Panfleto Conceitos Psicologia 3 PDF

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ORIENTAÇÕES PARA A CATEGORIA E PARA A SOCIEDADE

A PSICOLOGIA E A ATUAÇÃO DA/O PSICÓLOGA/O

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais, utilizando-se


para tanto de um amplo conhecimento teórico e prático obtido. A formação da/o Psicóloga/o se dá
através de curso superior de graduação presencial em Psicologia (Formação de Psicóloga/o)
reconhecido pelo MEC, com duração de cinco anos. A profissão de psicóloga/o está regulamentada
no Brasil desde 1962, através da lei nº 4.119, e constitui função privativa da/o Psicóloga/o a
utilização de métodos e técnicas psicológicas com os objetivos de: realizar diagnóstico psicológico,
orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e solucionar problemas de
ajustamento.

A Avaliação Psicológica, enquanto processo técnico e científico, é também uma atividade privativa
de psicóloga/o, bem como a utilização de Testes Psicológicos que são instrumentos de avaliação ou
mensuração de características psicológicas. É através da Avaliação Psicológica que a/o psicóloga/o
obtém informações sobre os diferentes perfis psicológicos peculiares a cada indivíduo com a
finalidade de subsidiar o seu trabalho em seus diferentes campos de atuação, podendo elaborar,
como resultado, atestados e relatórios psicológicos decorrentes dos processos de avaliação
desenvolvidos.

A/o psicóloga/o pode atuar em doze especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de
Psicologia: Psicologia Escolar/Educacional, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Psicologia de
Trânsito, Psicologia Jurídica, Psicologia do Esporte, Psicologia Clínica, Psicologia Hospitalar,
Psicopedagogia, Psicomotricidade, Psicologia Social, Neuropsicologia, e Psicologia da Saúde.
Às/aos psicólogas/os não é permitido prestar serviços via telefônica e nem realizar psicoterapia
através da Internet. A prestação de outros serviços por psicólogas/os através da Internet é permitida
seguindo o previsto na Resolução do CFP n° 11/2012.

Toda/o psicóloga/o tem o seu trabalho orientado, fiscalizado e disciplinado pelo Conselho de
Psicologia, Autarquia Pública Federal com a função de zelar pela fiel observância dos princípios
éticos que devem ser seguidos por todas/os as/os psicólogas/os em seu exercício profissional.
Atualmente são 23 Conselhos Regionais localizados nas capitais do país e o Conselho Federal
localizado em Brasília-DF, cuja competência encontra-se regulamentada na lei 5.766/1971. O
Conselho de Psicologia é um órgão que trabalha em benefício da sociedade e é necessário que a
mesma busque orientação dos Conselhos sobre o exercício profissional da Psicologia bem como
realize registro de denúncias caso a/o psicóloga/o cometa infrações ao Código de Ética Profissional
ou a alguma normativa da sua profissão.

A PSICOTERAPIA COMO PRÁTICA DA/O PSICÓLOGA/O

A Psicoterapia é uma prática da/o psicóloga/o clínica/o e constitui um processo científico de


compreensão, análise e intervenção terapêutica que se realiza através da aplicação sistematizada e
controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética
profissional. Tem-se como objetivo promover a saúde mental e propiciar condições para o
enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos. Entretanto esta
prática não é exclusiva da/o psicóloga/o.

Ressaltamos que a/o psicoterapeuta-psicóloga/o além da formação de 5 anos em curso de graduação


em Psicologia, normalmente opta por um curso de formação em uma abordagem teórica específica,
por exemplo, em Gestalt-Terapia, Psicanálise, Terapia Cognitivo-Comportamental, entre outras.
Entende-se como obrigação da/o psicoterapeuta-psicóloga/o, conforme previsto na Resolução do
CFP n° 10/2010, buscar constante aprimoramento, dando continuidade à sua formação por meio de
centros especializados que se pautem pelo respeito ao campo teórico, técnico e ético da Psicologia
como ciência e profissão, esclarecendo sempre à pessoa atendida os métodos e as técnicas
utilizadas, mantendo-a informada sobre as condições do atendimento, assim como seus limites e
possibilidades, garantindo a privacidade das informações da pessoa atendida, o sigilo e a qualidade
nos atendimentos.

