Edison Queiroz - Transparência No Ministério
Edison Queiroz - Transparência No Ministério
Edison Queiroz - Transparência No Ministério
ISEN 85-7367-117-3
9 7 8 8 5 7 5' 6 7 1 1 7 9
Categoria: Ministério Pastoral/Liderança
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T ransparência
noministério
E d is o n Q u e ir ó s
Viíla
Prazer, e m o çã o e c o n h e c im e n to
ISBN 85-7367-117-3
Filiada a
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Impresso no Brasil
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SUMARIO
Prefácio 5
Introdução 13
1 Transparência 19
3 Palavra e poder 51
4 Oração 67
5 Família 85
6 Ética ministerial 97
8 Santidade 127
9 Dinheiro 141
1 0 Orgulho 153
11 Sexo 171
Conclusão 201
O termo transparência tem sido m uito usado, algumas
vezes de forma banal. Tem o que, com o passar do tempo, ele
I ique desgastado e perca o seu sentido primitivo.
O rig in a lm e n te , esta palavra nos traz a idéia de
"passagem da luz ou de determinada imagem através de”.
Por exemplo, se em uma janela há vidros transparentes,
limpos e sem qualquer obstrução, podemos ver o que está do
outro lado. Uma garrafa transparente torna visível o que está
contido em seu interior. Então a idéia de transparência é de
que posso ver o que está do outro lado ou se encontra no
interior de alguma coisa.
Transportando esse conceito para a nossa realidade
vivencial, concluímos que transparência na vida é simplesmente
autenticidade. Em outras palavras, é sermos o que realmente
somos. E a abolição de toda hipocrisia, falsidade ou fingimento.
Infelizm ente, o ser humano já nasce com a tendência
para o mal, que a Bíblia chama de “velha natureza” ou “velho
liomern”, cujas principais características são exatam ente a
lalsidade e a hipocrisia.
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Hipócritas
No original grego, a palavra hupocrites era utilizada
para designar um ator quando estava representando, ou para
qualificar aquele que usava de fingim ento em suas relações.
Sem elhantem ente, muitos de nós temos a tendência
de sermos hipócritas em nossos relacionamentos com outras
pessoas, não mostrando quem realm ente somos.
Isso acontece porejue o ser humano é muito perspicaz e
sempre procura conhecer os limites da m ente do outro. Por
outro lado, é também néscio, sem nenhum temor a Deus, pois
sabe que para o Senhor nada está escondido, uma vez que Ele
vê as intenções da m ente e do coração. Transparência é ser
diante dos homens o que somos diante de Deus. E deixar que
os homens nos vejam como Deus nos vê.
Sepulcros caiados
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes
aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem
formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos,
e de toda imundícia. Assim também vós exteriormente
pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios
de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23:27,28).
6
PREFÁCIO
Copo sujo
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Limpais o exterior
do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de
íntemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do
copo e do prato, para que também o exterior fique limpo”
(Mt 23:25,26).
7
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
10
PREFÁCIO
11
Vivemos dias em que palavras como autenticidade,
honestidade, integridade, lealdade, fidelidade e compromisso
estão perdendo seu valor e posição nas galerias da exce
lência.
Basta abrirmos os jornais para ver que a mentira se
tornou uma banalidade nos relacionamentos entre entidades
ou pessoas. A chamada pós-modernidade introduziu o conceito
do “p o litic a m e n te c o rre to ”, que se c o n stitu iu num a
verdadeira legalização do errado.
Dentro dessa perspectiva, atos como mentir, roubar e
adulterar tornaram-se socialm ente aceitos, desde que, de
alguma forma, contribuam para o favorecimento de deter
minada causa.
R ecentem ente li nos jornais e revistas que, numa das
famosas Comissões Parlamentares de Inquérito (C PIs), um
certo senhor jurou que diria a verdade. No entanto, poucos
dias depois, foi constatado que tudo o que havia dito perante
aquela comissão era mentira. Ele mesmo teve a desfaçatez
de reconhecer o fato.
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
14
INTRODUÇÃO
mw»
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
/
E evidente que o Senhor se revela, fala conosco e dirige
nossas vidas, mas tudo isso em concordância com a Bíblia
Sagrada, que é a sua revelação para o homem. Qualquer idéia
que não tenha amparo bíblico não deverá ser aceita por
ninguém.
E n tr e ta n to , a p ressão do m u n d o nos fo rça a
apresentarm os coisas novas. O sistem a é m ovido por
novidades. Em todos os lugares, pesquisas estão sendo feitas
nos m ais d iferentes segm entos da ciên cia. Q uando os
resultados são apresentados, causam espanto e, às vezes,
arrancam até suspiros de admiração.
Essa síndrome tem invadido o arraial evangélico. Parece
que há uma com petição entre igrejas e ministérios, e cada
um quer se diferenciar do outro. A moda é apresentar
novidades, daí a aparição de tantas heresias que, mesmo
sendo o que são, conferem um certo ar de originalidade
àqueles que as abraçam.
Todavia, isso não chega a ser algo propriamente novo.
Nos dias da igreja primitiva essa síndrome já se manifestava,
obrigando Paulo a ser m uito dogmático e categórico:
“M as, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos
anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos,
seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo
também vo-lo digo: Se alguém vos anunciar outro evangelho
além do que já recebestes, seja anátema” (G1 1:8,9).
A palavra anátem a traduz a idéia de ser exposto
publicamente e amaldiçoado. Paulo tinha em suas veias amor
e zelo tão grandes pelo evangelho e suas doutrinas que estava
sempre disposto a apresentar sua apologia. Ele não aceitava,
sob qualquer hipótese, a entrada dc heresias na igreja.
