Para Estudar para A Prova 1 Periodo Portugues
Para Estudar para A Prova 1 Periodo Portugues
Para Estudar para A Prova 1 Periodo Portugues
Onde você está? \ Onde você mora? \ Está onde? \ Onde fica?\ Vamos ficar
onde?
Aonde indica movimento. Refere-se ao lugar para onde alguém ou alguma coisa
vai. Aonde você vai? \ Aonde ele foi? \ Aonde eles foram? \ Aonde nós iremos? \
Aonde você quer que eu vá?
Exemplos com onde: Onde ele mora? \ Onde está o vestido que te dei? \ Você sabe
onde fica essa loja? \ A chave está onde você a deixou.
Exemplos com aonde:Aonde ele foi? \ Aonde você vai usando essa roupa? \ Você
sabe aonde eles foram ontem depois do jantar? \ Ainda não sei aonde iremos.\ Aonde
quer que eu vá, sentirei sua falta!
Por que
1. Interrogativas Diretas:
Por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana, Minas
Gerais?A forma “por que” é utilizada no início da frase para introduzir uma pergunta,
feita de maneira direta. Note que a palavra “razão” fica subentendida logo após essa
forma interrogativa.
Por que [razão] houve o rompimento das barragens...Mas, atenção: A forma “Por que”
pode ser colocada, também, no meio da frase, mesmo em perguntas diretas:
2. Pergunta Indireta:
Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em
Mariana. \ Não sabemos por que Matheus não compareceu à aula hoje.
Observe que o questionamento foi feito de modo indireto, sinalizado pela ausência do
sinal de interrogação.
Pode soar um pouco estranho, uma vez que os falantes da língua não a utilizam ou não
o fazem de modo recorrente. No entanto, a forma “por que” pode ser empregada, se
houver preferência por parte do usuário, em substituição à expressão “pelo qual” e suas
variações: Os bairros por que (pelos quais) passamos estavam bastante movimentados.
\ A razão por que (pela qual) aceitei o convite não lhe interessa.
Porque
1. Em afirmações: O desmatamento daquela área cresce vertiginosamente porque não
há fiscalizações efetivas.
Por quê
Emprega-se “por quê” ao final de frases interrogativas. Nesse contexto, a referida forma
é cercada por um sinal de pontuação (ponto de interrogação ou final):
Para comparar: As duas formas “Por que” e “Por quê” são utilizadas em interrogativas,
realizadas direta ou indiretamente. A diferença reside no fato de que a forma com o
acento circunflexo, somente é empregada ao final de frases e, por isso mesmo,
acompanhada por um sinal de pontuação.
Porquê
A grafia “Porquê” funciona como substantivo, uma vez que é precedida pelo artigo
definido “o”, e tem o seu significado equivalente ao da palavra “motivo”:Todos sabem
o porquê (motivo) de sua revolta.
Nota explicativa: qualquer palavra precedida de um artigo definido (o, a, os, as) ou
indefinido (um, uma, uns, umas) passa a funcionar como um substantivo, num processo
gramatical denominado “substantivação”. Veja um exemplo:O alvorecer foi contemplado
por todos os hóspedes daquela pousada.
(artigo “o” + verbo “alvorecer” = substantivo).
Uso da Vírgula
Isolamento do aposto
Palavra que explica ou especifica outro termo na oração, o aposto é sempre separado
por vírgula. Exemplo: O resto, os cds, nós colocamos no armário.
Isolamento do vocativo
Palavra usada para nomear a pessoa ou objeto ao qual nos dirigimos, o vocativo
também sempre será separado por vírgula. Exemplo:Ela não te chamou, Mariana.
Nesse exemplo temos uma construção diferente: isto é é o termo explicativo, mas
temos uma outra separação para aquele documento, aposto de aquele papel.
Sujeito e verbo
Não podemos usar a vírgula para separar o sujetio e o verbo. Exemplo: Alunos de
várias salas participarão do campeonato.
Neste caso, a restrição é feita somente aos jornais encontrados no porão: somente
estes são velhos.
Antes de verbos: Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto. \ Meu filho
está aprendendo a cantar essa música na escola. \ O arquiteto está
começando a renovar essa casa. \ Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse
necessário.