Já as/os psicoterapeutas que não são psicólogas/os não podem ter inscrição no Conselho de
Psicologia nem desenvolver função privativa de psicóloga/o. Considerando que não existem
também “Conselhos de Psicoterapeutas” legalmente constituídos enquanto Autarquias Federais
resultantes de profissão regulamentada para orientar e fiscalizar o seu exercício profissional, a
instância de denúncia contra estas/es profissionais é a justiça comum.

PSICOPEDAGOGIA

A Psicopedagogia é uma área que reúne os estudos da Psicologia e da Pedagogia. A formação de


psicopedagoga/o se dá no âmbito da pós-graduação e é compreendida como uma especialização
interdisciplinar que necessita dos conhecimentos teóricos, dos métodos e das técnicas tanto da
Psicologia como da Pedagogia, além de outros conhecimentos. Trata-se, portanto, de uma
especialidade de atuação da/o psicóloga/o mas não de forma exclusiva. Um/a psicopedagogo/a que
não seja psicóloga/o não poderá realizar atividades exclusivas que competem a psicólogas/os.

PSIQUIATRIA

A/o Psiquiatra é um/a profissional da Medicina que se especializou na área de Psiquiatria. Esta/e
profissional está apta/o, entre outros procedimentos, a prescrever medicamentos, atribuição esta não
permitida à/ao psicóloga/o. Em muitas situações, a Psicoterapia e o tratamento psiquiátrico
medicamentoso devem ser realizados de forma conjunta e alinhada junto à/ao usuária/o do serviço.
A/o Psiquiatra responde por seu exercício profissional no Conselho de Medicina.

PSICANÁLISE

A Psicanálise é uma área específica do conhecimento e se constitui em uma abordagem teórica e


técnica utilizada pela/o psicóloga/o, mas não é restrita a esta/e profissional. Há psicanalistas que
possuem formação específica em Psicanálise e que atuam como psicoterapeutas não-psicólogas/os.
A Psicanálise é um saber criado e desenvolvido pelo médico austríaco Sigmund Freud e que
consiste, entre outros pontos, em um método psicoterápico baseado na interpretação dos conteúdos
inconscientes através das palavras, ações e produções imaginárias do sujeito, tendo como técnica
básica a associação livre. Psicanalistas que não sejam psicólogas/os não poderão desenvolver
atividades privativas da profissão de psicóloga/o. Como não se trata de uma profissão
regulamentada no Brasil, não há “Conselho de Psicanálise” para orientar, fiscalizar e disciplinar o
seu exercício, bem como acolher a sociedade recebendo denúncias contra profissionais que exerçam
suas práticas de forma inadequada. A instância de denúncia contra estas/es profissionais é a justiça
comum.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Lei n° 4119/62, de 27 de agosto de 1962. Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-


content/uploads/2008/08/lei_1962_4119.pdf. Acesso em 01 dez 2016.
BRASIL. Lei n° 5766/71, de 20 de dezembro de 1971. Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2008/08/lei_1971_5766.pdf. Acesso em 01 dez 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Cartilha Avaliação Psicológica, 2013. Disponível em


http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Avaliac%CC%A7aopsicologicaCartilha1.pdf.
Acesso em 01 dez 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP nº 10/2000, de 20 de dezembro de


2000. Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2000/12/resolucao2000_10.pdf.
Acesso em 01 dez 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Ano da Psicoterapia: textos geradores, 2009.


Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/05/Ano-da-Psicoterapia-Textos-
geradores.pdf. Acesso em 01 dez 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP nº 002/2003, de 24 de março de 2003.


Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/03/resolucao2003_02_Anexo.pdf.
Acesso em 01 dez 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP nº 002/1995, de 20 de fevereiro de


1995. Disponível em http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1995/02/resolucao1995_2.pdf.
Acesso em 01 dez 2016.

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