Hoje, contudo, os grandes pilares do evangelho têm sido
atacados sorrateiramente por doutrinas estranhas que nos
in vad em . A Palavra de D eu s tem sid o tro ca d a pela
INTRODUÇÃO
17
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Vantagem em tudo
A expressão acima ficou conhecida há muitos anos, num
comercial de televisão que institucionalizou a famosa “Lei
de Gérson”. M esm o o jogador nada tendo que ver com isso,
a realidade é que no mundo em que vivemos todos procuram
levar vantagem em tudo, em vez de desejar justiça para todos.
Querer levar vantagem em tudo tem sido o padrão de
conduta ética para muitas pessoas. O raciocínio delas é o
seguinte: “O que importa é a minha vantagem”. Alguns se
orgulham de ter enganado outras pessoas, dizendo: “Fiz um
bom negócio, faturando sobre a ingenuidade de fulano”.
E n fim , aproveitam -se da boa fé dos outros para obter
vantagens pessoais.
Observe que na maioria dos relacionamentos essas três
realidades estão muito bem entrelaçadas, promovendo o que
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A chamada de Moisés
O plano de Deus é usar vidas. Podemos aprender essa
lição tom ando com o exem plo a chamada m inisterial de
Moisés. Vejamos o texto de Êxodo 3:1-12:
Um desejo profundo
“Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado,
excelente obra deseja” (lT m 3:1)
A visão missionária
O pastor que tem convicção de sua chamada ministerial
deve ter também convicção do propósito missionário de Deus
para a sua igreja.
Não é possível separar um chamado ministerial de um
chamado missionário, pois a igreja é colocada por Deus para
exercer sua função integralm ente. Ela existe com essa
finalidade. Por isso o pastor, que é o líder da igreja, deve
possuir uma perspectiva ampla e profunda sobre missões.
Se a nossa função pastoral é levar a igreja ao centro da
vontade de Deus, devemos conhecer profundamente qual é
a vontade dele. Se examinarmos a Bíblia verificaremos que
o plano do Senhor é espalhar sua glória por todos os países.
Se você tem chamada para o ministério não se esqueça
de que tudo o que fizer, seja louvor, oração, adoração,
edificação, libertação etc., deverá ser dirigido para o propósito
final da igreja, que é fazer discípulos de todas as nações.
Certa vez alguém me perguntou:
— Em sua igreja só existe missões?
Eu respondí:
— Claro que sim.
Então a pessoa replicou:
— Quer dizer que nela não há escola dominical, louvor,
aconselhamento e as demais atividades que as outras igrejas
têm?
Eu disse:
— Claro que tem os tudo isso, mas dirigido para o
propósito final da igreja, que é missões mundiais. A nossa
escola dominical é missionária. O nosso coral é missionário.
Temos um forte trabalho com casais, para que tenham uma
vida bonita e missionária.
A verdade é que devemos ter claro em nossos corações
que os ministérios da igreja não são um fim em si mesmos,
A lt A
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
b) Há o reconhecimento da igreja
Os m em b ro s da ig reja re c o n h e c e m os qu e são
verdadeiramente chamados por Deus. Tenho pregado em
diversas conferências missionárias e muitas vezes converso
com jovens que dizem ter um chamado especial para missões.
Eu sempre lhes pergunto:
— O que a sua igreja pensa sobre o seu chamado?
Essa pergunta tem uma razão. A igreja sabe quem
realmente tem a chamada de Deus para o ministério, e isso é
possível por intermédio dos frutos de seu trabalho.
Havia um jovem, membro de minha igreja, que nunca
me disse que tinha um chamado, mas eu, como seu pastor,
sabia que Deus o estava separando para o trabalho ministerial.
Podia observar isso pelo seu testem unho de vida, por suas
atitudes e pelos frutos de seu ministério. Hoje ele é um pastor,
exercendo com excelência a sua missão.
* 3W»
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
c) Arrependa-se
Sc descobrir motivações erradas, não titubeie. Arrependa-
se, peça perdão a Deus e faça um novo propósito de vida e
ministério, dentro das motivações corretas. Faça aquilo que
a Palavra claramente determ ina, com o propósito de agradar
ao Senhor e glorificá-lo.
d) Fique alerta
Satanás é persistente e continuará tentando colocá-
lo fora das m otivações de Deus. Fique de olho aberto e,
com discernim ento espiritual, toda vez que for planejar ou
viabilizar alguma visão de Deus, cheque sua motivação.
D eus cham a e ca p a cita vidas para o m in istério .
Devem os analisar se o que tem os feito tem sido digno
dessa cham ada e dessa capacitação. Não devemos esperar
grandes e x p e riê n c ia s e m o cio n a is para e x ercer nossa
missão.
Se Deus tem colocado em seu coração amor, cuidado
e responsabilidade por algum ministério específico é porque
Ele quer usá-lo nesse setor. Por isso, dedique com pletam ente
sua vida. Viva em san tid ad e, p orqu e o pecad o é um
im p ed im en to para que D eus o use. Peça a D eus que
diariamente o encha com o poder do Espírito Santo e exerça
o seu ministério em nome do Senhor Jesus Cristo.
3
Primeira característica
Em primeiro lugar, ela era uma igreja que tinha o tripé
“fé, amor e esperança” (v. 3), que Paulo tanto menciona em
suas cartas, como três faróis que a direcionavam em meio à
escuridão. Todavia, é importante ver que essa fé, esse amor e
essa esperança não eram coisas ab stratas, con h ecid as
somente na área da contemplação, mas, notem no texto, que
Paulo adjetiva cada uma delas, com firmeza.
Em outra versão, o texto se refere a uma fé operosa, ou
seja, não era uma fé abstrata, mas, sim, uma fé que produzia
fruto de trabalho. Precisamos desse tipo de fé, que nos leve a
uma prática coerente com a nossa crença.
4H »
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Segunda característica
Em segundo lugar, os tessalonicenses constituíam uma
igreja que im itava o Senhor Jesus C risto (v. 6 ). Essa
característica é fundamental para os nossos relacionamentos
e o nosso testem unho diante do mundo. Se uma igreja imita
a Cristo, o fruto será visível na sua maturidade, trabalho e
crescimento.
