Exercicio Avaliativo Final
Exercicio Avaliativo Final
Exercicio Avaliativo Final
Módulo
1 Introdução à Gestão de Riscos:
Estruturas de Gerenciamento e Bases
Normativas
Brasília - 2018
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani
Conteudista
Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda
© Enap, 2018
1. Introdução....................................................................................................................... 5
5. Revisando o módulo...................................................................................................... 14
Referências ....................................................................................................................... 15
4
Módulo
1 Introdução à Gestão de Riscos:
Estruturas de Gerenciamento e
Bases Normativas
1. Introdução
Olá! Seja bem-vinda(o) ao curso Implementando a Gestão de Riscos no Setor Público, concebido
pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) em parceria com a Enap em
2017 e adaptado, no mesmo ano, para ser ofertado na modalidade a distância.
Algumas das funções da gestão de riscos são assegurar o alcance dos objetivos, por meio
da identificação antecipada dos possíveis eventos que poderiam ameaçar o atingimento dos
objetivos, o cumprimento de prazos, leis e regulamentos etc., implementar uma estratégia
evitando o consumo intenso de recursos para solução de problemas quando esses surgem
inesperadamente, bem como melhorar continuamente os processos organizacionais.
A partir disso, e considerando que a implementação da gestão de riscos no setor público ainda
é incipiente, elaboramos esse curso com o objetivo de agregar valor às organizações, por meio
da capacitação teórica e prática de gestores, dando a eles ferramentas para desenvolverem o
projeto de gestão de riscos em seus próprios órgãos.
5
2. Gestão de riscos: base teórica
Portanto, nos próximos tópicos, exploraremos o significado dos frameworks que formam a
base teórica da referida portaria e que são fundamentais para o alcance dos objetivos de
nosso curso. Vamos lá!
A ABNT NBR ISO 31000 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos
(CEE- 63), sendo uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO
6
31000:2009, que foi elaborada pela ISO Technical Management Board Working Group on risk
management (ISO/TMB/WG), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Quando implementada e mantida de acordo com essa Norma, a gestão dos riscos possibilita à
organização inúmeros benefícios dos quais destacamos:
• melhorar a governança;
• melhorar os controles;
• minimizar perdas;
A ISO 31000 fornece princípios e diretrizes genéricas para a gestão de riscos, podendo ser
utilizada por qualquer empresa pública, privada ou comunitária, associação, grupo ou
indivíduo. Portanto, não é específica para qualquer indústria ou setor.
Embora forneça diretrizes genéricas, a ISO 31000 não pretende promover a uniformidade da
gestão de riscos entre organizações. A concepção e a implementação de planos e estruturas
para gestão de riscos precisarão levar em consideração as necessidades variadas de uma
organização específica, seus objetivos, contexto, estrutura, operações, processos, funções,
projetos, produtos, serviços ou ativos e práticas específicas empregadas.
7
Princípios da ISO 31000
Segundo essa norma, para a gestão de riscos ser eficaz, convém que uma organização, em
todos os níveis, atenda aos princípios abaixo descritos.
A gestão de riscos não é uma atividade autônoma separada das principais atividades
e processos da organização. A gestão de riscos faz parte das responsabilidades
da administração e é parte integrante de todos os processos organizacionais,
incluindo o planejamento estratégico e todos os processos de gestão de projetos
e gestão de mudanças.
8
interno e externo que podem facilitar ou dificultar a realização dos objetivos da
organização.
Por fim, em relação ao processo de gestão de riscos, segundo a ISO 31000, convém que ele seja
parte integrante da gestão, incorporado na cultura e nas práticas e adaptado aos processos de
negócios da organização. A imagem abaixo sintetiza o processo de gestão de riscos:
9
2.3 ORANGE BOOK
O documento “The Orange Book Management of Risk - Principles and Concepts“ (Gerenciamento
de Riscos – Princípios e Conceitos) foi produzido e publicado pelo HM Treasury do Governo
Britânico (Orange Book), sendo amplamente utilizado como a principal referência do Programa
de Gerenciamento de Riscos do Governo do Reino Unido, iniciado em 2001. O documento foi
atualizado em 2004.
Ainda do ponto de vista do referido Projeto, riscos devem ser gerenciados em três níveis:
estratégico, de programas e de projetos e atividades. A organização deve ser capaz de gerenciar
riscos nos três níveis. Vejamos alguns detalhes sobre cada um destes níveis:
Nível Estratégico
Nível Programa
10
Figura 5: A comunicação deve fluir nos três níveis de gerenciamento de riscos.
