nas artérias de LDL oxidada, um processo que transforma o coronárias, os vasa originam-se dos segmentos de macrófago em uma célula de espuma. Ademais, esta via bifurcação dos vasos epicárdicos; na aorta ativa o fator transcricional nuclear NF-kB, descendente, os vasa originam-se das artérias desencadeando um potente ciclo quimioatrativo de coronárias e braquiocefálicas; na aorta torácica migração de monócitos para dentro da parede vascular descendente, os vasa se originam das artérias e formação de macrófagos-células de espuma intercostais; e, na aorta abdominal, os vasa originam-se das artérias lombares e mesentéricas As lipoproteínas de alta intensidade (HDL) promovem o transporte inverso do colesterol a partir da parede Os vasa de primeira ordem correm longitudinalmente arterial, especificamente a partir dos macrófagos à luz do vaso hospedeiro, enquanto os vasa de segunda carregados de lipídeo. Subfrações de HDL podem ordem são dispostas circunferencialmente em torno do desempenhar um papel importante nestes efeitos vaso hospedeiro. Normalmente, os vasa permanecem benéficos, com a HDL2 sendo a mais importante para o constantes em número durante toda a vida, mas os vasa transporte inverso do lipídeo. Além disso, as HDLs ateroscleróticos podem proliferar e levar à protegem contra excessiva acumulação de lipídeos na neovascularização extensa envolvendo a túnica média e parede vascular, inibindo a oxidação das LDLs ou seus a íntima dos vasos doentes efeitos subsequentes
A imunidade adaptativa é muito mais específica do que
a inata, mas pode levar vários dias ou mesmo semanas para ser completamente mobilizada. Ela envolve uma resposta imune organizada que leva a geração de receptores às células B e T e imunoglobulinas, as quais são capazes de reconhecer antígenos gerados na aterogênese
Progressão da aterosclerose e a adventícia/média
Remodelação vascular excêntrica
O crescimento excêntrico da placa, mesmo sem
comprometimento luminal, é comum nas fases iniciais da aterogênse. Os componentes estruturais envolvidos na remodelação excêntrica são neovascularização por vasa vasorun, hemorragia intraplaca e inflamação gerada nas camadas adventícias e média localização, do tamanho e da consistência do núcleo ateromatoso; e das características do fluxo sanguíneo, Os vasa vasorum parecem proliferar na direção de particularmente o impacto do fluxo sobre a área regiões de infiltração intimal de lipoproteína, proximal da placa provavelmente para remover o excesso de acumulação de lipídeo. Por isso, a doença da íntima é considerada O segundo mecanismo envolve um processo ativo um pré-requisito para neovascularização de parede dentro da placa. Espécies de aterectomia de pacientes vascular e a placa como mecanismo de defesa. A com síndrome coronariana aguda revelam áreas muito medida que colesterol sai da placa através dos vasa ricas em macrófagos e células T. Essas células são vasorum da adventícia/média, a neovascularização e a capazes de degradar a MEC por fagocitose ou secreção placa aterosclerótica podem regredir de enzimas proteolíticas, as quais lisam a MEC e enfraquecem a cobertura fibrosa, conduzindo-a à Contudo, os neovasos são caracterizados por uma ruptura. A destruição da lâmina elástica interna como morfologia complexa que inclui brotamento, resultado da infiltração da adventícia/média por extravasamento de eritrócitos ou hemorragia e monócito, os quais liberam metaloproteases da MEC inflamação perivascular. Monócitos-macrófagos, principalmente em áreas de neovascularização, atraídos pelo extravasamento de eritrócitos dos também parece contribuir de modo significativo para a neovasos, são responsáveis pela produção de citocinas ruptura da placa que suporta o crescimento neovascular, bem como pela ativação de metaloproteinases, o que pode predispor à A penetração contínua, a sobrevida e a replicação de ruptura da placa. Dessa forma, o conteúdo de neovasos monócitos-macrófagos dentro das placas são, em parte, da adventícia/média e a infiltração de monócitos- dependentes de fatores tais como MACs, proteína macrófagos parecem ser significativamente maiores quimioatrativa de macrófagos-monócitos. Citocinas nas placas rotas, com os neovasos sendo a fonte desses regulam a captação pelos macrófagos de lipoproteínas componentes inflamatórios modificadas por receptores varredores. Ademais, o interferon-γ, o fator de necrose tumoral-α e a Placa vulnerável rica em lipídeos e sua ruptura interleucina-1 ativam apoptose dos macrófagos. Assim, Os preditores independentes da ruptura da placa os macrófagos, em seguida ao que parece ser uma incluem remodelação vascular excêntrica, conteúdo de missão defensiva para proteger a parede vascular da neovasos da adventícia e média e inflamação. As lesões acumulação de lipoproteínas, podem, eventualmente, tipo IV e tipo V são as mais comumente compostas de sofrer morte apoptótica. Este fenômeno leva à uma massa em formato de meia-lua, abundante em eliminação de micropartículas da membrana, expondo lipídeos, separada da luz do vaso por um compontente dessa maneira a fosfatidilserina, um contribuinte individualizado de MEC ou capa importante para a trombose arterial após a ruptura da placa, na superfície celular. Há uma excelente Lesões coronarianas que parecem relativamente correlação entre a densidade de macrófagos, pequenas em angiografia como resultado de marcadores de apoptose e a expressão de fator tecidual remodelação podem ser associadas a progressão aguda (TF) nas lesões ateroscleróticas para estenose trombótica grave ou oclusão total. Ou seja, a progressão imprevisível e episódica de placas aparentemente pequenas é causada, mais provavelmente, pela ruptura de lesões tipo IV e V com subsequente formação de trombo, o que muda a geometria da placa e leva ao crescimento agudo ou intermitente e a síndromes coronarianas oclusivas agudas
Dois mecanismos, independentes ou juntos, disparam
a ruptura da placa. O primeiro é relacionado a forças físicas e ocorrem com maior frequência onde a capa fibrosa é mais fina, mais densamente infiltrada por células de espuma e, portanto, mais fraca. A vulnerabilidade à ruptura dependne do esforço circunferencial na parede ou fadiga na capa; da