Terceira ca racterística
Ela era uma igreja modelo para as outras (v. 7). I lá
igrejas que são referenciais para outras, mas precisamos
examinar que tipo de referenciais elas constituem, pois vemos
gente que está copiando métodos de outras igrejas, muitas
vezes sem passar pelo crivo da Palavra de Deus.
Quando se pergunta a alguém qual a característica de
uma igreja modelo, a primeira resposta que obtemos sempre
se relaciona com o número de m em bros, se tem ou não
programa de televisão, quantos ônibus possui etc. Precisamos
urgentem ente verificar qual o modelo bíblico de igreja que
devemos seguir. Tessalônica é uma delas.
PALAVRA E PODER
Quarta característica
Pregar a Palavra de Deus. Os tessalonicenses sabiam
que tinham de fazer isso (v. 8). Essa igreja proclamava e
divulgava sua fé em Deus, e o fazia de tal forma que deixou o
apóstolo Paulo sem trabalho. Ainda no mesmo versículo, Paulo
afirmou: “de tal maneira que não temos necessidade de falar
coisa alguma”. Tessalônica realmente era um modelo.
Qual era o motivo de sua excelência? Entre outras
coisas, ela foi fundada por homens marcados pelo fogo e
forjados pela Palavra de Deus. Segundo o livro de Atos dos
Apóstolos, Paulo e Silas fundaram aquela igreja em apenas
três sábados. E isso mesmo que você acaba de ler. Três sábados
foram suficientes para a fundação de uma igreja daquele
porte.
59
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A oração é necessária
Jesus é e sempre será o modelo de vida que devemos
imitar. A vida cristã consiste no esvaziamento do nosso eu,
do nosso velho homem, da nossa velha natureza. A vida cristã
é o preenchim ento de todas as áreas de nossa existência com
o caráter de Cristo.
O Senhor nos ensinou com palavras e ações. Sua vida
de oração não era proclamada, pois Ele nunca disse: “Vejam
com o eu o ro ”. No e n ta n to , sem pre surpreendia seus
discípulos quando orava.
Lucas, o médico amado, mostrou o lado da vida íntim a
de Jesus com o Pai e ensinou muitos princípios sobre a oração.
Em seu relato sobre a escolha dos doze, mostrou que Cristo,
antes de escolher os discípulos, passou a noite em oração:
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ORAÇAO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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ORAÇAO
.. ( Dt-W
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
1. Prioridades erradas
A primeira razão se refere ao uso do nosso tempo.
Gastamos muito tempo com um sem-número de coisas que
talvez sejam importantes e necessárias, mas muito pouco tempo
com a oração. Isso revela que nossas prioridades estão em
desordem. O que é mais importante? Gastarmos o nosso tempo
tentando atender às exigências que as pessoas nos fazem, ou
investirmos a melhor parte dele na presença de Deus? Andrew
Murray, um dos maiores avivalistas do século passado, disse:
G 74 »
ORAÇAO
M in h a c o n v ic çã o é q u e, no m o m e n to em que
colocarmos a oração como prioridade número um em nossas
vidas, todas as demais coisas fluirão com muito mais rapidez.
Suzana Wesley, escrevendo sobre a vida de seu filho,
John Wesley, disse que ele sempre orava por uma hora, antes
de sair para outras atividades. Numa m anhã, ele fez a
seguinte afirmação: “Olhando minha agenda, descobri que
tenho tantas coisas a fazer hoje que necessito pelo menos de
duas horas de oração”.
Veja que interessante a prioridade e inteligência desse
homem. Ele sabia que, quanto mais tempo investisse na presença
de Deus em oração, tanto mais efetivo seria nas outras coisas.
Lem bro-m e de que uma vez estava orientando um
grupo musical que liderava o louvor e a adoração na igreja.
O grupo reclamava porque sentia que havia pouca unção do
Espírito Santo em suas vidas, e que não tinham tempo para
a oração. Eu lhes perguntei:
— Quanto tempo leva o ensaio do grupo?
Eles responderam:
— Duas horas.
. )
75 /
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
2. Carnalídade
Q uando falo de carnalídade, m e refiro a esforços
pessoais para fazer a vontade de Deus. Quantos de nós não
estão querendo viver a vida cristã mediante nossos próprios
esforços? A Bíblia cham a isso de carnalídade, porque se
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
3. Indisciplina e preguiça
Satanás é especialista em fazer a nossa cama ficar mais
gostosa. Ele faz com que a televisão dilua nosso tempo e sabe
com o nos tirar das prioridades e nos dirigir para o ativismo
ou para a perda de tempo. Muitas vezes, porém, culpamos
Satanás, quando o problema está em nós.
A Bíblia nos ensina que uma das partes do fruto do
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
4. Falta de companheiros
F ica m ais fácil q u and o oram os com um am igo.
Analisando a Palavra de Deus e a vida de alguns homens que
ORAÇAO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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FAMÍLIA
86 a
FAMÍLIA
Ele respondeu:
— Agora não posso, filho, porque tenho de fazer uma
visita.
No dia seguinte, a cena se repetiu. C om o o garoto
obteve a mesma resposta do pai, perguntou:
— Papai, quando é que você vai fazer uma visita aqui
em casa?
Na mesma hora aquele homem foi tocado pelo Espírito
Santo. Ele reconheceu que precisava dar mais tempo para seu
filho e, arrependido, telefonou para a família que ia visitar,
cancelou o compromisso e foi jogar bola com o menino.
Ouvi o testem unho de um outro pastor que estava
exortando seus colegas a dar mais tempo para suas famílias.
Ele disse que toda vez que seu filho batia na porta de seu
escritório, chamando-o para brincar ou conversar, ele dizia:
— Agora eu não posso; não tenho tempo!