O modelo apresenta um novo ponto de vista sobre as operações, ajudando a garantir o sucesso
contínuo das iniciativas de gerenciamento de riscos, e é aplicável a qualquer organização – não
importando seu tamanho ou complexidade.
11
Figura 6: Modelo 3 Linhas de Defesa, adaptado de Guidance on the 8th EU Company Law
Directive da ECIIA/FERMA, artigo 41.
Como primeira linha de defesa, os gerentes operacionais gerenciam os riscos e têm propriedade
sobre eles. Eles também são os responsáveis por implementar as ações corretivas para resolver
deficiências em processos e controles.
Sendo assim, a gerência operacional é responsável por manter controles internos eficazes e
por conduzir procedimentos de riscos e controle diariamente. Faz parte de suas atribuições
identificar, avaliar, controlar e mitigar os riscos, guiando o desenvolvimento e a implementação
de políticas e procedimentos internos para garantir que as atividades estejam de acordo com
as metas e objetivos.
As funções específicas variam entre organizações e indústrias, mas, quando se trata das
funções típicas, temos três importantes características (ou atividades):
12
b) função de conformidade: monitora diversos riscos específicos, tais como a não
conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis. Nesse quesito, a função
reporta diretamente à alta administração e, em alguns setores do negócio,
diretamente ao órgão de governança. Múltiplas funções de conformidade
existem frequentemente na mesma organização, com responsabilidade por tipos
específicos de monitoramento da conformidade, como saúde e segurança, cadeia
de fornecimento, ambiental e monitoramento da qualidade;
É importante destacar que esse alto nível de independência não está disponível na segunda
linha de defesa. A auditoria interna promove avaliações sobre a eficácia da governança, do
gerenciamento de riscos e dos controles internos, incluindo a forma como a primeira e a
segunda linhas de defesa alcançam os objetivos de gerenciamento de riscos e controle.
Embora os órgãos de governança e a alta administração não sejam considerados dentre as três
“linhas” desse modelo, nenhuma discussão sobre sistemas de gerenciamento de riscos estaria
completa sem considerar, em primeiro lugar, os papéis essenciais dos órgãos de governança e
da alta administração. Os órgãos de governança e a alta administração são as principais partes
interessadas atendidas pelas “linhas” e são as partes em melhor posição para ajudar a garantir
que o modelo de Três Linhas de Defesa seja aplicado aos processos de gerenciamento de
riscos e controle da organização.
13
• Resolução CEG/MF nº 05/2014, que institui o Comitê de Gestão Integrada de Riscos
Corporativos no âmbito do Programa de Modernização Integrada do Ministério da
Fazenda (PMIMF).
5. Revisando o módulo
Chegamos ao final do módulo 1. Nesta etapa inicial do curso, você aprendeu muitas
informações importantes sobre gestão de riscos. Revise-as com atenção nos tópicos abaixo.
Algumas das funções da gestão de riscos são assegurar o alcance dos objetivos, por meio
da identificação antecipada dos possíveis eventos que poderiam ameaçar o atingimento dos
objetivos, o cumprimento de prazos, leis e regulamentos etc., implementar uma estratégia
evitando o consumo intenso de recursos para solução de problemas quando esses surgem
inesperadamente, bem como melhorar continuamente os processos organizacionais.
• No modelo de Três Linhas de Defesa, vimos que o controle da gerência é a primeira linha
de defesa no gerenciamento de riscos, as diversas funções de controle de riscos e supervisão
de conformidade estabelecidas pela gerência são a segunda linha de defesa, e a avaliação
independente é a terceira.
14
Referências
AHP. Analytic Hierarchy Process. Excel MS Excel 2010. Modelo AHP desenvolvido por Goepel,
Klaus D., modelo BPMSG AHP Excel. Disponível em: <http://bpmsg.com>. Acesso em 3 out.
2017. Versão de livre uso.
IIA. As Três Linhas de Defesa no Gerenciamento Eficaz de Riscos e Controles. Disponível em:
<https://na.theiia.org/standards-guidance/Public%20Documents>. Acesso em: 17. nov. 2015.
IBGC. INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Guia de Orientação para
Gerenciamento de Riscos Corporativos.
INTOSAI GOV 9100. Guidelines for Internal Controls Standards for the Public Sector. 2004.
Disponível em: <http://www.intosai.org/en/issai-executive-summaries/intosai- guidance-for-
good-governance-intosai-gov.html >. Acesso em: 28 out. 2015.
ISO. International Organization for Standardization. Risk Management System – Principles and
Guidelines. ISO 31000. Tradução: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Projeto
63:000.01- 001. Agosto, 2009.
15
______. Vocabulary for Risk Management, ISO Guide 73, 2009.
16