Ocorre crase:
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma
palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda
de e à maneira de. \ Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves) \
Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase. \ Estou
esperando você desde as seis horas\ Marcaram o almoço para as duas horas
da tarde.
Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de
transmissão de clareza na leitura:Vou lavar a mão na pia.\ Vou lavar à mão a
roupa delicada. \ Ele pôs a venda nos olhos. \ Ele pôs à venda o carro.\ Ela
trancou a chave na gaveta \ Ela trancou à chave a porta. \ Estudei a distância.\
Estudei à distância.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de
localidade, se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando
indeterminado, não ocorre crase.Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade
identificada) \ O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida.
(Planeta Terra) \ Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão
indeterminado)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está
determinada com um adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto
adnominal não há crase. \ Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto
adnominal) \ Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto
adnominal)
Coesão Textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam
a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua
organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo,
são qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a
ligação e a harmonia textual.
Algumas Regras
Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:
Referência
Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria
casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)
Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz
todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência
demonstrativa catafórica)
Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais
um dia igual aos outros… (Referência comparativa endofórica)
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as
repetições.
Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.
Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa
especialmente no fato de que a substituição acrescenta uma informação nova ao
texto.
No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal
referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.
Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido
através da elipse.
Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está
sendo oferecido são ingressos para o concerto.)
Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa)
Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado
ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos,
nomes genéricos, entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A
instituiçãoestá literalmente caindo aos pedaços.
Coerência Textual
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua
argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da
mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é
um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e
a eficácia da leitura.
Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso
de tempos verbais e da emissão de ideias contrárias.
Exemplos:
O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado
e inacabado)
Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim
classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)
Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista
a sua abrangência. Vejamos alguns:
Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados
na nossa memória.
São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina
alimentar: café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal
como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!
Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque
“peru, panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração
do Natal e não à festa de carnaval.
Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do
pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou
seja, em princípio, esses convidados não comem carne de vaca)
Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza,
como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem.
Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele
será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com
certeza desvaloriza o texto.
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.
Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios
para se obter um texto coerente:
Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias
Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
Princípio da Relevância - ideias que se relacionam
Leia também os artigos: Produção de Textos e Redação.
Diferença entre Coesão e Coerência
Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser
incoerente. Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras
essenciais para uma boa produção textual.
A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões
gramaticais. Já a coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da
mensagem.
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) - Uso do Hífen
Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande queixa entre
os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita tem gerado em torno do
seguinte questionamento: “por que mudar uma coisa que a gente demorou um tempão
para aprender?” Bom, para quem já dominava a antiga ortografia, realmente essa
mudança foi uma chateação. Quem saiu se beneficiando foram os que estão
começando agora a adquirir o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental
I.
Regra Geral
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em
"Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:
pré-história
anti-higiênico
sub-hepático
super-homem
Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:
minissaia antisséptico
contrarregra megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.
Sub-reino
ab-rogar
sob-roda
ATENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais,
SEPARA.
super-requintado super-realista
inter-resistente
Pan-americano, circum-escola
ATENÇÃO!
Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização
Cooperativa reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma
palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que
você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você usa o hífen, na outra não. Qual a
certa? Confie na sua memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se juntam com
consoantes.
Denotação
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos
quais encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia
que o emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em
atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.
Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma
figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los. Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras.
Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.
Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste
na elipse de um termo que antes fora mencionado. Nem ele entende a nós, nem nós a
ele. (omissão do termo entendemos)
Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. “E rir meu riso
e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque
se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. “Eu, que me
chamava de amor e minha esperança de amor.”
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo
Castelo Branco)
Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a
frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.
São como cristais suas lágrimas \ Batia acelerado meu coração.\ Na ordem direta, as
frases dos exemplos expostos seriam \ Suas lágrimas são como cristais \ Meu coração
batia acelerado.
Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a
outra da mesma frase: Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que
está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
toma-se outro por empréstimo. Ele comprou dois dentes de alho para colocar na
comida.
Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória. A cidade eterna (em vez de Roma)
Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia. Porque
gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Estou morrendo de
sede! \ Não vejo você há séculos!
Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas
características ou atributos. O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)
Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa. Que
pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.