Seu filho cresceu e começou a se envolver com drogas.
O pai o procurou para tentar resolver o problema e, cada
vez que o chamava, ouvia dele filho a mesma frase:
— Agora eu não posso; não tenho tempo!
T im LaEIaye, um dos mais conhecidos conselheiros
cristãos de nossa época, afirma:
“Já aprendí que um homem que demonstra amor pelos
filhos, que encontra tempo para ensinar-lhes algumas
coisas, por mais ocupado que esteja, desfruta mais da
presença e do amor dos filhos, depois que estes se
tornam adultos” (Vida Familiar Controlada pelo
Espírito Santo, Betânia).
Que tempo você tem dado à sua família? Será que você
tem separado e dedicado um período para estar com a sua
esposa ou brincar com os seus filhos? Se isso não estiver
acontecendo, deve começar ainda hoje, para o seu próprio
bem , para o bem de seus queridos e para a glória de Deus.
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Dia do descanso
Uma das formas mais efetivas de se ter um bom tempo
para a família é separar um dia por semana para o descanso.
Aprendi no seminário c na igreja que o pastor deve
descansar na segunda-feira. No com eço de meu ministério,
eu separava todas as segundas-feiras para descansar, mas logo
percebi que isso não era produtivo. Havia duas razões:
Primeira: o dia que tenho de estar melhor — física e
espiritualmente — é o domingo, porque tenho de pregar
diversas vezes e dirigir a igreja. Descansando na segunda-
feira, quando chegar o domingo seguinte, estarei esgotado c
isso influenciará na pregação da mensagem.
Segunda: o sermão do domingo provoca mudanças e
inquietações na vida dos crentes c alguns deles precisam de
orientação e aconselham ento. Se eu descansar na segunda-
feira, som ente poderei me encontrar com essas pessoas a
partir do dia seguinte, o que acabará esfriando o ânimo das
pessoas, diminuindo a influência da mensagem pregada.
Em razão disso, decidi descansar na sexta-feira. No
domingo sempre estou bem e uso as segundas-feiras para
atender os crentes na igreja. Essa mudança trouxe muita
bênção ao meu ministério.
No entanto, a coisa não foi tão fácil com o pode parecer.
Eu lutei com dificuldades pessoais em relação ao assunto.
Mas, como descobri depois, elas estavam apenas em minha
própria mente.
Eu pensava que era errado o pastor ter um dia de
descanso e os membros da igreja, não. Logo percebi que os
membros da comunidade também têm o seu dia de descanso
e deveríam usá-lo para estar com suas famílias.
Preguei sobre “a bênção do descanso” e os orientei a
usar o sábado para descansar e estar com os seus familiares.
Cancelei todos os compromissos aos sábados que envolviam
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FAMÍLIA
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6
d g ÉTICA
MINISTERIAL
U m a co m p a n h ia no B rasil ch am o u to d o s os
compradores de seu produto para trocar uma peça que estava
causando problemas para os usuários. Foi um fato inusitado
porque, até essa data, ninguém havia feito isso. Na entrevista
que concedeu para a imprensa, o gerente de marketing fez a
seguinte afirmação:
— Queremos que a nossa marca tenha boa reputação,
que seja conhecida como uma marca de qualidade e que todos
confiem nela.
Isso ilustra perfeitamente a importância de se ter uma
boa reputação. Infelizmente, no meio evangélico, são poucos
os que têm se preocupado com essa questão. A maioria não se
importa em exercer o ministério de qualquer jeito, e pensa que
atitudes erradas não podem causar influência. Nem é preciso
dizer que tais pessoas estão incorrendo em sério engano.
Quando tomamos atitudes incompatíveis com o bom
proceder cristão o reflexo desse ato é imediato em nossos
ministérios. As conseqüências acontecem mais ou menos na
seguinte ordem : em prim eiro lugar, surge a inevitável
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
O caráter do ministro
No dicionário Aurélio, a definição para “caráter” é:
“qualidade inerente a uma pessoa”. Eu diria que é o conjunto
de qu alidad es que m arcam d eterm in ad a pessoa. Se
pensarmos bem , todos tem os caráter, ou marcas que se
m anifestam cm nossas atitudes. Algumas são boas e outras
são más.
Irrepreensível
Em termos de ministério, a Palavra de Deus não abre
nenhuma exceção para pessoas de mau caráter. Paulo diz que
o líder deve ser irrepreensível, ou seja, uma pessoa que
ninguém poderá apontar um dedo de acusação. Desde o seu
mais íntimo pensamento até as suas mais abertas atitudes
devem te r essa q u alid ad e: estar acim a de q u a lq u er
repreensão.
do mundo. Sua vida deve ser de tal forma coerente que até
os não-cristãos devem dar um bom testem unho sobre ela.
A Palavra ainda exorta que, se não houver esse bom
testem unho diante do mundo, o líder ficará exposto ao
opróbrio. A palavra usada para “op rób rio” poderia ser
traduzida como “censura”. O líder que não tem um proceder
exemplar c censurado e, em conseqüência disso, perde a sua
autoridade espiritual.
Além dessas coisas, o apóstolo ainda deixa claro que,
aqu eles que não têm um bom testem u n h o d ian te da
sociedade poderão cair no laço do diabo. Muitos líderes estão
neutralizados e enlaçados pelo inimigo por causa de seu mau
caráter, e, m uitas vezes, nem percebem que estão nessa
miséria.
Não é pelo fato de haver alguns resultados ou frutos
ministeriais que o líder possui a aprovação de Deus. Para
ilustrar isso, basta dizer que um de meus melhores professores
na Faculdade Teológica me contou que se converteu a Cristo
por meio de uma mensagem de seu pastor. Alguns anos
depois esse pastor fora desmascarado, pois estava vivendo
em adultério.
Outro caso que se tornou bastante conhecido foi o de
Jim m y Swaggart que, mesmo vivendo em pecado, levou
muitas pessoas a Cristo. Paulo não está falando de resultados
ministeriais, mas, sim, de uma vida coerente, que confere
credibilidade ao ministério.
A família do ministro
As exigências bíblicas para o líder em relação à sua família
são importantíssimas. Tenho repetido sempre que a nossa vida
deve ser coerente com a nossa crença. Se um ministro deve
ensinar sobre família, aconselhar casais em seus problemas e
pregar que Cristo dá uma nova vida, sua vida familiar deve ser
ÉTICA MINISTERIAL
101
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A postura do ministro
Paulo tam bém fala sobre a postura que o ministro deve
ter diante de Deus c da sociedade. Ele apresenta alguns
adjetivos que devem ser parte integrante de sua vida:
Vigilante
O líder cristão deve ser com o o escoteiro, estando
“sempre alerta”. A palavra usada por Paulo usa aqui é a
mesma usada por Pedro em sua primeira epístola, quando
avisou a igreja sobre os ataques do diabo:
“Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o diabo , anda
em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa
tragar” (lPe 5:8).
103
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Sóbrio
O segundo adjetivo que Paulo usa se refere a uma vida
equilibrada ou a uma vida que tenha bom senso. Muitas vezes
o líder é chamado para opinar ou mesmo para julgar causas
com uns da igreja, c isso requer bom senso. Em outras
palavras, requer alguém que tenha os pés no chão e que não
use dois pesos e duas medidas.
Ordeiro e moderado
A Palavra, quando utiliza essa expressão, refere-se a alguém
com uma vida ordenada, honesta e controlada. Ensinamos mais
pelo que fazemos do que pelo que falamos. O líder sempre está
em evidência e é colocado por Deus como um modelo para o
rebanho. Se sua vida for desordenada, ele estará ensinando o
mesmo ao seu rebanho. Neste caso, nem é preciso dizer que o
prejuízo será enorme, em todos os sentidos.
Hospitaleiro
A palavra que o apóstolo utiliza aqui é uma composição
de duas outras: phileo, que quer dizer amor e xenos, que se
refere a estrangeiro. A idéia, então, é “amar o estrangeiro”.
Uma característica básica do cristianism o é o amor
desinteressado. Muitas vezes precisamos demonstrar com
obras esse tipo de amor, recebendo e ajudando as pessoas,
mesmo que isso não nos traga qualquer retorno.
Infelizmente, por causa do egoísmo que existe na sociedade,
temos visto o mesmo ocorrer na igreja. Precisamos aprender o
que é a verdadeira hospitalidade e colocá-la em prática.
As condições do ministro
Depois de ensinar sobre esses itens, o apóstolo passa a
falar sobre as condições requeridas do ministro para o efetivo
exercício do ministério:
ÉTICA MINISTERIAL
Não neófito
Em relação à questão da experiência, não podemos
colocar no ministério um rccém-convertido. No Brasil, pela
graça de Deus, tem os percebido um grande avanço no
processo de evangelização. Muitas pessoas famosas aceitaram
a Cristo como Salvador nos últimos anos.
Precisamos, no entanto, tom ar bastante cuidado em
relação a essas pessoas. Com m uita facilidade elas estão
diante de repórteres dos mais diversos segmentos da mídia,
dando seu testemunho, mesmo sem terem sido discipuladas,
105
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
As atitudes do ministro
As nossas atitudes externas naturalm ente manifestam
o nosso homem interior, daí a preocupação de Paulo de que
o líder tenha atitudes corretas e coerentes.
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ÉTICA MINISTERIAL
Não espancador
No original a palavra vem dc “ferir”, ou seja, alguém que
não fere ninguém. O líder cristão não pode estar magoando
pessoas, do ponto de vista físico, psicológico ou moral. As vezes
não ferim os alguém fisicam en te, mas abrim os feridas
emocionais, que são muito mais difíceis de ser curadas.
Nossa missão é ajudar a produzir a cura das feridas abertas
e nunca sermos instrumentos do diabo para produzi-las.
Inimigo de contendas
Por mais antibíblico que isso seja, infelizmente há líderes
cristãos que são amigos de contendas. Parece que determinados
pontos dc controvérsia funcionam como despertadores do
apetite contencioso. Para alguns, as divergências, as críticas e
até mesmo as quedas morais de outros, funcionam como o
combustível que faz mover seus encontros e conversas.
Há alguns anos, escrevi um livro intitulado “Libertação
da C ulpa”, no qual procuro ajudar os cristãos a limpar suas
consciências por meio da prática de dois princípios básicos
da vida cristã: perdoar e buscar perdão.
“Se cada um de nós perdoasse sinceramente aos que
nos ofenderam e pedisse perdão àqueles a quem
ofendemos, haveria uma verdadeira libertação do
sentimento de culpa, e as brechas abertas para os
ataques do inimigo seriam fechadas e todos viveriamos
107
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Não ganancioso
A expressão cjuc Paulo utiliza aqui podería ser traduzida
por alguém que não ame o dinheiro. A área de finanças é
uma das mais suscetíveis aos ataques do inimigo. O líder
deve ser um profundo conhecedor dos princípios bíblicos
sobre finanças e aplicá-los em sua vida. Voltarei a este assunto
nos próximos capítulos.
108-
ETICA MINISTERIAL
/
Nunca se isole no ministério
E m uito im portante ter amigos para compartilhar as
lutas e tribulações. Tenho visto líderes caírem no pecado por
serem m uito independentes. A Bíblia diz:
“Levai as cargas uns dos outros" (G1 6:2).
Equipar os crentes
A frase “...tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos...”
podería ser traduzida como “...para equipar os crentes...” A
palavra “ap erfeiçoam en to”, no original grego, tem uma
conotação mais profunda. Significa equipar ou dar condições
aos santos. O trabalho da liderança da igreja é dar aos crentes
as ferramentas e as condições necessárias para exercerem
seus ministérios pessoais.
114
DONS MINISTERIAIS
Creio que cada igreja deveria ter pelo menos cinco pastores,
cada um dentro dc seu dom ministerial. Talvez você diga:
— Nossa igreja não tem dinheiro nem para pagar um
pastor, como poderemos ter cinco?
Cada pastor deveria descobrir em sua igreja os irmãos
que têm outros dons e pedir-lhes que o ajudem no ministério.
A igreja poderá ter esses irmãos que trabalham secularmente
servindo como ministros.
Quero oferecer-lhe uma perspectiva de como vejo os
cinco dons ministeriais:
Apóstolo
(no original - enviado)
O apóstolo é aquele que tem a visão de fazer coisas
novas. Ele está sempre preocupado em abrir novas igrejas e
desenvolver novos projetos. E aquele irmão que sempre vem
com idéias e planos para a expansão do reino de Deus.
Profeta
(no original - aquele que fala da parte de Deus)
O profeta é aquele que deseja ver a igreja obedecendo
a Palavra de Deus. Sempre está exortando o povo. Esse dom
é diferente do descrito em 1 Coríntios 12, que se refere àquele
que traz uma mensagem direta de Deus para a igreja.
Evangelista
O evangelista é aquele que desafia, motiva e ensina a
4M »
DONS MINISTERIAIS
Pastor
Ser pastor é possuir uma habilidade especial para cuidar
do rebanho. Seu prazer é aconselhar, fazer visitas e estar em
comunhão com as pessoas. Ele sempre tem uma palavra de
conforto para os que necessitam e preocupa-se com o bem-
estar das pessoas.
Mestre
O mestre ensina a Palavra de Deus com autoridade e
profundidade de conhecim entos. Está atento aos detalhes e
princípios das Escrituras. Seu maior interesse é saber o que
a Bíblia diz e ensinar isso ao povo.
O pastor Bartimeu Vaz de Almeida Júnior apresentou
uma ilustração que nos ajuda a entender o funcionam ento
desses dons. Suponhamos que numa mesa esteja uma pessoa,
rodeada de cinco outras, cada uma com o seu respectivo dom
ministerial. De repente essa pessoa se descuida e derruba o
copo de suco. Estas seriam as respectivas reações de cada um:
O apóstolo diría:
— Vamos nos organizar para que tenhamos um suporte
para aparar o copo, a fim de que ele não caia mais.
O profeta diria:
— Você deve tomar mais cuidado com o copo! Preste
mais atenção. Não fique aí abanando as mãos e derrubando
copos!
O evangelista diria:
— Precisamos ter mais copos de reserva para casos
com o esse. Não se preocupe que vamos arrumar mais copos
e preparar outro suco.
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
125
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Desça do pedestal
O governo brasileiro eriou o PR O C O N , um órgão de
defesa do consumidor. Uma das áreas em que ele se sente
mais lesado é em relação à propaganda enganosa. E comum
um com erciante dizer que tal produto tem capacidade de
fazer isto ou aquilo e, quando o consum idor o adquire,
descobre que foi enganado.
Oualqucr dia alguns membros de nossas igrejas irão
fazer uma reclamação no PR O C O N , dizendo que foram
enganados por seu pastor, que diz uma coisa e pratica outra.
Aprendi em meu treinamento ministerial que o pastor
deve ser um super-homem. Ele não pode demonstrar suas
fraquezas, nunca erra na teologia e não comete qualquer falha.
Portanto, nunca pede perdão, nunca se humilha e nunca
reconhece seus erros, se colocando no alto de um pedestal.
A ju stificativ a que alguns apresen tam para essas
atitudes é que o pastor precisa de autoridade, por isso não
deve se humilhar perante o povo. Tal argumento é uma
demonstração de ignorância e um desrespeito para com o
rebanho de Deus.
John Stott afirma que o reconhecimento da sua situação
dc pecaminosidade, responsabilidade e culpa, em vez de
degradar o homem, o dignifica.
128
SANTIDADE
Confesse o pecado
Muitas vezes ensinamos uma coisa e praticamos outra.
Vejo pastores ensinando o povo que Cristo salva do pecado,
mas suas vidas m ostram que ainda não foram salvos de
determinados pecados. Ficam guardando mágoas, ressenti
mentos, raiva, ira e amargura no coração, enquanto o povo
está vendo que eles não estão vivendo aquilo que pregam.
Há pessoas que pensam que a confissão de pecados deve
ser um a co isa privad a, d e n tro da e sfera de seu
relacionam ento pessoal com D eus. C laro que devemos
confessar nosso pecado a Ele e receber graça e perdão, mas a
Palavra tam bém nos afirma que devemos confessar nossos
pecados uns aos outros (Tg 5:16).
A igreja de Cristo é uma reunião de pecadores. Todos
nós estamos nessa condição. Em minhas pregações costumo
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
130
SANTIDADE
Domingo de manhã
G eralm ente no domingo de manhã a casa do pastor
fica desorganizada. E o m om ento cm que todos estão se
preparando para ir à igreja, e a correría é geral.
Num desses famosos domingos de manhã, o despertador
não tocou na hora, porque havia esquecido de ligado antes
dc dormir. Levantamos atrasados e a correría foi inevitável.
Tomei meu cafc c pressionei minha esposa para se apressar,
porque estávamos m uito atrasados. Logo eu estava irritado
c com ecei a gritar com as crianças. Saímos às pressas para o
carro, com as crianças ainda sc vestindo. A essa altura, minha
esposa tam bém estava nervosa. No carro, os m eninos
começaram a discutir e cu dei um tapa nas pernas deles,
daqueles que alcança os quatro joelhos de uma só vez.
Enquanto observava os filhos chorando, o rosto da minha
esposa demonstrava tristeza e inconformismo com aquela
situação.
Logo que cheguei na igreja, subi no meu pedestal de
pastor e saudei a igreja:
— Graça e paz, irmãos, tudo bem? Com o vai a família?
(deveria ter perguntado como vai a minha família).
Lui ao púlpito e iniciei o culto aparentando m uita
alegria e fazendo aquele rosto de piedade que você conhece
muito bem. Quando olhei para minha esposa, vi que seu rosto
continuava triste, e parecia que ela olhava para m im e dizia:
“Hipócrita! Lalso!”. Não pude agüentar isso e logo tive a
convicção do Espírito Santo de que eu estava em pecado e
não poderia ter qualquer autoridade espiritual se não
confessasse isso. Enquanto a igreja cantava um hino, desci
.131
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
O irmão Almeida*
Numa noite de segunda-feira, me reuni com a diretoria
da igreja para avaliar os m inistérios. Quando fomos avaliar
o de m ú sica, falei mal do irm ão A lm eida, que era o
responsável pela área. Iniciei meus com entários dizendo
*o n o m e f o i t r o c a d o p a r a m a n t e r a p r iv a c id a d e d o ir m ã o .
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
134
SANTIDADE
Só Deus sabia
Nessa última experiência, havia muitas pessoas que
sabiam da minha atitude errada diante de um irmão da igreja.
Contudo, quero compartilhar outra em que som ente Deus
sabia. Eu poderia ter ficado quieto e esconder dos homens,
mas de Deus nunca poderia esconder.
Em um retiro espiritual, um pastor me pediu para falar
com o pastor Mário sobre um seminário que estava sendo
realizado em sua igreja. Eu lhe disse que falaria, mas acabei
esquecendo.
135
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
138
SANTIDADE
Satanás é derrotado
O diabo não gosta de crente com vida limpa, porque
sabe que há m uito mais poder dc Deus na vida do crente
santo. Isso logicam ente é derrota para ele, porque não vê
brecha para entrar com seus dardos inflamados.
O avivamento vem
Todo avivamento é resultado de santidade e confissão
de pecados. O Espírito Santo é derramado, convencendo o
povo de suas iniqüidades, ajudando na confissão e fortalecendo
com poder para que os crentes tenham uma vida de vitória.
Aprendi com o missionário e conselheiro Jaim e Kenrp
três frases que salvam um casamento:
• Querida, cu estou errado.
• Querida, você pode me perdoar?
• Ouerída, eu amo você.
139
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A graça de dar
Primeiramente, devemos entender que recebemos para
dar. Tudo pertence a Deus, e Ele, em sua bondade, nos dá
para que adm inistrem os. O problem a é a forma com o
142
DINHEIRO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A graça de usufruir
Em segundo lugar, devemos entender que não existe
somente a graça de dar. Ao contrário, existe também a graça
de usufruirmos daquilo que Deus, por sua bondade, nos tem
dado.
Certa vez, conversava com minha esposa sobre alguns
utensílios que tem os guardados para ocasiões especiais.
Com o eles têm determinado valor, quase não os usamos. No
meio da conversa, ocorreu conosco uma súbita mudança de
mentalidade. Foi como se descobríssemos uma novidade: não
há razão para deixarmos de usufruir destes utensílios, porque
podemos morrer e deixá-los no armário, sem utilidade.
DINHEIRO
A graça de controlar
Em terceiro lugar, desejo tecer alguns comentários sobre
a graça dc podermos controlar nosso dinheiro. Aqui reside o
equilíbrio entre o dar c o usu fruir. Jesus ensinou que ninguém
pode servir a Deus e a M amom (riquezas):
145
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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DINHEIRO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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DINHEIRO
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DINHEIRO
A chave de fenda
No texto de Romanos 15:18,19, o apóstolo Paulo diz:
“Não ousaria dizer coisa alguma que Cristo por mim não
tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por
ORGULHO
Entrega!
Havia chaves de fenda de diversos tam anhos, todas
colocadas uma ao lado da outra, numa seqüência decrescente,
da maior para a menor. Ao lado, havia as chaves de boca,
dispostas da mesma forma. Havia também outras ferramentas,
todas ordenadamente arrumadas.
Deus começou a falar comigo da seguinte forma:“Edison,
eu sou o m ecânico, o carro é o mundo. Estou consertando o
mundo, e você é apenas a ferramenta que eu uso. A obra é
minha, e não sua”.
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Maior ou menor?
Deus, porém, continuou falando comigo: “Olhe bem
para o quadro na parede. Você vê que eu tenho chaves de
fenda grandes, como dr. Russell Shedd, Caio Fábio, Billy
Graham etc., e tenho tam bém chaves de fendas menores,
até a menorzinha, como Edison Queiroz”.
Fiquei muito feliz por entender que não sou uma chave
de fenda grande, mas pelo menos estou no quadro das
ferramentas de Deus. A essa altura, eu estava olhando o
serviço do mecânico. Ele foi trabalhar no carburador do carro
e, para retirar a tampa, precisava, antes, tirar uns parafusos
grandes.
Ele foi ao quadro e pegou a chave de fenda maior — o
dr. Shedd — e com eçou a tirar os parafusos grandes. Depois
156
ORGULHO
Vontade própria?
O Senhor, no entanto, continuou falando comigo:
“Imagine se as ferramentas tivessem vontade própria”.
Im aginei, então, o m ecânico indo ao quadro para
apanhar uma ferramenta e ela lhe dizendo: “Desculpe, sr.
m ecânico, mas hoje não estou m uito disposta, use outra
ferram enta”.
Infelizm ente muitos de nós temos agido com o Senhor
dessa maneira. Se Deus o chamasse hoje para ser missionário
na África, Ásia ou em qualquer outra parte do mundo, qual
seria sua reação? Tenho visto muitos fazendo com o a chave
de fenda que tem vontade própria, dizendo: “Senhor, chame
outro”.
Creio que um dos maiores obstáculos que o Senhor
encontra para usar nossas vidas é a nossa vontade própria.
Fazemos nossos planos, estabelecemos nossos ideais para a
vida sem consultar a Deus para saber se tudo isso corresponde
à sua vontade ou não.
157
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
159
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Pendurada
Outra lição que Deus me ensinou, enquanto olhava para
o quadro na parede, é que, às vezes, a chave fica pendurada,
sem ser usada pelo m ecânico. O Senhor me ensinou que às
vezes Ele quer usar outra pessoa, e não a mim, para fazer
determinado trabalho.
C on fesso que fiq u ei um pouco preocupado, pois
ninguém gosta de ficar encostado e não exercer o ministério.
Porém, Deus me falou a respeito de épocas em nossas vidas
que precisam os parar um pouco para uma reciclagem ,
descanso e restauração.
Muitas vezes as circunstâncias nos levam a ficar por um
período afastados do ministério. Devemos aprender a olhar
para isso sob a p ersp ectiva de D eus. Se E le p erm ite
determinadas situações que fogem ao nosso controle, devemos
estar cientes de que nada pode fugir do controle dele.
Disponível
Finalmente Deus me fez passar os olhos em todo aquele
quadro e me disse: “Note que todas as ferramentas estão
disponíveis para o m ecânico, e é assim que Eu quero a sua
vida: totalm ente disponível em minhas mãos”.
A Bíblia nos ensina que fomos comprados por um alto
preço (IC o 6:20). Cristo nos comprou, por isso Ele é o nosso
160
ORGULHO
; m
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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ORGULHO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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“A sexualidade e a espiritualidade
são amigas, não adversárias”.
Donald Goergen
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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SEXO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
seu senhor, Potifar, que deixou todos os seus bens nas mãos
dele, para que os administrasse.
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Veja o versículo 21: “O Senhor era com ele; estendeu sobre ele
a sua benignidade, e lhe concedeu graça aos olhos do carcereiro
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
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SEXO
AID
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SEXO
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NAO BAIXE O PADRAO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
193
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Saul
Saul também teve sua ascensão e queda. A história está
registrada em 1 Samuel.
Foi desobediente
No versículo 8 do capítulo 10, Samuel havia dito que
Saul deveria esperá-lo em Gilgal para receber as orientações
do Senhor. Entretanto, Saul, como Arão, não teve paciência
e decidiu agir por conta própria.
Exatam ente com o o sacerdote, irmão de Moisés, ele
tam bém se deixou levar pelas circunstâncias, esquecendo-se
de que havia um Deus poderoso ao lado de Israel e que os
inimigos não prevaleceriam. Ao desobedecer as instruções
do Senhor, recebeu a sentença:
“Disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não
guardar o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou;
pois o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel
para sempre. Agora, porém, não subsistirá o teu reino; o
Senhor já buscou para si um homem segundo o seu
coração, e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu
povo, porque não guardaste o que o Senhor te ordenou”
(1 Sm 13:13,14).
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
Perdeu a posição
Deus trocou Saul por Davi. Devemos nos lembrar de
que toda derrocada começa quando começamos a baixar o
padrão de conduta na presença de Deus. O Senhor nos coloca
num padrão elevado de conduta. E se obedecermos integral
mente à sua Palavra teremos a sua bênção e o nosso ministério
será produtivo.
H.B. London Jr. e Neil B. W isem an, ao falarem sobre a
vida irrepreensível do pastor, afirmaram:
“Raramente pastores são forçados a deixar o ministério
por causa de incompetência, mas, sim, por causa da
NAO BAIXE O PADRAO
199
CONCLUSÃO
“Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou
também presbítero com eles, e testemunha das aflições de
Cristo, e particip an te da glória que se há de revelar:
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo
cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por
torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores
dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao
rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a
imarcescível coroa de glória” (lPe 5:1-4).
A autoridade do mensageiro
Quem é esse hom em que tem uma mensagem para os
líderes da igreja? Qual é a autoridade que ele tem para isso?
Vivemos numa época em que muitas mensagens têm sido
proclamadas e, m uitas vezes, não analisamos a fonte delas.
Neste caso, não era uma pessoa qualquer que estava falando.
Este ensinamento está autenticado por um homem de
qualidades extraordinárias, o que reveste sua mensagem de
grande autoridade. Pedro apresenta três qualificações especiais:
202
CONCLUSÃO
A mensagem
Esse hom em revestido de autoridade, cuja vida era
autenticada por suas profundas experiências com Deus, tem
uma mensagem especial para os líderes:
203
TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
206
CONCLUSÃO
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
A recom pensa
“E, quando se m anifestar o sumo Pastor, recebereis a
imarcescível coroa de glória" (lPe 5:4).
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CONCLUSÃO
Ânimo
N ão te n h a dúvidas de q u e S a ta n á s q u er vê-lo
desanimado. Se ele conseguir isso com um líder, todos os
liderados serão contaminados pelo mesmo sentim ento. Por
essa razão, conhecendo os seus ardis, quero .encorajá-lo a
nunca desanimar em seu ministério.
Aparentemente o jovem Tim óteo já estava sentindo na
própria pele as dificuldades m inisteriais e estava quase
desanimando quando Paulo lhe escreveu a sua segunda carta.
Logo no princípio, depois da saudação, o apóstolo disse:
“Por este motivo eu te exorto que despertes o dom de Deus,
que há em ti pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1:6).
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TRANSPARÊNCIA NO MINISTÉRIO
210
CONCLUSÃO
Proteção
A seguir, apresento algumas sugestões bem práticas que,
tenho certeza, serão instrumentos de Deus para que você
m antenha sua integridade e transparência no ministério.
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CONCLUSÃO
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